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Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste ISSN: 1517-3852 [email protected] Universidade Federal do Ceará Brasil COELHO OLIVEIRA, MÁRCIA MARIA; da Conceição Mesquita Leitão, Glória Refletindo sobre os cuidados aos recém-nascidos de muito baixo peso em uma unidade neonatal: a importância dos conceitos Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, vol. 6, núm. 2, mayo-agosto, 2005, pp. 109-115 Universidade Federal do Ceará Fortaleza, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=324027951015 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

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Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste

ISSN: 1517-3852

[email protected]

Universidade Federal do Ceará

Brasil

COELHO OLIVEIRA, MÁRCIA MARIA; da Conceição Mesquita Leitão, Glória

Refletindo sobre os cuidados aos recém-nascidos de muito baixo peso em uma unidade neonatal: a

importância dos conceitos

Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, vol. 6, núm. 2, mayo-agosto, 2005, pp. 109-115

Universidade Federal do Ceará

Fortaleza, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=324027951015

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Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

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Ilejlexao

REFLETINDO SOBRE OS CUIDADOS AOS RECÉM-NASCIDOS DE MUlTO BAIXOPESO EM UMA UNIDADE NEONATAL: A IMPORTANCIA DOS CONCEITOS

REFLECTING ON THE CARE TO NEWBORNS WITH VERY LOW WEIGHT IN ANEONATAL UNIT: THE IMPORTANCE OF THE CONCEPTS

REFLEXIONANDO SOBRE LOSCUIDADOS DEL RECIÉNNACIDO CON PESO MUYBAJOEN UNA UNIDAD NEONATAL: lA IMPORTANCIA DELOS CONCEPTOS

l\URe IA MARIA COELIJO OUVEIRA 1

GLóRIA DA CONeEI ~AO l\IESQUITA LEITA0 2

Estudo bibliogrdfico desentoloido em uma disciplina do curso de mestrado em Enfermage», da Unitersidade Federal doCeard. durante o mes de maio de 2004. Objetivamos analisar reflexiramente os conceitos: recém-nascido prematuro,muito baixo peso, estresse e uuidade neonatal. Foram consultados periódicos, litros de Enfermagem, Perinatologia,Neonatologia Médica, publica[6es oficiais do sttnist ério da Saúde e o conte údo da disciplina. Concluimos que o ala dedefinir conceitosestabelece a clareza dos termos e uma melhor compreensáo da tenuitica pertinente. Tais constderacoessao relevantes, porque contribuem para a fo rmaeáo dos proftssionais da área e desperla o senso crítico desses querealizam a prdtica de Enfermagem.

UNITERMOS: Conceito: Recérn-nascido: Estresse; Unídade neonatal.

Bibliograpbical study deueloped ;'1 a course of tbe Master's degree program in Nursing al tbe Federal Unirersity ofCeará, in May, 2004. We aimed al analyztng reflectiuely tbe concepts: premature netcbom, vel)' 101L' treigbt, stressandNeonatal Unit. 11'" consultedjournals, books 01/ Nursing, Perinatology, Medical Neonatology, official publtcations bytbe Ministry of Healtb, and Ibe course contents. \Ve concluded tbat tbe action of defining canee-pts establisbes tbeclarity oftbe termsand a better understanding oftbe pertinenttbemes. Sucb considerations are releuant, because tbeycontribute lo tbe deielopment ofprofessionals in tbe Nursing jield and stir tbe critical atcarenessof tbose wbo carryout tbe nursing practico.

KEY WORDS: Concepts; Newbom; Stress; Neonatal unü.

Estudio bibliogrdfico desarrollado el/ una asignatura del Curso de Maestria el/ Enfermería, de la Unirersidad Federal deCeard. duranteelmes de mayode2004. Su objetitofue elanálisisy la reftexián de losconceptos: recién nacido prematuro,peso muy bajo, estrés y unidad neonatal. Se han consultado periódicos, libros de Enfermeria. Perinatologia, ,\'eonolologíaJlédiCll. publicaciones oficiales delsttnisterio de SaludPública)'el COI/lenido de la asignatura. Llegamos a la conciusiánde que el aclo de definir conceptos establece la claridad de los t érminos y mejorcomprensi án de la temáticapertinente.Tales consideraciones sal/ reletantes )'0 que contribuyen el/ la formación de los profesionales del área)' despierta elsentido critico de los que llevan o cabo lo práctica de enfermeria.

