slide sem título - hhao.com.br dra glaucia... · exames laboratoriais: para avaliar a função...
TRANSCRIPT
EMERGÊNCIA
HIPERTENSIVA
GLAUCIA MARIA MORAES DE OLIVEIRA
Professora Adjunto de Cardiologia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
glaucia @mls.com.br
2011
CRISE HIPERTENSIVAHistórico
Em 1914 Volhard and Fahr : relação da elevação aguda
da PA e alterações no fundo de olho e insuficiência renal-
Berlim - Criaram o termo Hipertensão Maligna
Em 1921 Keith e Wagener descreveram também o
papiledema e a retinopatia em pacientes com hipertensão
severa mas sem insuficiência renal.
Criaram o Termo Hipertensão acelerada, havia
hemorragia retiniana e exsudatos sem papiledema, que
se associavam com aumento da mortalidade
Em 1928 Oppenheimer e Fisheberg usaram o termo
Encefalopatia hipertensiva num caso de hipertensão com
sinais de cefaleia, convulsões e deficit neurológico num
paciente com 19a.
Brightsche Nierenkrankheit: Klinik
Pahologie und Atlas, Berlin, 1914:247–280.Arch Intern Med. 1928;4:264 –278 Arch Intern Med. 1928;41:264 –278.
CRISE HIPERTENSIVAConceito
Elevação crítica da pressão arterial que requer
atenção imediata.
Compreende Emergências e Urgências Hipertensivas
Emergências: Risco iminente de vida ou
deterioração rápida de órgãos-alvo. Requer
redução imediata da PA (em 1 a 2 horas)
Urgências: Risco de vida em potencial; risco menor
de deterioração de órgãos-alvo. Redução mais
lenta da PA (em até 24 horas)
Consultant. 2007;47:649–650.
PSEUDOCRISE HIPERTENSIVA
Grupo heterogêneo de hipertensos, que apresentam elevaçãotransitória da PA em eventos emocionais, dolorosos oudesconfortáveis, como enxaqueca, tonturas rotatórias, doresmúsculo-esqueléticas, pós-operatório imediato, síndrome dopânico
Não há evidência de deterioração rápida de órgãos-alvo
Abordagem da causa que levou o paciente ao serviço deemergência e o tratamento sintomático por si sóacompanham-se de redução ou normalização da PA. Indica-seapenas o tratamento crônico da HA; tratamento agressivopode trazer mais riscos que benefícios.
Consultant. 2007;47:649–650.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
DEFINIÇÃO
Elevação importante da pressão arterial com
sinais ou sintomas de disfunção orgânica aguda,
que necessita de internação em UTI.
URGÊNCIA HIPERTENSIVA
DEFINIÇÃO
Elevação importante da pressão arterial sem
sinais ou sintomas de disfunção orgânica aguda,
que podem ser tratados com drogas orais.
JNC VI
Cardiol Clin. 2006;24:135–146.
CRISE HIPERTENSIVA
Afeta 500.000 americanos ou 1% dos hipertensos adultos
3,2% de todos os atendimentos de emergência
Sobrevida em 5 anos de 74%
76% das crises hipertensivas são urgências e 24% são
emergências hipertensivas
Causa mais comum é a não aderência ao tratamento,
porém, em 8% das emergências e em 28% das urgências
é a primeira manifestação
Cardiol Clin. 2006;24:135–146.
CRISE HIPERTENSIVA
FATORES DE RISCO
níveis elevados de renina, adrenomedulina e peptídios
natriuréticos
interrupção da medicação habitual
ausência de cuidados médicos primários
ingestão de alimentos contendo tiramina
suspensão de 2 agonistas
feocromocitoma, hipertensão renovascular
SINAIS E SINTOMAS
1/4 das emergências clínicas nas EU em 1 ano
EH : dor torácica, dispnéia e déficit neurológico
UH : cefaléia, prostração e epistaxe
Cardiol Clin. 2006;24:135–146.
CONTROLE DA H.A.por Estrato de Renda
H. A. = PA 140 /90 mm HG + tratamento
Classe
de
renda
total de
indivíduos
(n)
Hipertensos
n (%)
Em
tratamento
n (%)
Controlados
n (% dos
tratados)
% hipertensos
controlados
Baixa
440
178
(40,5)
70
(39,3)
21
(30,0)
12 %
Média
449
168
(37,4)
66
(39,3)
19
(28,8)
11 %
Alta
380
131
(34,5)
52
(39,7)
11
(21,1)
9 %
CRISE HIPERTENSIVAAvaliação Clínica
Avaliação do estado mental
Cuidadoso exame: • cardíaco
• pulmonar
• neurológico
• fundoscópico
Pesquisa rápida de pistas para hipertensão
secundária (sopro abdominal, estrias, diferença entre
pulsos radial e femural, fácies)
Exames laboratoriais: para avaliar a função renal
(urinálise, creatinina), bioquímica de sangue, ECG, R-
X Tórax.Arch Intern Med. 2004;164:2126 –2134
CRISE HIPERTENSIVACaracterísticas Clínicas
PA diastólica: usualmente maior que 140 mmHg
Fundoscopia: hemorragias, exsudatos e edema de
papila
Estado neurológico: cefaléia, confusão, sonolência,
estupor, perda visual, déficits focais, convulsão e
coma.
