solidariedade - primeiras páginas – 2006-2007

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Mensal Cnego Francisco Crespo Director Autorizado pelos CTT a circular em invlucro fechado de plÆstico. Autorizaªo DEO/415/204004/DCN Janeiro 2006 2.“ SØrie N.” 81 Preo: 1 euro II CONGRESSO DA CNIS, 27 E 28 DE JANEIRO Todos os caminhos Todos os caminhos vªo dar a FÆtima vªo dar a FÆtima CNIS TEM UM NOVO S˝MBOLO Logtipo utilizado jÆ no II Congresso II CONGRESSO DA CNIS Presidente da Repœblica a abrir Ministro da Solidariedade a fechar O ndice de envelhecimento em Portugal continuou a aumentar em 2004, quando existiam 108,7 idosos por cada 100 jovens atØ aos 14 anos, segundo indicadores do Instituto Nacional de Estatstica. O Alentejo Ø a regiªo com maior ndice de envelheci- mento (com 170,4) e a Regiªo Autnoma dos Aores Ø a que tem um ndice mais baixo (62,4). No ano passado havia em Portugal 108,7 pessoas com mais de 65 anos por cada jovem atØ aos 14 anos. Em 2003, o ndice de envelhecimento era de 106,8 idosos por cada 100 jovens. A esperana de vida nascena continuou a aumentar em 2004, sendo de 74,5 anos para os homens e de 81 anos para as mulheres. Apesar de nascerem mais homens do que mulheres - 105,8 homens por cada 100 mulheres, no ano passado -, 52% da populaªo portuguesa era do sexo feminino. Isto acontece porque, a partir dos 36 anos, passam a existir menos homens por cada 100 mulheres. O nœmero de nados vivos diminuiu 2,9 por cento face ao ano anterior, havendo tambØm um decrØscimo das taxas de fecundidade no grupo entre os 15 e os 34 anos. Portugal estÆ a ficar cansado... MensÆrio da Confederaªo Nacional das Instituiıes de Solidariedade MÆrio MÆrio Augusto de Oliveira Dias Ø o Presidente da Augusto de Oliveira Dias Ø o Presidente da Assembleia Geral e o Presidente do II Congresso da Assembleia Geral e o Presidente do II Congresso da CNIS que vai decorrer em FÆtima, nos dias 27 e 28 CNIS que vai decorrer em FÆtima, nos dias 27 e 28 de Janeiro. "EstÆ tudo prep de Janeiro. "EstÆ tudo prep arado", garante em entre arado", garante em entre- vist vist a ao Solidariedade. Durante dois meses liderou a a ao Solidariedade. Durante dois meses liderou a comissªo que foi incumbida de levar a efeito a Reu comissªo que foi incumbida de levar a efeito a Reu- niªo Magna das Instituiıes de Solidariedade Social, niªo Magna das Instituiıes de Solidariedade Social, que tem por lema "Mais Pessoa, Mais Comunidade". que tem por lema "Mais Pessoa, Mais Comunidade". Nest Nest a entrevist a entrevist a, a ler nas pÆginas centrais, MÆrio a, a ler nas pÆginas centrais, MÆrio Dias defende uma revisªo dos est Dias defende uma revisªo dos est atutos da CNIS atutos da CNIS p ara permitir uma maior liberdade, independŒncia e ara permitir uma maior liberdade, independŒncia e responsabilidade Direcªo. responsabilidade Direcªo. MÆrio Dias tem uma vida de volunt MÆrio Dias tem uma vida de volunt ariado ligado s ariado ligado s IPSS, sobretudo na Ærea da DeficiŒncia Ment IPSS, sobretudo na Ærea da DeficiŒncia Ment al. al. presidente da presidente da Associaªo Nacional de Desporto p Associaªo Nacional de Desporto p ara ara a DeficiŒncia Ment a DeficiŒncia Ment al; vice-presidente da Federaªo al; vice-presidente da Federaªo Portuguesa de Desporto p Portuguesa de Desporto p ara Deficientes; presidente ara Deficientes; presidente da da APP APPACDM-V ACDM-V.N.Gaia, entre muit .N.Gaia, entre muit as outras p as outras p artici artici- p aıes na solidariedade social. aıes na solidariedade social. Tem 60 anos, Ø casa em 60 anos, Ø casa- do e vive em V do e vive em V. N. de Gaia. Licenciou-se em Econo . N. de Gaia. Licenciou-se em Econo- mia na Universidade do Porto em 1970. Revisor mia na Universidade do Porto em 1970. Revisor Oficial de Cont Oficial de Cont as, as, TØcnico Oficial de Cont TØcnico Oficial de Cont as e Con as e Con- sultor de empresas. sultor de empresas. com MÆrio Dias, e o dist com MÆrio Dias, e o dist anciamento est anciamento est atutÆrio que atutÆrio que a figura e a personalidade represent a figura e a personalidade represent am, que o Solida am, que o Solida- riedade contribui p riedade contribui p ara a prep ara a prep araªo do II Congresso: araªo do II Congresso: Apelando p Apelando p articip articip aªo, anÆlise e decisªo. Nos aªo, anÆlise e decisªo. Nos dias 27 e 28 de Janeiro todos os caminhos das IPSS dias 27 e 28 de Janeiro todos os caminhos das IPSS portuguesas vªo dar a FÆtima. portuguesas vªo dar a FÆtima.

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24 primeiras páginas do mensário “Solidariedade”, órgão da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS). Edições da 2.ª série, do n.º 81 ao n.º 104 (Janeiro de 2006 a Dezembro de 2007). Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Page 1: SOLIDARIEDADE - Primeiras Páginas – 2006-2007

Mensal

Cónego Francisco CrespoDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Janeiro 20062.ª Série N.º 81Preço: 1 euro

II CONGRESSO DA CNIS, 27 E 28 DE JANEIRO

Todos os caminhosTodos os caminhosvão dar a Fátimavão dar a Fátima

CNIS TEM UM NOVOSÍMBOLO

Logótipo utilizado jáno II Congresso

II CONGRESSO DA CNISPresidente da República a

abrirMinistro da Solidariedade

a fechar

O índice de envelhecimento em Portugal continuou aaumentar em 2004, quando existiam 108,7 idosos porcada 100 jovens até aos 14 anos, segundo indicadores doInstituto Nacional de Estatística.

O Alentejo é a região com maior índice de envelheci-mento (com 170,4) e a Região Autónoma dos Açores é aque tem um índice mais baixo (62,4). No ano passadohavia em Portugal 108,7 pessoas com mais de 65 anospor cada jovem até aos 14 anos.

Em 2003, o índice de envelhecimento era de 106,8idosos por cada 100 jovens. A esperança de vida ànascença continuou a aumentar em 2004, sendo de 74,5anos para os homens e de 81 anos para as mulheres.Apesar de nascerem mais homens do que mulheres -105,8 homens por cada 100 mulheres, no ano passado -,52% da população portuguesa era do sexo feminino. Istoacontece porque, a partir dos 36 anos, passam a existirmenos homens por cada 100 mulheres.

O número de nados vivos diminuiu 2,9 por cento face aoano anterior, havendo também um decréscimo das taxasde fecundidade no grupo entre os 15 e os 34 anos.Portugal está a ficar cansado...

Mensário da

Confederação Nacional dasInstituições de Solidariedade

Mário Mário Augusto de Oliveira Dias é o Presidente daAugusto de Oliveira Dias é o Presidente daAssembleia Geral e o Presidente do II Congresso daAssembleia Geral e o Presidente do II Congresso daCNIS que vai decorrer em Fátima, nos dias 27 e 28CNIS que vai decorrer em Fátima, nos dias 27 e 28de Janeiro. "Está tudo prepde Janeiro. "Está tudo preparado", garante em entrearado", garante em entre--vistvista ao Solidariedade. Durante dois meses liderou aa ao Solidariedade. Durante dois meses liderou acomissão que foi incumbida de levar a efeito a Reucomissão que foi incumbida de levar a efeito a Reu--nião Magna das Instituições de Solidariedade Social,nião Magna das Instituições de Solidariedade Social,que tem por lema "Mais Pessoa, Mais Comunidade". que tem por lema "Mais Pessoa, Mais Comunidade". NestNesta entrevista entrevista, a ler nas páginas centrais, Márioa, a ler nas páginas centrais, MárioDias defende uma revisão dos estDias defende uma revisão dos estatutos da CNISatutos da CNISppara permitir uma maior liberdade, independência eara permitir uma maior liberdade, independência eresponsabilidade à Direcção. responsabilidade à Direcção.

Mário Dias tem uma vida de voluntMário Dias tem uma vida de voluntariado ligado àsariado ligado àsIPSS, sobretudo na área da Deficiência MentIPSS, sobretudo na área da Deficiência Mental. Éal. Épresidente da presidente da Associação Nacional de Desporto pAssociação Nacional de Desporto paraaraa Deficiência Menta Deficiência Mental; vice-presidente da Federaçãoal; vice-presidente da FederaçãoPortuguesa de Desporto pPortuguesa de Desporto para Deficientes; presidenteara Deficientes; presidenteda da APPAPPACDM-VACDM-V.N.Gaia, entre muit.N.Gaia, entre muitas outras pas outras particiartici --ppações na solidariedade social. ações na solidariedade social. TTem 60 anos, é casaem 60 anos, é casa--do e vive em Vdo e vive em V. N. de Gaia. Licenciou-se em Econo. N. de Gaia. Licenciou-se em Econo--mia na Universidade do Porto em 1970. É Revisormia na Universidade do Porto em 1970. É RevisorOficial de ContOficial de Contas, as, Técnico Oficial de ContTécnico Oficial de Contas e Conas e Con--sultor de empresas.sultor de empresas.É com Mário Dias, e o distÉ com Mário Dias, e o distanciamento estanciamento estatutário queatutário quea figura e a personalidade representa figura e a personalidade representam, que o Solidaam, que o Solida--riedade contribui priedade contribui para a prepara a preparação do II Congresso:aração do II Congresso:Apelando à pApelando à participarticipação, à análise e à decisão. Nosação, à análise e à decisão. Nosdias 27 e 28 de Janeiro todos os caminhos das IPSSdias 27 e 28 de Janeiro todos os caminhos das IPSSportuguesas vão dar a Fátima. portuguesas vão dar a Fátima.