PALABRAS CLAVES: Concepto; Recién Nacido; Estrés; Unidad Neonatal,

I Enfermeira da Unidadc Neonatal da MEACIUt·C. Especialista cmEnfermagcm Neonatal. Mestranda doCurso dePós-GraduacáocmEnlcrmagemfFOr:IDENFIUFC. Membrodo Projeto Saúdc do Binómio Mae-Filho/UFC.

, Doutora cmSaúdc Pública. Prora. Adiunto do DENflfFOElUfC. E-mail: )[email protected]

Rev. RENE. Fortaleza. v. 6, o. 2, p. 109-115, mato.lagosto 2005

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Ilef/exiio

INTRODU(:ÁO

Os avances técmco-cíentíñcos alcancados nos últi­mos anos na área neonatal concernenteas particularidadesdo recérn-nascido (RN) contribuíram, sígnifícativamente,para a reducío dos índices de rnorbímonalídade e das se­qüelas relacionadas com as írucrcorréncías do período

perinatal .Aassísténcía terapéuticaao RN, em parceríacom as

tnovacóes tecnológicas, beneficia o diagnóstico precoce efarorece a sobrevívéncía dos RNque necessitam de cuida­

dos imediatos e tratamento especializado nas unidades deíntcrnacño neonatal (UIN).

O número de ínternarñes dos RN nas unidadesneonatais é consideradoelevado, emdecorréncíadascon­dicóes de nascímento, prevalccendo os diagnósticos deprernaturídade, de muito baíxo peso ao nascer, anóxia

perínatal, malformacóes e ourros que caracterizam os be­hes dealto risco l. Esses diagnósticos, portanto, tornam osRN vulneráveis a adoeceremou morrerem.

Os RNvivencíam enorme desconfo rto, tanto por cau­

sa do novo ambiente onde se encontrarn, como em razáoda separacáo dos país e tarnb ém a quantidade de pessoas

que o tocam e manuseiam na finalidade de se realizar di ­versos procedimentos l . Amedida quea ínternacño se pro­longa, arneaca-se a integridade do bebé, possihilitando apredísposiráo as íatrogéntas, ínfeccáo e demais complica­

~oes clínicas.Aassísténcíaneonaralenvolve urna equipeproflssio­

nal especíalízada, recursos materiais suficientes, equipa­mentos complexos de al ta soflsiicacáo, e uma diversidadedecondutas terapéuticas,consideradossuportes essenciaisasobrevívéncía do neonato internado em urna unidade de

tratamento intensivo.Durante a fase maís crítíca da íntcrnacño, os RNao

serem submetídos a procedímemos potencialmente dolo­

rosos como a íntubacáo, aspira~ao traqueal, cateterismo,

puncñes lombares, arteriais, venosas e capilares e outros,desencadeiam reacñes fisiológicas e psicológicas que pro­duzemansíedade, dor, cansaco físico e estressc no bebe.

Quando o neonato passa a ser excessívamente ma­nuseado (I34 vezes cm24 horas), tanto nos cuidados derotina, qu:mto nos procedimentos invasivos e dolorosos ,

Rev. RENE. Fortaleza, v.6, n. 2, p. 109·115. maloJagosto 1:005

sao, muítas vezcs, realizados sem cuidadosadequados paraa diminui~ao doestresse e dador l . Aprópria UTIN provo­ca desconforto, haja vista ser um ambiente intensamenteiluminado edeconstantesruidos, rnudancasde temperatu­ra,quesaofatoresgeradores deestresse e comprometem arccuperacño da saúde do bebe ' .

Assim, descrita a retina do servico e o ambientedesconfort ável, sao fato res que predíspñem o bebea doen­cas e muitos días de internacáo. o que torna ímprescindí­vel aequipe de profíssíonaís amenizar esse desconíorto.

