sistemas elétricos de potência-ii

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Universidade Federal do Triângulo Mineiro Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas Departamento de Engenharia Elétrica Prof. Fabrício Augusto Matheus Moura, Dr E-mail: [email protected] Sistemas Elétricos de Potência I

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Faltas simétricas e assimétricas em sistemas elétricos de potência.

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  • Universidade Federal do Tringulo Mineiro Instituto de Cincias Tecnolgicas e Exatas

    Departamento de Engenharia Eltrica

    Prof. Fabrcio Augusto Matheus Moura, Dr

    E-mail: [email protected]

    Sistemas Eltricos de Potncia I

  • AGENDA

    1. Introduo

    2. Clculo de faltas simtricas

    3. Componentes simtricos

    4. Clculo de faltas assimtricas

    5. Fluxo de carga

  • 2 Exemplo: Na figura tem-se uma parte de um sistema de potncia.

    Os valores das impedncias mostradas esto todas na base de 16

    KV e a potncia base a nominal do equipamento.

    Pede-se:

    a) Calcular a falta no ponto F.

    b) Calcular o valor de um reator a ser inserido entre o disjuntor e a

    barra A, para que o disjuntor possa ter apenas 250 MVA de

    capacidade de curto-circuito.

    c) Para o caso b, calcular as contribuies dos geradores.

  • 33kV 33kV

    16kV 16kV

    j0,75 ohm

  • Escolhendo como bases

    )(16

    10

    BTdaladoKVU

    MVAM

    base

    base

    Gerador de 20 MVA: Zb = Za Ua

    Ub

    Mb

    Maj Zb j pu

    2

    0 1210

    2006. , ,

    Gerador de 15 MVA:

    Zb = j0,10 . 10/15 = j0,067pu

    Gerador de 25 MVA:

    Zb = j0,12 . 10/25 = j0,048pu

    Gerador de 30 MVA:

    Zb = j0,15 . 10/30 = j0,05pu

    Gerador de 50 MVA:

    Zb = j0,18 . 10/50 = j0,18pu

  • Linha area: considerando que Zbase = [OHM]

    Ento a impedncia da linha, em pu, ser: Z = j0,75/108,9

    = j0,0069 pu

    Transformador de 20 MVA: Zb = j0,06 10/20 = j0,03 pu

    Transformador de 15 MVA: Zb = j0,05 10/15 = j0,033 pu

    33

    10108 9

    2

    ,

    Reduo do circuito a uma nica impedncia, entre a

    referncia (neutro) e o ponto de falta (F):

  • a) Nvel de Curto-Circuito: Icc= 1 1

    0 022145 25

    Zpu

    jj

    T

    ( ),

    ,

    Potncia de Curto-Circuito: SF= U m

    Z puMVA MVA

    T

    2 10

    0 0221452 5

    ( ) ,,

    b) Limitao do curto-circuito em 250 MVA:

    Esta potncia de 250 MVA, transformada em pu, na base de 10 MVA corresponder a 250/10 = 25 pu.

    Icc(pu) = S

    puj pu

    cc pu( )

    125

    Pela Lei de Ohm: Icc = 1 0

    0 22125 0 0179

    ,

    ( , ),

    j Xj X pu

  • Sendo Zbase = 108,9, a reatncia X, em () ser:

    X = j0,0179 . 108,9 = j1,95()

    c) Para determinar a contribuio de cada um dos geradores, para o

    curto no ponto F aps colocao do reator, o circuito dever ser

    reconstrudo a partir da reatncia final:

  • Aplicando a equao: VNA =1-Z.Icc entre os terminais do neutro e a

    barra A: VNA =1-j0,021 . (-j25) = 1 -0,525

  • Reaplicando a mesma equao (VNA =1-Z.Icc), agora para os

    ramos dos geradores:

    I1 = (1-VNA)/j0,09 = [1 - (1- 0,525)]/j0,09 = -j6,1388pu

    I2 = (1-VNA)/j0,10 =[1 - (1- 0,5525)]/j0,10 = -j5,525pu

    I3 =(1-VNA)/j(0,0162 + 0,025) =

    [1 - (1- 0,5525)]/ j(0,0162 + 0,025) = -j13,410pu

    OBS: I1 + I2 + I3 -j 25pu

    I1 = contribuio do gerador 1

    I2 = contribuio do gerador 2

    I3 = soma das contribuies dos geradores 3, 4 e 5.

  • Agora as correntes nos ramos dos geradores 3, 4 e 5 podem ser

    calculadas:

    I4 = (1 - VNX)/j0,036 = -j6,345 p.u. (gerador 3)

    I5 = (1 - VNX)/j0,05 = -j4,4484 p.u. (gerador 4)

    I6 = (1 - VNX)/j0,0714 = j3,02605 p.u. (gerador 5)

  • 3 Exemplo:

    Um gerador de 25 MVA, 13,8 KV, Xd = 15% ligado, por meio de um transformador, a uma barra que alimenta 4 motores idnticos. Cada

    motor tem Xd = 20% e Xd = 30% numa base de 5 MVA, 6,9 KV. Os valores nominais do transformador so 25 MVA, 13,8/6,9 KV, com

    reatncia de disperso de 10%. A tenso na barra dos motores 6,9

    KV, quando ocorre a falta no ponto P. Para a falta especificada, determine:

    A corrente subtransitria na falta.

    A corrente subtransitria no disjuntor A. A corrente inicial no disjuntor A. A corrente que deve ser interrompida pelo disjuntor, em 5 ciclos.

