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Escolha ser feliz

Stephanie Dowrick

Com colaboração de Catherine Greer

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Este livro é para minha ! lha, Kezia Dowrick

Existem três coisas que duram para sempre: fé, esperança e amor. A maior

delas, porém, é o amor.1 Corintios, 13:13


O objetivo de todo indivíduo é ser feliz. Nossas vidas são ao mesmo tempo

diferentes e iguais.

Anne Frank, O diário de Anne Frank

Quantas pessoas são felizes de verdade? Não falo da felicidade por terem

encontrado o homem ou a mulher dos seus sonhos, ou porque compraram

um carro novo ou uma nova casa, ou porque conseguiram o emprego que

sempre desejaram. Falo de quem é feliz interiormente. De quem tem um

manancial interior de alegria e paz (...) Quantas pessoas assim você conhece?

Tenzin Palmo, Re! ection s on a Mountain Lake

A felicidade não é simplesmente um sentimento ou uma emoção. É uma

ligação com o mundo, a percepção do lugar que ocupamos nele.

Mark Kingwell, Aprendendo felicida de


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Sumário

Introdução, ""

Capítulo 1: Con! e em si mesmo, "#Capítulo 2: Deixe que seus valores e objetivos trabalhem a seu favor, $%Capítulo 3: Faça uma escolha consciente de suas atitudes e reações, "&%Capítulo 4: Desenvolva o amor-próprio, "%'Capítulo 5: Tenha consideração pelas pessoas, "'#Capítulo 6: Valorize aqueles que você ama, ()#Capítulo 7: Pense e aja positivamente, (##

Agradecimentos, )""


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Introdução

STEPHANIE DOWRICK

A promessa deste livro é bastante clara: você pode ser mais feliz. Por meio de suas escolhas, também pode levar mais felicidade aos que o cercam. Pode melhorar o ânimo do outro – e o seu. En-tender e utilizar seu poder de escolha, descobrir quais são seus pontos fortes, dar um novo valor a seus insights e experiências, cultivar uma noção verdadeira de respeito, gratidão e consideração pelos outros – isso levará você a aumentar não apenas a própria felicidade, mas também a estabilidade interior, a con! ança e a se-gurança. E, de quebra, você ainda vai perder boa parte da inibição, do egocentrismo, da ansiedade e até mesmo da depressão, fatores capazes de assombrar e limitar quando não se conhece a própria força, quando se é um estranho para si mesmo e quando os outros permanecem envoltos em mistério ou dolorosamente inatingíveis.

Aprender a viver com mais responsabilidade e consciência de escolha já é encorajador. Reconhecer, porém, que nós mesmos podemos exercer uma infl uência positiva sobre todos ao redor eleva nossa vida – e nossa defi nição de felicidade – a um patamar ainda mais alto. Quando se tem espaço na mente e no coração para a preocupação sincera com o bem-estar dos outros, a vida adquire equilíbrio.


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Nas últimas décadas, os níveis de estresse, ansiedade e depres-são vêm crescendo, independentemente dos meios utilizados para mensurá-los. A ruptura de relacionamentos também tem se mul-tiplicado e a solidão está em alta, até (e talvez sobretudo) entre os que parecem ter “tudo”.

Qualquer que seja nosso passado ou nossa cultura, o que nos traz mais recompensas é a capacidade de ser generoso, de viver de modo entusiasmado e criativo, de valorizar e compreender experiências distintas das nossas e de manter uma noção de estabilidade e confi ança interiores mesmo em situações indesejáveis e difíceis.

Embora pareça simples, precisamos de orientação e estímu-lo para reencontrar esse caminho, para ver essas qualidades sob uma nova ótica e valorizá-las, aprendendo então a incorporá-las ao nosso cotidiano.

Percebi como meu trabalho era um importante catalisador de mudanças na vida das pessoas quando conheci Catherine Greer. Na época, eu já escrevia havia quase 20 anos e, como ela passava por um momento de transição, indiquei alguns de meus livros. Sua resposta à leitura me tocou profundamente. Ela me contou como minha obra tinha feito com que passasse a ver as coisas de maneira diferente, a reagir às circunstâncias com mais confi ança e a fazer escolhas com mais facilidade.