É importante enfatizar que o bebe pr é-termo reageem face desse ambiente com algum gasto energético, quepode se refletír negativamente, em termos fisiológicos, nodesenvolv ímento do Sistema Nervoso Central (SNC) e aténaintera~ao mñe-bebf l . Nes~l fasede ínternacáo, sao mínimasas tnteracóes afeiuosas comos It'i, embora muilos seiam os

contatos profission:tis.Os estudosque tentarn identificar o comportamen­

toassocíado ador no RN utilizamcommaior freq üéncía os

seguintes parámetros: respostas motoras, mímica facial,careta, choro, vigflla e a relacño da díade rn áe bebé. Ares­

posta comportamental a um estímulo reflete a totalídadeda experienciadolorosa, incluindo osaspectossensoriaíseemocionais que ímplícam o estresse ' .

Nesse sentido, as infl uencias da atua~ao terapéuticasobre as caractcrfstícas psíquícas e componamentaís do RNdevcm ser consideradas por urna equipedeprofissionaís quevísarn arecupcrarño da saúde, ao desenvolvímento físico epsíquicodo neonaio, pormeiodeum aiendímerno humanizado.

No íntulto de cornpreendermosa relacño docuida­

do terapéutico e os fato res causadores de csiresse aos RNprematuros internados na UIN, devemos buscar conhecí­

mentos atualizados, assim como estahelecer a clareza dosconceitos perti nentes dessa temática, contribuindo na assí­

mílaciío e em nOV:1S ínrervencóes de enfe rmagem.

Esse entendimento conceítual possibilita aequipeprofissional que cuidado recém-nascído,urna melhor com­

precnsáo do cuidado, propiciando medidas preventivasquantoao desconforto e ao estressedo bebe. Aassisténcia

neonatal enriquece, em fun~ao destas novas tendenciasprovocadas, por tao grandestransformarócs.

Os conceitos representam uma construcáo mental,logicamente organizada e fundamentada na ciencia, a qua!

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desenvolve seus próprios termos ou conceitos para comu­nicar os resultados com maior precísáo 4. Oato de definirconceitos implica critérios de relevancia que auxiliam naselecáo e cm princípios queorientama consrrucáode defí­nícóes científicas 5.

Esta temática enfoca conceitos específicos impres­cindíveis para a aruacáo do profissional que mantém es­treíta sintonia com a assísténcía, pois a ampl íacáo e a

aquisi ~ao das informacóes priorizam a dímensño dosaber,norteando o equílfbrío entre a teoría e a prátíca, com a

finalidade de construir competencia.Pretendendo que o estudo ofereca subsídios para

os profissionais de Enfermagem da área cm Neonatologia,objetivamos analísar reflexivamente os conceit?s: recém­nascído prematuro, muito baíxo peso, estressc e unídadeneonatal. .\ medida que esse conhecimento cienlifico seamplia, acrescenta também a percepcáo do proflssíonal,que proporciona, conseqiientemente, a melhoria da qualí­dade da assísténc íade enfermagem.

METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica reali zada durante o percur­so metodológico da disci plina Marcos Conceituais para aPrática de Enfermagem do Programa de Pós-graduacáocm Enfermagem - Mestrado da Universidade Federal doCeará, no mes de rnaio de 2004. No decorrer da discipli­

na, fo ram realizadas aulas expositivas ministrada peladocente, assirn como ocorrerarn semi nários, díscussñes e

pesquisa de campo.É urna rev ísño bibliográfi ca, ou seja, é urna atívída­

de de buscaa diversas fontes de ínformacñes escritas, cuja

coleta dos dados pode ahranger aspectos geraís ouespecífi­cos acerca de um determinado tema6.

O estudo foi desenvolvído a partir de uma análise

reflexiva atemáticaque se refcre ao período de internarñodo recém-nascido. Nestaabordagem, selecionamosalgunsconceitos pertinentes ao assunto: recém-nascído prematu­ro, muito baixo peso, estresse e unidade neonatal , osquaís

consideramos como objetos de in\'estiga~ao e de granderelevancia para o cuidado de enfennagem.