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Mensal

Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Fevereiro 20062.ª Série N.º 82Preço: 1 euro

PADRE LINO MAIA, PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE SOLIDARIEDADE

CCNNIISS nnããoo sseerráá ffoorrççaa ddee bbllooqquueeiiooCCNNIISS nnããoo sseerráá ffoorrççaa ddee bbllooqquueeiioonneemm mmaannddaattáárriiaa ddoo ggoovveerrnnoonneemm mmaannddaattáárriiaa ddoo ggoovveerrnnoo

Jorge Sampaioabriu II

Congresso

Mensário da

Confederação Nacional dasInstituições de Solidariedade

O Solidariedade publica a primeira grande entrevista com o presidente da CNIS eleito no II Congresso, realizado em 27 e 28de Janeiro, em Fátima. O Padre Lino Maia tem 58 anos, integrava o Conselho Directivo Nacional, sendo presidente da UDIPSS-Porto desde a fun-dação, em Abril de 2002. É ainda Presidente do Secretariado Diocesano de Pastoral Social e Caritativa do Porto e Capelãodo Hospital (psiquiátrico) Magalhães Lemos. É pároco de Aldoar, freguesia da cidade Invicta e antes esteve em S. Romão deCoronado, Covelas e no Seminário do Bom Pastor onde foi superior. No rescaldo do Congresso o padre Lino Maia traça as orientações estratégicas para três anos de mandato.

Vieira da Silva encerrou oCongresso

Ministro daSolidariedade promete

novo modelo de cooperação com as

IPSS

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Mensal

Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Março 20062.ª Série N.º 83Preço: 1 euro

Mensário da

Confederação Nacional dasInstituições de Solidariedade

ALBINO ALMEIDA, PRESIDENTE DA CONFAP

Muitas vezes as associaçõesMuitas vezes as associaçõesde pais representam osde pais representam osorfãos de pais vivosorfãos de pais vivos

Eugénio FonsecaEugénio Fonsecareconduzido nareconduzido napresidência da presidência da CARITCARITAS AS

DELINQUÊNCIADELINQUÊNCIAJustiça tem passado o problema para asinstituiçõesPágina 11

O DESAFIO DE ESTAR COM.. .Editorial do Presidente da CNIS, Padre Lino Maia

�O recente Congresso apontou dois caminhos convergentes para que a CNIS honre o seujá rico historial e esteja mais ainda. Enquanto organização representativa das instituiçõesparticulares de solidariedade social, hoje espera-se da Confederação mais agilidade, maisdefesa da subsidiariedade, mais presença, mais proximidade. Para mais qualidade, maissustentabilidade, mais inovação. Mas pede-se também que seja um movimento que dêmaior pensamento sustentado e visível ao sector, com abertura de caminhos, com apostaem liderança, com debate de ideias. Para que, fiel ao passado, doravante a CNIS estejaainda com mais fé, com mais determinação, com mais soluções...�. Página 2

O mandato à frente da CONFAP, ConfederaçãoNacional das Associações de Pais, está no fim e arecandidatura não é consentida pelos estatutos.Albino Almeida será substituído, agora em Março,com a sensação do dever cumprido. Deu à CONFAP uma visibilidade, uma notoriedadee uma capacidade de intervenção invejáveis. Écerto que Albino Almeida foi criticado por ter anda-do muitas vezes de braço dado com o poder. Maso líder das associações de pais garante que nãohá que ter medo de aplaudir quando o governo fazbem nem de chamar a atenção quando faz mal.E como que a provar a independência do poderpolítico deixa um recado: "Eu gostava que os mi-nistros não viessem para a Educação inventar efazer revoluções de leis que não passam de expe-riências, que tornam as nossas crianças alunosinfelizes e cobaias da vontade de cada ministro emalterar a história. As leis, nesta matéria, precisamde grande consenso e muito tempo de avaliação." Albino Almeida nasceu em 1961 e é natural doPorto. Fez o curso da escola do Magistério Primá-rio do Porto e cursou Psicoterapia Familiar e Psi-codrama. Foi professor do ensino básico no Co-légio do Rosário no Porto, entre 1979 e 1986. Foigestor comercial de empresas entre 1986 e 1993 eassessor de gestão comercial e comércio externo.Presidente da Assembleia Geral da FEDAPAGAIAe Presidente do Conselho Executivo da CONFAP -Confederação Nacional das Associações de Pais.É o convidado da grande entrevista. Para ler nascentrais.

O Presidente da Caritas preferea expressão �caridade� à �soli-dariedade�: �A caridade é mui-to mais que a solidariedade.Tem em si exigências que de-correm de eu me sentir efecti-vamente irmão dos demais enão apenas um serviço�.Página 5

O primeiro encontro do Centrode Estudos Sociais realizou-seno dia 24 de Fevereiro, emFátima, dando cumprimento auma promessa avançada noCongresso. Página 2

CENTRO DE ESTUDOSSOCIAIS DA CNIS

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Mensal

Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Abril 20062.ª Série N.º 84Preço: 1 euro

MARIA DA GRAÇA PINTO, DA UNIVERSIDADE DO PORTO

A passagem a uma fase pós-llaboral da vida tem que ser preparada

Mensário da

Confederação Nacional dasInstituições de Solidariedade

JOSÉ ANTÓNIO ALMEIDA, DE S. JOÃO DE AREIAS

OO PPaaddrreeOO PPaaddrree

EEmmpprreeiitteeiirrooEEmmpprreeiitteeiirrooAssembleia Geral da CNIS adiada para 29 de AbrilAssembleia Geral da CNIS adiada para 29 de Abril

Page 5: SOLIDARIEDADE - Primeiras Páginas – 2006-2007

Mensal

Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Maio 20062.ª Série N.º 85Preço: 1 euro

REFORMA DA SEGURANÇA SOCIAL

Viver muito, trabalhar mais, receber menosViver muito, trabalhar mais, receber menos

As mil e uma vantagensde elaborar um jornal numa

IPSS

Para que haja dinheiro pPara que haja dinheiro para para pagar as reformas no futuro, o governo apresentou cinco propostagar as reformas no futuro, o governo apresentou cinco propostas que procuram aumentas que procuram aumentar a sustentar a sustentabilidade daabilidade dasegurança social. segurança social. AA fazer fé na determinação do primeiro-ministro José Sócrates, se a propostfazer fé na determinação do primeiro-ministro José Sócrates, se a proposta for aprovada, o sistema aguenta for aprovada, o sistema aguenta-se pelo menosa-se pelo menosaté ao ano 2050. Uma coisa é certaté ao ano 2050. Uma coisa é certa: quem vai pa: quem vai pagar a factura da ameaça de falência é a maior pagar a factura da ameaça de falência é a maior parte dos portugueses que está agora no sistemaarte dos portugueses que está agora no sistemade Segurança Social. Por causa da melhoria da qualidade de vida biológica e desenvolvimento científico, muitos vão viver mais. Mas vão tde Segurança Social. Por causa da melhoria da qualidade de vida biológica e desenvolvimento científico, muitos vão viver mais. Mas vão tamam--bém trabalhar mais e pbém trabalhar mais e pagar mais. agar mais.

Aprovado o relatório deactividades e

contas de 2005

Repórteres atrevem-seem Mafra

Assembleia-geral daCNIS

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Page 6: SOLIDARIEDADE - Primeiras Páginas – 2006-2007

Esta edição inclui suplemento de 16 páginasque reproduz, na íntegra, o Contrato Colectivode Trabalho celebrado entre a CNIS e a Fede-ração Nacional dos Sindicatos da FunçãoPública

Mensal

Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Junho 20062.ª Série N.º 86Preço: 1 euro

Presidente da República recebePresidente da República recebeCNIS antes de iniciar o RoteiroCNIS antes de iniciar o Roteiroppara a Inclusãoara a Inclusão

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

ROSTOS DE SILÊNCIO

EM MIRANDA DO CORVOADFPADFP apostaposta na culturaa na cultura

ATLMais de 350 IPSS presentesMais de 350 IPSS presentesem Fátimaem Fátima

EEssttuuddoo rreevveellaa qquuee iiddoossooss ssããoo EEssttuuddoo rreevveellaa qquuee iiddoossooss ssããoo vvííttiimmaass ssiilleenncciioossaass ddee mmaauuss-ttrraattoossvvííttiimmaass ssiilleenncciioossaass ddee mmaauuss-ttrraattooss

Um estudo feito em Braga, por um docente do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade doMinho, pode revelar uma realidade escondida. A investigação, que envolveu pessoas com mais de 65 anosde idade, mostra que a grande maioria foi, pelo menos uma vez, vítima de abuso físico, emocional, finan-ceiro ou negligência. Os números fazem abanar consciências: 22, 1 por cento já foi vítima de maus-tratos;14, 4 por cento sente-se ameaçada; 5,8 por cento foi forçada a comer; 27,9 por cento têm um tratamentosilencioso, ou seja, os familiares cortaram os laços afectivos com essa pessoa.É no seio da família que os maus-tratos ocorrem com mais frequência e os filhos estão no topo da lista dosagressores. O mau trato que mais prevalece é a negligência e o abuso emocional. �A sociedade não valo-riza os idosos e tende a tratá-los de forma pouco correcta�, afirma José Ferreira Alves, autor do estudo. A solidão alastra de forma alarmante nesta faixa etária. Mais de 40 por cento dos inquiridos afirmam sen-tir-se sempre sozinhos e 27 por cento queixam-se de não existir diálogo com aqueles com quem partilhama casa. Para agravar este isolamento, 22 por cento são vítimas de violência verbal sempre que discordamdo seu cuidador e mais de 14 por cento são ameaçados de que serão colocados em lares.Uma realidade inquietante que deve merecer a maior das atenções. Uma Grande Reportagem para ler nas páginas centrais.

