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18 terça-feira, 1 de junho de 2021 Editor: Douglas Cauduro [email protected] Nícolas Horácio [email protected] Na segunda reportagem com as promessas do esporte ca- tarinense, o ND apresenta três novos atletas que se destacam nas suas modalidades. Assim como na primeira matéria, publicada no último final de semana, nossos personagens desta edição também nasceram depois dos anos 2000 e têm conquistas de gente grande. Hoje vamos conhecer mais sobre o ultramaratonista aquático, atual recordista dos 25 km da travessia do Arvore- do. Tem ainda um surfista que começou a dominar o mar na Praia da Joaquina, em Floria- nópolis, e já faturou um título mundial de surfe na categoria júnior. E, fechando a série, uma jogadora de vôlei que tro- cou de cidade para desenvolver seu potencial e foi campeã da II Copa Santa Catarina Infantil. Eles se destacam em qualquer terreno O ND apresenta a parte final de reportagens com promessas do esporte de Santa Catarina; reunimos três atletas que chamam a atenção, um deles em maratonas aquáticas, outro no surfe e uma no vôlei Esporte Luiz Motorzinho conseguiu grandes feitos em pouco tempo Luiz Fernando de Oliveira Farias, o Motorzinho, é de Brusque e tem 16 anos. Ele co- meçou a nadar aos nove para tratar um problema de saúde. “Comecei por causa da bron- quite asmática. Depois, viram meu potencial e me chama- ram para entrar na equipe de natação”, conta o garoto. Durante quatro anos, Mo- torzinho nadou provas curtas em piscinas, depois, desco- briu o mar e os recordes. Em fevereiro de 2020, uma grande conquista. Aos 15 anos, Luiz nadou a Travessia do Arvore- do em 4h29min, estabelecen- do o novo recorde da prova. O primeiro ultramaratonista de Santa Catarina menor de 18 anos treina de 40 a 50km por semana no Clube Re- creativo Bandeirante, na sua cidade natal. Seu técnico é especialista na modalidade, Alexandre Kirilos. De Curiti- ba, no Paraná, Kirilos passa a planilha de treinos que Mo- torzinho executa em Brusque. Ciente de que está apren- dendo com um dos melhores e com potencial para evoluir e disputar desafios mun- diais, Motorzinho se dedica à escola de manhã e à tarde aos treinos. Ele está no 2º ano do Ensino Médio. A pandemia, segundo ele, não atrapalhou em nada no esporte. “Eu trei- no sozinho no clube, então, estou treinando direto”. Nas horas vagas, Luiz gosta de jogar futebol. No mar, quer acumular conquistas e tro- féus. “Mais que olimpíadas, mundial, quero quantidade de troféus”. Seus ídolos na natação são Michael Phelps e o treinador Kirilos. Além de medalhas, o garoto quer usar o fôlego nas águas para ajudar as pessoas. Em paralelo à carreira, quer ser salva-vidas. REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS/ND Aos 15 anos, Motorzinho completou a Travessia do Arvoredo em 4h29min, estabelecendo o novo recorde da prova Mateus Herdy, o fruto não caiu longe do pé Filho e sobrinho de surfistas - Alexandre Herdy e Guilherme Hendry, pai e tio res- pectivamente, foram campões de etapas do Mundial de surfe -, o manezinho Mateus Herdy, 20 anos, nunca vislumbrou algo dife- rente na vida. “Cresci naquele meio e nunca vi outra opção”, conta Mateus, uma promes- sa do surfe que tem no currículo o Campeo- nato Mundial Júnior, conquistado em 2018. O aprendizado no surfe começou aos três anos, em especial em um local. “Aprendi a surfar em toda Florianópolis, mas o lugar onde pas- sei mais tempo foi na praia da Joaquina.” A