só para relembrar alguns professores das universidades jsd/psd!

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INVESTIGAÇÃO EXPRESSO Ex políticos não estão a pagar dívidas ao BPN Arlindo de Carvalho não reconhece que deve €60 milhões Duarte Lima entrou em incumprimento total em março

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Assim se vê a "escola"....

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INVESTIGAÇÃO EXPRESSO

Ex políticosnão estão a pagardívidas ao BPN

Arlindo de Carvalho não reconhece quedeve €60 milhões Duarte Lima entrou

em incumprimento total em março

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Créditos malparados Clientes sonantes doBPN esperam que sejam os tribunais a resolverdívidas acumuladas nos veículos do Estado

Notáveisnão estãoapagaro quedevem

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Parvaloremdá 4 anos de folgaa Aprígio Santos

Estado aprovou um planode renegociação quepermite ao presidente daNaval adiar €154 milhõesde dívidas ao antigo BPN

No último dia em que esteve emfunções a 28 de junho deste anoa anterior administração da Parvalorem aprovou uma propostade reestruturação de €154 milhões em dívidas contraídas pelogrupo de empresas de AprígioSantos ao antigo BPN e que foram herdadas por aquela sociedade veículo criada pelo Estado Segundo informações obtidas pelo

Expresso a Parvalorem dispôsse a oferecer ao presidente doclube Naval l s de Maio um período de carência de juros de trêsanos e um período de carênciade capital de quatro anos O quesignifica que o empresário sótem de começar a pagar juros sobre o que deve a partir de 2016 ea amortizar capital em 2017A proposta de reestruturação

implica que Aprígio Santos desista de uma ação interposta emtribunal contra o BPN no ano

passado que envolve um pedidode indemnização e cujos contornos não são conhecidos Até há

uma semana o empresário ainda não tinha desistido da açãoMas não foi possível confirmaraté à hora de fecho se o empresário terá desistido da ação nosúltimos dias O Expresso soubeapenas que esta carência de capital e juros não é pacífica dentroda Parvalorem

As condições de renegociaçãode crédito oferecidas de acordo com fontes internas do veículo são excecionalmenteboas uma vez que permitemuma folga bastante grande Oempresário não tem de reforçar as garantias bancáriasatuais —essencialmenteterrenos — e foi lhe dadaapossibilidade de pagar em prestações

anuais em vez de mensais outrimestrais

Dos €154 milhões devidos pelogrupo do dirigente desportivo€142 6 milhões correspondem a

empréstimos concedidos peloBPN a sete empresas enquanto

€12 milhões dizem respeito acontratos de quatro empresasrealizados com o BPN Crédito

Nos contratos que estão nasmãos da Parvalorem relaciona

dos com o empresário da Figueira da Foz o maior montante emdívida no valor de €66 milhõesestá associado à Aprigius —Companhia de Investimentos Imobiliários Comerciais seguido de

€26 8 milhões daAlgarvesol e dedois empréstimos contraídos pe

la Imoholding e pela ParquesMondego cada um deles no valor de mais de €22 milhõesApesar dos contratos de crédi

to do presidente da Naval terempassado para o departamento decontencioso da Parvalorem nãoforam até hoje interpostas quaisquer ações executivas contra eleO lote de dívidas inclui alguns milhões de euros em contas deixa

das a descoberto sem que tivessesido definido um limite para issopelo banco Uma situação comum a muitos dos clientes herda

dos do BPN pelo Estado O empresário não consta da lista demais de 500 clientes com dívidassuperiores a meio milhão de euros que entraram em incumprimento total referida pelo Expresso na última edição Contactado por telemóvel Aprígio Santos não se mostrou disponível para prestar declarações

DO BPN PARA O ESTADO

Na sociedade veículo Parvaloremcriada pelo Estado para gerir €4 milmilhões de dívidas há nomes que vêmde trás e se mantêm em atividade

