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Gabriela Belmont de Farias NATAL 2002 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL: UMA REFLEXÃO

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Page 1: SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL: UMA · Catalogação da Publicação na fonte UFRN. Biblioteca Setorial Especializada do CCSA Farias, Gabriela Belmont de. Sociedade de informação

Gabriela Belmont de Farias

NATAL 2002

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL: UMA REFLEXÃO

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Gabriela Belmont de Farias

NATAL 2002

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL: UMA REFLEXÃO

Monografia apresentada à disciplina "Monografia", ministrada pela professora Maria do Socorro Borba e orientada pela professora Rilda Antonia Chacon Martins para fins de avaliação da disciplina e como requisito parcial para conclusão do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientadora: Prof Rilda A. C. Martins Co- orientadora: Ma do Socorro Borba

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Catalogação da Publicação na fonte UFRN. Biblioteca Setorial Especializada do CCSA

Farias, Gabriela Belmont de. Sociedade de informação no Brasil: uma reflexão / Gabriela Belmont de Farias • — Natal: UFRN, 2002. 30p. Orientadora: Rilda Antonia Chacon Martins Co-orientadora: Ma Socorro de Azevedo Borba

Monografia (Graduação em Biblioteconomia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Biblioteconomia. 1. Acesso à informação - monografia. 2. Acesso ã educação - monografia. 3. Cidadania - monografia. 4. Sociedade - monografia. I. Martins, Rilda Chacon. II. Borba, Ma Socorro de Azevedo. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 342.71(81)

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Gabriela Belmont de Farias SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL: UMA REFLEXÃO Natal - 2002

MONOGRAFIA APROVADA EM _____ / __ /2002

BANCA EXAMINADORA

ORIENTADORA: PROF. RILDA ANTONIA CHACON MARTINS

PROFa DA DISCIPLINA: MARIA DO SOCORRO DE AZEVEDO BORBA

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A minha família, o alicerce de minha vida.

DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a DEUS, o único que é digno de honra e louvor, pois é em sua fonte que busco força para vencer os obstáculos que surgem ao decorrer da minha caminhada.

Aos meus pais que são os grandes incentivadores de minha vida acadêmica e por sempre me motivarem a alcançar os meus objetivos.

As minhas irmãs, a Daniele por sempre me mostrar o lado alegre da vida e a Laysa por ter me mostrado o lado empreendedor de minha profissão e por ser ousada em sua vida.

Aos meus familiares, em especial a minha tia Vanda .

Ao corpo docente do curso de Biblioteconomia em especial as professoras Rilda Martins e Socorro Borba, por dedicar a sua atenção a minha pessoa e por ter me direcionado no desenvolvimento de minha monografia.

Aos colegas de turma, em especial aquelas pessoas que durante esses quatro anos de convívio, fizeram parte do meu amadurecimento pessoal e profissional.

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... a informação e a água. Ambas são recursos essenciais à sobrevivência.[...] Usos diferentes são feitos da água e da informação: alguns utilizam-nas com senso de valor agregado capaz de produzir recursos adicionais, enquanto outros não percebem a importância desses recursos ou podem não ter acesso adequado a eles. [...] A disponibilidade e o uso da informação, como a água, tem um impacto considerável na qualidade de vida para os indivíduos, organização e sociedade como um todo. E tal como a água, a informação tende a ser descrita e valorizada em termos daquilo que ela pode vir a proporcionar.

BROADBENT, Marianne

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Farias, Gabriela Belmont de. Sociedade da informação no Brasil: uma reflexão. Natal: UFRN, 2002 (Monografia apresentada à disciplina Monografia do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

RESUMO

Abordando a importância da relação entre a informação, educação e cidadania no contexto da Sociedade da Informação. Conceitua a informação e seu multiuso na sociedade. Analisa as ações e políticas sobre o programa " Sociedade da Informação: livro verde", do Governo Federal (1999) e apresenta algumas reflexões sobre a inserção do Brasil na sociedade da informação/conhecimento.

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SUMÁRIO

RESUMO

1 INTRODUÇÃO 10

2 INFORMAÇÃO, SOCIEDADE & DESENVOLVIMENTO 11

3 ACESSO A INFORMAÇÃO, EDUCAÇÃO & CIDADANIA 15

4 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 18

5 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL 21 6 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL OU 24

SIMULAÇÃO? 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

8 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 28

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101 INTRODUÇÃO

Dentro de um contexto de mudança, a sociedade tem experimentado contínuas transformações ao longo do tempo, a partir de descobertas científicas e do desenvolvimento tecnológico delas resultantes, notamos uma procura incessante de benefícios através da ciência para o bem-estar da população.