A interação com uma leitora tão apaixonada me inspirou e me deu forças para escrever Escolha ser feliz. Ao longo do processo de pesquisa e elaboração, tivemos inúmeras conversas sobre o que realmente é essencial para a alma. As diferenças em nossas vidas foram, no mínimo, tão férteis quanto as semelhanças. Em seu pa-pel de leitora, Catherine também fez várias perguntas específi cas às quais tentei responder neste livro.

A certa altura dessa troca de ideias, Catherine me propôs um desafi o. Ela achava que muitas pessoas poderiam ser ajudadas pelo meu trabalho, como acontecera com ela, mas talvez se con-


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siderassem demasiado ocupadas para ler um livro do início ao fi m. Sua geração se habituara a buscar e obter informações em blocos condensados e acessíveis. Essas pessoas queriam e pre-cisavam de profundidade, mas exigiam rapidez. Seria possível apresentar parte do que eu pesquisara e descobrira em meu trei-namento como psicoterapeuta e minha experiência como autora, condutora de ofi cinas e professora de uma forma mais conden-sada e segmentada?

Um formato diferente me daria a oportunidade de examinar de maneira direta os principais problemas e as dúvidas que per-meiam nossa vida. Eu teria que ser clara e objetiva a respeito do que é mais útil. Este livro é uma resposta a essa necessidade. Por meio de textos curtos e diretos, trabalho os temas de maior in-teresse em relação ao desenvolvimento pessoal: o que nos torna mais generosos, mais cuidadosos, mais felizes; o que nos torna mais propensos ao perdão e à tolerância e mais corajosos; o que nos contenta, nos encanta e nos apaixona mais facilmente.

Alguns tópicos podem reaparecer ao longo dos capítulos – não só porque muitos não lerão este livro na sequência, mas também porque cada um de nós apreende o conteúdo ao seu próprio modo.

Para que este livro se torne o amigo, o companheiro, o conse-lheiro silencioso, o fã e o incentivador que pretendo que ele seja, você vai precisar encontrar seu próprio lugar aqui. Vai ter que se sentir à vontade, bem-vindo, compreendido e totalmente seguro.

Assim, quero que você saiba o seguinte: Quaisquer que sejam suas características pessoais e sociais, sua

idade, seu estado civil ou opção sexual, não importa se tenha fi lhos ou se sinta infantil, seja bem-sucedido profi ssionalmente ou esteja apenas matando tempo ou aposentado, acredite ou não em um ser Divino, esteja ou não pronto para ser mais feliz, eu tinha você em mente quando escrevi este livro. Mais que isso, enquanto escre-


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via no meu tranquilo escritório em casa ou no meu movimentado consultório, eu tinha você no meu coração.

Este livro é para você.

CATHERINE GREER

Quando cheguei a Sydney há oito anos, eu acabara de fazer 30 anos e era recém-casada. Depois de explorar a cidade durante quatro meses, comecei a trabalhar como redatora de publicidade e procu-rei fazer amigos, esperando recriar tanto a vida pro! ssional quant o os relacionamentos que havia deixado no Canadá. Com o tempo, engravidei e me tornei mãe. Desejava muito a maternidade e decidi passar todo o meu tempo em casa.

De alguma forma, em meio a todas as mudanças, eu havia me perdido. Parecia deslocada na Austrália, não fazia ideia do que que-ria, tinha medo de me impor e precisava ser tranquilizada constan-temente. As emoções dominavam minha vida. Meu humor e até mesmo os pensamentos mais rotineiros muitas vezes me sabotavam. Nessas ocasiões, eu procurava alento e estímulo em outras pessoas.

Foi então que os livros de Stephanie me encontraram. Apesar das muitas aulas de psicologia que tive na faculdade, eu jamais lera livros como os dela. Não achava que precisasse deles. Acreditava vi-ver minha vida da melhor maneira possível e que todos os meus sen-timentos derivavam do fato de eu ser quem era: bastante pessimista, a* ita por natureza, dura comigo mesma. Percebo agora que pouco sabia dos princípios gerais do bem-estar psicológico e me faltava uma série de habilidades práticas necessárias para tocar a vida.

