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SOM NAS IGREJAS
um sistemaPIB Praia da Costa
David [email protected]
PIB Praia da Costa
No início do projeto, em meados de2006, a equipe da igreja empreen-deu diversas pesquisas à procura
de novos sistemas que pudessem atenderao templo, realizou viagens a outros esta-dos para conhecer estes sistemas in loco,
ouviu diversos consultores e por fim optoupela contratação de Ney Almeida. Todo oprocesso foi conduzido com cuidado paraque enganos não fossem cometidos.
O sistema anterior, herdado do tempoem que a igreja se reunia no Barracão
(templo antigo), era deficiente e inade-quado às características do novo salão deculto, um prédio em forma de anfiteatro,com 700 m2 e galeria, apto a abrigar 1.200pessoas sentadas. Sendo uma igreja eclé-tica, que recebe e organiza muitos eventos,
Um sistema simples e moderno. Assim podemos definir a nova estruturade sonorização da Primeira Igreja Batista da Praia da Costa (PIBPC), emVila Velha/ES. Depois de um ano analisando diversas possibilidades, aequipe do Ministério de Áudio e Vídeo da igreja, liderada por Josué S.Cassiano, optou por um sistema bastante ágil
simples e modernosimples e moderno
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o novo sistema de som deveria ser capaz de gerar a pressão sonoraadequada a cada programação, com qualidade e inteligibilidade,tanto para os músicos, quanto para o público.
O exemplo clássico dos eventos promovidos pela PIBPC é oJesus Vida Verão, considerado o maior evento gospel de praiado país. Sempre realizado em janeiro, o JVV, como é chamadopelos membros da igreja, acontece todos os fins de semana(sextas e sábados), contando com a presença das melhoresbandas e cantores do segmento evangélico e com estrutura desonorização profissional.
Para os operadores de som da igreja, as dificuldades começa-vam quando estas bandas e cantores, depois de se apresentaremno palco do JVV com toda a estrutura que o evento lhes propor-cionava, vinham participar dos cultos de domingo no templo.Com o sistema de som precário existente até então, era impossí-vel oferecer qualidade aos músicos e às pessoas que afluíam aolocal para participar destas reuniões.
Pensando nestas dificuldades, a equipe coordenada por Josué,e contando com a participação ativa do Pastor Evaldo Carlos dosSantos, titular da igreja, delineou um sistema-conceito, que esta-belecia um norte para o projeto. O conceito estabeleceu que ascaixas deveriam ser instaladas em fly e na configuração LCR, queo sistema de monitor deveria usar fones de ouvido para a banda espots para os vocais, e que a mesa deveria ser digital.
Outra diretriz importante dizia respeito à necessidade dascaixas serem altamente diretivas em função da acústica viva doambiente. Como não foi possível fazer o tratamento acústiconecessário por questões de orçamento, era imperativo que ascaixas projetassem som diretamente sobre o público, evitando asparedes e o teto. O grau de dificuldade para a operação do siste-ma também foi considerado um quesito importante.
Com base no conceito elaborado pela equipe de som daigreja, e nas carências acústicas identificadas na sala, foi de-senvolvido o projeto para o novo sistema, que possui três ca-nais de saída, 32 canais de entrada, 13 auxiliares, 4.000 Wcontínuos de potência e resposta de freqüência que cobre afaixa de 40 Hz até 18 kHz.
Com o sistema de som precárioexistente até então, era impossíveloferecer qualidade aos músicos e
às pessoas
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PA
1 Console digital Yamaha LS9-32 (PA e
monitor);
1 Gerenciador digital de sistema Hot-
Sound DMS8;
2 Amplificadores Studio R Z 2400;
1 Amplificador Studio R Z 600;
3 Caixas acústicas, projetadas por
Carlos Correa, com falantes 12MI100 e
drivers CP-750/Ti, todos Beyma;
1 Caixa de subgrave Staner SB2000,
amplificada;
1 Condicionador de energia Furman M8,
Relação de Equipamentos
Palco
1 Amplificador de fone Alto HPA6, de 6 canais;
6 Fones de ouvido Koss Porta Pro;
1 Amplificador Yamaha P 3200;
4 Caixas Clair (clones) com falante
ESX312 e driver SD375, Microfones
Shure SM58, Microfones Audio-Technica
MB1-k, Microfones Samson C-02,
Microfones LeSon MP 68-PH,
1 Sistema sem fio Audio-Technica
AEW-3110, 1 Sistema sem fio AKG WMS
40 Pro Vocal Set Dual, com dois microfo-
nes HT 40,
Após a instalação dos equipamentos,o sistema foi alinhado utilizando osoftware Smaart, que auxiliou na identi-ficação e correção de alguns problemasna resposta do sistema devido à acústicado ambiente.
O P.A.
As caixas, projetadas por CarlosCorrea, usam falantes e drivers Bey-ma. Cada uma possui um falante12MI100, instalado em câmara fecha-da com frente cornetada, e um driverde titânio CP-750/Ti acoplado a umacorneta com dispersão 60º X 90º nascaixas laterais e 115º x 80º na caixacentral. Como são assistidas por umgerenciador HotSound DMS8, as cai-xas não possuem divisores de freqüên-cia internos.
As caixas laterais têm o ângulo de co-bertura horizontal mais fechado para dimi-nuir a projeção de som sobre as paredes,enquanto a cobertura vertical é maior paraque possa atender também ao mezanino.
