sistema de tratamento de óleo de transformador on- · i j k lm n opl antes da desverticalização...

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E-mail Palavras-chave: Linha Viva SOS Equipamentos Manutenção Subestação Móvel Regeneração de Óleo – Este trabalho pretende apresentar a Evolução prática das metodologias empregadas nos trabalhos de Manutenção dos equipamentos de Subestações de Subtransmissão e o seu impacto nos índices de Qualidade de Fornecimento de Energia na Copel Distribuição S/A, no âmbito da Superintendência de Distribuição Norte – DISDT. Antes da Desverticalização na COPEL, a manutenção dos equipamentos existentes nas Subestações era uma atividade das equipes lotadas na Diretoria de Operações (DOP). A Diretoria de Distribuição (DDI) responsabilizava-se pelo controle dos equipamentos instalados na rede de distribuição. Nesta época a linha limítrofe entre a Diretoria de Operação e a Diretoria de Distribuição era a barreira física (cerca ou muro) da Subestação (vide figura 01). Durante o ano de 1998, a empresa começou a se preparar para a Desverticalização e uma das providências tomadas foi a de dividir a equipe de manutenção de SE´s, lotada na DOP, em 02 (duas) equipes, sendo que uma ficaria para atender as atividades da DOP, atual Diretoria de Transmissão, e a outra para atender a Diretoria de Distribuição (antiga DDI e atual DIS). Quando estas atividades de manutenção estavam sob a responsabilidade das equipes lotadas na DOP, havia a necessidade de se programar um desligamento total ou parcial da SE para a realização das manutenções. Nesta época não havia a preocupação com os índices DEC/FEC nem com o tempo em que os consumidores ficavam às escuras. Esta realidade passou a se modificar a partir de 1999 em função da desverticalização na Empresa. A partir de então a DIS passou a contar com uma equipe própria para a realização da manutenção nos equipamentos das subestações de subtransmissão (34,5/13,8kV), bem como passou a sofrer uma maior cobrança por parte do orgão concedente quanto a qualidade no fornecimento de energia, medidos através dos índices DEC/FEC entre outros. FIGURA I LINHA LIMÍTROFE ENTRE A DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO (DDI) E A DIRETORIA DE OPERAÇÃO (DOP) Atualmente, em virtude das mudanças ocorridas na legislação do Sistema Elétrico Brasileiro onde as Empresas passaram a sofrer uma maior cobrança, tanto por parte do poder concedente quanto por parte dos consumidores, as concessionárias foram obrigadas a repensarem sua forma de agir. Hoje a ordem é não desligar o consumidor ou desligá-lo o mínimo possível. Consequentemente a forma de se realizar a manutenção nos equipamentos de Subestações também sofreu mudanças. A partir de então o nosso grande desafio passou a ser o de realizar a manutenção sem desligar os consumidores, ou de forma tal a minimizar os transtornos causados aos mesmos. Este desafio tornou-se ainda maior devido a impossibilidade de aumentar o quadro de pessoal e a necessidade de diminuir os custos da manutenção. Para atender a esta nova realidade adotamos e implantamos novas metodologias de trabalho conforme segue: Manutenção em equipamentos de Subestações com a técnica de Linha Viva;

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E-mail V W X Y Z [ W \ ] [ ^ Z _ `!] [ a*b Y \ ] [ c

Palavras-chave:

• Linha Viva • SOS Equipamentos• Manutenção • Subestação Móvel• Regeneração de Óleo

d b ^ e c�[ – Este trabalho pretende apresentar a Evoluçãoprática das metodologias empregadas nos trabalhos deManutenção dos equipamentos de Subestações deSubtransmissão e o seu impacto nos índices de Qualidadede Fornecimento de Energia na Copel Distribuição S/A,no âmbito da Superintendência de Distribuição Norte –DISDT.

f g h i�j�k�l�m�n�o�p�lAntes da Desverticalização na COPEL, a manutenção dosequipamentos existentes nas Subestações era umaatividade das equipes lotadas na Diretoria de Operações(DOP). A Diretoria de Distribuição (DDI)responsabilizava-se pelo controle dos equipamentosinstalados na rede de distribuição.