  • GERADOR

    Lj 1,0

    L

    L

    L

    LL

    j 1,0

    j 1,0

    j 1,0

    j 0,10j 0,15

    MO

    TO

    RE

    S

    A P

    13,8 / 6,9 KV

    Soluo:

    Para uma base de Mb = 25 MVA e Ub = 13,8 KV, a corrente Base ser:

    Ibase = =2090 [A] 25

    3 6 9

    MVA

    KV. ,

  • Para estas bases, as reatncias do transformador e do gerador no sero

    alteradas:

    X trafo = j0,10pu; X gerador Xd = j0,15pu

    As reatncias dos motores, por estarem na base de 5 MVA devem ser

    alteradas:

    X motor

    Reatncia subtransitria: Xd = j0,20

    Reatncia transitria: Xd = j0,30

    puj 0,15

    25

    puj 5,15

    25

  • Soluo para o item 1 (falta em P):

    O circuito eltrico para o perodo subtransitrio ser:

    GERADOR

    Lj 1,0

    L

    L

    L

    LL

    j 1,0

    j 1,0

    j 1,0

    j 0,10j 0,15

    MO

    TO

    RE

    S

    A P

    13,8 / 6,9 KV

    LL j 1,0 j 1,0

    N

    L j 1,0 L j 1,0L j 0,25

    F

    I GL Z " = j 0,125TH

    N

    P

    T "I M3I M2I M1 I M4

  • Isso dar, para a corrente total de curto: I =

    Em amperes: I = 8 x 2090 [A] = 16720 A

    1 1

    0 1258 0

    Z jj pu

    TH,, ,

    ,

    Soluo para o item 2 (corrente subtransitria no disjuntor A):

    Atravs do disjuntor A passa apenas a contribuio do gerador e de 3 dos 4 motores:

    Contribuio do gerador: IG = 1/j0,25 = -j4,0 pu

    Contribuio dos motores: IM1 = IM2 = IM3 = pujj0,1

    0,1

    1

    Assim a corrente total subtransitria no disjuntor A :

    -j7 x 2090 A = 14630 A

  • Escolha de disjuntores

    A corrente de falta determinada pela equao Ifalta =

    Esta a corrente simtrica e no inclui a componente contnua. Assim,

    na determinao da corrente que um disjuntor deve suportar

    imediatamente aps a ocorrncia da falta (chamada corrente inicial do

    disjuntor), a componente deve ser includa.

    Neste sentido, recomenda-se multiplicar a corrente simtrica pelos

    seguintes fatores de multiplicao:

    a) Para tenses acima de 5 KV: 1,6

    b) Para tenses iguais ou inferiores a 5 KV: 1,5

    E

    Z

    Vn

    Z

    T

    T T

    / 3

    Soluo para o item 3: Corrente inicial do disjuntor A: 1,6 x 14630 A = 23450 [A]

  • IMPORTANTE:

    Para a obteno da corrente inicial do disjuntor, as reatncias a

    serem consideradas para as mquinas sncronas sero as reatncias

    subtransitrias;

    Para o clculo da corrente nominal de interrupo, as reatncias

    das mquinas devero ser aquelas compatveis com o tempo de

    abertura do disjuntor. Assim, para um disjuntor cujo tempo de

    abertura de 8 ciclos, as reatncias das mquinas poder ser a do

    tipo permanente;

    Para um disjuntor de tempo de abertura entre 2 e 5 ciclos, as

    mquinas devero ser representadas por suas reatncias

    transitrias.

  • Soluo para o item 4 (corrente a ser interrompida em 5 ciclos, pelo

    disjuntor A):

    Substituindo-se a reatncia subtransitria dos motores pela reatncia

    transitria (Xd):

    GERADOR

    Lj 1,0

    L

    L

    L

    LL

    j 1,0

    j 1,0

    j 1,0

    j 0,10j 0,15

    MO

    TO

    RE

    S

    A P

    13,8 / 6,9 KV

    LL j 1,5 j 1,5

    N

    L j 1,5 L j 1,5L j 0,25

    P

    I GL Z = j 0,15T

    N

    P

    I M3I M2I M1

  • A corrente de curto, aps 5 ciclos do incio do curto :

    x 1,1 x 2090 A = 15326,67 [A]

    Pelo disjuntor A passar apenas a contribuio do gerador e de 3 dos 4

    motores:

    IG =

    1

    0 15j ,

    1

    0 25j ,x 1,1 x 2090 = 9196 [A]

    IM1 = IM2 = IM3 = x 1,1 x 2090 = 1532,67 [A]

    Finalmente, a corrente pelo disjuntor A ser:

    IdisjA = IG + 3(IM1) = 13794 [A]

    1

    1 5j ,

  • 4 Exemplo:

    Um gerador de 625 KVA; 2,4 KV, com Xd = 0,08 pu ligado a uma barra atravs de um disjuntor. Ligados atravs de disjuntores mesma barra

    esto trs motores sncronos de valores nominais 250 HP, 2,4 KV, fator

    de potncia 1,0, rendimento 90%, com Xd = 0,20 pu.

    a)Faa o diagrama de impedncias com as impedncias marcadas em pu

    numa base de 625 KVA, 2,4 KV.

    b) Determine a corrente inicial eficaz simtrica em pu na falta e nos

    disjuntores A e B, para uma falta trifsica no ponto P. Simplifique os

    clculos desprezando a corrente anterior falta.

    c) Repita o tem (b) para uma falta trifsica no ponto Q.

    d) Repita o tem (b) para uma falta trifsica no ponto R.

    e) Determine o maior valor de corrente inicial que pode ser esperado, para

    qualquer falta trifsica, nos disjuntores A e B.

  • a) Diagrama de Impedncias

    Reatncias:

    Gerador Xd = 0,08 pu

    M KVA

    U KV

    B

    B

    625

    2 4,

    GR

    A

    Q

    BP

    M1

    M2

    M3

    Gerador:

    625 KVA, 2,4 KV, Xd = 0,08 pu M1 = M2 = M3: 250 HP; 2,4 KV,

    fp = 1,0; n = 90%; Xd = 0,20 pu

  • A potencia dos 3 motores, em KVA, ser M =

    Passando a reatncia Xd dos motores para a base de 625 KVA:

    Xd novo= 0,20 .

