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167 ABRIL 2019 TRIMESTRAL OS PREÇOS DA ENERGIA ELÉTRICA NOS AÇORES SABIA QUE? FERNANDO MONTENEGRO QUEM É QUEM SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

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167 ABRIL 2019TRIMESTRAL

OS PREÇOS DA ENERGIA ELÉTRICA NOS AÇORES

SABIA QUE?

FERNANDO MONTENEGRO

QUEM É QUEM

SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

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EDA iNFORMA2

Ní04.EDITORIALDUARTE PONTEPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

04.ENERGIASRENOVÁVEISENERGIA ÉOLICA, UMA REALIDADE CADA VEZ MAIS PRESENTE

04.QUEM É QUEMMATILDE PIMENTEL

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29.QUEM É QUEMFERNANDO MONTENEGRO

EDA iNFORMA 03índice

Ní Di CE29. QUEM É QUEM

32. PROJETO IA_SAP

36. CARTA ABERTA

38. INOVAÇÃO

43. GLOBALEDA

47. RECURSOS HUMANOS

48. INOVAÇÃO

49. ACONTECEU

51. COLABORADORES

54. RETROSPETIVA

55. COMISSÃO DE

TRABALHADOREES

55. NASCIMENTOS

Ficha TécnicaTítulo EDAINFORMA Propriedade e Edição Electricidade dos Açores, S. A. NIPC 512 012 032 Sede de Redação Rua Francisco Pereira Ataíde, nº1 9504-535 Ponta Delgada Direção Emanuel Fernandes, Isabel Barata e Cláudia Fontes Design e Revisão Zona de Ideias Impressão NOVA GRÁFICA Periodicidade Trimestral Tiragem 1500 exemplares Distribuição Gratuita Nota Isenta de registo na ERC ao abrigo da Lei n.o 2/99, artigo 9o, n.o2.

04.EDITORIALDUARTE PONTEPRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

04. EDITORIAL

06. SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO

14. A EDA NA PROTEÇÃO CIVIL

16. SABIA QUE?

20. SUSTENTABILIDADE

24. MONITORIZAÇÃO

26. CLIENTES

06.SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

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Todos os anos, no final de abril, realiza-se a Assembleia Geral da EDA que, entre outros assuntos, trata da aprovação do Relatório e Contas do ano anterior. Podemos afirmar que todas as empresas do Grupo EDA obtiveram bons resultados em 2018, apesar de ter havido substanciais aumentos de custos com pessoal devido à recuperação integral das carreiras, efetivada a partir de janeiro de 2018, a um conjunto vasto de reenquadramentos efetuados, à criação de um novo escalão para as carreiras mais longas e ainda devidoà admissão de novos trabalhadores.É de realçar que a aplicação dos acordos de empresa na GLOBALEDA, EDA Renováveis e SEGMA originaram também aumentos significativos de custos com o pessoal.

Com a entrada em pleno da Central Geotérmica do Pico Alto, em 2018, a EDA Renováveis melhorou significativamente os seus resultados, passando a ser a empresa que mais contribui para os resultados finais do Grupo EDA.

Gostaria de agradecer a todos os trabalhadores do Grupo EDA, a todas as suas chefias e aos colegas de Administração das diversas empresas o empenho e a dedicação demonstrados, ao longo do ano de 2018. Somos a maior empresa da Região Autónoma dos Açores, temos orgulho disso, mas queremos ser também a empresa dos Açores que melhor serviço presta aos seus clientes. Estamos inseridos numa região arquipelágica, com novos centros produtores e com nove

a terminar os estudos para as ilhas de São Miguel e Santa Maria, onde iremos proceder de forma análoga. Contamos ir progressivamente alargando este processo a todas as ilhas dos Açores, não só para aumentar a fiabilidade e a qualidade do fornecimento de energia aos nossos clientes, como também para permitir o aumento da penetração de energia renovável na rede elétrica.

Por outro lado, já lançámos os concursos públicos para adquirir as válvulas e as tubagens necessárias aos novos furos geotérmicos que pretendemos realizar em São Miguel e Terceira. Contamos, no final deste semestre, lançar o concurso público para a realização dos novos furos na Mata do Botelho, Pico Vermelho e no campo geotérmico da Ribeira Grande, ilha de São Miguel, e no campo geotérmico do Pico Alto,

redes isoladas que só por si nos colocam enormes desafios. O nosso clima, por vezes agreste no inverno, e a nossa geografia obrigam-nos a custos elevados de investimento e de manutenção, em termos de centrais e de redes elétricas, para não falar de custos acrescidos com pessoal.

O apagão que ocorreu em São Miguel, em janeiro passado, que colocou toda a ilha às escuras, durante pouco mais de uma hora teria sido facilmente evitado no Continente porque aí a rede é alimentada por diversos centros eletroprodutores e para além disto está ligada a Espanha. Não temos em nenhuma ilha um equipamento alternativo à central térmica que nos garanta o fornecimento ininterrupto de energia. Quando há a falha de um grupo térmico, como as fontes renováveis não são capazes de colocar na rede de imediato mais energia, há deslastres de linhas, ou, num caso extremo, um apagão geral.

Para reduzir estas ocorrências estudamos um sistema de baterias que permita suprir a saída intempestiva do maior grupo térmico de cada central e que esteja permanentemente em rede. No caso da ilha Terceira será um sistema de baterias de 15 MW de potência e 10,5 MWhora de capacidade, que permitirá suprir a saída brusca do grupo térmico de 12 MW durante o tempo necessário para colocar outro em paralelo. Contamos no próximo mês lançar o concurso público para aquisição e montagem deste equipamento. Estamos, também,

“(…) a EDA Renováveis melhorou significativamente os seus resultados, passando a ser a empresa que mais contribui para os resultados finais do Grupo EDA.”

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ilha Terceira, com vista a ampliar a produção geotérmica nestas duas ilhas. Com estas ampliações, e com o sistema de armazenagem por baterias que iremos adquirir, poderemos atingir valores superiores a 60% de penetração de renováveis nas respetivas redes elétricas.

As centrais hídricas da Nasce d’Água, São João de Deus e Cidade foram reabilitadas e encontram-se em funcionamento. Trata-se de um património histórico que foi recuperado e é mais uma fonte de energia renovável que entra na rede nas horas de maior consumo, dado que estas hídricas têm armazenagem suficiente para guardar a água, durante o período do vazio.

Muito em breve estarão a funcionar as experiências piloto realizadas nas cidades de Ponta Delgada

e Lagoa com os designados “contadores inteligentes”, que permitem a contagem direta dos consumos utilizando a rede elétrica para a própria transmissão de dados. Até ao final do ano iremos

analisar a fiabilidade deste sistema de

comunicações, com vista à expansão para todos os nossos clientes.

Depois de um período de teste com

Duarte Ponte

Presidente do Conselho de Administração da EDA - Electricidade dos Açores, S. A.

luminárias LED de diversos fabricantes, temos vindo a prosseguir a campanha de substituição das luminárias de vapor sódio por luminárias LED. São mais eficientes, a qualidade da iluminação é boa, satisfaz os nossos clientes e reduzimos deste modo a nossa pegada de carbono.

O ano de 2019 encerra enormes desafios, especialmente para a EDA e para a EDA Renováveis. As outras empresas do Grupo têm também metas importantes a atingir. Queremos, pois, como Grupo continuar a criar riqueza, melhorar o nosso serviço e manter um excelente relacionamento com os nossos trabalhadores e especialmente com

os nossos clientes. o

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SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

Fernando Henriques | Diretor do Planeamento e Análise de Investimentos Direitos Reservados

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A poluição ambiental, a limitação dos recursos naturais e as alterações climáticas são algumas questões importantes para todos os cidadãos a nível mundial. Fruto da preocupação crescente com o futuro do planeta e da humanidade, têm vindo a ser estabelecidos acordos e criadas agendas políticas no sentido de se estabelecer metas e objetivos que permitam, entre outros, reduzir os níveis de poluição e preservar os recursos. Em 2015 foi criada pelas Nações Unidas a Agenda 2030 para um Desenvolvimento Sustentável, que prevê que sejam tomadas diversas medidas, tais como a garantia da proteção do planeta e dos seus recursos naturais. Nesse mesmo ano foi alcançado o Acordo de Paris, onde governos de todo o mundo acordaram em manter o aumento da temperatura média mundial bem abaixo dos 2°C em relação aos níveis pré-industriais e em envidar esforços para limitar o aumento a 1,5°C, que a União Europeia assinou e ratificou em 2016.

O setor da energia é o principal responsável pela emissão de gases com efeito de estufa (GEE) para a atmosfera e, consequentemente, pelas alterações climáticas e pelo aquecimento global, pelo que as políticas climática e energética não podem estar dissociadas. A União Europeia tem vindo a estabelecer, desde 2007, metas quantitativas para a redução da emissão de GEE nos horizontes 2020, 2030 e 2050, com vista a uma redução

progressiva até 2050. O pacote “Energia e Clima 2020” define, como metas principais, a redução de 20% nas emissões de GEE (em relação aos níveis de 1990), 20% da energia consumida na União Europeia proveniente de fontes renováveis e 20% de melhoria na eficiência energética.

Atualmente, está a ser preparado em Portugal, em linha com os restantes países da União Europeia, um Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (PNEC 2021-2030), que estabelecerá as metas, os objetivos e as linhas de atuação necessárias para que sejam atingidas as metas europeias. Este Plano estabelecerá diversos objetivos nacionais, entre os quais, os para as emissões de GEE, energias renováveis e eficiência energética. Para a descarbonização estão previstas diversas linhas de atuação, uma das quais para a promoção da descarbonização do

sistema eletroprodutor. No reforço da aposta nas energias renováveis e redução da dependência energética são identificadas variadas linhas de atuação, entre as quais, as que visam acelerar a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis de energia e incentivar I&D&I (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) no domínio do armazenamento. Em termos de garantia da segurança de abastecimento estão previstas, entre outras, linhas de atuação no sentido de reforçar a diversificação de fontes endógenas de energia, de promover os sistemas de armazenamento, e incentivar I&D&I nos sistemas inteligentes de gestão de energia e novas infraestruturas.

Ao nível da Região Autónoma dos Açores está a ser elaborada a Estratégia Açoriana para a Energia 2030 (EAE 2030), que procura definir trajetórias de transição energética para >

sistemas de armazenamento

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a Região, sem descurar três objetivos fundamentais na política energética: a segurança de abastecimento, a acessibilidade dos preços e a minimização de impactos ambientais. São identificadas três fases de análise quantitativa da transição energética em cada ilha: redução do consumo, eletrificação e descarbonização. A transição energética requer a descarbonização da produção de energia elétrica, uma vez que cerca de 40% dos produtos petrolíferos consumidos na RAA se destinam à produção de energia elétrica. São apontadas soluções, como a substituição das centrais a fuel e a gasóleo pelo aproveitamento de fontes renováveis de energia primária e a produção combinada de calor e eletricidade, e o recurso sistémico a meios de armazenamento de energia. As modernas tecnologias de armazenamento de energia e de digitalização de redes de energia

elétrica são apontadas como potenciadores de uma gestão eficiente dos sistemas elétricos isolados das várias ilhas, e da acomodação da intermitência da produção eólica e solar.

Todas as metas que têm vindo a ser estabelecidas com vista à descarbonização da economia e ao aumento dos consumos de energia proveniente de fontes renováveis são exigentes, impondo uma alteração significativa no modo como utilizamos a energia. O desenvolvimento do aproveitamento da energia proveniente de fontes renováveis tem incidido sobretudo na produção de energia elétrica, pelo que uma das formas de transferir o consumo para a energia proveniente de fontes renováveis passa pela eletrificação dos consumos energéticos (ex: veículos elétricos, eletrificação do aquecimento de águas

sanitárias) e pelo aumento da quota de produção de energia elétrica a partir de recursos renováveis. Por outro lado, é necessário conter o aumento dos consumos energéticos que se tem vindo a verificar ao longo da história, com a industrialização, a evolução tecnológica e o aumento demográfico, através do aumento da eficiência energética de processos e equipamentos.

O setor da energia desempenha um papel fundamental na promoção do bem-estar dos cidadãos e no desenvolvimento económico. A evolução tecnológica tem tornado o papel do setor elétrico cada vez mais preponderante, aumentando a exigência sobre o nível de serviço prestado no fornecimento de energia, em termos de fiabilidade e qualidade. A tendência futura, com a aposta na eletrificação dos consumos energéticos, será a da continuação do aumento do grau de exigência.