Nesta época a linha limítrofe entre a Diretoria deOperação e a Diretoria de Distribuição era a barreirafísica (cerca ou muro) da Subestação (vide figura 01).

Durante o ano de 1998, a empresa começou a se prepararpara a Desverticalização e uma das providências tomadasfoi a de dividir a equipe de manutenção de SE´s, lotadana DOP, em 02 (duas) equipes, sendo que uma ficariapara atender as atividades da DOP, atual Diretoria deTransmissão, e a outra para atender a Diretoria deDistribuição (antiga DDI e atual DIS).

Quando estas atividades de manutenção estavam sob aresponsabilidade das equipes lotadas na DOP, havia anecessidade de se programar um desligamento total ouparcial da SE para a realização das manutenções. Nestaépoca não havia a preocupação com os índices DEC/FECnem com o tempo em que os consumidores ficavam àsescuras.

Esta realidade passou a se modificar a partir de 1999 emfunção da desverticalização na Empresa. A partir de entãoa DIS passou a contar com uma equipe própria para arealização da manutenção nos equipamentos dassubestações de subtransmissão (34,5/13,8kV), bem comopassou a sofrer uma maior cobrança por parte do orgãoconcedente quanto a qualidade no fornecimento deenergia, medidos através dos índices DEC/FEC entreoutros.

FIGURA ILINHA LIMÍTROFE ENTRE A DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO (DDI) E A

DIRETORIA DE OPERAÇÃO (DOP)

Atualmente, em virtude das mudanças ocorridas nalegislação do Sistema Elétrico Brasileiro onde asEmpresas passaram a sofrer uma maior cobrança, tantopor parte do poder concedente quanto por parte dosconsumidores, as concessionárias foram obrigadas arepensarem sua forma de agir. Hoje a ordem é nãodesligar o consumidor ou desligá-lo o mínimo possível.Consequentemente a forma de se realizar a manutençãonos equipamentos de Subestações também sofreumudanças.

A partir de então o nosso grande desafio passou a ser o derealizar a manutenção sem desligar os consumidores, oude forma tal a minimizar os transtornos causados aosmesmos. Este desafio tornou-se ainda maior devido aimpossibilidade de aumentar o quadro de pessoal e anecessidade de diminuir os custos da manutenção.

Para atender a esta nova realidade adotamos eimplantamos novas metodologias de trabalho conformesegue:

• Manutenção em equipamentos de Subestações com atécnica de Linha Viva;

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• Sistema de Tratamento de óleo de Transformador on-line;

• Utilização da Subestação Móvel;

• Implantação do Projeto SOS Equipamentos.

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�&� ' % ��� % �& �)(!� � *��,+ � - .Considerando a necessidade de manter os equipamentosem operação o maior tempo possível, evitandodesligamentos e mantendo a continuidade dofornecimento de energia elétrica aos consumidores, emJUL/1999 foi formada a equipe de manutenção de SE´scom a técnica de Linha Viva./ \ 0 \ 0 \ 1�[ 2 c�_ 3 4 [�5 _!6!7 e X a*b 8Primeiramente foi verificado dentre os elementos querealizavam a manutenção nos equipamentos de SE’squais estavam interessados em participar da equipe deLinha Viva, em seguida os voluntários passaram peloexame médico onde foram verificados as condições desaúde, depois foi feito uma sondagem sobre o perfilpsicológico e comportamental de cada um e finalmentefoi ministrado o treinamento. Todas as etapas forameliminatórias, procurando definir as pessoas com perfilpara a atividade.

TABELA IPONTOS CONSIDERADOS PARA A SELEÇÃO DOS

COMPONENTES DA EQUIPE

• Afinidade • Espírito de equipe• Atenção • Experiência• Conhecimento técnico • Iniciativa• Controle emocional • Organização• Destreza • Planejamento• Disciplina • Prevenção e segurança/ \ 0 \ / \�9 2 b X W _ c�b W Z [ 8O treinamento foi realizado na própria área por uminstrutor da COPEL, com carga horária de 120 horas.Participaram 09 (nove) elementos sendo:

• 01 (um) eletricista;• 03 (três) técnicos pleno;• 05 (cinco) técnicos sênior.

