spirit of judo #02

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Spirit of JUDO, a revista do Boletim OSOTOGARI.

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Page 1: Spirit of JUDO #02
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Page 3: Spirit of JUDO #02

Pouco se escrevia de judô há alguns anos, salvo publicações

específicas e raras de amantes da modalidade, ou entre os

principais interessados, os próprios praticantes. Das aulas que

eram realizadas no passado, apenas aos sábados e domingos

como forma de recreação, passou a ser uma modalidade que

dispõe de treinamentos diversos, para várias faixas etárias e

níveis técnicos. Desde as aulas de iniciação realizadas nas

escolas como curso extra curricular até os treinos de alto

rendimento nos clubes que entendem o potencial do esporte do

país do sol nascente como um arrematador de medalhas nas

principais competições, de âmbito estadual, nacional e

internacional.

Hoje temos suporte acadêmico, científico, tecnológico e de

mídia. Empresas investem no judô de alto rendimento e o circuito

se fecha a favor do judô.

Se prestarmos a atenção nessa faixa de pessoas que

passarão pelo judô, mesmo que por pouco tempo, vamos

entender que o judô se popularizou e muito! A criança poderá

parar de praticar um dia, por inúmeros motivos, mas o espírito do

judô permanecerá com ela sempre.

Nesta edição, apresentamos algumas matérias destacando

esse lado do judô, apresentando os diversos torneios e festivais

amistosos realizados pelo estado de São Paulo nos primeiros

meses do ano. Apoiamos essas iniciativas e sabemos da

importância desse trabalho de base. Trabalhos sociais também

mereceram destaque e as competições oficiais da FPJ também

fizeram parte da nossa pauta e iremos apresentar aqui na Spirit.

Acompanhamos também dois Campeoantos Brasileiros e um

Brasileiro Regional, onde São Paulo foi Campeão Geral nos três,

no masculino e feminino.

E aproveito aqui para parabenizar a Maria Suelen Altheman

pela conquista do título no Grand Slam de Baku, no Azerbaijão,

motivo de muito orgulho para o judô bandeirante.

Boa leitura! Everton Monteiro

EDITORIAL IndiceTorneio Uemura & Yamashita Guaíra

Festival Aniversário de Vinhedo

I I I Copa 8ª Oeste de Judô

1 º Torneio Amigos do Judô Itapira

Projeto Fazer Valer Ribeirão Pires

1 ª Copa Litoral Sul Peruíbe

Taça Cidade de São Sebastião

Novos técnicos do Projeto Futuro

Treinamento Esportivo

1 7º Torneio do São Paulo

Grand Slam de Baku

Falando de Judô

Copa Country Club Valinhos

Federação Universitária premia destaques

2º Torneio Massamitsu Idemori

A Constante Busca do aperfeiçoamento

Regionais Sub 1 8 e Sub 21

Estaduais do Interior Sub 1 8 e Sub 21

Entrevista Uchikomi - Presidente Puglia

Brasileiro Região V

Paulista Sub 1 8 e Sub 21

Seletiva para o Brasileiro Sub 1 8 e Sub 21

Brasileiro Sub 1 8

Brasileiro Sub 21

Entrevista com Yoshie Ueno

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Page 4: Spirit of JUDO #02

A décima edição do Torneio de Judô Uemura &

Yamashita foi real izado no dia 06 de abri l , no Ginásio

Municipal de Esportes “José Figueiredo”, na cidade de

Guaíra, interior de São Paulo. O evento foi coordenado

pela Secretaria de Esportes da cidade, em parceria com a

Associação Guairense de Judô e a Equipe de Judô

Branco Zanol.

Setecentos e trinta judocas, de várias cidades

participaram do certame, que foi dividido em campeonato,

para atletas federados, e festival para os judocas mais

novos.

Esse torneio presta homenagem aos dois maiores

incentivadores da modalidade em Guaíra: Takeshi

Uemura e Noboru Yamashita.

As competições ocorreram nas classes mirim à sênior,

masculino e feminino, e houve também disputas no

absoluto.

Prestigiaram a competição, além de Guaíra, judocas de

Nuporanga, orlândia, São Joaquim da Barra, Bebedouro,

Miguelópolis, Guará, São José do Rio Preto, Monte Azul

Paulista, São Paulo, Piracicaba, Fronteira, Ribeirão Preto,

Sertãozinho, Araraquara, Matão, Franca, Batatais,

Fernandópolis, Mirasol, entre outras.

Por ser a cidade sede, Guaíra não participou da

contagem geral de pontos, sendo que o resultado final

ficou na seguinte ordem:

Primeiro lugar: Rio Preto, Automóvel ClubeSegundo lugar: SertãzinhoTerceiro lugar: BebedouroQuarto lugar: São Joaquim da BarraQuinto lugar: Rio Preto, Ateneu Mansor

Nas categorias individuais os classificados receberam

medalhas e troféus e no festival, todos os participantes

foram contemplados com medalhas! Houve também

distribuição de vários brindes às agremiações

classificadas.

Texto: Everton Monteiro Foto: Divulgação

As agremiações classificadas na contagem geral de pontos levaram brindespara casa. Judocas classificados receberam medalhas alusivas e troféus e, nofestival, todos os participantes foram contemplados com medalhas.

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Page 5: Spirit of JUDO #02

No dia 07 de abri l , o ginásio de esportes “Antônio

Elias”, no Parque Municipal Jayme Ferragut, recebeu

aproximadamente setecentos atletas de quarenta e seis

agremiações da região da 1 5ª Delegacia Regional da

Grande Campinas e também de outras regiões do estado,

para a realização do Festival de Judô Aniversário da

Cidade de Vinhedo.

O evento teve o apoio da Prefeitura de Vinhedo, por

meio da Secretaria de Esportes e Lazer e da Associação

Trajano de Judô.

Destaque para a presença do presidente da Federação

Paulista de Judô, Alessandro Puglia e pelo vice-

presidente da Confederação Brasileira de Judô, Francisco

de Carvalho Filho e demais autoridades presentes na

abertura da competição.

O ginásio contou com seis áreas para as disputas, que

foram realizadas nas classes mirim à sênior.

Os quatro melhores classificados em cada categoria de

peso das classes em disputa receberam medalhas

alusiva ao evento e os 1 0 primeiros colocados na

contagem geral de pontos receberam troféus.

Confira a tabela com a classificação final da

competição:

Texto e fotos: Everton Monteiro

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Page 6: Spirit of JUDO #02

Em 06 de abri l , com a participação de trinta e três

associações e clubes das cidades pertencentes à 8ª

Delegacia Regional Oeste da Federação Paulista de

Judô, foi real izada no ginásio poliesportivo “Victor Savala”,

na cidade de Hortolândia, a I I I Copa 8ª Oeste de Judô.