Foram consultados lívros de EnfermagemNeouatal,

Pcrinatologia e Neonatologia Médica, periódicos dos últi-

Reflexiio

mascinco anos, publícacóes ofícíaís do Ministério da Saú­

de, além do conteúdo referente aos marcos conceituais.Procedemos a análise dasliteraturas pesquisadas e,

criteriosamente, seleclonarnos as ínformacñes maís rele­vantesareflexño .

ANÁLlSE DE CONCEITOS

Acompreensño dos conceítos e a avallacáo críticaensejarn a selecáo de ínformacóes que podem contribuir

para o aprímoramento do carpo de conhecimento da en­fe rmagem profi ssional 7.

Essa cornpreensáo é necess áría quando se faz urnaleitura crítica, quando se analísa naesséncía e na totallda­de, o mundo que nos rodela, Para facilitar a dívulgacáo dotema ou pensar a respeíto devemos usarpalavras, termos",

Tais palavras ou termos saoconceitos.Por esta razáo, osconceitos prec ísamser defi nidos

e explicitados para entño perntitirem aos pesqutsadores,docentes e discentes ou demaís leitores a dístíncáoentreosentido de um conceito e de outro, urna vez que, depen­dendo do momento e do contexto onde se insere, o termose modifica 9. Osignificado de um conceito , portante, naoé estático.

Devernos considerar a realídade cmqueo conceitoestá inserído, fato que será determinante parasua aplica­~ao e comprccnsáo. 1'\0 caso de urna pesquisa, o marco

conceitual significa sernpre algo bem particular.As linguagens específicas da áreasaoconsideradas

comoas principais díflculdades no uso dos conceítos, cmvírtude de um mesmo termo poder referir-se a fen ómenosdiferentes 10 Aesse respeíto, percebernos o quanto é im­portante a dcltmitacáoadequada de marcosconceítuais paraa valídacáo de urn estudo científico .

Adefini~io dos conceitos restringe-seaoestudo aserdesenvolv ído, considerando asquestñes lingiiísticas, desen­

tido e adequacño ao lema proposto. Um mesmo conceito

pode ser definido de forma diferente cm cstudos diversos;quanto mais concreto for um conceito, rnaior facíl ídade teráo pesquísador de delimita-lo como marco conceítual 'l .

Ao dernarcannos conceitosnas pesquisasde Enfer­magem contribuimos para a qual ídade do conhecimentoaprendidoe,conscqüentcmcnte, paraa práticaproflssíonal.

Rev. RENE. fortaleza, v. 6 , n, 1:, p. 109-115. maioJagoslo 200

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Reflexáo

o DISC URSO DA LITERATURA

Ao refletirmos sobre a vivencia do rec érn-nascídode muito baíxo peso internado na unidadeneonatal é fun ­damental ccnceítuaros termos rnaís pertinentes atemáticapara atingí r a efíc áda da comunícacáo.

A dinámica do nascímentoé um momemo comple­

xo, delicado, permeado de expectativas e sofrimento, emvirtude das alteracñes fisiológicas orgánicas a que o serhumano é submetído.

Osignificado fi siológico do nascímento tem início

com a expulsáo do bebe, seguida do clampeamcnto e doseccionamento do cordáo umbilical. Apartirdossinaís darespíracño ou de qualquer outra evidencia vi tal, comobatimento cardíaco, pulsacáo do cordáo umbilical ou mo­

vírnentos efetivos da musculatura voluntária , o feto torna­se um RN12.

De acordocom o número de semanas gestacíonaís,

denomina-se o RNprematuro «37 semanas) , a termo(37 a 42 semanas) ou pos-termo (>42 semanas) 1.\ . lIáurna outra classíñcacáo do RNrelacionada ao peso denas­

cimento e a ídade gestacíonal, resultando nas categoríasrecém-nascído prematuro (RNI'!') limítrofe, RNPT mode­

rado e RNPT extremo, considerando a idade gestacionalinferior a trinta semanas e peso menor que 1.500g. 10mgeral, esses RNmedcm menos de 38 cm de estatura e me­nos de 29 cm de perímctro cefálico. Essas caraucrfstícasindicam queo RN é vulnerávelas doencas esuamaturídade

está comprometida H

Quanto maíor fo r a prematurídade do RN, rnaioresos problemas conseqiientes; surgern, comfreqüéncía, cri ­sesde apné ía, distúrbios hidroeletrolíticos, ínfeccñes, he­

morragia intracraniana, dentreoutros. Essas complícacñesdecorrem da ímaturídade pulmonar, da pele, do sistemaimunológico e, aIrugílídadc dos capilares cerebrais, con­

tribuindo para o surgimento de urna série de dificuldadesqueenvolvema adaptacño e evolucño navídapós-natal ".

