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Sistemas de Informação U412.37 GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

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Sistemas de Informação

U412.37

GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

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Autor: Prof. Dr. Ivanir CostaColaboradores: Prof. Roberto Macias

Profa. Elisângela Mônaco de MoraesProf. Emanuel Augusto Severino de Matos

Sistemas de Informação

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Professor conteudista: Dr. Ivanir Costa

Doutor em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (2003) e mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista (UNIP), graduado em Física pela Universidade de São Paulo. Professor convidado e coordenador de cursos de pós‑graduação do Centro Universitário Senac e professor titular do Programa de Mestrado e Doutorado da Universidade Paulista, onde realiza orientação para alunos doutorandos, mestrandos e da iniciação científica na graduação. Orientador de alunos de mestrado do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) da USP. Possui publicações na área de Engenharia de Produção e Sistemas de Informação no Brasil e no exterior. Consultor há mais de trinta anos na área de Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software e Qualidade de Software, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento de software, metodologia de desenvolvimento, software, métodos ágeis, produção de software, qualidade de software e Governança de TI.

© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C837s Costa, Ivanir

Sistemas de informação / Ivanir Costa. – São Paulo, 2012. 128 p., il.

Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2‑048/12, ISSN 1517‑9230.

1. Tecnologia da informação. 2. Sistemas de Informação. 3. Organização de sistemas I. Título.

CDU 65.011.56

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Prof. Dr. João Carlos Di GenioReitor

Prof. Fábio Romeu de CarvalhoVice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças

Profa. Melânia Dalla TorreVice-Reitora de Unidades Universitárias

Prof. Dr. Yugo OkidaVice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa

Profa. Dra. Marília Ancona‑LopezVice-Reitora de Graduação

Unip Interativa – EaD

Profa. Elisabete Brihy

Prof. Marcelo Souza

Profa. Melissa Larrabure

Material Didático – EaD

Comissão editorial: Dra. Angélica L. Carlini (UNIP) Dr. Cid Santos Gesteira (UFBA) Dra. Divane Alves da Silva (UNIP) Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR) Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT) Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)

Apoio: Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos

Projeto gráfico: Prof. Alexandre Ponzetto

Revisão: Andréia Andrade Virgínia Bilatto

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SumárioSistemas de Informação

APRESENTAçãO ......................................................................................................................................................9INTRODUçãO ...........................................................................................................................................................9

Unidade I

1 CONCEITO DE SISTEMAS ................................................................................................................................111.1 Introdução ................................................................................................................................................111.2 Definições de sistema ......................................................................................................................... 121.3 Objetos de sistema ............................................................................................................................... 141.4 Características dos sistemas ............................................................................................................ 151.5 Classificação de sistema .................................................................................................................... 151.6 Estruturação (hierarquia) de sistema ........................................................................................... 171.7 A visão de sistema na sociedade moderna ................................................................................ 191.8 A abordagem sistêmica ...................................................................................................................... 20

2 SISTEMAS DE INFORMAçãO ....................................................................................................................... 212.1 A Tecnologia da Informação ............................................................................................................ 232.2 Informação .............................................................................................................................................. 27

2.2.1 A Ciência da Informação, de Yves‑Francois Le Coadic ............................................................ 282.3 Classificação dos sistemas de informação ................................................................................. 292.4 O impacto dos sistemas de informação ...................................................................................... 302.5 Identificando oportunidades ........................................................................................................... 32

Unidade II

3 ORGANIzAçãO DOS SISTEMAS DE INFORMAçãO............................................................................. 373.1 Introdução ............................................................................................................................................... 373.2 Sistemas e organizações .................................................................................................................... 383.3 Classificação de sistemas de informação ................................................................................... 39

4 TIPOS DOS SISTEMAS DE INFORMAçÕES .............................................................................................. 424.1 TPS (Transaction Processing System) ........................................................................................... 42

4.1.1 Contraste do TPS com o processamento em lote ...................................................................... 434.1.2 Processamento em tempo real e processamento em lote ..................................................... 444.1.3 Características dos sistemas TPS ...................................................................................................... 444.1.4 Armazenamento e recuperação de informações nos TPSs .................................................... 45

4.2 Sistema de Informações Gerenciais (SIG) ou Management Information Systems (MIS) ................................................................................................................................................ 49

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4.2.1 Vantagens de Sistemas de Informação de Gestão .................................................................... 514.3 SAD (Sistemas de Apoio à Decisão) ou DSS (Decision Support System) ....................... 524.4 Sistema de Informação Executiva – SIE ou Executive Information Systems – EIS ................................................................................................................................................. 55

4.4.1 Vantagens e desvantagens do sistema EIS ................................................................................... 564.4.2 O futuro dos sistemas de informação executiva ....................................................................... 57

4.5 Expert Systems (ES) ou Sistemas Especialistas (SE) ................................................................ 574.6 SAE Sistemas de Automação de Escritório ou OAS (Office Automation Systems) .... 59

Unidade III

5 RECURSOS DE PESSOAS EM UM SISTEMA DE INFORMAçãO ....................................................... 655.1 Introdução ............................................................................................................................................... 655.2 Recursos de pessoas ............................................................................................................................ 665.3 Administração ........................................................................................................................................ 675.4 Desenvolvimento e suporte de aplicação ................................................................................... 685.5 Operação .................................................................................................................................................. 745.6 Suporte de produção .......................................................................................................................... 745.7 Suporte de software básico.............................................................................................................. 745.8 Área de Redes ........................................................................................................................................ 755.9 A qualificação dos Recursos Humanos ........................................................................................ 75

6 RECURSOS DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE INFORMAçãO ..................................................... 766.1 Recursos de hardware ........................................................................................................................ 766.2 Processadores (CPU) ............................................................................................................................ 766.3 Memória e armazenamento ............................................................................................................ 786.4 Dispositivos de E/S (Entrada/Saída) .............................................................................................. 79

6.4.1 Dispositivos de entrada ........................................................................................................................ 806.4.2 Dispositivos de saída ............................................................................................................................. 81

6.5 Periféricos ................................................................................................................................................ 826.6 Recursos de software .......................................................................................................................... 826.7 Recursos de dados ............................................................................................................................... 836.8 Recursos de redes ................................................................................................................................. 85

6.8.1 Local Area Network (LAN) – redes locais ....................................................................................... 866.8.2 Wide Area Network (WAN) – Redes geograficamente distribuídas ................................... 87

6.9 Computação em nuvem .................................................................................................................... 886.10 Arquitetura Orientada a Serviços – SOA .................................................................................. 89

Unidade IV

7 O SISTEMA DE INFORMAçãO E OS NEGÓCIOS ................................................................................... 957.1 Introdução ............................................................................................................................................... 957.2 Atividades de um sistema de informação .................................................................................. 967.3 Entrada de recurso de dados ........................................................................................................... 987.4 Processamento de dados em informação .................................................................................. 99

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7.5 Saída dos recursos de dados ..........................................................................................................1018 ARMAzENAMENTO DOS RECURSOS DE DADOS ..............................................................................104

