sistemas de culatra nas pistolas automáticas

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  • 7/25/2019 Sistemas de Culatra Nas Pistolas Automticas

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    Sistemas de Culatra nas Pistolas Automticas

    CONCEITOS

    Nos primrdios das armas de fogo e em armas ante-carga (carregamento efetuado pela boca do

    cano), a preocupao com a segurana das culatras se resumia a construir uma c!mara

    resistente, fec"ada em sua parte posterior ou dotada de um tipo de tampo ros#ueado e algumas

    $e%es, at& soldado' Na $erdade, as c!maras fa%iam parte do cano como um todo' esde #ue as

    cargas de pl$ora fossem ade#uadamente utili%adas, mediante medidas * pr& estabelecidas nos

    pol$orin"os, a segurana do atirador era, de certa forma, bem preser$ada' +rmas ante-carga

    para uso militar, por eemplo, de fabricao idnea, com detal"es de construo geralmente

    acima da m&dia, utili%a$am materiais de primeira #ualidade, de forma #ue incidentes

    considerados gra$es, como uma eploso da c!mara ou mesmo do cano, no era algo muito

    comum' +l&m disso, o uso de pl$ora negra mantin"a a presso interna da c!mara, na "ora dodisparo, dentro de limites ra%oa$elmente bem controlados' +s armas de #ualidade eram,

    logicamente, constru.das com toler!ncias #ue supera$am em larga margem, a e$entualidade

    desse tipo de incidente'

    Com o ad$ento do cartuc"o met*lico, e conse#/entemente, a modi0cao dr*stica #ue

    acompan"ou essas armas, #ue era o sistema de retro-carga, surgiu a necessidade de se criar

    mecanismos #ue possibilitassem a abertura das c!maras pela sua parte posterior para permitir a

    insero de um cartuc"o e a retirada de cartuc"os detonados' + imaginao dos proetistas de

    armas era muito f&rtil, de forma #ue ti$emos in1meras solu2es para isso, desde as mais simplesat& as mais bomb*sticas' Citamos a#ui, como eemplo, uma arma "istoricamente muito

    importante, #ue foi o sistema utili%ado pelo fu%il militar Spring0eld, denominado de 3trap-door4,

    um dos mel"ores de sua &poca e adotado pelo E&rcito dos Estados 5nidos durante mais de 67

    anos, aps o t&rmino da 8uerra Ci$il' Suporta$a o disparo de cartuc"os de alta pot9ncia, tais

    como o calibre ':7-;7-

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    O fu%il americano Spring0eld 3trap-door4, com a culatra aberta, e seu potente cartuc"o calibre '

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    O fu%il >emington 3rolling bloc@4 com a culatra aberta'

    Bor&m, uma re$oluo muito signi0cati$a ocorreu com o ad$ento dos fu%is militares de ao por

    ferrol"o, uma soluo #ue suplantou #ual#uer outra empregada at& ento, pela rapide% de

    maneo, segurana e condi2es de suportar calibres bem mais potentes, ainda mais com oemprego das no$as pl$oras sem fumaa' +pesar de no ter sido a primeira ao por ferrol"o a

    ser utili%ada, a da auser acabou se tornando padro em con0abilidade, simplicidade e

    segurana, ditando para a ind1stria, dali para frente, a ecel9ncia em sistemas de ferrol"o'

    +baio es#uema de funcionamento do >emington 3rolling-bloc@4'

    Com a in$eno das armas de funcionamento

    semi-autom*tico e autom*tico, #ue se utili%am da

    ao dos gases gerados na combusto dos

    propelentes para #ue funcionassem, mais uma$e% id&ias criati$as e simples contracena$am com

    algumas in$en2es mais mirabolantes' No campo

    das armas longas, este portal dedicar*, em

    bre$e, um artigo dedicado a elas' +gora, $amos

    nos focar nas armas curtas ou mais

    especi0camente, nas pistolas semi-autom*ticas e

    autom*ticas'

    CONCEITOS+ntes de iniciar, $amos relembrar, basicamente, como funciona um disparo de um cartuc"o em

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    arma de fogo, especi0camente a#ui em uma pistola semi-autom*tica' O cartuc"o possui tres

    componentes b*sicosD o pro&til, geralmente macio, o cartuc"o e a espoleta' entro do cartuc"o

    se encontra a carga propelente (pl$ora)' Essa pl$ora de$e ser detonada mediante uma fa.sca

    r*pida e e0ciente, gerada pela espoleta ao ser picotada pelo pecussor da arma' Tudo ocorre em

    mil&simos de segundo'