A competição teve a coordenação do Delegado

Regional, o professor Anderson Dias de Lima e contou

com o apoio da Associação Hortolandense de Judô e da

Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de

Esportes e Recreação. . Oitocentos e cinquenta atletas

participaram da competição, com disputas nas classes

mirim à sênior. Houve também disputas por equipes, no

masculino e feminino.

O técnico da equipe de Hortolândia, Sérgio Matos, a

competição serviu como preparação para as competições

que ocorrerão durante o ano. “Todas as equipes

começaram os treinamentos no mês de fevereiro, visando

resultados positivos tanto nos Jogos Regionais, que

acontece em julho, quanto em competições de nível

Estadual e Nacional. Esta é uma oportunidade para

conhecer os adversários e se preparar para as próximas

disputas”, afirmou Matos.

Na competição, os três primeiros colocados

receberam medalhas. As dez melhores cidades colocadas

receberam o troféu por equipe. Confira na tabela as

equipes cl lassificadas:

1 º Divinolândia 6º Aguaí

2º Americana 7º Tênis Clube

3º Limeirense 8º ACBD Rio Claro

4º Hortolândia 9º Sayão FC Araras

5º Fênix 1 0º SESI 922

Professores Anderson Dias, Mauríl io Cezário e Umeo Nakashima

Texto: Everton Monteiro Fotos: Norman Takada

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O primeiro Torneio da Amigos do Judô de Itapira,

real izado em 1 4 de abri l , contou com a participação de

mais de 700 judocas.

Uma realização da 1 5ª Delegacia Regional da Grande

Campinas e mais uma vez as equipes dessa delegacia

marcaram presença na competição. AAmigos do Judô de

Itapira foi fundada há pouco mais de um ano e conta hoje

com seis núcleos em Itapira, um em Mogi Mirim e um em

Jacutinga(MG). Os professores da equipe são Everton

Stringuette, Alexandre Carvalho e Pedro Ferian, que tem

a responsabil idade de treinar quinhentos atletas desses

oito núcleos.

O evento foi prestigiado por várias autoridades da

cidade e região, com destaque para o prefeito José

Natal ino Paganini, que fez questão de comparecer ao

evento, compondo juntamente com as demais

autoridades, a mesa de honra na cerimônia de abertura.

Confira a tabela com os resultados da contagem geral

de pontos, com as dez equipes melhores classificadas:

Texto e fotos: Everton Monteiro

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Page 10: Spirit of JUDO #02

Na noite do dia 1 4 de maio, a Associação

Desportiva Ribeirão Pires recebeu convidados e

autoridades para a apresentação do projeto Fazer

Valer, que visa atender crianças e adolescentes de

baixa renda e complementa a educação formal com a

prática do Judô.

O trabalho, que atende atualmente 30 crianças

entre 7 e 1 3 anos, depende de patrocinadores para

exercer suas funções. Além da prática do Judô, os

alunos recebem acompanhamento em atividades

gerais, como frequência e rendimento escolar, higiene

e alimentação. Esses aspectos envolvidos na

formação do cidadão proporcionam a inclusão social

necessária para os menos favorecidos.

Marcos Hungaro, professor de Judô em Ribeirão

Pires há 20 anos e idealizador do Fazer Valer, afirmou

que o projeto nasceu da vontade de atender crianças

que não pudessem pagar pela prática do esporte. Ele

acredita que ação social é criar oportunidades para as

pessoas e pretende acompanhar de perto o

desenvolvimento escolar e pessoal de seus alunos.

“Quero que eles entendam a importância do esporte e

pensem ‘o Judô tem que me tornar uma pessoa

melhor’.

O judoca Rogério Sampaio, medalhista de ouro

nos Jogos Olímpicos de Barcelona, é o padrinho do

projeto. Ele fez um discurso emocionado sobre as

oportunidades que o esporte proporciona para jovens e

crianças e cedeu seu nome e imagem para divulgação

e captação de recursos para o Fazer Valer.

“Sinto-me honrado e extremamente fel iz. Vai ser

difíci l até dormir essa noite. Pretendo estar presente

em vários momentos do projeto, competições e treinos

especiais, com pais e convidados. O esporte tem a

capacidade de diminuir as diferenças sociais. Com o

Judô, alguns poderão conseguir bolsas de estudo para

garantir uma carreira no futuro. Através do esporte,

mudanças de vida serão conquistadas”.

Clovis Volpi, secretário adjunto de Esportes do

Governo do Estado de São Paulo, assumiu o

compromisso de ajudar a associação na captação de

recursos para dar continuidade ao trabalho nos

próximos anos. Ele acredita que o investimento do

poder público e de empresas da região é importante

para que cada vez mais crianças sejam atendidas.

“Esta é uma atividade extremamente importante

para a sociedade, porque forma bons cidadãos”, afirma.

AAssociação Desportiva Ribeirão Pires conta com

o engajamento de professores habil itados inscritos no

CREF (Conselho Regional de Educação Física) e

credenciados pela Federação Paulista de Judô e

Confederação Brasileira de Judô, órgãos máximos da

organização da modalidade no Estado de São Paulo e

no Brasil . A remuneração do corpo de professores será

realizada através de bolsa-auxíl io e o profissional deve

declarar que é voluntário.

A cerimônia também contou com a presença do

diretor técnico da Fedração Paulista de Judô, Joj i

Kimura, do coordenador de pesagem da 9ª Delegacia

Regional, Mario Assis, e do Delegado Regional da 9ª

Delegacia, Jul io Jacopi, dentre outras autoridades.

Inicialmente, o “Fazer Valer” deve atender 40

crianças e adolescentes, entre 7 e 1 3 anos, por meio

de parcerias com entidades e empresas. Os resultados,

que prometem ser excelentes desde o começo, devem

justificar a continuidade do projeto.

Texto: Olivia Henriques fotos: Alberto Nunes Junior

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Page 12: Spirit of JUDO #02

Comemorando trinta e três anos de existência, a

Associação de Judô Budokan Peruíbe realizou no dia 05

de maio a 1 ª Copa Litoral Sul de Judô. Contando com

treze entidades da 1 4ª Delegacia Regional do Vale do

Ribeira e também da 11 ª Delegacia Regional do Litoral,

cerca de 400 judocas e famil iares lotaram o Ginásio

Municipal de Esportes de Peruíbe, movimentando o

domingo de outono na cidade.

O evento foi organizado pelos senseis Samuel Lopes

Bastos, Junior Aparecido, Alexsandro Alves Betarel l i ,

Wagner dos Santos Silva, Mayko Souza dos Santos,

Samara Martins e as diretoras da entidade, Laudiceia

Bruno, Katia Balotta, Sula Nogar além dos pais e mães

dos alunos que se dispuseram a colaborar para que o

evento fosse um sucesso.

Vale destacar que a Associação de Judô Budokan

Peruíbe realiza há vários anos um trabalho social na

periferia da cidade, mantendo cinco núcleos em pleno

funcionamento. O projeto social da Associação de Judô

Budokan Peruíbe atende atualmente mais de

quatrocentos judocas.