Custo total do TreinamentoR$ 9.677,97/ \ 0 \ : \ ; _ Z b 2 X _ X ^Para montar a equipe de manutenção foram adquiridos osequipamentos de Linha Viva e adequado de 01 (um)caminhão F-4000. Os custos envolvidos foram:

Custo de adaptação do caminhãoR$ 5.472,02

Custo de aquisição dos materiais e ferramentaisR$ 32.616,00

Custo total (caminhão + materiais e ferramentais)R$ 38.088,02

/ \ 0 \ < \�9 2 _ = _ Y > [ ^ a*[ ^ ^ ? @ b X ^A5 b&^ b 2 b cB2 b _ Y X C _ 5 [ ^ aGb Y [c&D Z [ 5 [&5 b!E*X W > _GF X @ _ 8

A equipe foi treinada para trabalhar com as técnicas deLinha Viva a Distância e ao Contato. Isto permite aexecução de uma gama muito grande de serviços, taiscomo:

• Instalação, substituição e manutenção de chavesfusíveis

• Instalação, substituição e manutenção de chavesseccionadoras

• Instalação, substituição e reaperto de conectores• Instalação e substituição de elos fusíveisEstas atividades são as mais frequentes e são detectadasatravés da inspeção termográfica, ou pelas anomaliasencontradas, ou pelo sistema de Gerência de Manutenção./ \ 0 \ H \ I'_ W > [ ^�] [ c _�E*X W > _JF X @ _ 8A tabela II mostra os valores do DEC e FEC, comparandoa meta ANEEL, o real e o simulado caso não tivesse aintervenção pela equipe de linha viva. Apresenta o ganhoobtido e o valor da multa por violação destas metas.

TABELA IIDEMONSTRATIVO DE GANHOS COM A LINHA VIVA

�'j)K � h �n���K�m�l k���K&� L&K�i�M�lm���NPOQ��N m���NROQ��N m���NPOQ��N m���NROQ��N

�n��'j)KS T)U V!W X U Y . Z [ U�\ .]G^ _ .�K�i��!�!�a`

f b b bdc�e f g h i j k l g�m e f m n f e o g j�p g hQk l g!q i h)j r o g!p g j j s t i f j i p e h e h)e jQo r h i q g h r e j�u v!w�xGiQv�v!y z � b { g | } ~ � { {� � � �

14,63 15,10 14,49 13,63 13,87 13,13� � } ��� � { � � } { g b � � � } �

� � � f12,50 11,80 14,01 12,75 12,99 12,03

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1 Devido a resolução ANEEL 488 de 07/12/00, onde houve alteração na cobrança das multas, não foi calculado o valor para o ano de 2001.

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Conforme nosso acompanhamento, notamos quetécnica de manutenção com Linha Viva temcontribuído na minimização dos índices DEC e FEC daDISDT e na melhora do item satisfação do cliente.Simulando os dados, em 2000 contribuímos com 0,62em DEC e 0,5 em FEC. Em 2001 com 1,02 em DEC e0,72 em FEC (vide tabela II).

Além das melhorias dos índices DEC/FEC acimadescritos, se a COPEL estivesse pagando multa para aANEEL por não cumprir as metas estabelecidas para osmesmos, os trabalhos realizados com a equipe de LinhaViva, teriam economizado R$ 295.293,84 em 2000 eR$ 265.973,67 em 2001

Se analisarmos os resultados obtidos apenas pela óticafinanceira é fácil perceber que a técnica de Linha Vivapara a manutenção dos equipamentos de SEs trazemuma grande economia para a empresa, bastandoverificar que em 1999 foram gastos R$ 47.765,99 naaquisição de materiais e na realização do curso, contrauma possível economia de R$ 295.293,00 equivalenteao cumprimento das metas DEC e FEC e o nãopagamento da multa para a ANEEL, ou seja os gastosequivalem a 16% da economia gerada.