Porém as diversas mudanças ocorridas nos últimos anos na sociedade do conhecimento/informação fazem com que direcionemos o nosso foco para a questão da utilidade da informação como ferramenta para o exercício da cidadania e de sua contribuição para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da sociedade menos favorecida.

Neste contexto, pretendo abordar bem preliminarmente o lado social, apresentando a relação entre informação, educação e cidadania na sociedade da informação com objetivo de abrir discussão sobre a importância marcante da informação como ferramenta para o desenvolvimento de nossa sociedade.

Abordar o acesso à educação, informação para formação da cidadania, analisando as ações e as políticas sobre o programa "Sociedade da Informação: livro verde", do Governo Federal (1999).

Finalmente apresentar algumas reflexões sobre a inserção do Brasil na sociedade da informação/conhecimento.

A inserção da sociedade na Era da Informação é um fato, mas ainda apenas para uma pequena parcela da população. (BAGGIO, 2000, p. 16)

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112 INFORMAÇÃO, SOCIEDADE & DESENVOVIMENTO

Atualmente estamos vivendo uma realidade em que as pessoas utilizam e precisam da informação, nos mais variados assuntos, com diferentes finalidades, imposta pelo acelerado crescimento das atividades humanas, fazendo com que a informação seja matéria prima, ou melhor, o combustível necessário ao cotidiano da sociedade para o seu desenvolvimento. Portanto pode-se afirmar que a informação é insumo para o crescimento/desenvolvimento de qualquer sociedade.

Sendo assim, podemos afirmar que a informação tende a ser um produto social, tornando-se um direito de todo cidadão, pois só com ela é que nós podemos construir idéias e, principalmente, transformá-la em conhecimento.

Informação é o fator principal para gerar conhecimento e este só é gerado se a informação é percebida e aceita como tal e coloca o indivíduo em um estágio melhor de convivência consigo mesmo e dentro do mundo em que sua história individual se desenrola. (CONCEIÇÃO JÚNIOR, 2002)

A informação utilizada corretamente/adequadamente trará o conhecimento necessário para a formação dos indivíduos, isto nos capacitará a transformá-la em algo útil para proveito próprio e nos propiciará "liberdade individual" que será evidenciada na emissão, na expressão e na recepção da informação, que é direito de todo homem. Portanto a informação é um instrumento de formação de opinião, Xifra-heras (1974, p.23) descreve que "in-formação=dar, forma=formar opinião, dar forma ao juízo, valor". No entanto, o valor da informação só será real se houver uma participação da sociedade no processo de geração e utilização da mesma.

A sociedade produz, usa e valoriza a informação e todo os seus processo, é necessário conhecer e aceitar, como indivíduo, os benefícios que a informação oferece à sociedade, a partir daí, analisar a relação entre estes dois elementos: a sociedade e a informação, com a finalidade de conhecer seus efeitos e conseqüências, para favorecer sua disponibilidade. (CAMPOS, 1992,p. 7)

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12Diante dessa colocação, pode-se afirmar que a sociedade supervaloriza a

informação em todo o seu aspecto e no benefício que ela traz diretamente ou indiretamente, porém deve ser analisado o efeito e a conseqüência que a mesma pode ter ao ser disponibilizada para a sociedade.

A informação tem diferentes fins dentro de uma sociedade, por exemplo, no desenvolvimento científico e tecnológico, nas melhorias educativas e culturais e, até mesmo, no apoio bélico em tempos de guerra. Entretanto não pode ser esquecido que ainda há uma centralização da informação devido às pressões políticas, econômicas e sociais.

A informação poderá ter a dimensão de universalidade se difundida e ampliada, podendo ser um recurso de poder ou de cidadania, dependerá, para tanto, de sua vinculação aos interesses sócio-político-econômico e cultural e, ainda, do modo pelo qual estará sendo utilizada.

O novo contexto trazido pela sociedade da informação faz com que a base do desenvolvimento seja o conhecimento, ou seja, o indivíduo que aplica, cria e transforma a informação adquirida em conhecimento próprio, estará inserido neste contexto e apto, portanto, a transformá-la em benefício para toda a sociedade.