manobra preferida dele é o Aéreo Alley-oop, que Mateus começou a executar com 12 anos. “A onda tem que oferecer uma rampa, uma ajuda, porém, é uma manobra que assim que você pega, começa a voltar várias vezes e a Saiu no ND Na primeira parte desta série, o ND mostrou quatro jovens talentos do esporte, sendo dois tenistas, uma promessa do futebol e uma patinadora 21 Os olhos do pai viram a qualidade de Natália Pereira Natália Pereira, de Florianópo- lis, tem 11 anos e começou a jogar bola aos cinco “imitando o irmão”, Vinícius Linhares. Foi o pai, jorna- lista esportivo, quem enxergou e acreditou primeiro no talento: “Ela bate diferente na bola”, disse Fabia- no Linhares em casa para a mulher, Karyna Pereira, também jornalista: ‘coisa de pai coruja’, disse a mãe em princípio. Para a Nati, ficou deci- dido: seria jogadora de futebol. Desde 2018, todo mês, ela treina uma semana no Centro Olímpico, em São Paulo, com promessas do Brasil inteiro. Em 2019, mais uma etapa na carreira. Passou a jogar na base do Avaí, com os meninos. Uma exceção que ela abriu após um teste, depois de muita insistên- cia, de vários nãos e no talento: “Era para passar 25 meninos ou menos. Passaram 24 e eu”. Nati aceita jogar em qualquer parte do campo, mas costuma ser escalada na meia. Suas principais habilidades são: armação, cabeceio, chute e drible. Suas referências: a rainha Marta, além de Amandinha e Diana, do futsal. Quanto aos sonhos, mira nas estrelas: “Jogar uma Copa do Mundo e ser a melhor do mundo”. Competitividade alta é a característica de Enzo Prediger Enzo Prediger, de Florianópolis, tem 10 anos, começou a jogar tê- nis com três e a competir com seis. Desde o início, mostrou aptidão em dois fundamentos: um saque muito forte para a idade e um gol- pe de direita - Forehand. Caracte- rísticas natas, que ele desenvolve nos treinamentos. Competitivo, Enzo não suporta derrotas e acaba de ser campeão catarinense infan- to-juvenil na categoria sub-12. “Estadual é difícil de ganhar. Tenho dez anos e disputei na categoria até 12 anos. Fiquei muito feliz. Agradeço todos os treinadores, meus amigos que sem- pre me motivam e a minha família”, destaca a promessa do tênis sobre o campeonato disputado em Blumenau. Coordenador da Escola Guga FR- Tennis, que tem parceria com a Elase desde fevereiro de 2019, Flavio da Rosa Junior acredita que Enzo está em nível de Brasil para idade. A rotina de treinos é puxada: de segunda a sexta, à tarde. Nos finais de semana, o pai costuma combinar com outras pes- soas para que Enzo e o irmão treinem. A escola também faz parte da rotina do garoto, que está no 5º ano do fun- damental. No tempo livre, Enzo volta a ser criança: gosta de brincar, bater uma bola, jogar ping-pong. Seu ídolo no esporte é o suíço Roger Federer, pelo equilíbrio que apresenta nas quadras. Entre os sonhos, jogar profissionalmente, chegar no top 10 e, claro, ser o núme- ro um do mundo. 20 Nicolas Horácio Eles estão nas quadras, gramados, pis- tas e praias de Santa Catarina, do Brasil e do mundo. Nas carteiras de identidade, a evidência: nasceram depois dos anos 2000. Nesta reportagem, dividida em duas partes, nesta edição e na próxima terça-feira (1º), reunimos sonhos de crianças em almas de grandes atletas. Eles são promessas do esporte cata- rinense no futebol feminino, patins, tênis, surfe, vôlei e maratona aquática. Kelvin Soares, presidente da Fespor- te (Fundação Catarinense de Esporte), acredita que Santa Catarina tem o maior