Agora, se contabilizarmos aos aspectos financeiros, asatisfação dos clientes, a melhora da qualidade nofornecimento de energia e a melhora dos índicesDEC/FEC concluímos que a técnica de Linha Vivaaplicada na Manutenção dos equipamentos deSubestações é uma atividade altamente viável para osdias atuais.� � � ��� � � � � ����� ����� � � � ��� � !"� �$# % � !"� �

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Outra metodologia que passamos a utilizar namanutenção para manter os equipamentos em operaçãoo maior tempo possível, evitando desligamentos emantendo a continuidade do fornecimento de energiaelétrica aos consumidores, é o Tratamento de Óleo deTransformador “on-line”.� � � � � � )+* � � , - . � �

No processo de acompanhamento da Manutenção deTransformadores, utilizamos a técnica preditiva decoleta de óleo de transformadores, os mesmos sãoencaminhados para o laboratório onde são realizadasanálises das propriedades físico-químicas e de gasesdissolvidos no óleo isolante.

Quando os resultados dos ensaios físico-químicosindicam que o óleo mineral isolante alcançou umestágio moderado de degradação oxidativa, nósrealizamos a regeneração do óleo, visando prolongar avida útil deste e do equipamento.

A regeneração normalmente utilizada em óleo isolanteé um processo físico que tem por objetivo removercontaminantes ou produtos da oxidação termo-oxidativa deste. Neste processo, o óleo é colocado emcontato com um agente adsorvente (terra füller ou

bauxita), no qual os compostos polares serão retiradosdo óleo. Este óleo assim obtido, apresenta praticamenteas mesmas características físico – químicas de um óleonovo, porém, com um decréscimo na sua estabilidade àoxidação. Este fato é contornado com a adição de umaditivo antioxidante sintético, normalmente o DBPC(di- terc- butil para cresol), para que se recomponha acaracterística de desempenho deste óleo.

Convencionalmente, a regeneração é realizada emplantas fixas, sendo o óleo obtido entamborado paraposterior utilização. Neste processo para substituir oóleo de um transformador é necessário desligá-lo,realizar sua limpeza interna e posteriormente reênche-lo com o óleo regenerado, o que demanda um tempoprolongado e um custo elevado.

Para que pudéssemos usufruir as vantagens daregeneração e minimizar os problemas advindos daregeneração em planta fixa, a Copel Distribuiçãodesenvolveu um Sistema de Tratamento de Óleo deTransformador composto por uma unidaderegeneradora e uma unidade termovácuo, ambasportáteis.� � � � � � /10 * 2131 �134, 5 6 - � �

Considerando que a empresa já possuía experiênciabem sucedida em tratamento de óleo “on-line” emtransformadores de 230/138,0 kV e potência superior a20 MVA, passamos a adotar esta mesma técnica paraos transformadores de 34,5/13,8 kV e potência de até 7MVA.

No final de agosto de 2001, foi realizado umtratamento de óleo “on-line” em 02 (dois)transformadores da Subestação Cambará, cujascaracterísticas estão descritas na tabela III.

TABELA IIICARACTERISTICAS DOS TRANFORMADORES

Marca TUSA TUSAAno de fabricação 1987 1987Tensão 34,5/13,8 kV 34,5/13,8 kVPotência 7 MVA 7 MVANúmero Copel 102-00470 102-00473Volume de óleo 2.030 litros 2.030 litros

A regeneradora utilizada neste processo possui 01(uma) coluna perculadora com capacidade para 120 kgde terra Füller. A vazão utilizada foi de 200 litros/horae a secagem do óleo foi feita por um filtro desidratador.Foram utilizados 360 kg de terra Füller, gastos 60homens x horas trabalhadas e a máquina ficou emoperação por 120 horas, tempo suficiente para circular06 vezes o volume de óleo de cada transformador pelaregeneradora. As tabelas IV e V mostram ascaracterísticas do óleo antes e depois da regeneração.

