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SUBCONTRATAÇÃO NO TRANSPORTE DE CARGAS Análise sob perspectivas do Direito Civil, Direito Tributário e Direito do Trabalho.

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SUBCONTRATAÇÃO NO TRANSPORTE DE

CARGAS

Análise sob perspectivas do Direito Civil,

Direito Tributário e Direito do Trabalho.

Apresentação do Tema:

• A subcontratação pode ser considerada terceirização?

• Sendo terceirização de atividade pode ser considerado um

contrato lícito?

• Quais as consequências que decorrem da interpretaçao jurídica

acerca do assunto?

SUBCONTRATAÇÃO NO TRANSPORTE DE

CARGAS

Plano de Apresentação:

Nomas Jurídicas que regulamentam a Subcontratação

de empresas :

- no Direi to Cível ;

- no Direi to Administrat ivo e Tributár io ;

- no Direi to do Trabalho;

DIREITO CIVIL

Legislação: Nosso sistema legislativo permite, expressamente a

subcontratação do transporte de bens. Confira-se:

1.1. Código Civil: arts. 730 a 756 (contrato típico), sendo que os arts.

733 e 756 admitem a subcontratação ao referirem o transporte

cumulativo.

1.2. Lei nº 11.442, de 05/01/2007, que dispõe sobre o transporte

rodoviário de cargas por conta de terceiros. Admite, expressamente, a

subcontratação, tanto do Transportador Autônomo de Cargas – TAC,

como da Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC,

sobretudo em seu art. 4º:

Art. 4o O contrato a ser celebrado entre a ETC e o TAC ou entre o dono ou

embarcador da carga e o TAC definirá a forma de prestação de serviço desse

último, como agregado ou independente.

§ 1o Denomina-se TAC-agregado aquele que coloca veículo de sua propriedade

ou de sua posse, a ser dirigido por ele próprio ou por preposto seu, a serviço do

contratante, com exclusividade, mediante remuneração certa.

§ 2o Denomina-se TAC-independente aquele que presta os serviços de

transporte de carga de que trata esta Lei em caráter eventual e sem

exclusividade, mediante frete ajustado a cada viagem.

§ 3o Sem prejuízo dos demais requisitos de controle estabelecidos em

regulamento, é facultada ao TAC a cessão de seu veículo em regime de

colaboração a outro profissional, assim denominado TAC - Auxiliar, não

implicando tal cessão a caracterização de vínculo de emprego.

§ 4o O Transportador Autônomo de Cargas Auxiliar deverá contribuir para a

previdência social de forma idêntica à dos Transportadores Autônomos.

§ 5o As relações decorrentes do contrato estabelecido entre o Transportador

Autônomo de Cargas e seu Auxiliar ou entre o transportador autônomo e o

embarcador não caracterizarão vínculo de emprego.

Lei 11.442/07

RESOLUÇÕES DA ANTT QUE REGULAMENTAM A LEI 11.442

Resolução nº 3.658/11, de 19/04/2011, da ANTT, regulamentam

a Lei nº 11.442/07, ambas admitem a subcontratação de

transportador

Lei nº 9.611, de 19/02/1998

Transporte Multimodal

Art. 12. O Operador de Transporte Multimodal é responsável pelas ações

ou omissões de seus empregados, agentes, prepostos ou terceiros

contratados ou subcontratados para a execução dos serviços de transporte

multimodal, como se essas ações ou omissões fossem próprias.

Parágrafo único. O Operador de Transporte Multimodal tem direito a

ação regressiva contra os terceiros contratados ou subcontratados, para se

ressarcir do valor da indenização que houver pago.

Lei nº 10.209, de 23/03/2001 – Vale Pedágio

Art. 1º Fica instituído o Vale-Pedágio obrigatório, para utilização efetiva em

despesas de deslocamento de carga por meio de transporte rodoviário, nas

rodovias brasileiras.

§ 1º O pagamento de pedágio, por veículos de carga, passa a ser de

responsabilidade do embarcador.

§ 2º Para efeito do disposto no § 1º, considera-se embarcador o proprietário

originário da carga, contratante do serviço de transporte rodoviário de carga.