Armando Pinto

No tempo de Oliveira Costa foi diretordo departamento jurídico e depoisadministrador do BPN Desde julho queé diretor de assuntos jurídicos econtencioso da Parvalorem Pela sua

conduta no BPN foi condenado peloBanco de Portugal a uma multa de€200 mil e inibido por cinco anos de

trabalharem instituições financeiras

Gabriel RothesFoi administrador financeiro do BPN

até 2005 Foi responsável pelo BPNCayman Em 2006 foi nomeado diretordo departamento de contenciosotendo transitado para o mesmo lugarna Parvalorem Desde julho deste anopassou a responder a Armando PintoCoordena as ações judiciais com vista arecuperar créditos O Banco dePortugal condenou o a uma multa de€175 mil e a uma inibição de três anos

em instituições financeiras

Jorge PessoaEstava no BPN desde 2005 foiadministrador do banco já depois danacionalização e tornou seadministrador da Parvalorem Foi

convidado a sair do cargo pelasecretária de Estado das Finançasjuntamente com os dois colegas daadministração Faz parte agora dadireção de recuperação de crédito masnão tem funções atribuídas

Jorge RodriguesFoi diretor de auditoria e inspeções notempo de Oliveira Costa Agora édiretor de recursos humanos da

Parvalorem O Banco de Portugalcondenou o a €350 mil de multa e a

um período de cinco anos sem podertrabalharem instituições financeiras

Luís Pereira Coutinho

Foi diretor do departamento de riscono BPN durante o reinado de Oliveira

Costa Cabia a si e à sua equipaverificar as garantias dos clientes aquem eram concedidos créditos sendoque a falta de garantias reais éatualmente um dos maiores problemasque se colocam em relação aosempréstimos incobráveis parados naParvalorem Hoje é ele que analisa orisco na direção de recuperação sul dasociedade veículo

Teodoro Ribeiro

Foi diretor da área comercial e de

empresas no BPN fazendo parte docírculo de confiança do entãopresidente Oliveira Costa Atualmenteé o diretor da zona sul da direção derecuperação de crédito

Teófilo CarreiraFoi administrador do BPN antes

da nacionalização e agoraé responsável na Parvalorem por umaárea de recuperação de créditoFoi acusado este ano pelo Bancode Portugal num processode contraordenação relacionadocom práticas de falsificaçãode contabilidade e o não cumprimentode regras contabilísticas

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Ex políticos acumulam jurosTexto MICAEL PEREIRA

Ilustrações ALEX GOZBLAU

Os casos foram faladosnos últimos anosquando o MinistérioPúblico começou a investigá los e serviram muitas vezes de

exemplo para o quecorreu mal com oBPN Arlindo de Car

valho ex ministro de Cavaco Silva ElAssir amigo de Dias Loureiro um outro ex ministro do atual Presidente da

República Duarte Lima ex líder parlamentar do PSD Todos com dívidas pesadas ao banco Enquanto as investigaçõesjudiciais se arrastam desde 2009 semque se saiba ainda qual poderá ser o seudesfecho nem quando é que isso acontecerá os juros vão acumulando Segundoo que Expresso apurou nenhum daqueles três grandes clientes da instituiçãoantes liderada por José Oliveira Costatem pago qualquer prestação sobre oscréditos que estão pendurados agora naParvalorem um veículo criado pelo Estado para recuperar o que for possívelNeste momento Arlindo de Carvalho

tem pendentes — ede acordo comdocu

mentos a que o Expresso teve acesso naParvalorem — dois créditos emnomepessoal um de €26 4 milhões e outro de

€4 9 milhões O maior deles tem garantias recebidas pelo banco de apenas

€21 6 mil Além disso há mais três dívidas por pagar de empresas associadas

ao ex ministro €22 4 milhões daGeralbreiner€5 8 milhões da Pousaflores e€36 7 mil da Palácio Águias Ao todo

são €59 5 milhões em incumprimentototal sendo que €31 3 milhões a títuloindividual

O advogado do antigo ministro da Saúde argumenta que o seu cliente não está a pagar porque simplesmente não

tem de pagar João Nabais explica queas dívidas foram contraídas por Arlindode Carvalho para comprar imóveis a sociedades ligadas ao BPN com o objetivo de os vender e que existem contratos em que o banco se obrigava a recomprar as propriedades caso o ex governante não conseguisse realizar as operações com sucessoNão existe nenhuma dívida esclare

ce Nabais É por isso que há atualmente uma disputa em tribunal com açõescíveis postas por nós ainda em 2009 emque o meu cliente exige que o bancocumpra o que está nos contratos E queincluirá além da recompra dos imóveisum valor extra pelo trabalho desenvolvido na tentativa de arranjar compradorespara os terrenosArlindo de Carvalho foi ouvido uma