Aesse respeito, a enanca prematuraé considera­da um ser frágil que apresenta imaturidade fisiológica, epor ísto, sua sobrevída depende da boa condueño da as­sísténcíaqueIhe seráprestada nos primeiros dias devida16.

Poressa razao, oatcndimentodequalidadedeve come~ar

logo na hora do nascimento, dando continuidade ao ser

Rev. RENE. Fortaleza, v. 6, n. 2, p. 109·115, maioJagosto Z005

admitido na UIN e permanecer sobos cuidados atéquan­do for necessario.

Os rec érn-nascídos de muito balxo peso,geralmen­tesornam a estacondicáo a prcmaturídade, sño considera­dos bebes de alto risco. Fora esta condícáo, os neonatos,

queindependcm daidade gestacíonal oude pesoaonascertamb ém podem adoecer ou falccer em dccorréncia dascondícñes que alteramsuaadaptacáo ou suaexistencia 17.

As maíores compl ícacóes do RN prematuro está re­lacionada a imaturidade pulmonar, cuja musculatura res­pi ratória é pouco desenvolvída, as paredes torácicas

complacentcs e os pulmñes sao deficientes de surfacrante.Este quadro clínico prcdíspñe o neonato a depender daoxígenoterapía e aos riscos de comprometimento duranteIntervencño terapíhuíca 18. Por conseguinte, no dccorrcr daImernacño. nos deparamos com diagnósticos de

broncodisplasia pulmonar e retinopatia da prernatundade,emdecorréncía do uso de oxígénío.

Esses neonatos, entretanto, aprescntam condicóesfisiológicas que comprometem o resultado do tratamenro,

que os tornam maís vulner áveis a rnorbidades, por causada imaturidade cardlovascular, gastríntesünal, dérmica,hepática, renal e baíxas reservas metabólicas.

O prognóstico guarda estreíta relacáo corn as con­dícóes denascírnento edeassísr éncíaadequada noperíodoperi e neonatal. Aqualídade desta assist éncia deve voltar­

se, principalmente, para a rcducáo da rnortalídade e paraaprevencño dasmo rbidades.

Aequipe deenfermagem neonatológica, exerce urnimportante papel no suporte ao RNenfermo e ¡I familia,visando sua adaptacáo ¡¡ vida extra-uterina e a prevencíodas possíveis complícacóes no período que vaí do nasci­

memo aos 28 días de vida.Aprática de enfermagem é objeto de modíflcacñes

quanto as ínovacóes da tecnología, porérn a fo rma de cui­

dar está voltada paraqueo IU,possa vivencíar a ínrernacáo

de rnaneíra menos dolorosa, menos traumauzame, enfim

menos estressante.OMinistério daSaúde recomenda um novo método

de assist éncia cm sua Norma de Aten~io llumaruzada aoRecém-Nascido de Baixo Peso - ~¡¡¡e-Canguru 2, que au­menta o vínculo afetivo elllre mae e fil ho, e ohjetiva ahumaniza~ao do atendimentoa esse binomio, dUl"Jnte todo

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o período de íntemacño. Essa norma príorizao prognósti­co do RN, inclusive, o de baíxo peso, considerando as in­fluéncías da atuacáo terapéutica e do ambiente hospítaíar,

Nesse sentido, podemos afi rmar que alguns profís­síonaís rnostram lnteresse cm mudar sua postura, preocu­pando-se como vínculo rnñe e fil ho, coma amamentacáo

e, comosfatores ambientais quecausamestresse. Nos hos­pitaís, percebemos, constantemente, a soltcítacáode man­

ter o ambienteemsilencio, amenizando, assím, o harulho,em um local endese prioriza a tranqilllldade.