celeiro esportivo do país. “Alguns vetores do esporte são muito conhecidos. O da saúde ficou muito em evidência agora na pandemia. O vetor educacional também, pois no esporte o erro é cobrado e isso cria disciplina. A questão do desenvolvi- mento social também é importante, por- que cria oportunidade”, ressalta Kelvin. Nesta primeira reportagem, uma atleta de futebol que treina com me- ninos, uma patinadora que gosta de manobras radicais e dois promisso- res talentos do tênis, formando uma bela mostra do futuro do esporte ca- tarinense, nacional e até mundial. As promessas de Santa Catarina O ND apresenta as histórias de meninos e meninas focados no esporte, que já fazem planos para o futuro e sonham com uma carreira profissional Esporte Nicoly Machado, ela voa de patins Nicoly Machado, de Florianópolis, decidiu progredir no patins em 2018, vendo patinadores no Youtube. Caçula de três irmãos, foi a única a escolher o esporte, decisão que lhe rendeu o título de campeã catarinense feminino sub-14 em 2019. Definindo o patins em uma palavra, escolhe liberdade e chega aos 13 anos colhendo os pri- meiros frutos do seu foco. Em paralelo, cursa o 9° ano do fundamental e, graças à modalida- de, está conhecendo diversas cidades. Nas re- des sociais, também se destaca com vídeos de humor do esporte no TikTok com 220 mil se- guidores e Instagram chegando aos 33 mil. “Fui três vezes para São Paulo fazer profile. Eu me divirto patinando. Produzir vídeos, chegar em casa e ver tudo. É um vício”. Na pandemia, algu- mas adaptações. “Estou tentando ir na pista quan- do não tem gente, por conta da aglomeração e a máscara é um pouco ruim, mas eu uso, principal- mente nas filmagens e quando tem gente perto”. Sobre as referências, destaca Felipe Zam- bardino e Diego Rachadel. Segundo ela, são “os que mais ajudam”. De patins, Nic espera voar ainda mais alto. Entre os sonhos, par- ticipar do Winterclash, na Holanda, e fa- zer um profile, em Barcelona, na Espanha. A guerreira Maria Turchetto é a primeira tenista da família Maria Turchetto, 16 anos, começou a jogar tênis por diversão. Mas a brincadeira lhe trouxe amigos, viagens pelo Brasil, experiências em competições, vitórias e títulos. Ano passado, ela ganhou o pré-qualy do torneio nacional Brasil Juniors Cup na categoria sub-16. Além disso, faturou a terceira e quarta etapa do circuito sul brasileiro, também até 16 anos. “Mudou a minha vida. É o que mais gos- to de fazer na vida”, conta a jovem promessa do tênis brasileiro. Natural de Porto Alegre, Maria veio para Florianópolis com cinco anos e começou no tênis aos oito na Capital. Segun- do ela, os treinadores são muito presentes. “É uma guerreira em quadra, desde peque- na. Tem muito espírito de luta e atitude. E ela adquiriu um padrão de jogo aos moldes do tênis europeu, um perfil um pouco mais moderno”, analisa Flavio da Rosa Junior. Na visão dele, Ma- ria pode disputar competições internacionais. Enquanto as competições não se intensi- ficam, Maria procurou melhorar o saque, as devoluções e o ataque. Estudante do 2º ano do ensino médio, nas horas vagas, gosta de praia, sair com as amigas e com os pais. Filha úni- ca, é também a primeira tenista da família. Sua referência no esporte é a ex-tenista eslovaca Dominika Cibulková. “Me identifico porque é mais baixa, como eu e jogava muito bem”. A meta número um é a profissionaliza- ção. E ela também almeja ir para uma univer- sidade nos EUA e defender a equipe de tênis. Novos talentos