única vez emjulho de 2009 pelo Departamento Central de Investigação e AçãoPenal DCIAP onde se concentram quase 20 processos crime relacionados como BPN Na altura foi alvo de buscas econstituído arguido por indícios de crimes de burla fraude fiscal e branqueamento de capitais Mas há três anos emeio que não voltou a ser contactadoJá em relação a Abdul Rahman El As

sir um negociante de armas libanês quese tomou conhecido em Portugal por

ser amigo de Dias Loureiro no tempoem que o ex ministro fazia parte da administração da SLN hoje designada Galilei estão ainda por pagar €35 milhões sem contar com juros relacionados com empréstimos feitos por três sociedades associadas ao empresário Deacordo com documentos internos LaGranjilla Corporation tem €3 7 milhõesde crédito em situação irregular aGransoto tem €14 milhões e a Miraflores Dieciocho mais €17 7 milhões —nestas duas últimas situações sem quaisquer garantias recebidas Nunca pagouqualquer prestaçãoContactado na semana passada por cor

reio eletrónico Pascal Maurer o advogado de El Assir na Suíça não respondeuàs perguntas do Expresso O empresáriofoi preso em junho deste ano num hotelhelvético — nãoa pedido dasautoridades portuguesas apesar de estar sob investigação em Lisboa mas a pedido dasautoridades francesas que querem asua extradição El Assir é suspeito de estar envolvido no caso Karachi sobre asligações entre um atentado no Paquistão em 2002 e um negócio de venda dearmamento em que foi intermediárioenvolvendo políticos franceses Há doisanos de resto que o libanês não sai daSuíça para evitar um outromandado de

extradição emitido por Espanha por causa de crimes fiscais O BPN é só mais um

caso na sua lista de problemas

Pagou mas deixou de pagar

A situação do advogado DomingosDuarte Lima é um pouco diferente Oantigo deputado social democrata quetem um crédito em nome pessoal queneste momento acumula uma dívida

de €5 3 milhões ainda pagou algumasprestações a última delas no ano passado apesar do seu elevado montante—€120 mil por mês O empréstimo foi

contraído em 2009 já após a nacionalização do BPN e está totalmente vencido desde março deste ano tendo sidoentretanto enviado para o departamento de contencioso da Parvalorem Peloque se percebe dos documentos que oExpresso consultou já tinha sido objeto de uma renegociaçãoMas o empréstimo pessoal é ainda as

sim aparte mais pequena do que aParvalorem quer receber do advogado Emmarço de 2011 os gestores de recuperação de crédito daquele veículo do Estadoremeteram para contencioso a dívida de€49 9 milhões da Homeland Trata se de

um fundo especial de investimento imobiliário fechado constituído pelo seu fi

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lho Pedro Lima com 42 5 pelo seu sócio Vítor Raposo com outros 42 5 epelo fundo de pensões do BPN com 15para comprar um conjunto de terrenosem Oeiras e cujos contornos acabarampor levar o Ministério Público a acusá lode burla O fundo já está em incumprimento há bastante tempo o que fez comque os juros e as penalizações subissemdo montante inicial de €43 milhões paraos atuais €49 9 milhões E sendo que €21milhões pendem sobre Duarte Lima Aotodo portanto o ex deputado tem €26 3milhões para pagar Nem ele nem o seuadvogado estiveram disponíveis para falar ao Expresso

Dos vários créditos malparados do BPNque envolvem figuras públicas há depoiscasos ainda mais difíceis por causa dosseus contornos complexos e em que arecuperação do dinheiro pelo veículo doEstado é virtualmente impossívelUm dos dossiês à espera de resolução

diz respeito a um empréstimo que envolve uma empresa do presidente do Benfica —a Inland Uma sociedadeespanhola a Administradora Transibérica pediuum crédito ao BPN para comprar açõesda SLN ex dona do banco detidas pelaInland Já após a nacionalização do BPNos advogados do banco entregaram umaqueixa crime ao DCIAP em que levantam suspeitas sobre aquela transação esobre a relação entre as duas empresasjá que eram ambas representadas por Almerindo Duarte sócio de Luís Filipe 1Vieira De acordo com essa queixa crime a Inland recebeu €12 6 milhões aTransibérica não pagou uma única prestação ao BPN deixando de ter atividadee as ações desapareceram Fonte próxima da Inland defende que o negócio foiclaro que as ações foramvendidas ao valor de mercado e que o sócio de Luís Filipe Vieira só foi procurador da sociedadeespanhola nesse contrato

com ISABEL VICENTE

mrpereira@expresso impresapt

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500 maioresclientes do BPNdeixaram depagar dívidas