Texto: Everton Monteiro Fotos: Cassia Kinno

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Page 13: Spirit of JUDO #02

Foi real izado no dia 05 de maio, na cidade de São

Sebastião, l itoral norte de São Paulo, a Taça Cidade de

São Sebastião 201 3. O evento foi real izado no ginásio de

esportes José de Souza Gringo, o Gringão. Participaram

desta competição doze agremiações da 2ª Delegacia

Regional do Vale do Paraíba e também da Capital,

total izando quinhentos judocas. O formato desta

competição foi diferenciada: É realizado um Festival,

para atletas até 1 4 anos e um Torneio Aberto Por Faixas,

para atletas de 1 5 anos e acima, além de um Torneio

Absoluto.

No Festival, na contagem geral de pontos, os

resultados foram os seguintes:

Campeã - Sindicato dos Servidores de São Sebastião

Vice­campeã - Academia Dojô Kano de Ubatuba

Terceiro colocado - Sindicato dos Serv. de São Sebastião

Quarto colocado - Secretaria de Esportes de Santa Branca

No Torneio Aberto por Faixas, os resultados gerais

foram os seguintes:

Campeã - Secretaria de Esportes de Caraguatatuba

Vice­campeã - Clube Rodoviário de Judô de Jacareí

Terceiro colocado - Clube Rodoviário de Judô de Jacareí

Quarto colocado - Associação Aliance de São Paulo

No Torneio Absoluto, o grande campeão foi o judoca

Rinaldo Alexandre (Professor Pepe de São Sebastião).

O evento teve a chancela da 2ª Delegacia Regional

do Vale do Paraíba, através do Delegado Regional

Claudio Calasans Camargo, em parceria com a

Secretaria Municipal de Esportes de São Sebastião.

Texto: Everton Monteiro Fotos: Divulgação

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Page 14: Spirit of JUDO #02

Com a presença do presidente da FPJ,

Alessandro Panitz Puglia, foi real izada oficialmente

no dia 11 de abri l , quinta feira, a apresentação dos

novos técnicos do centro de excelência de São

Paulo. A reunião com os atletas aconteceu no dojô

da Arena Olímpica, no complexo esportivo do

Ibirapuera, na capital do Estado.

Agora o centro de excelência de São paulo contará

com o apoio técnico de Henrique Guimarães,

Daniel l i Yuri Barbosa e Marcos Antonio Inácio.

Henrique Guimarães, medalhista olímpico,

permaneceu por 1 4 anos como titular da Seleção

Brasileira de Judô, tendo participado das

Olimpíadas de Atlanta/1 996(medalha de bronze),

Sidney/2000 e Atenas/2004. Assume a tarefa de dar

continuidade ao processo de fabricar campeões,

assumindo a coordenação do centro de excelência

de São Paulo.

Daniel le Yuri Barbosa, nascida em Registro-SP,

morou no Japão por nove anos, onde treinou e se

aprimorou no judô da terra do sol nascente e berço

da modalidade. Ex-atleta olímpica e prata no Pan-

Americano de 2007, assume o desafio de ajudar a

continuar formando campeões no centro de

excelência de São Paulo.

Marco Antonio Inácio, experiente judoca

tricampeão do Grand Prix Nacional e campeonato

brasileiro, integrou o elenco do projeto futuro há 1 9

anos e agora volta para assumir a cadeira de

treinador e preparador físico dos jovens atletas do

centro de excelência de São Paulo.

Texto e fotos: Alberto Nunes Junior

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Page 15: Spirit of JUDO #02

Na edição anterior enfatizamos a importância de

um trabalho periodizado ao longo do ano levando em

consideração alguns aspectos, como; a preparação

global dos atletas, volume moderado e contínuo de

aplicação de estímulos, aumento gradual dos índices

funcionais, heterogeneidade de estímulos, cargas

distribuídas ao longo do ciclo, desenvolvimento

simultâneo das diferentes capacidades e disposição

ondulatória das cargas e períodos de treinamento.

Ao levarmos em consideração a Periodização em

Longo Prazo, ou como é mais conhecido o

Treinamento em longo Prazo (TLP), tais aspectos

também são válidos, pois o treinamento esportivo para

crianças e adolescentes tem um contexto diferente dos

adultos, e, sua formação geral, bem como seu

processo de crescimento e desenvolvimento humano

devem ser respeitados, evitando, principalmente, a

especial ização precoce.

Em seu livro, Desempenho Esportivo - Treinamento

com crianças e adolescentes, Silva (201 0), apresenta

alguns autores que elaboraram periodizações em

longo prazo e desenvolveram conceitos qualitativos

sobre o processo de preparação de atletas. Outros

autores, como; Bompa (2000), Platonov (2007),

Weineck (1 999), Greco e Benda (2007) destacam em

suas obras a importância de um trabalho direcionado

para esse público, crianças e adolescentes. Entretanto,

como afirma Olívio Junior (2009), não há consenso

quanto à terminologia referente às etapas do processo

de preparação em longo prazo, mas podemos

observar que todos seguem uma lógica ao longo do

tempo, na qual partem de uma fase general izada, para

uma fase especial izada e consequentemente ao alto

desempenho esportivo.

Franchini e Del Vecchio (2008), afirmam que o

planejamento em longo prazo para atletas de judô

envolve um período de 1 0 a 1 5 anos e é dividido em

três etapas;

1 . Treino básico dos fundamentos, na qual o

aprendizado das técnicas básicas e a bilateral idade

são mais valorizados em detrimento de uma

especial ização técnica, é importante que a criança seja

exposta a uma grande variedade de situações, além

de incluir a prática de outras modalidades;

2. Especialização e progresso em profundidade

em direção ao desempenho máximo, o jovem atleta

inicia a especial ização técnica e cria seu repertório e

esti lo de luta;

3. Fase de competição internacional é o auge da

carreira e pode durar de seis a oito anos, nessa fase o

treinamento é direcionado para atender as demandas

das competições e é feita tendo como objetivos

adversários específicos.Segundo Santos e Mello

(2001 ), em seus estudos sobre Treinamento de Judô

em Longo Prazo, no Brasil , ainda eram poucos os

técnicos e treinadores que uti l izavam essa

metodologia, pois o início precoce em competições

oficiais e o desejo por resultados em categorias

menores ainda prevaleciam, ocasionando,

frequentemente uma especial ização precoce em

detrimento da construção de uma carreira esportiva de

longa duração. Nesse trabalho os autores descrevem

uma proposta de TLP divididos em duas fases com

duas e três etapas cada uma, adequando para cada

faixa etária os conteúdos a serem trabalhados quanto

às capacidades condicionante e coordenativas, bem

como o aprendizado e aprofundamento técnico e

tático. Hoje o cenário tende a se modificar. Olívio

Junior (2009) verificou e comparou as opiniões dos

técnicos de Judô do Brasil quanto aos aspectos

cronológicos da preparação esportiva em longo prazo

na modalidade e concluiu que a maioria das respostas

dos técnicos está em conformidade com a literatura

esportiva, exceto quanto à idade de início na

modalidade e quanto ao pico de desempenho

esportivo, ou seja, o desejo por resultados em idades

mais jovens, ainda prevalece em alguns locais de

prática. Vale destacar que em tal estudo foram

entrevistados 27 técnicos de Judô do Brasil presentes

na seletiva para o campeonato Pan Americano juvenil

e Junior de 2008.