O aumento da integração de produção renovável no setor elétrico, com vista à descarbonização da economia e ao aumento da independência energética, está a atingir níveis que exigem o recurso a soluções auxiliares que permitam a sua integração com o menor desperdício, e que garantam a qualidade de serviço técnica no fornecimento de energia ao cliente final. A integração de produção renovável a partir de recursos

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mais estáveis, de potência garantida, como os recursos hídricos ou geotérmicos, permite assegurar um determinado nível de produção que preenche a base do diagrama de cargas, reduzindo a produção térmica convencional assegurada nas ilhas por unidades a diesel (que utilizam combustíveis do tipo gasóleo e/ou fuelóleo). No entanto, introduz uma menor capacidade de despacho ao sistema eletroprodutor e de reação face a desequilíbrios entre a produção e a carga do sistema, quando comparada com a produção convencional térmica assegurada por grupos geradores a diesel. A integração de produção renovável a partir de recursos intermitentes, como sejam o eólico e o solar, não só não é considerada despachável, por ter a sua capacidade de produção condicionada pela disponibilidade do recurso, como introduz maiores perturbações ao nível do sistema elétrico devido à sua intermitência.

Surgem então novos desafios, com a redução da produção térmica convencional, que serve de suporte a diversos serviços de sistema (serviços auxiliares, para além da produção e distribuição de energia, necessários para o fornecimento de energia; servem de suporte à estabilidade e segurança do sistema elétrico), com a introdução de um maior grau de imprevisibilidade e variabilidade na produção e com o aumento da dificuldade em conciliar as variações na capacidade de produção com as das necessidades de consumo. Torna-se necessário introduzir uma maior flexibilidade na ação do sistema eletroprodutor, que pode ser assegurada pela conjugação de diversas soluções, onde a introdução de sistemas de armazenamento de energia surge em destaque. No caso de micro redes isoladas, são necessários sistemas que sejam capazes de proporcionar respostas rápidas e efetivas, e os sistemas de armazenamento de energia em

baterias (Battery Energy Storage Systems - BESS) apresentam vantagens em termos de capacidade de controlo e tempos de atuação. Dentro dos sistemas de armazenamento de energia em baterias, a tecnologia de baterias de iões de lítio é a que se apresenta atualmente como tecnologia dominante nos mercados, suportada por economias de escala que têm vindo a reduzir o seu preço (apresentou uma redução de 80% de 2010 a 2017), e deverá manter essa posição pelo menos a médio prazo, enquanto as tecnologias alternativas que estão a ser desenvolvidas não atingirem a maturidade.

Existem diversas aplicações para os sistemas de armazenamento de energia em baterias, tais como a regulação de frequência (consumir e injetar potência de modo a manter a frequência da rede dentro de certos limites), a injeção de energia reativa e suporte de tensão (injetar energia reativa para regular >

sistemas de armazenamento

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a tensão da rede), a substituição de reserva girante (manter uma certa quantidade de energia que pode ser injetada rapidamente na rede face a perdas de produção), a supressão de flutuações (alisar a emissão de energia evitando variações rápidas de tensão e oscilações de potência na rede), o controlo da rampa de descida de produção (limitar as variações da produção intermitente, eólica ou fotovoltaica), a transferência de carga (carregar durante os períodos de menor consumo e injetar essa energia em horas de maior consumo), a redução da ponta (injetar potência nas horas de maior consumo de modo a reduzir a carga do sistema), entre outras.

Os sistemas de armazenamento de energia em baterias são mais versáteis na sua operação que os grupos geradores térmicos, pela rapidez de atuação, operação precisa e possibilidade de alternar

entre a injeção e a absorção de potência. Apresentam ainda a vantagem de serem soluções de armazenamento modulares, com prazos curtos de implementação. No entanto, apresentam desvantagens, tais como introduzirem perdas com o processo de carga/descarga, terem a sua capacidade de consumo e de emissão de energia sempre condicionada pelo seu estado de carga e estarem limitados à sua capacidade útil de armazenamento, que sofre uma degradação ao longo do tempo. Com vista a que se minimize a degradação da capacidade das baterias e se prolongue o seu tempo de vida útil, procura-se condicionar a sua operação em termos de níveis de carga a que trabalham (manter dentro de uma gama “confortável”), do número de ciclos de operação e dos níveis de descarga a que são sujeitas.

Existem inúmeros projetos ligados ao armazenamento por todo o mundo, que podem ser consultados na Global Energy Storage Database do Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos da América (EUA), que já totalizam cerca de 186 GW instalados, nos quais as centrais hídricas reversíveis (aplicações de elevada energia) representam cerca de 97% da capacidade instalada. O armazenamento com baterias totaliza atualmente cerca de 2,5 GW / 5 GWh, onde se estima que as baterias de iões de lítio representem cerca de 70% desse valor. De acordo com a Bloomberg New Energy Finance, o preço das baterias deverá reduzir em 67% até 2030 e a potência mundial dos sistemas de baterias deverá aumentar até 2050 em 1.291 GW (40% dos quais ao nível dos clientes). Um estudo recente da Fraunhofer Society aponta para que o mercado global de sistemas de armazenamento de energia em baterias venha a crescer a uma taxa entre 18 e 36% ao ano e seja dominado por baterias de iões de lítio.

Apesar de todas as aplicações e vantagens que um sistema de armazenamento de energia em baterias pode trazer para um sistema elétrico, existe alguma dificuldade em tornar o seu investimento viável, por ainda representar um custo elevado, não produzir energia, introduzir

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alguma ineficiência e ter um tempo de vida útil limitado. Atualmente, por razões económicas, os sistemas de armazenamento em baterias são sobretudo aplicados para introduzir capacidade de armazenamento associada à prestação de serviços de sistema (ex: regulação de frequência e reserva girante). A sua aplicação para nivelamento da carga (ex: transferência de carga e redução da ponta) poderá vir a tornar-se mais atrativa a longo prazo, com a progressiva redução dos seus custos e extensão da sua vida útil.

A principal aplicação de sistemas de armazenamento em baterias tem vindo a ser realizada ao nível da regulação de frequência (cerca de 60%). Na Europa, existem diversos projetos ligados ao mercado da regulação de frequência, para suporte à estabilidade da rede que tem vindo a ser colocada em causa com a integração massiva de produção renovável intermitente, como são exemplo os projetos WEMAG-Schwerin e ENERCON-Feldheim, na Alemanha, EON-Blackburn Meadows e EDF-West Burton, no Reino Unido. Outros projetos têm sido implementados ao nível de centrais termoelétricas para atribuir uma maior flexibilidade à operação, melhorar a eficiência e reduzir o desgaste dos equipamentos, como são exemplo os projetos SCE-California nos EUA, AES-Kilroot na Irlanda do Norte e ABB-Yangguang na China, onde os geradores convencionais garantem a energia

e a reserva estática, enquanto que os sistemas de baterias tornam-se nos principais responsáveis pelo controlo de tensão e frequência e pela reserva girante. Existem ainda outros projetos com outras aplicações, merecendo destaque os projetos de maior escala, relacionados com a fiabilidade e qualidade do fornecimento de energia, como o ABB-Fairbanks no Alaska e o Tesla-Hornsdale na Austrália.

Nas diversas ilhas onde já foram implementados projetos com sistemas de armazenamento de energia em baterias, têm sido atribuídas diversas aplicações a estes sistemas, todas com vista a permitir integrar energia renovável intermitente, melhorar a operação das máquinas térmicas e melhorar a qualidade da energia. Como exemplo, temos os projetos desenvolvidos nas ilhas de Sint Eustatius, Bonaire, Martinique, Robben, La Réunion, Kauai, Molokai, Faroe, Kodiak, Hokkaido, Gran Canaria e Ventotene. Estes projetos têm demonstrado que a aplicação mais lucrativa dos sistemas de armazenamento de energia em baterias nas ilhas é muitas das vezes a substituição da reserva girante. Esta será a aplicação mais adequada para permitir introduzir uma maior quota de produção renovável a partir de recursos intermitentes com o auxílio de sistemas de armazenamento em baterias, até que se torne viável a instalação de sistemas de armazenamento desta

natureza com elevada capacidade para aplicações de transferência de carga.

O armazenamento de energia não é um tema novo na EDA, que tem vindo a acompanhar e promover diversos estudos relativos à implementação de sistemas de armazenamento, quer sistemas de elevada energia como é o caso de centrais hídricas reversíveis, quer sistemas de resposta rápida e precisa como é o caso de sistemas de baterias. Esta empresa tem ainda acompanhado o projeto que está a ser desenvolvido na ilha Graciosa, por uma entidade externa, de um sistema de produção híbrido com base em recursos intermitentes suportado por um sistema de armazenamento de energia em baterias. Nos anos de 2005 e 2006 foi implementado pela EDA um projeto com sistemas do tipo flywheels de 350kW/5kWh nas ilhas das Flores e Graciosa, que teve como objetivo a introdução de reserva girante e inércia nesses sistemas para permitir aumentar a integração de energia eólica e melhorar a qualidade de energia nos mesmos.

Nos últimos anos, a EDA tem estudado, com a colaboração de entidades externas, possíveis sistemas de armazenamento de energia elétrica para três ilhas do arquipélago: Santa Maria, São Miguel e Terceira. No ano passado foi concluído para a ilha Terceira um estudo de dimensionamento de um >

sistemas de armazenamento

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sistema de armazenamento de energia em baterias que permitisse retirar, em diversos períodos, um grupo térmico de funcionamento e, desta forma, permitir a injeção direta na rede de uma maior parcela de energia renovável, bem como contribuir para a estabilidade do sistema elétrico. Este ano irão ser concluídos outros dois estudos, um para a ilha de Santa Maria e outro para a ilha de São Miguel. Pretende-se, com base nos resultados destes estudos, e com o apoio de financiamento comunitário, avançar com investimentos em sistemas de armazenamento de energia que permitam, com o suporte de sistemas de controlo inteligentes do sistema eletroprodutor, e com o aumento do potencial de produção renovável, aumentar a quota de produção de energia elétrica a partir de recursos renováveis, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis e as emissões de CO2 na Região.

Neste momento, as aplicações que estão a ser consideradas para os sistemas de armazenamento de energia nos Açores são as que permitem integrar uma maior parcela de renováveis sem ter de se utilizar em demasia as funções de carga e descarga do sistema de armazenamento (de modo a não aumentar em sobre demasia a dimensão do sistema de armazenamento e a ineficiência na integração da energia),

evitar a necessidade de ligação de grupos térmicos (substituir reserva girante), e colaborar na regulação da frequência, reduzindo os esforços exigidos às máquinas térmicas pela variação da carga ou da produção renovável a partir de fontes intermitentes e melhorando a qualidade de serviço. O desafio técnico da implementação destes sistemas reside atualmente, não na sua instalação, mas na sua especificação e na sua integração nos sistemas de gestão e controlo dos sistemas elétricos e na operacionalização das suas diversas funcionalidades, sobretudo em sistemas menos robustos como é o caso das micro redes existentes nas ilhas da Região.

As ilhas de São Miguel e Terceira, por possuírem centrais geotérmicas, apresentam vantagens face às restantes ilhas, não só pela sua produção ser mais estável e garantida facilitando a sua integração no sistema, mas também pelo facto das suas máquinas síncronas contribuírem com inércia e com potência de curto-circuito, contribuindo, ainda que de forma limitada, para a estabilidade e segurança da rede. Pretende-se que os sistemas de armazenamento de energia que venham a ser instalados permitam saturar a Central Geotérmica da Ribeira Grande até 13 MW, ampliar a Central do Pico Vermelho em mais de 5 MW e expandir a Central Geotérmica do Pico Alto

para 10 MW, obtendo nas ilhas de São Miguel e Terceira, que representam perto de 80% do consumo de energia elétrica dos Açores, taxas de penetração de renováveis acima dos 60%.