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TABELA IVCARACTERISTICAS DO ÓLEO DO TRANSFORMADOR

Transformador n º 102-00470Antes Depois

Rigidez dielétrica (kV) 53,0 45F.P. a 100 º C (%) 11,8 1,8Tensão interfacial (dinas/cm) � � � � � � � �Índice de neutralização (mgKOH/gol) 0,20 0,01Teor de água (ppm) 16 20

TABELA VCARACTERISTICAS DO ÓLEO DO TRANSFORMADOR

Transformador n º 102-00473Antes Depois

Rigidez dielétrica (kV) 43 22,0F.P. a 100 º C (%) 12,5 2,5Tensão interfacial (dinas/cm) � � � � � � � �Índice de neutralização (mgKOH/gol) 0,18 0,01Teor de água (ppm) 14 22

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Na tabela VI apresentamos a análise Custo XBenefício, comparando 03 (três) hipóteses: ASubstituição do óleo do tranformador por óleo novo, asubstituição por óleo regenerado e a Regeneração “on-line”.

TABELA VICUSTO DO TRATAMENTO DE ÓLEO EM TRANSFORMADOR

Custo por técnica adotada (R$ / litro)Substituição por óleo novo 2,12Substituição por óleo regenerado 1,44Regeneração “on-line” 1,22

Para a composição dos custos do tratamento do óleo doexemplo acima, foram apurados os seguintes dados:,

• Substituição com óleo novo � Foi considerado amão de obra de 03 (três) técnicos, despesas detransporte, alimentação e pernoite, e os custos doóleo novo. Não foram considerados trabalhos emfinais de semana ou feriados, desligamentos deconsumidores e nem custos com o translado detranformador substituto.

• Substituição com óleo regenerado � Foiconsiderado a mão de obra de 03 (três) técnicos,despesas de transporte, alimentação e pernoite, eos custos do óleo regenerado. Não foramconsiderados trabalhos em finais de semana ouferiados, desligamentos de consumidores e nemcustos com o translado de tranformador substituto.

• Regeneração “on-line” � Foi considerado a mãode obra de 02 (dois) técnicos, despesas detransporte e alimentação, e os custos da terrafüller.

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Pelos resultados obtidos neste trabalho, é possívelverificar que:• A regeneração “on line” apresenta o menor custo

por litro de óleo.• No processo de regeneração “on line” não é

necessário desenergizar o equipamento, portantonão temos interrupção no funcionamento deenergia, remanejamento de carga ou substituiçãopor outro transformador.

• Outra economia a ser considerada é o do lucrocessante no caso do transformador vir a falhar, oude interromper consumidores.

• A utilização do processo de regeneração emtransformadores energizados é plenamente seguroe viável tecnicamente, desde que observados oslimites e condições do óleo antes e após o processode regeneração;

• A regeneração do óleo é uma técnica que minimizaimpactos ambientais, considerando-se que óleoisolante não regenerado é normalmente incinerado.

Considerando o descrito acima, concluímos que aRegeneração “on-line” é uma técnica que atendeplenamente os critérios técnicos, econômicos, desegurança, ambientais e da qualidade, sendo altamenterecomendável.

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A terceira metodologia que implantamos em nossa áreatambém vem com a preocupação de manter osequipamentos em operação o maior tempo possível,bem como evitar desligamentos e manter acontinuidade do fornecimento de energia elétrica aosconsumidores. A utilização da Subestação Móvel temsido fundamental nos casos mais graves.� � � � � � )+* � � , - . � �

Com intuito de minimizar as consequências com aperda de um transformador 34,5/13,8 kV, a CopelDistribuição S/A iniciou em meados de 2000 amontagem de 05 (cinco) Transformadores Móveis paraas suas Superintendências.

A princípio o objetivo era a de providenciar umaalternativa de atendimento caso um transformador deSubestação viesse a ter uma falha (queima deenrolamento e etc...), e que a solução da mesmademandasse muito tempo. Nestes casos otransformador móvel substituiria o transformadorfalhado até a sua recuperação.

Com o passar do tempo observamos que algunsserviços, tais como: Obras de ampliação de subestaçãoe redes, serviços de manutenção em transformadores ebarramentos e etc.., estavam sendo postergados paranão comprometer as metas da ANEEL e os índices dequalidade.