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Page 1: sonham com uma carreira profissional .david@ndmais.com.br … · 2021. 6. 1. · top 10 e, claro, ser o núme-rinense no futebol feminino, patins, mundo. FABIANO RATEKE/DIV ULGAÇÃO

18 terça-feira, 1 de junho de 2021 Editor: Douglas Cauduro [email protected]

Nícolas Horá[email protected]

Na segunda reportagem com as promessas do esporte ca-tarinense, o ND apresenta três novos atletas que se destacam nas suas modalidades. Assim como na primeira matéria, publicada no último final de semana, nossos personagens desta edição também nasceram depois dos anos 2000 e têm conquistas de gente grande.

Hoje vamos conhecer mais sobre o ultramaratonista aquático, atual recordista dos 25 km da travessia do Arvore-do. Tem ainda um surfista que começou a dominar o mar na Praia da Joaquina, em Floria-nópolis, e já faturou um título mundial de surfe na categoria júnior. E, fechando a série, uma jogadora de vôlei que tro-cou de cidade para desenvolver seu potencial e foi campeã da II Copa Santa Catarina Infantil.

Eles se destacam em qualquer terrenoO ND apresenta a parte final de reportagens com promessas do esporte de Santa Catarina; reunimos três atletas que chamam a atenção, um deles em maratonas aquáticas, outro no surfe e uma no vôlei

Esporte

Luiz Motorzinho conseguiu grandes feitos em pouco tempo

Luiz Fernando de Oliveira Farias, o Motorzinho, é de Brusque e tem 16 anos. Ele co-meçou a nadar aos nove para tratar um problema de saúde. “Comecei por causa da bron-quite asmática. Depois, viram meu potencial e me chama-ram para entrar na equipe de natação”, conta o garoto.

Durante quatro anos, Mo-torzinho nadou provas curtas em piscinas, depois, desco-briu o mar e os recordes. Em fevereiro de 2020, uma grande conquista. Aos 15 anos, Luiz nadou a Travessia do Arvore-do em 4h29min, estabelecen-

do o novo recorde da prova.O primeiro ultramaratonista

de Santa Catarina menor de 18 anos treina de 40 a 50km por semana no Clube Re-creativo Bandeirante, na sua cidade natal. Seu técnico é especialista na modalidade, Alexandre Kirilos. De Curiti-ba, no Paraná, Kirilos passa a planilha de treinos que Mo-torzinho executa em Brusque.

Ciente de que está apren-dendo com um dos melhores e com potencial para evoluir e disputar desafios mun-diais, Motorzinho se dedica à escola de manhã e à tarde aos

treinos. Ele está no 2º ano do Ensino Médio. A pandemia, segundo ele, não atrapalhou em nada no esporte. “Eu trei-no sozinho no clube, então, estou treinando direto”.

Nas horas vagas, Luiz gosta de jogar futebol. No mar, quer acumular conquistas e tro-féus. “Mais que olimpíadas, mundial, quero quantidade de troféus”. Seus ídolos na natação são Michael Phelps e o treinador Kirilos. Além de medalhas, o garoto quer usar o fôlego nas águas para ajudar as pessoas. Em paralelo à carreira, quer ser salva-vidas.

REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS/ND

Aos 15 anos, Motorzinho completou a Travessia do Arvoredo em 4h29min,

estabelecendo o novo recorde da provaMateus Herdy, o fruto não caiu longe do pé

Filho e sobrinho de surfistas - Alexandre Herdy e Guilherme Hendry, pai e tio res-pectivamente, foram campões de etapas do Mundial de surfe -, o manezinho Mateus Herdy, 20 anos, nunca vislumbrou algo dife-rente na vida. “Cresci naquele meio e nunca vi outra opção”, conta Mateus, uma promes-sa do surfe que tem no currículo o Campeo-nato Mundial Júnior, conquistado em 2018. O aprendizado no surfe começou aos três anos, em especial em um local. “Aprendi a surfar em toda Florianópolis, mas o lugar onde pas-sei mais tempo foi na praia da Joaquina.” A manobra preferida dele é o Aéreo Alley-oop, que Mateus começou a executar com 12 anos. “A onda tem que oferecer uma rampa, uma ajuda, porém, é uma manobra que assim que você pega, começa a voltar várias vezes e a

