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Sistemas de governo comuns nas igrejas

1. Assembleiano ou congregacional – todas as decisões são feitas por todos os membros reunidos. Exemplo: Assembleia de Deus e Congregacional

2. Episcopal – Líderes eleitos e/ ou nomeados dirigem as igrejas e tomas as decisões individualmente. Exemplo: Metodista, Episcopal anglicana, Católico Romana

3. Presbiteriano – líderes eleitos pela assembleia administram a igreja de maneira representativa.

1. Cristo é o Cabeça da Igreja e fonte de toda autoridade como também o Fundador (Mt 28.18; Ef 1.20-23).

a. A igreja ou ‘’assembleia´´ existe para Cristo e por causa de Cristo. O propósito da igreja é para Cristo e sua glória

A fonte do poder da igreja não está nela mesma como instituição, nem na associação de indivíduos dentro dela que possuem, eles mesmos, autoridade espiritual. Ao contrário, a autoridade da igreja vem diretamente do Senhor Jesus Cristo. Como o ressuscitado, Jesus declarou em Mateus 28: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra”. (...) Como cabeça da igreja, Jesus é a fonte de sua autoridade, e só ele pode submeter nossa consciência por meio de sua Palavra

(O Cristão Presbiteriano, Sean Michael Lucas, Cultura Cristã, p. 138)


b. Jesus é o Senhor de tudo e de todos. Ser senhor é estar no comando de tudo e de todos e tudo e todos devem submissão ao seu Senhorio e isso não isenta ninguém, nem mesmo a igreja. Tudo e todos foram colocados debaixo de Cristo e sua autoridade.


c. A autoridade da igreja não é dela mesma mas daquele que a instituiu. Assim como a autoridade de Jesus não é dele mesmo, mas daquele que o enviou, Cristo veio a essa mundo em carne e osso e ao mesmo tempo Deus para mostrar e provar sua autoridade ser proveniente do próprio Deus Pai.


d. Estar na igreja e debaixo dela e se sujeitando a autoridade da mesma, é ser obediente aquele que é o Cabeça da igreja. Se rebelar a autoridade da igreja (quando ela é obediente a Cristo e aos seus mandamentos) é um ato de rebeldia a autoridade de Cristo e, portanto, um ato de rebeldia daquele que enviou a Cristo, o próprio Deus.

2. A igreja tem que ensinar seus membros a observar o que Cristo manda

Mateus 28: pregar o evangelho e fazer discípulos

3. Para que essa tarefa seja cumprida, Deus concedeu dons e instituiu oficiais em seu meio.

Em seu ofício de Rei, Jesus chama do mundo um povo para si, “dando-lhes oficiais, leis e disciplinas, para visivelmente o governar”. Na verdade, o apóstolo Paulo ensina que o Cristo ressurreto e glorificado recebeu “dons” para dar à sua igreja, que são “os apóstolos, os profetas, os evangelistas, os pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.7-12).


3. Para que essa tarefa seja cumprida, Deus concedeu dons e instituiu oficiais em seu meio.

Esses oficiais possuem uma autoridade extrínseca, estando limitados pela própria Palavra para exercerem seu ofício diante de Deus e das ovelhas dEle.

Por sua própria natureza, são necessárias duas características para o trabalho de toda sociedade ou organização, não importa qual seja: seus oficiais e suas leis. Os oficiais são necessários para representar o grupo e realizar o trabalho da organização. Nenhuma sociedade pode funcionar adequadamente se todo membro assumir controle direto de suas atividades; a expressão “muito cacique e pouco índio” nos ensina que todo grupo tem de ter quem lidera e que segue a liderança. Igualmente, as leis são necessárias para guiar o grupo em seu trabalho. Quer se trate de uma autorização concedida pelo estado, de um manual de funcionário ou de um código de leis, as regras e os regulamentos fornecem pontos de referências para que a sociedade realize suas tarefas.


4. O meio para escolha desses oficiais é a eleição pela assembleia

Para que esses oficiais pudessem desempenhar seu papel, usando o dom concedido por Deus, mediante a vocação feita por Ele mesmo, foi dado à igreja o dever de escolhê-los por meio de eleição, conforme At 14.23

Significado de dom nas Escrituras

A palavra dom são traduções dos termos gregos carisma e dwrea que

significam um presente recebido de Deus graciosamente, sem merecimento e com um fim objetivo (1 Co 12.7 e Ef 4.7).

