são para todos: 32 - campinas · sanatório se dava pela separação entre as alas ocupadas por...
TRANSCRIPT
DO
BR
E A
QU
I
5
Veja onde fica o Sanatório Santa Isabel e conheça outros patrimônios que também são para todos:
DO
BR
E A
QU
I
6
histórias sobre a saúde mental em Campinas
1
Sanatório Santa Isabel:
www.campinas.sp.gov.br/governo/cultura/patrimonio/
EXPEDIENTE
Prefeito Municipal de Campinas - Jonas DonizetteSecre tá r io Munic ipa l de Cul tura - Ney Car rascoCoordenadora Setorial do Patrimônio Cultural - Daisy Serra Ribeiro
Folheto paraTODOS: Rita Francisco
É uma publicação da Coordenadoria Setorial do Patrimônio Cultural (CSPC)
32 15 de abril de 2013Prefeitura Municipal de Campinas
CatedralMetropolitana
Solar doBarão de Ataliba
Nogueira
AntigoHotel
Terminus
Rua
Gal
Osório
Av. C
ampos S
alles
Rua Barão de Jaguara
Rua 13
de
maio Rua Conceição
Rua
C
osta Aguiar
Rua José Paulino
ConjuntoConceição
N
32
SanatórioSanta Isabel
Avenida Abolição
Av. Eng. Antonio Francisco de Paula Souza
Av. Eng. Roberto Mange
CapelaSanta Cruzdo Fundão
Avenida Mirassol
Cemitérioda
Saudade
3 4
O antigo Sanatório Santa Isabel se situa à Avenida Aboição, nº. 1000, no bairro Ponte Preta em Campinas.
Isso tambémé patrimônio!
O antigo imóvel possuía capacidade para apenas 40 pacientes, divididos em ala masculina e feminina. O prédio da avenida Abolição, por suavez, dispunha de 250 leitos divididos em duas alas, além da infraestrutura considerada necessária à época para esse tipo de tratamento médico.
Propagandas da época diziam: “Há em Campinas um Sanatório privilegiado pela situação, clima e conforto, para doentes nervosos e mentais”.
De fato, naquele momento, aquele trecho do bairro Ponte-Preta ainda permanecia quase rural, longe da agitação e das construções do meio urbano em expansão na cidade.
Elevado em relação ao nível da rua e situado em um ponto alto da região, o prédio estava valorizado paisagísticamente pela perspectiva aberta, segundo os padrões de implantação que norteavam os edifícios hospitalares europeus.
Internamente, a ordenação disciplinar do Sanatório se dava pela separação entre as alas ocupadas por homens e mulheres, que seguiam uma organização hierarquizada em primeira, segunda e terceira classes, além da divisão por categoria de pensionistas (internos tranqüilos, agitados, indigentes, etc.).
A compartimentação em inúmeros cubículos que se comunicavam através de longos corredores, contornando pátios internos, nada mais eram do que celas, onde, pode-se dizer, ficavam confinados, ainda que em diferentes graus de isolamento, os pacientes com problema de saúde mental.
Campinas, há muito tempo, é uma cidade referência na área de atendimento hospitalar. E isso não só para os moradores da cidade, como também para aqueles de cidades da região.
Essa tradição remonta ao período entre as décadas de 1920 e 1940, quando se instalaram aqui vários hospitais, inclusive os de especialidades médicas . Dentre essas instituições
especializadas, podemos citar: o Sanatório Cândido Ferreira, a Maternidade de Campinas, a Associação Protetora à infância – Hospital Álvaro Ribeiro (hospital pediátrico), a Casa de Saúde Bierrembach de Castro (h
e o Instituto Penido Burnier (doenças de olhos, nariz e garganta).
No mesmo contexto surgiu o Sanatório Santa Isabel que, idealizado e concretizado pelo médico psiquiatra Rui Vicente Melo, foi inaugurado em janeiro de 1939.
Primeiramente instalado em casa alugada na avenida Washington Luís, foi posteriormente transferido para o prédio da avenida Abolição, devido ao aumento da demanda de pacientes.
“ ”
ospital psiquiátrico)
Uma história pra lembrar.
Uma tradição pra esquecer...
A internação de pessoas portadoras de transtornos mentais no Brasil em hospitais especializados remonta à metade do século XIX.
Apenas a partir dos anos 1970 é que têm início experiências de transformação desse modelo, alterando as formas de tratamento inicialmente nos próprios hospitais existentes e, mais tarde, propondo alternativas à internação.
A Constituição de 1988 foi a responsável por estabelecer, assim como em outras áreas, as condições institucionais para a implantação de novas políticas de saúde, entre as quais a de saúde mental.
A partir de então é que foi incentivada a criação de serviços em saúde mental de atenção comunitária, sem internação. Do mesmo modo, foram regulamentados critérios mínimos de adequação e humanização dos hospitais especializados.
Pelos processos muitas vezes cruéis e ineficientes do ponto de vista do tratamento médico aos quais eram submetidos os pacientes, a história da saúde mental ainda tem capítulos obscuros, que um edifício como o Santa Isabel ajuda a desvendar.
Talvez pelo mesmo motivo, o empreendimento residencial hoje em construção no local mencione, num eufemismo, a preservação do Hospital Santa Isabel.
públicos,