Para final izar esse texto deixamos como sugestão

a leitura do livro - Ensino de Lutas, Reflexões e

Propostas de Programas, organizado por Franchini e

Del Vecchio (201 2), especificamente os capítulos cinco

e seis que tratam da Pedagogia do Judô sob a

perspectiva do esporte educacional (Douglas Montel),

e o, Judô na puberdade e adolescência (Marcus

Agostinho). Pois são embasados na teoria do

treinamento esportivo, prática e ensino do Judô.

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Page 16: Spirit of JUDO #02

Aconteceu no dia 22 de abri l o 1 7º Torneio de

Judô do São Paulo Futebol Clube – Wilson Della

Santa. O torneio foi real izado no ginásio de

esportes do Morumbi , com a participação de 500

atletas de 62 agremiações. A abertura do evento

contou com a presença ilustre do Vice-presidente

do São Paulo Futebol Clube, Dr. Roberto Nate.

Compondo também a mesa de honra, o

professor kodansha Alcides Camargo, o conselheiro

do Centro de Orientação Esportiva e diretor do São

Paulo F.C. , Antonio de Oliveira, o professor

kodansha e diretor de arbitragem da Federação

Paulista de Judô, Dante Kanayama, o responsável

pelo departamento jurídico da FPJ e coordenador

de judô do São Paulo F.C. , Dr. Antonio Mesquita, o

diretor de Esportes Amadores, Dr. Antonio Donizete

Golçalves e o Sr. André Luis Cipriani, diretor de judô

do São Paulo F.C.

O evento também foi marcado pela homenagem

prestada ao professor Antenor Noma. A

coordenação geral ficou a cargo do professor

Antonio Mesquita, que ficou satisfeito com a

participação e prestígio das agremiações que

marcaram presença naquele domingo no Morumbi.

A competição amistosa, já tradicional, teve o

propósito de integrar, principalmente as crianças,

iniciando-as para a fase competitiva do aprendizado

do judô e teve total apoio da diretoria do São Paulo

Futebol Clube, que não mediu esforços para que o

torneio fosse realizado.

Texto: Antonio Mesquita Fotos: Alberto Nunes Junior

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Page 17: Spirit of JUDO #02

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Page 18: Spirit of JUDO #02

Com dois ouros, uma prata e um bronze, Brasil

se classifica em terceiro lugar no Grand Slam de

Baku, a capital do Azerbaijão. Destacamos os

excelentes resultados conquistados pelos paulistas

Marcelo Contini, bronze na categoria até 73 kg e o

ouro de Maria Suelen na categoria +78kg. A

competição ocorreu no Sport Olympic Palace, o

“Sarhadchi”, nos dias 04 e 05 de maio, e mais dois

brasileiros faturaram medalhas numa dobradinha

verde amarelo na categoria +1 00kg, com Walter

Santos e David Moura, campeão e vice,

respectivamente.

“Foi sensacional! . Perdi uma semifinal em que

estava ganhando e fiquei com um sentimento

muito ruim. Porém, na disputa do bronze, estava

perdendo e joguei de ippon faltando 1 segundo! É

uma sensação única, que jamais vou esquecer”,

disse Marcelo Contini.

“Estou muito fel iz com essa conquista porque a

competição teve um nível alto de dificuldade, com

atletas muito fortes. Vou para a disputa do World

Masters com muito mais confiança”, disse Maria

Suelen, que comemorou muito com o técnico

Mário Tsutsui, com quem trabalhou durante seis

anos na Associação Desportiva São Caetano. A

campeã Suelen passou por Ivana Sutalo da

Croácia, pela compatriota Claudirene Cezar na

semifinal e pela turca Belkys Kaya na decisão.

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Texto: Everton Monteiro Fotos: CBJ

Com informações da imprensa da CBJ

Page 19: Spirit of JUDO #02

“O que ensino não é a técnica (jujutsu), mas um

caminho (judô). . . O princípio do “DO” (caminho) é a

sua aplicabil idade nos aspectos da vida. O verdadeiro

significado do Judô é a prática do corpo e da mente.

Que são, ao mesmo tempo, modelos para o cotidiano

e no trabalho”.

(J igoro Kano)

O Judô, assim como a maioria das artes marciais

de origem japonesa são “heranças” do esti lo de

treinamento dos Samurais, onde primavam pela moral

e um rígido código de honra, o bushido, portanto

podemos afirmar que o Judô possui uma base

fi losófica oriunda dos antigos samurais sintetizada pelo

Mestre e Fundador Jigoro Kano.

Em uma rápida análise torna-se difíci l a compreensão

onde os elementos fi losóficos que o Judô prega

enquadra-seem nossa vida cotidiana. No entanto,se

observarmos um treino tradicional de Judô,

percebemos que nele estão contidos elementos, que

representam os “pilares fi losóficos” enunciados pelo

Mestre Jigoro Kano: O Jita Kyoei e o Seiryoko Zenyo.

O Jita Kyoei é mais fácil sua compreensão quando

elevamos o Judô para a vida cotidiana, pois se trata

em linhas gerais da convivência harmônica entre

indivíduos, como o Mestre Jigoro Kano define:

“(. . . ) Por conseguinte, a situação proporciona

vantagens de cada um deles que eles não teriam

sozinho. Isso é chamado de sojo sojou Jita Kyoei, o

que significa prosperidade mútua através da ajuda

mútua e de concessão. Isso pode ser reduzido para

Jita Kyoei. Por esta razão, se cada um dos membros

de um grupo ajudar uns aos outros e agir sem

egoísmo, o grupo pode ser harmonioso e agir como

um. (. . . )” KANO, Jigoro “Mind over Muscle”

O Jita Kyoei simboliza a ação conjunta para uma

meta em comum, focando suas energias e

abandonando os interesses particulares em prol de um

“bem comum”. A estrutura básica de grande parte do

treinamento e prática do Judô está em torno do

Seiryoko Zenyo, onde significa o uso mais eficiente da

força.

É uma base fi losófica, na qual sua compreensão é

mais simples quando exemplificamos seu uso no

treinamento físico podendo ser citado o princípio do

desequilíbrio.