8.1 Bancos de dados hierárquicos ......................................................................................................1058.2 Banco de dados do tipo rede .........................................................................................................1068.3 Banco de dados relacional ..............................................................................................................1088.4 Banco de dados orientado a objetos – BDOO ........................................................................ 1108.5 Controle e desempenho do sistema ............................................................................................1118.6 Tecnologia de processadores ......................................................................................................... 1128.7 Escolha do banco de dados ............................................................................................................ 1138.8 Utilização de um servidor específico .......................................................................................... 1148.9 Correto dimensionamento da estrutura do banco de dados ........................................... 1148.10 Utilização de índices ....................................................................................................................... 1158.11 Correta previsão do crescimento do banco de dados ....................................................... 1158.12 Prever com adequação o uso de stored procedures, triggers e views ....................... 1168.13 Limpeza preventiva do banco de dados ................................................................................. 1168.14 Documentação do banco de dados .......................................................................................... 116

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APreSentAção

O objetivo da disciplina Sistemas de Informação é avaliar os impactos provocados pelos sistemas de informação sobre as diferentes instâncias organizacionais. Para isso ela apresenta os conceitos e os tipos dos sistemas de informação, os recursos envolvidos, bem como as atividades de um sistema de informação.

IntroDução

O século XX é tido como o do advento da Era da Informação. A partir daí, a informação começou a fluir com velocidade maior que a dos corpos físicos criados pelo homem para locomoção e comunicação.

Desde a invenção do telégrafo em 1837, passando pelos meios de comunicação de massa, e até mais recentemente, com o surgimento da grande rede de comunicação que é a internet, o ser humano tem de conviver e lidar com o enorme crescimento do volume de dados e informações disponíveis.

O domínio da informação tem se tornado uma fonte de poder, uma vez que permite analisar fatores do passado, compreender o presente e, principalmente, antever o futuro.

Antes da informática, os sistemas de informação nas organizações se baseavam essencialmente em técnicas de arquivamento e recuperação de informações de grandes arquivos. Geralmente existia a figura do “arquivador”, que era a pessoa responsável por organizar os dados, registrá‑los, catalogá‑los e recuperá‑los quando necessário.

Apesar de simples, esse método exigia grande esforço para manter os dados atualizados, bem como para recuperá‑los. As informações em papéis também não possibilitavam a facilidade de cruzamento e a análise dos dados.

Por exemplo, o inventário de estoque de uma empresa não era tarefa trivial nessa época, pois a atualização dos dados era uma tarefa complicada e, quase sempre, envolvia muitas pessoas, aumentando a probabilidade de ocorrerem erros.

A partir da década de 1940, quando surgiram as primeiras iniciativas ligadas à computação e aos equipamentos que automatizam o processamento de dados mediante comandos em linguagem de máquina, o mundo sofreu transformações, utilizando cada vez mais esses artifícios para análise, processamento e obtenção de informações.

A partir década de 1980, as empresas passaram por forte processo de informatização, com a aquisição de equipamentos mais adequados, de tipos variados.

Foi o lançamento do computador pessoal pela IBM, dos sistemas operacionais da Microsoft, que permitiu às empresas desenvolver aplicativos para esse sistema operacional de maneira prática e fácil.

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Nos últimos anos, pudemos verificar grande evolução nos softwares e uma redução constante do custo do hardware de Tecnologia da Informação (TI). Novos sistemas aplicativos foram desenvolvidos com o propósito de otimizar o uso da mão de obra excessivamente cara, fazendo com que eles auxiliem na tomada de decisões.

Hoje, as empresas têm forte competitividade, devido à queda das barreiras comerciais e da globalização, causando uma disputa acirrada pelos mercados.

Terá mais oportunidades aquela empresa que se qualificar e compreender os acontecimentos do mercado antes das demais.

Com relação ao mercado, surgiu então o profissional formado em Sistemas de Informação, que tem como função analisar, planejar e organizar o processamento, o armazenamento e a recuperação da informação e disponibilizá‑la ao usuário. Sua principal função é analisar e entender os problemas de uma organização, buscando soluções com uso da tecnologia computacional por meio de ferramentas disponíveis no mercado ou produzindo seus próprios sistemas.

O mercado de trabalho para esse profissional tornou‑se muito abrangente e encontra‑se, desde a década de 1960, aquecido. No Brasil, há grande disponibilidade de vagas, principalmente em bancos, indústrias, seguradoras, empresas de telefonia, internet e educação.

Saiba mais

Vale a pena ler o artigo Estudo de Impacto Econômico do IDC, de 2009, que apresenta um estudo do IDC estimando o crescimento do mercado de TI no Brasil até 2013. Disponível no site da Microsoft <http://www.microsoft.com/latam/presspass/brasil/2009/outubro/idc.mspx>.

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Unidade I1 ConCeIto De SIStemAS

1.1 Introdução

O termo “sistema” vem do grego systema e significa “combinar”, “ajustar”, “formar um conjunto”.

Um sistema pode ser definido, então, como um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado. Trata‑se de uma definição dada em várias disciplinas, como biologia, medicina, informática, administração etc.

Todo sistema possui um objetivo geral a ser atingido. Trata‑se de um conjunto de orgãos funcionais, componentes, entidades, partes ou elementos e das relações entre eles. A integração entre esses componentes pode se dar por fluxo de informações, fluxo de matéria, fluxo de sangue, fluxo de energia; enfim, ocorre comunicação entre os órgãos componentes de um sistema.

A boa integração dos elementos componentes do sistema é chamada sinergia, determinando que as transformações ocorridas em uma das partes influenciem todas as outras.

A alta sinergia de um sistema faz com que seja possível a este cumprir sua finalidade e atingir seu objetivo geral com eficiência; por outro lado, se houver falta de sinergia, pode ocorrer mau funcionamento do sistema, vindo a causar, inclusive, falha completa, morte, falência, pane, queda do sistema etc.

Vários sistemas possuem a propriedade da homeostase, que é a característica de manter o meio interno estável, mesmo diante de mudanças no meio externo. As reações homeostáticas podem ser boas ou más, dependendo se a mudança foi inesperada ou planejada.

Também se podem construir modelos para abstrair aspectos de sistemas, como, por exemplo, um modelo matemático, modelos de engenharia de software, gráficos etc.

Em termos gerais, sistemas podem ser vistos de duas maneiras:

• pela análise, em que se estuda cada parte de um sistema separadamente a fim de recompô‑lo posteriormente.

• por uma visão holística, em que se entende que o funcionamento do sistema como um todo constitui um fenômeno único, i.e., irredutível em suas partes.

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1.2 Definições de sistema

Sistema é:

• “Um conjunto de elementos interdependentes em interação, com vistas a atingir um objetivo” (CAUTELA e POLLONI, 1986, p. 15).

• “Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo seja foco de atenção” (ALVAREz, 1990, p. 17).

• Coleção ou conjunto de objetos, entidades ou coisas, relacionados ou conectados, de tal modo que formam uma unidade ou um todo. Essa coleção de objetos se junta para formar uma realidade ou necessidade.

A figura 1, a seguir, mostra um exemplo de sistema: os elétrons, os prótons e os nêutrons se unem para formar um átomo. O átomo, então, é um sistema.