    O diagrama de impedncias ser:

    250 746

    0 9 1 0207 222

    HP x

    xKVA

    , ,,

    1

    1

    625

    207 2220 6032

    2 .

    ,, pu Gerador:625 KVA, 2,4 KV, Xd = 0,08 pu

    M1 = M2 = M3: 250 HP; 2,4 KV,

    fp = 1,0; n = 90%; Xd = 0,20 pu

    GR

    A

    Q

    BP

    M1

    M2

    M3

  • b) corrente inicial eficaz simtrica em pu na falta e nos disjuntores A e B,

    para uma falta trifsica no ponto P.

  • A impedncia equivalente, vista do ponto P ser assim obtida:

    O inverso desta impedncia ser:

    Logo, a impedncia ser: ZPN = 0,0572 pu

    A correspondente corrente de curto ser: IF =

    A parcela desta corrente, que passa pelo disjuntor A (Iger) ser: Idisj.A =

    A corrente que passa pelo disjuntor B ser a corrente dos dois motores mais a

    corrente do gerador:

    Idisj.B =

    1 3

    0 6032

    1

    0 0817 47

    Zpu

    PN

    , ,

    ,

    117 47

    Zj pu

    PN

    ,

    1

    0 0812 5

    jj pu

    ,,

    1

    0 08

    2

    0 603215 82

    j jj pu

    , ,,

  • c) Corrente inicial eficaz simtrica em pu na falta e nos disjuntores A e B,

    para uma falta trifsica no ponto Q:

    A impedncia total ainda a mesma vista do ponto P. Assim, pelo disjuntor

    A a corrente ser a mesma anterior:

    IdisjA =

    Pelo disjuntor B, no entanto, agora circular apenas a corrente oriunda do motor 3:

    IdisjB =

    1

    0 0812 5

    jj pu

    ,,

    1

    0 60321 6583

    jI j puM

    ,,

    L

    j 0,6032

    L

    L

    Lj 0,08

    A

    B

    j 0,6032

    j 0,6032

    I M3

    I G

    Q

  • d) Corrente inicial eficaz simtrica em pu na falta e nos disjuntores A e B,

    para uma falta trifsica no ponto R:

    IdisjA = IM1 + IM2 + IM3 = -j4,973 pu

    IdisjB = IM3 = -j1,658 pu

    3

    0 6032j ,

    Lj 0,6032

    L

    L

    Lj 0,08

    A

    B

    j 0,6032

    j 0,6032

    I M1

    I M2

    I M3

    I G

    I F

    P

    R

  • e) Maior valor de corrente inicial que pode ser esperado, para qualquer falta

    trifsica, nos disjuntores A e B.

    As maiores correntes de curto trifsicas para o disjuntor A ocorrem para faltas entre o disjuntor A e a barra. Nesta condio toda contribuio do gerador passar

    por ali (-j12,5 pu).

    Para o disjuntor B a pior condio um curto no ponto P (ou qualquer outro ponto entre o disjuntor B e o motor M3). Nesta hiptese, pelo disjuntor B passar a corrente de curto vinda dos motores M1 e M2 e do gerador:

    IM1 + IM2 + IG = -j15,82 pu.

  • 5 Exemplo: O gerador do sistema abaixo participa da alimentao de um grande

    sistema metropolitano que pode ser representado por uma barra infinita numa

    tenso de operao de 12,5kV. O gerador tem valores nominais de 60.000 KVA,

    12,7 KV, Xd = 0,20 pu. Cada transformador trifsico tem valores nominais de 75000 KVA, 13,8-69Y KV, X = 8%. A reatncia da linha de transmisso de 10

    ohms.

    Uma falta trifsica ocorre no ponto P (entre o disjuntor B e o transformador do

    gerador). Para este curto, determine as correntes subtransitrias e iniciais

    (incluindo a componente contnua) nos disjuntores A e B.

    Linha

  • Soluo:

    Para as grandezas base ser assumindo: MB = 75 MVA; UB = 13,8/69 KV

    Determinao das reatncias na mesma base:

    Gerador= 0,20 pu

    Transformadores T1 e T2: Xt = 0,08 pu

    Linha: ZB = 692/75 = 63,48; ZL(pu) = 10/63,48 = 0,158 pu

    12 7

    13 8

    75

    600 212

    2,

    ,. ,

    Representao do sistema (no caso, uma barra infinita) :

    Em OHMS: Zsist = = 0 [OHM]

    Em pu : Zsist(pu) = pu

    U

    M M

    2 212 5

    ,

    0 0

    13 8 750

    2ZB

    , /

  • 60.000 KVA, 12,7 KV,

    Xd = 0,20 pu

    75 MVA,

    13,8-69Y KV,

    X = 8%.

    10 ohms

  • Assumindo-se que a tenso no ponto P, antes da falta, de 69 KV tem-se

    que:

    A corrente no disjuntor A ser IdisjA = = -j3,425 pu

    Iinicial. = 1,6 x j3,425 = -j5,479 pu

    1

    0 292j ,

    a) Para tenses acima de 5 KV: 1,6

    b) Para tenses iguais ou inferiores a 5 KV: 1,5

  • No disjuntor B a corrente ser:

    IdisjB = = -j4,20 pu

    Iinicial = 1,6 x 4,2 = -j6,72 pu

    1

    0 238,

  • Nos lados de baixa tenso a corrente base ser:

    Ibase =

    .

    Com esta corrente base, as correntes de curto que saem do gerador e do

    sistema infinito tambm podem ser obtidas em ampres.

    7510

    3 13 83137 77

    3.

    . ,. , A

    60.000 KVA,

    12,7 KV,

    Xd = 0,20 pu

    75 MVA,

    13,8-69Y KV,

    X = 8%.