Podemos sim, elevar o princípio da máxima eficiência

para a vida cotidiana, se encararmos a eficiência como

evitar o uso indevido (desperdício) de energia. Somos

seres, onde as emoções e os sentimentos

desencadeiam uma série de mecanismos que irão

expressar tais emoções ou sentimentos.

É sabido que em nosso cotidiano não vivenciamos

apenas momentos bons, as adversidades, os

problemas, as divergências de opiniões também se

fazem presentes, e isso pode gerar sentimentos

negativos, como raiva, mágoa ou rancor. Sob a ótica

do princípio da máxima eficiência, “al imentar” tais

sentimentos negativos é um desperdício energético,

pois ao invés de uti l izar a energia em pensamentos

negativos, relembrar a situação, as ofensas ditas,

podem potencial izar os sentimentos negativos e como

consequência, acabar por afetar o convívio em seu

meio social. O uso eficiente da energia nos indica que

devemos conter essa situação e “movimentar” a

energia para um fim benéfico, como a solução de um

embate, por exemplo. Isso é alcançado através do

treinamento mental.

O verdadeiro Judoca é aquele que consegue

compreender e praticar o Judô tanto em nível físico

como mental, buscando aprimoramento a cada dia.

Um Judoca é diferenciado dos não praticantes, pois

consegue a convivência em harmonia com os demais

indivíduos e melhor uti l iza sua energia para fins

benéficos.

“O Principio da máxima eficiência, quando aplicado

para a melhora e o perfeito convívio social, além de

quando aplicado para a coordenação da mente e

corpo, na ciência do ataque e defesa, bem geral,

ordem e harmonia entre membros, e isso pode

somente ser alcançado através da ajuda mútua e

concessões, guiando para o benefício mútuo.” (j igoro

Kano)

Fernando Ikeda é faixa preta nidan, coordenador dos oficiais de mesa da 1 ª Delegacia Regional da Capital,

graduando em Educação Física na Universidade de São Paulo (USP).

1 9

Page 20: Spirit of JUDO #02

A Copa Country Club Valinhos de Judô 201 3 -

Segundo Troféu Ariovaldo Antonio Bucatte foi

real izada no dia 1 9 de maio, domingo, em seu

ginásio esportivo social. Com a participação de 49

agremiações da região de Campinas, Sorocaba e

São Paulo, a competição contou com mais de 700

judocas disputando o título da edição 201 3 da

Copa.

Na abertura do evento, com um grande público

presente, a execução do Hino Nacional teve um

ponto de destaque, com a equipe de judô da Escola

de Cadetes do Exército de Campinas,que soltaram

a voz, emocionando todos os presentes. O

presidente do Country Club Valinhos, Osvaldo

Serotine, o diretor de modalidades específicas,

Paulo Leotério, o Delegado da 1 5ª Delegacia

Regional, Celso de Almeida Leite e o Mestre

Kodansha Odair Borges foram os homenageados

do dia.

Na competição, mais uma vez notou-se a

presença e participação de um grande número de

judocas biribas e mirins, uma prova de que a

modalidade continua em plena expansão nas

classes menores. Na contagem geral de pontos, a

Associação Brasileira A Hebraica de São Paulo foi a

grande campeã.

Texto e fotos: Everton Monteiro

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Page 21: Spirit of JUDO #02

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Page 22: Spirit of JUDO #02

A Federação Universitária Paulista de Esportes

(FUPE) realizou em abri l sua festa de lançamento

da temporada 201 3. Na oportunidade, foram

premiadas as Universidades e atletas que se

destacaram nas competições de 201 2 e os novos

patrocinadores da entidade, as marcas GELOL e

KAGIVA. Realizado no Hotel Pulmann, em São

Paulo, o evento reuniu, além de personagens do

cenário universitário, presidentes de Federações

esportivas como Mauro Checkin, do Atletismo, e

Alessandro Puglia, do Judô, representantes do

CREF e do CONFEF, e Secretários de Esportes

como Celso Jatene, de São Paulo, Humberto

Panzetti , de Indaiatuba, e José Carlos Oliveira, de

I tapecerica da Serra. A premiação dos melhores de

201 2, que coroou a Unisantanna como a grande

campeã geral, foi precedida por apresentações do

executivo de marketing, Alfredo Motta, e do

professor Junior Putarov, administrador geral da

FUPE.

“Para o presidente da FUPE, Aurél io Miguel,

esta festividade foi um marco nesta nova fase da

entidade universitária paulista.” Assumimos em

janeiro de 201 2 e sabíamos que teríamos um

grande desafio pela frente. Reunir todas estas

importantes l ideranças do esporte neste mesmo

espaço demonstra que a FUPE resgatou sua

credibi l idade e projeta um futuro promissor para os

próximos anos”, disse Aurél io que ainda entregou o

Troféu Bandeirante a dirigentes e personalidades

que fazem importantes trabalhos no esporte

paulista e brasileiro. No final do evento, os

presidentes de Atléticas e representantes de

Instituições de Ensino Superior (IES) receberam um

inédito Relatório de Atividades onde constava todo

o trabalho técnico, administrativo e financeiro

realizado pela FUPE em 201 2.

Texto: Carlos Bortole Fotos: Alberto Nunes Junior

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Penápolis foi sede do 2º Torneio de Judô

“Professor Massamitsu Idemori”. Evento foi

real izado no ginásio municipal de esportes

“Professor Antonio de Casti lho Raga”, o Gigante

Azul, no dia 1 8 de maio.

Com a participação de 380 judocas das classes

Festival, sub 9, sub 11 , sub 1 3, sub 1 5, sub 1 8,

Adulto e Master, o evento teve início às 08:30hs e

contou com a presença do Secretário de Esportes

de Penápolis, Sr. Paulo Henrique Casteleone

Sacchez, do diretor técnico de esportes de

Penápolis, Sr. Rinaldo Torrezan, do representante

do Tiro de Guerra, Sr. Atirado Valinho, do sensei

kodansha Antonio Luiz Marques Filho, do pai do

atleta da seleção brasileira Breno Alves, o Sr.

Agnaldo Rodrigues Alves, do Delegado da 1 3ª

Delegacia Regional da FPJ, André Gustavo Costa

Gonçalves e do Delegado da 5ª Delegacia Regional

da FPJ, Wilmar Terumiti Shiraga.

A coordenação geral do evento foi do professor

Ailton José Pereira Calado, com a chancela da FPJ,

através da 5ª Delegacia Regional.

Texto e fotos: Wilmar Shiraga

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Rioti Uchida, kodansha 6° dan, nascido na

pequena cidade de Tapirai , município a sudeste

de São Paulo, detentor de um invejável currículo

na sua trajetória como competidor de uma

apresentação tradicional de judô, que foi

descoberta como competição e aos poucos vem

ganhando um espaço cada vez maior na

modalidade no mundo e na quantidade de

adeptos: O “KATA” (Demonstração dos Golpes).