Entendemos que os dons do presbiterato, bem como os da diaconia são concedidos por Deus mediante uma vocação específica para a qual Ele mesmo chama, convence e capacita

De acordo com a Bíblia, os dons do Espírito Santo foram dados a fim de ajudar a Igreja na tarefa de evangelização e edificação. Eles são as armas mais poderosas e variadas que Deus deu à sua Igreja a fim de capacitá-la para a missão que precisa realizar neste mundo

(Revista Expressão O Que a Bíblia Ensina sobre o Espírito Santo S. Paulo:

Cultura Cristã, sem data de publicação, p. 64.)

Vocação dos oficiais ordinários

1. Vocação Interna

a) a consciência de estar sendo impelido a alguma tarefa especial no reino de Deus, por amor ao mesmo Deus e a sua causa;



b)a convicção de que o individuo que está sendo chamado está intelectual e espiritualmente qualificado para o ofício em vista, ao menos em certa medida;



c)a experiência de que, evidentemente, Deus está dirigindo, não só naquele momento, mas através dos anos, para esta meta


2. Vocação Externa É a vocação que chega à pessoa pela instrumentalidade da igreja. Não é emitida por uma autoridade humana (como o papa, por exemplo), mas sim, pela igreja local. Tanto os oficiais como os membros comuns da igreja tomam parte dela. Cabe aos oficiais a orientação do povo de Deus e a este a escolha sob oração e conhecimento da Bíblia. Trata-se da confirmação da vocação interna, por meio do reconhecimento público que o vocacionado possui.

O Dom do Presbiterato

bispo (evpiskoph,) que significa aquele que visita, aquele que cuida

de alguém, o oficial de uma igreja (veja 1 Tm 3.1 e 2);

presbítero (presbu,teroj)que significa, por sua vez, ancião; alguém de

grande experiência; uma autoridade dentro de um contexto social e/ou religioso; um conselheiro (veja Tt 1.5).


1 Tm 3.1-7 e Tt 1.5-9.


1. Seu relacionamento com a Palavra de Deus

O Dom do Presbiterato didaktiko,j (didáticos)

(1 Tm 3.2) - apto para ensinar. Isso significa que o presbítero não apenas deve ter competência, interesse e aptidão para ensinar, como também deve estar habilitado a sustentar as principais doutrinas bíblicas e concordar com aquelas que sua denominação defende.


não seja neófito (1 Tm 3.6) – o presbítero jamais poderá ser alguém que iniciou seus passos na fé. Se ele precisa ensinar, exortar e admoestar com a Palavra, ele deve conhecê-la e ter experiência em sua comunhão com Deus


que saiba administrar tenha autoridade na Palavra de Deus

(Tt 1.7) – o presbítero deve saber manejar a palavra. No texto original temos a referência a um mordomo que pega na dispensa o que é necessário.


apegado à Palavra (Tt 1.9) - que saiba usar a Palavra para ensinar, exortar e corrigir a todos até mesmo os que se levantam contra ela mesma.


2. Seu relacionamento com a Família


Esposo de uma só mulher

(1 Tm 3.2 e Tt 1.6) – Há várias maneiras pelas quais esse texto pode ser interpretado: (1) ele deve ser casado; (2) ele deve ser monógamo; (3) fiel à sua esposa; (4) ter tido um único casamento (não importando qual o motivo da dissolução). O mais provável é que Paulo se referia ao fato do presbítero ser monógamo e fiel à sua esposa.


que governe bem a própria casa

(1 Tm 3.4) - criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito. O presbítero deve ser alguém que conduz a família de maneira adequada e que tem autoridade em sua casa


que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução

(Tt 1.6) - inconseqüêntes, nem são insubordinados ou claramente desobedientes. Antes de ser um pastor da igreja, o presbítero deve ser um pastor de seu lar.