    10 ohms

  • Interrupo devida a falta e subsequente religamento:

  • Exemplos de Voltage Sag

    Efeito de uma falta tipo fase-terra

  • Exemplos de Voltage Sag

  • Exemplos de Sensibilidade de Pequenas Cargas:

    VIDEO-CASSETES, FORNOS DE MICROONDAS E RELGIOS

    DIGITAIS

    As regies hachuradas representam as faixas de operao inadequadas.

  • Microcomputadores

    0.001 0.5 0.01 1.0 0.1 6 1000 100 30 10

    Tempo em Ciclos (60 Hz)

    106%

    87% 100

    115%

    30% 0

    200

    Ten

    so [

    %]

    400

    Nvel de Tenso Passvel de Ruptura

    300

    Envoltria da Tenso de

    Tolerncia do Computador

    Falta de Energia de

    Armazenamento

  • Crescimento das Cargas

    Eletrnicas

    1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    Pot

    ncia

    [G

    W]

    Ano

    Crescimento das Cargas Eletrnicas nos EUA

    Carga Total Instalada

    Cargas Eletrnicas

  • Clculos sistemticos de curto-circuito

    Os clculos de curto-circuito em grandes sistemas eltricos tornam-se impraticveis

    quando feitos manualmente.

    Nesses casos, torna-se necessrio sistematizar uma maneira que possa ser

    programada em computador.

    A figura abaixo, relativa a um sistema de 3 barras, ser utilizada para mostrar o

    desenvolvimento de uma tcnica geral, que pode ser aplicada a qualquer sistema

    eltrico de n barras.

    F3

    ~ ~G1 G2

    1 2L1

    L3L2

  • 1) Clculo MANUAL de curto para a barra 3 (ser admitido que o diagrama de reatncias do mesmo seja este abaixo):

  • Desprezando-se as capacitncias das linhas:

  • A corrente de curto total ser:

    pujj

    I f 85,91015,0

    1

  • Clculo da contribuio dos dois geradores :

    j 0,1015

    N

    F

    ( e )

    I = I + I F G1 G2F

    N

    N '

    j 0,0682

    j 0,0333

    ( d )( c )( b )( a )

    I G2I G1

    N '

    j 0,1083

    I G1I G2

    1 2

    j 0,15 j 0,075

    j 0,10

    j 0,10 j 0,10

    LL

    L

    L L

    L L

    L

    L L

    L L

    L

    L

    L

    L

    I G1

    j 0,15

    I G2j 0,075

    j 0,1833

    N

    F

    3

    j 0,033j 0,033

    j 0,033

    21

    3

    N '

    F

    F

    3 3

    I = I + I F G1 G2

    N N

  • Da etapa d da calcula-se VNN:

    VNN =1 - j0,0682 (-j9,85) = 1 - 0,6718 pu

    Da etapa c obtm-se a corrente do gerador G1 (IG1):

    IG1 = (1-VNN)/j0,1833 = [1-(1-0,6718)]/j0,1833 = -j3,665 pu

    A corrente do gerador G2 ser:

    IG2 = IF - IG1 = -j(9,85 - 3,665) = -j6,185 pu

  • Com o auxlio das correntes de curto nos geradores e das etapas (b) e

    (e) da figura, os afundamentos de tenso causados nas 3 barras, devido

    a este curto, podero tambm ser obtidos:

    VN1 = - j0,15 (-j3,665) = -0,55 pu

    VN2 = - j0,075(-j6,185) = -0,463 pu

    VN3 = - j0,1015 (-j9,85) = -1,00 pu

    j 0,1015

    N

    F

    ( e )

    I = I + I F G1 G2F

    N

    N '

    j 0,0682

    j 0,0333

    ( d )( c )( b )( a )

    I G2I G1

    N '

    j 0,1083

    I G1I G2

    1 2

    j 0,15 j 0,075

    j 0,10

    j 0,10 j 0,10

    LL

    L

    L L

    L L

    L

    L L

    L L

    L

    L

    L

    L

    I G1

    j 0,15

    I G2j 0,075

    j 0,1833

    N

    F

    3

    j 0,033j 0,033

    j 0,033

    21

    3

    N '

    F

    F

    3 3

    I = I + I F G1 G2

    N N

  • Estes valores constituiro o vetor tenso de barra de Thvenin:

    VV

    V

    V

    T

    N

    N

    N

    1

    2

    3

    0 550

    0 463

    1 00

    ,

    ,

    ,

  • I21 =

    I13 =

    I23 =

    V V

    j jjN N2 1

    0 1

    0 087

    0 10 87

    ,

    ,

    ,,

    V V

    j jjN N1 3

    0 1

    0 45

    0 14 50

    ,

    ,

    ,,

    V V

    j jjN N2 3

    0 1

    0 537

    0 15 37

    ,

    ,

    ,,

    VV

    V

    V

    T

    N

    N

    N

    1

    2

    3

    0 550

    0 463

    1 00

    ,

    ,

    ,

  • Correntes e tenses ps-falta

    a) Tenses

    Antes da falta, as tenses entre as barras e a referncia N so

    tomadas como sendo de valores iguais a 1,0 pu. Com o surgimento

    da falta no barramento 3, as enormes correntes provocaro grandes

    quedas de tenso. Isso faz com que as tenses no mais tenham os

    valores de 1,0 pu. As novas tenses, nos 3 barramentos, sero as

    seguintes:

    V1f =

    V2f =

    V3f =

    V V puN10 1 1 0 550 0 450 , ,

    V V puN20 2 1 0 463 0 537 , ,

    V V puN30 3 1 1 0 000 [ ] ,

  • b) Correntes

    Ser assumido que, antes da falta, as correntes so desprezveis.