Figura 1 – Um sistema denominado átomo

Em sistemas projetados e/ou controlados por pessoas, os objetos são geralmente arranjados de modo que possam interagir para executar um ou mais objetivos determinados pelas pessoas, como ilustrado na figura 2.

Objeto

Objeto

Objeto

Objeto

Figura 2 – Objetos interagindo para atingir um determinado objetivo

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A figura 3, por exemplo, mostra um sistema de controle educacional típico: os estudantes, os professores, os administradores da escola, o material didático, os prédios, os equipamentos são alguns objetos do sistema educacional.

Professores

Prédio

Equipamentos

Material

Figura 3 – Parte de um sistema educacional típico

Alguns objetos são inerentes ao sistema, outros são chamados de transientes, pois são introduzidos e, subsequentemente, retirados.

No exemplo do sistema educacional, as instalações, os administradores, os livros, os prédios, os materiais didáticos são objetos inerentes ao sistema.

Já o aluno ou estudante é um objeto transiente, pois é introduzido no sistema educacional, passa por um processo de transformação de conhecimento e depois é retirado do sistema, como mostra a figura 4.

Professores

Prédio

Equipamento

Material

AlunoAluno

Figura 4 – O aluno é um objeto transiente no sistema educacional

Os sistemas podem ser representados por um modelo geral que permite ao homem entender melhor um problema qualquer.

A figura 5 mostra um modelo geral de um sistema qualquer que pode ser também um Sistema de Informação (SI).

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Entradas SaídasSistemas

Modelo geral de um sistema

Figura 5 – Modelo geral de um sistema qualquer

Os objetos ou entidades internas do sistema é que recebem e tratam as entradas, transformando‑as em saídas ou respostas desejadas.

A figura 6 apresenta esses conceitos em forma de um modelo que mostra os objetos ou entidades se relacionando para atingir um objetivo que, no sistema educacional, é prover um estudante com novas características ou conhecimentos.

Sistema educacional

Professores

Estudantes

Prédios Administradores

Equipamentos

Estudantes com certas

característicasEstudantes com novas

características

Livros

EntradaSaída

Figura 6 – Sistema educacional modelado

1.3 objetos de sistema

Em um modelo de sistema, um objeto representa todas as ocorrências ou estâncias existentes para o objeto. Exemplo: para o objeto Estudantes, o aluno “José Dias” é uma ocorrência ou instância do objeto (Entidade) estudantes apresentado na figura 6.

Uma coisa só pode ser um objeto se possuir duas características básicas:

• um atributo identificador único;

• atributos qualificadores.

Como exemplo, na figura 6, para o objeto Estudantes, temos: atributo identificador: Matrícula_Aluno e, como atributos qualificadores: Nome_Aluno, Sexo_aluno etc.

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1.4 Características dos sistemas

As características dos sistemas são decorrentes de dois conceitos: o de propósito (ou objetivo) e o de globalismo (ou totalidade):

• Propósito ou objetivo

Os objetos, ou os elementos, ou as unidades, bem como os relacionamentos, definem um arranjo que visa sempre um objetivo a alcançar.

• Globalismo ou totalidade

Todo sistema tem uma natureza orgânica pela qual uma ação que produza mudança em uma das unidades do sistema, com muita probabilidade, deverá produzir alterações em todas as suas demais unidades.

• Entropia

É a tendência que os sistemas têm para o desgaste, para a desintegração, para o afrouxamento dos padrões e para um aumento da aleatoriedade.

Com o decorrer do tempo, à medida que a entropia aumenta, os sistemas se decompõem em estados mais simples.

• Homeostasia

É o equilíbrio dinâmico entre as partes do sistema. Os sistemas têm uma tendência a se adaptar, a fim de alcançar um equilíbrio interno em face das mudanças externas do meio ambiente.

1.5 Classificação de sistema

Os sistemas podem ser classificados, inicialmente, em abertos ou fechados. Os abertos são também chamados de sistema adaptativo ou sistema orgânico, e os fechados de sistema estável ou sistema mecânico.

A figura 7 mostra uma visão holística da classificação de sistemas.

Sistema Fechado / Estável / Mecânico

Sistema A

Sistema BSistema C

Sistema Aberto / Adaptativo / Orgânico

Figura 7 – Classificação de sistemas

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Quanto mais fechado o sistema, menos ele interage com o ambiente externo, e daí as entidades ou objetos de maior interesse serem aqueles internos ou inerentes ao próprio sistema.

Quanto mais fechado o sistema, mais as interações entre os objetos são estáveis e previsíveis, fazendo com que as operações tendam a ser altamente estruturadas e rotineiras.

Um exemplo de sistema fechado/estável/mecânico é um viveiro de plantas pequenas dentro de uma redoma de vidro. As principais entidades são as plantas, a umidade, a terra, o oxigênio e o dióxido de carbono, e interagem umas com as outras de maneira estável e previsível.

Entretanto, nenhum sistema conhecido pode operar continuamente por períodos prolongados de tempo sem interagir com seu meio ambiente. Os sistemas estão sujeitos à deterioração ou lenta decadência.

Eventualmente, eles precisam entrar com novas entidades ou objetos de material, energia ou informação para sobreviverem. No viveiro, é necessário, ocasionalmente, adicionar água para que o sistema possa continuar a operar.

Por outro lado, um sistema aberto interage continuamente com seu meio ambiente para reabastecimento de material, energia e informação. Nesse caso, tanto as entidades internas quanto as externas são de interesse.

A operação de um sistema aberto tende a ser menos estruturada e rotineira que a de um sistema fechado. Por exemplo: uma empresa precisa constantemente mudar seu pessoal, seus equipamentos ou produtos para reagir às mudanças do mercado.

Tanto a frequência da interação do sistema com seu meio ambiente quanto as características das entradas e saídas desempenham um papel‑chave na classificação de um sistema entre fechado e aberto.

É muito rara a existência de sistemas totalmente fechados ou abertos. Na área de TI, diz‑se que os sistemas de informação são, na maioria das vezes, relativamente abertos ou fechados.

A figura 8 mostra o funcionamento de um sistema relativamente fechado, estável e mecânico.

Entradas

Conhecidas, definidas e predizíveis

Saídas

Conhecidas, definidas e predizíveis

Sistema

Processo de transformação

conhecido, definido e predizível

Figura 8 – Sistema relativamente fechado

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observação

Como exemplo de sistema relativamente aberto, temos o motor de combustão interna. As entradas são gasolina e ar, e as saídas são potência e descarga.

A figura 9 mostra o funcionamento de um sistema relativamente aberto, adaptativo e orgânico.

Entradas

Conhecidas, definidas e predizíveis

Desconhecidas, indefinidas e impredizíveis

Desconhecidas, indefinidas e impredizíveis

Saídas

Conhecidas, definidas e predizíveis

Sistema

Processo de transformação

sujeito a iterações

desconhecidas, indefinidas e impredizíveis

Figura 9 – Sistema relativamente aberto

Nota‑se que, às entradas conhecidas, são acrescidas entradas desconhecidas, e o mesmo acontece com as saídas do sistema. Como exemplo, tem‑se o sistema educacional. Os estudantes, principal entrada desse sistema, são variáveis e impredizíveis. Não se tem certeza de quantos entrarão, quanto tempo ficarão e se sairão dele.

