sociedade 1808-1436 brasileira de ictiologia · 2015-11-23 · museu de zoologia comparada de...

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BOLETIM Rio de Janeiro SETEMBRO - 2009 Rio de Janeiro SETEMBRO - 2009 Utilidade Pública Municipal: Decreto Municipal 36.331 de 22 de agosto de 1996, São Paulo Utilidade Pública Estadual: Decreto Estadual 42.825 de 20 de janeiro de 1998, São Paulo Utilidade Pública Federal: Portaria Federal 373 de 12 de maio de 2000, Brasília, D.F. Utilidade Pública Municipal: Decreto Municipal 36.331 de 22 de agosto de 1996, São Paulo Utilidade Pública Estadual: Decreto Estadual 42.825 de 20 de janeiro de 1998, São Paulo Utilidade Pública Federal: Portaria Federal 373 de 12 de maio de 2000, Brasília, D.F. 96 96 N este Boletim, noticiamos o falecimento de Karel Liem. Esta nota é significativa não apenas para aqueles que o conheceram como ictiólogo no Museu de Zoologia Comparada de Harvard, mas também pelo significado de sua obra na formação de toda uma geração de ictiólogos. Acredito que a maioria dos ictiólogos atuais teve parte de sua formação pós- graduada sobre diversidade e filogenia de peixes ligada ao clássico “Lauder & Liem” de 1983, que apresentou uma importante síntese na forma de texto didático, numa época em que ainda havia poucas publicações sobre filogenia de peixes. Este Boletim também sinaliza a chegada do último trimestre do ano. Recomendo que todos aproveitem esta época para preparar suas contribuições científicas para o novo ano que irá encerrar a primeira década do Século XXI. Em particular, recomendo sua participação no , que se realizará em Belém, no período de 7 a 11 de fevereiro de 2010. O período de inscrições de resumos já está em andamento. Lembro que a SBI está promovendo um sobre “Diversidade e Biogeografia da Ictiofauna da Ecorregião Aquática XXVIII Congresso Brasileiro de Zoologia Simpósio Xingu-Tapajós” aproveitando a inserção do evento no contexto da Bacia Amazônica e do Estado do Pará. O Simpósio conta com a coordenação do associado Jonathan Ready. Junto com o Simpósio, pretendemos realizar uma reunião e possivelmente uma assembléia geral para aprovar novas mudanças em nosso estatuto. No próximo trimestre, iniciamos também o ano em que será publicada a centésima edição do Boletim da SBI. Temos assim a consolidação da regularidade desta publicação que, ao lado da , já é uma referência da Ciência Brasileira há mais de um quarto de século. Neotropical Ichthyology Boa leitura! Paulo A. Buckup Presidente Sociedade Brasileira de Ictiologia Editorial Nesta edição: Dr. Karel F. Liem ..................................................... p. 2 Aspectos da biologia da tabarana, ....................................................... p. 3 Primeiro registro para o Brasil de Mochizuki & Sano (Acropomatidae) com notas sobre sua biologia .......................................................................... p. 5 Primeiro registro da ordem Ateleopodiformes para águas brasileiras ............................................................ p. 6 Barragem pode extinguir peixe em Minas Gerais ............... p. 8 Salminus hilarii Synagrops trispinosus , na região do baixo Sorocaba John Alcock estará no XXVII EAE em Bonito ..................... p. 8 ................. p. 8 Peixe da vez .......................................................... p. 9 Desovas no período ................................................. p. 9 Eventos ............................................................... p. 9 Novas publicações ................................................. p. 10 Aumentando o cardume .......................................... p. 10 Natural History Collections Management Training Program for Latin American and Caribbean Professionals ISSN 1808-1436 SOCIEDADE BRASILEIRA DE ICTIOLOGIA

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Page 1: SOCIEDADE 1808-1436 BRASILEIRA DE ICTIOLOGIA · 2015-11-23 · Museu de Zoologia Comparada de Harvard, mas ... Diário Oficial nº 220 de 12 de novembro de 2008. Instituto Brasileiro

BO

LETIM

Rio de JaneiroSETEMBRO - 2009Rio de JaneiroSETEMBRO - 2009

Utilidade Pública Municipal: Decreto Municipal 36.331 de 22 de agosto de 1996, São PauloUtilidade Pública Estadual: Decreto Estadual 42.825 de 20 de janeiro de 1998, São PauloUtilidade Pública Federal: Portaria Federal 373 de 12 de maio de 2000, Brasília, D.F.

Utilidade Pública Municipal: Decreto Municipal 36.331 de 22 de agosto de 1996, São PauloUtilidade Pública Estadual: Decreto Estadual 42.825 de 20 de janeiro de 1998, São PauloUtilidade Pública Federal: Portaria Federal 373 de 12 de maio de 2000, Brasília, D.F.

Nº96Nº96

Neste Boletim, noticiamos o falecimento de KarelLiem. Esta nota é significativa não apenas paraaqueles que o conheceram como ictiólogo no

Museu de Zoologia Comparada de Harvard, mastambém pelo significado de sua obra na formação detoda uma geração de ictiólogos. Acredito que a maioriados ictiólogos atuais teve parte de sua formação pós-graduada sobre diversidade e filogenia de peixesligada ao clássico “Lauder & Liem” de 1983, queapresentou uma importante síntese na forma de textodidático, numa época em que ainda havia poucaspublicações sobre filogenia de peixes.

Este Boletim também sinaliza a chegada do últimotrimestre do ano. Recomendo que todos aproveitemesta época para preparar suas contribuiçõescientíficas para o novo ano que irá encerrar a primeiradécada do Século XXI. Em particular, recomendo suaparticipação no

, que se realizará em Belém, no período de 7a 11 de fevereiro de 2010. O período de inscrições deresumos já está em andamento. Lembro que a SBI estápromovendo um sobre “Diversidade eBiogeografia da Ictiofauna da Ecorregião Aquática

XXVIII Congresso Brasileiro deZoologia

Simpósio

Xingu-Tapajós” aproveitando a inserção do evento nocontexto da Bacia Amazônica e do Estado do Pará. OSimpósio conta com a coordenação do associadoJonathan Ready. Junto com o Simpósio, pretendemosrealizar uma reunião e possivelmente uma assembléiageral para aprovar novas mudanças em nossoestatuto.

No próximo trimestre, iniciamos também o ano emque será publicada a centésima edição do Boletim daSBI. Temos assim a consolidação da regularidadedesta publicação que, ao lado da

, já é uma referência da Ciência Brasileirahá mais de um quarto de século.

NeotropicalIchthyology

Boa leitura!