Achados cardiológicos: impulso apical proeminente,
cardiomegalia e insuficiência cardíaca.
Manifestações renais: oliguria, azotemia
Sintomas gastrointestinais: náusea e vômitos
J Hypertens. 2006;24:2299 –2304
CRISE HIPERTENSIVACondições que Podem Simular
Insuficiência VE aguda
Uremia, particularmente com sobrecarga de volume
AVC
Hemorragia subaracnóide
Epilepsia (pós-ictal)
Tumor cerebral
Colagenoses (ppte. lupus) com vasculite cerebral
Encefalite
Simpatomiméticos: cocaína, anfetaminas
Ansiedade aguda com síndrome de hiperventilação
J Hypertens. 2006;24:2299 –2304
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
CRISE HIPERTENSIVA
Betabloqueador
IECA
Diurético
Antagonista aldosterona
Antagonista do cálcio
Bloq. receptor α adrenérgico
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
1.Hipertensão grave associada a complicações agudas
A- Cerebrovasculares
-Encefalopatia hipertensiva
-Hemorragia intracerebral
-Hemorragia subaracnóidea
-AVC isquêmico com transformação hemorrágica
B- Cardiocirculatórias
-Dissecção aórtica aguda
-Edema pulmonar agudo
-Infarto agudo do miocárdio
-Angina instável
C- Renais
-Insuficiência renal rapidamente progressiva
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
2.Hipertensão maligna (com papiledema)
3.Crises adrenérgicas graves: crises do feocromocitoma;
dose excessiva de drogas ilícitas (cocaína, “crack”,
LSD, etc.)
4.Hipertensão na gestação: eclâmpsia, síndrome HELLP,
hipertensão grave em final de gestação.
5.Cirurgia e trauma: traumatismo craniano e
hemorragias cirúrgicas.
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVAFisiopatologia- Hipótese pressórica
HA: hipertrofia e remodelação de artérias e arteríolas, commaior resistência periférica e menor capacidade devasodilatação.
Modifica-se a auto-regulação do fluxo sangüíneo (coração,cérebro, rins):
normal: fluxo estável em PA média de 80 a 120 mmHg
hipertenso crônico: fluxo estável em PA de 120 a 180mmhg
Hipertenso tolera PA elevada e pode ter hipofluxo cerebral oucoronariano em reduções da PA, mesmo dentro dos valoresnormais
J Clin Hypertens. 2006;8:61– 64.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
50 100 150 200
PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (mmHg)
B A
Strandgaard et al
FISIOPATOLOGIA
Dano tissular
Isquemia
Hemorragia
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVAFisiopatologia- Hipótese Humoral
Na hipertensão severa há uma amplificação do sistema renina-angiotensina com secreção aumentada de aldosterona e danoao endotélio com proliferação miointimal e necrose fibrinóide
Aumento da reatividade vascular com liberação de substânciasvasoativas como norepinefrina, vasopressina e angiotensina IIque promovem natriurese, causando hipovolemia eaumentando ainda mais a liberação desses agentes
A necrose arterial fibrinóide é seguida da deposição deplaquetas e liberação de tromboxane que pode resultar emanemia hemolítica microangeopática
Proliferação miointimal resulta em isquemia que libera maissubstâncias vasoativas e mantém o ciclo
J Clin Hypertens. 2006;8:61– 64.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
EMERGÊNCIA
HIPERTENSIVA
ALTERAÇÃO
NEUROLÓGICA
NÃO FOCAL
FUNDOSCOPIA
ECG com
isquemia
EAS com hematúria,
cilíndros hemáticos
Escórias nitrogenadas
elevadas
Não
Não é uma emergência hipertensiva
Não
Não
Não
papiledema
hemorragia ou esxudado
SIM
SIM
SIM
SIM
SIMR
e
c
e
n
t
e
Iniciar tratamento
Procurar etiologia
J Clin Hypertens. 2006;8:61– 64.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVAPrincípios Gerais do Tratamento
Após definir a condição de urgência ou emergência,
iniciar o tratamento, estabelecendo-se metas de
duração e intensidade da redução da PA e dos níveis a
serem atingidos
Redução inicial não deve ultrapassar 25% dos níveis
prévios da PA média
Critério prático: não reduzir PA diastólica abaixo de
100 mmHg
Emergências: via endovenosa
Urgências: via oral, sublingual ou injetável
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