Em Junho, o jornal �O Primeiro de Janeiro� vaifazer uma edição especial sobre as boas práti-cas das IPSS.COLABORE

Page 7: SOLIDARIEDADE - Primeiras Páginas – 2006-2007

REDE NACIONALREDE NACIONAL DE CUIDADOSDE CUIDADOSCONTINUADOS INTEGRADOSCONTINUADOS INTEGRADOS

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Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Julho 20062.ª Série N.º 87Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

A criança e a famíl ia nãoA criança e a famíl ia nãoestão na agenda polít ica estão na agenda polít ica em Portugalem Portugal

DANIEL SAMPAIO, PSIQUIATRA, ESCRITOR

75 ANOS DO CASLAS DELAGOS

Um exemplo de Um exemplo de sobrevivênciasobrevivência

Nasceu em Lisboa, em 1946. Médico, especialistNasceu em Lisboa, em 1946. Médico, especialista de Psiquiatria, coordena no Hospita de Psiquiatria, coordena no Hospital deal deSantSanta Maria, em Lisboa, o Núcleo de Estudos do Suicídio, destinado ao atendimento de jovensa Maria, em Lisboa, o Núcleo de Estudos do Suicídio, destinado ao atendimento de jovensem risco de suicídio. O seu trabalho tem sido caracterizado por uma especial atenção aos pro-em risco de suicídio. O seu trabalho tem sido caracterizado por uma especial atenção aos pro-blemas da adolescência, tendo conduzido muitblemas da adolescência, tendo conduzido muitas sessões de trabalho com professores, pas sessões de trabalho com professores, pais eais ealunos das escolas básicas e secundárias. alunos das escolas básicas e secundárias. Foi um dos introdutores, em Portugal, da Foi um dos introdutores, em Portugal, da TTerapia Familiarerapia Familiar, a p, a partir da Sociedade Portuguesa deartir da Sociedade Portuguesa deTTerapia Familiar (fundada em 1979). Desde 2005 que está à frente de uma comissão técnicaerapia Familiar (fundada em 1979). Desde 2005 que está à frente de uma comissão técnicanomeada pelo Ministério da Educação pnomeada pelo Ministério da Educação para avaliar os projectos de educação sexual existentesara avaliar os projectos de educação sexual existentesnas escolas. nas escolas. Autor de vários livros, entre os quais se destAutor de vários livros, entre os quais se destacam "Inventem-se Novos Pais" (1994), "Vacam "Inventem-se Novos Pais" (1994), "Voltei àoltei àEscola" (1996) e, mais recentemente, "Árvore sem voz" (2004), não se considera um escritorEscola" (1996) e, mais recentemente, "Árvore sem voz" (2004), não se considera um escritor..Os seus livros têm como ponto de pOs seus livros têm como ponto de partida as experiências que viveu em mais de trintartida as experiências que viveu em mais de trinta anos dea anos deprofissão. E que vive ainda! profissão. E que vive ainda! AA próxima obra está prontpróxima obra está pronta e será lançada em Outubro.a e será lançada em Outubro.NestNesta grande entrevista grande entrevista ao a ao SolidariedadeSolidariedade , Daniel Samp, Daniel Sampaio, fala do défice de autoridade dosaio, fala do défice de autoridade dosppais em relação aos filhos e na necessidade de se incluir as temáticas da família e da criançaais em relação aos filhos e na necessidade de se incluir as temáticas da família e da criançana agenda política portuguesa, entre muitos outros temas. na agenda política portuguesa, entre muitos outros temas. AA não perder nas centrais.não perder nas centrais.

CENTRO DE NOITE DE GARFE, NA PÓVOA DE LANHOSO

D o r m i r f o r a d e c a s a é u m a a p o s tD o r m i r f o r a d e c a s a é u m a a p o s t aadi ferente no apoio aos mais idososdi ferente no apoio aos mais idosos

CNIS promoveu encontro CNIS promoveu encontro em Fátimaem Fátima

PRESIDENTE DAPRESIDENTE DA UDIPSS-BRAGAUDIPSS-BRAGAREELEITREELEITOO

Distrito tem cobertura significativa emDistrito tem cobertura significativa emequipequipamentos sociaisamentos sociais

Page 8: SOLIDARIEDADE - Primeiras Páginas – 2006-2007

UDIPSS-LISBOAUDIPSS-LISBOA

Mensal

Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Agosto 20062.ª Série N.º 88Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Bancos Alimentares Contra Bancos Alimentares Contra a F o m e s e r v e m p a r aa F o m e s e r v e m p a r acombater o desperdíc iocombater o desperdíc io

ISABEL JONET, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DOS BANCOS ALIMENTARES

Os Bancos Os Bancos AlimentAlimentares não existem pares não existem para matara matar a fome a ninguém mas par a fome a ninguém mas para lutara lutar contra oar contra odesperdício. desperdício. Assim, sem meias pAssim, sem meias palavras. Isabel Jonet, economistalavras. Isabel Jonet, economista, 46 anos, 5 filhos, é aa, 46 anos, 5 filhos, é apresidente da Federação dos Bancos presidente da Federação dos Bancos AlimentAlimentares que congrega, em Portugal, 1ares que congrega, em Portugal, 11 Bancos1 BancosAlimentAlimentares Contra a Fome. Di-lo e justifica a ideia com o recente acordo que assinou comares Contra a Fome. Di-lo e justifica a ideia com o recente acordo que assinou como sector das pescas que vai permitir recolher três mil toneladas de peixe que todos os anoso sector das pescas que vai permitir recolher três mil toneladas de peixe que todos os anosse deitse deitam ao mar pam ao mar para que, no mercado, os preços não baixem. ara que, no mercado, os preços não baixem. É militÉ militante do voluntante do voluntariado: "O nosso tempo dado ao outro pode fazer toda a diferença". Masariado: "O nosso tempo dado ao outro pode fazer toda a diferença". Masdefende até ao limite o voluntdefende até ao limite o voluntariado organizado, competente e eficaz. Fala dos mais de 10ariado organizado, competente e eficaz. Fala dos mais de 10mil voluntários que pmil voluntários que participarticipam nas campam nas campanhas que organiza; fala das 60 toneladas de alianhas que organiza; fala das 60 toneladas de ali --mentos diários que entrega a cerca de 1200 instituições; fala dos 200 mil pobres que alimentmentos diários que entrega a cerca de 1200 instituições; fala dos 200 mil pobres que alimentaatodos os dias. todos os dias. Agora quer organizar a gestão das instituições de solidariedade através da Agora quer organizar a gestão das instituições de solidariedade através da EntrajudaEntrajuda porqueporqueacreditacredita nessa rede de proximidade de 4 mil e 500 instituições que o pa nessa rede de proximidade de 4 mil e 500 instituições que o país tem. aís tem. Isabel Jonet em grande entrevistIsabel Jonet em grande entrevista ao a ao SolidariedadeSolidariedade . Para ler nas páginas centrais. . Para ler nas páginas centrais.

ACORDO ENTRE GOVERNO, CNIS, MISERICÓRDIAS E MUTUALIDADES

Protocolo de Cooperação pProtocolo de Cooperação p ara 2006 ara 2006 José Carlos BatJosé Carlos Batalha alha reeleitoreeleito

REPORTREPORTAGEMAGEM

AA Casa do Povo de Quiaios Casa do Povo de Quiaios

está no centro da acção socialestá no centro da acção social

Protocolo de Cooperação de 2006 será publicado na íntegra na edição de Setembro Protocolo de Cooperação de 2006 será publicado na íntegra na edição de Setembro

Page 9: SOLIDARIEDADE - Primeiras Páginas – 2006-2007

Mensal

Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Setembro 20062.ª Série N.º 89Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Nos hospitais que estãoNos hospitais que estãoa ser encerrados não háa ser encerrados não hácondições mínimas paracondições mínimas parase nascerse nascer

OCTÁVIO CUNHA, MÉDICO, COMISSÃO NACIONAL DE SAÚDE MATERNO NEONATAL

ESTATUTOS

Supremo TSupremo Tribunalribunalde Justiça de Justiça

deu razão à CNISdeu razão à CNIS

Octávio Cunha é médico e foi membro de todas as Comissões Nacionais de Saúde MaternoOctávio Cunha é médico e foi membro de todas as Comissões Nacionais de Saúde MaternoNeonatNeonatais e Infantis desde 1989. Sabe, por isso, todas as razões que motivaram o encerraais e Infantis desde 1989. Sabe, por isso, todas as razões que motivaram o encerra--mento de muitos sítios onde se nascia em Portugal. Os relatórios elaborados ao longo de décamento de muitos sítios onde se nascia em Portugal. Os relatórios elaborados ao longo de déca--da e meia sustentda e meia sustentaram as reformas de saúde nestaram as reformas de saúde nesta área. Orgulha-se de ter contribuído pa área. Orgulha-se de ter contribuído para oara odecréscimo da tdecréscimo da taxa de mortaxa de mortalidade infantil, colocando o palidade infantil, colocando o país no quinto lugar em todo o mundoaís no quinto lugar em todo o mundoonde se morre menos ao nasceronde se morre menos ao nascer. . Octávio Cunha é Director de Serviços de Cuidados Intensivos NeonatOctávio Cunha é Director de Serviços de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos doais e Pediátricos doHospitHospital de Santo al de Santo António, no Porto; membro da Comissão Científica da Sociedade EuropeiaAntónio, no Porto; membro da Comissão Científica da Sociedade Europeiade Perinatologia; Sócio Fundador e membro do Conselho Consultivo do Instituto de de Perinatologia; Sócio Fundador e membro do Conselho Consultivo do Instituto de Apoio àApoio àCriança. Criança. Com 63 anos, continua a trabalharCom 63 anos, continua a trabalhar, muit, muitas vezes 12 horas por dia, fazendo urgências nasas vezes 12 horas por dia, fazendo urgências nasambulâncias de transporte de recém-nascidos. "Faço o que gosto." Justifica. "No dia em queambulâncias de transporte de recém-nascidos. "Faço o que gosto." Justifica. "No dia em quesentir que posso não estsentir que posso não estar a fazer bem vou-me embora. Criei o Serviço de Neonatologia noar a fazer bem vou-me embora. Criei o Serviço de Neonatologia noSanto Santo António sozinho. Estive aqui dois anos sozinho, com uma dúzia de enfermeiras, sem fins-António sozinho. Estive aqui dois anos sozinho, com uma dúzia de enfermeiras, sem fins--de-semana. Sem férias. Neste momento posso ir-me embora com a consciência tranquila-de-semana. Sem férias. Neste momento posso ir-me embora com a consciência tranquilaporque hoje no Serviço todos sabem mais do que eu."porque hoje no Serviço todos sabem mais do que eu."Octávio Cunha, uma Grande EntrevistOctávio Cunha, uma Grande Entrevista pa para ler nas centrais do Solidariedade.ara ler nas centrais do Solidariedade.

OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃOSOCIAL DO PORTO

U m a O b r a d a c i d a d eU m a O b r a d a c i d a d epp a r a a c i d a d ea r a a c i d a d e

PPASTASTOR JOÃO NETOR JOÃO NETO, O, PRESIDENTE DO CENTROPRESIDENTE DO CENTROSOCIALSOCIAL DADA COVCOVAA E GALA,E GALA,

PROPÕE:PROPÕE:

"Não fazermos "Não fazermos sozinhos sozinhos

o que pudermos o que pudermos fazer juntos"fazer juntos"

EDITORIAL

ParidadeParidadenas IPSS�nas IPSS�s?s?