PauloA. BuckupPresidenteSociedade Brasileira de Ictiologia

Editorial

Nesta edição:

Dr. Karel F. Liem ..................................................... p. 2

Aspectos da biologia da tabarana,....................................................... p. 3

Primeiro registro para o Brasil deMochizuki & Sano (Acropomatidae) com notas sobre sua biologia.......................................................................... p. 5

Primeiro registro da ordem Ateleopodiformes para águasbrasileiras ............................................................ p. 6

Barragem pode extinguir peixe em Minas Gerais ............... p. 8

Salminus hilarii

Synagrops trispinosus

, na região dobaixo Sorocaba

JohnAlcock estará no XXVII EAE em Bonito ..................... p. 8

................. p. 8

Peixe da vez .......................................................... p. 9

Desovas no período ................................................. p. 9

Eventos ............................................................... p. 9

Novas publicações ................................................. p. 10

Aumentando o cardume .......................................... p. 10

Natural History Collections Management Training Program forLatin American and Caribbean Professionals

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SOCIEDADEBRASILEIRA DEICTIOLOGIA

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Photo © copyright Carlton SooHoo

No último dia 03 de setembro, o Dr. Karel F. Liem,Professor de Ictiologia e curador da coleção ictiológica doMuseu de Zoologia Comparada (

), da Universidade de Harvard, faleceudevido a complicações no fígado e pâncreas.

Nascido na Indonésia, Liem estudou extensivamente amorfologia funcional de vários grupos de Actinopterygii,bem como suas adaptações aos vários tipos deambientes. Entre seus principais artigos destaca-se osemina l e compi la tór io “The evolu t ion andinterrelationships of the actinopterygian fishes” (1983),publicado no

, em co-autoria com o Dr. George Lauder, tambémda Universidade de Harvard. Embora passados mais de25 anos de sua publicação e de diversas mudanças noconhecimento sobre as relações filogenéticas de váriosgrupos de Actinopterygii, este trabalho ainda constitui-seem uma referência em diversos livros-texto em Ictiologia epara aqueles que desejam um primeiro contato com asrelações de parentesco entre os representantes deste queé o maior grupo de vertebrados. Além disso, este artigotraz uma série de hipóteses sobre a evolução dedeterminados mecanismos morfo-funcionais emActinopterygii.

Além dos diversos artigos publicados, Liem foi editor devários livros, alguns deles voltados para o ensino deZoologia, sempre com um enfoque comparativo. Entreestes, um dos mais citados é o

, que está emsua terceira edição (2001).

Karel Liem era conhecido pela popularidade comoeducador, autor e editor, e foi mentor de muitos quepassaram pelo MCZ. Um simpósio em homenagem a suavida e carreira está programado para o próximo encontroda( ), em Providence, Rhode Island, em julho de 2010.

Museum of ComparativeZoology, MCZ

Bulletin of the Museum of ComparativeZoology

Functional Anatomy of theVertebrates – An Evolutionary Perspective

American Society of Ichthyologists and HerpetologistsASIH

2

Em destaqueDr. Karel F. Liem

Boletim SBI nº96

On September 3rd, Dr. Karel F. Liem, Professor ofIchthyology and curator of the ichthyologic collection of theMuseu of Comparative Zoology (MCZ), HarvardUniversity, died of pancreas and liver complications.

Born in Indonesia, Liem studied extensively thefunctional morphology of several groups of actinopterygianfishes and their adaptations to various environments, withparticular interest in the pharyngeal mechanism of Africancichlids and other percomorph fishes. Among his manycontributions, the comprehensive synthesis on “Theevolution and interrelationships of the actinopterygianfishes” published in 1983 in Bulletin of the Museum ofComparative Zoology, in co-authorship with Dr. GeorgeLauder, also from Harvard University stands out. Morethan 25 years after its appearance, that publication stillremains as a landmark reference in many textbooks ofIchthyology and for those who seek an initial contact withthe phylogenetic interrelationships of Actinopterygii,despite numerous recent advances in the knowledgeabout the relationships within this huge group ofvertebrates. Additionally that article presented aninteresting series of hypothesis about evolution of certainmorpho-functional mechanism of actinopterygian fishes

In addition to numerous articles, Liem also editedvarious books, including important textbooks dedicated toZoology, always with a comparative perspective. One ofthe most cited teaching texts is the Functional Anatomy ofthe Vertebrates – An Evolutionary Perspective, now in thethird edition (2001).

Karel Liem was very popular as educator, author andeditor, and mentored many students at the MCZ. Asymposium honoring his life and career is scheduled forthe next Joint Meeting of Ichthyologists and Herpetologists(former Annual Meeting of the American Society ofIchthyologists and Herpetologists (ASIH), which will havenin Providence, Rhode Island, in July of 2010.

A foto foi gentilmente cedida pelo fotógrafo Carlton SooHoo eretirada da página www.carltonsoohoo.com

The picture was kindly given by photographer CarltonSooHoo and retrieved from website www.carltonsoohoo.com

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3

Comunicações dos associados

Boletim SBI nº96

(A)

(B)

(C)

Aspectos da biologia da tabarana, , na região do BaixoSorocaba

Salminus hilarii

Gilberto Aparecido Villares Junior( )[email protected]

Estudos mostram características da biologia databarana, Valenciennes, na região dobaixo rio Sorocaba. Estes estudos revelam que nessaregião, o rio Sorocaba ainda preserva boas condições parauma das espécies ameaçadas no estado de São Paulo.

Os rios são sistemas lineares de escoamento deprecipitações de água sobre os continentes seguindosuperficialmente sobre as massas de terra até os oceanos(Welcomme, 1985). São sistemas abertos onde participamtodos os processos ecológicos que ocorrem nas baciashidrográficas (Esteves, 1988). Eventos naturais oucausados pelo homem modificam as condições dosambientes aquáticos e marginais. Conseqüentemente, osseres vivos que os habitam também estão sujeitos a essasmodificações (Smith, 1999, 2003).

A ação do homem tem provocado uma série deperturbações no funcionamento dos ecossistemasaquáticos, não se preocupando com a conservação dosrecursos renováveis para uma exploração sustentável.Atualmente pode-se notar uma perda gradativa daqualidade ambiental das bacias hidrográficas com oadensamento populacional em suas áreas (Smith &Barrella, 2000) Para reverter essa situação é precisointegrar medidas de preservação ambiental em âmbitosregionais ou nacionais (Smith, 1999,2003).

O conhecimento biológico é fundamental para aconservação, manejo e exploração das espécies animais.A exploração irracional e a degradação de ambientestornam urgente e imprescindível esse conhecimento.