INVESTIGAÇÃO INICIAL
História clínica e familiar
Exame físico completo
Fundoscopia
EAS
Urina de 24 horas
Bioquímica do sangue
Hemograma completo
ECG
Tomografia/ Punção lombar
Exames especiais
- renina sérica 1h antes e após
dose de captopril 25 mg
- renina e aldosterona séricas
- metanefrina urinária
Não valorizar sòmente os níveis tensionais
“160/100 mmHg”
Arch Intern Med. 2004;164:2126 –2134
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
ETIOLOGIA
• AVC Embólico
• AVC Trombótico
• Encefalopatia Hipertensiva
• Hemorragia intracraniana
• Hemorragia subarcnóidea
• TCE
Emergências Neurológicas
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA PAM < 25%, 2 - 3 horas
AVC EM EVOLUÇÃO PAM < 0-25%, 6 - 12 horas *
TCE PAM < 0-25%, 2- 3 horas *
EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS
Nitroprussiato de sódio *
0,5-10 g/Kg/min IV
Fenoldopam
0,1-10 g/Kg/min IV
Labetalol
10-20 mg IV , repetir ou dobrar
a dose cada 20’(dose max 150 mg)
HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA PAM < 25% ou mais HAS
PAS 130-160 mmHg NAS
Nimodipina
60 mg VO 4-4hPostgrad Med. 2009;121:5–13.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
AVCI HSA AVCH ENCH
HISTÓRIAsintomas
cefaléia
hipertensão
EXAME FÍSICOretinopatia
déficits focais
PUNÇÃO
LOMBAR
TOMOGRAFIA
DE CRANIO
ÁREA DE
INFARTO
ÁREA DE
HEMORRAGIAPode ser
NORMAL
Pode ser
NORMAL
NORMAL NORMALXANTOCRÔMICO
OU
HEMORRÁGICO
XANTOCRÔMICO
OU
HEMORRÁGICO
Agudo
Variável
Comum
Agudo
Severa
Comum
Agudo
Variável
Comum
Subagudo
Severa
Sempre
Variável 0-IV
Característica
Variável 0-IV
Variável
Variável 0-IV
Característica
II-IV (III-IV)
Variável c/ PA
Encefalopatia Hipertensiva
• Sinais e sintomas:
– Cefaléia fronto-occipital ou holocraniana
– Síndrome de HIC e edema cerebral
– Náuseas, vômitos e diminuição do nível de
consciência
– Crises convulsivas tônico-clônicas
generalizadas
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
AVCI ou
AVCH +
patologias
associadas**
Apenas
AVCH
Apenas AVCI
PAD>140 Opção 1 Opção
1ou 2
Opção 2
PAS>220 ou
PAM>130*Opção 1
ou 2
Opção 2 Opção 2
ou 3
PAS>160 ou
PAD>105*Opção 2 Opção 2
ou 1
Opção 3
Acute Stroke Collaboration e
American Heart Association
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
• *duas medidas com intervalo de 10 minutos. Reduzir PAM no máximo em 30% do inicial
• **patologia associada: encefalopatia hipertensiva, angina, dissecção aórtica, IC
• Opção 1: nitroprussiato de sódio; 0,5-8ug/Kg/min, fazendo reajustes, se necessário,. A cada 10minutos
• Opção 2A: labetalol 20 mg EV em 1-2minutos, repetindo, se necessário, a cada 10-20minutos. Como tal droga não está disponível no mercado brasileiro, usar metropolol EV 5mg a cada 10 minutos, sendo 1mg/min com o máximo de 20mg. Manutenção: 100-200mg/dia, doseúnica ou 2 tomadas
Acute Stroke Collaboration e
American Heart Association
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
• Opção 2B: enalapril, correr 1mg, no mínimo 5minutos a 1
hora. Pode ser repetido após 1 hora. Novas doses, porém,
deverão ser dadasnum intervalo de 6 horas.manutenção de
5-40 mg/dia, dose única ou 2 tomadas
• Opção 3: não tratar
Acute Stroke Collaboration e
American Heart Association
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
• Controle da PA na fase aguda do AVC em candidatos ao
uso de trombolíticos
PAS>220 ou
PAD>140
nitroprussiato
PAS entre 180-220
ou PAD 110-140
Metoprolol ou
enalapril EV
Acute Stroke Collaboration e
American Heart Association
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
AVCI
Problema neurológico agudo mais comum que leva
à hospitalização.
Principal causa de Invalidez.
Segunda etiologia de Demência.
Terceira causa de morte nos EUA.
Primeira causa de morte no Brasil em adultos acima
dos 40 anos – Data SUS 1996.
Desfecho: * Morte 20%
* Sequela 55%
* Recuperação Plena 25%
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
Etiologia
Doença Cerebrovascular Aterosclerótica 20%Trombose / Embolia artéria-a-artéria / Hipoperfusão.