Mais de quinhentos clientes com dívidas superiores ameio milhão de euros deixaram de pagar o que devemIncumprimentos ascendem a €3 mil milhões

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INVESTIGAÇÃO EXPRESSO

500 dos maioresclientes do BPNdeixaram de pagar

Incumprimentos ascendem já a €3 mil milhõesVendadas participadas não vai render ao Estado mais de €50 milhões

Quem são os 10 maiores devedores que não

Ativos tóxicos Há mais de 500 grandes clientes do BPN todos elesExpresso

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com dívidas superiores a meio milhão de euros que deixaram de pagar

Um monstroque nãopara de engordar

Incumprimentos já atingem €3 mil milhões

Texto MICAEL PEREIRA

Ilustração ALEX GOZBLAU

Adegradação dos ativos tóxicos do BPN

que estão nas mãosdo Estado não parade se acentuar As im

plicações que isso poderá ter no déficedas contas públicasde 2012 ainda não

são conhecidas mas fontes ligadas às sociedades veículo criadas pelo Ministériodas Finanças para absorver nos últimosdois anos um total de €5 5 mil milhõesde créditos malparados do banco de José Oliveira e Costa garantem que a situação é crítica e o número de contratos de empréstimo com hipóteses de virem a ser recuperados é cada vez menor Neste momento e segundo informações internas das sociedades veículoa que o Expresso teve acesso já há maisde 500 clientes com dívidas superiores ameio milhão de euros em incumprimento total Ou seja clientes que já deviamter liquidado tudo o que devem e quepelo contrário deixarampura e simplesmente de pagar qualquer prestação Estão em causa €3 mil milhõesOs mais de 500 grandes clientes do

BPN que deixaram de pagar os seus em

préstimos correspondem apenas à carteira de ativos da Parvalorem a maiordas três sociedades veículo criadas peloEstado que tem só à sua conta a gestãode um volume global de créditos na ordem dos €4 2 mil milhõesPara já os contratos enviados para o

departamento de contencioso de forma a serem alvo de ações judiciais somam €2 4 mil milhões de acordo como atual presidente da ParvaloremFrancisco Nogueira Leite nomeadopara o cargo em julho deste ano Sãomais €200 milhões do que em marçoMas ainda assim muito aquém dos valores indicados por fontes internas dasociedade uma vez que há mais €600milhões que dizem respeito a contratos que já deviam estar afetos ao contencioso — por acumularemmuitasprestações em atraso — o queaindanão aconteceu

Dois exemplos dos clientes em incumprimento que mais devem à Parvalorem fazem parte a Dormubanis e a Paprefu duas empresas administradaspor Emídio Catum e por Fernando Fantasia que juntas têm uma dívida de

€113 milhões àquele veículo Apesar deambas terem entrado em incumprimento em março não foram encaminhadasainda para contenciosoMuitos dos clientes enfrentam situa

ções de insolvência e há um númeroelevado de contratos de empréstimocujas as garantias dadas ao banco foram poucas oumesmo inexistentes reduzindo as hipóteses de se recuperar ocrédito mesmo com ações interpostasnos tribunaisA matéria é sensível num momento

em que as sociedades veículo ainda nãoconcluíram o cálculo anual de novas imparidades dos ativos tóxicos ou seja denovas perdas potenciais relacionadascom os créditos que detêm E tantomais sensível é quando já existem másnotícias suficientes com as derrapagensconhecidas que fizeram Portugal ultrapassar nos últimos meses as metas queo Governo tinha acordado com a troikapara o programa de ajustamento Qualquer perda adicional relacionada com oBPN assumida nes ta altura entra diretamente para o défice de 2012