Outro exemplo de sistema aberto é uma empresa: suas entradas são capital, pessoas, tecnologias, informações etc., e suas saídas são produtos, bens, serviços, informações etc. Uma empresa interage constantemente com seu ambiente interno e com seu ambiente externo. Dependendo das entradas, suas saídas podem ser completamente diferentes e impredizíveis.

1.6 estruturação (hierarquia) de sistema

A definição de um sistema depende do interesse da pessoa que pretende analisá‑lo. Uma organização, por exemplo, poderá ser entendida como um sistema ou subsistema, ou ainda como um supersistema, dependendo da análise que se queira fazer; que o sistema tenha um grau de autonomia maior do que o subsistema e menor do que o supersistema.

Os elementos interdependentes, interatuantes, inter‑relacionados são chamados de subsistemas, que podem ser sistemas sob outro foco, dependendo do interesse de quem analisa e faz a abordagem.

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Todo sistema pode fazer parte de outro sistema ou de um sistema maior. O sistema maior é denominado de suprasistema ou supersistema e suas partes são chamadas de subsistemas, como mostra a figura 10.

Sistema maior ou supra sistema

Subsistema

SubsistemaSubsistema

Subsistema

Figura 10 – Visão estruturada de sistema

A figura 11 mostra outra visão da hierarquia dos sistemas.

Supersistema Sistema Subsistema

Figura 11 – Hierarquia de sistemas

Pode‑se afirmar que:

• todo sistema, exceto o suprasistema, é parte de um sistema maior;

• o suprasistema contém todos os outros sistemas, que por sua vez podem conter outros sistemas menores, que são denominados de subsistemas;

• a teoria geral de sistemas mostra que, para o homem, é mais fácil entender um sistema complexo por meio do entendimento de seus subsistemas menores e mais simples. Essa abordagem é chamada de top‑down.

A figura 12 mostra uma visão do conceito de sistema e subsistema e suas interações.

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Entradas Saídas

Sistema

Subsistema A

Subsistema B

Interfaces entre os subsistemas

Quando isso acontece, é importante que no estudo do sistema se considere as interfaces

entre os subsistemas envolvidos

Figura 12 – Sistema e subsistema

1.7 A visão de sistema na sociedade moderna

Quando se fala em sistemas, a maioria das pessoas visualiza os sistemas de computação que automatizam as tarefas diárias, mas o conceito é muito mais amplo. Para que se possa compreendê‑lo, é necessário entender a evolução do desenvolvimento científico e da inteligência humana. A sociedade evolui em consequência do desenvolvimento de sua inteligência, somada ao desenvolvimento científico. O homem foi impulsionado a aprimorar sua inteligência a partir de três características:

• O medo

A incompreensão de determinados fenômenos forçou‑o a deduzir explicações sobre esses fenômenos.

• O misticismo

Quando o homem utiliza de teorias não exotéricas para tentar explicar os fenômenos a ele estranhos.

• A ciência

Quando o homem procura resolver as dúvidas que vivencia por meio de explicações lógicas, buscando comprovar as causas dos fenômenos pela ciência.

A sociedade atravessa um momento de constantes mudanças de paradigmas tecnológico e histórico, caracterizadas pela ocorrência de alterações capazes de afetar as técnicas e os processos de produção e, indiretamente, criar novas relações sociais, econômicas e políticas.

Segundo o antropólogo francês Claude Lévi‑Strauss, uma estrutura oferece um caráter de sistema, consistindo em elementos combinados de tal maneira que qualquer modificação em um deles implica modificação em todos os outros.

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A grande meta da sociedade é reunir as fontes de dados e informações existentes e organizá‑las, tendo em vista tornar acessível todo dado desejado na mesma velocidade em que ele é necessário aos tomadores de decisões em qualquer atividade.

1.8 A abordagem sistêmica

A abordagem sistêmica pode ser considerada como um método ou técnica de análise, ou uma maneira de pensar (filosofia), ou um estilo gerencial.

Um método ou técnica de análise é a forma como os analistas de sistemas definem um sistema de informação. Existem diversas propostas de abordagem sistêmica na área de desenvolvimento de sistemas de informação. Entre elas, a mais famosa e utilizada é a top‑down, que parte do princípio de que o homem possui limites para o entendimento de problemas complexos. Um sistema complexo possui muitos componentes com interações significativas, que muitas vezes não são facilmente compreendidas. Isolar e entender as pequenas partes do problema pode levar o analista de sistemas a conhecer o todo. Essa abordagem também é conhecida por “Dividir para conquistar”, frase dedicada ao imperador romano Júlio César.

Os grandes autores e consultores internacionais que utilizam essa abordagem na área de sistemas de informação são: Larry Constantine, Edward Yourdon, Mayers, Chris Gane, Tom DeMarco, Page‑Jones, James Martin, Roger Pressman etc.

A figura 13 mostra uma visão estruturada da abordagem top‑down.

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1.1

1.2

2.1

2.2

Figura 13 – Visão da estrutura top‑down

Na figura 13, vê‑se que o problema é inicialmente observado com duas funcionalidades ou partes, que depois são analisadas em outro nível de detalhe, obtendo‑se os detalhes 1.1 e 1.2 para a parte 1 e 2.1 e 2.2 para a parte 2 do problema.

Quando se tem todo o conhecimento dos detalhes, acaba‑se conhecendo o problema como um todo, mesmo que seja muito complexo. Todavia, dependendo do conhecimento, outras abordagens podem ser interessantes, como mostra a figura 14.

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1.1

2.1.13.1

Outras abordagens

Bottom‑up

Middle‑up

Middle‑down

Top‑down

Figura 14 – Outras abordagens sistêmicas

2 SIStemAS De InformAção

O termo sistema de informação (SI) também é utilizado para descrever a área de conhecimento encarregada do estudo de Sistemas de Informação, Tecnologia da Informação e suas relações com as organizações. Nesse contexto, a disciplina que estuda os SI é comumente classificada como uma ciência exata.

Outro uso para a expressão sistemas de informação refere‑se a um curso de graduação nas faculdades e universidades brasileiras cujo foco é o desenvolvimento e aplicação de sistemas de informação computadorizados nas organizações. O conteúdo desse curso abrange aspectos técnicos, gerenciais e sociológicos; em linhas gerais, os conteúdos relevantes estudados na área de conhecimento em sistemas de informação.

As concepções mais modernas de sistemas de informação contemplam também os sistemas de telecomunicações e/ou equipamentos relacionados; sistemas ou subsistemas interconectados que utilizam equipamentos na aquisição, no armazenamento, na manipulação, na gestão, no movimento, no controle, na exposição, na troca, no intercâmbio, na transmissão, ou na recepção da voz e/ou dos dados, e inclui o software e o hardware utilizados.

Em relação a esta última definição, é comum nos meios acadêmicos a utilização do termo Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

Então, o que é um sistema de informação?

Para responder a essa pergunta, temos diversas afirmações que Laudon e Laudon (2004) apresentam no livro Sistemas de informação gerenciais:

• Sistema de informação (SI) são partes, processos, procedimentos, automatizados ou não, que se interagem visando a objetivos comuns: gerar informações para a gestão e execução das operações nas empresas ou organizações de todos os tipos na sociedade.