É evidente que gerar e disponibilizar informação não é o suficiente para desenvolver ou mudar uma sociedade, nem tampouco fazer com que o indivíduo fique consciente de sua cidadania.

A informação pode, então, se tornar uma ferramenta vital para o desenvolvimento e/ou sobrevivência de uma sociedade.

Mais afinal o que é Informação? Serão destacados conceitos sobre a palavra informação na tentativa de

defini-la, mas é necessário saber que a palavra informação é de difícil definição, por apresentar diferentes sentidos e conceitos e por manter uma correlação com todas as ciências.

A etimologia da palavra informação vem do termo formatio e forma, ambos os quais transmitem a idéia de moldar algo ou formar um modelo.

Consultando o dicionário, veremos que a Informação é:

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13Ato ou efeito de informar (se); informe. Dados acerca de alguém ou de algo. Conhecimento amplo e bem fundamentado resultante da análise e combinação de vários informes. Segundo a teoria da informação medida da redução da Incerteza, sobre um determinado estado de coisas, por intermédio de uma mensagem; neste sentido, informação não deve ser confundida com significado e apresentar-se como função direta do grau de originalidade, imprevisibilidade ou valor - surpresa da mensagem, sendo quantificada em bits de informação. (FERREIRA, 1986, p.944)

A informação é a transmissão de idéias, conhecimento com a finalidade de reduzir ou eliminar a incerteza que há no individuo.

A informação é a transmissão de mensagens que difundem o patrimônio de conhecimento que a humanidade vai acumulando e que in-formam o nosso mundo com uma projeção de futuro. Concebendo a informação como comunicação Social difusora de cultura. (XIRA-HERA, 1974, p.26).

Sendo a informação capaz de transferir conhecimento e cultura, o ser humano que a assimila, torna-se um difusor em potencial de seu mundo interior (conhecimento intimo) para o mundo externo, estando apto para transformá-la em comunicação social. "A informação é um conhecimento inscrito (gravado) sob a forma escrita (impressa ou numérica), oral ou audiovisual". (LE COADIC, 1996, p.5)

"A informação é a pura e simples relação de fatos (situação, ação, pensamento) em todos os domínios, reduzindo ao mínimo os vestígios de subjetivismo..." (ROGER CLAUSE apud XIRA-HERA, 1974, p.25). Diante dessa colocação, pode-se afirmar que a informação é um elemento de fundamental importância para redução das incertezas e dúvidas do ser humano.

Na Sociedade contemporânea o conceito de informação é o status central, segundo Lemos (2002):

A informação como significado simples, objetivo e direto (como quando pedimos a alguém "por favor", uma informação?) ao "culto" contemporâneo que concedeu um tratamento científico, teórico, tecnológico e mercadológico à informação e às tecnologias de informação e comunicação.

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14Segundo Mcgarry (1999, p.4 ), a informação poderá ser analisada nas

seguintes formas: • Considerada como um quase-sinônimo do termo fato; • A liberdade de escolha ao selecionar uma mensagem; • A matéria-prima da qual se extrai o conhecimento; • Aquilo que é permutado com o mundo exterior e não apenas recebido

passivamente; • Definida em termos de seus efeitos no receptor; • Algo que reduz a incerteza em determinada situação

A diversidade de conceitos e de usos do termo informação são, sem dúvida alguma, impulsionados pelo rápido avanço tecnológico, pela interação das novas tecnologias em informação nas práticas de trabalho, e principalmente, pela utilização intensiva das expressões "tecnologias da informação" e "sociedade da informação".

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153 ACESSO A INFORMAÇÃO & EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA

Entende-se que boa parte da sociedade brasileira é inexperiente na prática de sua democracia e possui o mutismo em sua característica, podendo se tornar em uma sociedade condenada à marginalizaçâo.

Ontem, como hoje, somente uma pequena minoria da sociedade tem acesso a informação, por outro lado boa parte da sociedade ainda se encontra desinformada, inculta, tornando-se assim em uma sociedade sem conhecimento, sem vontade própria, sem opinião, excluída e desigual, sem participação no atual cenário em que vivemos e desprovida dos direitos civis mais elementares (direito à saúde, ao trabalho, à segurança, ao bem-estar), tornando os cidadãos acomodados a ouvir e a simplesmente repetir o que ouve, conseqüentemente não participam da vida em sociedade, limitando-se a legitimar aqueles que falam e decidem o que os outros devem ouvir e falar.