Saiu no NDNa primeira parte desta série, o ND mostrou quatro jovens talentos do esporte, sendo dois tenistas, uma promessa do futebol e uma patinadora

sábado e domingo, 29 e 30 de maio de 2021 21

Esporte

Os olhos do pai viram a qualidade de Natália PereiraNatália Pereira, de Florianópo-lis, tem 11 anos e começou a jogar bola aos cinco “imitando o irmão”, Vinícius Linhares. Foi o pai, jorna-lista esportivo, quem enxergou e acreditou primeiro no talento: “Ela bate diferente na bola”, disse Fabia-no Linhares em casa para a mulher, Karyna Pereira, também jornalista: ‘coisa de pai coruja’, disse a mãe em princípio. Para a Nati, ficou deci-dido: seria jogadora de futebol.Desde 2018, todo mês, ela treina uma semana no Centro Olímpico, em São Paulo, com promessas do Brasil inteiro. Em 2019, mais uma

etapa na carreira. Passou a jogar na base do Avaí, com os meninos. Uma exceção que ela abriu após um teste, depois de muita insistên-cia, de vários nãos e no talento: “Era para passar 25 meninos ou menos. Passaram 24 e eu”. Nati aceita jogar em qualquer parte do campo, mas costuma ser escalada na meia. Suas principais habilidades são: armação, cabeceio, chute e drible. Suas referências: a rainha Marta, além de Amandinha e Diana, do futsal. Quanto aos sonhos, mira nas estrelas: “Jogar uma Copa do Mundo e ser a melhor do mundo”.

Competitividade alta é a característica de Enzo PredigerEnzo Prediger, de Florianópolis, tem 10 anos, começou a jogar tê-nis com três e a competir com seis. Desde o início, mostrou aptidão em dois fundamentos: um saque muito forte para a idade e um gol-pe de direita - Forehand. Caracte-rísticas natas, que ele desenvolve nos treinamentos. Competitivo, Enzo não suporta derrotas e acaba de ser campeão catarinense infan-to-juvenil na categoria sub-12.“Estadual é difícil de ganhar. Tenho dez anos e disputei na categoria até 12 anos. Fiquei muito feliz. Agradeço todos os treinadores, meus amigos que sem-pre me motivam e a minha família”, destaca a promessa do tênis sobre o campeonato disputado em Blumenau.Coordenador da Escola Guga FR-

Tennis, que tem parceria com a Elase desde fevereiro de 2019, Flavio da Rosa Junior acredita que Enzo está em nível de Brasil para idade. A rotina de treinos é puxada: de segunda a sexta, à tarde. Nos finais de semana, o pai costuma combinar com outras pes-soas para que Enzo e o irmão treinem. A escola também faz parte da rotina do garoto, que está no 5º ano do fun-damental. No tempo livre, Enzo volta a ser criança: gosta de brincar, bater uma bola, jogar ping-pong. Seu ídolo no esporte é o suíço Roger Federer, pelo equilíbrio que apresenta nas quadras. Entre os sonhos, jogar profissionalmente, chegar no top 10 e, claro, ser o núme-ro um do

mundo.

FABIANO RATEKE/DIVULGAÇÃO/ND

LÉO MUNHOZ/ND

20 sábado e domingo, 29 e 30 de maio de 2021

Editor: Douglas Cauduro [email protected]

Nicolas Horá[email protected]

Eles estão nas quadras, gramados, pis-tas e praias de Santa Catarina, do Brasil e do mundo. Nas carteiras de identidade, a evidência: nasceram depois dos anos 2000. Nesta reportagem, dividida em duas partes, nesta edição e na próxima terça-feira (1º), reunimos sonhos de crianças em almas de grandes atletas. Eles são promessas do esporte cata-rinense no futebol feminino, patins, tênis, surfe, vôlei e maratona aquática.Kelvin Soares, presidente da Fespor-te (Fundação Catarinense de Esporte),

acredita que Santa Catarina tem o maior celeiro esportivo do país. “Alguns vetores do esporte são muito conhecidos. O da saúde ficou muito em evidência agora na

pandemia. O vetor educacional também, pois no esporte o erro é cobrado e isso cria disciplina. A questão do desenvolvi-

mento social também é importante, por-que cria oportunidade”, ressalta Kelvin.Nesta primeira reportagem, uma atleta de futebol que treina com me-ninos, uma patinadora que gosta de manobras radicais e dois promisso-res talentos do tênis, formando uma bela mostra do futuro do esporte ca-tarinense, nacional e até mundial.