    O cartuc"o se encontra dentro da camara' O pro&til aponta para o interior do cano #ue no

    oferece resist9ncia alguma neste instante' o outro lado, na parte de tra% do cartuc"o, est* a

    culatra #ue, sob ao de uma mola, mant&m 0rmemente o cartuc"o dentro da camara'

    +o disparar a arma, a espoleta detona aps ter sido atingida pelo percussor, gerando a ignio da

    pl$ora' Na medida em #ue ela se #ueima, os gases se epandem $iolentamente e foram por

    igual todas as paredes do cartuc"o' Nas paredes laterais do cartuc"o, a presso encontra enorme

    resist9ncia (pois esto em contato com as r.gidas paredes da camara)' Entretanto, essa mesma

    presso tamb&m forando o fundo do pro&til, encontra pouca resist9ncia e permite #ue ele sea

    impulsionado para a frente, destacando-o do cartuc"o e arremessando-o para o interior do cano'

    Bara a parede traseira do interior do cartuc"o, a presso encontra a in&rcia da culatra, #ue tanto

    pela sua massa como pela ao da mola eerce uma presso imediata mas #ue acaba cedendo'

    Bor moti$os #ue $eremos a seguir, & ustamente para este lado da culatra & #ue $amos le$ar

    toda a nossa discusso'

    Toda pistola semi-autom*tica tem, necessariamente, #ue possuir um ferrol"o ou culatra m$el,

    #ue eecute as opera2es de carregamento do cartuc"o na c!mara e sua conse#/ente etrao,

    repetindo-se o ciclo a cada disparo efetuado' + prpria ao dos gases da combusto interna do

    cartuc"o, #ue arremessa o pro&til para fora do cano, & utili%ada parcialmente para mo$er o

    ferrol"o, fa%endo-o abrir ou recuar, etrair a c*psula $a%ia e em seguida retornar = sua posio

    inicial, por ao de uma mola, introdu%indo um no$o cartuc"o na c!mara'

    Seria algo bem simples se no fosse um problemaD a ecessi$a presso interna gerada no

    momento da eploso, eistente em alguns cartuc"os mais potentes e #ue poderiam, com

    sucessi$os golpes $iolentos, #uebrar o ferrol"o e at& ferir o atirador' Nesses casos, algo tem #ue

    ser feito para controlar essa pot9ncia' + primeira coisa #ue $em em mente & reforar a arma e

    aumentar a tenso da mola recuperadora do ferrol"o, id&ia posta em pr*tica em algumas pistolas

    antigas, como as espan"olas Campo 8iro e suas deri$adas +stra' Bor&m, isso tem um preoD peso

    ecessi$o e ferrol"o muito dif.cil de ser mo$imentado pela mo, no momento de se inserir o

    primeiro cartuc"o na c!mara, al&m de s funcionar bem com cargas de pl$ora eatamente

    dentro do foi planeado' O ideal seria um tipo de mecanismo de retardo, #ue possibilitaria permitir

    a sa.da do pro&til do cano antes de se abrir o ferrol"o, ocasio em #ue a presso interna cairia

    bruscamente e somente uma parte dessa energia resultante faria o ciclo restante da arma

    funcionar'

    O SISTE+ 3AOF-A+CG4

    Nos calibres de baia pot9ncia, como ocorre nas pistolas #ue utili%am os cartuc"os situados entre

    os calibres '66> e o 'H7 +CB, o fabricante calcula a massa do ferrol"o a partir da in&rcia e a

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    tenso da mola recuperadora, em relao ao cartuc"o empregado e o comprimento do cano, de

    forma a permitir #ue a abertura do ferrol"o ocorra aps a sa.da do pro&til' Esse e#uil.brio &

    sumamente importante nessas armas, pois se a tenso da mola for fraca demais, poder* ocorrer

    a eeo do cartuc"o antes da sa.da do pro&til, resultando em golpes $iolentos do ferrol"o em

    seu batente, uma ecessi$a perda de gases e conse#uentemente perda de pot9ncia'

    Bor essa ra%o, & altamente conden*$el #ue se

    faa altera2es no comprimento e na tenso das

    molas recuperadoras, com a inteno de se

    diminuir a fora empregada ao se carregar a arma

    ou para se resol$er alguns problemas de eeo'

    J9-se, portanto, #ue no sistema bloK-bac@, o

    ferrol"o & uma pea m$el, no solid*ria ao cano,

    e #ue simplesmente, pouco antes do disparo,

    permanece eecutando presso sobre a traseirado cartuc"o de$ida to somente = ao de mola,

    ou molas, denominada de recuperadora(s)'