§ 3º Equipara-se, ainda, ao embarcador:

II - a empresa transportadora que subcontratar serviço de

transporte de carga prestado por transportador autônomo.

Fundamentos Orientadores e a

Função Social do Contrato de Transporte

Constituição Federal

• Princípio da Livre Iniciativa: art. 170 da Constituição Federal

• Princípio da Legalidade: art. 5º, II da Constituição Federal

Código Civil

• Princípio da liberdade de contratar. Código Civil, art. 421

• Contrato de Transporte – art. 730

Legislação

Fundamentos Orientadores e a

Função Social do Contrato de Transporte

Usos e Costumes e Princípios Gerais de Direito

• Tradição empresarial e mercadológica (costume).

• Razoabilidade.

• Eficiência e Economicidade (Lei nº 10.233).

Conceito do Contrato de Transporte

• Contrato de Transporte – art. 730

Atividade de transportar bens é complexa, composta por diversas etapas, tais

como: elaboração de toda a documentação administrativa e planos de

contingências; organização logística; coleta; unitização; desunitização;

movimentação; armazenagem; consolidação; desconsolidação e entrega. Essas

etapas, estão previstas, inclusive, na Lei nº 9.611, de 19/02/1998

Direito Tributário

• Âmbito Federal:

IRPJ – Considerado como Custo/Despesa

Essencial à atividade.

Subcontratação

S

2 º TURMA

ACÓRDÃO Nº 06-35254 de 19 de Janeiro de 2012

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

EMENTA: TRANSPORTE DE CARGA. SUBCONTRATAÇÃO. OPERAÇÃO DISTINTA DE AGENCIAMENTO.

A operação em que a transportadora contrata o serviço de transportes com o seu cliente, emite o conhecimento

de frete e recebe em seu nome o valor total lá constante, caracteriza a venda de serviços de transporte e

aperfeiçoa o fato gerador dos tributos calculados com base no faturamento; a operação posterior, em que a

transportadora repassa a terceiros um valor inferior ao recebido sem a emissão de novo documento fiscal,

referente à execução parcial do serviço de transporte, caracteriza subcontratação e não agenciamento.

CONTRATO DE AGENCIAMENTO. CARACTERÍSTICAS. O contrato de agenciamento é aquele pelo qual uma

pessoa ou empresa, o agente, assume, em caráter não eventual e sem vínculo de dependência, a obrigação de

exercer habitualmente a intermediação de negócios em favor do preponente; nesse conceito não se inclui a

subcontratação, aleatória e eventual, de caminhoneiros autônomos, para executar serviço de transporte de carga

que fora anteriormente contratado, em nome próprio e com emissão do respectivo Conhecimento de Transporte

Rodoviário de Carga - CTRC. RECEITA BRUTA. (....). IRPJ. CSLL. BIS IN IDEM. Na apuração do IRPJ e da CSLL no

regime do lucro real, o lucro e base de cálculo são apurados pela diferença entre a receita bruta e os custos e

despesas, entre os quais foram deduzidos os fretes pagos a terceiros, sendo que estes, por sua vez, servirão

para estes terceiros subcontratados apurarem sobre as respectivas receitas, os tributos e contribuições que eles

devem ao Fisco; dessa forma, não se configura bis in idem. EXCLUSÃO DE FRETES PAGOS A TERCEIROS DA

BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E DA CSLL. A exigência de ofício de IRPJ e CSLL apurados no regime do lucro real

trimestral implica que estas exações foram calculadas sobre o lucro real e a base de cálculo resultantes da

receita bruta diminuída dos custos e despesas e outras deduções e adições determinadas na legislação, em que

os custos de fretes subcontrados também foram deduzidos. LANÇAMENTOS REFLEXOS. CSLL. PIS. COFINS.

Dada a íntima relação de causa e efeito, aplica-se aos lançamentos reflexos o decidido no principal.

Direito Tributário

• Âmbito Federal:

IRPJ – Considerado como Custo/Despesa

Essencial à atividade.