Os livros de Stephanie contêm verdades atemporais e, o que é mais importante ainda, me forneceram instrumentos práticos para viver com mais con! ança e percepção. O que ela escreveu me mos-trou que, independentemente das circunstâncias, a felicidade e a gratidão podem realmente ser uma escolha. Mas sua mensagem vai


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muito além disso: a vida pode ser difícil e, mesmo assim, preciosa. Não precisamos ter medo de aprender mais a nosso respeito. O autoconhecimento nos ajuda a lidar com os desa! os, com a dor e até mesmo com o sofrimento nu e cru.

Quando comecei a digerir as ideias de Stephanie e fazer contri-buições para este livro, o processo me exigiu toda a inteligência, toda a percepção e todo o autoconhecimento possíveis a ! m de lidar com a maior de todas as perguntas: como viver a vida de um jeito que valha a pena?

Esta é a pergunta a que Escolha ser feliz responde.


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Con" e em si mesmo

ACREDITE EM SI MESMO PARA SER FELIZ

Você pode escolher ser feliz. Pessoas, situações e acontecimentos in* uenciam suas decisões, mas ninguém é capaz de lhe proporcio-nar felicidade.

Muitos tentam encontrar exteriormente todo tipo de coisas que tragam felicidade. No entanto, até a mais substancial delas terá curta duração.

O amor romântico, a família, o sucesso pro! ssional, os ami-gos, interesses, status e riqueza certamente têm impacto no seu bem-estar. Isso irá livrá-lo durante alguns anos da necessidade de ir além. Porém, mesmo tendo “tudo”, você eventualmente vai sen-tir que falta “algo”.

Uma pessoa pode ter tudo que o mundo considera importante e ser feliz, mas existem muitas nas mesmas condições que estão longe da verdadeira felicidade. Como se explica isso?

É a autocon! ança que faz toda a diferença. Não falo da con-! ança apenas naquilo que você mostra ao mundo, mas em quem você é de verdade.

Essa segurança não só abre caminho para a experiência da feli-cidade plena, como também faz com que você mantenha a fé nos períodos mais turbulentos da vida.


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TUDO DE QUE VOCÊ PRECISA

Você já possui as qualidades de que precisa.Haverá momentos em que seu poder interior parecerá ofusca-

do pela insegurança, pela ansiedade, pelo medo, por decepções ou perdas. Mas ele jamais deixará de existir.

Pense nele como o céu que nunca deixa de ser azul, mesmo quando há nuvens a encobri-lo; ou como a montanha, que conti-nua a existir ainda que a neblina espessa a esconda.

Ao con! ar em si mesmo e encarar a própria vida de uma pers-pectiva mais ativa e generosa, você saberá lidar melhor com o mundo e com aquilo que ele exige de você – basta usar seu poder interior.

Isso lhe trará a estabilidade necessária, além da tão desejada paz de espírito, para fazer escolhas mais claras e ter mais felicidade.

Este livro é uma convocação direta ao seu poder e às suas qualidades. Ele fará com que você os traga à tona e os desenvol-va, permitindo que adquiram vida plena.

CADA DIA É UM NOVO DIA

Qualquer que seja o estágio de vida em que você se encontra, lem-bre-se de que jamais esteve nele antes.

Se você se sentir tentado a se cobrar porque acha que não está lidando com uma situação tão bem quanto devia, é extremamente encorajador recordar que este é um momento novo em sua vida, que está em constante desenvolvimento. E essa aceitação é a me-lhor maneira de evitar uma reação rotineira ou desgastada.

Igualmente útil é saber que a maioria das pessoas na casa dos 20 anos busca, sobretudo, coisas exteriores. Nessa fase, estabe-lecemos nossa identidade para o mundo, descobrimos o que é importante para nós (e o que não é) e como os outros nos veem e nos afetam.


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No entanto, é imprescindível entender que as reações dos ou-tros, os valores e as experiências deles são apenas parte do contexto geral. Sua noção de si mesmo, por outro lado, está em constante evolução e é algo com que você sempre poderá contar.