As promessas de Santa CatarinaO ND apresenta as histórias de meninos e meninas focados no esporte, que já fazem planos para o futuro e sonham com uma carreira profissional

Esporte

Nicoly Machado, ela voa de patinsNicoly Machado, de Florianópolis, decidiu progredir no patins em 2018, vendo patinadores no Youtube. Caçula de três irmãos, foi a única a escolher o esporte, decisão que lhe rendeu o título de campeã catarinense feminino sub-14 em 2019.

Definindo o patins em uma palavra, escolhe liberdade e chega aos 13 anos colhendo os pri-meiros frutos do seu foco. Em paralelo, cursa o 9° ano do fundamental e, graças à modalida-de, está conhecendo diversas cidades. Nas re-des sociais, também se destaca com vídeos de humor do esporte no TikTok com 220 mil se-guidores e Instagram chegando aos 33 mil.

“Fui três vezes para São Paulo fazer profile. Eu me divirto patinando. Produzir vídeos, chegar em casa e ver tudo. É um vício”. Na pandemia, algu-mas adaptações. “Estou tentando ir na pista quan-do não tem gente, por conta da aglomeração e a máscara é um pouco ruim, mas eu uso, principal-mente nas filmagens e quando tem gente perto”.

Sobre as referências, destaca Felipe Zam-bardino e Diego Rachadel. Segundo ela, são “os que mais ajudam”. De patins, Nic espera voar ainda mais alto. Entre os sonhos, par-ticipar do Winterclash, na Holanda, e fa-zer um profile, em Barcelona, na Espanha.

A guerreira Maria Turchetto é a primeira tenista da família

Maria Turchetto, 16 anos, começou a jogar tênis por diversão. Mas a brincadeira lhe trouxe amigos, viagens pelo Brasil, experiências em competições, vitórias e títulos. Ano passado, ela ganhou o pré-qualy do torneio nacional Brasil Juniors Cup na categoria sub-16. Além disso, faturou a terceira e quarta etapa do circuito sul brasileiro, também até 16 anos.

“Mudou a minha vida. É o que mais gos-to de fazer na vida”, conta a jovem promessa do tênis brasileiro. Natural de Porto Alegre, Maria veio para Florianópolis com cinco anos e começou no tênis aos oito na Capital. Segun-do ela, os treinadores são muito presentes.

“É uma guerreira em quadra, desde peque-na. Tem muito espírito de luta e atitude. E ela

adquiriu um padrão de jogo aos moldes do tênis europeu, um perfil um pouco mais moderno”, analisa Flavio da Rosa Junior. Na visão dele, Ma-ria pode disputar competições internacionais.

Enquanto as competições não se intensi-ficam, Maria procurou melhorar o saque, as devoluções e o ataque. Estudante do 2º ano do ensino médio, nas horas vagas, gosta de praia, sair com as amigas e com os pais. Filha úni-ca, é também a primeira tenista da família.

Sua referência no esporte é a ex-tenista eslovaca Dominika Cibulková. “Me identifico porque é mais baixa, como eu e jogava muito bem”. A meta número um é a profissionaliza-ção. E ela também almeja ir para uma univer-sidade nos EUA e defender a equipe de tênis.

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Novos talentosConheça outras promessas do esporte do Estado, na segunda parte da reportagem

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Júlia Carvalho é dedicação total

Júlia Carvalho de Jesus, 16 anos, come-çou a jogar por causa da mãe, que também se aventurou nas quadras de vôlei quando mais nova. Só que a filha quis mais. Ainda na cidade natal, Imbituba, no Sul do Estado, começou a praticar na Educa-ção Física. A escolha deu certo: em 2019, foi indicada para um teste em Nova Trento, no projeto coordenado por Vandelina Toma-soni Ribeiro, a Vandeca.

Foram dois dias de teste e a aprovação. Mas a conquista veio atrelada a uma no-vidade: Júlia precisou mudar de cidade, sozinha, passando a morar no alojamento do time. “Meus pais ficaram de coração apertado. Não imaginavam que eu mudaria a minha vida assim, mas eu aceitei o ris-co. Amo jogar vôlei e por isso estou longe da minha família, dos amigos, de tudo”.