Uchida foi muitas vezes campeão mundial da

modalidade. Muitas mesmo. Quinze no total.

Sensei Uchida e seu parceiro de apresentações,

sensei Luis Alberto dos Santos, kodansha 6°

dan, não satisfeitos depois de tantas conquistas,

continuam sempre em busca do

aperfeiçoamento. Desta forma, vão em comitiva

com os professores Wagner Uchida, Marcos

Michelini , Caio Kanayama, Leonardo Yamada e

Vinicios, para o centro de treinamento da

Kodokan, no Japão, para realizarem um curso

de 7 dias, de 1 8 a 24 de julho, para

aperfeiçoamento das técnicas de avaliação de

desempenho. O propósito é refinar os critérios

que realmente devem ser considerados no

momento da avaliação de cada apresentação de

Kata, explica sensei Uchida. Após o término do

curso, cada dupla escolhe duas modalidades de

Kata para apresentarem à banca avaliadora e

serem julgados.

Com mais esta bagagem, pretendem, a cada

dia, repassar este vasto conhecimento a todos

praticantes de judô, contribuindo para o

crescimento e desenvolvimento do judô.

Texto e foto: Alberto Nunes Junior

Katas do judô é o conjunto das técnicas

fundamentais, um método de estudo especial, para

transmitir a técnica, o espírito e a final idade do judô.

Segundo o mestre Jigoro Kano: "Os katas são a

estética do judô, sem o qual é impossível

compreender o alcance." O kata oferece ao randori as

razões fundamentais de cada técnica.

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As dezesseis Delegacias Regionais que compões a

Federação Paulista de Judô se organizaram e

realizaram durante o mês de abri l as primeiras seletivas

válidas para os Estaduais do Interior e as primeiras finais

do Campeonato Paulista das classes Sub 1 8 e Sub 21 .

Cada delegacia regional classificou, através destas

primeiras seletivas, quatro judocas de cada categoria de

peso, no masculino e feminino, que participariam então

das disputas nos seis Campeonatos Estaduais do

Interior. Esse foi o início do caminho tri lhado pelos

judocas Sub 1 8 e Sub 21 rumo às finais do Paulistão

201 3 dessas duas classes, as primeiras da temporada

201 3 da Federação Paulista de Judô.

Texto: Everton Monteiro Fotos: Alberto Nunes Junior, Everton Monteiro, Wilmar Shiraga e Cassia Kinno

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Após a primeira rodada das seletivaspara o Paulistão 201 3 das classes sub 1 8 eSub 21 ,ainda no mês de abri l , os quatrojudocas classificados nas etapas regionaisdas 1 6 Delegacias da FPJ participaram dasegunda etapa do certame: OsCampeonatos Estaduais do Interior, queforam realizados em cinco regiões doEstado, divididos da seguinte forma: A 1 ªDelegacia da Capital definiu os quatrofinal istas das duas classes de cadacategoria de peso na Copa Cidade de SãoPaulo, real izado na capital paul ista.

Santo André foi a cidade que sediou oEstadual do Interior da 2ª, 9ª e 1 0ªdelegacias regionais. Botucatu, recebeuatletas da 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 1 3ª delegaciasregionais.A cidade de Franca sediou o estadual dointerior da 8ª, 1 2ª e 1 5ª DelegaciasRegionais. E fechando o circuito decampeonatos estaduais do Interior, Registrofoi sede para 7ª, 1 1 ª, 1 4ª e 1 6ª delegaciasregionais.

Com a realização dos cincocampeonatos estaduais do interior, definiu-se os final istas do Campeonato Paulista dasclasses sub 1 8 e Sub 21 201 3.

Texto: Everton Monteiro Fotos: Everton Monteiro, Alberto Nunes Junior e Gabriel Monteiro

A judoca Soraia André foi homenageada no Estadual do Interior em Santo André

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Essa é a nossa coluna de entrevistas "Uchikomi",

que passaremos a ter na revista a partir desta edição.

Essa coluna fez muito sucesso no boletim

OSOTOGARI e é a nossa versão para o judô das

entrevistas "bate bola". Serão entrevistas rápidas, com

personalidades e atletas da modalidade. E para a

nossa estréia, o presidente da FPJ, Alessandro Panitz

Puglia.

Spirit of JUDO - O que o sr achou do resultado

obtido pelos atletas de São Paulo nos campeonatos

brasileiros sub1 8 e sub21 ?

Puglia - Excelente! Tenho a consciência que

estamos trabalhando no sentido certo. Os nossos

processos seletivos para os Brasileiros (Regionais,

Paulistanos, Copa Cidade de São Paulo, Estaduais e

Paulistas) mostram o alto nível técnico e competitivo,

resultado estes alcançados pelos técnicos e

professores comprometidos com a busca de uma

maior performance na base do judô de São Paulo.

Spirit of JUDO - Será que pode ser feito algo

mais, para que nossos resultados se tornem cada vez

mais expressivos? Quais estratégias estão nos seus

planos para a formação de novos campeões?

Puglia - Sim, não podemos achar que por

obtermos ótimos resultados, não precisamos mais

pensar no futuro. Hoje em São Paulo estamos em

parceria com o Governo do Estado e com quatro

centros de excelência funcionando. Em breve

colocaremos mais três centros de excelência em

funcionamento e estamos em conversação com o

Governo do Estado para conseguirmos mais para

201 4. Desta forma iremos fortalecer ainda mais o judô

do Estado de São Paulo.

Spirit of JUDO - O senhor acredita que com o

grande aumento de bons resultados é possível que o

judô conquiste um maior espaço na mídia?

Puglia - Os bons resultados nos impulsionam para

uma maior visibi l idade em nosso esporte, mas o

espaço da mídia depende muito da profissionalização

de alguns departamentos, para que possamos nos

moldar. Estou tomando providêcias para que em um

futuro próximo consigamos esta visibi l idade.

Texto e fotos: Alberto Nunes Junior

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Foi real izado nos dias 20 e 21 de abri l o último

Campeonato Brasileiro Regional. Depois da realização

dos certames das regiões I , I I , I I I e IV, Porto Alegre

sediou o Brasileiro da Região V. O evento transcorreu

na Sogipa e contou com a participação das delegações

dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e

do anfitrião da competição, o Rio Grande do Sul.

Competidores masculinos e femininos das classes

sub 1 3, sub 1 5, sub 1 8, sub 21 e sênior, subiram no

tatame em busca do título da competição. No sábado

(20), as disputas foram das classes sub 1 8, seguida

pela classe sub 1 3 e sub 21 . No domingo (21 ), os

combates iniciaram com a classe sub 1 5, seguida pela

classe sênior, que fechou a competição.

São Paulo sagrou-se campeão geral do certame

com um resultado surpreendente. Foram 87 atletas

enviados à competição e 81 medalhas conquistadas,

das quais 39 foram douradas. Nenhum judoca paulista

ficou atrás do quinto posto.