Mas, para que esse quadro de carência tenha uma melhoria, é necessário lembrar de dois direitos básicos, que são: o direito a educação e a informação. Na prática, porém, esses direitos são privilégios reservados a uma minoria da sociedade.

... Não basta, porém que os cidadãos tenham consciência desses direitos; torna-se indispensável cobrar do Estado o seu cumprimento, a sua observância. Como isso não acontece na sua plenitude, o direito à escola e à informação torna-se fictício para a maioria [...] Quanto ao direito à informação, trata-se de uma categoria em processo de configuração, situada na fronteira entre o direito de comunicação (liberdade de expreção e de pensamento) e o direito de educação (aprendizagem do conhecimento acumulado, do saber estocado). (MELO, 1986, p. 69)

O Estado tem a responsabilidade maior, tomando decisões políticas e alocando recursos financeiros. No entanto, a reversão do quadro dependerá fundamentalmente da participação da comunidade na formação de uma nova concepção.

Porém sem educação a sociedade não poderá consumir informação e só através do domínio da informação, poderá descobrir os direitos básicos da cidadania.

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16A educação é sem dúvida o único caminho que permite ao indivíduo a plena e

madura consciência sobre o que lhe é justo, em última instância, a construção de sua cidadania.

Arroyo (1988, p.79) descreve sobre a relação entre cidadania e educação:

Há e muito, no sentido de que a luta pela cidadania, pelo legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da democracia, mas é parte, fruto e expressão do processo de sua constituição.

Garantir a educação de boa qualidade, que permita aos cidadãos compreender o mundo em que vivem, constitui o fundamento do direito à informação, Mello (1986) aborda que o acesso à informação, seu manejo, utilização, aplicação, depende do domínio dos códigos através de sua configuração, e que o processo da informação começa primeiramente, nas formas de compreensão e de expressão, da língua, da leitura e da escrita. Em seguida, vem o conhecimento do saber recuperado e sistematizado, das "chaves" de conteúdo que explicam a organização da vida social.

Sendo a informação uma necessidade básica social, a sociedade deverá exercitá-la e reinvidicá-la. Quanto à sociedade desinformada, constituída por cidadãos que não tiveram oportunidade de freqüentar a escola, ou que dela foram excluídos precocemente, limitando-se a consumir poucas informações que circulam no seu ambiente comunitário e as quais são indispensáveis para buscar outras informações, por conseqüência tendem ao isolamento social, à marginalização cultural e à apatia política.

Oferecer oportunidade de educação a estes que foram excluídos da escola é um dever das autoridades constituídas, de todo cidadão que esteja inserido neste novo contexto e as tentativas de trazê-los à Sociedade da Informação/Conhecimento deverão ser inesgotáveis.

Acredita-se que só o serviço de informação (informação utilitária) à comunidade, ou seja, aquela que oferece ao indivíduo a informação, orientação e assistência básica necessária, seja o suficiente para solucionar os problemas cotidianos da vida, incorporando-o à dinâmica social e fazendo efetiva a sua participação na vida democrática.

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17Nós profissionais da informação (bibliotecário) poderemos resgatar e

contribuir com uma pequena parcela de nossos conhecimentos para a construção da cidadania de uma maioria que necessita e espera por exercer os seus diretos básicos.

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184 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO A sociedade vivência um processo muito dinâmico de mudanças em todas as

áreas de nossa existência e a raiz destas mudanças, de fato, está na evolução tecnológica, trazendo em si mesma a multidisciplinariedade e a multicultura dos processos, que por sua vez acontecem de forma contínua e imprevisível, fora do controle de qualquer entidade ou ser.

Sociedade da informação, uma nova era em que a informação flui a velocidade e em quantidades há apenas poucos anos inimagináveis, assumindo valores sociais e econômicos fundamentais. (TAKAHASHI, 2000, p. 3)

Com este veloz crescimento da informação nos últimos tempos, tanto quantitativo como qualitativo, trazendo em si mesmo uma nova ordem de valores sociais, econômicos e políticos, que eram inimagináveis há anos atrás, coloca-se em evidência a Sociedade da Informação.

Vivemos inseridos na sociedade do conhecimento/informação e não nos apercebemos ou ,simplesmente, deixamos de buscar as respostas de tal surgimento desta nova sociedade, do seu acontecimento e das conseqüências que estão ocorrendo na sociedade de um modo geral.

