situações de violência e atendimento em saúde pública

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Health & Medicine


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Apresentação em powerpoint sobre a atuação em saúde pública envolvendo casos de violência social.

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É o evento representado por ações realizadas

por indivíduos, grupos, classes ou nações que

ocasionam danos físicos ou morais a si

próprios ou a outros.

O fenômeno da violência é classificado como

um problema de saúde pública, em

consonância com as recomendações do

Informe Mundial da OMS (2002) sobre

violência e saúde.

A violência constitui-se em fenômeno de

saúde pública "porque afeta a saúde

individual e coletiva“

É considerada por alguns como a epidemia da

modernidade.

A violência pode se apresentar como um

problema de saúde contra crianças, contra

adolescentes, contra a mulher, contra

idosos, em homicídios e agressões, como

auto-infligida, no trabalho, no trânsito e

outros.

A violência interessa ao setor da

saúde, principalmente em razão do número

de mortes que provoca, bem como pela

necessidade de atendimento médico que têm

as pessoas lesionadas.

As taxas de mortalidade por causas externas

cresceram cerca de 50% do fim dos anos 70

para a primeira metade da década de 90.

A violência sexual é uma das principais

causas de morbimortalidade, especialmente

na população de criança, adolescentes e

adultos jovens. Ela afeta principalmente as

mulheres e geralmente ocorre no espaço

domiciliar.

A violência apresenta-se sempre

multifacetada, envolvendo, em sua gênese e

desenvolvimento, vários segmentos e

aspectos: ela não é somente um problema de

segurança, de justiça, de educação ou de

saúde, mas representa um verdadeiro

mosaico formado por todos esses

componentes.

Parcerias efetivas entre diferentes segmentos

– governamentais ou não – devem ser

construídas e consolidadas, na medida em

que significam "a conjugação de esforços que

se expressam mediante a implementação de

um amplo e diversificado conjunto de ações

articuladas voltadas à prevenção dos

acidentes e violências e, por conseqüência, à

redução de sua ocorrência, contribuindo

assim para a melhoria da qualidade de vida

da população"

O enfrentamento da violência exige a efetiva

articulação de diferentes setores, tais como

saúde, segurança pública, justiça e trabalho;

bem como o envolvimento da sociedade civil

organizada, configurando redes integradas de

atendimento.

Houve um aumento na demanda de usuários do SUS aos serviços de referência, buscando atenção em saúde, orientação quanto à seus direitos, informações de ordem jurídica, além de garantia da integralidade do atendimento pelas Equipes da Saúde da Família.

O atendimento se dá prevenindo agravos externos e no garantir o acompanhamento psico-social de pessoas vitimadas, cumprindo seus direitos como cidadão.

As violências devem ser enfrentadas não só

como um problema de segurança, mas como

uma perspectiva que valorize uma maior

integração comunitária, o que não elimina os

conflitos, mas contribui para o

desenvolvimento de comportamentos mais

tolerantes, repercutindo positivamente no

próprio desempenho escolar.

Programas de apoio econômico às famílias

em situação de vulnerabilidade têm se

mostrado estratégias fundamentais para o

enfrentamento de dimensões da violência na

escola, trabalho juvenil, exploração sexual e

comercial de crianças e adolescentes.

Programas de forma integrada, atuando

através dos âmbitos

individual, familiar, comunitário e social.

Esta forma de violência "distingue um tipo de

dominação, de opressão e de crueldade nas

relações entre homens e

mulheres, estruturalmente construído". Ao

lado desta concepção reafirmam que

também esta forma de violência constitui-se

uma "questão de saúde pública e de violação

explícita dos direitos humanos".

Promover a organização de grupos de

mulheres, na perspectiva de compreensão de

direitos;

Fortalecer o acesso a uma rede de apoio

social;

Promover a organização de grupos de

homens.

Este grupo é especialmente vulnerável por

apresentar "múltiplas dependências e

incapacidades".

É necessária a reconfiguração dos papéis nos

ciclos de vida e das políticas sociais que lhes

dizem respeito".

Epidemiologicamente, desemprego e abuso

sexual se destacam como fortes elementos

predisponentes.

Porta de entrada: É por onde podem chegar

as vítimas, onde se dá o primeiro

atendimento. Pode ser em locais de defesa

de direitos jurídicos ou em locais de

atendimento em saúde.

Casos de violência a menores de 18 anos

são, por lei, registrados no conselho tutelar

da criança e adolescente.

Modalidades de atendimento da rede de

serviços: cuidados clínicos, saúde

mental, assistência social, jurídico.

A eficácia do fluxo no atendimento em

violência pede a efetiva articulação de

diferentes setores, tais como

saúde, segurança pública, justiça e trabalho;

bem como o envolvimento da sociedade civil

organizada, configurando redes integradas de

atendimento.

Capacitação multiprofissional nas instituições

de referência, contemplando toda a equipe

de saúde, sensibilizando para um

acompanhamento humanizado e digno,

A reflexão desenvolvida não torna a tarefa dos profissionais de saúde mais fácil. Ao contrário, mostra a necessidade de trabalharem não só com modelos epidemiológicos, mas de incluírem a compreensão cada vez mais específica dos fatores e dos contextos na abordagem dos comportamentos, das ações e dos processos violentos. Igualmente, torna-se fundamental aprofundar a importância e o papel da subjetividade e das determinações sociais nas escolhas das possibilidades, por menores que sejam as opções dos indivíduos.

Desenvolver reflexões superando a dimensão

de cisão estabelecida entre público e

privado, macro e micropolítica e subjetivo e

objetivo, encontrada em muitas análises.

BARBOSA, Lígia Maria. Implementação do

protocolo de assistência às vítimas de

violência na atenção básica.

JORGE, Maria Helena Prado de Mello.

Violência como problema de saúde

pública.Cienc. Cult. [online]. 2002, v. 54, n.

1

MORGADO, Rosana. Impacto da violência na

saúde dos brasileiros. Ciênc. saúde

coletiva, Rio de Janeiro, v. 11, n.

2, June 2006 .