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• Levando em conta que podemos considerar uma empresa como um sistema, o sistema de informação é um subsistema que, como todo sistema, possui dados e informações de entrada que têm por fim gerar informações de saída para suprir determinadas necessidades.

• Um sistema de informação pode ser, então, definido como todo sistema usado para prover informação (incluindo o seu processamento), qualquer que seja o uso feito dessa informação.

• Um sistema de informação possui vários objetos ou elementos inter‑relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback.

O mecanismo de feedback realimenta o sistema com os resultados das saídas produzidas e seus impactos no ambiente.

• Os sistemas de informação vêm substituindo progressivamente procedimentos manuais por procedimentos automatizados de trabalho, de fluxos e de processos de trabalho.

• Os fluxos eletrônicos reduziram o custo de operações em muitas empresas, porque dispensam as rotinas manuais e em papel que envolvem.

Exemplos de SI:

• Um Sistema de Informação de Marketing (SIM) pode ser definido como um conjunto de procedimentos e métodos para planejamento, coleta, análise e apresentação regulares de informação para o uso no processo de tomada de decisão de marketing.

• O SIM é um complexo estruturado e interligado de pessoas, máquinas e procedimentos, construído para gerar um fluxo ordenado de informações relevantes, coletadas de ambas as fontes intra e extraempresa, para serem usadas como base da atividade de tomada de decisão em áreas de responsabilidade específica da administração de marketing.

• Outros sistemas de informação: Planejamento e Controle da Produção (PCP), Sistema de Recursos Humanos, Contabilidade, Contas Correntes, Poupança, Cobrança, etc.

A natureza e o conteúdo dos SIs dependem também do negócio e do sistema de gestão da empresa. Os SIs independem da estrutura organizacional da empresa. Eles cruzam as fronteiras organizacionais, quer sejam funções ou processos.

A veiculação das informações nas empresas depende do subsistema de comunicação desta, assim como da tecnologia utilizada para tal.

A integração dos SIs pode ser em maior ou menor grau, dependendo do estágio de automação da empresa. O conteúdo de um SI deve ser concebido para atender ao negócio, e não aos profissionais da empresa.

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Os sistemas e/ou subsistemas, processados por computadores, fazem parte dos SIs de uma empresa.

O planejamento de sistemas de informação em uma empresa:

• deve atender aos negócios, e não às pessoas;

• evitar o modismo;

• criar cenários futuros e desejados; e

• definir metas e objetivos almejados.

De acordo com Silva e Boregio (2008, p. 13‑19):

• Existem diversas maneiras de se criar um sistema de informação, seja através de livros de registro e relatórios confeccionados manualmente, ou, então, em registros virtuais armazenados em bancos de dados virtuais.

• A grande questão é que o avanço da tecnologia da informação permite que os sistemas de informação existentes sejam remodelados, do papel para a memória virtual, dos livros para as pastas virtuais, de maneira a otimizar a gestão da informação e até mesmo a serem um diferencial em termos de responsabilidades com o desenvolvimento sustentável, com a diminuição do desperdício ou diferencial competitivo.

• Dessa maneira, é possível notar que um sistema de informação baseado em computador, se bem elaborado, pode contribuir muito para o melhor desempenho da organização e, ainda, auxiliar no combate ao desperdício de recursos, em direção à sustentabilidade.

Lembrete

O objetivo dos sistemas de informação é fornecer informações sobre: clientes, mercados, fornecedores, concorrentes, funcionários, produção, produtos, mercado, fluxo de caixa etc.

2.1 A tecnologia da Informação

Para Barbieri (1990), tecnologia pode ser considerada qualquer procedimento, conhecimento ou utensílio por meio do qual a sociedade amplia o alcance das capacidades humanas.

Já a informação é o produto da análise dos dados existentes na empresa, devidamente registrados, classificados, organizados, relacionados e interpretados dentro de um contexto para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisão de forma otimizada (OLIVEIRA, 2001, p. 36‑37).

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Diversos autores afirmam que a TI possui as seguintes características:

• apresenta grande transitoriedade e rápida obsolescência;

• como mercadoria, tem valor de troca e é negociável;

• é heterogênea;

• pode gerar diferentes níveis de impactos sobre as organizações e sobre a sociedade;

• é apenas um meio para atingir objetivos, e não um fim em si mesma;

• assume diferentes funções, conforme as oportunidades e necessidades que surjam;

• ajuda a perpetuar as relações de poder;

• requer um contínuo aprendizado por parte de seus usuários; e

• está sendo democratizada.

Os autores Vallim (1999), Walton (1993), Mitchell (2003) e Albertin (2001) indicam os impactos que o uso da TI provoca nas organizações:

• aumenta a produtividade;

• desenvolve uma memória das atividades executadas e das soluções aplicadas;

• elabora projeções com base no desempenho passado;

• influencia as estruturas organizacionais, os negócios e as vantagens competitivas;

• aumenta a possibilidade do ensino a distância;

• transformou e continua transformando as operações nos escritórios;

• modifica relações pessoais e comportamentos;

• melhora o relacionamento com clientes e parceiros de negócios;

• provoca a dependência das organizações da TI;

• aumenta a velocidade dos processos organizacionais.

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O processo de tomada de decisão nas organizações vem se transformando rapidamente nos últimos anos, sobretudo pela velocidade do avanço da TI e das comunicações.

Esse novo cenário pressiona para que as decisões sejam cada vez mais acuradas e rápidas.

De acordo com Costa e Reis (2005, p. 448‑455):

• O profissional de TI, através da gerência de TI, também pode contribuir na definição das prioridades da implementação da estratégia, um dos exercícios mais difíceis de serem realizados por uma organização, pelos conflitos de interesses entre as áreas envolvidas.

• Ao colaborar no mais realista dimensionamento de objetivos, prazos, riscos e custos de implementação de cada opção estratégica sob o aspecto de TI, o exercício de priorização se aperfeiçoa pelo melhor conhecimento do impacto de cada opção estratégica, pela organização, nos resultados e prazos almejados, bem como nos recursos necessários.

• A gerência de TI permanece como um assunto de discussão por diversos motivos:

— Os processos de negócio nas organizações estão cada vez exigindo retornos mais rápidos em relação à necessidade do mercado, sendo necessário otimizar o conhecimento, a agilidade, a segurança e a consistência dos negócios, tudo isso com o menor custo possível.

— Devido, principalmente, à falta de tempo, o controle acaba sendo relegado e os processos não são acompanhados devidamente. A falta de disciplina e organização evita que os responsáveis sejam cobrados, já que o foco principal está sendo cumprir prazos e orçamentos.

No final, por falta de uma organização, o retorno acaba sendo produtos malfeitos, um desgaste da imagem da empresa, clientes insatisfeitos e ainda perdas na receita.

— Para competir num ambiente de negócio altamente dinâmico, exige‑se uma excelente habilidade gerencial, e a área de TI deve auxiliar nas tomadas de decisões de forma rápida, constante e com custos sempre menores.