Doença das Artérias Penetrantes 25%Infartos Lacunares.
Embolia Cardiogênica 20%FA / Doença Valvar / Trombo Intracavitário.
Criptogênica 30%
Causas pouco freqüentes 5%Estados pró-trombóticos / Dissecção de Artérias Cranianas / Arterites / Abuso
de Drogas / Vasoespasmo / Migranea.
AVCI
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
Fontes Cardíacas Embólicas mais comuns:
* FA não valvular
* IAM de parede anterior
* Aneurisma Ventricular
* Doença Valvular Reumática
* Válvulas Cardíacas Protéticas
* “Shunts” direita-esquerda
* Endocardite Bacteriana
AVCI
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
J Clin Hypertens. 2006;8:12–18.
Tronco Cerebral, Cerebelo ou
porções posteriores dos
Hemisférios
Vertigem, Náuseas, Vômitos, Déficit
motor ou sensitivo nos quatro
membros, Ataxia, Disartria, Nistagmo,
etc.
Circulação Posterior
Sem anormalidades de funções
superiores, sensibilidade ou visão.
Hipoestesia da Face ou membros de
um lado. Sem anormalidades de
funções superiores, sensibilidade ou
visão.Déficit Sensitivo Puro
Lesão pequena subcortical em
Hemisfério ou Tronco Cerebral.
Frqueza da face ou membros de um
lado. Sem anormalidades de funções
superiores, sensibilidade ou visão.
Déficit Motor Puro
Hemisfério Cerebral direito no
território da artéria carotídea.
Negligência do Espaço Visual
esquerdo, Hemianopsia esquerda,
Hemiparesia esquerda, Hemi-
hipoestesia esquerda, etc.
Hemisfério Direito
Hemisfério Cerebral esquerdo no
território da artéria carotídea.
Afasia, Paresia e/ou Hipoestesia
direita, Hemianopsia direita, Desvio
do olhar conjugado para a esquerda,
Disartria, etc.
Hemisfério Esquerdo
Retina.Perda Visual Monocular.Amaurose Fugaz
Topografia da LesãoSinais e SintomasSíndromes Clínicas
Localização
Qureshi, A.I. Et al. NEJM, May 10, 2001
A – 25%
B – 35 – 45%
C – 20%
D – 5%
E – 10 – 20%
AVCHEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Fisiopatologia
RUPTURA
NECROSE FIBRINÓIDE
DEGENERAÇÃO DA CAMADA MÉDIA DAS ARTÉRIAS
HAS
FRAQUEZA PROGRESSIVA
DA PAREDE ARTERIAL
FORMAÇÃO DE
MICROANEURISMASSANGRAMENTO
AVCH
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Crit Care. 2003;7:374 –384.
História Natural:
* 36% - aumento do hematoma em até 3 horas.
* 16% - aumento do hematoma entre 3 e 6 horas.
* 15% - aumento do hematoma entre 6 e 12 horas.
* 6% - aumento do hematoma entre 12 e 24 horas.
* Após 24h dificilmente ocorrerá aumento do hematoma.
“O ressangramento é um evento raro, variando de
2,7 até 24%”.
AVCH
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Crit Care. 2003;7:374 –384.
Quadro Clínico
Início súbito de um déficit neurológico focal que progride
em minutos a horas.
A maioria ocorre durante o estado de vigília – 85%.
Decréscimo precoce do nível de consciência – 50%.
Cefaléia – 40%.
Vômitos – 49%.
HAS – mais de 90%.
Convulsões – 7%; principalmente nas hemorragias lobares.
“A deterioração clínica subseqüente é devido aos
efeitos do edema cerebral”.
AVCH
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Crit Care. 2003;7:374 –384.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
ETIOLOGIA Emergências Cardíacas
• Disfunção ventricular esquerda aguda
• Edema agudo de pulmão
• SCA s/ supra de ST
• SCA c/ supra de ST
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
EMERGÊNCIAS CARDÍACAS
• FALÊNCIA CARDÍACA PA < 10%-15%
• SCA C/ e S/ SUPRA DE ST
Nitroprussiato de sódio/Nitroglicerina
0,5-10 g/Kg/min IV/ 5-100 g/min IV
Enalapril
1,25-5 mg cada 6 horas IV
Furosemida
20-80 mg IV
Nitroglicerina
5-100 g/min IV
Betabloqueador/ Nicardipina200-500 g/Kg/min 4’, 50-300g/Kg/min IV
Nicardipina
2-10 mg/h IV
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
EAP hipertensivo
Quadro clínico:
– Dispnéia intensa
– Sudorese
– Expectoração com secreção rósea fluida
Tratamento : Diminuir pré e pós-carga
– Nitroprussiato de sódio
– Furosemida
– Morfina
– Nitrato SL e NTG IV
– NÃO usar beta-bloq e nicardipina
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Ann Emerg Med. 2006;47:230 –236.