Pressões para baixar perdasNo caso da Parvalorem as imparidadesapuradas em dezembro de 2011 para esta sociedade veículo eram de €1 8 milmilhões As perdas potenciais calculadas há um ano tinham por base umacarteira global de créditos de €2 5 milmilhões e não de €4 2 mil milhões—uma vez que uma parte dos ativos tóxicos só foi transferida este ano numacedência negociada com o BIC atualproprietário do BPN Enquanto as perdas potenciais há um ano eram de 70para os ativos que já estavam na Parvalorem as imparidades de mais de €1 5

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mil milhões em créditos malparadostransferidos em março deste ano eramde 7 Fontes ligadas à gestão dessescréditos dizem que tem havido pressões internas paramanter o nível de imparidades relativamente baixo — eassim evitar uma contribuição pesada para as contas públicas de 2012 Muitaspropostas feitas contrato a contratopara determinar imparidades foramsendo devolvidas nas últimas semanasaos gestores de crédito de forma a reverem nas em baixa Mas o aumentoacentuado do número de clientes em si

tuação de incumprimento — eoimbróglio em que muitos desses contratos seencontram — é um sinal emsentidocontrário

Fontes próximas da administração daParvalorem falam no reconhecimento

oficial de €200 milhões de novas imparidades embora Francisco NogueiraLeite não se comprometa com qualquer número Os trabalhos de auditoria encontram se em cursoSe se confirmarem os €200 milhões

em perdas potenciais assumidas na Parvalorem a contribuição para o déficede 2012 rondará no mínimo €500 milhões já que é preciso acrescentar àscontas as imparidades da Parups—uma sociedade veículo com €1300 milhões em ativos relacionados com fundos de investimento imobiliário —emais de €200 milhões em juros pagoseste ano pelos financiamentos obtidosjunto da CGD pelas três empresas queestão a gerir a herança do BPNUma boa parte dos maiores devedo

res em incumprimento diz respeito a sociedades ligadas ao grupo SLN Sociedade Lusa de Negócios antigo proprietário do BPN que passou a designar seGalilei O grupo não reconhece algumas das dívidas que lhe são imputadasDe um montante inicial de €l 2 mil milhões fonte do grupo afirmou ao Expresso que €650 milhões pertencem asociedades offshore de que a Galileinão aceita ser considerada proprietária e cuja situação está a ser avaliadaem conjunto com a Parvalorem O difèrendo já vem do tempo em que Miguel Cadilhe presidiu ao BPN logo a seguir à nacionalização do banco no finalde 2008

Segundo a fonte da Galilei o gruporecusa ainda €100 milhões de dívidasda responsabilidade de sociedades dedireito português que são detidas poressas offshore E dá um exemplo Asociedade Deveco cujo ativo é um terreno vendido por €30 milhões e comum valor tendencialmente nulo numnegócio que está aliás sob investigação criminal A mesma fonte adiantaque a dívida reconhecida tem sido paga Hoje ela está em €280 milhõesdos quais €100 milhões à Parvalorem e€60 milhões a bancos

com ISABEL VICENTE

O top 10 de quemnão está a pagar

Os maiores incumpridoresdo BPN estão ligados aogrupo SLN que era donodo banco Ás suas dívidasjá deviam estar todas pagas

1PLURIPAR€135 milhões

Ligada ao grupo SLN e aosempresários Emídio Catume Fernando Fantasia é umaempresa dona de imobiliáriasNos últimos cinco anosentraram em tribunal 30

processos colocados porcredores Há um mês que temum administrador judicial

2SOLRAC FINANCE€116 milhões

É uma offshore ligada ao grupoSLN com contas no Banco

Insular em Cabo Verde desde2003 e que servia paramovimentar dinheiro para oBPN Cayman Em maio de 2010a dívida foi para contenciosoEm junho de 2011 o caso passoupara os advogados

3LABICER€82 milhões

É uma fábrica de cerâmica nodistrito de Aveiro que no finalde 2006 passou a ser controladapelo grupo SLN Em 2010 tinhacapitais próprios negativos em68 milhões de euros A empresafoi declarada insolvente pelotribunal em abril de 2012

4CNE€82 milhões

A Cimentas Nacionais e

Estrangeiros CNE é umaempresa do círculo SLN Desdejaneiro de 2012 que tem umplano de insolvência e emfevereiro o tribunal nomeou umnovo administrador Além da