Oestresse é um dos lemas mais debatidos nos últi ­

mosanos nas matsdiversasáreas da vida, especialmentenoambiente de trabalho, Otermo estresse tem origem no sé­culoXIX, comengenheiros anglo-saxñes,significando pres­sao ou tensáo. Compreende um conjunto de reacóes do

organismo de origem diversa capazde perturbar o equilí­brio interno 19

Ocstresse é urna reacño doorganismo causada poralteracócs psicoflsiol ógicas que ocorremquandoa pessoase defronta com urna sítuacño que, de um modo ou deoutro, a irrite, a amedronte, excite ou confunda 20 É urnadesestablllzacáo biopsícológícaque,sepassageíra, podeser

considerada fisiológica; se ocorrer de fo rma sislemáticaou, se permanecer por longos períodos poderá causarse­qüelas l . Por isso, o estresse pode ser positivo ou negativo,normal oupatológico.Todavía,a tensño normal é urna con­

di~ao física e mental saudavel que prepara a pessoa paralidar comas sítuacóes de crise21. Oestresse surge quandoo meio amhíenteexige multo, arneacando o bem-estar oua

integridade da pessoa. ISlOpode ocorrer cm fases queváoda reacáo de alarme atéa fase de exausüo22.

Por conseguinte, na unídade neonatal os RN pre­maturos saoosmaís susceptívets aosefe ítosdo meio ambi­

enteeao desencadearnento de estresse, sobrctudoquandoo tratamento é de maior complexídade e exige rnalor tem­po de ínternaciio.

A" condkóes do IlJ'; afeum SU:L~ neccssídades prí­mordíais, e interferem nas rcsposus ou ínstabílídade d;1S

funcñes fisiológicas.Opróprio dcsenvolvtmento neuromotore as alieracñes cardiorrespiratórias estímulama apnéía, a

bradicardia, a hipossatura~ao (dim inui~ao da P02) , cau­

samo aumento das demand:L' calóricas, tornando difícil oaumento de peso 2.

Rej7exiio

Como já relatamos, a superlotacño, o barulho, asfalas, o alarme dos aparelhos, a realízacáo inínterrupta deprocedimentos e a ílurninacáo intensasao fato res constan­tes na UIN, motivo pelo qual esta é considerada um ambi­ente estressante. Comudo, é tambérn um ambiente deaprendizagem, deesperanca, onde toda a equipe proflssío­nal.díutu rnarnente trava lutaentre a vida e a morte.

A equipe de saúde das unidades neonatais deve

preocupar-se com os fatores que provocara estresse nobebe e utilizar estratégias para amenizar a dor, o deseen­

forto e as complicacócs decorrentes do mesmo; deve di­minuir :1 lumí nosídade, os ruidos de todos os tipos,inclusive as vozes queecoam na unidade; devemvalorizaro toque, o manuseío minimamente necessário e a posi­~ao confo rtável do bebe.

O manuseío excessivo produz estímulos dolorosose, consequentemente, resposta estressada no RN. Portanto,a terapéutica do cuidado, bem como o tratarnento da dor,deve comecar pela humanizacáodas UIN, acrescída da re­dueño donível de ruído, de luze de protocolos de interven­

~ao mínima.Nós, enfenneiros, devemos permanecer atentos para

o fato de que todos os procedímentos realizados no RNproduzamum estado dealertacom a expectativa de rnelho­ra. Como díssemos, tais procedírnentos e o comportamen­to dos profissionais exlgem demaís do organismo do RN,que já se encontra debilitado e, conseqiicntemente, cau­sam estresse 1, emborapossam ser considerados por uns,

essenciais ao tratamento. Além do mais, ensejam cansacofís ico e mental, tanto para o bebe, como para quem osrealizarn . Em um dosartígos consultados, registraramqueodesgastefísico e mental emdemasíadurante a assísténcía

aos RNna unídade, torna o trabalhoestressante H

Cabe, portanlo, 11equipe de profí ssíonaís da UINhumanizara tecnología a fimde torna-la menos fria e mais

receptiva 11 clientela, buscando urna terapéutica do cuida­do que reconstrua a Enfermagem em neonatología comociencia e artedocuidar, melhorando a qualídade devtda ede saúde do R.'\.