Nas restantes ilhas, com exceção da ilha das Flores que possui um elevado potencial hídrico, os recursos renováveis disponíveis são sobretudo o eólico e o solar, pelo que será um maior desafio atingir valores anuais significativos de produção renovável, tendo em conta que estes recursos apresentam uma elevada variabilidade e imprevisibilidade e sazonalidade. A título de exemplo, pode-se atingir numa destas ilhas uma produção de cerca de 50% de energia eólica num dia, mas no período de um ano apenas se atinge cerca de 15% de quota de produção eólica. Para se atingir valores elevados de quotas de produção renovável em sistemas onde esta produção provém sobretudo de recursos intermitentes, terá de se contar não só com o apoio de sistemas de armazenamento de energia, mas também com um sobredimensionamento da capacidade de produção a partir destes recursos, com o consequente “desperdício” (curtailment) de uma pequena parcela da sua capacidade de produção, para que se possa reduzir significativamente a produção térmica. Temos como exemplo o projeto que está a ser

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EDA iNFORMA 13

desenvolvido na ilha Graciosa, em que foi instalado, para além do sistema de armazenamento da “Central de Baterias”, um sistema eletroprodutor renovável, constituído por um parque eólico e um fotovoltaico, com uma capacidade instalada cerca de duas vezes superior à ponta máxima de produção registada na ilha, com o objetivo de se atingir uma quota anual de produção renovável de 65%.

A Empresa de Electricidade da Madeira (EEM) também está a avançar com este tipo de projetos no Arquipélago da Madeira. No ano passado, lançou um concurso para a instalação e integração de um sistema de armazenamento de energia em baterias no sistema elétrico da ilha do Porto Santo, com uma potência líquida mínima de injeção na rede de 4 MW e uma capacidade de armazenamento mínima de 3 MWh, para viabilizar uma maior penetração das energias renováveis na rede elétrica e atenuar as perturbações da produção de energia de origem eólica e solar fotovoltaica na rede elétrica. No início deste ano, lançou um novo concurso para a instalação e integração de um sistema da mesma natureza na ilha da Madeira, com uma potência líquida mínima de 15 MW e uma capacidade mínima de 10 MWh.

As tecnologias de armazenamento, que eram

originariamente aplicadas como soluções de grande escala para tirar proveito de recursos de produção despacháveis perante um consumo variável, com a crescente importância na descarbonização dos sistemas energéticos têm vindo a evidenciar o seu potencial no aumento da eficiência no aproveitamento de recursos e no apoio à crescente integração de fontes renováveis intermitentes. Prevê-se que o armazenamento de energia tenda a desempenhar um papel cada vez mais importante ao nível dos serviços de sistema, devido às diversas aplicações que pode disponibilizar, quer seja em grande ou pequena escala.

A tendência futura aponta para uma descentralização da produção e dos serviços

de sistema, com um aumento da integração de produção distribuída, com a eletrificação de consumos energéticos, alguns dos quais com capacidade de armazenamento de energia, e com os consumidores a tornarem-se agentes ativos do sistema elétrico (“prosumidor”: produtor + consumidor) dotados de capacidade de produção e de gestão do consumo, aumentando a complexidade da gestão das redes, que será suportada por um processo de digitalização da indústria energética. A integração de sistemas de armazenamento de energia em baterias nos sistemas elétricos da Região, para serviços de sistema e de apoio à integração de renováveis, será apenas um primeiro passo no sentido das mudanças significativas que se adivinham para o setor elétrico. o

sistemas de armazenamento

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PLANO REGIONAL DE EMERGÊNCIADE PROTEÇÃOCIVIL DOS AÇORES

EDA iNFORMA14

A EDA NA PROTEÇÃO CIVIL

A Região Autónoma dos Açores, pelas suas caraterísticas específicas geológicas e geográficas, é uma zona suscetível a uma maior incidência de ocorrências de alguns tipos de acidentes graves e/ou catástrofes de origem natural e/ou tecnológica. Com o objetivo de enfrentar estes potenciais riscos, foi criado um

Plano Regional de Emergência de Proteção Civil dos Açores, que constitui assim um instrumento de atuação nestas situações.

No âmbito deste Plano Regional, os agentes de Proteção Civil, organismos e entidades de apoio estão sujeitos a um conjunto de responsabilidades que visam

PARTICIPAÇÃO DO GRUPO EDA ENQUANTO ENTIDADE DE APOIO LOGÍSTICO ÀS POPULAÇÕES

Isabel Barata

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EDA iNFORMA 15a eda na proteção civil

criar as condições favoráveis ao rápido, eficiente e coordenado reforço no apoio e assistência, tanto na resposta imediata a uma contingência e recuperação a curto prazo, como na implementação de medidas que visam minimizar os efeitos de catástrofes eminentes.

As entidades e/ou organismos com competência na área da Energia, têm como responsabilidades o apoio no reforço da distribuição de energia, o apoio nas operações de reabilitação das redes de energia e o apoio técnico na definição e estabelecimento de prioridades dos serviços a alimentar em caso de emergência, bem como na alocação de eventuais geradores de emergência móveis.

Concretamente, no caso da Electricidade dos Açores, estão atribuídas responsabilidades quanto à disponibilização de equipas de intervenção próprias para garantir o fornecimento de energia elétrica em segurança, a disponibilização e operação de geradores móveis, de redes de comunicação rádio de voz para uso partilhado e a disponibilização de equipas de intervenção próprias e de empreiteiros para reporem a normalidade do fornecimento de energia elétrica.

Recorde-se que o sistema elétrico da Região é constituído por 9 sistemas independentes, um por

cada ilha do arquipélago. Assim, no âmbito da sua participação no Plano Regional de Proteção Civil dos Açores, e enquanto entidade interveniente no apoio logístico às populações, a EDA dispõe de recursos e meios, materiais e humanos, em cada ilha, a que recorre em situação de emergência. Também, em todas as ilhas, estão identificados colaboradores responsáveis pelas áreas de produção e de transporte e distribuição de energia elétrica.

Para além da identificação destes responsáveis, estão ainda disponíveis, junto das entidades coordenadoras da Proteção Civil, contactos dos Centros de Condução de cada um dos sistemas, mais conhecidos por Despachos.

Os meios materiais a disponibilizar em situação de necessidade compreendem pelo menos um Grupo Gerador de Emergência em cada uma das ilhas (no que respeita ao Corvo, existe redundância para o efeito nas Flores) além de outros materiais como cabos, disjuntores e equipamentos de pesquisa e reparação de avarias diversas, nas redes e centrais.

No que respeita aos meios humanos, o grupo dispõe de equipas multidisciplinares que podem ser ativadas para atuarem

nas centrais e redes em situações de catástrofe, bem como da possibilidade de recurso a mão de obra externa, caso se justifique.

Felizmente não se verificaram, no passado recente, situações que implicassem a ativação deste plano a nível regional. Contudo, quer a realização anual de simulacros, quer as raras ocorrências que ativaram planos a nível municipal, permitem atestar a capacidade da empresa e dos meios que afeta, na cabal resposta às necessidades logísticas das populações. Assim, tem sido assegurado o rápido restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em casos de emergência em que o serviço é suprimido por razões de força maior. o

“(…) o grupo dispõe de equipas multidisciplinares que podem ser ativadas para atuarem nas centrais e redes em situações de catástrofe (...)"

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EDA iNFORMA16

SABIA QUE?

Desde a assinatura do primeiro contrato de fornecimento de energia elétrica, ocorrida a 3 de março de 1899 entre a Câmara Municipal de Vila Franca do Campo e o Engenheiro José Cordeiro, um dos primeiros contratos do género estabelecidos em Portugal, muitas alterações ocorreram na metodologia de estabelecimento dos preços da energia elétrica nos Açores.

Naqueles primórdios da eletrificação, quando a energia elétrica era utilizada apenas na iluminação, o preço era, sobretudo, fixado por

avença. Foi assim que, no referido contrato com o Engenheiro José Cordeiro, foi acordado um valor fixo anual pelo consumo da iluminação pública, a suportar trimestralmente pela Câmara, e, para os particulares, para além da modalidade de avença, também a possibilidade de instalação de contador, conforme se lê no seu Artigo 8º:

“O concessionario obriga-se a fornecer a luz dos particulares por meio de avença ou contadores, empregando lampadas da intensidade luminosa de 5, 10 e 16 vélas. Todos os pagamentos

dos particulares serão feitos mensalmente.

§1º O preço da avença anual não poderá ser superior a 10$000 réis por cada lampada de 16 vélas, 8$000 réis por cada lampada de 10 vélas, e 5$000 réis por cada lampada de 5 vélas, ou progressivamente. O preço do hecto-watt-hora, logo que se empregue contador, não poderá exceder 20 réis, pagando o consumidor alem do seu consumo, o aluguer mensal do contador, estabelecido pelo concessionario de acordo com a camara.”

Francisco Botelho | Assessor do Presidente do Conselho de AdministraçãoArquivo EDA

OS PREÇOS DA ENERGIA ELÉTRICA NOS AÇORES

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EDA iNFORMA 17sabia que?

Com o enorme sucesso da eletricidade e a sua utilização crescente em muitas outras atividades, domésticas e empresariais, os tarifários e métodos de contagem também foram evoluindo ao longo do século XX. Quando a EDA é criada, em 1980, já se encontrava generalizada a existência de contadores e preços de venda com uma estrutura muito mais complexa e desagregados por nível de tensão (MT – Média Tensão e BT – Baixa Tensão) e usos (domésticos, não domésticos, iluminação de edifícios do Estado, industriais, iluminação publica).

PREÇO MÉDIO DE VENDA (CENT€/kWh)(PREÇOS CORRENTES)

0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.00

16.00

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20.0019

8219

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18 -

Baixa Tensão Média Tensão

GRÁFICO 1

Conforme se pode observar no Gráfico 1, durante alguns anos verificou-se a inexistência de correlação entre os preços praticados por nível de tensão e a correspondente estrutura de custos, verificando-se mesmo situações de preços médios de venda em BT da mesma ordem de grandeza e até inferiores aos de MT. Nesse tempo, em que os preços eram fixados pela tutela da EDA e não, como hoje, por uma entidade reguladora independente, importava sobretudo minimizar o impacto dos preços da eletricidade em alguns setores, como o

doméstico, mantidos assim artificialmente baixos à custa das atividades económicas. Isto é, naquela época, os preços estavam essencialmente associados aos usos da eletricidade e a princípios de avaliação política e não ao custo eficiente do seu fornecimento no nível de tensão de cada cliente.

Determinante para a alteração da situação de desfasamento relativo dos preços da energia elétrica em relação aos respetivos custos foi a decisão, também política, de convergência dos preços >

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EDA iNFORMA18

entre as Regiões Autónomas e o Continente, na sequência da qual o tarifário passou a ser desagregado e calculado de acordo com critérios essencialmente técnicos e económicos, tendo como referência a realidade do sistema elétrico nacional e as especificidades regionais.

Em Portugal, ao contrário do que ocorria em outros países europeus que integram ilhas, como Espanha, França ou Grécia, onde os preços da eletricidade

eram idênticos em todo o território, existiam preços muito diferentes entre os Açores, a Madeira e o Continente. No final de 1997, o preço médio total de venda nos Açores era 39% superior ao do Continente e a EDA apresentava resultados próximos de zero.

Assim, em 1998, após negociação e assinatura de um Protocolo entre os Governos dos Açores e da Madeira e o Governo da República, iniciou-se o processo de harmonização tarifária, tendo

PREÇO MÉDIO DE VENDA (CENT€/kWh)(PREÇOS CONSTANTES DE 2018)

GRÁFICO 2

0.00

5.00

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2018

-

Baixa Tensão Média Tensão

os nossos preços beneficiado de um desagravamento de cerca de 25% nos primeiros dois anos (4% em 1 de janeiro de 1998, 6% em 1 de julho de 1998, 5% em 1 de abril de 1999 e 10% em 1 de março de 2000). Para o efeito, a EDA foi compensada através do Orçamento Geral do Estado pela respetiva perda de receita, com base num modelo de cálculo de sobrecustos desenvolvido por uma equipa de técnicos regionais e continentais, liderada pela então Direção Geral de Energia.

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Todavia, constatando-se os enormes constrangimentos que se colocavam na opção do Orçamento Geral do Estado como origem das compensações, com a publicação do Decreto-Lei n.º 69/2002, de 25 de Março, a partir de 2003 o setor elétrico das Regiões Autónomas passou a ser abrangido pela regulação da ERSE (atual Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos). Deste modo, os preços e compensações passaram a ser calculados e assumidos no âmbito da regulação nacional, com a estrutura de preços refletindo os custos eficientes de Portugal continental e os sobrecustos dos sistemas elétricos insulares repartidos por todos os consumidores nacionais de eletricidade.