Ao aprimorar essa noção interior de si mesmo, você se torna menos vulnerável a ser controlado ou manipulado por outras pes-soas, menos dogmático e dominador, e passa a precisar menos de status e da aprovação alheia, ou se sente menos inclinado a cruzar os braços num ato de desespero. Você passa a se impor de forma adequada e a tomar decisões que re* etem genuinamente seus prin-cípios, valores e aquilo em que acredita. Além disso, essa noção desperta a capacidade de notar e valorizar tudo à sua volta e de ver como sua felicidade está profunda e inevitavelmente ligada à felicidade das outras pessoas.

SUA VIDA É SUA MENSAGEM

O ashram de Mahatma Gandhi em Ahmedabad, uma cidade no estado de Gujerat, no norte da Índia, ostenta numa das paredes uma máxima do ativista, escrita de próprio punho: “Minha vida é minha mensagem.”

Isso não é menos verdadeiro para você e para mim do que era para Gandhi.

Por meio de suas atitudes e crenças, seus pensamentos, pala-vras e ações, por meio de tudo que motiva suas escolhas e deci-sões, você redige e reforça sua “mensagem” diariamente.

Ela envolve três aspectos cruciais:• Como você conduz a própria vida.• Como in* uencia os outros de acordo com o que é mais im-

portante para você (como eles devem vê-lo, o que devem esperar de você).

• Como modi! ca e in* uencia o ambiente à sua volta.


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AQUILO EM QUE VOCÊ PRESTA ATENÇÃO FICA MAIS FORTE EM SUA VIDA

Você molda sua vida por meio do poder da sua atenção.O que quer que mereça sua atenção (seu raciocínio, seu en-

volvimento, suas opiniões, sua preocupação ou sua obsessão) irá crescer, multiplicar-se e in* uenciar a pessoa em quem você está se transformando.

• Se pensar constantemente naquilo que lhe causa medo, você se tornará mais medroso.

• Se achar o tempo todo que a vida é injusta, você encontrará mais e mais provas para consolidar esse ponto de vista.

• Se acreditar que sua vida será sombria e fracassada, é assim que ela irá lhe parecer.

• Se julgar que sua vida não tem valor, suas escolhas e seu compor-tamento re* etirão essa noção.

• Se achar que tem direito a " car com raiva, você vai descobrir mais e mais motivos para se enraivecer.

Por outro lado, se dedicar sua atenção, com consciência e obje-tividade, a algo positivo, estimulante e encorajador, sua vida e sua noção de si mesmo inevitavelmente expressarão isso.

Sejam quais forem as circunstâncias, é possível dirigir a atenção para o que in* uenciará suas atitudes e ações de forma mais bené! ca.

A felicidade não cai do céu

Suas atitudes, seus valores e suas escolhas irão aumentar ou dimi-nuir seu ânimo de forma muito mais e! caz do que qualquer outra coisa externa.A felicidade não pode ser encontrada quando ! camos apenas es-perando que o melhor aconteça. Se você quiser ser feliz, precisará


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reivindicar o melhor de si mesmo, reconhecer sua força interior e sua capacidade – e dar vida a elas quando os velhos hábitos ameaçarem puxá-lo para baixo.

POR ONDE COMEÇAR

A con! ança em si mesmo é consequência do autoconhecimento.O autoconhecimento não é algo que se adquire antes de come-

çar a levar a vida a sério, nem algo que carece de atenção constante; ele é adquirido ao longo do processo de viver.

Para que você se torne uma pessoa melhor, é essencial conhe-cer bem a si mesmo e aos outros. Eis por onde começar:

• Observe o impacto que você causa nos outros. Ponha-se no lugar deles. Veja-se a partir da perspectiva deles. Ouça a si mesmo. Perce-ba como seu humor in* uencia todos à sua volta. Quando não gostar do que encontrar, mude seu comportamento.

• Ouça suas próprias histórias. Como você descreve o impacto que os outros exercem? O que você enfatiza? O que vive repetindo? Acha que os outros detêm mais poder que você sobre sua vida? Essas histórias moldam seu caráter, seu temperamento e sua noção do que é possível. Saiba quais são suas histórias e depois re* ita sobre o poder que elas têm de determinar quem você é. E lembre-se de que uma mudança de atitude gera novas consequências.

• Identi" que seus pontos fortes. Saiba o que constitui um desa! o para você. Reconheça que tanto as conquistas quanto os obstáculos têm muito a lhe ensinar.