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Padre Lino MaiaDirectorAutorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Outubro 20062.ª Série N.º 90Preço: 1 euro

APPACDM DE VIANA DO CASTELO

Uma viagem de oportunidadesnum mundo diferente

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Erradicar a pobreza é Erradicar a pobreza é uma tarefa obrigatóriauma tarefa obrigatória

MANUELA SILVA, PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE JUSTIÇA E PAZ

AA Comissão Nacional Justiça e Paz, comComissão Nacional Justiça e Paz, coma pa parceria da CNIS, tem em marcha a iniarceria da CNIS, tem em marcha a ini --ciativa "Por uma sociedade sem armas:ciativa "Por uma sociedade sem armas:desarmar os corações". O ponto alto serádesarmar os corações". O ponto alto seráa festa festa no dia 28 de Outubro, em Lisboa,a no dia 28 de Outubro, em Lisboa,destinada às crianças e jovens, porquedestinada às crianças e jovens, porque"acredit"acreditamos que na raíz destamos que na raíz desta prolifea prolife--ração do armamento está um défice deração do armamento está um défice deamoramor, de solidariedade." , de solidariedade."

Manuela Silva é economistManuela Silva é economista e assumiu aa e assumiu apresidência da Comissão Nacional depresidência da Comissão Nacional deJustiça e Paz pJustiça e Paz para o triénio 2006-2008,ara o triénio 2006-2008,por indicação da por indicação da Assembleia Plenária daAssembleia Plenária daConferência EpiscopConferência Episcopal Portuguesa. Proal Portuguesa. Pro--fessora universitária jubilada, leccionoufessora universitária jubilada, leccionoudurante muitos anos no Instituto Superiordurante muitos anos no Instituto Superiorde Economia e Gestão de Lisboa nasde Economia e Gestão de Lisboa nasáreas da Política Económica, do Planeaáreas da Política Económica, do Planea--mento e do Desenvolvimento Económicomento e do Desenvolvimento Económicoe Social. e Social. Paralelamente à actividade profissional,Paralelamente à actividade profissional,ao longo da sua vida sempre desempeao longo da sua vida sempre desempe--nhou funções em organizações não govnhou funções em organizações não gov--ernamenternamentais e organismos eclesiais. Foiais e organismos eclesiais. Foipresidente da Juventude Universitáriapresidente da Juventude UniversitáriaCatólica Feminina e do Movimento InterCatólica Feminina e do Movimento Inter--nacional dos Intelectuais Católicos, sendonacional dos Intelectuais Católicos, sendouma das principuma das principais impulsionadoras pais impulsionadoras paraarao surgimento do Centro de Reflexãoo surgimento do Centro de ReflexãoCristã, onde foi directora durante váriosCristã, onde foi directora durante váriosanos. anos. Manuela Silva foi uma das pioneiras emManuela Silva foi uma das pioneiras emPortugal na introdução dos primeirosPortugal na introdução dos primeirosestudos científicos sobre a pobreza, noestudos científicos sobre a pobreza, nocomeço da década de 80. É uma das 25começo da década de 80. É uma das 25personalidades europeias que integra apersonalidades europeias que integra aComissão de Sábios, constituída por eleComissão de Sábios, constituída por ele--mentos de 20 estmentos de 20 estados membros, e queados membros, e quetem como função fazer um relatório sobretem como função fazer um relatório sobreos valores nos quais a União Europeia seos valores nos quais a União Europeia sebaseia. Natural de Cascais, vive e trababaseia. Natural de Cascais, vive e traba--lha em Lisboa. Solteira, com 74 anos, afirlha em Lisboa. Solteira, com 74 anos, afir --ma que trocou uma vida mais familiarma que trocou uma vida mais familiar"p"para encontrar maior disponibilidade para encontrar maior disponibilidade paa--ra os outros e pra os outros e para desenvolver um traara desenvolver um tra--balho mais voltbalho mais voltado pado para a sociedade noara a sociedade noseu todo". seu todo".

ENTREVISTA COMJOSÉ CARLOS BATALHA

Presidente da UDIPSS/Lisboa

CENTRO DE APOIO FAMILIARPINTO DE CARVALHO

150 anos a ajudar quem mais precisa

EDITORIAL

Novo modelo de Cooperação

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Novembro 20062.ª Série N.º 91Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Não se deve diabolizar a institucionalização Não se deve diabolizar a institucionalização mas é preciso outro tipo de instituiçõesmas é preciso outro tipo de instituições

ARMANDO LEANDRO, PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO

Defende uma nova cultura da infância em que a própria criançaDefende uma nova cultura da infância em que a própria criançatenha uma intervenção activa; defende a criação de instituiçõestenha uma intervenção activa; defende a criação de instituições"mais pequenas e mais familiares que permit"mais pequenas e mais familiares que permitam um tratam um tratamento maisamento maisindividualizado da criança"; defende a "responsabilidade pindividualizado da criança"; defende a "responsabilidade parentarental"al"em vez do "poder pem vez do "poder paternal". aternal". Afirma que Portugal não tem mais casosAfirma que Portugal não tem mais casosde maus-tratos a crianças do que o resto da Europde maus-tratos a crianças do que o resto da Europa mas os casosa mas os casosextremos tornaram-nos mais visíveis. extremos tornaram-nos mais visíveis. Armando Leandro tem 71 anos, é casado, tem quatro filhas e quatroArmando Leandro tem 71 anos, é casado, tem quatro filhas e quatronetnetas. É Juiz Conselheiro jubilado do Supremo as. É Juiz Conselheiro jubilado do Supremo TTribunal de Justiça,ribunal de Justiça,Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade deLicenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade deCoimbra. Coimbra. Assumiu a Presidência da Comissão Nacional de ProtecçãoAssumiu a Presidência da Comissão Nacional de Protecçãodas Crianças e Jovens em Risco há um ano e continua a ser Presidas Crianças e Jovens em Risco há um ano e continua a ser Presi--dente da Comissão de Programas Especiais de Segurança dedente da Comissão de Programas Especiais de Segurança deTTestemunhas em Processo Penal e Presidente da Direcção da estemunhas em Processo Penal e Presidente da Direcção da AssoAsso--ciação Portuguesa Para o Direito dos Menores e da Família. Integraciação Portuguesa Para o Direito dos Menores e da Família. Integraos órgãos sociais da os órgãos sociais da Associação Portuguesa de Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, daApoio à Vítima, daFundação "Pro DignitFundação "Pro Dignitate"; da Fundação "O Gil", do Instituto de ate"; da Fundação "O Gil", do Instituto de ApoioApoioà Criança; da Fundação "Aà Criança; da Fundação "A Comunidade Contra a Sida"; da Comunidade Contra a Sida"; da AssoAsso--ciação "Recomeçar" e da Santciação "Recomeçar" e da Santa Casa da Misericórdia de Cascais.a Casa da Misericórdia de Cascais.Foi Magistrado do Ministério Público; Juiz; Director do Centro deFoi Magistrado do Ministério Público; Juiz; Director do Centro deEstudos Judiciários; Coordenador Nacional do Projecto VEstudos Judiciários; Coordenador Nacional do Projecto Vida;ida;Coordenador do Grupo CID, constituído pCoordenador do Grupo CID, constituído para a elaboração de umara a elaboração de umprograma sustentprograma sustentado de prevenção primária, secundária e terciáriaado de prevenção primária, secundária e terciáriade maus tratos a crianças, jovens, pessoas em situações de defide maus tratos a crianças, jovens, pessoas em situações de defi --ciência e idosos, acolhidos em instituições. ciência e idosos, acolhidos em instituições. Uma entrevistUma entrevista pa para ler nas páginas centrais.ara ler nas páginas centrais.

FUNDAÇÃO ALDEIA DA PAZ

Meninos sem colo Meninos sem colo à procura de um regaçoà procura de um regaço

PRESIDENTE DA

UDIPSS/MADEIRA:Precisamos dePrecisamos demais IPSS nomais IPSS noarquipélagoarquipélago

EDITORIAL

Aborto: Aborto: AA (in)Oportunidade (in)Oportunidade de um referendode um referendo

PRIMEIRO ENCONTRO DAS IPSS DE AVEIRO

O EstO Estado não pode tratado não pode tratar de formaar de formaigual o que é diferenteigual o que é diferente

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Dezembro 20062.ª Série N.º 92Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

No soc ia l o E s tado es tá a f aze r No soc ia l o E s tado es tá a f aze r concor rênc ia à soc iedade c i v i lconcor rênc ia à soc iedade c i v i l

MARQUES MENDES, PRESIDENTE DO PSD

No início da Grande EntrevistNo início da Grande Entrevista com o SOLIDARIEDADE, o presidena com o SOLIDARIEDADE, o presiden--te do Partido Social Democratte do Partido Social Democrata, Luís Marques Mendes, recordou,a, Luís Marques Mendes, recordou,com evidente saudade, o tempo em que foi presidente da direcçãocom evidente saudade, o tempo em que foi presidente da direcçãodo Centro pdo Centro para a Formação da Juventude de ara a Formação da Juventude de Arões, uma IPSS deArões, uma IPSS deuma freguesia de Fafe. Era então um jovem ambicioso de poucouma freguesia de Fafe. Era então um jovem ambicioso de poucomais de 20 anos. "Foi uma experiência inesquecível", referiu Marmais de 20 anos. "Foi uma experiência inesquecível", referiu Mar--ques Mendes, como que validando o pensamento que seguidamenteques Mendes, como que validando o pensamento que seguidamenteiria desfiar sobre o sector social.iria desfiar sobre o sector social.O líder da oposição defende as instituições sociais contra a avidezO líder da oposição defende as instituições sociais contra a avidezdo Estdo Estado, central ou local, em tomar contado, central ou local, em tomar conta da iniciativa. Critica oa da iniciativa. Critica ogoverno que não apoia condignamente as IPSS e o Estgoverno que não apoia condignamente as IPSS e o Estado que "conado que "con--corre" com a iniciativa social. "O Estcorre" com a iniciativa social. "O Estado é uma realidade demasiadoado é uma realidade demasiadoabstractabstracta pa para intervir naquilo que precisa sobretudo de calorara intervir naquilo que precisa sobretudo de calorhumano e que precisa de afectividade como são as thumano e que precisa de afectividade como são as tarefas noarefas nodomínio social."domínio social."NestNesta entrevista entrevista Marques Mendes fala ainda das reformas da segua Marques Mendes fala ainda das reformas da segu--rança social e das políticas sociais do governo de José Sócrates. rança social e das políticas sociais do governo de José Sócrates. Luís Marques Mendes é o presidente do PSD, líder da oposiçãoLuís Marques Mendes é o presidente do PSD, líder da oposiçãodemocrática. Nasceu em Guimarães, viveu em Fafe, onde foi advodemocrática. Nasceu em Guimarães, viveu em Fafe, onde foi advo--gado, e agora reside em Oeiras. gado, e agora reside em Oeiras. TTem 47 anos. Licenciado em Direito,em 47 anos. Licenciado em Direito,foi vice-presidente e vereador da câmara de Fafe; foi deputfoi vice-presidente e vereador da câmara de Fafe; foi deputadoadodurante mais de quinze anos; Secretário de Estdurante mais de quinze anos; Secretário de Estado em dois goverado em dois gover--nos, e Ministro noutros dois. É desde nos, e Ministro noutros dois. É desde Abril de 2005 presidente daAbril de 2005 presidente daComissão Politica Nacional do PSD. Uma Grande EntrevistComissão Politica Nacional do PSD. Uma Grande Entrevista pa para lerara lernas centrais. nas centrais.