A tabarana (Fig 1), , é uma espécie daordem Characiformes, família Characidae, muitoapreciada pela pesca esportiva (Takahashi, 2006).Assemelha-se muito com o douradoCuvier, diferenciando pela coloração branca prateada comas nadadeiras caudal, anal e ventrais vermelhoalaranjadas e raramente são vistos exemplares com maisde 50 cm e peso superior a dois quilogramas (Godoy,1975). São peixes de águas movimentadas, vistocomumente em bocas de cachoeiras, choros d´água,corredeiras, desembocaduras de rios e córregos. Váriosautores discutem que a tabarana pode ser utilizada comouma boa indicadora ambiental, dado o seu alto grau deseletividade ambiental (necessitam de águas ricas emoxigênio) e por ser uma espécie predadora do topo decadeia alimentar (Cetra, 2003; Lima-Junior, 2004).

Nas primeiras fases de vida larval, a tabaranaalimenta-se de zooplâncton. Na fase de alevino passa aser insetívoro (larvas de mosquitos e libélulas), parafinalmente, durante o restante de sua vida, nas fases dejovem e adulto, tornar-se um peixe carnívoro (piscivoro)

Salminus hilarii

Salminus hilarii

Salminus brasiliensis

A tabarana

Dieta

(Godoy, 1975). No rio Sorocaba a tabarana alimenta-se deuma ampla diversidade de pequenos peixes, nãoapresentando uma seletividade específica quanto a umtipo de peixe (Villares-Junior, 2006). Foi percebido que atabarana alimenta-se preferencialmente de duas espéciesde lambaris: , pelos indivíduos adultos,e pelos imaturos. Isso devido a grandeabundância dessas espécies nesse sistema fluvial (Smith,2003). Como a grande maioria dos peixes tropicais, sãodependente do ciclo hidrológico, principalmente em locaisonde ocorre períodos bem definidos de seca e cheia(Bennemann , 1996). Em temperaturas mais baixastendem a diminuir a sua atividade alimentar devido a umabaixa no metabolismo e digestão mais lenta. Outros fatorescomo variação no regime de chuvas, período reprodutivo,disponibilidade de presas, também influenciam o ritmoalimentar dos peixes (Zavala-Camin, 1996). Observa-seuma maior atividade alimentar nos meses que antecedemo inverno e o verão. No primeiro caso, com a finalidade deadquirir reservas para o período de menor atividadealimentar, e no segundo, garantir reservas para o períodoreprodutivo, a piracema (Villares-Junior, 2006).

Em diversos estudos referentes ao ciclo reprodutivo detabaranas, estes mostraram que o seu período reprodutivovaria entre outubro e fevereiro (Andrade , 1988, 1989,2004; Godinho , 1988; Godoy, 1975; Honji , 2008;Villares-Junior , 2007). Isso vem de encontro com omesmo padrão dos peixes de piracema na bacia do AltoParaná (Vazzoler & Menezes, 1992).Amaior freqüência depeixes em reprodução acontece em dezembro e janeiro,quando a temperatura das águas é mais elevada. Estaassocia-se ao alto nível pluviométrico, o que favorece odesenvolvimento das larvas de peixes. O ciclo reprodutivoda tabarana no rio Sorocaba enquadrou-se ao padrãodescrito acima (Takahashi, 2006), porém os meses dedesova podem variar de acordo com o regime de chuvas.Foi constatado que o tamanho da primeira maturação(primeira desova) foi de 20 e 22 centímetros para machos efêmeas, respectivamente (obs. pess.) Para a bacia do AltoParaná, a época de defeso acontece geralmente entre 1 denovembro e 28 de fevereiro, estando dessa forma o

Astyanax fasciatusA. altiparanae

et al.

et al.et al. et al.et al.

Reprodução

Fig. 1. Tabarana, , coletada no rio Sorocaba.Salminus hilarii

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Valenciennes, 1849 (Characiformes, Characidae), inMogi Guaçu river, state of São Paulo, Brazil.

(2): 453-459.Bennemann, S. T., M. L. Orsi & O. A. Shibatta. 1996.

Atividade alimentar de deixe do rio Tibagi, relacionadacom desenvolvimento de gordura e das gônadas.

(2): 501- 512.Cetra, M. 2003.

. Tese de Doutorado.Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade deSão Paulo, São Carlos, SP.

Esteves, F. A. 1988. .Interciência/FINEP.

Feitosa, L.A., R. Fernandes, R. S. Costa, L. C. Gomes, &A.A. Agostinho. 2004. Parâmetros populacionais esimulação do rendimento por recruta de

(Cuvier, 1816) do alto rio Paraná.(3): 317-323.

Godinho,A. L., D. R.Andrade, S. P. Ribeiro & Y. Sato. 1988.Ciclo reprodutivo anual do dourado branco

(Pisces: Characidae, Salminae) no reservatóriode Três Marias. Pp. 37.

CODEVASF,Brasília.

Godoy, M. P. 1975.. Franciscana,

Piracicaba.Honji, R. M., A. M. Narciso, M. I. Borella. & R. G. Moreira.

2008. Pattens of oocyte development in natural habitatand captive Valenciennes, 1850(Teleostei: Characidae).

: 109-123.IBAMA. 2003. Portaria IEF Nº 111, de 16 de outubro de

2003. Instituto Estadual de Florestas .IBAMA. 2008. Instrução normativa Nº 194 de 02 de outubro

de 2008. Diário Oficial nº 220 de 12 de novembro de2008. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renováveis.

Lima-Junior, S. E. 2003.. Tese de Doutorado.

Instituto de Biociências, Universidade EstadualPaulista, Rio Claro, SP.

Morais-Filho, M. B. & O. Schubart. 1955.

. São Paulo:

ActaScientiarum, Biological Science 23

Revista Brasileira de Zoologia 13Caracterização da Assembléia de Peixes

da Bacia do Rio Corumbataí (SP)

Fundamentos de Limnologia

ActaScientiarum, Biological Science 26

Resumos do VI Encontro daAssociação Mineira de Aqüicultura (AMA)

Peixes do Brasil: SubordemCharacoidei: Bacia do Mogi Guassu

Fish Physiology andBiochemistry 35

A Ictiofauna e a qualidade da águaem trechos do rio Corumbataí, SP

Contribuição aoestudo do dourado ( Val.) do rioMogi Guassu (Pisces, Characidae)

Salminusbrasiliensis

Salminushilarii

Salminus hilarii

Salminus maxilosus

4Boletim SBI nº96

período reprodutivo da tabarana protegido de acordo coma legislação vigente (IBAMA, 2008). No estado de MinasGerais o tamanho mínimo de captura estabelecido paraessa espécie é de 35 cm (IBAMA, 2003).

As desovas geralmente acontecem quando pequenosrios ou córregos transbordam, concentrando as mesmasem locais de águas limpas e rasas, onde são eliminadosseus gametas junto ao capim alagado (Ihering, 1929Godoy, 1975).

