sociologia da experiencia

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Seminário: Estudos em Políticas Educacionais Sociologia da Experiência

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Page 1: Sociologia da experiencia

Seminário: Estudos em Políticas Educacionais

Sociologia da Experiência

Page 2: Sociologia da experiencia

•François Dubet é diretor de estudos na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), de Paris, e professor titular e chefe do departamento de sociologia da Universidade de Bordeaux II. É autor de mais de uma dezena de livros, entre os quais citamos La galére: jeunes en survie (Paris: Fayard, 1987), Les Iycées (Paris Seuil, 1991) e Sociologie de l´experience (Paris: Seuil, 1994 - Edição portuguesa: Lisboa, Intituto Piaget, 1997).

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Sociologia da experiência - livro

• Cap. 1 – O ator é o sistema. O ator da sociologia é um sujeito de integração, é um indivíduo numa sociedade;

• Cap. 2 – As mutações do modelo clássico. Dedicado ao esgotamento desta sociologia clássica e ao estilhaçamento do campo sociológico que dele resulta.

• Cap. 3 – A experiência social e a ação. Define as lógicas elementares da ação.

• Cap. 4 – Da experiência social ao sistema. Tem por objeto as relações da experiência social e do sistema. Evidencia os tipos de causalidade que constroem as categorias elementares da experiência e possuem, analiticamente, uma grande autonomia.

• Cap. 5 – O trabalho do ator. A maneira como ele constrói a sua experiência e se constitui em sujeito.

• Cap. 6 – Entre os sociólogos e os atores. De natureza metodológica, põe os princípios essenciais de uma sociologia da experiência que não desejaria ser apenas uma maneira de ler as condutas sociais, mas uma maneira de fazer sociologia.

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Sociologia clássica

•O ator é o sistema – proposição fulcral de uma tradição sociológica.

•Ela define a ação social como a realização das normas e dos valores institucionalizados nos papéis interiorizados pelos indivíduos.

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•Durkheim: o ator social como sujeito da integração (teórica, antropológica e metodológica). A sociologia da ação de Durkheim apresenta-se como uma sociologia da socialização, uma sociologia que se esforça por reduzir a ação aos processos que a determinam na própria consciência do indivíduo.

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•Parsons – define o sistema social como um sistema de ações como conciliar o caráter ativo do ator e o caráter sistêmico do sistema? Como ligar Weber e Durkheim?

•A sociologia é uma teoria analítica dos sistemas de ação social tanto quanto os ditos sistemas possam ser compreendidos como constituindo uma integração por valores comuns.

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•Desenvolveu a teoria geral da ação – uma teoria do sistema social que comporta quatro elementos invariantes: 1.a ação está orientada para valores. 2. Ela supõe uma capacidade de adaptação; 3. Ela refere-se a normas que asseguram a integração social; 4. Ela implica motivações, uma energia.

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•Elias – 1939 – imagem mais concreta da sociologia clássica. Recusa o dualismo que opõe o indivíduo à sociedade como duas realidades diferentes e que conduz a alternativas insolúveis, como as que na história opõem os grandes homens às massas, ou a experiência individual, inefável ao anonimato mecânico de um sistema cego.

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•O processo de individuação resulta pois da civilização, da divisão do trabalho social, porque a complexidade reforça o autocontrole, à custa do controle comunitário, no qual cada um é permanentemente vigiado por todos.

•A sociologia clássica é, ao mesmo tempo, o produto da modernidade e o da sua crítica porque, quando o indivíduo moderno autônomo e crítico julga escapar ao social, ele torna-se vazio, desesperado e alienado.

Page 10: Sociologia da experiencia

•Touraine: consagrado à crítica da modernidade retoma o tema da dupla natureza da modernidade: por um lado o reino da razão, leis da Natureza, da História, do outro: o apelo ao sujeito, ao indivíduo e à autencidade pessoal.

•A sociologia clássica, nascida com a sociedade industrial, vê-se hoje perante o declínio desta.

Page 11: Sociologia da experiencia

•O sujeito volta sobre as ruínas deste indivíduo e esse regresso faz-se contra a ideia de um social auto-suficiente, ele é uma atividade autônoma, irredutível às leis da sociedade. O indivíduo homogêneo já não se configura aceitável.

•Há uma diversidade de paradigmas, que constitui problema e, melhor do que ver nela os elementos desmembrados de um modelo origina e mítico Dubet interpreta a ação social como desnudamento de lógicas de ação separadas pouco a pouco pela história das sociedades.

Page 12: Sociologia da experiencia

•A multiplicidade dos paradigmas de ação resulta nessa mutação. Ela convida empiricamente a que se oponha a noção de experiência à da ação da sociologia clássica, recusando a ambição de uma sociologia total. Ele propõe uma combinatória das lógicas da ação.

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Experiência social

•A tentativa de construir uma sociologia da experiência social assenta na recusa da falsa equivalência da sociedade e do sujeito.

•Afasta-se, desse modo, da sociologia clássica e da identificação do ator e do sistema em torno de um princípio fulcral: o da integração social.

•O ator e o sistema são, ao mesmo tempo, duas faces: subjetiva e objetiva.

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Experiência social

•O objeto de uma sociologia da experiência social é a subjetividade dos atores. Ela não deve ser identificada com a imagem demasiado frouxa do vivido.

•Há que levar a sério o sentimento de liberdade manifestado pelos indivíduos, porque ele é testemunha de sua própria experiência, da necessidade de gerir várias lógicas.

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