sistemas de informação geográfica

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Ana Brígida Saiba como um SIG pode ajudar a sua empresa Casos de sucesso: como o SIG melhorou o funcionamento do porto de Sines, como contribuiu para a poupança nas obras novas e de conservação da ANA ou como ajuda a organizar as vindimas e a produção de vinhos da Symington. ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5634 DE 18 DE MARÇO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE de Informação Geográfica SISTEMAS Paulo Figueiredo Paulo Figueiredo Suzanne Plunkett/Bloomberg Bruno Barbosa PUB

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Saiba como um SIG podeajudar a sua empresa

◗ Casos de sucesso: como o SIG melhorou o funcionamento do porto de Sines,como contribuiu para a poupança nas obras novas e de conservação daANAoucomo ajuda a organizar as vindimas e a produção de vinhos da Symington.

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5634 DE 18 DE MARÇO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

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Page 2: SISTEMAS de Informação Geográfica

II Diário Económico Segunda-feira 18 Março 2013

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA A INFOPORTUGAL E A UNIVERSDADE DO MINHOestão a desenvolver em conjunto o projecto Eye Vision,que se baseia no desenvolvimento de tecnologiasde georreferenciação ‘indoor’ e extracção automáticade objectos em imagens, através de técnicas de visãopor computador. Este é ujm projecto QREN a serdesenvolvido durante três anos.

Empresas apostamem soluções ‘cloud’ parafacilitar acesso a SIGEstratégia tem também sido a aposta em novos sectores e internacionalização.

RAQUEL CARVALHO E IRINA MARCELINO

[email protected]

novar parece ser a palavra de or-dem quando se fala do mercadode Sistemas de Informação Geo-gráfica (SIG).As empresas têm conseguidocontornado a crise, apresentandonovos produtos, entrando nou-

tros sectores de actividade e mercados de ou-tros países, mas tentando sempre estar “en-volvidas em múltiplos projectos críticos”,como admite Gonçalo Magalhães Collaço, ad-ministrador delegado da Esri Portugal, em-presa que teve um 2012 “regular, sem o apre-ciável crescimento em relação ao ano anterior,mas também sem decréscimo”.Para a Novageo, o ano foi de criação de opor-tunidades ao nível tecnológico e de desenvol-vimento do negócio internacional” , apesar deter sido um ano “difícil do ponto de vista donegócio ao nível nacional”, diz FernandoMurça, Head Development Business, que afir-ma que a empresa enfrentou o mau momentoque o país atravessa com “um bom planea-mento e adoptação de soluções que ajudem naeficácia das medidas tomadas”.O mesmo caminho é seguido pela Esri, queprocedeu “a alguns ajustes internos de modo agarantir uma mais acentuada optimização derecursos, uma maior flexibilidade de procedi-mentos e uma mais ampla agilidade de acção,resultado em imediatos e significativos ganhosde eficiência e eficácia”, diz Gonçalo Maga-lhães Collaço.A empresa está também a apostar forte na‘cloud’, ou computação em nuvem, uma for-ma de armazenamento de informação que é agrande tendência do sector das tecnologias deinformação. Esta solução nos SIG é cada vezmais procurada pelas empresas porque “per-mite essencialmente um uso de acordo comtrês diferentes tipos de serviços: software,plataforma ou serviços de infraestrutura”,conta o responsável da ESRI. O ArcGIS Onlineé a plataforma da empresa na ‘cloud’, e tra-duz-se numa nova forma de pensar os mapas eos SIG pois permite, de uma forma fácil e rápi-da, construir, editar e partilhar o seu mapacom outros utilizadores”.De facto, a ‘cloud’ parece ser o futuro destemercado e a Novageo tem também uma plata-forma pensada para este segmento, a niuGIS.Fernando Murça acredita que o grande desafio