• Descubra o que é importante para você. Do que você mais fala? A que destina seu tempo, seu dinheiro e sua atenção?

• Repare no que o torna feliz, no que o deixa realmente animado e desperto, no que o inspira e estimula, no que o fascina. Dedique seu tempo a isso.


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• Atente para o que in! uencia negativamente seu humor, para os pen-samentos que acionam seu raciocínio temeroso. O humor é modi! cado pelos pensamentos, não o contrário.

• Tire o máximo proveito dos próprios erros. Isso evita que você os repita e ao mesmo tempo permite que ! que menos receoso e na defensiva.

• Aprenda com os outros. Reconheça a realidade diferente que cada um vive e descubra o que pode extrair disso.

• Conheça o conteúdo do seu mundo interior. Analise seus sonhos, esperanças e desejos; suas obsessões; a interpretação que dá para as mais diferentes situações.

• Admita que há sempre algo a aprender.

O que você aprendeu hoje?

A maioria de nós não está habituada a pensar de um jeito dife-rente sobre a própria vida. Os hábitos de raciocínio nos gover-nam e podem nos deixar estagnados e limitar nossas escolhas. Com isso, passamos a nos ver como seres mais impotentes do que somos de fato.Você ganhará muito se re" etir apenas alguns minutos por dia sobre as seguintes perguntas: “O que aprendi hoje? O que me surpreendeu?”.Os tópicos do item anterior podem ser usados como ponto de partida. Um dia você aprende algo sobre o impacto que causa nos outros; em outro, pode ter um insight sobre o que o deixa feliz e como anda distribuindo seu tempo.Não menospreze essas pequenas descobertas. Elas podem ser de grande ajuda.

COMO VOCÊ SE VÊ

Suas crenças mais profundas a respeito de si mesmo se expressam de inúmeras maneiras.


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A história que elas contam está no seu rosto e no seu corpo. Emerge em seus olhos. É exposta por meio dos amigos que você escolhe, dos valores com os quais se identi! ca, dos riscos que corre, do trabalho que realiza, das paixões que alimenta, daquilo em que acredita e a que dedica seu tempo, bem como por meio do valor que dá à própria existência.

Quais são as qualidades que você mais valoriza em si mesmo?Quais são as qualidades que mais deseja ter e mostrar?O que faz com que se sinta vivo?Que hábitos ou padrões está disposto a abandonar?Existe algo que o impeça de ser você mesmo de forma plena?

Peça a ajuda de um amigo

Explore as questões acima com um amigo. Revezem-se nas per-guntas e procurem dar plena atenção um ao outro, seja ao ouvir ou ao responder.Se preferir, faça isso sozinho, passando tudo para o papel. Se-lecione uma pergunta de cada vez e re" ita por um tempo antes de escrever.

O QUE VOCÊ VAI DESCOBRIR A SEU RESPEITO

Muitos indivíduos inteligentes e ponderados têm medo de conhe-cer a si mesmos.

Podem ser capazes de ler livros como este, buscar a ajuda de psicoterapeutas ou falar de si mesmos e de seus problemas com-pulsivamente. No entanto, o desa! o do autoconhecimento os as-susta. As coisas continuam acontecendo “a” eles; as catástrofes vão se somando e eles se sentem impotentes para lidar com as di! culdades; seu humor oscila entre extremos; e sua inteligência emocional ! ca muito aquém do próprio potencial.


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O motivo mais comum é o medo que sentem de que a opinião que têm de si mesmos possa ser desmantelada pelo autoconheci-mento. No fundo, temem que saber mais a respeito de si possa signi! car mais decepções – ou mais trabalho a fazer.

Na verdade, o que acontece é o contrário.O autoconhecimento não está ligado a di! culdades ou pro-

blemas. Ele permite que você descubra seu poder e o desenvolva. Ajuda-o a reconhecer suas paixões e abraçá-las. Deixa que você veja o que o faz tropeçar e como aprender algo com isso. Faz com que viva no presente e não no passado.

Ao desenvolver a con" ança de dentro para fora, o autoconhecimento liber-tará você da prisão do egoísmo e do constante e doloroso autoquestionamento.