MANUEL LEMOS, O NOVO PRESIDENTE DAUNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS

�Não pretendo ser um clone do�Não pretendo ser um clone doPadre Vítor Melícias�Padre Vítor Melícias�

CRÓNICA DO PADRE

JOSÉ MAIAJesus no presépio:Jesus no presépio:

um �menor em risco�um �menor em risco�

EDITORIAL

Nos 30 anos de autárquicas...Nos 30 anos de autárquicas...

"(...) "(...) Assumindo tAssumindo tarefas que na sociedade já são caparefas que na sociedade já são capazaz--mente desenvolvidas, as autmente desenvolvidas, as autarquias abandonam competênarquias abandonam competên--cias que a ninguém mais competem e acabam por exorbitcias que a ninguém mais competem e acabam por exorbitarare favorecer o progressivo alheamento, por mergulhar numae favorecer o progressivo alheamento, por mergulhar numaconcorrência desleal e porconcorrência desleal e por, ineficaz e infrutiferamente, des, ineficaz e infrutiferamente, des--baratbaratar energias e meios. (...)"ar energias e meios. (...)"

O CHAPITÔ JÁ TEM 25 O CHAPITÔ JÁ TEM 25 ANOS ANOS

AA arte dearte deformar aformar a

sociedadesociedade

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Janeiro 20072.ª Série N.º 93Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Queremos va lo r i za r o pape l dasQueremos va lo r i za r o pape l dasin s t i t u i ções da soc iedade c i v i li n s t i t u i ções da soc iedade c i v i l

VIEIRA DA SILVA, MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL

O Ministro do O Ministro do TTrabalho e da Solidariedade Social garante, nestrabalho e da Solidariedade Social garante, nestaagrande entrevistgrande entrevista, que a "prioridade é, no que toca às relações coma, que a "prioridade é, no que toca às relações como Esto Estado, privilegiar o sector social, que alguns chamam de econoado, privilegiar o sector social, que alguns chamam de econo--mia solidária". mia solidária". VVieira da Silva afirma que quaisquer que sejam as alterações,ieira da Silva afirma que quaisquer que sejam as alterações,mudanças e reformas nos próximos anos, as instituições terão semmudanças e reformas nos próximos anos, as instituições terão sem--pre a garantia de "funcionamento regular", em termos de modelo depre a garantia de "funcionamento regular", em termos de modelo definanciamento. O ministro pretende, no entfinanciamento. O ministro pretende, no entanto, introduzir a "igualanto, introduzir a "igual--dade plena do tratdade plena do tratamento das famílias", através de métodos de difeamento das famílias", através de métodos de dife--renciação. renciação. NestNesta entrevista entrevista, o Ministro fala do Programa Pa, o Ministro fala do Programa PARES, onde realça oARES, onde realça oimportimportante contributo das instituições e assegura que o pante contributo das instituições e assegura que o papel daapel daeconomia social lucrativa não está em crescimento. economia social lucrativa não está em crescimento. AA flexisegurançaflexisegurançae a pobreza fazem pe a pobreza fazem parte dos temas tratarte dos temas tratados nas páginas centrais doados nas páginas centrais doSOLIDARIEDADE. SOLIDARIEDADE.

José José António Fonseca VAntónio Fonseca Vieira da Silva, Ministro do ieira da Silva, Ministro do TTrabalho e darabalho e daSolidariedade Social, nasceu a 14 de Fevereiro de 1953, na MarinhaSolidariedade Social, nasceu a 14 de Fevereiro de 1953, na MarinhaGrande, é casado e tem 2 filhos. É Licenciado em Economia peloGrande, é casado e tem 2 filhos. É Licenciado em Economia peloISEG; ISEG; Assistente Convidado do Instituto Superior de Ciências doAssistente Convidado do Instituto Superior de Ciências doTTrabalho e da Empresa (ISCTE). Foi deputrabalho e da Empresa (ISCTE). Foi deputado; Secretário deado; Secretário deEstEstado da Segurança Social de 1999 a 2001; e Secretário de Estado da Segurança Social de 1999 a 2001; e Secretário de Estadoadodas Obras Públicas de 2001 a 2002. das Obras Públicas de 2001 a 2002.

ASSOCIAÇÃO DOSALBERGUES

NOCTURNOS DO PORTO

Uma luz ao fundo doUma luz ao fundo dotúneltúnel

EDITORIAL

Igualdade de OportunidadesIgualdade de Oportunidades

"Quando o Est"Quando o Estado celebra um Pacto pado celebra um Pacto para a Solidariedade com instiara a Solidariedade com insti --tuições solidárias, por um lado, aceittuições solidárias, por um lado, aceita ser um Esta ser um Estado Social e, porado Social e, poroutro, privilegia a via da solidariedade como caminho do social.outro, privilegia a via da solidariedade como caminho do social.Evidentemente, não hostiliza as empresas lucrativas, antes asEvidentemente, não hostiliza as empresas lucrativas, antes asreconhece e situa, proporcionando-lhes adequados instrumentosreconhece e situa, proporcionando-lhes adequados instrumentoslegais e relacionais de oportunidades de desenvolvimento e delegais e relacionais de oportunidades de desenvolvimento e deexpexpansão, até porque, sem a actividade dessas empresas, a soliansão, até porque, sem a actividade dessas empresas, a soli --dariedade que o Estdariedade que o Estado quer seria miragem que não deseja. Mas,ado quer seria miragem que não deseja. Mas,claro, o Estclaro, o Estado que celebra um Pacto pado que celebra um Pacto para a Solidariedade dáara a Solidariedade dápreferência às instituições com cujos representpreferência às instituições com cujos representantes celebrou oantes celebrou oppacto, sob pena de estacto, sob pena de estar a traí-las com os seus devaneios de infiar a traí-las com os seus devaneios de infi --delidades e a gerar enteados onde se dispusera a ter leais pdelidades e a gerar enteados onde se dispusera a ter leais parar--ceiros." ceiros."

Padre Lino MaiaPadre Lino Maia

BRINQUEDOS ADAPTADOS

AA oficina da Igualdade no direito àoficina da Igualdade no direito àbrincadeirabrincadeira

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Eleutério Alves

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Fevereiro 20072.ª Série N.º 94Preço: 1 euro

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A s I n s t i t u i ç õ e s t ê m q u e e s t a rA s I n s t i t u i ç õ e s t ê m q u e e s t a ra b e r t a s à m u d a n ç a a b e r t a s à m u d a n ç a

PROFESSOR EUGÉNIO FONSECA, PRESIDENTE-ADJUNTO DA CNIS

Eugénio Fonseca é Presidente-adjunto há dez anos. Eugénio Fonseca é Presidente-adjunto há dez anos. AtravessouAtravessoutrês períodos distintos da UNIÃO das IPSS, agora CNIS, lideratrês períodos distintos da UNIÃO das IPSS, agora CNIS, lidera--dos por três presidentes diferentes: Padre José Maia, Cónegodos por três presidentes diferentes: Padre José Maia, CónegoFrancisco Crespo e Padre Lino Maia. NestFrancisco Crespo e Padre Lino Maia. Nesta grande entrevista grande entrevista aoa aoSolidariedade, Eugénio Fonseca faz um balanço da acção soliSolidariedade, Eugénio Fonseca faz um balanço da acção soli--dária nestdária nesta década. Do último ano da Confederação desta década. Do último ano da Confederação destaca aaca acapcapacidade de trabalho, o uso da informação e a solidificação daacidade de trabalho, o uso da informação e a solidificação daequipequipa como marcas diferenciadores da liderança do Padre Linoa como marcas diferenciadores da liderança do Padre LinoMaia.Maia.Conhecedor profundo da realidade das IPSS, Eugénio FonsecaConhecedor profundo da realidade das IPSS, Eugénio Fonsecanão tem dúvidas em apontnão tem dúvidas em apontar uma estratégia: a abertura àar uma estratégia: a abertura àmudança. "Quem está aberto à mudança consegue ler os sinaismudança. "Quem está aberto à mudança consegue ler os sinaisdo tempo e consegue actualizar as respostdo tempo e consegue actualizar as respostas". as". Eugénio José da Cruz Fonseca é Presidente-adjunto da CNIS eEugénio José da Cruz Fonseca é Presidente-adjunto da CNIS ePresidente da CáritPresidente da Cáritas Portuguesa. É natural de Setúbal, casado,as Portuguesa. É natural de Setúbal, casado,tem dois filhos. Possui a Licenciatura em Ciências Religiosas petem dois filhos. Possui a Licenciatura em Ciências Religiosas pe--la Faculdade de la Faculdade de TTeologia da Universidade Católica Portuguesa eeologia da Universidade Católica Portuguesa eé professoré professor. . Há dois meses que Eugénio Fonseca lutHá dois meses que Eugénio Fonseca luta contra uma doençaa contra uma doençaoncológica. oncológica. Têm sido muitTêm sido muitas as batas as batalhas, mas o Presidente-alhas, mas o Presidente--adjunto da CNIS está a vencer e promete regressar em breve-adjunto da CNIS está a vencer e promete regressar em breveppara reforçar o exército da solidariedade. ara reforçar o exército da solidariedade.