• Para atender a essas expectativas, a gestão de TI deve:

— alinhar os processos de TI com os objetivos da empresa;

— auxiliar no controle dos gastos e orçamentos; e

— distribuir a tomada de decisão para quem de direito.

De acordo com o capítulo 18 do livro Qualidade e competência nas decisões, de Costa Neto (2007 p. 299‑314):

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O mundo dos negócios vem sofrendo mudanças muito fortes nos últimos anos. Essas mudanças rápidas e seu elevado grau de incertezas constantes vêm provocando uma procura incessante em relação à agilidade, flexibilidade e capacidade de respostas.

Este ambiente instável se contrapõe radicalmente ao passado, quando se tinha um ambiente mais previsível e as mudanças eram graduais, o que configurava um quadro de estabilidade.

O envolvimento da área de Tecnologia da Informação (TI) dentro das organizações era voltado praticamente ao preparo de um plano diretor de informática, e os papéis dos executivos de TI limitavam‑se às tomadas de decisão relacionadas com as tecnologias, pessoas e sistemas de informação.

Todavia, a figura do profissional de TI, na atualidade, deve ir mais além, já que ele executa diversos papéis por exigência do mundo globalizado. Ele não pode mais atuar como simples provedor de suporte ou responsável pela infraestrutura de informação, mas deve assumir o posto natural de agente responsável pelas mudanças que venham agregar valor ao negócio.

Para isso, ele deve estar envolvido em todas as decisões estratégicas da empresa, buscando soluções que sejam financeiramente viáveis e que demonstrem retorno real aos investimentos que são efetuados ao longo do tempo.

Saiba mais

Vale a pena ler o livro escrito pelo Prof. Dr. Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto, Qualidade e competência nas decisões, de 2007, em conjunto com diversos professores, mestrandos e doutorandos do Programa de Mestrado e Doutorado em Engenharia de Produção da UNIP, que cobre diversos aspectos ligados à qualidade na estratégia e na tomada de decisões (empresariais, na administração, em tecnologia etc.).

A Tecnologia da Informação (TI) é formada por computadores, teleprocessamento, redes de computadores e sistemas de informação.

As tecnologias da informação têm por objetivo obter, processar e deixar disponíveis as informações.

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observação

As informações são vitais para uma empresa moderna e competitiva e, para isso, devem agregar valor, ou seja, o cliente paga por isso.

2.2 Informação

A informação é o resultado da coleta, da transformação (organização) e das saídas de dados.

De acordo com as necessidades ou orientação de um determinado sistema, os dados se tornam informação, que são a base sobre a qual possam ser tomadas decisões eficientes e eficazes.

A diferença entre dados e informações:

• Dado é a representação de alguma coisa não estruturada, elementar. Exemplo: número 123, “Eldorado” etc.

• Informação é a representação de alguma coisa estuturada, organizada e que traz conhecimento. Exemplo: Rua Luz, nº 123.

O valor da informação é uma função do efeito que ela tem sobre a tomada de decisão.

São fatores que afetam o custo da informação: precisão, oportunidades e frequência.

A informação é estudada pela Ciência da Informação, que estuda a informação desde a sua gênese até o processo de transformação de dados em conhecimento.

A Ciência da Informação estuda ainda a aplicação da informação em empresas ou organizações e seu uso e as interações entre pessoas, a organização e sistemas de informação.

A logística da informação, o planejamento de informação, a modelagem de dados e a análise são as principais áreas de estudo da Ciência da Informação.

Todos os campos do conhecimento humano alimentam‑se de informação, mas poucos são aqueles que a tomam por objeto de estudo, e esse é o caso da Ciência da Informação.

Por outro lado, essa informação de que trata a Ciência da Informação movimenta‑se num território multifacetado, tanto podendo ser informação numa determinada área quanto sob determinada abordagem.

Assim, a informação, por ser objeto de estudo da Ciência da Informação, permeia os conceitos e as definições da área. Embora não possa ser definida nem medida, o fenômeno mais amplo que esse

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campo do conhecimento pode tratar é a geração, transferência ou comunicação e o uso da informação, aspectos contidos na definição de Ciência da Informação.

Por outro lado, deve ser explicitado que, embora haja relação profunda entre conhecimento e informação, os dois termos não são sinônimos. A distinção entre esses conceitos é questão recorrente na literatura.

Lembrete

A informação, para ser eficaz, tem que ser correta, ser íntegra, estar no local correto, chegar no momento certo, e ser entregue a quem realmente precise dela.

Os sistemas de informação são projetados para desempenhar uma função principal ou um determinado objetivo. Automatizam, de diversas formas, as necessidades de uma área da empresa denominada de requisitos do sistema, ou requisitos dos usuários do sistema.

As funções de um sistema também são chamadas de processamento de transações ou execução de procedimentos ou apoio à decisão.

observação

Com o fenômeno da globalização, o cliente, o mercado, o fornecedor e o concorrente estão em qualquer parte do mundo. Diz‑se que, na atualidade, uma empresa é virtual porque está além dos limites físicos de um país, e os clientes, os fornecedores e a própria fábrica/escritórios são virtuais. Dentro dessa realidade, as telecomunicações são fundamentais.

2.2.1 A Ciência da Informação, de Yves-Francois Le Coadic

De prática de organização, a Ciência da Informação tornou‑se, portanto, uma ciência social rigorosa que se apoia em uma tecnologia também rigorosa. Tem por objeto o estudo das propriedades gerais da informação (natureza, gênese, efeitos), ou seja, mais precisamente:

• a análise dos processos de construção, comunicação e uso da informação; e

• a concepção dos produtos e sistemas que permitem sua construção, comunicação, armazenamento e uso.

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Os profissionais da informação tiveram, durante muito tempo, pouca participação em cada um desses três processos. Suas intervenções e suas técnicas giraram, principalmente, em torno dos problemas de armazenamento dos documentos e objetos do desenvolvimento dos sistemas correspondentes.

O livro ainda afirma que a informação é o sangue da ciência. Sem informação, a ciência não pode se desenvolver e viver. Sem informação a pesquisa seria inútil e não existiria o conhecimento. A informação só interessa se circula, e, sobretudo se circula livremente, daí a importância dos sistemas de informação na Ciência da Informação.

Fonte: Coadic, 1996, p. 26‑27 (adaptado).

2.3 Classificação dos sistemas de informação

Os sistemas de informação podem ser classificados como:

• Sistemas comerciais ou de apoio aos negócios

Os sistemas de apoio aos negócios ou de apoio operacional são aqueles destinados a atender toda a parte operacional das empresas. São responsáveis pela maioria das entradas de dados na organização.

São os sistemas de contabilidade, folha de pagamento, contas a pagar, produção de fábrica etc. São desenvolvidos para apoiar o funcionamento (operação) de uma empresa ou para uso doméstico.

• Sistema de apoio à decisão

São os sistemas voltados para os dirigentes das empresas. Eles normalmente trabalham com volumes altos de informações, atuais e históricas, organizadas de acordo com as necessidades de tomada de decisão (ERPs, SIGs, MSs, Data Warehousing etc.).

• Sistemas de controle de processo

São sistemas especialistas construídos para automatizar processos de produção (CAD, CAE, CAM etc.).