NINGUÉM O CONHECE MELHOR QUE VOCÊ MESMO

Seu maior bem são suas experiências.Como ouvi de minha ! lha Kezia recentemente: “Ninguém o

conhece melhor que você mesmo. Adotar as opiniões alheias sobre o que deve ou não fazer e sobre quem você é equivale a mandar alguém comprar um par de sapatos para você. A pessoa pode saber o seu número, mas jamais será capaz de sentir como o sapato vai ! car no seu pé.”

Nada é mais verdadeiro. No entanto, é muito fácil esquecer, ignorar ou desprezar nosso autoconhecimento.

Quase sempre, quando nos vemos numa situação emocional-mente difícil, corremos em círculos, perguntando a uma pessoa atrás da outra o que elas acham que devemos fazer. Ao adotar essa pos-tura, partimos do princípio de que os outros sabem mais da nossa vida do que nós mesmos. Talvez con! emos mais neles do que em nós. E certamente cremos que seus insights e suas experiências são mais valiosos que os nossos.


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Mas não são.Você é o único que conhece sua vida por inteiro. É quem a

vivencia de dentro para fora. A questão não é ignorar o que os outros pensam, mas passar

a avaliar as opiniões alheias de forma diferente. Com isso, você estará aumentando o valor que dá a si mesmo e ao seu tesouro de experiências.

O QUE VOCÊ GANHA AO COMPREENDER MELHOR A SI MESMO

Ao compreender melhor a si mesmo, voc ê ! ca sabendo que é você, e não outra pessoa, quem faz as escolhas cruciais da vida.

Ao compreender melhor a si mesmo, você descobre seus pontos for-tes e aprende a usá-los.

Ao compreender melhor a si mesmo, você se apressa menos a rotular as situações como boas, más, bem-vindas ou inconvenientes. Des-cobre que é possível aprender com cada uma delas e que a in* uên-cia de suas crenças e atitudes sobre os acontecimentos é poderosa.

Ao compreender melhor a si mesmo, você entende que o que lhe acontece importa menos do que suas reações. Isso é maravilhoso, porque você sempre terá muito mais controle sobre suas reações do que sobre os acontecimentos.

Ao compreender melhor a si mesmo, você se sente menos vulnerável e menos amedrontado. Sua estabilidade vem do que sabe sobre si mesmo e de sua autocon! ança, e não de opiniões altamente sub-jetivas de terceiros.

Ao compreender melhor a si mesmo, você passa a ser muito menos ma-nipulado pelo seu humor e pelos pensamentos que in* uem sobre ele.

Ao compreender melhor a si mesmo, você, inevitavelmente, também compreende melhor os outros. É menos dependente e mais grato, encarando tanto os êxitos quanto os fracassos de forma bem me-


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nos pessoal. Aceita a própria complexidade e suas contradições – e aceita essa mesma realidade na vida dos outros.

Ao compreender melhor a si mesmo, você ! ca menos propenso a se sentir uma vítima de acontecimentos passados ou da falta de gene-rosidade de terceiros. Quando sofrer um trauma ou uma decepção, terá mais vontade de procurar o apoio e a ajuda pro! ssional neces-sários à sua recuperação, abrindo-se para o aprendizado que pode adquirir com essas experiências.

Você e os outros

Quando você compreende melhor a si mesmo, passa a observar mais intimamente como suas emoções e, sobretudo, seu compor-tamento in" uenciam os outros. Pense nestas três perguntas: “O que desejo alcançar nesta situação? Que mensagem meu comporta-mento está passando para os outros? Minhas ações re" etem mi-nhas intenções e combinam com elas?”Repare naquilo que você não pretendia fazer ou não pretendia dizer. Quase sempre esses lapsos são muito reveladores. Permita--se aprender com eles.

O EU QUE SOU E O EU QUE VOCÊ VÊ

A disparidade entre a maneira como somos vistos e a maneira como nos sentimos por dentro é muito mais comum do que se pensa. Muitos indivíduos que obtiveram conquistas fantásticas se sentem, ainda assim, vazios, inseguros ou “irreais” por dentro.