Desde então, concluído o processo de convergência dos preços e vigorando um sistema estável de compensação dos sobrecustos das empresas das Regiões Autónomas, a análise do Gráfico 2, onde se encontram representados os preços da eletricidade praticados desde o ano de 1982 até novembro de 2018, corrigidos do Índice de Preços no Consumidor nos Açores, permite constatar a significativa redução real verificada nos últimos 35 anos. É particularmente significativo o desagravamento ocorrido a nível da MT, onde se integram as principais

atividades económicas, que atingiu os 35%, mas mesmo a nível da BT, onde se situam os consumos das famílias, anteriormente beneficiados por preços subsidiados pela MT, também se verificou uma importante diminuição real de 16% em relação ao valor máximo atingido naquele período. Uma análise do impacto na economia regional da uniformização tarifária nacional iniciada em 1998, através das compensações recebidas pelos nossos sobrecustos, aponta para um benefício acumulado, até à data, de cerca de mil milhões de euros.

Mas se, hoje, a estrutura do nosso sistema tarifário assenta em princípios que refletem muito melhor a configuração real do sistema elétrico nas suas diversas atividades, apresentando uma combinação de preços fixos e de preços variáveis que resultam da existência de custos de investimento e de custos de exploração variáveis bem definidos, a verdade é que se avizinham profundas alterações. As políticas de descarbonização da economia implicarão uma eletrificação crescente dos consumos energéticos, com a produção de eletricidade cada vez mais assente em fontes renováveis, onde os custos variáveis são quase inexistentes. E sem custos variáveis, os preços da eletricidade tenderão

"Desde então, concluído oprocesso de convergência dospreços e vigorando um sistemaestável de compensação dossobrecustos das empresas dasRegiões Autónomas (...) permite constatara significativa redução realverificada nos últimos 35 anos."

sabia que?

a refletir somente custos fixos, perspetivando-se um futuro com tarifários sem componente variável, onde os consumidores só pagam um determinado preço fixo pela potência contratada e podem consumir o que quiserem, numa lógica semelhante à que já temos nas telecomunicações. o

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SUSTENTABILIDADE

FORMAÇÃO SOBRE SUSTENTABILIDADEEm 2017, foi publicado o Decreto--Lei nº 89 relativo à divulgação de informações não financeiras e de informações sobre a diversidade por grandes empresas e grupos, transpondo a Diretiva 2014/95/EU e orientações sobre a comunicação de informações não financeiras.

A aprovação desta diretiva e a sua aplicação à realidade nacional decorre de preocupações com a sustentabilidade pela parte das instituições europeias e dos seus estados membros. Afirma-se, assim, a convicção de que as grandes empresas e grupos empresariais devem promover o desenvolvimento económico e a retribuição dos seus acionistas, mas também concorrer para o desenvolvimento sustentável da sociedade, nomeadamente em termos sociais, ambientais e de governação.

Por outro lado, está evidenciado que as empresas com boas práticas

Isabel BarataMarina Henrique | Direitos Reservados

EDA iNFORMA20

de sustentabilidade apresentam melhores desempenhos. Assim, a gestão dos riscos de sustentabilidade, tais como os riscos de compliance (como riscos operacionais, compliance regulatório, risco reputacional e licenças para operar), de eficiência operacional (redução do impacto direto, redução de custos e eco-eficiência), de crescimento (nomeadamente de relacionamento com partes interessadas e colaboradores) e de liderança,

promovem vantagens estratégicas e criação de valor.

Esta nova legislação reflete 17 objetivos globais para 2030, que abordam as principais questões de sustentabilidade. Estes objetivos correspondem a um compromisso voluntário formalizado na Cimeira das Nações Unidas em Nova Iorque, tendo Portugal sido um dos 193 países a assumir o compromisso, a 25 de setembro de 2015.

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Os passos que devem ser adotados pelas empresas para alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são:

- Identificar os objetivos mais relevantes face à natureza das atividades desenvolvidas e locais de operação, considerando toda a cadeia de valor;

- Identificar a metodologia para medição do impacto da empresa nos objetivos de desenvolvimento sustentável;

- Compreender os impactos positivos e negativos;

- Compreender as prioridades do Governo;

- Priorizar estes objetivos em termos de necessidade de intervenção;

- Rever a estratégia em alinhamento com os objetivos de desenvolvimento sustentável, identificando iniciativas a desenvolver e objetivos a atingir;

- Monitorizar e reportar a estratégia definida e resultados alcançados, demonstrando a contribuição para o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Atendendo que o Decreto Lei n.º89/2017 se aplica à EDA, e atenta à necessidade de ter os seus quadros alinhados não apenas com a necessidade de produção do Relatório de Sustentabilidade, mas também com as preocupações e valores que lhe estão inerentes, >

sustentabilidade

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decorreu no passado dia 21 de fevereiro uma formação ministrada pela PWC subordinada ao tema “Sustentabilidade”. Nesta estiveram presentes as primeiras linhas das empresas do Grupo.

A empresa, no relatório integrado do seu exercício de 2017, passou a cumprir esta nova legislação, incluindo um relatório de sustentabilidade.

Este relatório compreende a demonstração não financeira, elaborada e assinada pelos órgãos de administração da empresa, a informação bastante para uma compreensão da evolução, do desempenho, da posição e do impacto das suas atividades, referentes, no mínimo, às questões ambientais, sociais e relativas aos trabalhadores, à igualdade entre homens e mulheres, à não discriminação, ao respeito dos direitos humanos, ao combate à corrupção e às tentativas de suborno e diversidade nos órgãos de administração e fiscalização (aplicável aos emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado de um Estado-Membro da UE), incluindo:

- Uma breve descrição do modelo empresarial da empresa;

- Uma descrição das políticas seguidas pela empresa em relação a essas questões, incluindo os processos de diligência devida aplicados;

- Os resultados dessas políticas;

- Os principais riscos associados a essas questões, ligados às atividades da empresa, incluindo, se relevante e proporcionado, as suas relações empresariais, os seus produtos ou serviços suscetíveis de ter impactos negativos nesses domínios e a forma como esses riscos são geridos pela empresa;

- Indicadores-chave de desempenho relevantes para a sua atividade específica.

Os relatórios de sustentabilidade, após o dia 1 de julho de 2018, deverão ser elaborados de acordo com os GRI (Global Reporting Initiative) Standards, que são os primeiros standards globais para relatórios de sustentabilidade, desenvolvidos pelo Global Sustainability Standards Board. Estes foram desenvolvidos com o objetivo da sua utilização conjunta, para auxiliar as organizações a preparar os relatórios de sustentabilidade, baseados nos princípios de relato e na materialidade. Estão estruturados

em três standards “universais”, aplicáveis a todas as organizações, e 33 standards específicos para escolha, organizados nas séries Económica, Ambiental e Social.

No Relatório de Sustentabilidade da EDA tem sido feito a análise e reporte quanto às GRI:

- 102 (divulgações gerais): avalia aspetos como o perfil organizacional, a estratégia, a ética e integridade, a governance, envolvimento com as partes interessadas e práticas de reporte;

- 200 (série económica): refere-se ao desempenho económico, presença no mercado, impactos económicos indiretos, práticas de compras, medidas anticorrupção e de concorrência desleal;

- 300 (série ambiental): aspetos materiais, de utilização de energia, água, promoção da diversidade, controlo de emissões, efluentes e resíduos, conformidade ambiental e avaliação ambiental de fornecedores;

(…) AS EMPRESAS COM BOAS PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE APRESENTAM MELHORES DESEMPENHOS.

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Na formação em causa, para além da sensibilização para os objetivos de sustentabilidade que a legislação procura promover, foram ainda abordadas as melhorias que a contribuição de

todos pode conferir em relação ao relatório de sustentabilidade. Foi ainda realizado um exercício de análise crítica e de sugestão de oportunidades de melhoria quanto aos capítulos não financeiros

incluídos no Relatório e Contas de 2017, nomeadamente no que respeita à valorização dos trabalhadores, redução do impacto ambiental, relacionamento com as partes interessadas e inovação. o

- 400 (série social): relativa ao emprego, relações laborais, saúde e segurança ocupacional, formação e educação, diversidade e igualdade de oportunidades,

não discriminação, liberdade de associação, trabalho infantil, forçado, práticas de security, avaliação de direitos humanos, comunidades locais, avaliação

social de fornecedores, políticas públicas, saúde e segurança dos clientes, marketing e rotulagem, privacidade dos clientes e conformidade socioeconómica.

sustentabilidade

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GWh

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GWh

Serv Púb Industriais Ilum Púb Com Serv

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MONITORIZAÇÃO

No ano de 2018, o consumo de energia elétrica na RAA apresentou um crescimento de 1,3%, comparativamente ao ano anterior, perfazendo um total de, aproximadamente, 744,3 GWh.

Verificaram-se crescimentos nos seguintes segmentos de consumo: comércio e serviços (5,5 GWh), consumo doméstico (2,3 GWh), serviços públicos (1,1 GWh) e indústria (1,0 GWh).

No que diz respeito aos serviços públicos, verificou-se um incremento de 1,5% face a 2017. Neste segmento sobressaiu o aumento da procura em atividades de saúde humana(1) (1,0 GWh), nas atividades de ação social(1) (177 MWh), nas atividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras atividades culturais(1) (164 MWh) e nas atividades veterinárias(1) (155 MWh). Em sentido inverso, destaca-se a diminuição da procura nos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais(1)

(-1,1 GWh).

Ao nível do comércio e serviços da Região, que teve um crescimento de 2,2%, as maiores variações positivas verificaram-se no comércio a retalho em estabelecimentos não especializados (inclui supermercados e hipermercados)(1) (1,7 GWh), restaurantes(1) (1,0 GWh), estabelecimentos hoteleiros(1)

Resumo da Procura de Energia Elétrica

ANÁLISE REFERENTE AO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2018

Direção de Planeamento, Controlo de Gestão e Regulação

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(1,0 GWh), manuseamento e armazenamento(1) (829 MWh) e na agricultura(1) (792 MWh). Em contrapartida, as maiores variações negativas verificaram-se na construção de edifícios (no todo ou em parte), engenharia civil(1) (-812 MWh), nos correios e telecomunicações(1) (-746 MWh) e nas instalações especiais (instalação elétrica, obras de isolamento, instalação de canalizações e de climatização, instalações n.e.)(1) (-434 MWh).

O setor da indústria revelou crescimento do consumo face ao ano anterior (0,8%). As maiores variações positivas verificaram-se na captação, tratamento e distribuição de água(1)

(1,3 GWh), na fabricação de alimentos compostos para animais(1) (1,1 GWh) e no abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne(1) (579 MWh). Com tendência inversa, os setores económicos que apresentaram maior decréscimo foram: indústria transformadora da pesca e da aquacultura(1) (-939 MWh), fabricação de pasta(1) (-881 MWh) e indústria do açúcar(1) ( -500 MWh).

EDA iNFORMA 25monitorização

A emissão de energia elétrica no ano 2018 totalizou 794,7 GWh, tendo-se verificado um crescimento de 1,3% comparativamente ao ano transato, sendo 39,2% de origem renovável/endógena e 60,8% de origem térmica.

No mix de emissão predominou a queima de fuelóleo, com 52,7% e a energia geotérmica com 25,7%.

A energia geotérmica apresentou um crescimento de 5,8% em comparação com igual período do ano anterior, representando 25,7% da emissão total da Região, 42,0% da ilha de São Miguel e 10,8% da ilha Terceira.

A energia eólica teve um crescimento de 7,0% face a 2017, enquanto a emissão hídrica teve um decréscimo de 9,7%. Estes dois tipos de energia representaram, em 2018, 11,7% da emissão total da RAA.

(1) Classificação Portuguesa de Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE-Rev.3), aprovada pelo Decreto-Lei nº 381/2007

Resumo da Oferta de Energia Elétrica

O aumento verificado na produção geotérmica está associado, na sua maioria, à entrada em exploração, no decorrer do mês de agosto de 2017, da Central Geotérmica do Pico Alto, na ilha Terceira. As variações verificadas, tanto na produção hídrica como na produção eólica, estão relacionadas sobretudo com a disponibilidade dos recursos primários, devendo-se também, mas em menor escala, a intervenções pontuais.

A ponta máxima, quando comparada com o ano de 2017, evoluiu positivamente nas ilhas de São Miguel (0,9%), Terceira (4,0%) e São Jorge (6,4%). Nas restantes ilhas da Região, a ponta máxima evoluiu negativamente, Santa Maria (-3,3%), Graciosa (-0,6%), Pico (-0,5%), Faial (-0,1%), Flores (-1,6%) e Corvo (-2,8%). o

Sabia que, em 1967, na ilha das Flores, entrou em funcionamento a Central de Além Fazenda, a segunda central mista dos Açores, constituída por três grupos hidráulicos e um grupo termoelétrico, com operação simultânea?