    Logo, os valores finais sero:

    If = -j9,85 pu

    I

    I

    I

    I

    1 1 10

    1 0 3 665 3 665f

    G G GfI I I j j pu , ,

    2 2

    0

    2 0 6185 6 185f

    G G

    fI I j j pu , ,

    I I I j j puf f13 130

    13 0 4 5 4 50 , ,

    pujjII ff 37,537,50230

    2323

    21 210

    21 0 0 87 0 87f fI I j j pu , ,

  • Na prtica muito provvel que se desejasse estudar os curto-

    circuitos tambm nas barras 1 e 2. Assim, toda a rotina anterior

    deveria ser repetida, tanto para a barra 1 como para a barra 2!

    Este fato, combinado com a impossibilidade de se usar,

    manualmente, os mtodos de reduo de circuitos em grandes

    sistemas (com muitas linhas, transformadores, barras, etc.)

    conduziu ao uso do computador digital.

  • CLCULOS SISTEMTICOS DE CURTO

    Para utilizar o computador nos clculos de curto-circuito

    necessrio desenvolver procedimentos sistemticos. A tcnica de

    reduo de circuitos, usada at aqui s pode ser usada em

    sistemas pequenos.

    A seguir ser apresentada uma tcnica de maior generalidade, isto

    , aplicvel a um sistema de n barras

    Tenses ps-falta : V

    Onde:

    busf

    bus TV V I 0 ( )

    bus T

    N

    N

    N

    V

    V

    V

    V

    V

    V

    V

    0

    1

    0

    2

    0

    3

    0

    1

    2

    3

    1

    1

    1

    ;

    V

  • Obteno de VT: VT = [Zbus] . [If] (II)

    Onde:

    [Zbus] = matriz de impedncia, 3x3, da rede anterior.

    [If] = 0

    0

    I

    IIIf

    ( ) OBS: -If = corrente injetada na barra 3.

    VT = [Zbus] . [If] (II)

    busf

    bus TV V I 0 ( )V

    Levando (II) em (I): V V Z Ibusf

    buso

    bus f . (IV)

  • Para um sistema de n barras, o vetor corrente de falta ser:

    If =

    0

    0

    .

    .

    .

    .

    I f

    (corrente total na barra q para um curto na barra q)

    Expandindo a equao (IV) :

    V

    V

    V

    V

    V

    V

    Z Z

    Z Z

    Z Z

    I

    f

    q

    f

    n

    f

    q

    n

    n

    q qn

    n nn

    f

    1 1

    0

    0

    0

    11 1

    1

    1

    0

    0

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    ...

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    ...

    .

    ' .

    .

    .

  • Separando-a em diversas expresses:

    ( ) .

    ...............................

    ( ) .

    ...............................

    (( ) .

    V V V Z I

    V V V Z I

    V V V Z I

    f oq f

    q qf

    q qq f

    n nf

    n nq f

    1 1 1 1

    0

    0

    V

    V

    V

    V

    V

    V

    Z Z

    Z Z

    Z Z

    I

    f

    q

    f

    n

    f

    q

    n

    n

    q qn

    n nn

    f

    1 1

    0

    0

    0

    11 1

    1

    1

    0

    0

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    ...

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    ...

    .

    ' .

    .

    .

    Por enquanto a corrente If desconhecida.

    Generalizando este desenvolvimento para um curto-circuito no

    slido (ou seja, onde haja impedncia Zf), a tenso ps-falta na

    barra em curto, pode ser expressa por:

    = Zf . If (VI) Vqf

  • Levando (VI) em (Vq) e tirando If:

    If = V

    Z Z

    q

    f qq

    0

    (VII)

    SISTEMA

    barra " q "

    fq

    V Zf

    I f

  • Assim, If est determinado pois V conhecido ( 1,0pu). q0

    Os valores de Zf e Zqq (impedncia de Thvenin, a ser retirada da

    matriz de Zbus) tambm so conhecidos.

    Finalmente, levando (VII) em (V) obtm-se as seguintes equaes

    finais para as tenses ps-falta nas barras:

    If = V

    Z Z

    q

    f qq

    0

    (VII)

    ( ) .

    ...............................

    ( ) .

    ...............................

    (( ) .

    V V V Z I

    V V V Z I

    V V V Z I

    f oq f

    q qf

    q qq f

    n nf

    n nq f

    1 1 1 1

    0

    0

    V VZ

    Z ZV i q

    VZ

    Z ZV

    if

    iiq

    fqq

    q

    qf

    f

    fqq

    q

    0 0

    0

    .

    .

  • Para um curto-circuito slido (Zf = 0) as equaes (VII) e (VIII) se tornam

    V VZ

    Z ZV i q

    VZ

    Z ZV

    if

    iiq

    fqq

    q

    qf

    f

    fqq

    q

    0 0

    0

    .

    .

    V

    Z Z

    q

    f qq

    0

    If =

    I V Z

    V

    V VZ

    ZV i q

    fq qq

    qf

    if

    iiq

    qqq

    0

    0 0

    0

    /

    .

  • Notas Importantes

    As tenses pr-faltas, V podem ser obtidas pelo programa do

    fluxo de carga ou, como anteriormente, podem ser tomadas

    como iguais a 1,0 pu.

    As impedncias Ziq e Zqq so retiradas da matriz [Zbus], a

    qual, por sua vez, obtida pela inverso da matriz de admitncia

    de barra [Ybus].

    00

    1 qVe

  • A anlise mostrada forneceu, at aqui, a corrente de falta If na

    barra em curto e as tenses ps-falta em todas as demais

    barras no em curto e naquela em curto.