Se o lado que mostra aos outros é muito diferente do lado que só você vê, como con! ar na admiração e no amor das pessoas? Você quer ser amado por ser você mesmo, mas quem é essa pessoa? É possível conhecê-la? É possível con! ar nela? Amá-la?

Essa distinção, em geral, tem início na infância. Aprendemos,


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instintivamente, que a vida será mais fácil se nos comportarmos como o mundo espera, e não como queremos. Isso acontece sobre-tudo quando nossos sentimentos são de dor ou indignação. A pres-são para escondermos nosso verdadeiro eu pode ser forte demais.

Mesmo quando decidimos mudar de comportamento, não é fácil abandonar essas máscaras que tanto nos ajudaram. As com-pensações – ser amado, não despertar inveja nem provocar dispu-tas por poder – são importantes.

No entanto, quando somos nós mesmos, damos aos outros per-missão inconsciente para serem eles mesmos também. A comunicação pode, então, progredir para um nível mais profundo e grati! cante.

Em qualquer estágio da vida, precisamos de muita energia para não expressar quem somos realmente, para negar nossa autenticida-de e para extrair nossa noção de realidade de um mundo exterior no qual às vezes somos falsos.

Se você identi! car alguma disparidade entre como se sente e como acredita ser visto, talvez ajude saber que a pessoa que pre-cisa ser mais amada e mais incondicionalmente aceita por você é você mesmo. Ao permitir-se con! ar em si mesmo por inteiro e se valorizar, reconhecendo ser sua própria “" gura de autoridade” interior, bem como expressando essa autoridade no mundo exterior, uma mudança crucial irá acontecer.

Seu ponto interior de referência voltará ao devido lugar: você mesmo.

Você não precisa ser corajoso de antemão

É libertador descobrir que não precisamos ser corajosos antes de efetuar as mudanças de que necessitamos ou antes de enfrentar situações difíceis ou angustiantes.Fazer o que precisa ser feito, encarar um problema da melhor ma-neira possível, imitar comportamentos capazes de nos fortalecer já são atos de coragem.


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Você pode ser feliz sem ser perfeitaAlice D. Domar e Alice Lesch Kelly

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ponto de prejudicarem sua qualidade de vida e de você só se sentir feliz se

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Nesse livro você encontrará maneiras de se concentrar menos em

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Em Você pode ser feliz sem ser perfeita, Alice D. Domar e Alice Lesch Kelly

apresentam técnicas simples, efi cazes e clinicamente comprovadas que vão

ajudá-la a reformular o modo como pensa e sente a vida. Com elas, você

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realizada. Você pode ser feliz sem ser perfeita.


Quando me conheciJorge Bucay

É inquestionável que todos nós estamos em busca da felicidade.

Mas o que será isso? Será que tem a ver com acumular bens materiais,

superar todos os adversários e ter uma carreira brilhante, ou ter um

amor de cinema, em que não falte aventura?

Muitas vezes, quando pensamos em pessoas felizes, o que nos vem à

mente são imagens de gente rindo, brincando ou bebendo em uma festa. A

maioria de nós se esquece de que a felicidade pode ser bem mais simples.

Simples, não fácil!

Segundo Jorge Bucay, o caminho para a felicidade está em responder

a três perguntas fundamentais: Quem sou? Aonde vou? Com quem? É

este o grande desafi o que devemos enfrentar se quisermos conquistar

a realização pessoal.

Em primeiro lugar, temos que nos livrar de todas as informações

que nos foram inculcadas por nossos pais e pela sociedade a respeito

de quem somos. Temos de amadurecer e deixar o ninho, conscientes

de nossas emoções. Temos que assumir plenamente a responsabilidade

por nossa vida.

Em seguida, é preciso defi nir o rumo. Não apenas a meta, o objetivo

fi nal, mas o caminho que seguiremos para chegar lá. Em essência, o que

importa não é o destino, e sim como empreendemos a viagem.

Por fi m, é importante reconhecer quem nos acompanha. É preciso

que saibamos abrir mão daquelas pessoas com as quais, por algum

motivo, já não podemos mais contar durante a jornada.

Somente depois que nos desapegarmos do passado, poderemos

abrir espaço para todas as coisas novas que surgirão em nossa vida e ser

felizes de verdade.