52,7%

8,2%1,8% 7,3%

25,7%

3,3%

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O CALL CENTER DA EDA ATINGE A MARCA DAS 345 000 CHAMADAS ATENDIDAS

CLIENTES

EDA iNFORMA26

O Call Center da EDA, encontra-se integrado no Departamento de Atendimento e Operações com Clientes, da Direção Comercial, e funciona, ininterruptamente, todos os dias do ano, entre as 06:00 e as 24:00, em regime de turnos rotativos, com dois horários fixos apenas nos dias úteis da semana.

Todos os agentes (10 atendedores telefónicos) e a coordenadora prestam serviço em regime de outsourcing, sendo a coordenação global da responsabilidade da ManpowerGroup Solutions, Lda., ficando a Supervisão cometida à responsabilidade da EDA.

O core-business do front-office inbound do Call Center passa pelo atendimento telefónico aos clientes da EDA, através da linha verde 800 20 25 25 (chamada gratuita), conforme o consagrado no RQS - Regulamento da Qualidade de Serviço em vigor. Ricardo Silva | Departamento de Atendimento e Operações com Clientes

Marina Henrique

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EDA iNFORMA 27

Tendo em vista, quer potenciar os períodos de vazio de tal estrutura, quer ainda potenciar o pay-back de todo o esforço do investimento inicial e minimizar os custos fixos decorrentes da exploração, o Call Center possui um Contrato de Prestação de Serviços em regime de outsourcing com a ANA, S.A. (Aeroporto João Paulo II), ao nível de todo o Atendimento Telefónico, nomeadamente no que concerne ao redireccionamento de chamadas e prestação de informações sobre horários de chegadas e partidas de voos.

De momento, o Outbound do Call Center está circunscrito à prestação interna de serviços complementares ao core-business e a outros Departamentos da Direção Comercial, a saber:- Contactos com grandes clientes sobre Indisponibilidades Programadas e clientes com Necessidades Especiais / Prioritários;

- Contacto com cada Centro de Comando e Condução, em paralelo com o pré-registo do SGI (Sistema de Gestão de Indisponibilidades), a solicitar a intervenção do Piquete/Equipas de Disponibilidade de Alerta;- Contactos com clientes em situação de interrupção eminente do serviço por incumprimento de pagamento de faturas; - Contactos com clientes sobre faturas devolvidas por endereço incorreto e/ou ausência de recetáculo postal;- Contactos para Recuperação de Créditos (dívidas de clientes);- Contactos para Recolha de Leituras (dunning de leituras);- Contactos para Atualização de dados contratuais.

O Call Center, no exercício de 2018, atendeu 345.677 chamadas (Agentes + IVR) e realizou, através de campanhas de outbound telefónico e SMS, 71.831 e 23.888 contactos, respetivamente.

É também de realçar que o Interactive Voice Response - IVR (com 24 canais

clientes

virtuais de atendimento telefónico) atendeu 343.208 chamadas com sucesso, sendo que, destas, 170.381 reportam-se à receção de Leituras (50,46%) e 14.647 a Avarias (4,34%). Caso a EDA, em 2005 não tivesse evoluído para tal solução tecnológica, teríamos contribuído para o aumento potencial de 83,05% do volume de Chamadas Abandonadas (chamadas desligadas pelos clientes por saturação em tempo de espera), ou, em alternativa, para mantermos a habitual performance do Call Center, ver-nos-íamos forçados a solicitar ao prestador do serviço o recrutamento de um número muito elevado de recursos humanos.

No âmbito do cumprimento dos Indicadores Gerais consagrados no RQS - Regulamento da Qualidade de Serviço (Art.º 53 – Avaliação do Desempenho no Atendimento Telefónico para Comunicação de Avarias e Art.º 55 – Avaliação do desempenho no Atendimento Telefónico Comercial), bem como do Call Back vertido no nº 4 do Artº 6 – Decreto Lei nº 134/2009, a

Os 5 processos mais relevantes do Call Center são:- Informações Gerais;- Interrupções não Programadas (Avarias *);- Registo de Leituras BTN (Baixa Tensão Normal);- Envio por email de folhetos informativos e documentação sobre o core-business;- Pedidos de Novas Ligações e Alterações Contratuais.

* Atendimento 24 horas/dia (entre as 24:00h e as 06:00h o atendimento é realizado pelos operadores de serviço em cada Centro de Comando e Condução de cada Ilha).

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EDA decidiu reforçar a equipa de atendimento do Call Center, com o recrutamento de mais um elemento, que ocorreu em fevereiro do corrente ano, através do prestador

de serviços ManpowerGroup Solutions, Lda. .

Para 2019, prevê-se um incremento nas tarefas do Call Center

permitindo, através do mesmo, disponibilizar ao cliente todos os serviços disponíveis numa loja presencial, em linha com empresas congéneres. o

Dezembro de 2002 - Introdução do Regime de "Outsourcing".

Número Verde (Chamada Grátis): 800 20 25 25Número Azul (Chamada Local): 808 20 25 25296 205 400

Ricardo Jorge Soares Silva Sara Cristina Rebelo BarbosaMarina Costa Santos1036 AnosEm Média (desde 2002) o operador permanece cerca de 5 anos; Última saída ocorreu em 2016 (internalização pela EDA); (Tx. Média de Rotatividade desde 2002 = 25%)345 67728 806322 08771 83167923 88800:03:27 ´´ (três minutos e vinte e sete segundos)3,75%3,89%27,3 ´ (segundos)06:00h - 24:00h1 781 (Clientes que ligaram pela 1ª. vez para o Call Center) Recepção de email´s de Clientes via portal www.eda.pt = 1.617 Recepção de email´s de Clientes via [email protected] = 1.293

211211 760

Telefonia - AltitudeUci 8.2 - Altitude Software uSupervisor Web - Altitude SoftwareWallboardRelatórios de Gestão - GLOBALEDA/Portal Interno da EDASGI - Sistema de Gestão de IndisponibilidadesIS-U/CCS - SAP Comercial

FICHA TÉCNICA: CALL CENTER DA EDAInício da Atividade

Linhas:EDA - Core-BusinessEDA - Campanha de TermoacumuladoresANA, S.A. - Outsourcing (Aeroporto João Paulo II)

Responsável do DATOPCCF - Supervisora do Call CenterCoordenadora da ManpowerGroup Solutions, Lda.Nº AgentesIdade Média dos AgentesTaxa de Rotação

Nº Total de Chamadas Atendidas / Ano - 2018Nº Total de Chamadas Atendidas / Mês - 2018Inbound - Core-businessOutbound - Core-businessCall Back (Nº 4 do Artº 6 – Decreto Lei Nº 134/2009)Contactos via SMSTempo Médio de Conversação% Chamadas Abandonadas (FrontOffice - Comercial EDA)% Chamadas Abandonadas (Avarias)Tempo Médio de EsperaHorário de AtendimentoNº de Novos Clientes / Ano - 2018Dados Relevantes

ANA, S.A - OutsourcingInbound - Outsourcing / Ano - 2018Inbound - Outsourcing / Mês - 2018

Principais Dados Informáticos:HardwareSoftware

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QUEM É QUEM

Normalmente tínhamos sempre umas traseiras de um prédio onde podíamos brincar à vontade. Tínhamos regras quando saíamos de casa que tinham de ser cumpridas à risca: hora de chegada, roupa sem rasgos, mesmo com arranhões não podíamos reclamar e os brinquedos que levávamos tinham de voltar inteiros. Quebrar estas regras dava direito a ficar de castigo um ou dois dias. Como os riscos na cidade eram mais elevados obrigava-nos a estar mais atentos e a cumprir os conselhos dos nossos pais.

Durante a adolescência foste um jovem ativo, com atividades paralelas aos estudos?

FERNANDO MONTE NEGRONesta edição, fomos até à ilha Terceira conhecer um colega que trabalha na Condução de Centrais.

És natural de Alvalade, em Lisboa. Certamente que a infância num grande centro tem especificidades muito próprias. Que memórias tens dessa fase?

Apesar de ser de Lisboa, a minha infância foi bastante normal. Naquela altura ainda se brincava na rua sem qualquer problema. Na rua onde vivia, as crianças juntavam-se todas para brincar e os nossos pais conheciam-se todos, o que hoje em dia é muito raro. Havia menos tecnologia e mais brincadeiras, mais liberdade e menos maldade e a palavra honestidade ainda prevalecia acima de tudo.

“Um dos meus objetivos é progredir profissionalmente.”

Cláudia FontesDireitos Reservados

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Sempre muito ativo. Gosto e sempre gostei muito de fazer desporto e isso revelou-se muito cedo na minha vida. Com 9 anos comecei no atletismo. Aos 11 anos no futebol de 11, federado, no escalão infantil que só terminou aos 18 anos no escalão sénior. Pelo meio entrei em torneios de futsal, ping-pong e xadrez. Aos 18 anos desisti do futebol federado para continuar os estudos e trabalhar ao mesmo tempo, o que me levou a entrar em outras competições, tais como natação, kickboxing e vólei.

Sempre soubeste o que querias ser no futuro, ou foi uma decisão repentina, aquando da entrada na Universidade?

Além do desporto, desde muito novo que tive curiosidade de aprender a reparar as minhas coisas. Sempre gostei de ter as minhas ferramentas e o meu espaço. Herdei isso do meu pai, que reparava tudo lá em casa. E assim surgiu o gosto pela eletricidade e pela eletrónica.

A minha decisão do que ser no futuro teve que ser tomada na transição do 9º ano para o 10º ano. Na balança tinha dois pesos: Eletricidade e Eletrónica ou Desporto. O que pesou mais foi a Eletricidade e Eletrónica e foi, sem dúvida, a melhor decisão de todas.

Qual foi a tua primeira experiência profissional? Fala-nos um pouco do impacto do primeiro emprego.

Comecei a trabalhar com 16 anos nas minhas férias da escola. Eram trabalhos temporários, mas que davam sempre

aquele friozinho na barriga quando iniciava. Considero que o meu primeiro emprego foi aos 18 anos, numa empresa de assistência técnica de auto-rádios, onde trabalhava e estudava ao mesmo tempo.

Era um trabalho a tempo inteiro e que me obrigava a levantar muito cedo. Como era no centro de Lisboa tinha que apanhar 3 transportes públicos. Havia um esforço acrescido para gerir as duas coisas, o que não foi fácil, mas ajudou-me bastante no sentido de responsabilidade. Herança da minha mãe que trabalhava e geria uma casa com dois filhos.

Os Açores surgem como na tua vida? Já conhecias a Região, ou foi uma total surpresa?

Os Açores foram um amor à primeira vista. Conheci a minha mulher na universidade, ela é terceirense, natural da Praia da Vitória, e durante o nosso namoro fui conhecendo os Açores. A minha filosofia de vida sempre foi fugir do centro da cidade e da confusão citadina. Vir para os Açores sempre foi uma hipótese em cima da mesa. Ambos finalizámos o curso e conseguimos trabalho na Terceira. Vir para os Açores foi conjugar duas paixões numa só.

Quando foi a tua entrada na EDA e como tem sido a experiência de trabalhar numa empresa com um papel fundamental na sociedade?

Entrei para a EDA em dezembro de 2016, deixando para trás um emprego de 9 anos na área de manutenção

numa empresa de lacticínios. A minha entrada não podia ter sido melhor. Fui bem aceite pelos colegas e bastante apoiado. Temos uma boa equipa de trabalho, o que ajuda muito. Sem dúvida que ao trabalhar na EDA tem-se uma responsabilidade acrescida com a sociedade, o que nos obriga a um profissionalismo e uma dedicação de 24 horas por dia.

Gosto do que faço e dou sempre o meu melhor. Penso que a aprendizagem é um processo contínuo e pretendo dar provas constantes de que a aposta em mim foi sem dúvida uma mais valia para a empresa.

A adaptação à ilha Terceira foi fácil? Certamente sentiste muitas diferenças do meio de onde vieste.