Para contornarmos este problema sem prejudicar asmetas da ANEEL e sem corrermos o risco de termos osproblemas agravados devido a falta de manutenção ou

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a não execução das obras, transformamos oTransformador Móvel em uma Subestação Móvel. Oque também permite uma maior flexibilidade nautilização das redes de 34,5 kV, por liberar potência detransformação para os alimentadores.

� � � � � � ��/�� 31* � - - � � . � � 6 � � � - � �A Subestação Móvel está montada conforme segue(vide fotos 07, 08 e 09):

• 01 (um) Trafo de força 34,5/13,8 kV, 7,00 MVA;• 01 (um) Religador automático 34,5 kV;• 01 (um) Religador automático 13,8 kV;• 01 (um) Relé de sobrecorrente;• 01 (um) Transformador de aterramento;• 01 (um) Trafo .de serviço auxiliar 34,5 kV/220V

• Cabos de energia (34,5kV e 13,8kV);• Carretéis p/acondicionamento cabos de energia;• Para-raiosEstes equipamentos estão montados numa carretarodoviária com suspensão a ar para maior proteção dosequipamentos.� � � � � � ��� * , � - . � ��* 0 * � 6 � � � � A tabela VII mostra a utilização da Subestação móvel.Apresenta a unidade em que foi utilizada, o tempo dedesligamento evitado, o número de consumidoresbeneficiados, os índices DEC e FEC evitados e omotivo da utilização da mesma.

TABELA VIIUTILIZAÇÃO DA SUBESTAÇÃO MÓVEL

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� �� � � � � � ! ���1� �� ! �� ���� � ! � � �

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28/04/02 3 Ivaiporã 27.3001 2,50 0,83 Linha de Transmissão desligada paramanutenção

28/04/02 3 Faxinal 2.804 1,04 0,35 Linha de Transmissão desligada paramanutenção

09/06/02 8 Bela Vista doParaíso

1.574 2,39 0,30 Manutenção no comutador de Tap doTR.

18 à 26/06/02 10 Nossa Senhora dasGraças

1.712 9,42 0,94 Manutenção nas buchas H0 e H1 doTR.

10/07/02 4 Centenário do Sul 3.372 3,85 0,96 Conexão do Geral 34,5 (Obras)

14/07/02 6 Arapongas 24.559 4,80 0,80 Linha de Transmissão deslocadadevido obras na estrada de rodagem.

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Conforme nosso acompanhamento, notamos que a SEMóvel tem contribuído na minimização dos índicesDEC e FEC da DISDT e na melhora do item satisfaçãodo cliente.

Simulando os dados de janeiro a julho de 2002contribuímos com 0,42 em DEC e 0,08 em FEC. (videtabela VII).A tabela VII também nos mostra que 48.173consumidores foram beneficiados com a utilização daSE Móvel, deixando de ficar às escuras.Diante do exposto concluímos que a SE Móvel é umauma ferramenta altamente recomendável para apoiodas equipes de manutenção e obras.

� � " � #%$ � & � � � ��'��)(�* � + , � -�� . � � � /O SOS Equipamentos tem o objetivo de aumentar adisponibilidade operacional dos equipamentos dasSubestações, através da ação doseletricistas/plantonistas, obtendo como resultado amelhora da qualidade no fornecimento de energia aosconsumidores e a diminuição dos custos damanutenção� � � � � � )+* � * � � � � - 2 * � 6 � Após alguns estudos verificou-se que as equipesviajavam quilômetros para substituir um fusível, ouligar um disjuntor, ou algo semelhante para recolocarum equipamento em operação. Ou seja, gastava-setempo em deslocamento, mão de obra, combustível eetc., para resolver um problema simples que poderia

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ser solucionado pelo próprio eletricista local desde quedevidamente orientado.

Diante do exposto e considerando que as palavras deordem no momento são: Diminuir custos, Aumentar aprodutividade do pessoal e Aumentar a disponibilidadedos equipamentos, as equipes de ManutençãoEletroeletrônica (MEESDT) e de ManutençãoEletromecânica (MEMSDT), desenvolveram um guiade atendimento rápido denominado de SOSEquipamentos.