É através das profundas mudanças nas organizações, na sociedade, na economia, na tecnologia, no social e na cultura que surge o fenômeno global, mais nem sempre o que se considera global é, de fato, global.

... A globalização não é "universal", não afeta a todos da mesma maneira.[...] o conceito de "civilização global" é uma visão tendenciosa, um sonho sectário de uma minoria extremamente privilegiada ("os senhores globais"), um grupo muito pequeno dos habitantes deste planeta. (QUÉA U, 1998, p. 198).

Portanto é necessário lembrar que a sociedade da informação, com elevado potencial transformador das atividades sociais e econômicas, molda-se de acordo com as características sociais, regionais, organizacionais, econômicas de cada país.

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19As novas referências sociais, econômicas, tecnológicas e culturais provocam

mudanças significantes nas sociedades, a informação é matéria-prima agregando valor a produtos e serviços, a tecnologia se torna um elemento essencial para agilizar, efetivar e qualificar a sociedade da informação, portanto essa nova sociedade tem como objeto de estudo a informação.

As diretrizes da sociedade da informação são voltadas ao aprendizado, a competitividade, a universalização e a inovação, utilizando a informação como o seu principal recurso. Entretanto ela vem rompendo vários paradigmas, que por sua vez afetam e provocam mudanças radicais na sociedade e nas organizações.

A sociedade da informação antes apenas prevista, hoje em pleno processo de desenvolvimento, pressupõe a utilização e a ampliação da informação em todo o seu complexo contexto. (TARRAPANOFF, 2001, p.38)

A sociedade da informação surge com grande capacidade de promover a integração e de reduzir as carências informacionais de um país ou/e de uma sociedade para outra, devido a novos modelos e exemplos a serem seguidos, em função do acesso à informação.

Entretanto essas diferenças continuam longe de acabar, devido a diversos fatores, como as diferentes condições sócio-econômica, política e cultural de um país ou/e de uma sociedade.

O maior acesso à informação poderá conduzir a sociedade e relações sociais mais democráticas, mas também poderá gerar uma nova lógica de exclusões já existentes, tanto entre sociedade, como, no interior de cada uma, entre setores e regiões da maior e menor renda. (TAKAHASHI, 2000, p. 7)

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20Portanto se faz necessário buscar e criar meios e medidas para garantir a todos

o acesso à informação e aos benefícios que podem advir da inserção desses países subdesenvolvidos na sociedade da informação. A visão de mundo deverá ser solidária, pois só dessa maneira poderá amenizar a desigualdade existente nessa sociedade da informação. "A sociedade da informação deve ser resultado da colaboração entre diferentes parceiros, nos níveis local, nacional e internacional". (TAKAHASHI, 2000, p.11).

O elemento chave da sociedade da informação é a educação, não basta somente dispor de uma infra-estrutura moderna de comunicação, é preciso, também, competência para transformar a informação em conhecimento.

A dinâmica da sociedade da informação requer educação continuada ao longo da vida, que permita ao indivíduo não apenas acompanhar as mudanças tecnológicas, mas sobre tudo inovar (TAKAHASHI, 2000,p.11)

A sociedade da informação é compreendida de varias maneiras, pois ainda não há uma definição concreta no que se refere aos pilares de sustentação da tal sociedade.

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215 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO NO BRASIL

A Sociedade da informação está sendo moldada de acordo com o contexto de cada país. Os países economicamente desenvolvidos, bem como boa parte daqueles em vias de desenvolvimento, já adotam políticas e iniciativas voltadas para a sociedade da informação.

No Brasil as ações e as políticas mobilizadoras, indutoras e inovadoras, pouco ambiciosas (talvez para o momento em que vivemos) foram induzidas pelo Governo Federal na área de informática e tiveram seu lugar ao longo das décadas de 70 e 80. No final da década de 80 e início de 90, esta política foi se alterando com o objetivo de se focar a criação e o fortalecimento da industria de software, com incentivos fiscais através da Lei Federal 8.248 de 23 de Outubro de 1991.

Além da introdução da internet no país, estas ações visavam a transferência dos resultados da pesquisa em tecnologia da informação e da comunicação para o beneficio da sociedade. Em 1998, por ser um compromisso do Governo, o Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT recebeu incumbência da Presidência da República para coordenar o processo de discussão e elaboração da ação Sociedade do Conhecimento, incluída no Plano Plurianual de Investimentos - PPA 2000-2003. Pela própria natureza, esta ação mobilizadora e estruturante foi considerada prioritária para a área de ciência, tecnologia e comunicações e em um patamar mais elevado e mais complexo por envolver todo o Governo Federal e a Sociedade Brasileira.