Por um lado, foi fácil, mas por outro nem por isso. Foi fácil porque fui sempre muito bem recebido. Tanto a minha mulher, como a família dela, sempre me apoiaram e fizeram com que me sentisse em casa. Na minha perspetiva, viver nos Açores é do melhor que se pode ter. Temos campo, temos mar, temos tranquilidade, não temos trânsito, nem taxas de criminalidade elevadas, temos mais tempo útil a usufruir… resumindo, temos muita qualidade de vida.

Mas teve uma parte difícil. Ficar longe da minha família não foi fácil. Apesar de receber algumas visitas e de me deslocar ao Continente, a separação é algo com que temos de aprender a viver.

Como a vida não é só trabalho, de que forma ocupas os tempos livres?

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Tens algum hobbie, ou as tuas atividades são com a família?

Como referi anteriormente, gosto muito de desporto e sempre que posso dou a minha corridinha. Faço parte da equipa de futebol 11 e no verão costumo fazer BTT. Atividades com a família são imprescindíveis nem que seja no sofá a comer pipocas e a ver filmes. Apesar de sermos muito caseiros, no verão aproveitamos muito o mar, fazemos os nossos churrascos, damos os nossos passeios e acampamos no jardim lá de casa.

Como vivemos na Terceira, que é conhecida como parque de diversões, atividades e festas é o que não falta.

Sabemos que já és pai, de um casal. Como tem sido assistir ao crescimento dos teus filhos? Sentes que a relação entre pai e filha é realmente diferente?

Ser pai foi um sonho tornado realidade. Não há alegria maior do que ver os nossos filhos crescer com saúde. Todas as fases são giras e como a diferença de idade do Fernando para a Isabelle é de 6 anos é como começar de novo. Eles dão-se muito bem e são muito ativos. Sempre bem dispostos e prontos para a paródia. Gostando dos dois de igual modo, ser pai de uma princesinha é totalmente diferente. Tudo é mais frágil e cor de rosa…

Quais são os teus principais objetivos? Tens algum projeto pessoal que gostasses de realizar, ou

(…) AO TRABALHAR NA EDA TEM-SE UMA RESPONSABILIDADE ACRESCIDA COM A SOCIEDADE, O QUE NOS OBRIGA A UM PROFISSIONALISMO DE 24 HORAS POR DIA.

gostas de viver a vida cada dia, sem grandes projeções futuras?

Um dos meus objetivos é progredir profissionalmente. Gosto de novos projetos e de estar sempre em aprendizagem. Pessoalmente, gosto

muito de viajar e tenho em mente alguns destinos. Não sou apologista de guardar coisas na prateleira para fazer num futuro longínquo. A vida é uma incógnita e se temos oportunidade de realizar alguns desejos não podemos deixar para o futuro pois não sabemos se o vamos ter. o

quem é quem?

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EVOLUÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO EMPRESARIAL DA EDA (IA_SAP)

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PROGRAMA IA_SAP

O suporte à gestão empresarial da EDA é atualmente assegurado por duas soluções informáticas do fabricante de Software SAP. A EDA já utiliza os sistemas da SAP desde o ano 2001, altura em que entrou em produção o SAP ERP (área administrativa e financeira), tendo no final daquele ano iniciado o

projeto de implementação do SAP IS-U (sistema comercial) em conjunto com a EDP Distribuição, no âmbito do projeto Cliente Mais. A entrada em produção do SAP IS-U ocorreu em 2002.

Em 2011 a EDA realizou a separação e implementação de

uma versão SAP IS-U de forma autónoma da EDP, permitindo em 2015 migrar este sistema para Ponta Delgada, para infraestruturas da EDA.

Estes dois sistemas que têm por base a mesma ferramenta de software têm funcionado em ambientes

Direção Sistemas de Informação e Comunicações / Direção do Projeto de Integração de Sistemas baseada em Soluções SAPDireitos Reservados

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separados e com infraestruturas próprias, com elevado impacto operacional e financeiro. A integração das duas soluções num único sistema abrangendo as atuais vertentes ERP e IS-U, apresenta-se vantajosa em termos de custos de exploração e operação do sistema, atendendo a que existirá apenas um sistema a manter, com uma redução significativa de interfaces entre sistemas, em que os custos com desenvolvimento e customização apenas ocorrerão num

único ambiente. Adicionalmente a nova solução da SAP oferece funcionalidades (standards) que respondem aos requisitos das empresas do setor das utilities e, como tal, da EDA, eliminando os vários desenvolvimentos à medida, facilitando a adoção de práticas de trabalho standards neste setor e reduzindo os custos com a sua manutenção.

As exigências do negócio e regulamentares exigem uma

maior integração entre os dois sistemas.

Em 2017 foi tomada a decisão de se realizar um estudo com o apoio do fabricante de software SAP para avaliar os cenários e avaliação da futura integração de ambientes que culminou na decisão de unificação dos ambientes SAP da EDA num só sistema SAP. As componentes base do SAP ERP servem de base à operação do Sistema Comercial SAP ISU e podem ser implementadas num único sistema.

A descontinuidade tecnológica da plataforma SAP ECC e o final do suporte a este sistema, anunciado pelo fabricante para 2025, levaram a EDA a optar pela escolha da plataforma SAP S4/HANA, permitindo também adotar ferramentas mais recentes e adaptar os processos de trabalho às melhores práticas do setor.

Tendo por base o trabalho da SAP, que envolveu as várias estruturas da EDA e das empresas do Grupo, na análise aos mais de 600 requisitos de negócio da EDA, a informação recolhida nos 24 workshops de análise de GAP, os 25 workshops de avaliação dos processo futuros (TO-BE) e a sua aprovação, preconizou-se um cenário de implementação com uma duração inicial de 24 meses, seguido de uma fase de exploração e consolidação da solução até à consolidação final das soluções a ocorrer em 2025, conforme mostra a ilustração seguinte.

programa IA_SAP

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A Comissão Executiva, na sequência da auscultação dos responsáveis das diversas áreas orgânicas da empresa e atenta aos objetivos do Programa e à criticidade do mesmo, deliberou criar uma equipa de Gestão do Programa, através da DL 625/CE/2018.

Pela sua dimensão, complexidade e relevância, o Programa tem o Sponsorship do Administrador Dr. Roberto Monteiro e do Assessor do Presidente do Conselho de Administração para a área dos Sistemas de Informação e de Comunicações, Eng.º Paulo Menezes, e como Eng.º do Programa o Dr. Rui Andrade.Em novembro de 2018 iniciou-se

a elaboração do Caderno de Encargos com o objetivo da EDA lançar um concurso público por prévia qualificação para aquisição de serviços de implementação da solução e aquisição da infraestrutura técnica de suporte à implementação.

Face à complexidade da sua implementação será lançado um conjunto de projetos integrados num Programa (IA_SAP – Integração de Ambientes SAP), visando a implementação técnica e a transformação empresarial que resulta da decisão da integração dos vários sistemas e da implementação dos processos futuros (TO-BE) aprovados no âmbito dos trabalhos realizados.De forma a garantir o sucesso do

Programa IA_SAP e dada a sua natureza e complexidade, foram desenvolvidas ações preparatórias à fase de implementação, onde se inclui um conjunto de definições estruturais que permitam o planeamento e governo adequados.

Neste contexto e para esta fase do Programa, foram identificados 4 pilares fundamentais a serem desenvolvidos:

1. Modelo de Governo - Identificação dos principais stakeholders do projeto, respetivos papéis, responsabilidades e skills necessárias. Inclui também o modelo de relacionamento entre os diferentes stakeholders;

Cenário de Implementação

SAP ERPECC 6.0

SAP S4 HanaEAM ModelCompany

SAP S4 HanaISU ModelCompany

SAP ISUECC 6.0

S4 Project Implementation (EAM + ERP + ISU)

SAP CRM 7.0 on Prem

SAP EAM + ERP + ISUS4 Productive System

SAP CRM 7.0 on Prem

S/4HANAUtilities forCustomer

Management(UCM) + Hybris

Marketing

(implementação a iniciar antes

de 2025)

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2. Estratégia de deployment - Critérios de avaliação/priorização. Compreende a formulação de cenários de deployment, tendo em consideração as prioridades e objetivos do negócio e culmina na definição e sequenciação das grandes fases de implementação;

3. Plano de implementação de alto nível - Macro-plano de implementação das diferentes frentes do Programa com estimativa de duração e recursos.

Contempla a sistematização de pressupostos, mapeamento de domínios aplicacionais, abrangência funcional e frentes de implementação;

4. Estratégia de Gestão da Mudança - Definição da abordagem de Gestão de Mudança a adotar na transformação, incluindo o mapa de stakeholders impactados pela mudança, guidelines de melhores práticas de comunicação, identificação de metodologia de

formação e abordagem para análise da predisposição à mudança.

Estão a ser concluídas as peças para o Concurso Limitado por Prévia Qualificação relativo à prestação de serviços de implementação das tecnologias SAP ERP S/4HANA, SAP Gestão de Ativos S/4 HANA, SAP IS-U S/4HANA e SAP CRM Business Suite on HANA, cujo início da implementação se estima que ocorra no segundo semestre de 2019. o

AMI SAP Advanced Meter Infrastructure Integration for Utilities

PS SAP Project System

EDM SAP Energy Data Management PM SAP Plant Maintenance

MAO SAP Meter Administration and Operations for energy Utilities

MM SAP Materials Management

IDEX Process and data exchange framework for Utilities "IDEX Framework"

FI/CO SAP Financials / Controlling

DM SAP Device Management AA SAP Asset Accounting

FI-CA SAP Financials Contract Accounting MDG SAP Master Data Governance

WM SAP Work Management LAM SAP Linear Asset Management

CM SAP Contract Management CUM SAP Compatible Units Management

SD SAP Sales and Distribuition MRS SAP Multiresource Scheduling

MD/CS SAP Master Data / Customer Service SAP BW SAP Business Warehouse

HANA SAP HANA BO BI SAP BusinessObjects Business Intelligence Platform

xECM SAP Extended ECM by OpenText

SAP Modules SAP Modules

programa IA_SAP

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CARTA ABERTA

disponibiliza aos seus colaboradores e familiares; que investe permanente na formação e no desenvolvimento das competências das pessoas; que tem sido capaz de funcionar como uma verdadeira escola de técnicos e de gestores (públicos e privados) cujo destaque é inequívoco na nossa região; que investe massivamente na melhoria das infraestruturas em todas as nossas ilhas; e que cria empregos de qualidade.

SER DA EDA também acarreta o “bónus” de celebrarmos um pacto de exigência e de responsabilidade.

É nossa missão fazer sempre mais e melhor pelos

SER DA EDA...Caros colegas,

Entendi escrever esta carta aberta aos trabalhadores do Grupo EDA no dia em que fez 28 anos da minha admissão.

Entrei formalmente para a EDA num dia lembrado: o dia do Pai (do ano de 1991). A EDA foi a minha primeira entidade patronal e certamente será a última…

Esta é uma “casa” muito especial. SER DA EDA representa um enorme orgulho, mas obriga-nos a um pacto de exigência e de responsabilidade.

Em boa verdade sinto muito orgulho em SER DA EDA.

Orgulha-me pertencer a uma empresa exemplar nos benefícios sociais que

“Em boa verdade sinto muito orgulho em SER DA EDA.”

Roberto MonteiroMarina Henrique

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nossos clientes. A busca permanente de maior qualidade nos serviços que prestamos tem de ser uma verdadeira obsessão! Temos de ser cada vez mais exigentes com os resultados do nosso desempenho. Temos de ser capazes de exceder as expectativas dos nossos clientes. Temos de combinar humildade com determinação; e temos obrigatoriamente de cooperar mais e melhor uns com os outros!

SER DA EDA é também ser um eterno inconformado.

Inconformado com os colegas que não respeitam o cliente; com aqueles cujo esforço visa instigar o conflito, o divisionismo e a ineficiência; e com todos cujo desempenho exclui o diálogo, a cooperação, o humanismo, a tolerância e o espírito de equipa.

É verdade, a EDA é uma extraordinária organização, mas continua longe da perfeição. Por isso temos Desafios. Por isso nunca podemos perder o norte sobre o que significa SER DA EDA; e por isso temos de prosseguir o caminho da persistência e da determinação.