ESTUDO DA CNIS SOBRE ATL

Se pudessem escolher os pSe pudessem escolher os paisaispreferiam as IPSS preferiam as IPSS

REFERENDO SOBRE O REFERENDO SOBRE O ABORABORTTO - PELO SIM O - PELO SIM Albino Albino ArosoArosoREFERENDO SOBRE O REFERENDO SOBRE O ABORABORTTO - PELO NÃO Matilde Sousa FrancoO - PELO NÃO Matilde Sousa Franco

REPORTAGEMOBRA DE PROMOÇÃO SOCIAL DE COIMBRA

Mudam-se os tempos Mudam-se os tempos mudam-se as valênciasmudam-se as valências

Director-Adjunto

VIDAS NA JUSTIÇA

As Esmeraldas são eternasAs Esmeraldas são eternas

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Março 20072.ª Série N.º 95Preço: 1 euro

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N o c o m b a t e à t o x i c o d e p e n d ê n c i a N o c o m b a t e à t o x i c o d e p e n d ê n c i a

a s I P S S t ê m u m p a p e l i n s u b s t i t u í v e l a s I P S S t ê m u m p a p e l i n s u b s t i t u í v e l

JOÃO GOULÃO, PRESIDENTE DO INSTITUTO DA DROGA E DA TOXICODEPENDÊNCIA

João Goulão é, desde Maio de 2005, oJoão Goulão é, desde Maio de 2005, opresidente do Instituto da Droga e dapresidente do Instituto da Droga e daTToxicodependência (IDT), o organismooxicodependência (IDT), o organismoresponsável pela definição das políticasresponsável pela definição das políticasnessa área, a nível nacional. Médico denessa área, a nível nacional. Médico defamília, licenciado pela Faculdade defamília, licenciado pela Faculdade deMedicina de Lisboa, trabalha na área daMedicina de Lisboa, trabalha na área datoxicodependência desde a década detoxicodependência desde a década de80, quando esteve a liderar a inst80, quando esteve a liderar a instalaçãoalaçãodo Serviço de Prevenção e do Serviço de Prevenção e Apoio aApoio aTToxicodependentes (SPoxicodependentes (SPAAT) de Faro. T) de Faro. Após ter dirigido a delegação algarvia,Após ter dirigido a delegação algarvia,em 1997 assume a presidência do Serem 1997 assume a presidência do Ser--viço de Prevenção e viço de Prevenção e TTratratamento a amento a TToxioxi--codependentes (SPTT). Com a extinçãocodependentes (SPTT). Com a extinçãodesse organismo, em 2002, abandona odesse organismo, em 2002, abandona ocargo, pcargo, passa a exercer funções no Cenassa a exercer funções no Cen--tro de tro de Atendimento a Atendimento a TToxicodependenoxicodependen--tes (CAtes (CAT) da Parede e mais tT) da Parede e mais tarde naarde nacoordenação dos serviços de saúde dacoordenação dos serviços de saúde daCasa Pia de Lisboa. Casa Pia de Lisboa. Com 51 anos, a convite do Ministro daCom 51 anos, a convite do Ministro daSaúde, Correia de Campos, assume aSaúde, Correia de Campos, assume apresidência do IDTpresidência do IDT, tendo a seu cargo a, tendo a seu cargo aelaboração e implementelaboração e implementação do Planoação do PlanoNacional de LutNacional de Luta contra a Droga e asa contra a Droga e asTToxicodependências 2005-2012.oxicodependências 2005-2012.Defensor convicto das "salas de conDefensor convicto das "salas de con--sumo assistido", João Goulão, traça,sumo assistido", João Goulão, traça,nestnesta grande entrevista grande entrevista, o pa, o panorama doanorama doconsumo em Portugal e apontconsumo em Portugal e aponta meta metas aas aalcançaralcançar. E defende que as IPSS têm. E defende que as IPSS têmum espum espaço relevante no combate ao flaaço relevante no combate ao fla--gelo da droga e das toxicodependêngelo da droga e das toxicodependên--cias. cias.

EDITEDITORIALORIAL - Celebrando com a Cárit- Celebrando com a Cáritasas

REPORTAGEMA CASA DO CAMINHO

TTodas as crianças têm odas as crianças têm direito a ter um colodireito a ter um colo

Director-Adjunto

REDE DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS

AA Rede Social continua a crescerRede Social continua a crescer

Eleutério Alves

CNIS ORGANIZOU SEMINÁRIO NACIONAL EM FÁTIMA

Educação pEducação para a Inclusãoara a Inclusão

REPORTAGEMCENTRO JUVENIL DE CAMPANHÃ, PORTO

Quando Quando for grande for grande

eu quero sereu quero ser......

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Abril 20072.ª Série N.º 96Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

M a i o r i a d o s d o e n t e s t e r m i n a i s M a i o r i a d o s d o e n t e s t e r m i n a i s n ã o t e m u m a c a s a p a r a m o r r e rn ã o t e m u m a c a s a p a r a m o r r e r

PADRE JOSÉ NUNO SILVA, COORDENADOR NACIONAL DOS CAPELÃES HOSPITALARES

Dificuldades financeiras ameaçam a Obra do Dificuldades financeiras ameaçam a Obra do ArdinaArdina

AA VVitória itória de Guerrade Guerra

Director-Adjunto

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MACEDO DE CAVALEIROS

Uma empresa com o objectivo Uma empresa com o objectivo do lucro socialdo lucro social

Eleutério Alves

AA propósito da I Jornada Ecuménica Nacional nos hospitpropósito da I Jornada Ecuménica Nacional nos hospitais, que reuniu osais, que reuniu osrepresentrepresentantes máximos em Portugal das principantes máximos em Portugal das principais confissões cristãs noais confissões cristãs noHospitHospital de S. João, no Porto, fomos conhecer o trabalho desenvolvido peloal de S. João, no Porto, fomos conhecer o trabalho desenvolvido peloPadre José Nuno, capelão há oito anos naquela instituição de saúde, coorPadre José Nuno, capelão há oito anos naquela instituição de saúde, coor--denador nacional dos capelães hospitdenador nacional dos capelães hospitalares e representalares e representante português naante português naRede Europeia de Capelanias HospitRede Europeia de Capelanias Hospitalares. alares. Num momento determinante pNum momento determinante para a liberdade religiosa, em que o novo proara a liberdade religiosa, em que o novo pro--jecto de regulamentjecto de regulamentação da assistência espiritual nos hospitação da assistência espiritual nos hospitais surge comoais surge comouma necessidade, há muito tempo sentida, de adequar os serviços religiouma necessidade, há muito tempo sentida, de adequar os serviços religio--sos, abrindo-os a todos os Cultos e Confissões, o Padre José Nuno vemsos, abrindo-os a todos os Cultos e Confissões, o Padre José Nuno vem

assumindo um passumindo um papel pioneiro neste processo de abertura e integração dasapel pioneiro neste processo de abertura e integração dasdiferentes entidades no acompdiferentes entidades no acompanhamento dos seus doentes. Natural deanhamento dos seus doentes. Natural deGondomarGondomar, com 42 anos, José Nuno é licenciado em , com 42 anos, José Nuno é licenciado em TTeologia pela Unieologia pela Uni--versidade Católica do Porto, tendo concluído um mestrado em Bioética naversidade Católica do Porto, tendo concluído um mestrado em Bioética namesma instituição e feito uma especialização em Roma, em Pastoral damesma instituição e feito uma especialização em Roma, em Pastoral daSaúde. Saúde. Actualmente, é aluno de doutoramento em Bioética, no Instituto de BioéticaActualmente, é aluno de doutoramento em Bioética, no Instituto de Bioéticada Universidade Católica e debruça-se sobre o estudo dos Cuidados Paliada Universidade Católica e debruça-se sobre o estudo dos Cuidados Palia--tivos, enquanto realidade emergente da civilização moderna. tivos, enquanto realidade emergente da civilização moderna. Uma entrevistUma entrevista pa para ler nas páginas centrais.ara ler nas páginas centrais.

CHAPITÔ: Mudar o Mundo a voar num trapézio de sonhoCHAPITÔ: Mudar o Mundo a voar num trapézio de sonho

UMAUMA HISTÓRIAHISTÓRIA DE FORÇADE FORÇA EEPERSEVERANÇAPERSEVERANÇA

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Mensal

Padre Lino MaiaDirector Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Maio 20072.ª Série N.º 97Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

O E s t a d o n ã o p o d e n e m d e v e O E s t a d o n ã o p o d e n e m d e v e i n t e r v i r e m t o d a s a s á r e a s i n t e r v i r e m t o d a s a s á r e a s

FRANCISCO LOUÇÃ, LÍDER DO BLOCO DE ESQUERDA

CNIS reconhecida como CNIS reconhecida como a representa representante das IPSSante das IPSS

TTeatro em Construçãoeatro em Construção(A(ATC), JoaneTC), Joane

Um enredo deUm enredo deserviço à serviço à

comunidadecomunidade

Director-Adjunto

CONFERÊNCIA "COMPROMISSO CÍVICO PARA A INCLUSÃO"

Presidente da República diz quePresidente da República diz queescola é instrumento de inclusãoescola é instrumento de inclusão

Eleutério Alves

Embora a designação oficial seja Coordenador da Comissão Política, desdeEmbora a designação oficial seja Coordenador da Comissão Política, desdea IV Convenção do BE, em 2005, Francisco Louçã é, na prática, líder doa IV Convenção do BE, em 2005, Francisco Louçã é, na prática, líder doBloco de Esquerda. Nasceu em Lisboa há 51 anos. É Licenciado, MestradoBloco de Esquerda. Nasceu em Lisboa há 51 anos. É Licenciado, Mestradoe Doutorado em Economia, Professor no ISEGe Doutorado em Economia, Professor no ISEG, onde preside a um dos cen, onde preside a um dos cen--tros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidadetros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidadena Economia). Ganhou diversos prémios e tem muitna Economia). Ganhou diversos prémios e tem muitas obras publicadas, aas obras publicadas, aúltima das quais "The última das quais "The YYears of High Econometrics", com publicação nosears of High Econometrics", com publicação nosEUAEUA e em Inglaterra. É um dos depute em Inglaterra. É um dos deputados com maior formação académica.ados com maior formação académica.Chegou a pChegou a parlamentarlamentar em 1999, no ano em ajudou a fundar o Bloco dear em 1999, no ano em ajudou a fundar o Bloco deEsquerda. Foi candidato à Presidência da República, em 2006, tendo ficaEsquerda. Foi candidato à Presidência da República, em 2006, tendo fica--

do pela primeira voltdo pela primeira volta com 5, 3% dos votos. a com 5, 3% dos votos. NestNesta Grande Entrevista Grande Entrevista que concedeu ao Solidariedade, Louçã defende aa que concedeu ao Solidariedade, Louçã defende aobrigação do Estobrigação do Estado na providência das necessidades sociais, mas recoado na providência das necessidades sociais, mas reco--nhece o pnhece o papel importapel importante das IPSS. ante das IPSS. Marca as diferenças em relação ao governo socialistMarca as diferenças em relação ao governo socialista, designadamente naa, designadamente nareforma da Segurança Social e sublinha as marcas ideológicas que oreforma da Segurança Social e sublinha as marcas ideológicas que olevam, por exemplo, a enaltecer a liberalização das drogas leves, a instlevam, por exemplo, a enaltecer a liberalização das drogas leves, a instaa--lação de "salas de chuto", as uniões de facto e o casamento entre homoslação de "salas de chuto", as uniões de facto e o casamento entre homos--sexuais. sexuais. Uma Grande EntrevistUma Grande Entrevista pa para ler nas centrais. ara ler nas centrais.