Nesse contexto o MCT iniciou o processo de organização da equipe básica e para isso contou com representação da sociedade organizada, através das sociedades, instituições de ensino e pesquisa, empresas, organizações não governamentais e indivíduos.

Um acordo de cooperação técnica e tecnológica foi assinado em dezembro de 1999 entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, a Agência Brasileira de Cooperação - ABC e Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento - PNUD visando apoiar a estruturação e montagem das equipes gestoras internas e externas e a elaboração do documento básico do Programa Sociedade da Informação.

Este projeto concretizou-se com as seguintes linhas de ação:

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22• Pesquisa e desenvolvimento em tecnologias-chave; • Prototipagem de aplicações estratégicas; • Implantação de infra-estrutura avançada para pesquisa e ensino (rede

nacional de pesquisa II); • Fomento a informações e conteúdos; • Fomento a novos empreendimentos; • Apoio à difusão tecnológica; • Apoio a aplicações sociais; • Governança no mundo eletrônico.

Decorridos onze meses de intensas discussões, o MCT lança em outubro de 2000, o livro "Sociedade da Informação no Brasil: livro verde"1, em sua versão oficial, traz, em seu conteúdo, os seguintes tópicos:

• Mercado, trabalho e oportunidades; • Universalização de serviços e formação para a cidadania; • Educação para a sociedade da informação; • Conteúdos e identidade cultural; • Governo ao alcance de todos; • Tecnologias-chave e aplicações; • Infra-estrutura avançada e novos serviços.

A partir do lançamento, abre-se à ampla consulta pública, metodologia amplamente utilizada pelo Governo Federal.

'TAKAHASHI, Tadoa (Org.). Sociedade da informação: livro verde. Brasília: MCT, 2000.195p.

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23O novo paradigma traz para o Brasil uma oportunidade de resgatar a sua

dívida social, alavancar o desenvolvimento e manter uma posição de competitividade econômica no cenário internacional. Entretanto a inserção favorável do Brasil nessa nova onda de mudanças requer, além de base tecnológica sólida e de infra-estrutura avançada e adequada, um conjunto de condições e de inovações nas estruturas produtivas e organizacionais, nas instâncias reguladoras, normativas e de governo em geral e principalmente, no sistema educacional.

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246 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO BRASILEIRA OU SIMULAÇÃO !? Pressupôe-se que toda mudança traz diferentes possibilidades de impactos,

principalmente em um país de dimensões continentais como o Brasil. A nova ordem mundial traz as tecnologias de informação e comunicação

como ferramentas tecnológicas, que aproximam pessoas e instituição, contribuindo para um maior fluxo informacional, em velocidades cada vez maiores, aclamados globalmente como "novos" meios de inclusão social e de superação da pobreza em países em desenvolvimento ao mesmo tempo em que acentuam a chamada exclusão digital.

O Brasil, antes mesmo de abstrair a globalização, que é a livre circulação do capital financeiro, foi se apropriando dos projetos e dos programas que constituem os marcos das aspirações da sociedade global.

A nova sociedade traz em seu conceito uma ordem de um novo paradigma tecno- econômico, que é o de alavancar o desenvolvimento, constituindo uma nova ordem social de inclusão social como prioridade absoluta, como: eliminar a exclusão, evitar a info-exclusão com a alfabetização digital, aprender e aprender, a economia baseada na informação, no conhecimento e aprendizado, agregação de valor, democratização da informação social através da tecnologia, educação à distância, igualdade de oportunidades de acesso ás novas tecnologias como condição indispensável para a coesão social.

Diante dessas expectativas pergunta-se, está o Brasil realmente preparado para nova realidade ou somente está simulando sua participação dentro desse novo contexto mundial? E como vamos enfrentar essa situação?

Espera-se que a idéias trazidas pelo o "Livro verde" (descrito anteriormente), que em seu conteúdo traz metas e objetivos para se inserir nesta sociedade da informação, sejam amadurecidas e que os dados, análises e intenções se concretize de fato para que não fiquemos em desvantagem em relação, dos outros países.