3. Seu relacionamento com os outros


avnepi,lhmptoj (anépílemptós) avne,gklhtoj (anénkletós)

(Tt 1.7; 1 Tm 3.2) - irrepreensível, sem possibilidade de críticas. Alguém que não pode ser acusado de qualquer delito ou crime. Não se trata de qualquer tipo de pecado, mas sim daqueles que causam profundo constrangimento para ele, família e para a igreja.


sw,frwn (sôfron)

(1 Tm 3.2) - moderado, sensato, autocontrolado, prudente. Para tratar de questões difíceis na igreja o bom senso é essencial.


ko,smioj (kósmios)

(1 Tm 3.2) – ordeiro. O presbítero tem que cumprir suas funções de maneira ordeira, honrosa e respeitável.


filo,xenoj (filóxenos)

(1 Tm 3.2 e Tt 1.8) – hospitaleiro. O presbítero deve colocar seu lar a serviço do reino de Deus e dos membros da igreja.


pa,roinoj (pároinos)

(1 Tm 3.3 e Tt 1.7) - não viciado em bebida, ou vinho. O uso exagerado de álcool nos tempos do Novo Testamento era um grave problema. Apesar da Bíblia não exigir a abstinência, os presbíteros devem tomar profundo cuidado com isso, principalmente para não escandalizar os mais fracos.


plh,kthj (plêktes)

(1 Tm 3.3 e Tt 1.7) - não violento, que não gosta de briga. O mestre presbítero não usa de ameaças e grosserias para conseguir o que quer. Sua força é demonstrada no equilíbrio em momentos difíceis.


evpieikh,j (epieikês)

(1 Tm 3.3) - gentil, cordato. Se refere a uma pessoa que age com educação, polidez, amabilidade. O presbítero deve ser alguém longânimo com os membros da igreja, ainda que esses nem sempre o sejam com ele.


a;macoj (ámacos)

(1 Tm 3.3) - inimigo de contendas. Portanto, o presbítero deve ser alguém que evita rixas e discussões.


avfila,rguroj ( afilárguros) aivscrokerdh/ (aiscrokerdê)

(1 Tm 3.3 e Tt 1.7) - não avarento, que não ama o dinheiro; cobiçoso de ganho desonesto. Ambos os vocábulos mostram que a motivação do presbítero não pode ser o dinheiro. Ele pode receber pelo seu trabalho, mas não deve ser isso que o impele a trabalhar (1 Tm 5.17). Tal qualidade é muito importante para alguém que administrará os recursos que não lhe pertencem.


ovrgi,loj (orguílos)

(Tt 1.7) - alguém que se ira com facilidade. É uma referência à propensão em irar-se. O presbítero deve ser alguém que reflete antes de falar.


fila,gaqoj (filágathos)

(Tt 1.8) - amigo do que é bom, ou de homens bons. A interpretação dessa palavra é difícil, mas deve ser uma referência ao dever de ser um homem ativo na prática do bem.


o[sioj (ósios)

(Tt 1.8) - piedoso e consagrado. É a qualidade daquele que possui autêntica santidade. É a primeira qualidade exigida de um líder cristão, pois ele não pode apontar um caminho com suas palavras e seguir outro


Dikaioj (dikaiós)

(Tt 1.8) – o significado da palavra é reto, mas Paulo deve ter usado para se referir ao presbítero como alguém que tem o dever de ser correto em suas ações com o seu próximo. É a qualidade que evita a parcialidade.


o[sioj (ósios)

(Tt 1.8) - piedoso e consagrado. É a qualidade daquele que possui autêntica santidade. É a primeira qualidade exigida de um líder cristão, pois ele não pode apontar um caminho com suas palavras e seguir outro


Bom testemunho dos de fora

(1 Tm 3.7) – a reputação do presbítero também deve ser reconhecida por aqueles que o conhecem, mas que não fazem parte da igreja. Seu nome deve ser honrado, a fim de que não prejudique o testemunho aos incrédulos


auvqa,dh (autháde)

(Tt 1.7) – soberbo, alguém que não tem respeito pela opinião alheia, dono da verdade. O presbítero não pode ser alguém que se torna irredutível em suas supostas “verdades” em detrimento dos direitos, sentimento e necessidades dos outros.

O Dom do Diaconato

Diako,nouj (diakónous) - aquele que ajuda, aquele que serve,

aquele que ministra. Via de regra é um termo que pode ser usado para se referir a todo crente quando usa os dons concedidos por Deus

Foi o termo usado para designar uma classe específica de oficias da Igreja que são vistos, principalmente, nos textos de At 6.1-4 e 1 Tm 3. 8-13

O Dom do Diaconato

DEVEM SER SEMELHANTES AOS PRESBITEROS (o texto bíblico de 1 Timóteo usa a palavra semelhantemente)

At 6.1-4 e 1 Tm 3. 8-13.