Nietzsche para estressadosAllan Percy

Nietzsche para estressados é um manual inteligente e estimulante que

reúne 99 máximas do gênio alemão e sua aplicação a várias situações

do dia a dia. A sabedoria de Nietzsche é de grande utilidade na busca

de uma solução para uma série de problemas, tanto na vida pessoal

quanto na profi ssional.

Esse breve curso de fi losofi a cotidiana foi criado por Allan

Percy para nos auxiliar nos momentos em que precisamos tomar

decisões, recuperar o ânimo, encontrar o caminho certo e relativizar

a importância dos fatos da vida. É indicado para quem procura

inspiração no pensamento do fi lósofo mais infl uente da era moderna

para combater as angústias e os medos dos dias de hoje.

Cada capítulo é iniciado por um aforismo do grande mestre,

seguido de uma interpretação atual. Muitas vezes, sua sabedoria é

associada às ideias de outros autores renomados, enriquecendo ainda

mais o assunto.

O legado de Nietzsche induz à refl exão e oferece uma forma

inovadora de superar as difi culdades.


Nunca desista de seus sonhosAugusto Cury

Com milhões de livros vendidos sobre temas como crescimento

pessoal, inteligência e qualidade de vida, o psiquiatra Augusto Cury

debruça-se nessa obra sobre nossa capacidade de sonhar e o quanto ela

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Os sonhos são como uma bússola, indicando os caminhos que

seguiremos e as metas que queremos alcançar. São eles que nos

impulsionam, nos fortalecem e nos permitem crescer. Se os sonhos são

pequenos, nossas possibilidades de sucesso também serão limitadas.

Desistir dos sonhos é abrir mão da felicidade porque quem não

persegue seus objetivos está condenado a fracassar 100 % das vezes.

Analisando a trajetória vitoriosa de grandes sonhadores, como

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O poder do AgoraEckhart Tolle

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Mas, se queremos realmente mudar nossas vidas, precisamos

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Combinando conceitos do cristianismo, do budismo, do hin-

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Esse livro é um manual prático que nos ensina a tomar consciência

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grosseiras e mal-humoradas. Já a paciência, uma das virtudes mais

ignoradas nos dias de hoje, é uma das formas mais efi cientes para

eliminar os estados de tensão e irritação.

Cheio de citações inspiradoras, histórias estimulantes e da

sabedoria daqueles que já atingiram seu objetivo, esse livro mostra que

a paciência é um hábito e, como tal, deve ser cultivada e exercitada. Só

ela é capaz de nos colocar em sintonia com a natureza, conectados ao

momento presente e mais focados em nossos verdadeiros desejos.

O poder da paciência é um maravilhoso presente que podemos dar a

nós mesmos.


CONHEÇA OS CLÁSSICOS DA EDITORA SEXTANTE

1.000 lugares para conhecer antes de morrer, de Patricia Schultz

A História – A Bíblia contada como uma só história do começo ao fi m, de The Zondervan Corporation

A última grande lição, de Mitch Albom

Conversando com os espíritos e Espíritos entre nós, de James Van Praagh

Desvendando os segredos da linguagem corporal e Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?, de Allan e Barbara Pease

Enquanto o amor não vem, de Iyanla Vanzant

Faça o que tem de ser feito, de Bob Nelson

Fora de série – Outliers, de Malcolm Gladwell

Jesus, o maior psicólogo que já existiu, de Mark W. Baker

Mantenha o seu cérebro vivo, de Laurence Katz e Manning Rubin

Mil dias em Veneza, de Marlena de Blasi

Muitas vidas, muitos mestres, de Brian Weiss

Não tenha medo de ser chefe, de Bruce Tulgan

Nunca desista de seus sonhos e Pais brilhantes, professores fascinantes, de Augusto Cury

O monge e o executivo, de James C. Hunter

O Poder do Agora, de Eckhart Tolle

O que toda mulher inteligente deve saber, de Steven Carter e Julia Sokol

Os segredos da mente milionária, de Harv T. Ecker

Por que os homens amam as mulheres poderosas?, de Sherry Argov

Salomão, o homem mais rico que já existiu, de Steven K. Scott

Transformando suor em ouro, de Bernardinho


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