• CPAP – PEEP:
– Diminui pré, pós-carga e dilatação das câmaras cardíacas.
– Melhora troca gasosa.
– Diminui trabalho respiratório
• Indicação de Monitorização Invasiva
– Deterioração clínica e hemodinâmica.
– Uso de altas doses de NTG e NS.
– Necessidade de drogas vasoativas.
– Dúvida diagnóstica da causa do EAP
EAP hipertensivo
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Ann Emerg Med. 2006;47:230 –236.
IAM e angina instável
• Isquemia miocárdica aguda estimula SNS que age
elevando PA e FC
– Os HAS crônicos podem ter a PA elevada a
níveis deletérios para o miocárdio isquêmico –
há aumento de pós-carga e consumo miocárdico
de O2, o que piora a isquemia e pode estender a
área do infarto
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Ann Emerg Med. 2006;47:230 –236.
IAM e angina instável
• Tratamento:
– NTG é de escolha
• Diminui consumo de O2 e estresse de parede por
diminuir pré e pós-carga
• Alivia vasoespasmo
• Melhora redistribuição do fluxo coronariano
• Aumenta perfusão subendocárdica
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Ann Emerg Med. 2006;47:230 –236.
IAM e angina instável
• Beta-bloqueadores
– Sempre indicados, até em normotensos, porque
• Diminui consumo miocárdico do O2
• Melhora relaxamento diastólico
• Diminui tamanho do infarto e mortalidade
– Contra-indicações:
• Bradicardia, hipotensão, IC, distúrbios graves de condução AV, DPOC, DMI, insf. Vasc.grave
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Ann Emerg Med. 2006;47:230 –236.
IAM e angina instável
• IECA• Aumenta fluxo coronariano
• Inibe ação proliferativa tecidual
• Bloqueadores dos canais de cálcio• Diminui consumo miocárdico através da redução da
PA e inotropismo
• Vasodilatadores coronarianos, diminui sobrecarga de cálcio nas células isquêmicas
• Sem benefício na redução de mortalidade pós-infarto
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Ann Emerg Med. 2006;47:230 –236.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
ETIOLOGIA Emergências Vasculares
• Dissecção da aorta
• Cirurgia vascular recente
• Epistaxe não responsiva ao tamponamento
• Feocromocitoma
• Relacionadas com drogas
- alimentos contendo tiramina em
usuários de inibidores da MAO
- retirada de 2 agonistas de ação
central (clonidina, metildopa, etc)
Emergências Por Excesso
de Catecolaminas
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
EMERGÊNCIAS VASCULARES
Nitroprussiato de sódio
0,5-10 g/Kg/min IV
Betabloqueador
200-500 g/Kg/min 4’, 50-300 g/Kg/min IV
•DISSECÇÃO AÓRTICA PAS 120 mmHg 30’
• CIRURGIA VASCULAR RECENTE
Nitroprussiato de sódio
0,5-10 g/Kg/min IV
• EPISTAXE SEVERA NÃO RESPONSIVA
AO TAMPONAMENTO ANT/POSTERIOR
Vasodilatador + Ansiolítico de curta ação
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
ETIOLOGIA Emergências Renais
HEMATÚRIA
I RENAL AGUDA
I RENAL CRÔNICA AGUDIZADA
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
•ECLÂMPSIA
EMERGÊNCIAS NA GRAVIDEZ
Sulfato de Mg++
Metildopa
Hidralazina 10-20 mg IV ou 10-50 mg IM
Redução da PAD < 90 mmHg
EMERGÊNCIAS RENAIS
• HEMATÚRIA
• I RENAL AGUDA
< PAM 10 - 20% em 1-2 horas
< PAM 10 - 15% em 6-12 horas
Nitroprussiato de sódio
0,5-10 g/Kg/min IV
Fenoldopam (agonista dopamina1)
0,1-10 g/Kg/min IV
Nitroprussiato
IECA
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
Eclâmpsia
• Fisiopatologia:
– Implantação anormal da placenta devido à ausência da
2ª onda trofoblástica que ocorre no 2º trimestre, o que
leva a uma hipoperfusão útero-placentária, sem
diminuição da resistência com isquemia e lesão ao
endotélio dos vasos. Há aumento de tromboxane A2 em
relação PGI2, que leva ao espasmo arteriolar e
sistêmico. A lesão ao endotélio ativa o sistema de
coagulação e deposição de fibrina, levando a CID
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
• Síndrome:
– Hipertensão arterial, edema, proteinúria e
encefalopatia
– A partir de 21 semanas até 48h de puerpério
• Síndrome HELLP
Eclâmpsia
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
• Tratamento:
– Sulfato de magnésio
• Intoxicação: arreflexia, bradipnéia e oligúria.