Com relação à proporção sexual, em vários trabalhosobserva-se um número maior de capturas de fêmeas emrelação aos machos, além de, quase sempre, fêmeasapresentarem maior tamanho (Morais-Filho & Schubart,1955; Barbieri , 2001; Feitosa , 2004; Rodriguez-Olarte & Taphorn, 2006; Villares-Junior , 2007).

A região do baixo rio Sorocaba vem mostrando boascondições para as tabaranas (Fig. 2). Apresenta grandevariedade de ambientes aquáticos, como córregos, lagoasmarginais, poços, remansos e um grande número decorredeiras, sendo estes, os ambientes típicos dessaespécie (Vi l lares-Junior , 2007). Essaheterogeneidade de ambientes resulta em uma altadiversidade de peixes (58 spp.) (Villares-Junior & Goitein,2006), das quais varias espécies (10 categoriasalimentares) foram encontradas nos estômagos detabaranas capturadas nesses trecho da bacia, com apredominância de pequenos caracídeos (Villares-Junior,2006). Na região também desembocam dois importantesafluentes da bacia, os rios Tatuí e Sarapuí (Villares-Junior& Goitein, 2006; Villares-Junior , 2007) queapresentam baixo índice de poluição (Smith, 2003), fatorcrucial para a sobrevivência, não só da tabarana, mastambém das demais espécies de peixes na região.

Com referência ao que foi mencionado, denota-se aimportância do conhecimento científico sobre a biologia deespécies de peixes e dos sistemas aquáticos. Este servecomo base de informações para elaboração de planos demanejo sustentáveis, visando maneiras de prevenir e/oucorrigir os desequilíbrios ambientais. Também a suadivulgação ao público em geral, permitindo que asociedade fique mais informada e passe a adotar hábitosque auxiliem na preservação do meio ambiente.

Andrade, D. R., A. L. Godinho & H. P. Godinho. 1988.Novos dados sobre o ciclo reprodutivo do douradobranco Valenciennes, 1849. Pp.1982-1987.

. CODEVASF, Brasília.Andrade, D. R., A. L. Godinho, H. P. Godinho & Y. Sato.

1989. Variação sazonal de parâmetros reprodutivos dodourado branco Valenciennes, 1849(Teleostei: Characidae) na represa de Três Marias,MG. Pp. 32-33.

. Sociedade Brasileira de Zoologia, JoãoPessoa.

Andrade, D. R., A. L. Godinho & H. P. Godinho. 2004.Biologia reprodutiva da tabarana(Osteichthyes, Characidae) na represa de Três Marias.

(3): 123-128.

Barbieri, G., F. A. Salles & M. A. Cestarolli. 2001. Growthand first sexual maturation size of

apud

et al. et al.et al.

et a l .

et al.

Salminus hilarii

Salminus hilarii

Salminus hilarii

Salminus maxillosus

Condições ambientais

Literatura citada

Resumos do VI Encontro da Associação MineiradeAqüicultura (AMA)

Resumos do XVI Congresso Brasileirode Zoologia

Revista Brasileira de Ciências Veterinárias 11

Fig. 2. Rio Sorocaba, no ponto 23º08'59''S 47º49'08'' W. Ascoletas foram realizadas entre abril de 2003 e março de 2006

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num trecho da bacia do rio Sorocaba, SP: itensprincipais e efeito da sazonalidade

Check List 2

Acta Scientiarum.Biological Science 29

River Fisheries

Introdução aos estudos sobrea l imentação natura l de pe ixes

. Monografia deBacharelado. Universidade Estadual Paulista, RioClaro.

Villares Junior G. A. & R. Goitein. 2006. Fish, Sorocababasin, São Paulo State, Brazil. (3): 68-73.

Villares-Junior G. A., L. M. Gomiero & R. Goitein. 2007.Relação peso-comprimento e fator de condição de

Valenciennes 1850 (Osteichthyes,Characidae) em um trecho da bacia do rio Sorocaba,Estado de São Paulo, Brasil.

(4):407-412.Welcomme, R. L. 1985. . FAO Fisheries and

Technical Papers 262.Zavala-Camin, L. A. 1996.

. Mar ingá:EDUEN/Nupelia.

Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rio Claro,SP.

Salminus hilarii

5Boletim SBI nº96

Ministério daAgricultura, Divisão Caça e Pesca.Smith, W. S. 1999.

. Dissertação de Mestrado, Universidade deSão Paulo, São Carlos. SP.

Smith, W. S. & W. Barrella. 2000. The ichthyofauna of themarginal lagoons. SP, Brasil: Composition, Abundanceand Effect of Anthropogenic Actions.

(4): 627-640.Smith, W. S. 2003.

. Sorocaba, SP. Editora TCM.Takahashi, E. L. H. 2006.

.Dissertação de Mestrado. Universidade EstadualPaulista, Jaboticabal, SP.

Vazzoler, A. E. A. M. & N. A. Menezes. 1992. Síntese doconhecimento sobre o comportamento reprodutivo dosCharaciformes da América do Sul (Teleostei,Ostariophysi). : 627-640.

Villares-Junior G. A. 2006.

Aestrutura da comunidade de peixes dabacia do Rio Sorocaba em diferentes situaçõesambientais

Revista Brasileirade Biologia 52

Os Peixes do rio Sorocaba: a história deuma bacia hidrográfica

Ciclo reprodutivo da tabarana,(Valenciennes, 1849) (Characidae,

Salmininae) na região do baixo rio Sorocaba, SP

Revista Brasileira de Biologia 52

Dieta da tabarana,(Valenciennes, 1849) (Characidae, Salmininae)

Salminus hilarii

Salminushilarii

Primeiro registro para o Brasil de Mochizuki & Sano(Acropomatidae) com notas sobre sua biologia

Synagrops trispinosus

Jailza Tavares de Oliveira-Silva, Paulo Roberto Duarte Lopes e George Olavo

A família Acropomatidae inclui oito gêneros e cerca de30 espécies de peixes presentes nos oceanos Atlântico,Índico e Pacífico e que se caracterizam por apresentarduas nadadeiras dorsais separadas sendo a primeiracomposta por 7 a 10 espinhos e a segunda com 1 espinho(ou sem espinho) e 8 a 10 raios, nadadeira anal com 2 ou 3espinhos e 7 a 9 raios e 7 raios branquiostegais (Nelson,2006).

Mochizuki & Sano foi descritacom base em 39 exemplares (comprimento padrãovariando entre 59,0 e 116,0 mm) coletados na Nicarágua,Caribe, Colômbia e Suriname (Atlântico ocidental) entre180 e 540 m de profundidade (Mochizuki & Sano, 1984).Sua primeira citação, ainda como Synagrops sp. foi feitapor Uyeno (1983) baseado em material coletado ao largodo Suriname. Posteriormente, Garzón & Acero (1986) eCervigón (1993) examinaram, respectivamente, seteexemplares do Caribe colombiano e seis exemplares daVenezuela.