Texto e fotos: Everton Monteiro

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O Ginásio Municipal de Esportes "Professor Hugo

Ramos", em Mogi das Cruzes, recebeu no dia 27 de

abri l o Campeonato Paulista Sub 1 8 e Sub 21 de 201 3.

Os atletas classificados para a etapa final do paulista,

passaram pelas etapas regionais e estaduais do

interior. Em disputa estava o título do Campeonato

Paulista das duas classes e que prometia ser um

árduo caminho para os atletas, visto que alí se

encontravam os melhores judocas do Estado. Este

evento reuniu nesta final aproximadamente seiscentos

atletas.

A competição teve a coordenação técnica do

diretor técnico da FPJ, Joj i Kimura, e contou com a

presença do presidente da FPJ, Alessandro Panitz

Puglia, do vice-presidente da CBJ Francisco de

Carvalho Filho, além de autoridades e kodanshas de

todo eo Estado de São Paulo. São duas classes

importantes, pois consistem em duas bases para

classe sênior, e hoje São Paulo possui grandes atletas

nessas duas classes.

O resultado dessa competição, foi confirmar que

sobram atletas de alto nível no sub 1 8 e sub 21 .

Confira nas páginas 36 à 39 todos os pódios com os

classificados e os técnicos dos campeões de cada

categoria de peso, no masculino e feminino.

Para o presidente Puglia, o primeiro campeonato

Paulista do ano superou as espectativas, mostrando o

alto nível dos judocas paulistas nessas duas classes.

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Puglia, presidente da FPJ, Francisco de Carvalho, vice-

presidente da CBJ e Joji Kimura, diretor técnico da FPJ

Seiscentos judocas disputavam uma vaga para o

Brasileiro 201 3. Somente 32 chegaram lá!

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Realizado em 11 de maio, sábado, no ginásio do

Grêmio Esportivo Mauaense, na cidade de Mauá, a

seletiva que definiu os integrantes das seleções

paulistas das classes sub 1 8 e sub 21 , masculino e

feminino, que participariam do Campeonato Brasileiro

das respectivas classes. A seletiva foi real izada entre

os judocas campões paulistas 201 3 e os judocas

paulistas da seleção nacional de base que estavam

competindo na Europa na data do Campeonato

Paulista.

O Campeonato Brasileiro Sub 1 8 seria realizado

nos dias 1 8 e 1 9 de maio, em Salvador – BA e o

Campeonato Brasileiro Sub 21 seria realizado nos

dias 25 e 26 de maio em Fortaleza – CE.

Os classificados e os técnicos receberam um kit

com mochila personalizada Adidas/FPJ, camisa da

Adidas/FPJ e dois judoguis Adidas, um azul e um

branco, para cada um dos atletas.

Confira os integrantes da Seleção Paulista:

SUB18-40 kg KAREN LIKA KUWABARA

-44 kg BRUNA SILVA

-48 kg GABRIELA SILVA CLEMENTE

-52 kg YASMIN FERNANDES

-57 kg JENIFER BRAS CARNEIRO

-63 kg KAROLINE GONZALES BARBEIROTTI

-70 kg AINE DALETE SCHMIDT

+70 kg ELLEN OLIVEIRA FURTADO

-50 kg KAINAN SANTOS PIRES

-55 kg TACIO HENRIQUE B. SANTOS

-60 kg LUCAS SIQUEIRA C TURT

-66 kg HIAGO PIROLO

-73 kg JOSE VICTOR BASILE

-81 kg WENDEL GABRIEL RIBEIRO

-90 kg LEONARDO RIBEIRO GONÇALVES

+90 kg HUGO MOURA PRAXEDES

Chefe de delegação: Paulino Namie

Técnicos: Marcos Antonio Inácio e Rafael Luiz Moura

dos Santos Silva (Juquita)

SUB21-44 kg TAWANI SILVA

-48 kg NATALIA O MERCADANTE

-52 kg REBECA IZABELLY F SANTOS

-57 kg FLAVIA GOMES

-63 kg JESSICA B. SANTOS

-70 kg BEATRIZ SANTOS OLIVEIRA

-78 kg PAMELLA PASTORELO SOUZA

+78 kg TAINA CAROLINE NERY

-55 kg VITOR TORRENTE

-60 kg MIKE M CHIBANA

-66 kg MARCELO KENJI FUZITA

-73 kg CAIO HENRIQUE ALVES BRIGIDA

-81 kg JOSE CARLOS MORAES JR

-90 kg EDUARDO LOPES GONÇALVES

-1 00 kg GABRIEL GOUVEA DE SOUZA

+1 00 kg VICTOR LUIZ SILVA

Chefe da delegação: Marcos Elias Mercadante

Técnicos: Henrique Guimarães e Renato Dagnino

Texto e fotos: Everton Monteiro

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São Paulo o título geral no Campeonato Brasileiro

Sub 1 8 ao conquistar 11 medalhas , sendo sete ouros,

duas pratas e dois bronzes. Completando o pódio,

Mato Grosso do Sul , que conquistou dois ouros, duas

pratas e três bronzes e Rio de Janeiro que conquistou

dois ouros e dois bronzes.

A competição foi real izada no ginásio do SESI , em

Simões Filho, na região metropolitana de Salvador,

Bahia, nos dias 1 8 e 1 9 de maio.

Dentre os medalhistas paulistas, a judoca Aine

Schimdt, natural de Mogi das Cruzes, havia

conquistado recentemente duas medalhas de ouro nas

duas últimas etapas do European Cup e era a favorita

para a conquista do título.E foi o que aconteceu.

As lutas das categorias meio pesado e pesado, que

ocorreram no domingo, 1 9, confirmou a supremacia

paulista nessas categorias, pois os quatro títulos

vieram para São Paulo.

El len Furtado, que também conquistou ouro na

etapa de Pitesti da European Cup, também era a

favorita na categoria pesado feminino e não

decepcionou, conquistando mais um ouro para a

equipe paulista.

Os atletas foram acompanhados pelo chefe da

delegação, Paulino Namie, e pelos técnicos Marcos

Antonio Inácio e Rafael Luiz Moura dos Santos Silva

(Juquita).

No final do certame, os atletas permaneceram em

Salvador por mais três dias para participarem de

Treinamento de Campo, a convite da CBJ.