Mas para que realmente possamos participar efetivamente desta nova sociedade na qual vivemos, a educação é elemento-chave na construção de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado, e com a evolução dos paradigmas tecnológicos, a educação, cada vez mais, é um fator determinante. O Governo Federal, ciente de que não são poucos os desafios a serem

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25enfrentados, vem criando diversos programas e estimulando parcerias que envolvem a informatização do ensino, a capacitação de docentes e a prática do ensino a distância.

Os programas do governo federal estão sendo eficientes para a inserção do Brasil no mundo digitalizado da informação e da comunicação globais? Ou são meramente umas farsas? Pois na realidade o que presenciamos é uma falta de investimentos em infra- estrutura básica nas escolas e universidades e na construção e manutenção de bibliotecas. Segundo dados do censo escolar do Ministério da Educação e Cultura - (MEC), realizados em 1999, revelou-se que apenas 3,5% das escolas de ensino básico tinham acesso à internet, e cerca de 64mil escolas do país não tem sequer energia elétrica o censo revela também que apenas 23,1% das escolas brasileiras possuem bibliotecas.

O problema estrutural nas escolas chega a ser ainda mais crítico do que o mero fato de haver biblioteca e para agravar mais ainda, a educação brasileira de ensino fundamental tem um quadro funcional de 50.000 professores sem capacitação profissional adequada (sem habilitação exigida pela Lei de Diretrizes de Base da Educação), lecionando em sala de aula.

Sabe-se que muito vem se fazendo e que houve uma pequena melhoria desses dados, pois o Governo vem investindo em todos os aspectos na melhoria da educação, exemplo disso são os diversos projetos que vêm sendo elaborados e efetivados, como por exemplo: o Programa Nacional de Informação na educação - Proinfo, o Telecomunidade, Proformação, TV Escola, Telesalas 2000, Telecurso 2000 entre outros.

Vale ressaltar que há outros programas que não estão dentro do projeto do livro verde mais que estão ocorrendo paralelamente e em parceria com o projeto, temos como exemplo o Programa de Qualificação Profissional para a Educação Básica - PROBÁSICA que tem como objetivo a formação de professores para o magistério das séries iniciais do Ensino Fundamental.

Como se pode ver, os esforços do Governo Federal, para adequar o sistema educacional do país ao seu projeto de Sociedade da Informação, são grandes, mas os desafios, ainda maiores. Os projetos de informatização das escolas e a capacitação de professores são passos importantes para o futuro da educação. Mas antes de se ter uma Sociedade da Informação no Brasil, o que se tem é um país de contraste, que investe

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26em laboratórios de informáticas, que prega a alfabetização digital antes mesmo de erradicar o analfabetismo literal.

Contudo pode-se afirmar que o nosso país está dentro e fora ao mesmo tempo desta sociedade. Dentro por estarmos no contexto pela modernidade dos programas e pela ambição das metas; e excluído pelos pequenos alcances sociais que o domínio/efeito das tecnologias da informação e comunicação promovem até agora.

Que há exclusão social não podemos negar, mais o desafio é também entender como ela se dá, nesse espaço cada vez mais restrito, cada vez menos geográfico da universalidade na circulação da Informação.

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277 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que as transformações em curso são estruturais e decorrente do caráter orgânico e mutável da própria sociedade, marcada por contradições e desigualdades, e que essa evolução é resultante do desenvolvimento cientifico e tecnológico.

A supervalorização da informação é concebida pela sociedade da informação como elemento fundamental para inserção do indivíduo neste novo contexto, mas devemos alertar que o desafio é : não receber a informação pronta como receita e não repassá-la da mesma forma, devemos sim, com os conhecimentos adquiridos criar novas informações, desenvolver as recebidas, mudá-las e recriá-las.

Deverá se pensar em ações que se beneficiem da globalização, para que promovam o desenvolvimento e reduza os conflitos entre uma sociedade e outra.

Garantir a cidadania, assegurar os direitos de acesso à informação e à educação para os indivíduos, agora e no futuro, implica em reduzir as questões deficientes aqui analisadas.

Concluo, portanto, que o acesso à informação é mesmo de uma minoria, enquanto boa parte da sociedade continua desinformada, sem educação, desprovida de seus direitos básicos, tornando-se os cidadãos, em sua maioria, apáticos, indiferentes e sobretudo alheios a vida em sociedade.

a sociedade da informação informa bem menos do que se imagina, assim como a globalização engloba as pessoas e povos bem menos do que se pretende. (DEMO, 2000, p.41)

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