O material aqui citado foi coletado pelo NavioOceanográfico “Thalassa” durante a operação “Bahia II”como parte do Programa de Avaliação do PotencialSustentável de Recursos Vivos na Zona EconômicaExclusiva Brasileira - Programa REVIZEE/SCORE Central(MMA/CIRM/Bahia Pesca) com auxílio de rede de arrastode fundo do tipo arrow, medindo 47,4 m x 26,8 m, em 17 dejunho de 2000, entre 11º39´S 37 º13´W e 11º40´S 37º14´W(ao largo do estado da Bahia) em profundidade média dearrasto de 487 m. Ainda a bordo, os peixes foram fixadosem formol 10% e em laboratório transferidos para álcool70%. Material representativo encontra-se depositado nacoleção do Laboratório de Ictiologia, Departamento deCiências Biológicas, da Universidade Estadual de Feira deSantana (Bahia).

Synagrops trispinosus

Foram examinados 217 indivíduos demedindo entre 110,0 e 160,0 mm de

comprimento total (CT). Foram identificadas 118 fêmeas(54,4%) medindo entre 112,0 e 160,0 mm CT (média de131,0 mm CT), 94 machos (43,3%) medindo entre 110,0 e155,0 mm CT (média de 120,0 mm CT) e em cincoexemplares (2,3%) não foi possível a identificação do sexo.Fêmeas maduras foram identificadas a partir de 120,0 mmCT (47,5%), em 50,8% as gônadas estavam em maturaçãoe em 1,7% o estágio de maturação não pode serdeterminado. Apenas dois machos (115,0 e 119,0 mm CT)apresentavam gônadas maduras, na maioria (54,3%) asgônadas estavam em maturação e em 43,6% não foipossível determinar o estágio de maturação.

Dos tubos digestivos examinados, 55,8% estavamvazios, 30,0% estavam pouco cheios, 8,7% estavamcheios e 5,5% estavam meio cheios. O grau de digestãovariou entre digerido (95,8%), pouco digerido (3,1%) emeio digerido (1,4%). O volume de alimento ingerido variouentre 0,1 e 1,0 ml.

Foram identificadas sete categorias alimentares. Emocorrência, predominaram Teleostei (67,7%, apenasMyctophidae foi identificado), matéria orgânica digerida(31,2%), escamas de Teleostei (15,6%), CrustaceaDecapoda Dendrobranchiata (camarões) e Cephalopoda(2,1% cada), restos de vegetais superiores e material nãoidentificado (1,0% cada). Quanto à freqüência numérica,amplo predomínio de escamas (74,4%) seguido por peixes(23,8%), camarões e cefalópodes (0,7% cada). Dentre omaterial analisado, 173 exemplares de

(79,7%) estavam parasitados sendo que em 52(30,0%) estavam presentes Nematoda e CestodaTrypanorhyncha, em 100 indivíduos (57,8%) apenasNematoda e em 13 (7,5%) apenas Trypanorhyncha.

Synagropstrispinosus

Synagropstrispinosus

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Agradecimentos

Literatura citada

A Dra. Berenice M. M. Fernandes (FIOCRUZ,Laboratório de Helmintos de Peixes, Rio de Janeiro) peloauxílio na identificação dos Cestoda.

Cervigón, F. 1993.. Caracas: Fundación Científica Los Roques.

Gárzon, J. & A. Acero. 1986. Notes on the fish(Perciformes: Acropomatidae) from the

Colombian Caribbean.(3): 316-318.

Heemstra, P. C. 1986. Family no. 176: Acropomatidae. In:Smith, M. M. & P. C. Heemstra (Eds.).

. Berlin: Springer-Verlag.Mochizuki, K. & M. Sano. 1984. A new percichthyid fish

from the Caribbean Sea and itsadjacent waters.

(4): 1-4.Nelson, J.S. 2006. . 4th ed. New Jersey:

John Wiley & Sons.Uyeno, T., K. Matsuura. & E. Fujii. 1983.

. Tokyo: Japan MarineFishery Resources Research Center.

(JTOS)(PRDL)(GO)Laboratório de Ictiologia, Universidade Estadual de

Feira de Santana.

Los peces marinos de Venezuela.Volumen II

Japanese Journal ofIchthyology 33

Smiths´seafishes

Japanese Journal of Ichthyology31

Fishes of the world

Fishes trawled offSuriname and French Guiana

Synagropstrispinosus

Synagrops trispinosus

[email protected]@yahoo.com.br

[email protected]

6Boletim SBI nº96

Poucos estudos foram realizados come tratam principalmente de aspectos

taxonômicos. Garzón & Acero (1986) citam algunsaspectos da estrutura gonadal e estágios de maturaçãobem como consideram também comocarnívoro baseado no ambiente onde vive, pela boca, olhosbem desenvolvidos e dentição a exemplo de outros peixesque se alimentam principalmente de camarões e peixes; ostubos digestivos de que estes autoresexaminaram encontravam-se vazios.

O material aqui examinado deapresenta uma amplitude de comprimento maior do queaquele analisado por Garzón & Acero (1986) e Cervigón(1993) e em sua maior parte está acima do tamanhodaquele que serviu de base para a descrição original.

Assim, confirma-se que écarnívoro, alimentando-se principalmente de peixes,camarões e, em menor escala, de cefalópodes. Seutamanho máximo conhecido é ampliado para 160,0 mm decomprimento total e seu limite meridional de distribuiçãogeográfica é estendido para o Brasil até 11º40´S 37º14´W(Bahia). Todos os exemplares foram capturados dentro dointervalo de distribuição batimétrica conhecido para estaespécie. O material aqui citado representa também o maiornúmero de exemplares conhecidos paradepositados em coleções, pois apenas 52 indivíduos eramconhecidos até então. Embora espécies deAcropomatidaesejam utilizadas como alimento em alguns países(Heemstra Smith & Heemstra, 1986), o consumo de

capturado ao largo da Bahia não érecomendado devido ao alto nível de parasitismoobservado.