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Padre Lino MaiaDirector Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Junho 20072.ª Série N.º 98Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

AAss ppooppuullaaççõõeess mmaaiiss ppoobbrreess ffoorraamm aass AAss ppooppuullaaççõõeess mmaaiiss ppoobbrreess ffoorraamm aass qquuee mmaaiiss eemmppoobbrreecceerraamm nnooss úúllttiimmooss aannoossqquuee mmaaiiss eemmppoobbrreecceerraamm nnooss úúllttiimmooss aannooss

ESTUDO SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO, DESIGUALDADE E POBREZA EM PORTUGAL

EDITORIAL

Presidência Portuguesa Presidência Portuguesa

da União Europeiada União Europeia

CÍRCULO DE APOIO ÀINTEGRAÇÃO DOS SEM-ABRIGO

"Eu não trabalho "Eu não trabalho na CAIS,na CAIS,

a CAIS tem t ido a CAIS tem t ido trabalho comigo"trabalho comigo"

Director-Adjunto Eleutério Alves

A taxa de pobreza em Portugal tem-se mantido quaseconstante, à volta dos 20%, taxa que corresponde a cercade 2 milhões de portugueses; durante o período de 1995--2000, passaram pela pobreza (em pelo menos um ano)47% das famílias portuguesas, dentre as quais 72% forampobres durante dois ou mais anos; 40% dos represen-tantes desses agregados familiares eram pessoasempregadas por conta d'outrem ou por conta própria e apercentagem de reformados era superior a 30%.Todos os estudos desaguam na mesma realidade. Um emcada cinco portugueses vive abaixo do limiar da pobreza.Nesta edição o Solidariedade apresenta dois documentosimportantes: O texto final da Conferência Nacional "Porum Desenvolvimento Global e Solidário - Um Compro-misso de Cidadania", organizada pela Comissão Nacio-nal Justiça e Paz , com a colaboração activa da CNIS; e oestudo sobre a "distribuição do rendimento, desigualda-de e pobreza em Portugal", da autoria de Carlos FarinhaRodrigues, professor do Instituto Superior de Economiae Gestão da Universidade Técnica de Lisboa (ISEG) einvestigador do Centro de Investigação sobre EconomiaPortuguesa (CISEP), que conclui que as populações maispobres foram as que mais empobreceram nos últimosanos. Para ler nas páginas 11, 12 e 13.

CNIS ORGANIZACNIS ORGANIZA EM LISBOAEM LISBOA

FestFesta a da Solidariedadeda Solidariedade

SEMINÁRIO NACIONALDA CNIS

IPSS são instrumento IPSS são instrumento

fundamentfundamental do QRENal do QREN

CENTRO SOCIAL DAPARÓQUIA

DA AREOSA - PORTO

Bodas de PratBodas de Prata a comemoram comemoram o “encontro”o “encontro”

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Mensal

Padre Lino MaiaDirector Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Julho 20072.ª Série N.º 99Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

CCoommeennddaass ddooss ddiirriiggeenntteess ssoolliiddáárriioossCCoommeennddaass ddooss ddiirriiggeenntteess ssoolliiddáárriioossssããoo mmoottiivvoo ddee oorrgguullhhoo ppaarraa aa CCNNIISSssããoo mmoottiivvoo ddee oorrgguullhhoo ppaarraa aa CCNNIISS

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA JÁ AGRACIOU QUATRO DIRIGENTES

TERESA ROSMANINHO, PRESIDENTE DASOROPTIMIST INTERNATIONAL CLUBE DO PORTO

"A"A violênciaviolênciadoméstica matdoméstica mataamais do que os mais do que os

acidentes deacidentes deviação viação

e o cancro"e o cancro"

Director-Adjunto Eleutério Alves

INVÁLIDOS DO COMÉRCIO, LISBOA

O envelhecer como um direitoO envelhecer como um direitode cidadaniade cidadania

A condecoração do Prof. Eugénio Fonseca, no dia 10 de Junho, Dia de Portugal,de Camões e das Comunidades, pelo Presidente da República veio sublinhar adistinção e a qualidade da equipa dirigente da Confederação Nacional das Ins-tituições de Solidariedade. O presidente da CNIS enaltece o significado destegesto e recorda os outros dirigentes que mereceram idêntico reconhecimento. "Uma condecoração é sempre um reconhecimento de méritos e serviços e sem-pre simboliza gratidão de um povo. Destacar os méritos e serviços dos quatro diri-gentes solidários agraciados, por exemplo, é apreciar a ousada e consolidada per-sistência na qualidade do serviço solidário como projecto, gratamente assumido,de um Prof. Manuel Domingos, é lembrar o inconformismo, generosamente pro-fícuo e inovador, de uma Dra. Maria Isabel Monteiro, é sublinhar a capacidadedinâmica de, permanentemente, engendrar desafios e apontar caminhos de futurode um Padre José Maia, é sentir-se permanentemente seduzido pela competên-cia e serenidade, frutos de uma radical entrega cristã à causa da caridade solidá-ria, de um Prof. Eugénio Fonseca.As características associadas destes quatro dirigentes nacionais são riquíssimopatrimónio sobre o qual se construiu e se consolidou a causa da solidariedadenum futuro perpétuo.O mundo dos dirigentes das Instituições de Solidariedade, dos seus colabo-radores e de todos quantos beneficiam da sua acção, directa ou indirectamente,sentem-se honrados com as merecidas condecorações dos seus dirigentesnacionais e sentem-se gratos pelo muito que já deles receberam e continuarão areceber… A CNIS conhece e reconhece estes dirigentes. A CNIS é credível na credibilidadedestes dirigentes. A CNIS honra-se porque estes dirigentes são seus dirigentes."

Lino Maia, presidente da CNIS

APPACDM DE AVEIRO

FaltFaltam apoios am apoios ppara crescer ara crescer

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Agosto 20072.ª Série N.º 100Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

AA tteennddêênncciiaa ddeessttee ggoovveerrnnoo éé ttrraattaarr AA tteennddêênncciiaa ddeessttee ggoovveerrnnoo éé ttrraattaarr aa IIggrreejjaa CCaattóólliiccaa ccoommoo qquuaallqquueerr sseeiittaaaa IIggrreejjaa CCaattóólliiccaa ccoommoo qquuaallqquueerr sseeiittaa

D. CARLOS AZEVEDO, PORTA-VOZ DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL

DE VIANA DO CASTELO A FARO

VVoltolta aa a

Portugal emPortugal em

cadeira decadeira de

rodasrodas

Director-Adjunto Eleutério Alves

SANTA CASA DAMISERICÓRDIA DE

BRAGANÇA

Cinco séculos Cinco séculos de amor ao de amor ao

próximopróximo

ESPAÇO T, PORTOAA arte arte

como terapiacomo terapia

O conselho permanente da Conferência EpiscopalPortuguesa esteve reunido em Fátima e manifestou odesagrado público pela insensibilidade do governo emdiversas áreas da sociedade: solidariedade, educa-ção, segurança social, comunicação social, capelaniashospitalares e prisionais e aplicação da Concordata.Posteriormente os Bispos foram recebidos pelo Pri-meiro-Ministro que prometeu prestar mais atenção aorelacionamento com a Igreja Católica. O Solidariedade, na Grande Entrevista a D. CarlosAzevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa e porta-voz da Con-ferência Episcopal, que publica nas centrais, procuradescortinar as razões profundas que justificam a indig-nação dos Bispos portugueses.

D. Carlos Alberto de Pinho Moreira Azevedo, BispoAuxiliar de Lisboa, nasceu em Milheiros de Poiares,Santa Maria da Feira, a 4 de Setembro de 1953. De-pois de estudar nos Seminários do Porto e no Institutode Ciência Humanas e Teológicas, foi ordenado sa-cerdote em 1977 e doutorou-se em 1986, na Faculda-de de História Eclesiástica da Universidade Grego-riana, em Roma. É Professor da Faculdade de Teo-logia da Universidade Católica Portuguesa, desde1987, onde foi vice-reitor. É porta-voz da ConferênciaEpiscopal Portuguesa. Foi pároco da Senhora da Con-ceição no Porto e Cónego da Sé na mesma cidade.

PORTAL DA CNIS

Já está Já está onlineonline

wwwwww.cnis.pt.cnis.pt

Esperam-se mais de Esperam-se mais de 20 mil pessoas20 mil pessoas

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Eleutério Alves

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Padre Lino MaiaDirector Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Setembro 20072.ª Série N.º 101Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

FESTA DA SOLIDARIEDADE - Saiba tudo nas páginas centrais

PADRE MARINHO A. CIA

Faleceu um dos fundadores daFaleceu um dos fundadores daUnião das IPSSUnião das IPSS

ESPOSENDE SOLIDÁRIO - CISEESPOSENDE SOLIDÁRIO - CISE

Um novo rumo a cada amanhecerUm novo rumo a cada amanhecer

SALA DE CONSUMO ASSISTIDO DE BILBAO

Uma réstea de humanidade Uma réstea de humanidade ppara os doentes da drogaara os doentes da droga

Director-Adjunto

ATL - INFORMAÇÃO

Aguardam-se mais respostAguardam-se mais respostas das as das IPSSIPSS

É i m p o r t a n t e p a r t i c i p a r !É i m p o r t a n t e p a r t i c i p a r !

PATRONATO DE NOSSASENHORA DAS DORES - MADEIRA

Uma escola pUma escola para ara a vida a vida

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Padre Lino MaiaDirector Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Autorização DEO/415/204004/DCN

Outubro 20072.ª Série N.º 102Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

SÃO JOÃO DA MADEIRA

VVoluntár ios o luntár ios contra a dor contra a dor pp sicológicas icológica

Director-Adjunto Eleutério Alves

JOSÉ CARLOS VIEIRAJOSÉ CARLOS VIEIRAPRESIDENTE DAPRESIDENTE DA UDIPSS-VISEUUDIPSS-VISEU

EstEstamos a regredir noamos a regredir noprocesso de cooperaçãoprocesso de cooperação

CAPELANIAS HOSPITALARES

Regulamento da assistênciaRegulamento da assistênciaespiritual hospitespiritual hospitalar alar

é inaceitávelé inaceitável

EDITORIAL

Nacionalização Nacionalização

da Solidariedade? da Solidariedade?