I para 2013 é a “disseminação dos serviços niu-GIG na ‘cloud’, convencendo os utilizadoresdas vantagens de usufruir de uma solução quenão está instalada nos seus servidores”.Este ano, a Novageo quer “alargar a oferta deserviços ‘cloud’ além de software e alojamen-to” e está a apostar no mercado internacional.Pretende “alargar a presença em Angola, cele-brar os dois primeiros contratos no Brasil etransformar o ano de arranque da NovageoSolutions Moçambique num caso de sucesso”.Também a Intergraph admite entrar em “no-vos mercados, até agora menos explorados”,diz João Santos, ‘Senior Sales Account Mana-ger’, que revela que este ano a empresa “pre-tende optimizar e prestar um serviço de maiorqualidade aos clientes e inovar na oferta denovos produtos e serviços, tirando partidoquer da integração no grupo Hexagon, quer deuma melhor relação custo/benefício nas áreasdas comunicações e ‘hosting’ de soluções”.Internacionalizar também está nos planos daInfoPortugal, que pretende assim “procurar ocrescimento”. A empresa “conseguiu mantero seu nível de negócio em 2012 em Portugal,muito à custa da sua capacidade de adaptaçãoà nova realidade económica e à diversificaçãoda oferta”, diz Alexandre Gomes, directortécnico e de operações da empresa. Mas nãosó. A InfoPortugal caracteriza-se por ter noADN “a inovação nas aplicações e tecnologiasao nível das técnicas de recolha de informa-ção”, e o investimento “em recolha de ima-gem terrestre georreferenciada, usando técni-cas de ‘mobile mapping’”, segmento ondepromete novidades este ano. Ambiciona ainda“revolucionar a forma de cadastrar as infraes-truturas urbanas e apostar em soluções inte-gradas que utilizem informação geográfica eapliquem conceitos de geolocalização”, diz.Já Carlos Nunes, gestor de projectos da Ad-vantis, garante que a empresa vai continuar aaposta em I&D, “amadurecendo e evoluindoas soluções, de modo a construirmos umaoferta mais competitiva”, e tem como “umdos principais objectivos a internacionaliza-ção”. Com “uma carteira de encomendas in-teressante e vários projectos inovadores”,quer “consolidar a posição no mercado de so-luções Web GIS e tem como desafio, desenvol-ver o GIMS, nas áreas de sistemas abertos e degestão de informação georreferenciada”. ■

“O mercado de ‘open source’está em clara expansãotanto em números ematuridade das soluções,como na quantidade deaplicações/sistemas que sãodesenvolvidos sobre estastecnologias”. Quem o diz éCarlos Nunes, gestor deprojectos da Advantis, queacredita que a quota destemercado “vai aproximar-sesignificativamente da dosoftware proprietário”, parao qual muito contribuirá acrise. As soluções em ‘opensource’ têm custos muitomenos elevados. É istomesmo que frisa AlexandreGomes, director técnico e deoperações da InfoPortugal,confirmando que estemercado se “consolidoucompletamente nos últimosanos” e destacando aqualidade das tecnologias. Onúmero de utilizadoresdestas soluções, de acordocom este responsável, terácrescido de formaexponencial. R.C.

Mercado de opensource a crescer

João Pedro Fernandes e João Pereira Santos

são responsáveis pela unidade de negócio

Geoespacial da Intergraph em Portugal.

Page 3: SISTEMAS de Informação Geográfica

Segunda-feira 18 Março 2013 Diário Económico III

A NOVAGEO realizou no ano passado levantamentosfotogramétricos com base em imagens de satélite de altaresolução para Planos Urbanísticos de municípios de Angola,envolvendo a colaboração com várias entidades daqueleterritório e vários núcleos urbanos. O objectivo foiimplementar soluções que permitissem fazer uma produçãoe controlo de qualidade cartográfica.

O INSTITUTO GEOGRÁFICO DO EXÉRCITO, responsáveispela cartografia oficial em Portugal, apostaramna tecnologia ESRI, ArcGIS nos próximos anos. O acordoentre as duas entidades dá acesso ilimitado a todaa tecnologia ArcGIS, bem como a Formação e serviçosde apoio técnico Esri Portugal, durante os próximostrês anos.

1 O que são os SIG?Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG)são sistemas de informação por excelência,com a grande diferença entre ambos a residirna componente geográfica. Os SIG integramhardware, software, dados e capital humano epermitem-nos ver, compreender, inquirir,interpretar e visualizar dados de muitas for-mas, revelando relações, padrões e tendênciasespaciais, consubstanciadas em mapas, glo-bos, relatórios ou gráficos.Um SIG pode ajudar a responder a perguntas ea resolver problemas, mostrando os resultadosde um modo compreendido e compartilhadofácil e rapidamente. A tecnologia SIG pode serintegrada em múltiplos sistemas de informa-ção, de qualquer tipo de empresa.