• Antídoto: gluconato de cálcio
– Hidralazina ou alfa metildopa
– NÃO usar:
• NS – intoxicação fetal
• IECA – nefrotóxico para o feto
Eclâmpsia
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• FEOCROMOCITOMA controle paroxísmos
Fentolanina 5-15 mg IV
EMERGÊNCIAS POR EXCESSO DE CATECOLAMINAS
• INGESTÃO DE COCAÍNA/OUTROS SIMPATICOMIMÉTICOS
Fentolanina 5-15 mg IV PAM< 0-25% 2-3 horas
• RETIRADA DE 2 AGONISTAS DE AÇÃO CENTRAL dose única
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
Feocromocitoma
• Regra dos 10%
– 10% são malignos
– 10% são bilaterais
– 10% são familiares
– 10% são extra-adrenais
– 10% são extra-abdominais
– 10% em crianças
– 10% sem HAS
– 10% recidivam no pós-op.
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Feocromocitoma
• Tríade clássica
– Cefaléia intensa, sudorese e palpitações +
aumento de PA
– Freqüência variável
– Duração de minutos a dias
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
Feocromocitoma
• Tratamento da crise
– Nitroprussiato de sódio
– Alternativa
• Nifedipina
• fentolamina
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Dose Início Duração E. adversos
NITROGLICERINA
NITROPRUSSIATO
ESMOLOL
FENTOLAMINA
NICARDIPINA
HIDRALAZINA
ENALAPRIL
FENOLDOPAM
5-15 mg IV
10-20 mg IV
10-50 mg IM
0,5-10g/Kg/min
IV
0,1-10g/Kg/min
IV
5-100 g/min IV
1,25-5 mg 6-6 h
IV
200-500g/Kg/mi 4’,
50-300g/Kg/min IV
2-10 mg/h IV
Imediato
2-5 min
5-10 min
10-20 min
20-30 min
15 min
1-2 min
1-2 min
3-5 min
Imediato
1-4 h
1-2 min
3-8 h
6 h
7-9 min
3-10 min
10-20 min
Náuseas, vômitos
intox. Tiocoanato
Cefaléia, vômitosmetahemoglobinemia
Cefaléia, flushing
taquicardia
Cefaléia, flushing
taquicardia
Cefaléia, vômitostonteira, taquicardia
Hipotensão imp.
Hiperreninêmicos
Cefaléia, flushing
taquicardia
Hipotensão
náuseas
Drogas
• Nitroprussiato de sódio
– Vasodilatador arterial e venoso
– Diminuição da pré-carga, com diminuição do
trabalho cardíaco
– Início de ação é imediato
– Duração de 2-3 minutos após suspensão
– Degradado em cianeto e convertido em
tiocianato
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Intoxicação pelo tiocianato
– Efeito adverso mais comum
– QC
• Agitação psicomotora, confusão mental, fadiga,
vômitos e coma
• Mais comum em altas doses e tempo prolongado (.4
dias) e na insuficiência renal (eliminação exclusiva/
renal)
• Tratamento: hidroxicobalamina e diálise
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Intoxicação por cianeto
– Comum nos hepatopatas
– Acidose metabólica, arreflexia, midríase,
convulsões, pele rosada e hálito “amêndoas
amargas”
– Tratamento: nitrito de sódio a 3% ou tiossulfato
de sódio a 25%
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Nitroprussiato de Sódio
• Ampolas de 50 mg
• Diluir 50-100 mg em 500ml de SG 5% com
concentração de 200ug/ml
• Infusão 0,25 a 10 ug/Kg/min
• Droga é fotossensível
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Nitroglicerina
• Relaxamento da musculatura lisa dos vasos por liberação de NO
• Efeito predominantemente venoso e de coronárias epicárdicas
• Reduz pré-carga, pressão de enchimento de VE e consumo de O2 do miocárdio
• Droga de escolha para HAS + IAM ou angina instável
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
– Início de ação rápido 1-2 minutos
– Rápida reversão dos sintomas após suspensão (3 a 5 minutos)
– Frasco-ampola de 50 mg/10ml ou 25mg/5ml
– Diluir em frasco de vidro de 250 ml de NaCl 0,9% ou SG 5%
– Concentração de 100 ug/ml (245 ml de SG + 5ml NTG)
– Dose de 5-100 ug/min
Nitroglicerina
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Manutenção de 5 a 100 ug/min
• Efeitos colaterais:
– Cefaléia, taquicardia, náuseas e vômitos
Nitroglicerina
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Nicardipina
– Bloqueador dos canais de cálcio
– Usado isolado ou associado com diuréticos
tiazídicos e beta-bloqueadores
– Eficácia semelhante ao NS, com menos efeitos
adversos
– Não comercializado no Brasil
– Contra-indicações: estenose aórtica severa e
EAP hipertensivo (inotrópico -)
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Nicardipina
• Efeitos colaterais:
– Flushing, cefaléia, edema maleolar, astenia,
palpitações, tontura, taquicardia, náuseas,
sonolência, mal-estar, pesadelos, boca seca,
noctúria, rash cutâneo e vômitos
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Labetalol