    Como eemplo pr*tico desse sistema, se $oc9

    puder 0ar uma arma numa morsa, usando para isso a etremidade do cano (desde #ue, neste

    caso, ele sea protuberante o su0ciente para permitir isso) e introdu%ir uma $areta longa pela

    boca do mesmo, conseguir* , eercendo uma determinada presso #ue $encer* a tenso da

    mola e abrir* a culatra, sem problema algum'

    5ma t.pica pistola no sistema 3bloK-bac@4, a Falt"er BB, em calibre ;,L:mm AroKning (H6 +uto)'

    Note o cano 0o = armao e a mola recuperadora do ferrol"o' (foto ao lado)

    Neste tipo de culatra, as pistolas so muito simplesM os canos so sempre 0os, remo$.$eis ou

    noM al&m deles, as 1nicas peas restantes so o ferrol"o e sua mola recuperadora'

    Braticamente todas as pistolas #ue utili%am cartuc"os mais populares como o '66>, o L,H:mm e

    o ;,L:mm AroKning e o 'H7 +CB, con"ecido tamb&m como mm AroKning S"ort ou mm Gurt%,

    pertencem ao sistema de culatra 3bloK-bac@4, como $*rias de nossas pistolas brasileiras tanto da

    fabricante Taurus como as da Imbel'

    O SISTE+ 3E+E AOF-A+CG4

    +pesar de bastante utili%ado em armas longas, como nos fu%is semi-autom*ticos, & uma soluo

    muito pouco empregada em pistolas, nos dias de "oe, onde seu uso no compensa pela

    compleidade do mecanismo e pela sua des$antagem em relao ao 3loc@ed-breec"4 em armas

    semi-autom*ticas, sistema #ue $eremos adiante' Aasicamente consiste em um dispositi$o de

    retardo mec!nico, onde a culatra #uando fec"ada, tal como ocorre no sistema 3bloK-bac@4, no &

    0sicamente solid*ria ao cano'

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    + pistola norte-americana Gimball, no mais fabricada, em calibre 'H7P Carbine, utili%a$a um

    sistema 3delaQed-bloKbac@4 com ran"uras na c!mara'

    + inteno do sistema & retardar a abertura da culatra o su0ciente para a presso diminuir a

    n.$eis seguros' 5m dos sistemas mais interessantes desta modalidade foi o utili%ado nas pistolas

    norte-americanas Gimball, #ue utili%a$am um potente cartuc"o de calibre 'H7 P, o mesmo das

    carabinas militares 'H7 P adotadas pelos E5+ na II 8uerra' Bara se obter o efeito de retardo na

    abertura do ferrol"o, $isto #ue a arma no possu.a culatra trancada, o proetista dotou a c!mara

    dessa pistola com $*rias ran"uras internas, usinadas em acabamento *spero, #ue ser$iam para

    aumentar a ader9ncia dos cartuc"os nas paredes da c!mara, na "ora do disparo' Rrao desegundo aps o disparo, e com a #ueda de presso, a ader9ncia da parede eterna da c*psula

    com a parede interna da c!mara diminu.a e permitia #ue o ferrol"o abrisse'

    O sistema no era e0ciente por#ue um ecesso de res.duos, e mesmo o desgaste natural dessas

    ran"uras, fa%ia com #ue sua e0ci9ncia em 3agarrar4 a c*psula por um certo tempo , diminu.sse'

    oe em dia no se aconsel"a a disparar com nen"um eemplar dessas armas'

    O SISTE+ 3OCGE-A>EEC4

    Como * $imos acima, ao se utili%ar cartuc"os de maior pot9ncia, em pistolas semi-autom*ticas, epara se e$itar um ecesso de presso para #ue a arma funcione sem danos, a soluo & criar

    algum dispositi$o mec!nico para permitir baiar a presso a n.$eis seguros, antes do ferrol"o ser

    liberado para abrir'

    Joltando no tempo, nos primrdios das pistolas semi-autom*ticas, mais precisamente em PH, a

    0rma udKig oeKe, de Aerlim, lana no mercado o #ue seria a primeira pistola semi-autom*tica

    de uso pr*tico at& entoD era a pistola sistema Aorc"ardt, proetada pelo engen"eiro alemo ugo

    Aorc"ardt, #ue "a$ia trabal"ado anteriormente na Finc"ester nos E5+ e, em cuos sistemas

    usados nas carabinas, ele se inspirou para proetar o ferrol"o de sua pistola, uma soluosurpreendentemente simples'