2 O que podemos fazer com um SIG?Mapas locais, mapas quantitativos, mapas dedensidades e mapas de evolução temporal. OsSIG permitem georeferenciar fenómenos , en-contrar determinados locais, revelar padrõesespaciais e identificar áreas de actuação. Pos-sibilitam fazer mapas que expressam uma or-dem de grandeza e quantificar a distribuiçãoespacial de um fenómeno, desagregando a in-formação a um nível detalhado. Com os SIG,podem-se mapear fenómenos, e ver a suaevolução temporal, seja para demonstrar mu-danças já consumadas ou para antecipar ce-nários.

3 Como funciona um SIG?Um SIG separa a informação em diferentes ca-madas temáticas e armazena-as independen-temente, trabalhando com elas de modo rápi-do e simples, permitindo ao utilizador a pos-sibilidade de relacionar informação existenteatravés da posição e topologia dos objectos,com o fim de gerar nova informação.

4 Quantos modelos de SIG existem?Dois: O matricial e o vectorial. O matricialcentra-se nas propriedades do espaço, com-partilhando-o em células regulares. Cada cé-lula representa um único valor e quantomaior for a resolução, menor o detalhe da re-presentação do espaço geográfico. No SIGvectorial, o foco das representações centra-se na precisão da localização dos elementosno espaço.

5 Quem usa SIG?A utilização dos SIG tem uma maior predomi-nância na administração pública. Porém, em-presas de vários sectores e faculdades têm im-plementado SIG e tirado partido das suas van-tagens, das quais se detaca a agilização na im-plementação de processos. ■ R.C.

Saiba o que são,o que fazem e para queservem estes sistemasHardware, software, dados e capital humanonum único sítio.

PERGUNTAS & RESPOSTAS

Os campos de aplicaçãodos SIG, por serem muitoversáteis, são muito vastos,podendo-se utilizarna maioria das actividadescom uma componenteespacial, da cartografiaa estudos de impactoambiental ou vigilânciaepidemiológica de doenças,de prospecção de recursosao marketing, constituindoo que se poderá designarde Sistemas Espaciaisde Apoio à Decisão.

Ferramentade apoio à decisãoPa

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A gestão de topo daESRI Portugal:

Miguel Machado, Nuno Pereira Leite,

Gonçalo Magalhães Collaço e Rui Sabino.

A equipa da Novageo .

A equipa da Infoportugal.

A empresa tem sede em Matosinhos.

Page 4: SISTEMAS de Informação Geográfica

IV Diário Económico Segunda-feira 18Março2013

A partir de Julho, cidadãos, empresas e outras entidadesterão acesso a todos os dados cadastrais do territórionacional. O Sistema Nacional de Informação Cadastral(SNIC), que está a ser desenvolvido pela Direcção Geral doTerritório (DGT) e que tem a participação de entidades comoa Autoridade Tributária, o Instituto de Registos e Notariadose os municípios nacionais, quer garantir ganhos de eficiênciacom a criação desta plataforma única. Em termoseconómicos, garante a Direcção Geral do Território, o SNICserá “um instrumento de suporte tanto à valorizaçãopatrimonial e fiscal do território, como de garante de ummelhor e mais seguro mercado imobiliário”. A DGT está aindaa rever o Sistema Nacional de Informação Geográfica,integrando nesta revisão os mais recentes desenvolvimentostecnológicos, e criar sinergias com outras plataformasdisponíveis no quadro da administração pública. Associado aeste projecto está o sistema TERÁGUA, sistema de suporte àgestão das bacias hidrográficas com captação de águapotável. Está ainda a decorrer o projecto SIARL, de gestãodo litoral do País; o Fireland, que analisa os efeitos do fogona vegetação nacional e, entre outros, o Sistema Nacional deInformação Territorial. I.M.