    No entanto, para o estudo ficar completo, ainda preciso

    conhecer os valores das correntes ps-falta em todos os

    ramos da rede:

    No sistema ora estudado, a corrente ps falta I f

    vu

    e pode ser dada pela equao:

    IV V

    ZVU

    f V

    f

    U

    f

    VU

    Z 1 V1 V

    uq

    Z 1 q Z v uZ q u

    fq

    V = 0

    f1

    V V vf

    V uf

  • Fluxograma para o clculo de curto-circuito, em computador digital

  • Aplicao:

    Recalculando-se o curto na barra 3 para o sistema de 3 barras,

    utilizando o fluxograma anterior, tem-se:

    Matriz admitncia:

    y11 = 1

    0 15

    1

    0 1

    1

    0 126 67

    j j jj

    , , ,,

    y13 = y31 = 1

    0 110

    jj

    ,

    y22 = 1

    0 075

    1

    0 1

    1

    0 133 33

    j j jj

    , , ,,

    y12 = y21 =

    1

    0 110

    jj

    ,

    y33 = 1

    0 1

    1

    0 120 0

    j jj

    , ,,

    y23 = y32 =

    1

    0 110

    jj

    ,

  • y y y

    y y

    y y y

    j j j

    j j j

    j j j

    11 12 13

    21 22 23

    31 32 33

    26 67 10 10

    10 33 33 10

    10 10 20

    ,

    ,Ybus =

    Invertendo-se Ybus, obtm-se a matriz Zbus:

    j j j

    j j j

    j j j

    0 073 0 0386 0 0558

    0 0386 0 0558 0 0472

    0 0558 0 0472 0 1014

    , , ,

    , , ,

    , , ,

    Zbus =

  • As tenses ps-falta e a corrente de falta sero:

    V VZ

    ZVi

    f iq

    qqq 1

    0 0 1 0 1 0 10 0558

    0 10141 0 45013

    33

    , . ,,

    ,,

    Z

    Z

    j

    jx pu=

    VZ

    Z

    j

    jx puf2

    23

    33

    1 0 1 0 1 00 0472

    0 10141 0 535 , . , ,

    ,

    ,,

    Vqf 0 3 0

    f V

    If = V q qqZ j j pu0 1 0 0 1014 9 86/ , / , ,

  • Para comparaes, o clculo manual inicial forneceu:

    puVpu ff 0,0;450,031V

    If = 1/j0,1015 = -j9,85 pu

    Uma vez montada a matriz Zbus, pode-se obter os valores das correntes de curto e das tenses nas barras para as hipteses de curtos em qualquer barra. Por exemplo:

    Barra 1 em curto

    If = 1/Z11 = 1/j0,073 = -j13,7 pu

  • 1 0f

    221

    11

    1 0 1 0 10 0386

    0 0731 0 471f

    Z

    Z

    j

    jpu , . ,

    ,

    ,. ,

    331

    11

    1 0 1 0 10 0558

    0 0731 0 236f

    Z

    Z

    j

    jpu , . ,

    ,

    ,. ,

    V

    V

    V

  • CAPTULO 3

    COMPONENTES SIMTRICAS

  • Anlise por componentes simtricos

    Em 1918, uma das mais poderosas ferramentas para lidar com

    circuitos polifsicos desequilibrados foi analisada pelo Dr. C.

    L. Fortescue, numa reunio do Instituto Americano de

    Engenheiros Eletricistas, na qual ele apresenta um trabalho

    intitulado:

    MTODO DE COMPONENTES SIMTRICOS

    APLICADO SOLUO DE CIRCUITOS

    POLIFSICOS.

  • Desde ento, o mtodo assumiu grande importncia, tendo sido

    objeto de muitos artigos e investigaes experimentais.

    Como exemplo de sua aplicao, pode-se citar:

    Faltas assimtricas;

    Desequilbrio originada por impedncias diferentes nos sistemas

    eltricos;

    Anlise de fluxo harmnico;

    Comportamento de cargas em sistemas desequilibrados...

  • De acordo com o teorema de Fortescue, trs fasores desequilibrados

    de um sistema trifsico podem ser substitudos por trs sistemas

    equilibrados de fasores. Os conjuntos equilibrados de componentes

    so:

    1. Componentes de sequncia positiva, consistindo de trs fasores

    iguais em mdulo, defasados de 120 entre si e tendo a sequncia de

    fases que os fasores originais ABC.

    va1

    vb1

    vc1 w

    va2 vb2

    vc2

    w va0 vb0 vc0 vc1

    va1

    vb1

    w

    vc2

    vb2

    va2

    w va0 vb0 vc0

  • 2. Componentes de sequncia negativa, consistindo de trs fasores

    iguais em mdulo, defasados de 120 entre si e tendo a sequncia de

    fases oposta dos fasores originais ACB.

    3. Componentes de sequncia zero, consistindo de trs fasores iguais

    em mdulo e com defasagem zero entre si.

  • Os trs conjuntos de C.S. recebem ainda os ndices 1 para sequncia

    (+), 2 para os de sequncia (-) e 0 para os de sequncia zero. Assim

    tem-se:

    va1, vb1 e vc1 para a sequncia (+);

    va2, vb2 e vc2 para a sequncia (-);

    va0, vb0 e vc0 para a sequncia (0).

  • Sendo cada um dos fasores do conjunto,

    desequilibrado original, igual soma de

    seus C.S., podemos escrever:

    VA = va1 + va2 + va0;

    VB = vb1 + vb2 + vb0;

    VC = vc1 + vc2 + vc0.

  • va1

    vb1

    vc1

    w

    va2

    vb2

    vc2

    va0

    vb0

    vc0

    VA

    VB=VC

    A sntese do conjunto dos trs fasores desequilibrados, de acordo

    com as equaes, mostrado graficamente:

  • Operador j (ou i):

    Produz rotao de 90 .

    Operador -1:

    Produz rotao de 180 .

    Operador d:

    Produz rotao de 30 .

    Operador a:

    Produz rotao de 120 .

    OPERADORES

  • Outro operador til o operador a, que causa uma rotao de 120

    graus no sentido horrio:

    a = 1 /120 = 1 ej2/3 = -0,5 + j0,866

    Aplicando-o duas vezes haver uma rotao de 240 graus, trs

    vezes 360 graus.