• Beta – bloqueador não específico com
efeito alfa também
• Aumento da resistência vascular é evitado
por sua ação alfa bloqueadora
• Não misturar com soluções que contenham
bicarbonato de sódio pelo risco de
precipitação
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Labetalol
• Início de ação 5 min, com duração 2-6h
• Início da infusão 2,5 a 5mg
• Dose aumentada para 20,40 e 80mg ou infusão 2mg/ml até 300mg/h
• Não comercializado no Brasil
• Pode haver hipotensão postural sintomática, bloqueio AV, broncoespasmo, náuseas e vômitos
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Trimetafan
– Bloqueador ganglionar, pouco utilizado
– + no aneurisma dissecante de aorta e indução de
hipotensão durante ato cirúrgico
– Início de ação de 1-5 minutos, com duração de
10 minutos
– Parada respiratória com > 5mg/min
– Não comercializada no Brasil
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Trimetafan
• Efeitos colaterais:
– Íleo paralítico
– Retenção urinária
– Boca seca
– midríase
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Fentolamina
• Bloqueador alfa adrenérgico clássico, alfa 1 e alfa 2
• Atividade vasodilatadora é secundária
• Pode haver liberação reflexa de norepinefrina, causada pela queda da PA e bloqueio dos receptores alfa 2
• Pode ocorrer taquicardia e estímulo inotrópico +
• Efeitos mais evidentes em pacientes com feocromocitoma
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Enalaprilato
• IECA Princípio ativo do enalapril
• Não usar na eclâmpsia
• Início de ação em 15 minutos
• 1,25 a 5mg de 6/6 horas
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Clevidipina
• Bloqueador de cálcio de curta duração- 3ª geração diidropiridínicos
• Sem necessidade de corrigir doses para insuf. renal ou hepática
• Vasodilatador arterial seletivo- a. médio e pequeno calibre
• Rápido início de ação, meia vida curta (± 1 min), droga cessa seu
efeito com até 15 min e baixo volume de distribuição
• iniciada 1-2 mg/hr em infusão contínua. Dose pode ser dobrada após
90 s e aumentada a cada 5 a 10m até a meta desejada.
• Dose max. adultos e idosos=32 mg/hr, não ultrapassando 1000
ml/dia (média de 21 mg/hr, sol lipídica)- frasco trocado 4/4h
• Estudos em pacientes pré, peri ou no pós operatório de cirurgia
cardíaca (apenas 1 estudo em pac. clínicos)
Ann Pharmacother. 2009;43:1258 –1265
Crit Care Shock. 2006;9:37– 41 Rev Bras Ter Intensiva.2010; 22(1):92-95
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Furosemida
• Efeito venodilatador e ação diurética rápida
• Deve ser usada no EAP ou para
potencializar ação de outras drogas, exceto
nos casos de hipovolemia e eclâmpsia
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
APÓS 6-12 HORAS
EXAMES COMPLEMENTARES
• Essencial - 93%
• Ren. Parenq - 2,5%
• Ren. Renovasc - 1,5%
• Aldost Primario - 0,3%
• Cushing - < 0,1%
• Feocromocitoma - < 0,1
• Anticoncepcionais - 0,75
• Outras - 0,2
AJUSTAR DROGAS
Uso de bloqueadores de cálcioADERÊNCIA AO TRATAMENTO
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
Outras urgências:
• HAS:
– Peri-operatória
– Em grande queimado GNDA pós-
estreptocócica
• Tratamento:
– Corrigir todos os fatores que podem exacerbar a
hipertensão
– Anti-hipertensivos VO ou SL SOS
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
URGÊNCIA HIPERTENSIVA
Elevação importante da pressão arterial sem
sinais ou sintomas de disfunção orgânica aguda,
que podem ser tratados com drogas orais
CLONIDINA 200 mg VO dose inicial
100 mg VO/h até o controle da PA ou o paciente adormecer
CAPTOPRIL 25 - 50 mg SL ou VO /h
NIFEDIPINA salas de angiografia
salas de parto
Hipertensão per operatória
Hipertensão após transplante de órgãos
Hipertensão associada com queimaduras
ENALAPRIL 1,25-5 mg cada 6 horas IV
LABETALOl 10-20 mg IV , repetir ou dobrar a dose cada 20’(dose max 150 mg)
URGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
1.Hipertensão acelerada (sem papiledema)
2.Hipertensão com insuficiência coronariana, insuficiência
cardíaca, aneurisma de aorta, acidente vascular cerebral
isquêmico não complicado, queimaduras extensas,
epistaxes severas, estados de hipocoagulabilidade
3.Crises renais: glomerulonefrites agudas, crise renal da
esclerodermia, síndrome hemolítico-urêmica
4.Pré-operatório em cirurgia de urgência
5.Intra-operatório (cirurgias cardíacas, vasculares,
neurocirurgias, feocromocitoma, etc.)