DGT prepara lançamentode cadastro dos prédios nacionais

Quando um navio parte em direcção ao porto de Sines, envia essainformação para a Janela Única Portuária - sistema utilizado por todosos portos nacionais - e a informação é logo georreferenciada pelo SIIGdo Porto de Sines. O sistema permite acompanhar o seu percurso eorganizar a sua chegada: planeando, por exemplo, em que área vaiatracar (tendo em conta as condições climatéricas e de mar ou ascaracterísticas do terminal onde vai operar, por exemplo), queprodutos traz e quais os recursos a utilizar na operação. Estaorganização operacional, “que antes era feita manualmente e quepoderia demorar horas, é hoje imediata e está permanentementeactualizada”, explica José Carlos Simão, director da Direcção deSistemas e Planeamento do porto, responsável também pelamanutenção deste sistema que foi desenvolvido com a EGStrategycom a Indra utilizando a tecnologia da ESRI. Cerca de 10 sistemasinternos foram integrados e georreferenciados neste SIIG que está afuncionar há cerca de um ano. Mas o Porto de Sines não quer ficar poraqui. Em Maio lançará uma outra valência. Os comboios e os camiõesde carga que chegam e partem de Sines serão também incluídos nosistema. O tipo e a quantidade de mercadorias que trazem e levamserão monitorizadas por este SIIG desde o momento em que saem do porto até aomomento em que chegam ao cliente, passando pelos portos secos da Bobadela e doEntroncamento. O projecto já está a ser desenvolvido em parceria com a CP Carga. I.M.

Porto de Sines quer controlar tudo até ao cliente

Na alturadas vindimas todaa informaçãoé monitorizada.De acordo com aprodução são tambémmonitorizadasas capacidades eníveis de enchimentode vasilhas (garrafas)e podem serpesquisadasinformações comoo espaço disponívelnos armazéns.Em breve saber-se-á,por exemplo, quantaspessoas sãoprecisas paraas vindimas.

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1. Aumento dos níveisde eficiênciada gestão e supervisãoportuária2. Aumento dos níveisde segurançae operacionalidade3. Suportedas operações diáriascom informaçãogeorreferenciada4. Integração comsistemas existentes5. Aumentoda eficácia dosprocessos existentes6. Aumentoda competitividade

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

No SIG da Symington tudo - ou quase tudo - é controlado. Sãovisualizadas as áreas de produção agrícola, é disponibilizadainformação sobre, entre outras, as plantas do edificado) e atése consegue-se ver que zonas têm mais ou menos declive oumais ou menos exposição solar. Mas não só. Na altura dasvindimas, a produção é monitorizada em cada quinta destacompanhia do Douro, sendo identificada não só a produçãofeita, como o tipo de castas ou mesmo a produção prevista paracada uma por parcela (podendo depois ser consultado ohistórico da produção, revelando aqui algumas tendências). Nafase seguinte, são monitorizadas as capacidades e níveis deenchimento das vasilhas e dos tipos de lotes. São gerados pelosistema relatórios normalizados para a Alfândega (exemplo:plantas e lista de vasilhas) e podem ser pesquisadasinformações úteis como quanto espaço disponível existe emvasilhas em determinado armazém ou adega). Os bene fícios jáse começaram a sentir. O tempo que se demorava a preparar oano agrícola reduziu, e foram agilizados muitos processos. Alémdisso, todos os indicadores podem ser consultados diariamente.O SIG da Symington não deverá ficar por aqui. Um novo móduloa introduzir brevemente permitirá prever as necessidades derecursos humanos no decorrer da vindima, e um outro, ‘mobile’,permitirá registar todas as actividades desenvolvidas noterreno. I.M.

Vindimas monitorizadasna Symington

Este ano, a Direcção Geral de Tesouro e Finanças e todos osministérios vão ficar a saber a localização dos seus imóveis,e a sua caracterização ao nível da ocupação edisponibilidade. Tudo porque a InfoPortugal desenvolveu oano passado um sistema de informação geográfica paragestão dos imóveis públicos. Integrado no Sistema deInformação dos Imóveis do Estado e gerido pela DirecçãoGeral de Tesouro e Finanças, este projecto “teve umaprimeira fase de recolha de campo de localização ecaracterização de mais de seis mil imóveis públicos, seguidodo desenvolvimento de uma ferramenta que permite aconsulta e visualização desta informação”, explica AlexandreGomes, Diretor Técnico e de Operações da InfoPortugal,esclarecendo que actualmente a ferramenta se encontra “emfase de ajustamento final tendo em vista a sua entrada emprodução”. R.C.