Vivemos tempos de Desafios complexos e determinantes para o futuro do nosso Grupo Empresarial:

• O desafio da intensificação da penetração das Energias Renováveis, salvaguardando a estabilidade dos nossos sistemas elétricos;

• O desafio da Qualidade de Serviço, particularmente da redução dos tempos de interrupção em todas as

ilhas – Fiabilidade e Continuidade no fornecimento;

• O desafio da inovação e da automação;

• O desafio da desburocratização em prol do cliente;

• O desafio da sustentabilidade económica e financeira, face aos significativos investimentos que teremos de assumir em todas as ilhas;

• O desafio da modernização das tecnologias de informação e de comunicação;

• O desafio do rejuvenescimento tranquilo com garantias de passagem intergeracional do Know How;

• O desafio da produtividade e da racionalidade;

• E o desafio da Humanização da empresa.

São Desafios que temos de vencer. Apesar da sua diversidade e complexidade, o nosso sucesso dependerá apenas de nós! Da nossa força, união, determinação e enfoque pleno na missão.

A EDA tem sido para mim uma verdadeira “escola de vida”. Aqui Cresci e Desenvolvi competências que me permitiram desenvolver um projeto de desenvolvimento económico e social em prol da Terra que me viu nascer. Tive o privilégio de concretizar um sonho da minha adolescência.

De coração vos digo, SER DA EDA foi determinante nos sucessos que tive no desempenho de 12 anos de funções públicas locais e regionais.

Neste ciclo de regresso oriento a minha motivação para vencermos os Desafios do presente e do futuro.

A EDA precisa dos seus clientes, e os Açores precisam de uma EDA forte e de sucesso.

Não posso terminar sem apelar ao empenho, determinação, inconformismo e espírito coletivo de todos vós.

TODOS SOMOS DA EDA e a EDA É TODOS NÓS!

Com amizade e estima,Roberto Monteiro

“Temos de ser capazes de exceder as expectativas dos nossos clientes (…) e temos obrigatoriamente de cooperar mais e melhor uns com os outros!”

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matemática 10º

ciências 10º

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INOVAÇÃO

Carlos Sousa | Direção de Inovação e NormalizaçãoCarlos Sousa | Direitos Reservados

Decorrente da alteração à estrutura orgânica da EDA ocorrida em julho de 2018, foi criada a Direção de Inovação e Normalização (INORM), cujo plano de ações previa para o ano letivo de 2018/2019, a expansão do programa “A EDA Vai à Escola” a todos os estabelecimentos do ensino básico e secundário da Região Autónoma

EXPANSÃO DO PROGRAMA "A EDA VAI À ESCOLA"

dos Açores (RAA). Foram enviadas cartas a todas as escolas básicas integradas e secundárias da RAA, dando a conhecer aquela iniciativa e convidando os estabelecimentos de ensino a aderirem ao programa.

Para o ano letivo de 2018/2019, esta ação tem como principal objetivo a sensibilização da

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matemática 10º

ciências 10º

ESCOLAVAI À

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comunidade escolar para a estrutura de produção da energia elétrica na RAA, com enfoque nas fontes renováveis e endógenas, dando a conhecer a evolução que a EDA tem vindo a registar nos últimos anos, através do incremento da produção por via de fontes menos poluidoras do ambiente.

Pretende-se, igualmente, promover o conhecimento sobre os conceitos de eficiência energética e racionalização dos consumos, bem como apresentar as tarifas eficientes de energia elétrica que a EDA tem

disponíveis para os seus clientes, identificando as vantagens na sua adoção e na utilização de equipamentos elétricos mais eficientes. Aproveitamos, também, a oportunidade para abordar o tema da mobilidade elétrica e a evolução tecnológica associada a veículos elétricos.

Durante o ano de 2018, ocorreram 38 sessões de apresentação deste programa, abrangendo 1 200 alunos do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, bem como 50 professores e 20 trabalhadores não docentes.

De referir que as sessões de apresentação ocorreram nas ilhas de São Miguel, Terceira e São Jorge, sendo de destacar a boa receção com que este programa foi acolhido e o incentivo que temos vindo a receber, no sentido de dar continuidade a este modelo e de melhorar alguns aspetos nas próximas edições, nomeadamente ao nível da metodologia de apresentação, com a inclusão de alguns aspetos mais práticos, melhorando a interatividade com toda a comunidade escolar, incluindo alunos, professores e pessoal não docente. >

inovação

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De realçar, igualmente, a boa relação e cooperação que está a ser mantida com a Direção Regional da Energia (DREn), cuja Diretora Regional nos agraciou com a sua presença numa sessão realizada na Escola Secundária de Vila Franca do Campo, onde teve a oportunidade de reiterar algumas das mensagens de incentivo que a Direção Regional tem vindo a difundir por toda a Região, apelando a uma utilização cada vez mais racional da energia, da eficiência energética e reforçando a importância e as vantagens decorrentes da opção pela mobilidade elétrica.

A apresentação deste programa junto dos estabelecimentos escolares da Região tem

permitido, igualmente, à comunidade escolar uma experiência prática de mobilidade elétrica, através da utilização de viaturas elétricas que nos têm sido facultadas gentilmente pela SEGMA, sendo de destacar a este propósito a excelente colaboração da DREn que se disponibilizou para interceder junto de outras estruturas governamentais, no sentido de podermos dispor de veículos elétricos para este efeito em ilhas onde o nosso parque automóvel ainda não tenha sido contemplado com este tipo de veículos e estes já estejam a ser utilizados em alguns departamentos governamentais, dando a oportunidade aos

alunos de poderem igualmente experienciar a sua utilização.

Para o ano de 2019 encontra-se prevista a realização de mais 10 sessões de apresentação do programa, abrangendo as ilhas de São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge e Faial, com previsão da presença de 450 alunos e de 15 professores.

De referir, também, a colaboração prestada pela Direção de Inovação e Normalização ao programa ERASMUS para escolas secundárias, que decorreu na Escola EBI Tomás de Borba, em Angra do Heroísmo, e Secundária Vitorino Nemésio, na Praia da Vitória, com a receção de alunos provenientes de vários países europeus, que visitaram centros produtores da EDA Renováveis sediados na ilha Terceira, bem como em sessões de esclarecimento da população não docente da EBS de Vila Franca do Campo e colaboração no projeto ECO-Escolas em alguns estabelecimentos de ensino.

Na nossa perspetiva, este programa é um investimento que a EDA tem vindo a fazer numa comunidade que se encontra em permanente desenvolvimento, tendo sempre como objetivo ajudar a promover mudanças de atitude em relação à utilização da energia elétrica, o que certamente irá ter reflexos positivos no futuro. o

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INOVAÇÃO

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DEMONSTRAÇÃO DE DRONES NA ILHA TERCEIRA PARA INSPEÇÃO DE INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS (PRODUÇÃO, TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA)

Decorreu de 6 a 8 do passado mês de fevereiro, na ilha Terceira, a realização de mais uma demonstração do uso de DRONES para inspeção visual e termográfica de infraestruturas elétricas, numa iniciativa promovida pela Direção de Inovação e Normalização (INORM) e que contou, desde a primeira hora, com a cooperação e envolvimento da Direção Exploração da Distribuição (EDIST) e da Manutenção Subestações e Redes (MASER), sendo de destacar o excelente apoio logístico e operacional que foi dispensado pela Distribuição da Terceira (DITER) na pessoa dos seus responsáveis e colaboradores destacados para acompanhar o evento.

Para a realização de mais esta ação, foi selecionado um prestador de serviços sediado em Madrid, a empresa CEGADRONE, que fez deslocar à ilha Terceira o piloto de UAS (Unmanned Aircraft System), Carlos Valdeolivas, o operador de câmara Emílio Garcia, que atuaram sob a coordenação do responsável de equipa Angel Sánchez.

Por articulação com os serviços, foram eleitos alguns troços de linhas de MT, considerados como potencialmente críticos, destacando-se o ramal para o PT 1046, precisamente a infraestrutura que assegura o fornecimento de energia ao aeródromo militar das Lajes, tendo sido necessário proceder-se à prévia georreferenciação dos apoios e solicitar à AAN – Autoridade Aeronáutica Nacional a indispensável autorização para o sobrevoo do espaço que se constitui como CRT - espaço aéreo controlado pela força aérea portuguesa.

Depois de um briefing inicial realizado nas instalações da EDA sitas à Rua Jacinto Cândido, deram-se início às operações de sobrevoo, nas imediações da Subestação de Vinha Brava e do respetivo parque de linhas de transporte e distribuição MT.

No dia 7, procedemos às operações de sobrevoo de várias infraestruturas de redes MT no terreno (linhas MT 15 kV “Quatro Ribeiras- Doze Ribeiras”, “Quatro Ribeiras-Vila Nova" e "Praia da Vitória-Vila Nova", entre outras), tendo-se efetuado a inspeção de apoios, armações, cadeias de isoladores e aos condutores de cobre em vãos considerados de risco, quer pela sua extensão, quer pela reconhecida ocorrência de incidentes anteriores devido, designadamente, à presença de avifauna. > Paulo Bermonte | Diretor Inovação e Normalização

Direitos Reservados

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RESULTADOS E CONCLUSÕES

No terceiro e último dia de trabalhos, realizou-se no final da manhã, nas instalações da EDA, uma sessão de encerramento dos trabalhos e conclusões. Apesar de ter ficado corrompido um dos cartões micro SD que continha um importante registo de imagens, o que obrigou à sua recuperação, através de um processo mais demorado, foi possível constatar os excelentes resultados obtidos, tendo sido unanimemente reconhecida a vantagem qualitativa evidenciada pelo uso de DRONES, quer seja pela elevada resolução de imagens, quer seja pelo registo termográfico associado, uma vez que, ao contrário do que seria necessário mediante a inspeção com recurso a recursos humanos da EDA, todo o trabalho foi realizado com as linhas em tensão e em carga.

Com base nos trabalhos de campo realizados, foi possível estimar um standard de realização da inspeção (20 a 30 apoios por dia). No final de cada dia há que dispor de 4 minutos por apoio para validação das imagens (1,5 a 2 horas/dia).

Numa primeira fase, com a adjudicação futura de eventuais trabalhos, a EDA deverá disponibilizar uma listagem dos apoios a inspecionar, com a informação das coordenadas georreferenciadas. o

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Paulo Moniz | Administrador GLOBALEDADireitos Reservados

GLOBALEDA

A realidade arquipelágica dos Açores com a sua expressiva dispersão territorial e com duas das suas ilhas mais afastadas a cerca de 600 km uma da outra, em pleno Oceano Atlântico Norte, constitui, por si

GLOBALEDA REALIZA ESTUDO TÉCNICO--ECONÓMICO DA NOVA REDE SUBMARINA ÓPTICA CAM – CONTINENTE-AÇORES-MADEIRA

só, um desafio constante à modernidade e à capacidade de manutenção da coesão territorial e identitária.

Secularmente até ao presente, coloca-se o desafio da comunicação e interligação entre as várias ilhas do arquipélago e entre estas e o exterior, em particular com o continente português e o continente americano. As ligações marítimas, e em crescendo as aéreas, são absolutamente crucias e vitais às gentes que habitam as ilhas e à economia destas, dependendo em muito a satisfação das suas necessidades básicas da existência destes meios de transporte e comunicação.

Na segunda metade do século passado e até ao presente, as comunicações eletrónicas a

“Na segunda metade do séculopassado e até ao presente, ascomunicações eletrónicas a par das infraestruturas que as suportam, intra e inter-regionais, foram exibindo um peso em tudo equivalente às restantes comunicações (...)"

par das infraestruturas que as suportam, intra e inter-regionais, foram exibindo um peso em tudo equivalente às restantes comunicações, sendo que na atualidade, o dia a dia e até mesmo a sobrevivência no estilo de vida como o conhecemos, dependem absoluta e determinantemente da sua disponibilidade ininterrupta.

É neste enquadramento histórico, muito resumido, sobre a importância das acessibilidades eletrónicas para >

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"Este estudo realizou oenquadramento histórico e evolutivodas comunicações entre a os Açores e o continente português até à situação atual."

uma região europeia e ultraperiférica como os Açores, que se inseriu este trabalho consubstanciado no estudo documental recentemente apresentado publicamente.

Este estudo foi realizado na sequência de uma solicitação da Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas, que tendo presente o termo do tempo de vida útil do sistema de cabo submarino que atualmente liga os Açores ao continente português, o mais tardar em 2024/5, pretendeu ter técnica e solidamente fundamentada, toda a caracterização deste dossiê.

A GLOBALEDA, que se posiciona como a maior empresa dos Açores a operar na área das comunicações eletrónicas e com um corpo de engenharia e técnico, que assegura a operação e manutenção da maioria das infraestruturas que prestam serviços na região, foi encarregue de coordenar e efetuar a sua elaboração.