No projeto de Nova Trento, por onde pas-saram alguns nomes de projeção nacional do vôlei, a exemplo de Rosamaria, da Seleção Brasileira, Júlia acredita estar crescendo na vida e no esporte. A promessa do vôlei vê melhorias no passe, no encaixe dos golpes e na passada. Também se considera melhor em fundamentos como saque, defesa e saltos, mas acredita que seu diferencial é o ataque.

O foco nos treinamentos trouxe uma conquista inesquecível em 2020, no último torneio que disputou antes da pandemia: ela foi campeã da II Copa Santa Catarina Infantil realizada em São João Batista.

Na pandemia, o time segue se preparan-do para estar com os fundamentos em dia

quando as competições voltarem. Nas horas vagas, Júlia gosta de ver filmes, conversar com as amigas no alojamen-

to e estudar. Ela está no terceirão. Sua

meta no esporte é ir para o ex-terior: “Quero jogar e estudar nos EUA, conhecer uma

nova cultura. Eu gosto de desa-fios”, finaliza.

EDITAL DE CONVOCAÇÃOO Presidente do Conselho Deliberativo da ABERSSESC, Triênio 2021/2024, Conforme Art. 26, item XII, combinado com Art. 18, item II, Art. 19, paragrafo único e Art. 20, ficam convocados os seus associados a participarem da Assembleia Geral Extraordinária para tratar da declinação do processo de judicialização da Aberssesc aprovada em Ata da assembleia geral em data 30/10/2020 e, prestação de contas da Aberssesc do ano de 2020, a ser realizada no dia 18 de junho de 2021 no Salão Social da ABERSSESC, Localizado na Rua Fúlvio Aducci, 205, Estreito – Florianópolis, SC. A 1ª chamada será às 14:00h.

Florianópolis, 28 de Maio de 2021.Domingos Joaquim Leal

Presidente do Conselho Deliberativo/ABERSSESC

Aviso de LicitaçãoO Município de Chapecó, SC, torna público que dia 15 de junho de 2021, às 14:00 horas realizará licitação na modalidade Pregão Presencial SRP nº 65/2021-FMS, destinada a contratação de “Serviço para intermediação e agenciamento de transporte terrestre individual de passageiros

por meio de aplicativo mobile”. Protocolo até às 13:50 horas do dia 15 de junho de 2021. Edital e esclarecimentos poderão ser obtidos no site www.chapeco.sc.gov.br, no endereço: Av. Getúlio Vargas, nº 957-S, ou pelo fone 49-3321-8462. Chapecó, 31 de maio de 2021.

Luiz Carlos Balsan - Secretário Municipal de Saúde

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOJOAO MAURICIO ARCHER WANDERLEYCPF 887.137.419-34DECLARA, nos termos do art. 6º do Regulamento Anexo II à Resolução nº 4.122, de 2 de agosto de 2012, sua in-tenção de exercer cargo de administração no BANCO RNX S/A. ESCLARECE que eventuais objeções à presen-te declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, de comunicado público acerca desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observa-do que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo.BANCO CENTRAL DO BRASILDEORF-Departamento de Organização do Sistema FinanceiroGerência Técnica em CuritibaAvenida Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico – CEP 80530-914 – Curitiba - PR Telefones: (41) 3281-3350, 3281-3360, 3281-3370 – E-mail: [email protected]