Confira os madalhistas paulistas no Brasileiro Sub 1 8:

Feminino2º Bruna Silva (-44kg)

1 º Gabriela Clemente (-48kg)

3º Yasmim Fernandes (-52kg)

2º Karoline Barbeirotti (-63kg)

1 º Aine Schimidt (-70kg)

1 º Ellen Furtado (+70kg)

Masculino1 º Kainan Pires (-55kg)

3º Hiago Pirolo (-66kg)

1 º José Basile (-73Kg)

1 º Leonardo Gonçalves (-90kg)

1 º Hugo Praxedes (+90kg)

Texto: Everton Monteiro Fotos: Alberto Nunes Junior

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O Campeonato Brasileiro Sub 21 foi real izado na

cidade de Fortaleza – CE, nos dias 25 e 26 de maio,

no ginásio esportivo da Universidade de Fortaleza -

UNIFOR. A seleção paulista, tendo como chefe da

delegação Marcos Elias Mercadante e os técnicos

Henrique Guimarães e Renato Dagnino, conquistou

quatorze medalhas: Sete de ouro, quatro de prata e

três de bronze. São Paulo só não classificou as

categorias meio leve, masculino e feminino. Com esse

resultado, São Paulo conquistou a primeira colocação

no masculino e no feminino, sagrando-se campeão

geral da competição.

A seleção paulista é patrocinada pela MKS

ADIDAS, que forneceu dois kimonos (azul e branco)

para cada atleta, bolsas personalizadas e camisas

para os atletas e comissão técnica. O Campeonato

Brasileiro foi a última oportunidade de classificação

para os Campeonatos Pan-Americano, que ocorrerá

em Buenos Aires de 11 a 1 3 de julho, Sul-Americano, o

qual transcorrerá no dia 1 4 de julho, também na capital

argentina e Campeonato Mundial que será realizado

de 24 a 27 de outubro em Ljubl jana, capital da

Eslovênia.

No dia seguinte, aconteceu o desafio internacional

Brasil , França e Alemanha (sub 21 ), também em

Fortaleza, e os seguintes judocas paulistas foram

convocados para participar do desafio: Flávia Gomes,

Jéssica Santos, Beatriz Oliveira, Aine Schmidt, Sibi l la

Facholl i , Caio Brígida e Victor Silva.

Confira os madalhistas paulistas no Brasileiro Sub 21 :

Feminino1 º - Tawany Gianelo da Silva (-44kg)

3º - Nathalia Orpinel l i Mercadante(-48kg)

2º - Flavia Rodrigues Gomes (-57kg)

1 º - Jéssica Baptista Santos (-63kg)

1 º - Beatriz Santos de Oliveira (-70kg)

2º - Pamella Pastorel lo de Souza (-78kg)

3º - Tainã Carolina Nery (+78kg)

Masculino2º - Vitor Oliveira Torrente (-55kg)

2º - Mike Massahiro Chibana (-60kg)

1 º - Caio Henrique Alves Pinto Brigida (-73kg)

1 º - José Carlos Moraes Jr. (-81 kg)

1 º - Eduardo Lopes Gonçalves (-90kg)

1 º - Gabriel Gouveia de Souza (-1 00kg)

3º - Victor Luis da Silva (+1 00kg)

Texto e Fotos: Everton Monteiro

Comissão técnica da CBJ avaliou o desempenho dos atletas no evento.

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É comum muitos atletas virem ao Brasil para

aprimorar seus treinos fazendo intercâmbio com

judocas da seleção brasileira. Mas não é o caso da

judoca medalhista olímpica japonesa Yoshie Ueno.

Nascida em 01 de julho de 1 983, em Asahikawa, no

Japão, vai ficar no país por seis meses. Se engana

quem pensa que a atleta chegou preocupada com os

treinos e o Mundial do Rio de Janeiro, que ocorrerá no

fim de agosto. Ela desembarcou aqui por conta de

compromissos profissionais e para aprender a língua

portuguesa. Com uma carreira vitoriosa na categoria

até 63kg – são 11 3 vitórias e apenas 1 6 derrotas,

segundo o site Judo Inside, uma das referências da

modalidade, a japonesa não tem a vida dedicada

apenas para o esporte. Ela trabalha na empresa

Mitsui Sumitomo Seguros. Foi a seguradora, al iás,

que a trouxe para essa estadia. Ueno chamou a

atenção no meio de brasileiros, holandeses e

franceses em um período de treinos das seleções, na

Arena Olímpica do Complexo Esportivo do Ibirapuera,

na capital paul ista, por ser final ista dos três últimos

Mundiais e medalhista de bronze na Olimpíada de

Londres, em 201 2. Foi transferida pela seguradora

temporariamente da unidade de Tóquio para o Brasil .

Então, o primeiro objetivo é o trabalho. Depois, quer

aproveitar a oportunidade para fazer intercâmbios de

treinamento de judô e aprender português. Apesar do

grande número de conquistas e de estar na quinta

colocação do ranking mundial em 201 3, sua intensão

é não disputar qualquer torneio, nem mesmo o

Mundial no Rio. Depois da Olimpíada de Londres,

decidiu que não disputaria mais competições por um

período de doze meses.Em um bate papo

descontraído, Yoshie Ueno conversa com a revista

Spirit of JUDO, com ajuda do sensei Hatiro Ogawa

como interprete neste bate papo.

Spirit of JUDO - Após quase seis meses no Brasil , o

que você pode falar do judô brasileiro?

Ueno - Eu tive a oportunidade de treinar com muitas

das atletas da seleção brasileira e achei que existe

um ótimo trabalho técnico, unindo força e velocidade.

Achei isso muito interessante.

Spirit of JUDO - Qual a maior diferença, em sua

opinião, do judô japonês e do judô brasileiro?

Ueno- No Japão existe entre as atletas muita disputa

nas pegadas. Já no Brasil as atletas impõem suas

pegadas e não existe muita disputa neste sentido.

Spirit of JUDO - O que você aprendeu neste período

aqui?

Ueno - O que percebi aqui é que existe grande

respeito entre professor e aluno, mas não existe uma

distância muito grande entre aluno e professor, Os

alunos na sua grande maioria são amigos dos

professores (sempre respeitando os limites), o que

não acontece no Japão, onde existe uma enorme

distância entre professor e aluno. Lá não acontece

esta relação de amizade que é muito bonita.

Spirit of JUDO - Destaque algo que te marcou em

sua estadia no Brasil .

Ueno - O povo brasileiro é muito transparente, muito

simpático e agradável, possibi l itando uma

aproximação muito rápida. É um povo muito animado,

sempre que ouvem uma música já começam a se

movimentar. Em quatro meses no Brasil já tenho

muitos amigos e todos são muito receptivos.

Spirit of JUDO - Qual característica do judô brasileiro

despertou sua atenção?

Ueno - No alto rendimento do judô brasileiro os

atletas que disputam campeonatos internacionais não

necessariamente precisam ser o “número um”. Basta

estarem entre os melhores para disputar. Isso não

ocorre no Japão. Lá, para disputar um mundial, por

exemplo, tem que ser o “número um”.

Spirit of JUDO - Qual foi sua impressão sobre o

Brasil?

Ueno - Fui preparada para tomar muito cuidado, pois

o país era muito perigoso. Porém nada de ruim me

aconteceu e mudei minha opinião, Ando com cuidado

como em qualquer outro lugar. E o país é l indo!

Texto e foto: Alberto Nunes Junior

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