O Dom do Diaconato

1. Seu relacionamento com a Palavra de Deus

O Dom do Diaconato

musth,rion pi,stewj (mistêrion písteos)

(1 Tm 3.9) - mistério da fé. Refere-se à fé que todo crente deve possuir e jamais se apostatar dela. É uma referência ao comportamento que coadune com a fé que ele possui

O Dom do Diaconato

kaqara suneidh,sei (katara suneidêsei)

(1 Tm 3.9) - consciência limpa; inocente - Ser alguém que não pode ser acusado por desobedecer a Escritura Sagrada. Alguém que obedece à doutrina bíblica por estar consciente da verdade.

O Dom do Diaconato

cheios do Espírito Santo

(At 6.3) – note que ao diáconos devem também ser homens que buscam a plenitude do Espírito por meio do conhecimento e prática das Escrituras

O Dom do Diaconato

sofi,aj (sofías)

(At 6.3) - cheio de sabedoria que dá capacidade de saber como agir corretamente. O diácono deve ser um homem capaz de agir e decidir com pleno discernimento diante de cada situação.

O Dom do Diaconato

2. Seu relacionamento com a Família

O Dom do Diaconato

Esposo de uma só mulher

(1 Tm 3.12) – como já foi visto em relação ao presbítero, o diácono deve ter um relacionamento monogâmico e fiel. Aliado a isso, encontramos um adendo no texto que nos dá a entender que Paulo se refere à esposa do diácono como aquela que deve ser respeitável ou honorável. Em segundo lugar, ela não deve ser maldizente. A esposa de um diácono deve também ser temperante ou sóbria.

O Dom do Diaconato

proi?sta,menoi (proistámenoi)

(1 Tm 3.12) - que tenha autoridade e cuidado sobre os filhos e sobre a sua casa. Semelhantemte aos presbíteros, os diáconos devem dar bom testemunho de liderança em seus lares, principalmente porque administrarão a casa de Deus.

O Dom do Diaconato

3. Seu relacionamento com os outros

O Dom do Diaconato

semnou,j (semnoús)

(1 Tm 3.8) – respeitáveis. uma pessoa honrada e respeitada pelo seu caráter. Está diretamente ligado ao irrepreensível – uma das qualificações dos presbíteros.

O Dom do Diaconato

dilo,gouj ( dilógous)

(1 Tm 3.8) - de uma só palavra. Literalmente sem duas palavras. Ou seja, deve ser uma pessoa sincera. São pessoas que carecem de credibilidade.

O Dom do Diaconato

prose,contaj (prosécontas)

(1 Tm 3.8) - dar atenção somente para o vinho, entregar-se ao vinho. Como o presbítero, o diácono não pode ser alguém viciado em vinho ou em qualquer outro entorpecente.

O Dom do Diaconato

aivscrokerdei/j ( aiscrokerdeis)

(1 Tm 3.8) - não dado à ganância, não amante das coisas materiais. Da mesma forma que no caso dos presbíteros, o diácono irá lidar com as finanças da igreja e, portanto não poderá ser um amante do dinheiro.

O Dom do Diaconato

dokimaze,sqwsan (dokimadzésthosan) avne,gklhtoi (anénkletoi)

(1 Tm 3.10) – experimentados e sem falta; sem reprovação. É difícil afirmar qual o momento da aprovação: se antes de desempenhar o papel do diaconato ou depois que foram indicados ou eleitos para tal

O Dom do Diaconato

marturoume,nouj (martirouménous)

(At 6.3) - bom testemunho, boa reputação. A fama do oficial diácono deve também ser ideal para que o nome de Deus não seja envergonhado.

Temos que orar e buscar aquele que está mais próximo dessa

realidade.

Quanto mais profundo for o seu senso de inadequação, muito mais provavelmente se aplicará incessantemente e insistentemente em buscar o auxílio do alto; e quanto mais próximo viver do trono da graça, muito mais amplamente partilhará da sabedoria e do fortalecimento de que necessita.

(Samuel Miller, Apud: Paz nas estrelas, Adão Carlos Nascimento, p. 69)

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