AUL'\ é um localondeseconcentram recursos mate­ri:lis e humanos especiaIi7~ldos , capazes de favorecer muaassislcnciaquegarancl a observa~ao rigorosa eo tralamentoadequadoaosRN graves, totalmente dependentes dos cuida-

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Reflexiío

dos de urna equipe. AU1N é L1ITIbém urn ambíente hostil epouco amigável, carecendoquea Enfermagem o transformeern ambiente receptivo e acolhedor, tanto para o bebe comoparaos país, minimizando a scparacño e fortalecendo os la­<;os afetívos .1. Ressalte-sequño essencialé a partícípacáo dos

país nesta fase, acarinhandoaenanca,aprcndendooscuida­dos a ele dispensados para cuidar deleapósa altahospítalare, parasesentirem seguros quantoa este aspecto.

Neste cenário, o RNpermanece por alguns días oumeses, na expectativa de sobrevíver, de recuperar-se does­tado críticodesaúdesoba responsabilidadede equipe atu­ante que, espera-se, tenba cnnhecímento, habíl ídade esensibilidadeparaa real ízacáode técnicas eo manuseiodopequeno ser. Contar sernpre com a parucípacáo dos paísdurante o processo de recuperacáodo bebe, estimulando­os a tocaremo filho , a passar-lhe energía positiva, fuvore­cendo o estabelecimento do vínculo recíproco o quepotencializa a capacidade do bebe sobrevíver,

CONSIDERA~ÓES FINAIS

oprofissional adquire conhecimentos a partir dosconceitos, ou constructos, considerados esses de extremarelevancia tanto para a aquisi<;ao do saber, como para adífusáo das idéias, contribuindo assírn, com a ciencia e aprática da proflssño.

Aárea da saúde é um campo vasto ande ocorrem

mudancasconstantese novas pesquisas ampliam osconhe­cimentase tornam-se necess árías as rnodíñcacóes.AEnfer­

magem, por suavez, tern buscado o aprimoramento de umcorpo própriodeconhecímeruo,cuja aplícaeío está inseridanouniversodoensino, da pesquisae daextensño, noplanodegraduacáoe da pés-graduacño.

Apesquisa em Enfermagem se fu ndamenta no co­nhecimentocientífico, que permeiaa suabase e a sustenta­<;ao, e desta forma fortalece cada vez mais a profíssáo, quese deparacomdesafíos e novas paradigmas.

Arev ísáo de literatura como forma de investigacáo

den-nos a oportunidade de aprofundar o conbecimentosobre recém-nasc ídos e unidade de terapia intensivaneonatológica, levando-nos a um processo reflexivo, foca­lizando os signifi cadoscontextuaís, e os subsidios necessá­

rios para urna prática de cuidado rnais crítica.

Rev. RENE. Fortaleza, v.6, n. 1, p.109-115, main.lagoslo 1005

Amedida que nos tornamos rnaís capacitados parafazer [ulgamentos e avaliar o conbecimento científico, nos­so pensamento crítico se aperfcicoa e nos dá a chancedecontri buir para urna assísténcía de enfermagem de qualí­dade, Considerarnos estes aspectossubsídíos para as con­durasdos profl ssíonaísde cníermagem, beneficiando,deste

modo, o paciente.A ímplernentacáo da atencño humanizada aos re­

cérn-nascldosde haíxo peso, nas maternidades, leva a urnamillar consctentízacáo dos profissionais quantoas mudan­<;asquese fazemnecessáriasaoambiente, comccandopelo

acolbimento da parturiente ou puérpera, pelo fomento darelacáo rnáe-ñlho e pela mclhoria da assísténda ao RN.

Aproporcáo que refletímos sobre os conceitos im­plícitos no nosso faze r, buscamos a excelencia do cuidadodaprátíca profissional ea competencia parao cuidadocomo ouiro, sendaa nossa principal razáo de atuacáo.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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