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    + Aorc"ardt utili%a$a um cartuc"o ra%oa$elmente potente, com pro&til de calibre ;,L:mm, muito

    similar ao seu similar e posterior ;,LHmm auser' O sistema de ferrol"o, denominado de 3toggle-

    oint4, algo como 3articulao de oel"o4, consistia em tr9s segmentos articulados entre si, por

    pinos, como se fossem dobradias, e cuos eios 0ca$am perfeitamente alin"ados com o ferrol"o

    fec"ado, sem a possibilidade de se desarticularem a no ser por alguma ao eterna'

    Bosteriormente seu compan"eiro de empresa na oeKe, 8eorge uger, aperfeioou a pistola elanou-a com o nome de Barabellum, em P77' +o contr*rio da sua antecessora, fe% um enorme

    sucesso' Bor&m, o mecanismo de 3toggle oint4 era eatamente id9ntico nas duas armas'

    Joltando ao nosso eemplo pr*tico descrito nas 3bloK-bac@s4, se $oc9 segurar uma pistola uger,

    pelo cano, e introdu%ir uma $areta pela boca do mesmo, no conseguir*, por mais fora #ue

    eera sobre essa $areta, abrir a sua culatra, simplesmente por#ue smente essa fora no

    consegue desarticular (desconuntar) as tr9s se2es do ferrol"o, cuos eios de articulao 0cam

    perfeitamente alin"ados' Jea mais detal"es do sistema Aorc"ardt e das pistolas uger no nosso

    artigo sobre essas armas'

    O sistema ao de oel"o 3toggle oint4 da pistola Barabellum (uger)' Os pontos $ermel"os

    indicam as tr9s articula2es do ferrol"o, #ue 0cam perfeitamente alin"adas #uando a arma est*

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    fec"ada' Com o recuo do cano, as 3orel"as4 eternas do ferrol"o (segunda uno) so lanadas

    contra uma inclinao eistente no corpo da arma, para forar a 3#uebra4 do oel"o e permitindo

    sua abertura para cima'

    +pesar de ser uma soluo muito interessante, esse sistema acima & de construo muito precisa

    e eige toler!ncias bem r.gidas, al&m de implicar em mais peas m$eis, sueitas a desgastes e

    folgas com o tempo de uso' ifere, portanto, da maioria dos sistemas de trancamento utili%ados"oe em dia, #ue so basicamente de dois tiposD

    P' Trancamento efetuado pelo prprio cano em uno com o ferrol"o $ia ressaltos ou algumtipo de engateM

    6' +tra$&s de uma pea eistente, espec.0ca para essa 0nalidade'

    P O primeiro caso &, de longe, o mais simples, engen"oso e o mais utili%ado dos sistemas' +

    soluo mais con"ecida & a da pistola Colt modelo PPP em calibre '

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    de$idamente encaiados em rebaios usinados no ferrol"o'

    etal"e do ferrol"o aberto da Colt P77, onde se percebe o cano recuado pela articulao das

    bielas (seta preta) e le$emente abaiado, liberando os rebaios do ferrol"o (seta $erde) dos seu

    prprios engates (seta $ermel"a)'

    Na parte dianteira, o cano era somente mantido alin"ado por uma buc"a' Esse mecanismo foi

    empregado, posteriormente, na maioria das pistolas #ue surgiram durante o s&culo VVM foi

    mantido #uase inalterado na AroKning i-BoKer (PH:), na russas To@are$, na JIS >adom

    polonesa, e usado ainda "oe em pistolas modernas, como $*rios modelos da 8loc@, na CW ;,

    AroKning A, Smit" X Fesson : e muitas outras'

    Como soluo de custo mais baio, os engates usinados no cano foram substitu.dos por um

    ressalto 1nico (8loc@ P;, 6L, Taurus 6

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    etal"e da pistola Taurus 6

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    O mel"or e mais simples sistema de tra$amento de culatra at& "oe criado' ois ressaltos no

    cano engatam em encaies situados na parte interna do ferrol"o' Bortanto, antes do disparo, cano

    e ferrol"o esto solid*rios entre si' Com o recuo pro$eniente do disparo, o cano se desloca alguns

    mil.metros para tra% e se inclina para baio, atra$&s da articulao de uma biela, liberando dessa

    forma o ferrol"o'6 No segundo caso, o sistema de tra$a de culatra emprega uma pea especi0camente utili%ada

    para efetuar o trancamento do ferrol"o' + primeira pistola comercialmente bem sucedida a

    utili%ar essa soluo foi a auser CL, #ue dispara$a o potente calibre ;,LHmm auser' Bela

    energia gerada por esse cartuc"o, = primeira $ista, o ferrol"o era surpreendentemente fr*gil, com

    uma mola recuperadora de pouca tenso e somente uma pe#uena pea em ao, ser$indo de

    limitador para o seu curso m*imo'