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
URGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
6.Hipertensão severa no pós-operatório (transplante de órgão,
neurocirurgias, cirurgias vasculares, cardíacas, etc.)
7.Crises adrenérgicas leves/moderadas
-Síndrome do rebote (suspensão abrupta de inibidores
adrenérgicos)
-Interação medicamentosa-alimentar (tiramina vs. Inibidores
da monoamina oxidase)
-Consumo excessivo de estimulantes (anfetaminas,
tricíclicos, etc.)
8.Na gestação: pré-eclâmpsia e hipertensão severa
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
Urgência Hipertensiva
• HAS acelerada maligna e nefroesclerose hipertensiva
– Lesões vasculares, principalmente em retina e rins
– Marco diagnóstico:
• Fundoscopia com:
• Retinopatia grau III (hemorragia e exsudatos)
• Retinopatia grau IV(papiledema)
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
• Laboratório:
– Uréia e creatinina aumentadas
– EAS com proteinúria, cilindrúria e hematúria
– Anemia hemolítica microangiopática
• Tratamento:
– Captopril VO ou SL
– Internação e função renal monitorada
– Melhora é lenta
Urgência Hipertensiva
Cardiology in Review 2010; 18 (2), 102-107
CRISE HIPERTENSIVA: DROGAS VIA ORAL
Droga Dose Início Ação Duração Efeitos
adversos e
precauções
Captopril 6,25-25 mg VO
ou SL (repetir
em uma hora,
se necessário)
15-30 min. 6-8 horas, Hipotensão,
insuficiência
renal (estenose
de artéria renal
bilateral),
hipercalemia
Clonidina 0,1-0,2 mg, VO
de hora em
hora, até 0,6 mg
30-60 min. 6-8 horas Hipotensão
postural,
sonolência,
boca seca
Minoxidil 5-10 mg, VO
(repetir S/N
após 4 horas)
30 min.
2 horas
8-24
horas
Retenção de
volume,
taquicardia
Drugs. 2008;68:283–29 Chest. 2007;131:1949 –1962.
• Captopril
– Droga de escolha, salvo contra-indicações
– Tem a menor meia vida
– Início de ação de 15 minutos
– Duração de ação 4-6 horas
– Dose recomendada: 6,25 a 50 mg
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Clonidina
– Alfa2 agonista central
– Efeito sedativo
– Dose: 0,2 mg VO + 0,1mg 1/1h, não passar 0,8mg
– Início de ação 0,5 a 2h
– Duração de 6 a 8h
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Minoxidil
• Vasodilatador arterial
• Comp de 10mg
• Início de ação 30min a 2h, duração 8-24h
• Manutenção 5-20mg a cada 24h
• Efeitos colaterais:
– Retenção hidrossalina, taquicardia reflexa,
hirsutismo e derrame pericárdico
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Propranolol
– Dose 10-40 mg
– Início de ação: 0,5 a 2h
– Duração de 8 a 12 h
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Hidralazina
• Vasodilatador arterial direto, ação efetiva nas
artérias placentárias
• Aumenta fluxo renal, aumenta diurese
• Uso isolada leva à taquicardia,
hipercontratilidade miocárdica
• Administração por tempo prolongado associado
à Síndrome do Lúpus-like (10-20%)
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Hidralazina
• Início com 10-20mg 6/6h
• 10-50mg 12/12h
• Início de ação 10-30 minutos
• Duração de 3 a 8 horas
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Diuréticos
– Furosemida
• Seu uso nas urgências está indicado nos casos de
refratariedade, associado a outro anti-hipertensivo
• Nifedipina
– PA pode cair rapidamente
– Contra-indicada:
• IAM,AVE,AIT, angina instável
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Nifedipina
– Bloqueador dos canais de cálcio que age
inibindo a contração da musculatura lisa dos
vasos
– Diminui PA em hipertensos, mas não em
normotensos
– Pode causar queda rápida da PA quando SL
(2min) ou VO (15min)
– Duração 3-6 horas
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
Nifedipina
– Usar com cautela em portadores de insuficiência
coronariana e aneurisma dissecante de aorta porque seu
efeito vasodilatador causa descarga simpática reflexa
– Cápsulas com 10,20,30 e 60mg
– Início com 10mg e manter a mesma dose por 6-8horas
Chest. 2007;131:1949 –1962.Drugs. 2008;68:283–29
DrogasEMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
PROGNÓSTICO
Postgrad Med. 2009;121:5–13.
Causas mais comuns de morte: Insuf. Renal (39,7%), AVE 23,8%) ,
IAM (11,1%) e IC (10,3%)