Parvalorem há muitos credoresna fila incluindo mais bancos

5DOMURBANIS€69 milhões

Liderada pelo empresárioEmídio Catum é uma sociedadeimobiliária e tem comoadministradores Fernando

Fantasia e o vice presidente daPluripar Os empréstimos doBPN na Parvalorem venceram

em março de 2012

6MARINAPART€66 milhões

Presidida por um dos IrmãosCavaco a Marinapart tem alicença de concessão da marinade Albufeira Os seis contratos

de crédito concedido pelo BPNjá foram renegociados pelaParvalorem mas isso nãoimpediu a empresa de entrarem incumprimento outra vez

7HOMELAND€50 milhões

É o fundo especial deinvestimento imobiliário criado

para financiar uma operação deDuarte Lima para comprarterrenos no concelho de Oeiras

e que levaram à prisãopreventiva do antigo líderparlamentar do PSD agoraacusado pelo Ministério Públicopor burla qualificada ebranqueamento de capitais

8JARED FINANCE€47 milhões

Mais uma offshore das muitasque existem relacionadas como grupo SLN permitindo ocultarcustos Serviu para OliveiraCosta fazer pagamentosa administradores fora doesquema de remunerações e apessoas que tiveram relaçõescom o banco como o caso deLuís Figo e de Luís Filipe Scolari

9PAPREFU€44 milhões

Tal como a Domurbanis éliderada por Emídio Catume tem Fernando Fantasia e o

vice presidente da Pluripar naadministração É dona de 1800hectares junto do futuroaeroporto de Lisboa namargem Sul Está emincumprimento desde março

10ZEVIN HOLDING€43 milhões

Offshore mais uma vez ligadaao grupo SLN e que serviu paracomprar 41 quadros de MiroA dívida reparte se por trêscontratos de crédito o maiordeles relacionado com umaconta corrente caucionadacujas penalizações porincumprimento ascendemjá a €7 milhões

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Quanto é que o BPN podecustar aos portugueses napior das hipóteses

No limite pode ultrapassar os€6 5 mil milhões Mas para isso

os ativos que estão nos veículoscriados pelo Estado — onde seencontram os créditos de pior qualidade as empresas que eram participadas pelo BPN e o patrimónioassociado a dívidas de acionistasou clientes do banco — teriamdeser considerados totalmente irre

cuperáveis O que daria uma perda de mais de €5 5 mil milhões Aeste montante é preciso somarmais uns milhões — os jurospagos anualmente à CGD e os custos com processos judiciais emcurso que podem ascender a€300 milhões Muito dinheiro

enterrado num banco cujos principais responsáveis estão a ser julgados hámais de um ano Mas isto seria o pior cenário Até agoraas perdas consideradas por via deimparidades ascendem a €2 1 milmilhões e já estão contabilizadasnos orçamentos de Estado de2010 e 2011 tal como os €600 milhões gastos na capitalização dobanco vendido ao BIC

O que significamas imparidades

São perdas potenciais relativasa dívidas que estão em risco denão serem pagas Têm de sercontabilizadas neste caso parao défice do país uma vez que oscréditos são agora do Estado Amaior fatia das imparidades desses ativos foi já refletida comoperda no orçamento de 2010—

€1 8 mil milhões Não quer dizerque o Estado não possa recuperar parte desse dinheiro mas dada a atual conjuntura económica e financeira do país isso é cada vez mais difícil Devem pesarpara estes cálculos a falta de garantias nos contratos de crédito

Em 2011 as imparidades aumentaram e a tendência é agravarem se ano após ano

Qual pode ser o peso dasimparidades do BPN nodéfice de 2012

O Governo diz ainda não estarem fechadas as avaliações àscarteiras de créditos que estãonos veículos As últimas estimativas oscilavam entre os €100 mi

lhões e os €300 milhões de imparidades ou seja um impactoque pode ir até aos 0 2 do PIB

Quando é que o Estado sevai livrar do BPN

A data limite está fixada para2020 mas este prazo pode serantecipado no caso do Estadodecidir vender todos os créditos

a uma entidade externa Até láresta continuar a fazer um esfor

ço na venda de ativos e na recuperação das dívidas

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