Este estudo realizou o enquadramento histórico e evolutivo das comunicações entre os Açores e o continente português até à situação atual. Teve-se particular cuidado, detalhe e atenção no levantamento dos dados que permitem inferir o tráfego veiculado até ao presente e mais importante e crucial, a previsão possível da evolução futura e crescimento expetável do mesmo.

Foram detalhada e pormenorizadamente explicitados

todos os aspetos técnicos, fases e metodologias de abordagem de todas as etapas envolventes do tema objeto deste estudo, bem como todas as condicionantes e vantagens que cada opção apresenta.

Finalmente, e como não poderia deixar de ser, elaborou-se a análise económica e financeira das soluções apontadas, das rentabilidades associadas e soluções de

financiamento possíveis, permitindo-se ter a visão completa do dossiê.

Acreditamos ter conseguido responder, uma vez mais, a este importante desafio. Este estudo constitui mais um contributo nosso para o desenvolvimento das comunicações eletrónicas nos Açores do presente e, fundamentalmente, do futuro que é já hoje. o

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“(…) o Sistema Integrado de Comunicações dos Serviços de Ambiente (SICAM) já cobre todas as ilhas (…)”

A GLOBALEDA projetou, forneceu e instalou a rede de radiocomunicações móveis privativas dos serviços de ambiente, constituída por uma rede de estações de base de cobertura (repetidores) de tecnologia digital Digital Mobile Radio (DMR) que cobre todo o território do arquipélago, sendo a sua gestão, operação e telemanutenção feita através Sistema de Comando e Controlo, instalado na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Madalena, no Pico.

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo afirmou na cerimónia de inauguração e atribuição dos equipamentos rádio, em Ponta Delgada, que o Sistema Integrado de Comunicações dos Serviços de Ambiente (SICAM) já cobre todas as ilhas do arquipélago, sendo mais uma ferramenta à disposição daqueles que, todos os

GLOBALEDA PROJETA, FORNECE E INSTALA O SISTEMA INTEGRADO DE COMUNICAÇÕES DOS SERVIÇOS DE AMBIENTE (SICAM)

Paulo Moniz | Administrador GLOBALEDAireitos Reservados

GLOBALEDA

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dias, cuidam do património natural e paisagístico e da segurança das populações face a riscos naturais e ambientais, facilitando as suas tarefas diárias.

“O SICAM assenta numa rede de comunicação digital de apoio à fiscalização e vigilância e de resposta a emergências e catástrofes, que tem por objetivo assegurar de forma eficaz e fiável as comunicações móveis privativas de voz e dados da estrutura operativa da Direção Regional do Ambiente, em todas as ilhas do arquipélago dos Açores”, salientou Marta Guerreiro.

“Neste sistema, foi assegurada a capacidade dos utilizadores terem a possibilidade de geolocalização, envio de pedidos de emergência, transmissão de dados e interligação telefónica e rádio com outras entidades do sistema integrado de proteção civil regional, em particular o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA)”, acrescentou.

Os terminais portáteis (rádios) estão distribuídos pelo Diretor Regional do Ambiente, por todos os diretores dos Serviços de Ambiente das nove ilhas, por todos os Vigilantes da Natureza, bem como pela Diretora de Serviços dos Recursos Hídricos e pelo coordenador e pelos encarregados das equipas operacionais dos recursos hídricos na ilha de São Miguel.

A GLOBALEDA congratula-se por mais este projeto estruturante em matéria de segurança, eficácia de operacionalidade e das atividades de socorro. Esta infraestrutura de comunicações eletrónicas é mais uma obra importante, a juntar ao já longo currículo da GLOBALEDA nesta área e só foi possível, com o êxito publicamente reconhecido, graças ao know-how e empenhamento de todo o seu corpo técnico e equipa de telecomunicações.

Estamos, pois, uma vez mais, de parabéns! o

“A Globaleda congratula-se por mais este projeto estruturante em matéria de segurança, eficácia de operacionalidade e das atividades de socorro.”

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GERIR O TALENTO A EDA irá desenvolver, ao longo de 2019, o programa GERIR O TALENTO cujo propósito é definir um conjunto de medidas para alinhar as políticas de Gestão de Pessoas com a Estratégia da EDA.

O programa é feito em parceria com a empresa MY CHANGE e materializa-se em iniciativas com vista à melhoria do enquadramento e desenvolvimento das Pessoas de forma sustentável, tendo em conta o contexto em que a EDA desenvolve as suas atividades e atendendo às necessidades, expetativas e competências dos seus colaboradores. É uma abordagem que visa dar uma resposta estrutural a questões

do passado, do presente e do futuro.

Foram já realizados dois focus groups e está neste momento a decorrer uma etapa de entrevistas a chefias de todas as áreas e localizações geográficas. Seguir-se-á um workshop com a Comissão Executiva e a apresentação de propostas de desenho integrado de Políticas de Recursos Humanos e de criação da Academia EDA, para reforçar a partilha e gestão do conhecimento crítico para o negócio da EDA.

A comunicação é chave e, nesse sentido, serão lançadas iniciativas para assegurar o envolvimento e mobilização dos líderes e das suas equipas. Um dos aspetos a

Maria do Carmo Borrego | Diretora Gestão de Recursos Humanos

salientar é o reforço da auscultação dos colaboradores. Os quadros da EDA foram ouvidos através da iniciativa Mobilidade, Motivação e Competências (MMC) e dando continuidade e ampliando esse propósito, convida-se todos os colaboradores que o desejem a manifestar o seu interesse relacionado com a mobilidade, através da plataforma Success Factors.

A EDA deseja, com este programa, dar mais um passo decidido na construção de um futuro sustentável para as pessoas e para a organização, reforçando o posicionamento da EDA como empresa fundamental no desenvolvimento dos Açores. o

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RECURSOS HUMANOS

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A 54ª edição do Azores Rallye contou com uma novidade: a realização do primeiro Azores E - Rallye, uma prova de regularidade destinada a carros elétricos e híbridos.

Várias entidades e empresas participaram, num total de 16 equipas, entre as quais a EDA. Carlos Martins (piloto) e Cláudia Fontes (co-piloto) representaram a empresa ao volante de um Renault Zoe.

A prova, que decorreu de 21 a 23 de março, consistia na passagem pelos troços no tempo estipulado, sendo fundamental para esse controle o cumprimento de uma determinada média de velocidade.

Os troços escolhidos foram a especial da Marques (6 minutos), as Cumeeiras (23 minutos) e a Tronqueira (30 minutos). Esta última foi cancelada devido às condições meteorológicas adversas.

Após a contagem das penalizações, atribuídas sempre que o tempo estipulado não era cumprido, foi definida a

classificação final, sendo que a equipa da EDA ficou no 5º lugar dos carros elétricos, num total de 12.

Os vencedores do E-Rallye foram a Ilha Verde na modalidade carros elétricos, com o Hyundai Ioniq Electric, e a Moniz de Sá na

modalidade carros híbridos, com um Kia Niro.

A equipa da EDA parabeniza os vencedores e todos os participantes, que aderiram a esta iniciativa com muito profissionalismo (apesar da vertente amadora) e muito fairplay. o

Cláudia FontesDireitos Reservados

EDA ALCANÇA 5º LUGAR NOAZORES E-RALLYE

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INOVAÇÃO

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ACONTECEU

FORMAÇÃO SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO ISO IEC 27001 A gestão da Segurança da Informação é o tema principal da Norma ISO IEC 27001.

Neste contexto, realizou-se no passado mês de dezembro uma formação que tinha por objetivo apresentar a norma e as suas especificidades, os seus requisitos, processos e controlos.

VISITA DE ESTUDO EPROSECAlunos do Curso Técnico de Apoio à Gestão, da EPROSEC - Escola Profissional do Sindicato do Escritório e Comércio da Região Autónoma dos Açores, visitaram as instalações da sede da EDA, de São Miguel, e ficaram a conhecer melhor o funcionamento da Direção de Gestão de Recursos Humanos. >

Marina HenriqueMarina Henrique | Direitos Reservados

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FORMAÇÃO TÉCNICAS TET-BT INICIALEntre os dias 14 e 25 de janeiro decorreu, em São Miguel, a Formação Inicial TET-BT.

Tal como o nome indica, esta formação centra-se em apresentar as Técnicas dos Trabalhos em Tensão e Baixa Tensão. A primeira semana foi dedicada à transmissão de conceitos e a segunda semana à prática.

Durante este período os formandos puderam trabalhar em vários cenários, como as redes aéreas BT, redes subterrâneas, distribuição e quadros gerais de BT. o

FORMAÇÃO OPERADOR DE CENTRAL TÉRMICADecorreu, de 7 a 22 de janeiro, a Formação de Operador de Central Térmica, na Central Termoelétrica do Belo Jardim, na ilha Terceira.

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COLABORADORES

Para celebrar o Natal de 2018, o GREDA decidiu aproximar-se de quem mais necessita e realizou uma campanha de recolha de bens no Grupo EDA.

Foram entregues donativos como massas, enlatados, óleo, azeite, cerais, leite, água, roupa, brinquedos, entre outros.

Estes bens foram posteriormente distribuídos a várias instituições carenciadas do Arquipélago, que foram escolhidas pelo representante do GREDA em cada ilha.

Um bem-haja a todos os colegas que puderam contribuir. >

NATAL 2018

Teodomiro Silveira | GREDADireitos Reservados

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O GREDA comemorou o seu tradicional almoço de amigas e amigos no passado dia 14 de fevereiro, num restaurante da cidade de Lagoa, ilha de São Miguel.

O almoço decorreu como habitualmente, num ambiente de muita alegria e amizade.

No final, as senhoras foram presenteadas com rosas e os cavalheiros com cigarrilhas.

ALMOÇO DE AMIGAS E AMIGOS

A pedido do Serviço de Hematologia do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada e com o apoio do nosso Conselho de Administração, o GREDA ofereceu uma televisão para a sala de dadores de sangue.

DONATIVO DE TELEVISÃO E DÁDIVA DE SANGUE

Para além desta oferta, nos dias 13 e 14 de março, 14 sócios do GREDA doaram um pouco do que de melhor há no ser Humano: sangue.

Gota a gota salvamos vidas! o

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COLABORADORES

Terceira

ENTREGA DE GALARDÕES

Roberto Lúcio Silva Pereira Monteiro28 anos de serviço

Percurso Profissional:Foi admitido na EDA a 19 de março de 1991. Atualmente é Administrador Executivo da EDA.

Camilo Manuel dos Santos Sousa25 anos de serviço

Percurso Profissional:Foi admitido na EDA a 18 de julho de 1994.Atualmente é Técnico de Manutenção Mecânica.

Roberto Rocha Azevedo28 anos de serviço

Percurso Profissional:Foi admitido na EDA a 8 de julho de 1991.Atualmente é Chefe do Departamento de Manutenção da Terceira.

No passado dia 21 de março, no âmbito de uma deslocação da Comissão Executiva à ilha Terceira, foram entregues galardões a trabalhadores que estão ao serviço na EDA há 25 anos ou mais. o

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RETROSPETIVA

Há 10 anos, o EDAInforma deu conta de um workshop direcionado para as 1ªs linhas da EDA, que se realizou na ilha Terceira.

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Aproveitamos o espaço para apresentar os nossos parabéns à primeira e recém-eleita Comissão de Trabalhadores da empresa Norma-Açores.

Este foi, certamente, mais um importantíssimo passo para

NASCIMENTOS

Rafael da Silva Reis

Nasceu a: 19 de fevereiro de 2019

Filho de: Manuel Borges dos Reis

(EDA / Terceira)

Manuel Joaquim Fagundes Valadão

Nasceu a: 7 de janeiro de 2019

Filho de: Manuel Alberto Enes Valadão

(EDA / Terceira)

COMISSÃO DE TRABALHADORES

Eleição da Comissão de Trabalhadores da Norma-Açores

a salvaguarda do futuro dos trabalhadores desta empresa do Grupo EDA. Desejamos à lista eleita votos de um bom trabalho, cientes de que serão estendidos laços de interajuda.

Comissão de Trabalhadores da Norma-Açores

Efetivos

- Sérgio Paulo Barbosa Vaz- Tânia Carla Viegas da Silveira Alves- Emanuel Rodrigues Furtado

Suplentes

- Carlos Manuel Gomes Raposo- Ana Cristina Pacheco Soares- Sara Valentim Pires de Almeida

Comissão de Trabalhadores da EDA

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