    Algumas das combinaes do operador a:

    a = 1 /120o = -0,5 + j0,866

    a2 = 1 /240o = -0,5 = -j0,866

    a3 = 1 /360o = 1 + j0

    a4 = 1 /120o = -0,5 + j0,866 = a

    1 + a = 1 /60o = 0,5 + j0,866 = -a2

    1 - a = 3 /-30o = 1,5 - j0,866

    1 + a2 = 1 /-60o = 0,5 - j0,866 = -a

    a + a2 = 1/180o = - 1 - j0

    a - a2 = 3 /90o = 0 + j1,732

    1 + a + a2 = 0 = 0 + j0

  • 60o

    60o60o

    a - a2

    a2 - a

    1, a3-1, - a3

  • Va = Va1 + Va2 + Vao (3.1)

    Vb = Vb1 + Vb2 + Vbo (3.2)

    Vc = Vc1 + Vc2 + Vc0 (3.3)

    Usando o operador a e os conceitos tirados das figuras:

    V a V V aV

    V a V V a V

    V V V V

    b a c a

    b a c a

    b a c a

    12

    1 1 1

    2 2 22

    2

    0 0 0 0

    .

    .

    va1

    vb1

    vc1 w

    va2 vb2

    vc2

    w va0 vb0 vc0

  • V a V V aV

    V a V V a V

    V V V V

    b a c a

    b a c a

    b a c a

    12

    1 1 1

    2 2 22

    2

    0 0 0 0

    .

    .

    Substituindo o conjunto de equaes acima, tem-se que o sistema de

    tenses Va, Vb e Vc poder ser assim reescrito:

    Va = Va1 + Va2 + Va0 (3.5)

    Vb = a2Va1 + aVa2 + Va0 (3.6)

    Vc = aVa1 + a2Va2 + Va0 (3.7)

  • Matricialmente:

    0

    2

    1

    2

    2

    1 1 1

    1 .

    1

    a a

    b a

    c a

    V V

    V a a V

    V a a V

    va1

    vb1

    vc1

    w

    va2 vb2

    vc2

    va0 vb0

    vc0

    VA

    VB=VC

  • 02

    1

    2

    2

    1 1 1

    1 .

    1

    a a

    b a

    c a

    V V

    V a a V

    V a a V

    Por convenincia, ser adotado que :

    A=

    1 1 1

    1

    1

    2

    2

    a a

    a a

    A equao acima pode ser assim resumida:

    [Vp] = [A] . [Vc]

  • 02

    1

    2

    2

    1 1 1

    1 .

    1

    a a

    b a

    c a

    V V

    V a a V

    V a a V

    1 1 1

    1

    1

    2

    2

    a a

    a a

    A= A matriz inversa de A ser:

    A-1 = 1

    3

    1 1 1

    1

    1

    2

    2

    a a

    a a

    pr-multiplicando a equao acima por A-1:

    V

    V

    V

    A A

    V

    V

    V

    a

    b

    c

    a

    a

    a

    10

    1

    2

    . .A-1

  • Assim, as tenses de componentes simtricas, para a fase a sero:

    V

    V

    V

    a a

    a a

    x

    V

    V

    V

    a

    a

    a

    a

    b

    c

    0

    1

    2

    2

    2

    1

    3

    1 1 1

    1

    1

    A relao obtida de grande importncia, pois permite

    decompor 3 fasores assimtricos em seus componentes

    simtricos

  • VV

    V

    a a

    a a

    x

    V

    V

    V

    a

    a

    a

    a

    b

    c

    0

    1

    2

    2

    2

    1

    3

    1 1 1

    1

    1

    Desenvolvendo a equao matricial acima:

    Va0 = 1/3 (Va + Vb + Vc)

    Va1 = 1/3 (Va + aVb + a2Vc)

    Va2 = 1/3 (Va + a2Vb + aVc)

  • Os demais componentes simtricos (Vb0, Vc0, Vb1, Vb2, Vc1, Vc2)

    so obtidos pelas equaes:

    V a V V aV

    V a V V a V

    V V V V

    b a c a

    b a c a

    b a c a

    12

    1 1 1

    2 2 22

    2

    0 0 0 0

    .

    .

  • Observaes importantes

    1) A equao Va0 = 1/3 (Va + Vb + Vc) mostra que, em circuitos

    trifsicos equilibrados, no h componente de sequncia zero.

    2) As equaes Va0 = 1/3 (Va + Vb + Vc)

    Va1 = 1/3 (Va + aVb + a2Vc)

    Va2 = 1/3 (Va + a2Vb + aVc)

    valem tambm para corrente:

    Ia0 = 1/3 (Ia + Ib + Ic)

    Ia1 = 1/3 (Ia + a.Ib + a2.ic)

    Ia2 = 1/3 (Ia + a2.Ib + a.Ic)

  • Observaes importantes

    3) Em um sistema trifsico com condutor neutro,

    Assim, de Ia0 = 1/3 (Ia + Ib + Ic):

    Ia0 = 1/3 In

    4- Quando no h retorno pelo neutro, In nulo . Nestas condies,

    as correntes de sequncia zero no existiro. Assim sendo, em uma

    carga ligada em , no h corrente de sequncia zero.

    I I I In a b c

  • Exemplo 1: Um condutor de uma linha trifsica est aberto. A

    corrente que flui para uma carga ligada em pela linha a de 10A.

    Tomando a corrente na linha a como referncia e a linha c aberta,

    determine os componentes simtricos das correntes de linha.

    SOLUO: Do enunciado tem-se que:

    0)(180/10);(0/10 co

    b

    o

    a IeAIAI

    Ia0 = 1/3 (Ia + Ib + Ic)

    Ia1 = 1/3 (Ia + a.Ib + a2.ic)

    Ia2 = 1/3 (Ia + a2.Ib + a.Ic)

    Ia0 = 1/3 (10/0 + 10/180 + 0) = 0 A

    Ia1 = 1/3 (10/0 + 10/180 x 1/120 + 0) = 5,78/-30 A

    Ia2 = 1/3(10/0 + 10/180 x 1/240 + 0) = 5,78/30 A

  • Das equaes do lado,

    tira-se:

    V a V V aV

    V a V V a V

    V V V V

    b a c a

    b a c a

    b a c a

    12

    1 1 1

    2 2 22

    2

    0 0 0 0

    .