Ministérios vão saber a localizaçãode todos os imóveis públicos

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Foram identificadosseis mil imóveispúblicos que estãohoje eorreferenciadosnuma soluçãoda InfoPortugal.

A partir de Julhoa informação sobreo cadastro de todosos prédios nacionaisestará disponívelnuma plataformaúnica, garantea Direcção Geraldo Território.

A construção de esporões, quebra-mares e molhes já pode sertotalmente inspeccionada e monitorizada desde a sua concepçãoaté à sua manutenção. Isto porque a Advantis desenvolveu umaplataforma web GIS “totalmente inovadora que permite registaros eventos principais do ciclo de vida de obras extensas, comenfoque nas obras marítimas estruturalmente homogéneas”,explica Carlos Nunes, gestor de projectos da Advantis, quegarante haver uma “especial incidência em termos demonitorização nos aspectos relativos àinspecção/monotorização/manutenção de obras”.Nesta solução são de destacar também outras funcionalidades,tais como “a possibilidade de recolha de informação no local(inspecção) através de dispositivos ‘mobile’ (’smartphones’ ou‘tablets’), visualização, tratamento e análise tridimensional delevantamentos topo-hidrográficos georreferenciados e aavaliação de danos nas obras”, diz. R.C.

Inspecção e monitorização de obrasmarítimas com webGIS

Monitorizar a construção de esporões,quebra-mares e molhes é o objectivodo projecto da Advantis. Com a soluçãoé possível recolher informaçãono local da inspecção atravésde dispositivos móveis.

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Page 6: SISTEMAS de Informação Geográfica

VI Diário Económico Segunda-feira 18 Março 2013

O futuro dos SIG está naWeb, nas aplicações mobilee na consulta de informa-ção com base em mapas,afirma Marco Painho, pro-fessor catedrático, na ISE-GI, e especilista em SIG.

Como se encontra o merca-do dos SIG em Portugal?O mercado está um poucoestagnado. Mas as princi-pais empresas do sectorcontinuam em actividade.

As empresas estão maissensibilizadas para a im-portância dos SIG? Há maisprocura?A procura está estável,eventualmente com algu-ma descida, mas não tenhonúmeros que confirmem. Penso, no entanto,que a sensibilização para a área aumentou, oque se confirma pelo número de alunos queconcorrem ao mestrado.

A utilização dos SIG é transversal a vários secto-res de actividade. Mas há algum que destaquecomo o maior utilizador? Quais os que têmmaior margem de crescimento? Porquê?A tendência é que os SIG tendam a difundir-sepor praticamente todos os sectores de activi-dade. Mas penso que o maior grupo de utiliza-dores continue a ser a administração local. Abanca, os seguros e a logística e distribuiçãoainda têm muita margem para crescimento,basicamente porque tendo uma actividadecom muita incidência no território, ainda nãotiram partido desse facto.

Quais as tendências de futuro neste mercado?As tecnologias de SIG na Web, já com muitadinâmica, as aplicações mobile, com serviçosbaseados na localização do utilizador, e a con-sulta de informação com base em mapas.

Há alguma novidade que queira destacar?A utilização de aplicações 3D, nomeadamentedo City Engine, na gestão municipal.As tecnologias 3D permitem-nos ir de um pa-radigma de visualização em 2D para a obser-vação da cidade, em três dimensões, dandouma visão mais realista do que está no terre-no. Podemos gerir o interior dos edifícios, uti-lizar sensores, e planear de forma mais eficaz.