Synagropstrispinosus

S. trispinosus

S. trispinosus

Synagrops trispinosus

Synagrops trispinosus

S. trispinosus

in S.trispinosus

Primeiro registro da ordem Ateleopodiformes para águas brasileiras

Sérgio R. Santos, Márcio L. V. Senna e Gustavo W. Nunan

A ordem Ateleopodiformes, recentemente incluída emsua própria superodem Ateleopodomorpha, é formada pelafamília única Ateleopodidae, que compreende 12 espéciesde 4 gêneros. Os “jellynose fishes”, como conhecidosvulgarmente, são peixes marinhos demersais da plataformaexterna e talude continental, com ocorrência registrada nomar do Caribe, oceano Atlântico Oriental, Indo-PacíficoOcidental e costa pacífica do Panamá e Costa Rica (Nelson,2006). São incomuns e pouco representados em coleçõescientíficas, necessitando de ampla revisão taxonômica efilogenética (Olney , 1993; Moore, 2003).

O exemplar deAteleopodidae aqui registrado foi coletadopelo N/O francês em 12 de junho de 2000 ao largoda costa do estado da Bahia (15° 42,675'S, 038° 37,298'W)em 251,2 metros de profundidade O espécime foicapturado por uma rede tipo ARROW de 47,4 x 26,8 m deboca, com bobinas de rolamento de fundo e flutuadores quesuportam pressões de até cerca de 2.000 m.AredeARROWé utilizada na pesca comercial, sendo própria para arrastosem substratos acidentados. A coleta, realizada duranteprospecção do potencial pesqueiro do talude continentalbrasileiro entre 11° e 22°S, foi efetuada em atendimento aoScore Central do Programa REVIZEE (

).O espécime, de 605,0 mm de comprimento total,

pertence à espécie Roule, 1922 (Fig. 2).Distingue-se das espécies do gênero pelo

et al.

Thalassa

Avaliação doPotencial Sustentável de Recursos Vivos da ZonaEconômica Exclusiva

Ijimaia loppeiGuentherus

(Fig. 1).

Fig. 1. Localidade de coleta do exemplar de(MNRJ ).

Ijimaia loppeiun. cat.

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7Boletim SBI nº96

menor número de raios na nadadeira dorsal (9-10 emcontra 11-13 no gênero mencionado) e pela nadadeirapélvica com 1-3 raios (6 a 7 raios desenvolvidos em

). O número de raios da nadadeira dorsaltambém separa das espécies de (9vs. 3 raios, respectivamente). Das espécies de ,distingue-se pela pélvis estreita, com apenas um forâmen esem lâmina ossificada, e nadadeira pélvica curta, que atingeno máximo a origem da nadadeira peitoral e não apresentaexpansão dérmica logo após o raio pélvico, como no gênero

.O exemplar examinado possui perfil convexo da cabeça

e focinho bulboso de consistência gelatinosa (Fig. 2). Asnarinas são posicionadas próximas das órbitas, tendo aanterior formato de tubo e a posterior formato oval. Odiâmetro do olho representa 10,9% do comprimento dacabeça. Duas projeções ósseas são observadas atrás decada olho, a primeira e maior se iniciando junto à margemposterior do olho e a segunda distando da primeira 1,1 vez odiâmetro do olho. A boca, protrátil e subterminal, apresentadentes viliformes diminutos em apenas duas pequenasplacas na pré-maxila próximas da sínfise. Não apresentaprotuberância espinhosa no ângulo da maxila inferior, que éuma das características que distingue de

, espécie também presente no Atlântico Ocidental(Howell-Rivero, 1935). As membranas branquiais são livresdo ístmo e o opérculo possui 7 raios branquiostegais, querecobrem 5 arcos branquiais, com 9 rastros branquiaiscurtos no primeiro deles. A nadadeira pélvica, representadaapenas por um único raio de 24,6 mm de comprimento, semostra em posição gular.

O corpo mostra gradual compressão, com as nadadeirasdorsal e peitoral se inserindo na mesma altura. A nadadeirapeitoral é constituída por 12 raios, sendo o mais próximo dodorso distinto dos demais por não ser ramificado. Anadadeira dorsal é alta e possui 8 raios não ramificados.Tanto a cabeça como o corpo não possuem escamas; alinha lateral é indistinta e visível apenas por poros alinhadosna superfície do corpo.

O segmento pós-anal do corpo tem formato de fita e écaracterizada por uma longa nadadeira anal com 73 raios.Esta é confluente com a nadadeira caudal, que apresenta 9raios. O terço inferior do corpo carece de musculaturadesenvolvida, exceto junto aos pterigióforos.

No espécime recém-capturado, a coloração do corpoapresentava-se castanho escuro, sendo o dorso maisescurecido do que a parte ventral do corpo. As nadadeiraspeitoral e dorsal mostravam-se escuras, com a analapresentando coloração escura apenas em sua porçãomais distal. O raio pélvico mostrava-se hialino.

As caraterísticas merísticas e morfométricas doexemplar capturado coincidem com as descrições de .

Ijimaia

GuentherusI. loppei Parateleopus

Ateleopus

Ateleopus

Ijimaia loppei I.antillarum

I

loppei

Ijimaia loppei

Thalassa

disponíveis na literatura especializada, a excessãodo número de raios da nadadeira caudal, que se apresentamenor. Howell-Rivero (1935) aponta 14 raios para aespécie, tendo baseado sua observação em doisexemplares coletados na mesma localidade (costa doMarrocos). Já o espécime capturado no talude continentalbrasileiro possui apenas 9 raios caudais. Shimizu (1983)examinou 5 exemplares capturados ao longo da costa doSuriname e Guiana Francesa, tendo também observadodiscrepância em relação aos dados merísticos disponíveisde . Shimizu aponta 80 a 87 raios somados dasnadadeiras anal e caudal, o que coincide com o somatóriodos raios no espécime coletado pelo N/O (82raios). Em Howell-Rivero, o mesmo critério aponta a somade 90 raios para a espécie.

O exemplar, que se encontra em processo detombamento junto à Coleção Ictiológica do Museu Nacional,representa o primeiro registro da ordem Ateleopodiformespara águas do Atlântico Sul Ocidental. Presentemente aespécie é conhecida dos dois lados doAtlântico em latitudestropicais e subtropicais, em profundidades entre 30 e 692metros. No Atlântico Ocidental, é registrada do Golfo doMéxico e Mar do Caribe até a costa do Suriname (Shimizu,1983; McEachran & Fechhelm, 1998).

Literatura citadaHowell-Rivero, L. 1935. The family Ateleopidae and its West

Indian form. (2):91–106.McEachran, J.D. & Fechhelm, J.D. 1998.

.University of Texas Press,Austin. 1112 pp.

Moore, J.A. 2003. Ateleopodidae: jellynoses (tadpole fishes)p. 913 In. Carpenter, K.E. (ed.)

, Rome. 601–1374.Nelson, J.S. 2006. . John

Wiley & Sons, Inc. Hoboken, New Jersey. 601 pp.Olney, J.E.; Johnson, G.D. & Baldwin, C.C. 1993. Phylogeny

of lampridiform fishes. (1):137–169.