    .

    Ib1 = a2Ia1 = 5,78/-150 [A];

    Ic1 = aIa1 = 5,78/90 [A]

    Ib2 = aIa2 = 5,78/150 [A]

    Ic2 = a2Ia2 = 5,78/-90 [A]

    Ib0 = Ia0 = 0, Ic0 = Ia0 = 0

  • Exemplo 2:

    Dados: Va = 10/30, Vb = 30/-60 e Vc = 15/145

    determinar as componentes simtricas correspondentes.

    Soluo:

    Va0 = 1/3(Va + Vb + Vc) = 1/3(10/30 + 30/60 + 15/145) =

    5,60/-47,4

    Va1 = 1/3(Va + aVb + a2Vc) = 1/3(10/30 + a.30/-60 + 1/240 . 15/145)

    = 17,6/45

    Va2 = 1/3(Va + a2Vb + aVc) = 1/3(10/30 + 1/240 . 30/60 + 1/120 x

    15/145 = 8,25/-156,2

  • Va0 = 1/3(Va + Vb + Vc) = 1/3(10/30 + 30/60 + 15/145) =

    5,60/-47,4

    Va1 = 1/3(Va + aVb + a2Vc) = 1/3(10/30 + a.30/-60 + 1/240 . 15/145)

    = 17,6/45

    Va2 = 1/3(Va + a2Vb + aVc) = 1/3(10/30 + 1/240 . 30/60 + 1/120 x

    15/145 = 8,25/-156,2

    Vb1 = a2 . Va1 = 17,6/75 ; Vc1 = a Va1 = 17,6/165

    Vb2 = aVa2; Vc2 = a2Va2

    Va0 = Vb0 = Vc0

  • 3 Exemplo:

    Dadas as componentes simtricas:

    Va0 = 100/30, Va1 = 220/0 e Va2 = 100/-60, determinar as tenses

    Va, Vb e Vc.

    V

    V

    V

    a a

    a a

    V

    V

    V

    a a

    a

    a

    b

    c

    a

    a

    a

    o

    o

    o

    1 1 1

    1

    1

    1 1 1

    1

    1 1

    100 30

    220 0

    100 60

    2

    2

    0

    1

    2

    2

    2

    /

    /

    /

  • 3.5 - Componentes simtricos das impedncias:

    3.5.1 - Caso Geral

    Para a figura:

    As relaes para as correntes e tenses sero:

    Va = ZaaIa + MabIb + MacIc

    Vb = MbaIa + ZbbIb + MbcIc

    Vc = McaIa + McbIb + ZccIc

    M ab = M ba

    M bc = M cb

    M ca = M ac

    Z aa

    Z bb

    Z cc

    V a

    V b

    V c

    a

    b

    c

    V

    V

    V

    Z M M

    M Z M

    M M Z

    I

    I

    I

    a

    b

    c

    aa ab ac

    ab bb bc

    ca cb cc

    a

    b

    c

    Ou ainda: [Vp] = [Zpp].[Ip]

  • Aplicando a Lei de OHM tambm para os componentes simtricos:

    [Vc] = [Zcc] . [Ic]

    J foi visto anteriormente que:

    Ou seja: [Vc] = [A-1][Vp]

    Da mesma forma, pode-se escrever o mesmo para as correntes:

    [Ic] = [A-1][Ip]

    V

    V

    V

    a a

    a a

    x

    V

    V

    V

    a

    a

    a

    a

    b

    c

    0

    1

    2

    2

    2

    1

    3

    1 1 1

    1

    1

  • [Vc] = [Zcc] . [Ic]

    [Vc] = [A-1][Vp], [Ic] = [A-1][Ip]

    [A-1][Vp] = [Zcc][A-1][Ip]

    V

    V

    V

    a a

    a a

    x

    V

    V

    V

    a

    a

    a

    a

    b

    c

    0

    1

    2

    2

    2

    1

    3

    1 1 1

    1

    1

    V

    V

    V

    Z M M

    M Z M

    M M Z

    I

    I

    I

    a

    b

    c

    aa ab ac

    ab bb bc

    ca cb cc

    a

    b

    c

    M ab = M ba

    M bc = M cb

    M ca = M ac

    Z aa

    Z bb

    Z cc

    V a

    V b

    V c

    a

    b

    c

    Pr-multiplicando ambos membros por [A]:

    [A][A-1][Vp] = [A] [Zcc] [A-1] [Ip]

    [Vp] = [A] [Zcc] [A-1] [Ip]

    Fazendo a identidade de [Vp] = [A][Zcc] [A-1] [Ip]

    com [Vp] = [Zpp].[Ip]

    [Zpp]= [A] [Zcc] [A-1]

  • Matricialmente: 1 1 1

    1

    1

    1 1 1

    1

    1

    2

    2

    2

    2

    a a

    a a

    Z M M

    M Z M

    M M Z

    a a

    a a

    aa ab ac

    ba bb bc

    ca cb cc

    [Zcc] = 1/3

    Estando as trs fases equilibradas:

    Zaa = Zbb = Zcc = Z

    Mab = Mba = Mcb = Mbc = Mac = Mca = M

    1 1 1

    1

    1

    1 1 1

    1

    1

    2

    2

    2

    2

    a a

    a a

    Z M M

    M Z M

    M M Z

    a a

    a a

    ( )

    ( )

    ( )

    Z M

    Z M

    Z M

    2 0 0

    0 0

    0 0

    [Zcc] =1/3 =

    Como se v, a matriz de impedncia se diagonalizou. Caso o circuito no

    fosse equilibrado, a matriz acima seria totalmente cheia.