A figura 15 mostra a distribuição das informações e seus sistemas dentro de uma empresa, organizados em três níveis de sistemas de informação.

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Sistema de gestão

Sistema de informações

Sistema de informações de processamento de dados

Missão da empresa, políticas, práticas, pareceres, legislação, cultura etc.

Sistemas de informações em geral. Manuais ou automatizados.

Sistemas de informações automatizados, utilizando‑se computadores.

Figura 15 – Sistemas de informação nas empresas

2.4 o impacto dos sistemas de informação

Dados são fatos, imagens e sons, podendo ou não ser pertinentes a uma tarefa.

Informações são dados cuja forma e conteúdo são apropriados para um uso particular, e conhecimento é a combinação de instintos, ideias, regras e procedimentos que geram ações e decisões.

O conhecimento é usado para transformar dados em informações que sejam úteis em certa situação, normalmente para uma tomada de decisão em um determinado momento ou problema.

Os tipos de dados são: formatados, texto, imagens, áudio e vídeo. Os dados formatados podem ser inadequados quando o formato deles não é conhecido ou quando o tipo é texto, imagem, áudio ou vídeo.

As características mais importantes para os dados ou informações são: tipo do dado, precisão, idade, completeza, fontes, valor e relevância.

Um entendimento de tomada de decisão é essencial para a compreensão de um Sistema de Informação, já que muitos SIs são projetados para suportar a tomada de decisão.

As fases na tomada de decisão são: inteligência, projeto, escolha e implementação:

• A inteligência inclui a coleção de dados, o exame do ambiente e a detecção de problemas que precisam ser resolvidos.

• O projeto inclui a sistemática do problema, a criação de alternativas preferidas e a avaliação de resultados.

• Escolha é a seleção de alternativas preferidas.

• Implementação é o processo de colocar a decisão em vigor.

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Modelos são parte essencial dos sistemas de informação. Sistemas de informações sempre incluem modelos mentais, e modelos algumas vezes incluem também modelos matemáticos.

Um modelo é uma representação útil de alguma coisa. Útil porque imita a realidade sem entrar nos detalhes dela.

De acordo com esse critério, um sistema de informação é um modelo.

Dois tipos de modelo são especialmente importantes num sistema de informação: modelo mental e modelo matemático.

• O modelo mental determina quais informações usamos e como as interpretamos.

• O modelo matemático é uma série de equações ou gráficos que descreve precisamente as relações entre as variáveis.

Os sistemas de informação podem ser comparados em três níveis:

• o valor corrente para a organização;

• as práticas de trabalho para indivíduos e grupos;

• o processamento de dados feito por meio dos computadores.

Muitos dos sistemas de informações contêm características de diversas categorias de sistemas, são os chamados de sistemas de informações Híbridos.

Na gerência das empresas, os diferentes gerentes têm tipos de responsabilidades distintas que afetam os sistemas de informação:

• A primeira linha de gerentes é envolvida com detalhes técnicos de como o trabalho é realizado.

• Gerentes de alto nível estão mais envolvidos no como fazer que uma organização inteira opere efetivamente.

Muitos gerentes preferem a mídia verbal em vez da mídia escrita e trabalham por meio de sua rede pessoal de contatos. Essa característica de trabalho também limita o uso dos sistemas de informação.

Os impactos dos sistemas de informações nos indivíduos variam muito. Os SIs podem ter efeitos positivos e negativos nas pessoas, dentro e fora das organizações. Um trabalho computadorizado é mais abstrato que muitos outros. Ele é desenhado para aquela realidade como um conjunto de símbolos dependente do modelo adotado e da metodologia aplicada.

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Um SI é abstrato porque não envolve contato físico direto com o objeto da tarefa, e isso leva a diversos entendimentos por pessoas diferentes.

Os SIs, devido ao aumento de produtividade, que ajuda a reduzir a necessidade de pessoas, têm afetado os empregados das organizações pela eliminação de alguns tipos de trabalho. Esse impacto tem sido alto e provocado reações diversas na sociedade, mas também tem trazido oportunidades.

2.5 Identificando oportunidades

Como as empresas dependem de informações precisas e confiáveis para a tomada de decisão, a busca por processos que auxiliem o profissional a definir a maneira de estudar as informações é muito importante para a organização.

As organizações de sucesso sempre utilizaram como base a disponibilidade das informações apropriadas para a tomada de decisão; é necessário controlar as informações operacionais, ou seja, aquelas que definem seu modo de trabalho e as informações disponíveis no mercado.

Dessa maneira, fica claro que é necessário possuir um canal de informação direta no mercado e uma filtragem dessas informações para o desenvolvimento das atividades. O grande volume de informações deve estar em um nível de atualização que permita a definição das estratégias da empresa pelos tomadores de decisão, baseando‑se em dados atuais e confiáveis.

Portanto, a única maneira de uma empresa tornar‑se cada vez mais competitiva no mercado é acumular uma vasta gama de informações de todas as áreas na qual atua e ter o devido acesso para aumentar a capacidade e velocidade de resposta.

A estrutura para a coleta, o armazenamento, o processamento e a disponibilização desses dados é, na verdade, um conjunto de equipamentos e sistemas de informação interligados por uma rede de comunicação que permite o fluxo de informação de maneira mais eficiente.

Para o controle do conjunto de dados e informações que são transportados por essa estrutura, temos o sistema de informações, que capta, processa e permite a visualização e consulta por meio de relatórios, gráficos e listagens, de acordo com a necessidade dos tomadores de decisão.

resumo

Este capítulo inicia‑se com a apresentação de um histórico sobre a Era da Informação, indo desde a invenção do telégrafo até os dias de hoje, com a revolução que a sociedade atual vem presenciando com o surgimento da internet. Na introdução, observa‑se também o papel do profissional brasileiro num mercado de trabalho abrangente e que vive desde a década de 1960 superaquecido. Nota‑se também que, para os profissionais de TI no Brasil, há grande disponibilidade de vagas em todas as áreas do

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conhecimento humano, principalmente em bancos, indústrias, seguradoras, empresas de telefonia, internet e na educação.

Um sistema pode ser definido como a organização de diversas partes que possuem um objetivo comum. Essas partes formam uma sinergia para resolver um problema ou para ser tratado pelo homem como uma estrutura organizada, como, por exemplo, o sistema viário nas cidades que trata todos os problemas, necessidades e soluções relacionadas ao trânsito de uma determinada cidade ou região. O capítulo apresenta diversos exemplos de sistema, tais como o átomo, o sistema educacional de uma unidade de ensino. Discute‑se ainda a classificação dos sistemas, que vão desde os sistemas fechados até os sistemas abertos, e a visão estruturada de sistema, como mostram as figuras 10,11 e 12.

Dentro de todos os tipos de sistema, o foco deste capítulo é dar os conceitos dos Sistemas de Informação e, para isso, foram apresentados os conceitos clássicos dos autores Laudon e Laudon (de 2004), que destacam que um SI é constituído de partes, processos, procedimentos automatizados e que, dentro de um sistema empresarial, pode ser considerado como um subsistema, cuja característica relevante está no fato de trabalhar com informação, um objeto abstrato dentro dos ativos reais da empresa. Os objetos de um SI coletam, processam, armazenam e disseminam essas informações, para permitir que a empresa trabalhe com eficiência e eficácia.