Shimizu, T. 1983. Ateleopodidae: p. 284 In. Uyeno, T.;Matsuura, K. & Fujii, E. (eds.)

, Tokyo. 520 pp.

Mem. Soc. Cubana Hist. Nat. 9Fishes of the Gulf of

Mexico Volume 1: Myxiniformes to Gasteroteiformes

The living marineresources of the Western Central Atlantic Volume 2:Bony fishes part 1 (Acipenseridae to Grammatidae).FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes.FAO

Fishes of the World. Fourth Edition

Bulletin of Marine Sciences 52

Fishes trawled offSuriname and French Guiana. Japan Marine FisheryResource Research Center

Ijimaia

(SRS)(MLVS)(GWN)

Departamento de Vertebrados doSetor de Ictiologia,Museu Nacional/UFRJ.

[email protected]@[email protected]

Fig. 2. 605,0 mm CT (foto: Jean-Claude Quero, 2000 imediatamente após a captura).

Ijimaia loppei, MNRJ ,un. cat.

Merística Morfometria mmraios da nadadeira dorsal 9 comprimento total 605,0

raios da nadadeira peitoral 13 altura do corpo 78,8

raios da nadadeira pélvica 1 comprimento da cabeça 117,2

raios da nadadeira anal 73 comprimento do focinho 46,9

raios da nadadeira caudal 9 diâmetro do olho 12,8

raios branquiostegais 7 largura da cabeça 52,2

rastros branquiais 9 comprimento do tronco 110,6

Morfometria mm comprimento da nadadeira peitoral 93,9

altura da nadadeira dorsal 93,9 base da nadadeira peitoral 15,0

base da nadadeira dorsal 24,7 altura da nadadeira anal 17,5

comprimento pré-dorsal 125,0 base da nadadeira anal 352,0

comprimento pré-anal 215,0 distância interorbital 38,4

comprimento pré-pélvica 82,0 comprimento do raio pélvico 24,6

Tabela 1. Dados merísticos e morfométricos do exemplar de, MNRJIjimaia loppei un. cat.

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8Boletim SBI nº96

NotíciasBarragem pode extinguir peixe em Minas Gerais

extensas. Tem areia demais na calha do rio e, na seca, a colunad'água chega a ter só uns 10 cm", diz o biólogo.

Se a ampliação da usina Brito, uma PCH (Pequena CentralHidrelétrica), avançar como planejado, o trecho do rio Pirangaque é crucial para a espécie será inundado, acabando com ohabitat do bicho, avalia Dergam. Isso porque o animal dependede tocas rochosas no leito fluvial, as quais serão soterradas pelosedimento que vai cobrir o fundo do futuro reservatório com otempo.

Ao que tudo indica, não haveria esperança de recuperaçãopara a espécie em outros locais. Além de estar localmenteextinto no Espírito Santo, o bicho desapareceu até da memóriacoletiva dos pescadores de Aimorés (MG): hoje, eles chamamde "surubim-do-doce" um peixe que na verdade é híbrido deduas outras espécies.

O surubim-do-doce está listado no "Livro Vermelho da FaunaBrasileira Ameaçada de Extinção" (2008), do Ministério do MeioAmbiente, como espécie "extremamente rara". Uma leimunicipal promulgada no ano passado declarou o trecho do rioPiranga que passa por Ponte Nova monumento natural, o queimpediria a ampliação da hidrelétrica. No entanto, a atualadministração pretende alterar a lei em favor da obra.

O estudo de impacto ambiental (EIA) sobre a ampliação dausina diz que a construção de escadas na barragem manteria apopulação do peixe viável. Dergam, porém, diz que a medidanão funcionou em outros locais.

Fonte: Folha de São Paulo.

A última população viável de um peixe que já habitou boaparte dos rios de Minas Gerais e Espírito Santo pode serdestruída pela ampliação de uma hidrelétrica, afirma o Dr. JorgeDergam da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Se a obra foradiante, será apenas questão de tempo até que a espécie sumado mapa, diz o pesquisador.

O bicho em questão é o surubim-do-doce (), um peixe de couro que pode ultrapassar os 20 kg e

chegar a 1 m de comprimento. Como o nome popular do animalindica, ele já foi comum em toda a bacia do rio Doce, da qual éendêmico.

Não é a primeira vez que um bagre se coloca no caminho deuma usina.Aconstrução de hidrelétricas no rio Madeira tambémfoi questionada por causa da ameaça a outro peixe de couro, adourada ( ; :3,2007). Mas a situação do surubim-do-doce é bem maisdramática, diz Dergam.

"Em Ponte Nova, município em que a ampliação dahidrelétrica pode acontecer, no rio Piranga, a população pareceviável. Volta e meia há capturas, inclusive de juvenis. Mas asoutras três populações que existem no rio Santo Antônio jáestão funcionalmente extintas", afirma Dergam.

Ambos os rios são afluentes do rio Doce. Contudo, enquantoo rio Piranga ainda possui um trecho considerável em que hácorrenteza forte, profunda e com fundo rochoso, o rio SantoAntônio teve o território tradicional do peixe reduzido ao queDergam chama de "aquários". "Os surubins que ainda existemlá estão em poços de 30 m de comprimento, isolados por praias

Steindachneridiondoceanum

Brachyplatystoma rousseauxii Boletim SBI 87

John Alcock estará no XXVII EAE em Bonito

populacional. Seu papel como cientista é reconhecido com apublicação de vários livros, traduzidos nos principais idiomas(inclusive português) e lidos por quase todos os etólogos domundo.

Junto de tantos outros colaboradores de grande magnitude,a Comissão organizadora do

seja um marco em homenagem aos200 anos do nascimento de Charles Darwin e dos 150 anos dapublicação de "AOrigem das Espécies", e, evidentemente, paraa história da Etologia do Brasil.

XXVII EAE mostra-se atuantepara que o referido evento

A Comissão organizadora do XXVII Encontro Anual deEtologia (EAE), a ser realizado em Bonito, Mato Grosso do Sul,em novembro próximo,

, que ministrará aconferência de abertura do evento.

O Dr. JohnAlcock é norte-americano, e Professor Emérito daEscola de Ciências da Vida da Universidade do Estado doArizona. Ele tem se notabilizado por suas grandes contribuiçõesem Etologia e Sociobiologia, sendo considerado um dosmaiores etólogos da atualidade. Tem estudado os sistemassexuais de insetos, incluindo a evolução da diversidade

comunica a vinda do Dr. John Alcock(Universidade do Estado do Arizona)

Natural History Collections Management Training Program for Latin American and Caribbean Professionals

their home institution's mission, resources, and environmentalconditions. The goal of the program is to provide training that willenable participants to return to their countries with the expertknowledge to strengthen their home institutions.