E ao nível da formação, como caracteriza estesector? Quais as tendências?Na área da educação o aparecimento de novoscursos, como o que vamos oferecer a partir de2013, com total flexibilidade presencial/e-lear-ning e na escolha de percursos como programa-dor SIG, analista SIG, consultor SIG, docente.Existe neste momento muita oferta mas algu-ma, tem dificuldade em atrair alunos. ■ R.C

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Em 2012, a Novageo implementou uma plataforma SIG avançada, aniuGIS, para a Associação de Municípios do Douro Superior, que“inclui edição e análise de informação geográfica e funcionalidadesde Business Intelligence, concebida para disponibilização na Cloud”,explica Fernando Murça, Head of Business Development.Por ser em Cloud, Daniela Serra, técnica de SIG do departamento decartografia da Associação diz que “permite que a nossa informaçãofique protegida, e ao mesmo tempo disponível a qualquer pessoa”.A responsável frisa o facto de toda a plataforma “funcionartotalmente em open source”, o que considera ser fundamental “nocontrolo de custos. Todo o serviço é mais barato”. No entanto, “aplataforma suporta também, implementações em servidores docliente”, destaca Fernando Murça.Sobre custos, Daniela Serra afirma também, haver uma “libertaçãode investimento ao nível de servidores e de manutenção, uma vezque “toda a manutenção é garantida pela Novageo”.As mais-valias da niuGIS são muitas. Fernando Murça destaca o factode disponibilizar GeoAplicações ‘Plantas de Localização’, ‘MapasEstatísticos’, ‘Roteiro Municipal’ e ‘Consulta a PMOTs’ da suite niuGISMunicipium, caracterizando-o como “um projecto emblemático”. R.C.

niuGIS agiliza tomada de decisãoda Associação de Municípiosdo Douro Superior

A implementação de sistemas de informação geográfica no aeroporto de Faro - o projecto piloto - e, de seguida, no do Porto,nos quatro aeroportos dos Açores e nos dois aeroportos do arquipélago da Madeira, serviram para ajudar no imenso trabalhoque é gerir aeroportos. “Se não conhecermos bem as infra-estruturas de um aeroporto não sabemos como mantê-la e gasta-se mais do que se devia em cada intervenção feita”, afirma João Leal, responsável pela Divisão de Infraestruturas da ANA -Aeroportos. O levantamento de todas as infra-estruturas destes oito aeroportos foi feito de forma minuciosa. E nos SIG quesão hoje utilizados pela empresa estão disponíveis informações georreferenciadas sobre assuntos tão diversos como opercurso e o tipo de cabos eléctricos subterrâneos, a localização de portas de saída de emergência, a localização e tipo delâmpadas existentes nas pistas, ou mesmo sobre o tipo de edificado existente nos aeroportos, tipo de ocupação e preços doarrendamento, além, claro está, da localização e acessos às pistas. Todas estas informações e muitas outras vão sendosobrepostas nos mapas dos aeroportos, permitindo que por vezes se tirem ilações. “Imagine-se uma iluminação na pista queestá sempre a avariar. Com um SIG, pode-se chegar à conclusão que há propensão para humidade naquela zona - daí asavarias constantes”, exemplifica a gestora dos SIG nos aeroportos, Marisa Guerreiro. O impacto que teve nos investimentosde ampliação e novas obras foi muito positivo, com grandes melhorias a nível qualitativo, no custo de construção e demanutenção. O projecto, que foi feito pela Intergraph em parceria com a aAmbiSig, tem funcionado tão bem que já estáprevista a inclusão do aeroporto de Lisboa para breve. Ainda em 2013 será feito o lançamento do consurso internacional doSIG para este aroporto, que vai ser um “verdadeiro trabalho de arqueologia”, dizem os responsáveis. I.M.

ANA Aeroportos: SIG para Lisboa está para breve

O projecto SIG da ANAtem sido apresentado emvários forunsinternacionais e é dosmais avançados a níveleuropeu. São já imensasas informaçõesdisponíveis no SIG dosaeroportos, mas podemser muitas mais. Odepartamento que gere oSIG tem uma caixa cheiade novas propostasenviadas pelosfuncionários.

A solução ‘cloud’ que a Novageodesenvolveu para a Associação deMunicípios do Douro Superiorpermitiu à instituição libertarinvestimento ao nível de servidores emanutenção e proteger informação.

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“Mercadoestagnou”Número de alunos em cursosna área SIG aumentou.

ENTREVISTA A MARCO PAINHO,PROFESSOR CATEDRÁTICO NO ISEGI

Marco Painhofrisa aimportânciado surgimentode cursos quedesenvolvamcapacidades deprogramador,analista,consultore professorem SIG.