TELEVISÃO CULTURA S/A. CNPJ/MF n.º 83.900.050/0001-52 NIRE 42.3.0000993-8ATA DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA REALIZADA EM 28 DE ABRIL DE 2021. DATA, HORA E LOCAL: Aos vinte e oito dias do mês de abril de dois mil e vinte e um, às dez horas, em sua sede social localizada à Avenida do Antão, 1.857, Morro da Cruz, na cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina. ORDEM DO DIA: a) Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações contábeis da Companhia relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2020; b) fixação da remuneração anual global dos administradores, e; c) outros assuntos de interesse da Companhia. CONVOCAÇÃO: Edital de Convocação publicado no jornal “Diário Oficial do Estado de Santa Catarina” edições dos dias 14 (pág. 35 – ed. nº 21.500), 15 (pág. 47 – ed. nº 21.501) e 16 (pág. 191 – ed. nº 21.502) de abril de 2021 e no jornal “Notícias do Dia” edições dos dias 14 (pág. 16), 15 (pág. 15) e 16 (pág. 42) de abril de 2021. PRESENÇA: Acionistas representando mais da metade do capital social com direito a voto.COMPOSIÇÃO DA MESA: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Albertino Zamarco Júnior e secretariada pela Dra. Eliane Aparecida Leme Oliveira. DELIBERAÇÕES: (a) Após exame e discussão, das Demonstrações Contábeis referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2020, publicados no dia 25/03/2021 no Jornal Diário Oficial – SC – edição nº 21.486, páginas 64 a 67; e no jornal Notícias do Dia, páginas 23 a 24, foram aprovadas pela unanimidade dos acionistas presentes. O resultado do exercício foi absorvido pelos prejuízos acumulados em anos anteriores, motivo pela qual ratifica-se a não distribuição de dividendos, e; (b) Fixam-se o valor de R$ 26.400,00 (vinte e seis mil e quatrocentos reais), como limite global e anual para o exercício 2021 de remuneração da Diretoria, a serem distribuídos mensalmente dentro do limite estipulado. APROVAÇÕES: Após exame e discussão das matérias constantes na ordem do dia, os acionistas presentes deliberam e as aprovam por unanimidade e sem ressalvas. ENCERRAMENTO: Nada mais a ser tratado, o Sr. Presidente ofereceu a palavra aos presentes e, não tendo nenhuma outra manifestação, deu por encerrada a Assembleia, com a lavratura da presente ata que, lida e aprovada, foi assinada por todos os presentes. Florianópolis, SC, 28 de abril de 2021. aa) Acionistas: Osvaldo Roberto Ceola (pp. Dra. Eliane Aparecida Leme Oliveira) e Djalma Bezerra de Araújo (pp. Dr. Marcelo de Lima Brasil); Confere com a original, lavrada em livro próprio. Florianópolis, SC, 28 de abril de 2021. Albertino Zamarco Júnior - Presidente da Mesa - Eliane Aparecida Leme Oliveira - Secretária. Junta Comercial do Estado de Santa Catarina Certifico o Registro em 25/05/2021 Arquivamento 20219018537 Protocolo 219018537 de 18/05/2021 NIRE 42300009938 Nome da empresa TELEVISAO CULTURA S/A Este documento pode ser verificado em http://regin.jucesc.sc.gov.br/autenticacaoDocumentos/autenticacao.aspx Chancela 540492272756520 Esta cópia foi autenticada digitalmente e assinada em 25/05/2021 por Renata da Silva Wiezorkoski - Secretária-geral em exercício

terça-feira, 1 de junho de 2021 19

Esporte

Júlia (saque) deixou a casa da família para morar no clube e se dedicar ao esporte

REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS/NDDIVULGAÇÃO/ND

Júlia celebra o título ao lado da mãe, Andreza Souza de Carvalho

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conhecer teu corpo durante a ma-nobra, não fica tão difícil”, explica. Focado, Mateus pretende concluir os estudos fazendo supletivo. Nas horas vagas, se considera alguém normal. “Netflix, sair com meus amigos, filmes de surfe, conversas sobre o esporte”. Sobre as referên-cias, não se compromete: “Existe o melhor surfista para cada condição. Eu sou fã de todo mundo. Se eu citar um, teria que citar todos”. O seu sonho pessoal no esporte é ser feliz. Com a sua carreira, além de vencer campeonatos, quer de-volver tudo o que o surfe, a praia da Joaquina e Florianópolis lhe deram. “Quero organizar eventos para a molecada e ser exemplo”.

Natural de Florianópolis, Mateus conquistou o Mundial Júnior da categoria