Subcontratação

Créditos de Pis e Cofins: Leis 10.833 e 10.637

permitem a apropriação de créditos na

subcontratação

Lei 10.833. Permissão de creditamento 1,23% e 5,7%

§ 19. A empresa de serviço de transporte rodoviário de carga que subcontratar

serviço de transporte de carga prestado por: (Incluído pela Lei nº 11.051, de

2004)

I – pessoa física, transportador autônomo, poderá descontar, da Cofins devida

em cada período de apuração, crédito presumido calculado sobre o valor dos

pagamentos efetuados por esses serviços; (Incluído pela Lei nº 11.051, de

2004)

II - pessoa jurídica transportadora, optante pelo SIMPLES, poderá descontar, da

Cofins devida em cada período de apuração, crédito calculado sobre o valor dos

pagamentos efetuados por esses serviços. (Incluído pela Lei nº 11.051, de

2004) (Vigência)

§ 20. Relativamente aos créditos referidos no § 19 deste artigo, seu montante

será determinado mediante aplicação, sobre o valor dos mencionados

pagamentos, de alíquota correspondente a 75% (setenta e cinco por cento)

daquela constante do art. 2o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004)

(Vigência)

SISCOSERV. SERVIÇO DE TRANSPORTE DE CARGA.

Prestador de serviço de transporte de carga é alguém que se obriga com quem quer enviar coisas

(tomador do serviço) a transportá-las de um lugar para outro, entregando-as a quem foi indicado para

recebê-las. A obrigação se evidencia pela emissão do conhecimento de carga.

O obrigado a transportar que não é operador de veículo deverá subcontratar alguém que

efetivamente faça o transporte. Logo, simultaneamente, será prestador e tomador de serviço

de transporte.

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA ÀS SOLUÇÕES DE CONSULTA COSIT Nº 66, DE 14 DE

MARÇO DE 2014, E Nº 257, DE 26 DE SETEMBRO DE 2014.

Âmbito Federal

Direito Tributário

• Âmbito Estadual:

Convênio ICMS 25/1990. Obriga a emissão de CTe pela Transportadora Contratante e dispensa

a subcontrada na emissão para o transporte.

Subcontratação

Subcontratação e Redespacho.

Créditos.

Direito Tributário

• Âmbito Estadual:

EMENTA : ICMS. TAMBÉM SE APLICA O

DISPOSTO NO RICMS/SC, ANEXO 5, ART. 68, NA

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE DE

CARGAS EFETIVADA MEDIANTE SUCESSIVAS

SUBCONTRATAÇÕES.Convênio ICMS 25/1990.

Subcontratação

Direito Tributário

Consequências caso seja considerado ilícito:

Impossibilidade de créditos de ICMS e de PIS e COFINS

Débitos 5 anos x Princípio da Proteção à Confiança.

Indutibilidade para fins de IRPJ

SUBCONTRATAÇÃO NO D. DO TRABALHO

• Contrato de Transpor te versus Contrato

de Trabalho

• Vínculo de Emprego – RT

(Reclamatór ia Trabalh is ta) , MTE

(Min is tér io do Trabalho e Emprego) e

MPT (Min is tér io Públ ico do Trabalho)

SUBCONTRATAÇÃO NO D. DO TRABALHO

CONTRATO DE TRABALHO Requisitos - artigos 2º e 3º, da CLT

• Pessoalidade

• Não-eventualidade

• Onerosidade

• Alteridade

• Subordinação (Estrutural)

CONTRATO DE TRABALHO Requisitos - artigos 2º e 3º, da CLT

PESSOALIDADE

• Contrato de trabalho é pessoal, no sentido de que o

empregado não pode se fazer substituir por outro

trabalhador. Para Carmem Camino: “A pessoalidade

decorre da infungibilidade da prestação laboral. É o próprio

trabalhador o veículo da energia que se expressa no ato de

trabalhar direcionado pelo comando do empregador:

ninguém pode entregar a força de trabalho pela qual outro

se obrigou.”