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O Location BasedIntelligencedesenvolvido pelaInfoPortugal para aEuropcar permiteaos comerciais obtertoda a informação dosclientes e fazerrelatórios nomomento.

A equipa comercial da Europcar têm agora uma ferramenta de apoio àgestão que lhe permite “obter toda a informação do cliente que vaivisitar, incluindo o cálculo do melhor percurso para lá chegar”, informaAlexandre Gomes, Diretor Técnico e de Operações da InfoPortugal,empresa que desenvolveu este projecto. O Location Based Intelligence“contemplou o desenvolvimento de uma aplicação para tablets Androidque acompanham os promotores nas suas visitas”, explica, informandoque, com essa aplicação, uma vez no cliente, o comercial “preenche orelatório da visita no tablet, pode pesquisar outros clientes nasproximidades ou criar um prospecto com identificação e geolocalizaçãode um potencial cliente”.Mas as mais-valias desta ferramenta não se ficam por aqui: “Para alémda aplicação que acompanha o comercial, foi desenvolvida umaaplicação web para o gestor monitorizar a actividade e os resultados daequipa”, frisa Alexandre Gomes, que destaca o facto da aplicaçãopermitir “ver, em tempo real, a localização geográfica de cada elementoda equipa, listar a actividade de cada um e extrair relatórios deactividades que resumem a actividade da equipa”. Diz ainda que, “comotoda a informação está georreferenciada, é possível saber a distribuiçãogeográfica da actividade comercial”. R.C.

Equipa comercial da Europcarcom ferramenta de apoio à gestão

Page 7: SISTEMAS de Informação Geográfica

Segunda-feira 18 Março 2013 Diário Económico VII

A trabalhar em exclusivo no mercado do‘open source’, a Faunalia nasceu em Itá-lia, em 2000 e está em Portugal desde2009. Sediada em Évora, a empresa “sur-giu da necessidade de aliar o SIG aos co-nhecimentos científicos provenientes daárea de formação dos seus sócios - a Bio-logia, através da prestação de serviços eda disponibilização de ferramentas espe-cializadas”, informa Giovanni Manghi,sócio fundador em Portugal, que faz umbalanço positivo da actividade, o que ex-plica por ser “uma microempresa que

baseia o seu modelo de negócio em servi-ços e não em venda de licenças”.De frisar que a Faunalia está a actualmen-te a desenvolver o software Quantum GIS,uma solução integrada e um servidor demapas, e uma infraestrutura de dados es-paciais para uma associação de munici-pios, que irá incluir uma base de dadosgeográficos baseada no softwarePostgresql/PostGIS, servidores de mapasQuantum GIS server, aplicações websig eum conjunto de postos de trabalho basea-dos em Quantum GIS Desktop. ■ R.C.

Duas jovens empresas com vontade de vencer

Faunália potencia conhecimentos em biologia com SIG

Saiu literalmente da Novabase. ASmartgeo, nova empresa da área dos SIGque quer criar um “novo paradigma”neste sector, conta com o apoio da admi-nistração da sua antiga empresa, tendosido participada pela Novabase Capital.Criada em Novembro de 2012, a empresaliderada por Sandra Loureiro arrancoucom 12 pessoas “mas queremos nos pró-ximos três anos ser já mais de 20 e estarpresentes num conjunto alargado demercados, tendo já começado por Angolae Moçambique”, afirma. Outras geogra-

fias já estão em mente, “assentes sobre-tudo em relações com parceiros”. Aaposta deverá recair em mercados emer-gentes, “com elevadas necessidades aonível do cadastro e infra-estrutura” e emmercados maduros “com necessidadesespecíficas ao nível das telecomunica-ções, transportes e indústria”,No que respeita a projectos em Portugal,a SmartGeo está a trabalhar em várioscom a PT Comunicações na área da apli-cação SIG à gestão de eventos em temporeal. ■ I.M.

A ‘spin off’ da Novabase na área dos SIG

Sandra Loureiro, CEO da SmartGeo Solutions.

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Giovanni Manghi, sócio fundador

da Faunalia em Portugal. foto

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