Os SI são desenvolvidos e mantidos pela área de Tecnologia da Informação que se tornou fundamental para as empresas ou organizações competirem no mercado nacional e internacional. A TI, de acordo com os diversos autores citados no texto, tem por finalidade aumentar a competitividade de uma empresa, aumentando aprodutividade de todas as suas áreas, desde as administrativas até os processos denominados de “chão de fábrica”, dentro das indústrias de manufatura. A área de TI envolve os computadores, as redes de comunicação, os softwares e os homens especializados nas diversas subáreas da TI.

O capítulo se encerra apresentando os impactos dos sistemas de informação e os principais sistemas de informações existentes para apoio operacional e gerencial das organizações.

exercícios

Questão 1. Um sistema é um conjunto de componentes ou objetos interligados que operam juntos para atingir um propósito ou objetivo. Esses componentes podem ser organizações, pessoas, máquinas, softwares e outros sistemas. Ambos, organização e sistemas de informação, são sistemas em sua essência

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e possuem todas as características de sistemas. O ambiente é qualquer coisa que não faz parte intrínseca do sistema, mas interage com este, fornecendo entradas e recebendo respostas do sistema. A fronteira separa o sistema de seu ambiente. A transformação em um sistema são os trabalhos realizados pelos subsistemas para converter as entradas em saídas. A conexão entre os subsistemas são os fluxos de informações e materiais entre os subsistemas. O mecanismo de controle são as regras e procedimentos pelos quais os subsistemas operam e interagem. Sistemas de informação são subsistemas organizacionais que realizam trabalho relacionado com informação. Os SIs podem estabelecer as seguintes regras nas organizações:

• Participação na execução de tarefas.

• Planejamento, execução e controle dentro de um subsistema.

• Coordenação dos subsistemas.

• Integração dos subsistemas.

Considerando‑se os conceitos apresentados sobre informação e sistemas de informação nesta unidade, examine as afirmações a seguir e indique a alternativa incorreta:

A) O domínio de informação de um problema precisa ser representado e entendido nos sistemas de informação.

B) Quando se desenvolve um SI, as características de custo, eficiência, efetividade, atrasos, capacidade, complexidade, probabilidade de erros operacionais, compatibilidade, riscos e adaptabilidade têm que ser observadas para que o SI não fracasse.

C) Quem estuda a informação é a Engenharia da Computação, que é a ciência que estuda a informação desde a sua gênese até o processo de transformação de dados em conhecimento.

D) Os SIs, como uma forma de sistema, são projetados para desempenhar uma função principal ou várias funções, ou um determinado objetivo.

E) As organizações modernas precisam ter um processo de tomada de decisão cada vez mais acurado e rápido, devido às transformações ocorridas nos últimos anos, principalmente com o avanço da TI e das comunicações.

Resposta correta: alternativa C.

Análise das afirmativas:

Como um sistema, um SI é formado por um conjunto de objetos ou componentes interligados que juntos devem atingir um propósito ou um objetivo predefinido. Como um sistema, um SI pode ser composto de diversos subsistemas que recebem entradas (dados), fazem sua transformação

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(processamento) e geram saídas úteis a seus usuários. A conexão entre os subsistemas são os fluxos de informações, e o mecanismo de controle são as regras e procedimentos pelos quais os subsistemas operam e interagem.

A) Afirmativa correta.

Justificativa: um sistema de informação trabalha com dados/informações que estão relacionados com o problema. Por exemplo, em um pedido de cliente, precisa‑se colocar no sistema de pedidos o nome, o endereço, telefone e assim por diante, necessários para que o SI realize a tarefa de aceitar ou recusar o que é requisitado. Todos os dados do cliente, do pedido, dos produtos constituem o domínio de informação do SI.

B) Afirmativa correta.

Justificativa: como os sistemas de informação são projetados para automatizar de diversas formas, as necessidades de uma área da empresa, eles precisam, para atingirem seus objetivos, ser feitos em um prazo adequado, ser fáceis de usar, operacionais e adaptáveis às mudanças de negócio. Um SI que não atinge esses objetivos fatalmente irá fracassar.

C) Afirmativa incorreta.

Justificativa: realmente, quem estuda a informação é a Engenharia da Computação, que é a ciência que estuda a informação desde a sua gênese até o processo de transformação de dados em conhecimento, conforme estudamos.

D) Afirmativa correta.

Justificativa: os sistemas de informação são um tipo de sistema e, por isso, desempenham atividades necessárias ao funcionamento de uma organização para apoiar o homem, principalmente em tarefas repetitivas que existem para atingir determinado objetivo, por exemplo: controlar os pagamentos dos clientes, executar os procedimentos contábeis e assim por diante.

E) Afirmativa correta.

Justificativa: quando falamos em organização moderna, estamos afirmando que são organizações inseridas em um mercado extremamente competitivo, tanto em termo nacional como internacional. Os gestores dessas organizações precisam estar constantemente concectados com os mercados consumidores e com seus fornecedores e tomando decisões a cada segundo ou a cada momento, principalmente com o apoio da TI e das conexões mediadas pelas comunicações. O casamento da TI com as comunicações é denominado de TIC.

Questão 2. A atuação do cientista/profissional da informação tem sido alvo de vários estudos. Com isso, as habilidades específicas de tal profissional são: a) interagir e agregar valor aos processos de geração, transferência e uso da informação, em todo e qualquer ambiente; b) criticar, investigar, propor,

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planejar, executar e avaliar recursos e produtos de informação; c) trabalhar com fontes de informação de qualquer natureza; d) processar a informação registrada em diferentes tipos de suporte, mediante a aplicação de conhecimentos teóricos e práticos de coleta, processamento, armazenamento e difusão da informação; e) realizar pesquisas relativas a produtos, processamento, transferência e uso da informação. Considerando‑se os conceitos apresentados sobre o profissional de TI nesta unidade, examine as afirmações a seguir e indique a alternativa incorreta:

A) O profissional de TI pode contribuir na definição das prioridades da implementação da estratégia organizacional com relação à área de TI, um dos exercícios mais difíceis de serem realizados por uma organização, pelos conflitos de interesses dentre as áreas envolvidas.

B) O profissional de TI não tem como contribuir na definição das prioridades da implementação da estratégia organizacional com relação à área de TI, já que é um dos exercícios mais difíceis de serem realizados por uma organização, pelos conflitos de interesses dentre as áreas envolvidas.

C) É importante que o profissional de TI se envolva no planejamento e decisões nas estratégias organizacionais, já que os sistemas de informação se tornaram fundamentais nas gestões das empresas modernas.

D) Um profissional de TI, devido às necessidades organizacionais de informações, deve possuir habilidades específicas para interagir e agregar valor aos processos de geração, transferência e uso da informação, em todo e qualquer ambiente da organização.

E) Os arquitetos ou analistas de sistemas podem definir a arquitetura de implementação dos SIs usando os diagramas e metodologias específicas, mas não podem perder de vista a real necessidade em relação às informações envolvidas em seus sistemas de informação.

Resolução desta questão na plataforma.