CONTRATO DE TRABALHO Requisitos - artigos 2º e 3º, da CLT

NÃO-EVENTUALIDADE

• A prestação de trabalho deve ser sistemática, constante, preservada a

ideia de permanência, mesmo que por curto período. Para Maurício

Godinho Delgado, o trabalho eventual é caracterizado pelas ideias

de: “a) descontinuidade da prestação do trabalho, entendida como a

não permanência em uma organização com ânimo definitivo; b) não

fixação jurídica a uma única fonte de trabalho, com pluralidade variável

de tomadores de serviços; c) curta duração do trabalho prestado; d)

natureza do trabalho tende a ser concernente a evento certo,

determinado e episódico no tocante à regular dinâmica do

empreendimento tomador dos serviços; e) em consequência, a

natureza do trabalho prestado tenderá a não corresponder, também,

ao padrão dos fins normais do empreendimento.”

CONTRATO DE TRABALHO Requisitos - artigos 2º e 3º, da CLT

ONEROSIDADE

• Caracteriza-se pelo pagamento do salário contratado. O

empregados recebe o serviço prestado e o empregado o

pagamento. Para Vólia Bomfim Cassar: “Não há contrato de

trabalho gratuito, isto é, efetuado apenas em virtude da fé, do

altruísmo, da caridade, ideologia, reabilitação, finalidade social,

sem qualquer vantagem para o trabalhador.”

CONTRATO DE TRABALHO Requisitos - artigos 2º e 3º, da CLT

ALTERIDADE

• Significa que o empregado não assume o risco da atividade.

Para Sérgio Pinto Martins: “O empregado presta serviços

por conta alheia (alteridade). Alteridade vem de alteritas, de

alter, outro. É um trabalho sem assunção de qualquer risco

pelo trabalhador.”

CONTRATO DE TRABALHO Requisitos - artigos 2º e 3º, da CLT

SUBORDINAÇÃO

• O empregador adquire o direito de dispor da força de

trabalho do empregado, que fica à sua disposição. Conceito

que vem sendo utilizado pelo direito do trabalho é o da

subordinação estrutural (integrativa), conceituada por

LUCIANO MARTINEZ como: “Esse novo conceito é

normalmente invocado diante de situações de terceirização

de atividades que, apensar de aparentemente '-meio', são

estruturalmente ligadas (por isso se fala em subordinação

'estrutural') aos propósitos finais do empreendimento.”

JURISPRUDÊNCIA - TRT4

PROCESSO Nº 0000490-17.2013.5.04.0006 – 11ª TURMA -

28/05/2015

“RELAÇÃO DE EMPREGO. NÃO CONFIGURAÇÃO. Caracterizada a prestação de

serviços de transporte de cargas, nos moldes do art. 4º da Lei nº 11.442/2007, não há

como reconhecer a existência de relação de emprego entre as partes.”

• Nesse contexto, com a devida vênia ao respeitável posicionamento adotado pelo Julgador a

quo (fls. 623-6), entendo que o reclamante realizava o transporte de mercadorias para a

empresa ré em veículo particular com certa autonomia, arcando com o ônus do negócio, o

que o diferencia do motorista empregado que dirige veículos de propriedade do empregador,

em situação de hipossuficiência, como se constata, inclusive, do padrão de remuneração.

Considero que o contexto probatório não permite concluir pela existência de todos os

elementos da relação de emprego, elencados nos artigos 2º e 3º da CLT, notadamente a

subordinação jurídica, não havendo, portanto, como reconhecer a existência de vínculo

empregatício entre as partes.”

JURISPRUDÊNCIA - TRT4

PROCESSO Nº 0000458-88.2014.5.04.0013 – 04ª TURMA -

27/11/2014

“VÍNCULO DE EMPREGO. MOTORISTA FRETEIRO. Caso em que o reclamante,

como motorista, prestava serviços, na forma dos arts. 2º e 3º da CLT. Trabalho

que está diretamente relacionado à atividade-fim da primeira reclamada.

Reconhecido liame de emprego com a primeira reclamada e a

responsabilidade subsidiária da segunda ré, tomadora dos serviços.”

• “Quanto à subordinação, não se caracteriza apenas subjetivamente, mas também pelo

seu aspecto objetivo, ou seja, pela participação integrativa do trabalhador na atividade

do credor do trabalho. O contrato social da primeira reclamada (fls. 45/48) reporta que o

objetivo social da empresa é a logística, transporte rodoviário de cargas em geral,

transporte rodoviário de cargas perigosas e representação comercial, exatamente as

atividades realizadas pelo reclamante enquanto motorista de entrega.”