Já o ângulo de cobertura horizontal dacaixa central é bem aberto, de forma quepossa atingir a maior parte do salão, umavez que os cantores ficam posicionadosno centro do palco e o objetivo é simularno PA o correto plano espacial, colocan-do as vozes nesta caixa. O PA é comple-tado por uma caixa de subgrave StanerSB2000, amplificada, com dois falantes de18”. O sub está instalado sob o palco, nocentro. Devido à distância dos centrosacústicos da caixa central e do subgrave,foi necessário fazer um alinhamento ele-trônico, atrasando o sinal do sub em al-guns milisegundos em relação ao PA, por
meio de um delay configurado no DMS8.O sistema de amplificação é compos-
to por duas potências Z2400 e um Z 600,todas da Studio R. Um dos Z2400 ali-menta os falantes das caixas laterais
(L&R), enquanto o Z600 trabalha comos drivers destas mesmas caixas. O outroZ2400 alimenta a caixa central, um ca-nal para o falante e outro para o driver.Os amplificadores foram montados numrack e instalados no palco, próximo àscaixas do PA.
Devido à distância doscentros acústicos dacaixa central e do
subgrave, foinecessário fazer um
alinhamentoeletrônico
Caixas Staner SB2000 Monitor mod. Clair Ney Almeida
Caixa acústica projetada por Carlos Correa
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Equipe Técnica da PIBPC
Josué Cassiano; Lauderli Milhioli; Luiz Co-
lado; Bruno Costa; Cláudio Soares; César
Jubrael e Hudson
A mesa de som foi escolhida pela equipeda PIBPC. Depois de pesquisar alguns mo-delos de mesas digitais, a equipe optou pelaYamaha LS9-32, que possui 32 canais físicosde entrada, podendo ser expandida em até64 canais. É uma mesa compacta e simplesde usar, com diversos recursos embarcadostais como equalização paramétrica de 4bandas em todos os canais e auxiliares, in-versor de fase, dois processadores dinâmicos,grupos de mute, 16 auxiliares, 8 matrix, 8equalizadores gráficos (4 de 31 bandas e 4de 15 bandas), efeitos SPX e muito mais.Um fator que influenciou bastante a esco-lha desta mesa foi sua capacidade de operarem configuração LCR.
O Palco
Com o objetivo de diminuir o nível depressão sonora no palco, a opção escolhi-da para o sistema de retorno foi baseadaem fones de ouvido. Devido ao set básicodas bandas da igreja ser composto por te-clado, violão, guitarra, baixo e bateria, e
este set sofrer sempre o acréscimo de ou-tros instrumentos (usualmente saxofonee percussão), foi adotado o amplificadorde fones Alto HPA6, de seis canais. Osfones escolhidos foram os Koss Porta Pro.
Para as vozes, lead e back vocals,optou-se pela solução tradicional comspots. O modelo de monitor escolhido,devido ao seu tamanho reduzido, foi omod. Clair (clone) com falantes ESX-312. Quatro destas caixas foram ad-quiridas e posicionadas no palco. Oamplificador responsável por estas cai-xas é um Yamaha P3200, aproveitadodo sistema anterior.
Com a adoção dos fones de ouvidopara os instrumentos e a conseqüentequeda do nível de pressão sonora nopalco, tornou-se possível a operaçãodos spots próximos aos cantores e combaixo volume. Para completar o siste-ma, falta ainda instalar o “aquário”para a bateria.
Para auxiliar no controle da micro-fonia, alguns microfones duros foramescolhidos para o emprego no palco. OShure SM58 e o Audio-Technica MB1-k são utilizados para a captação dos vo-cais e outras atividades. O lead vocalutiliza um sistema duplo de microfonessem fio da AKG, o WMS 40 Pro VocalSet Dual.
Para o pastor Evaldo, que gosta depregar com as mãos livres, foi escolhido osistema sem fio da Audio-TechnicaAEW-3110, composto pelo transmissorAEW-T1000™, pelo receptor AEW-
R3100 e pelo microfone headset AT892.Neste caso, como o AT892 é conden-sador e omnidirecional, praticamentenenhum retorno é colocado para o pas-tor. Há ainda microfones condensadoresSamson C-02 e LeSon MP-68PH, paraaplicações diversas tais como captaçãode coral, piano, saxofone, flauta etc.
Como a mesa LS9 não possui entradasde linha, todos os sinais dos instrumentossão enviados a ela por meio de direct box.O modelo usado é o Behringer Ultra DI-100. Para a guitarra foi adquirido um DIque simula uma caixa com 4 alto-falan-tes de 12”, o Behringer Ultra G GI-100.
Conclusão
A qualidade do som sempre foi algoperseguido pela equipe da PIBPC. Antesdo novo sistema, era muito difícil fazeruma sonorização agradável nos diversoseventos produzidos pela igreja. Atual-mente, com o novo posicionamento dascaixas e com seu padrão de dispersão maisadequado, é notável a diferença de quali-dade e de pressão sonora no ambiente.Seguramente, o sistema de som da PIBPCé o mais moderno e simples da região daGrande Vitória.
Com o novoposicionamento das
caixas e com seupadrão de dispersãomais adequado, é
notável a diferença dequalidade e de pressãosonora no ambiente
Com o objetivo dediminuir o nível depressão sonora no
palco, a opçãoescolhida para o
sistema de retorno foibaseada em fones de
ouvido
Simone, Cláudio, Josué e NeyMesa Yamaha LS9-32