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    + pistola auser CL' etal"e para a pea #ue ser$e de tra$a do ferrol"o, engatada no mesmo

    atra$&s de dois ressaltos' +ps o recuo do cano, essa pea & forada a descer encaiando-se em

    um recesso, liberando assim o ferrol"o para abrir' Bara maior detal"es $ea nosso artigo sobre a

    auser CL

    Bor&m, a eperi9ncia dessas armas em uso demonstrou a incr.$el segurana, con0abilidade e

    #ualidade da pistola, tornando-a, em sua &poca uma das mais bem aceitas armas militares por

    $*rios e&rcitos do mundo' Com algumas modi0ca2es, principalmente na posio dessa pea

    #ue age como tra$a, temos eemplos mais recentes de pistolas #ue empregam a mesma soluo'

    Z o caso da Falter B-H, a arma #ue substituiu a pistola uger como pistola regulamentar do

    E&rcito +lemo, no mesmo calibre, o mm Barabellum'

    Na Falt"er, o fabricante optou por colocar a pea #ue atua como tra$a de culatra logo abaio do

    cano, de forma #ue no ocupe muito espao' ois ressaltos, um de cada lado do cano, se

    prendem em engates no ferrol"o' a mesma forma, um curto recuo do cano fa% com #ue a tra$a

    se abaie em uma depresso, liberando seus engates' +lguns modelos das pistolas Aeretta, como

    o con"ecido modelo 6 #ue gerou a -, utili%ada "oe pelos 5S+, bem como suas similares

    fabricadas pela Taurus em calibres acima do mm Barabellum, utili%am um sistema muit.ssimo

    similar aos da Falt"er B-H'

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    Bistolas Falt"er B-H e seu sistema de trancamento de culatra, posicionado logo abaio do cano'

    Com o recuo, a tra$a de culatra liberta o ferrol"o, baiando-se para dentro de um recesso

    eistente na armao'

    + Aeretta modelo 6RS em calibre mm Barabellum, $iso em raios-V' + seta indica a pea

    respons*$el pelo trancamento da culatra, muito similar ao sistema Falt"er B-H' +ssim #ue o

    cano recua com a sa.da do pro&til, esse bloco de trancamento, #ue & solid*rio = ele e est*

    engatada ao ferrol"o, percorre alguns mil.metros e em seguida, forada a baiar para dentro deum aloamento logo = frente do pino de articulao do gatil"o, liberando assim o ferrol"o para

    #ue se abra li$remente'

    http://cfpaula.files.wordpress.com/2009/08/beretta_92fs_by_maulwurf081.jpg
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    O sistema utili%ado pela Falt"er BH e as similares Aeretta e Taurus (BT-6, BT-P77, etc') &,

    tecnicamente, mais complicado #ue o de cano basculante, sem d1$ida o mais simples m&todo de

    trancamento' Eige uma ou mais peas adicionais, pelo menos < no caso da Aeretta, pois o

    proeto adicionou um pino de presso, mais um para reteno desse pino e mais uma mola, mas

    no deia de ser con0*$el e e0ciente' Outro problema, embora remoto, & a possibilidade do bloco

    3ser es#uecido4 ao se montar a arma, o #ue pode causar um problema s&rio de segurana, pois apistola consegue ser montada sem essa pea, e funciona, tornando-se assim uma 3bloK-bac@4'

    Bor outro lado, neste sistema, o cano recua montado sobre tril"os e como no bascula para baio,

    em tese, & mantido 0o em relao = lin"a de tiro, afetando menos a preciso e sem ter a

    pe#uena folga eistente no sistema de cano articulado'

    +#ui foram, portanto, e resumidamente, os aspectos b*sicos dos sistemas de trancamento mais

    comuns utili%ados nas pistolas semi-autom*ticas' Este portal seguir* publicando, em bre$e, a

    continuidade dessa s&rie t&cnica, onde abordaremos os sistemas de culatra em armas longas,

    principalmente os empregados em fu%is militares, de repetio ou semi-autom*ticos, antigos emodernos'

    FONTE:

    http://armasonline.org/armas-on-line/sistema-de-culatras-em-armas-curtas/