CCeerrccaa ddee cciinnccoo mmiill ppeessssooaass CCeerrccaa ddee cciinnccoo mmiill ppeessssooaass ffoorraamm aaoo PPaarrqquuee ddaa BBeellaa VViissttaaffoorraamm aaoo PPaarrqquuee ddaa BBeellaa VViissttaa

F E S T A D A S O L I D A R I E D A D EF E S T A D A S O L I D A R I E D A D E

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Novembro 20072.ª Série N.º 103Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Não p rec i sámos de re i v i nd i ca r eNão p rec i sámos de re i v i nd i ca r enunca ped imos f a vo res ao podernunca ped imos f a vo res ao poder

CÓNEGO ORLANDO MOTA E COSTA, 1º PRESIDENTE DA UNIÃO DAS IPSS

CENTRO SOCIALCENTRO SOCIAL PPADREADRE

RAMOS, EM MARAMOS, EM MATTOSINHOSOSINHOS

25 anos a crescer 25 anos a crescer com a comunidadecom a comunidade

Director-Adjunto

EDITORIAL

Por onde anda Por onde anda a cooperação?a cooperação?

"Muit"Muitas Instituições de Solidariedade se interrogam sobre o seuas Instituições de Solidariedade se interrogam sobre o seufuturo, o futuro dos seus trabalhadores, o futuro dos seus utentes efuturo, o futuro dos seus trabalhadores, o futuro dos seus utentes eo futuro das respectivas famílias...o futuro das respectivas famílias...MuitMuitas inquietas inquietações se instações se instalaram e provocarão inevitalaram e provocarão inevitavelmente oavelmente odesencorajamento do exercício do voluntdesencorajamento do exercício do voluntariado e o exercício daariado e o exercício daacção solidária como expressão cívica.acção solidária como expressão cívica.Será que tudo isto visa apenas o favorecimento da actividade priSerá que tudo isto visa apenas o favorecimento da actividade pri --vada, lucrativa, e o desmantelamento da actividade solidária, nãovada, lucrativa, e o desmantelamento da actividade solidária, nãolucrativa? lucrativa? Andará "por aí" o novo modelo de cooperação? Que é feito doAndará "por aí" o novo modelo de cooperação? Que é feito doPacto pPacto para a Cooperação?"ara a Cooperação?"

Padre Lino Maia - Presidente da CNISPadre Lino Maia - Presidente da CNIS

Eleutério Alves

O Cónego Orlando MotO Cónego Orlando Mota e Costa e Costa foi eleito o pria foi eleito o pri--meiro presidente da União das Instituições Primeiro presidente da União das Instituições Pri--vadas de Solidariedade Social, no dia 23 de Maiovadas de Solidariedade Social, no dia 23 de Maiode 1981, numa de 1981, numa Assembleia-geral realizada noAssembleia-geral realizada noCentro de Caridade de Nossa Senhora do PerpéCentro de Caridade de Nossa Senhora do Perpé--tuo Socorro, no Porto. Foi presidente da Direcçãotuo Socorro, no Porto. Foi presidente da Direcçãodurante um mandato de três anos. No dia 17 dedurante um mandato de três anos. No dia 17 deNovembro de 1984 pNovembro de 1984 passou passou para a liderança daara a liderança daMesa da Mesa da Assembleia-geral, onde se manteveAssembleia-geral, onde se mantevedurante mais um triénio. durante mais um triénio. Quando era pequeno queria ser médico ou arquiQuando era pequeno queria ser médico ou arqui--tecto, seguindo uma vocação artística que sentiatecto, seguindo uma vocação artística que sentianascernascer. . Acabou por decidir ser pAcabou por decidir ser padre, sendo ordeadre, sendo orde--nado, com 23 anos, por D. nado, com 23 anos, por D. António Ferreira GoAntónio Ferreira Go--mes, Bispo do Porto. mes, Bispo do Porto. TTrabalhou durante 13 anosrabalhou durante 13 anosnos Organismos de nos Organismos de Acção Católica, foi coadjutor eAcção Católica, foi coadjutor edepois assistente diocesano da Juventude Opedepois assistente diocesano da Juventude Ope--rária Católica e dos Organismos Rurais de rária Católica e dos Organismos Rurais de AcçãoAcçãoCatólica. Católica. Foi nomeado pároco de CedofeitFoi nomeado pároco de Cedofeita em 1969, ondea em 1969, ondese mantém e onde desenvolve uma actividadese mantém e onde desenvolve uma actividadeassinalável de recuperação de passinalável de recuperação de património e dediatrimónio e dedi--cação às artes. É cónego da diocese do Porto, foicação às artes. É cónego da diocese do Porto, foipresidente da Comissão de Património e Culturapresidente da Comissão de Património e Culturae, actualmente, faz pe, actualmente, faz parte do Conselho Económico. arte do Conselho Económico. O Cónego Orlando tem 75 anos. NestO Cónego Orlando tem 75 anos. Nesta Grandea GrandeEntrevistEntrevista ao Solidariedade, recorda esse tempoa ao Solidariedade, recorda esse tempoem que todo o trabalho organizativo estem que todo o trabalho organizativo estava porava porfazer e em que era preciso explicar ao poder afazer e em que era preciso explicar ao poder avocação das IPSS. Passados mais de 25 anos alvocação das IPSS. Passados mais de 25 anos al--gumas dificuldades de relacionamento com ogumas dificuldades de relacionamento com oEstEstado ainda se mantêm.ado ainda se mantêm.

UDIPSS-BRAGA denuncia ATL

ilegais e prolongamentos

escolares clandestinos

ORGANIZADO PELA CNIS

Seminário sobre Qualidade

juntou 200 IPSS em Fátima

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Dezembro 20072.ª Série N.º 104Preço: 1 euro

Mensário da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade

Naque le tempo e ra p rec i so ca tequ iza rNaque le tempo e ra p rec i so ca tequ iza r

os pol í t icos para a sol idar iedade socia los pol í t icos para a sol idar iedade socia l

ERNESTO CAMPOS - O SEGUNDO PRESIDENTE DA UNIÃO

No dia 17 de Novembro de 1984, no salão do Centro Social de S.No dia 17 de Novembro de 1984, no salão do Centro Social de S.José, na cidade de Coimbra, 137 instituições elegeram uma listJosé, na cidade de Coimbra, 137 instituições elegeram uma lista cujaa cujadirecção era encabeçada por Ernesto Marques Campos. O segundodirecção era encabeçada por Ernesto Marques Campos. O segundopresidente da União das Instituições Particulares de Solidariedadepresidente da União das Instituições Particulares de SolidariedadeSocial, Licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto, era proSocial, Licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto, era pro--fessor e desempenhava funções pedagógicas na fessor e desempenhava funções pedagógicas na Associação PorAssociação Por--tuguesa de Pais e tuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente MentAmigos do Cidadão Deficiente Mental, al, APPAPPACDM.ACDM.AA escolha de um laico pescolha de um laico para a liderança da UIPSS pretendia ser umara a liderança da UIPSS pretendia ser umsinal de abertura a toda a sociedade civil e, ao mesmo tempo, dessinal de abertura a toda a sociedade civil e, ao mesmo tempo, des--montmontar a imagem de que a solidariedade era um exclusivo da Igrejaar a imagem de que a solidariedade era um exclusivo da IgrejaCatólica. Durante três anos a equipCatólica. Durante três anos a equipa coordenada por Ernesto Cama coordenada por Ernesto Cam--pos apostou na continuidade da acção social e tratou de credibilizarpos apostou na continuidade da acção social e tratou de credibilizaro organismo que tutelava as instituições em Portugal. o organismo que tutelava as instituições em Portugal. TTarefa árdua earefa árdua emuito exigente pmuito exigente para a qual não havia meios suficientes. Naqueleara a qual não havia meios suficientes. Naqueletempo era preciso catequizar os políticos que não entendiam o tratempo era preciso catequizar os políticos que não entendiam o tra--balho específico das IPSS, afirma Ernesto Campos nestbalho específico das IPSS, afirma Ernesto Campos nesta Grandea GrandeEntrevistEntrevista.a.Uma das marcas de que se orgulha, ainda hoje, de ter legado, foi aUma das marcas de que se orgulha, ainda hoje, de ter legado, foi aconcepção do jornal concepção do jornal SolidariedadeSolidariedade que nasceu pque nasceu para combater aara combater aopopacidade a que a UIPSS estacidade a que a UIPSS estava condenada. Ernesto Campos foiava condenada. Ernesto Campos foijornalistjornalista da Rádio Renascença, colaborador da Rádio Festival, doa da Rádio Renascença, colaborador da Rádio Festival, doPorto, e de vários jornais e revistPorto, e de vários jornais e revistas sobre temas de educação e solias sobre temas de educação e soli --dariedade social (Miriam, Vdariedade social (Miriam, Voz Portucalense).oz Portucalense).Foi presidente da UIPSS de 1984 a 1987. Ernesto Campos tem 73Foi presidente da UIPSS de 1984 a 1987. Ernesto Campos tem 73anos e está reformado. anos e está reformado.

AA T LT LCNIS denuncia ofensiva do governoCNIS denuncia ofensiva do governocontra Instituições de Solidariedadecontra Instituições de Solidariedade

CAMPANHA DE NATAL DA CARITAS

“Dez Milhões “Dez Milhões

de Estrelas, um gesto de Estrelas, um gesto

pela Paz”pela Paz”

CNIS PUBLICA LIVRO

“Caracterização“Caracterizaçãosocial, económicasocial, económica

e cultural dase cultural dasfreguesias”freguesias”

Padre Lino MaiaDirectorDirector-Adjunto Eleutério Alves

Crise do Crise do AATLTL juntjunta 244 IPSS em Fátimaa 244 IPSS em Fátima

CNIS recebida pelo Ministro do TCNIS recebida pelo Ministro do Trabalhorabalho

FF ee ll ii zz NN aa tt aa l l FF ee ll ii zz NN aa tt aa l l FF ee ll ii zz NN aa tt aa l l FF ee ll ii zz NN aa tt aa l l FF ee ll ii zz FF ee ll ii zz NN aa tt aa l l FF ee ll ii zz NN aa tt aa l l FF ee ll ii zz NN aa tt aa l l FF ee ll ii zz NN aa tt aa l l FF ee ll ii zz