SÚMULA 331 DO TST CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE

I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974)

III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial

• TST – PROCESSO RR – 319700-78.2007.5.12.0002 – 06ª TURMA –

PUBLICAÇÃO 06/05/2011 – Rel. Augusto César Leite de Carvalho

• RECURSO DE REVISTA. VÍNCULO DE EMPREGO. MOTORISTA

AUTÔNOMO. Como o Tribunal de origem deixa registrado que o

recorrente era trabalhador autônomo, sem restar caracterizada a

subordinação, elemento essencial para a configuração do vínculo de

emprego, a pretensão do reclamante demanda reexame de matéria

fático-probatória dos autos, procedimento vedado nesta fase recursal,

de acordo com a Súmula 126 do TST. Recurso de revista não

conhecido.

JURISPRUDÊNCIA - TST

PROCESSO RR – 868-66.2011.5.09.0664 - 01ª TURMA - Publicação

24/04/2015 – Rel. Lelio Bentes Corrêa

“CONTRATAÇÃO DE EMPREGADO POR MEIO DE

EMPRESA INTERPOSTA. FORMAÇÃO DO VÍNCULO DE

EMPREGO DIRETAMENTE COM A TOMADORA DE

SERVIÇOS. ATIVIDADE-FIM. MOTORISTA

TRANSPORTADOR. Demonstrada a afronta aos artigos 2º e

3º da Consolidação das Leis do Trabalho, dá-se provimento ao

agravo de instrumento, a fim de determinar o processamento

do recurso de revista.”

JURISPRUDÊNCIA - TST

PROCESSO Nº TST-AIRR-1136-42.2010.5.18.0006 - 2ª TURMA DO TST

- PUBLICADO 30.11.2012 - DES. CON. MARIA DAS GRAÇAS SILVANY

DOURADO LARANJEIRA

___________________________________________

AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO DE REVISTA –

TERCEIRIZAÇÃO – TRANSPORTE DE CARGAS - LEI N° 11.442/2007.

O Tribunal Regional concluiu que a terceirização se encontra amparada

na legislação vigente. Afastou, ainda, a hipótese de fraude, na medida

em que não se verificou ter a reclamada tentado violar direitos

trabalhistas. Assim, não há que falar em contrariedade à Súmula 331

desta Corte. Agravo de instrumento não provido.

JURISPRUDÊNCIA - TST

STF -15/05/2014 - PLENÁRIO -

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO - 713.211

MINAS GERAIS - MANIFESTAÇÃO DE

REPERCUSSÃO GERAL

• A proibição genérica de terceirização calcada em interpretação

jurisprudencial do que seria atividade fim pode interferir no direito

fundamental de livre iniciativa, criando, em possível ofensa direta

ao art. 5º, inciso II, da CRFB, obrigação não fundada em lei

capaz de esvaziar a liberdade do empreendedor de organizar sua

atividade empresarial de forma lícita e da maneira que entenda

ser mais eficiente.

• A liberdade de contratar prevista no art. 5º, II, da CF é conciliável

com a terceirização dos serviços para o atingimento do exercício-

fim da empresa.

PL - 4.330/2004 - "Dispõe sobre os contratos de terceirização e as

relações deles decorrentes"

____________________________________

Terceirização: a transferência feita pela contratante da execução de

parcela de qualquer de suas atividades à contratada para que esta a

realize;

Art. 4º É lícito o contrato de terceirização relacionado a parcela de

qualquer atividade da contratante que obedeça aos requisitos previstos

nesta Lei, não se configurando vínculo de emprego entre a contratante e

os empregados da contratada, exceto se verificados os requisitos

previstos nos arts. 2º e 3º da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,

aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

CONCLUSÃO

____________________________________

ANÁLISE SOB A ÓTICA DO DIREITO DO TRABALHO:

- A SUBCONTRATAÇÃO DA ATIVIDADE DE TRANSPORTE

RODOVIÁRIO DE CARGA, VIA TAC (TRANSPORTADORA

AUTÔNOMO DE CARGAS) E/OU ETC (EMPRESA DE TRANSPORTE

DE CARGAS) É LÍCITA.

3/18/2016

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