In 2010, the program will support 10 participants. Eachparticipant will receive an award that will cover their travel fromtheir country of origin to Washington, DC, and their lodgingexpenses in the DC metropolitan area. A living allowance willalso be provided. Participants will be responsible for arrangingany visas that may be necessary for their travel to the U.S. andfor the cost of such visas.

For further information and application instructions, pleasevisit If you have any questions,please contact Carol R. Butler, Chief of Collections, or Diana X.Munn, SpecialAssistant to the Director at .

www.mnh.si.edu/rc/cmtplacp/

[email protected]

The National Museum of Natural History, SmithsonianInstitution, announces the third session of a 6-week trainingprogram in the management, preservation and use of naturalhistory collections for professionals working in Latin Americanand Caribbean countries. This program, an initiative of theDirector's Office and Museum's Latino Program, and initiated byNMNH Director Cristián Samper, is made possible through thegenerous support of the Inter-American Development Bank andthe Andrew W. Mellon Foundation. The third session of theprogram will take place at the National Museum of NaturalHistory, in Washington, DC, from February 16 to March 31,2010.

The program is designed to train colleagues working in publicmuseums and non-profit research centers in best practices formanaging, preserving, and utilizing natural history collections.Participants will work collaboratively with Museum staff toidentify best practices that can be applied within the context of

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9Boletim SBI nº96

Garrone-Neto, D. 2009.

. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia).Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 204p. E-mail:

Leal, C. G. 2009.

.Dissertação de Mestrado. Programa de Pós Graduaçãoem EcologiaAplicada, Universidade Federal de Lavras.E-mail:

Rodrigues, R. R. 2009.

Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo daVida Silvestre. Universidade Federal de Belo Horizonte.67p. E-mail:

História natural, diversidade edistribuição de raias na região do Alto Rio Paraná,Brasil

Uso de atributos ecomorfológicos eseleção de habitat para caracterização de espécies ecomunidades de peixes na bacia do rio das Velhas, MG

Sucesso reprodutivo de peixesmigradores em rios barrados em Minas Gerais:influência da bacia de drenagem e das cheias.

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Envie dados da sua monografia, dissertação ou tesedefendida para que a divulguemos no próximo Boletim

Peixe da vez

Simpsonichthys santanae, coletado em uma poçatemporária formada nas margens do Ribeirão Santana,Distrito Federal.Foto: Pedro de Podestá Uchôa deAquino.

Desovas no período

EventosXIII Simpósio de Citogenética e

Genética de Peixes “Biodiversidade,Variabilidade e Aplicações”

13 a 16 de outubro de 2009

Ponta Grossa, Paraná

Informações em:http://www.uepg.br/eventos/scgp/

XXVIII Congresso Brasileirode Zoologia

7 a 11 de fevereiro de 2010

Belém, Pará

Informações em:http://www.cbzool2010.com.br/

IV Congresso Brasileiro deOceanografia

18 a 22 de maio de 2010

Rio Grande, RS

VII Simpósio Brasileiro dePaleontologia de Vertebrados

18 a 23 de julho de 2010

Rio de Janeiro, RJ

Informações em:http://viisbpv.blogspot.com/XXVII Encontro Anual de Etologia e I Simpósio Latino-

Americano de Etologia

12 a 15 de novembro de 2009

Bonito, Mato Grosso do Sul

Informações em:http://www.xxviieae.com.br

Informações em:http://www.cbo2010.com/

XIX Encontro Brasileirode Ictiologia

Informações em:

30 de janeiro a 4 defevereiro de 2011

Manaus, Amazonas

[email protected]

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Envie as suas contribuições para os próximos números.

Seus artigos, fotos para o " contribuições, notícias e outras informações de interesse da Sociedade podemser enviados diretamente para a secretaria <[email protected]>, preferencialmente em anexo.

Contamos com a sua participação!

Peixe da vez",

Participe do Boletim SBI

10Boletim SBI nº96

Novas publicaçõesecology of fishes has been added, and conservation isemphasized throughout. Hundreds of new and redrawnillustrations augment readable text, and every chapter has beenrevised to reflect the discoveries and greater understandingachieved during the past decade. Written by a team ofinternationally-recognized authorities, the first edition of TheDiversity of Fishes was received with enthusiasm and praise,and incorporated into ichthyology and fish biology classesaround the globe, at both undergraduate and postgraduatelevels. The second edition is a substantial update of an alreadyclassic reference and text.

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Aumentando o cardume...

Rafaela Priscila Ota

Thiago Nilton Alvez Pereira

Camilo Andrés Roa Fuentes

Érika Fernandes Araújo Vita

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Ficha de Inscrição encontra-se no final deste Boletim com informações necessárias para a sua filiação.Neotropical Ichthyology

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Peixe da Vez

Sociedade Brasileira de IctiologiaC.N.P.J.: 53.828.620/0001-80

DIRETORIA (BIÊNIO 2009-2010)Presidente:

Secretário:

Tesoureiro:

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente:

Membros:

Dr. Paulo Andreas Buckup ( )

Dr. Marcelo Ribeiro de Britto ( )

. Maria Isabel P.F. Landim ( )

Dr. Alexandre Clistenes Alcântara dos Santos ( )

Dr. Claudio Oliveira ( )

Dra. Emiko Kawakami de Resende ( )

Dr. Francisco Langeani Neto ( )

Dr. José Sabino ( )

Dr. Luiz Roberto Malabarba ( )

Dra

Dr. Roberto Esser dos Reis ( )

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

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Boletim Sociedade Brasileira de Ictiologia Nº 96

Elaboração:Editoração:

Secretaria da SBI:

Os conceitos, ideias e comentários expressos no BoletimSociedade Brasileira de Ictiologia são de inteira

responsabilidade da Diretoria da SBI ou de quem osassinam.

Diretoria SBI

Marcelo Ribeiro de BrittoLeandro Villa Verde da SilvaRenata de Araujo Bartolette

Setor de Ictiologia, Depto. de Vertebrados, MuseuNacional/UFRJ. Quinta da Boa Vista s/n, São Cristóvão. 20940-040 Riode Janeiro/RJ.E-mail:

Caso não queira receber futuras edições deste boletim, envie um email paracom a palavra REMOVER no campo assunto.

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Expediente

A , SBI, fundada a 2 de fevereiro de 1983, é uma associação civil de caráter científico-cultural, sem fins lucrativos,legitimada durante o I Encontro Brasileiro de Ictiologia, como atividade paralela ao X Congresso Brasileiro de Zoologia, e tendo como sede e foro a cidade deSão Paulo (SP). -

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ICTIOLOGIA

Artigo 1º do Estatuto da Sociedade Brasileira de Ictiologia.

11Boletim SBI nº96

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