Com o SOS Equipamentos o eletricista terá condiçõesde solucionar os problemas mais comuns e queocorrem com maior freqüência, evitando que a equipede manutenção se desloque quilômetrosdesnecessariamente, além de colocar o equipamentoem operação com mais rapidez.

O mesmo foi desenvolvido baseado na parte “soluçãode problemas” dos manuais dos equipamentoseletrônicos (TV, VÍDEO, DVD E ETC). É altoexplicativo, cheio de fotos e escrito numa linguagemsimples para facilitar o entendimento do eletricista.Com ele em mãos, basta o eletricista seguir asorientações para solucionar os problemas, caso nãoobtenha êxito daí sim acionar a equipe de manutenção.

O SOS Equipamentos ficará disponível em todas assubestações cuja operação é de responsabilidade daSuperintendência de Distribuição Norte (SDT), numtotal de 91 (noventa e uma) subestações, e com ostécnicos responsáveis pelos Centros de Serviços, numtotal de 17 (dezessete) técnicos.� � � � � ��� , � � � � � ��� * 31� � * 2 � * , * � - 6 � � � � � � 2 �

6 - - � � . � � � � � � �'/�� - 3 � 2 * � 6 � � 1. Testes de verificação dos comandos de abertura,

fechamento e bloqueio de ReligadoresAutomáticos;

2. Testes de verificação e funcionamento do BIP emReligadores Automáticos;

3. Testes de verificação nos comutadoresautomáticos dos Reguladores de Tensão;

4. Substituição dos fusíveis queimados dos controlesdos equipamentos.

� � � � � � �� � 6 � ��* � * � - �

A tabela VIII demonstra os gastos realizados para aelaboração do SOS Equipamentos.

A tabela IX demonstra os dados e os custos, referentesao ano 2001, que poderiam ter sido evitados com autilização do mesmo.� � � � � � ��� � � � � �

Analisando do ponto de vista financeiro as tabelas VIIIe IX, nos mostram a viabilidade da elaboração eimplantação desta ferramenta.

Ao aspecto financeiro temos que acrescentar que oSOS Equipamentos contribui, não só, para adiminuição dos custos da manutenção, masprincipalmente para o aumento de disponibilidadeoperacional dos equipamentos que resultarão na

melhora de qualidade de fornecimento de energia aonossos consumidores, fatos que podem ser observadosna tabela IX.

TABELA VIIICUSTOS PARA A ELABORAÇÃO DO SOS EQUIPAMENTOS

Custos gerais ( R$ )(Encadernação + plastificação e etc.) 1.785,00

Homens X Horas - técnicos( h ) 128

Homens X Horas - estagiário( h ) 176

Custo da mão de obra ( R$ )Técnico + estagiário 1.340,96

� �� � ! � ! � � %����� �� ���!� � � �

TABELA IXCUSTOS QUE PODERIAM SER EVITADOS COM A

UTILIZAÇÃO DO SOS EQUIPAMENTOS

N º de consumidores afetados 8.248

Quilômetros Rodados (km) 2.636

Homens X Horas gastas (h) 140

Tempo de interrupção do fornecimentode energia (h:mm) 3:41

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Consumo de energia interrompido (Kwh) 5.765,4

Lucro Cessante2 ( R$ ) ( I ) 731,00

Custo social ( R$ )3 ( II ) 34.223,41

Custos gerais ( R$ ) ( III )(M.O. + combustível + diária) 5.209,00

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2 Tarifa considerada para calculo = R$ 0,12679/kwh3 Tarifa considerada para calculo = U$ 2,12/kwh e dólar = R$ 2,80

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FOTO 01

CAMINHÃO DE LINHA VIVA – VISTA LATERAL

FOTO 02

INTERIOR DO CAMINHÃO DE LINHA VIVA

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FOTO 03

SUBSTITUIÇÃO DA CHAVE SECCIONADORA DE 34,5LINHA VIVA

FOTO 04

SUBSTITUIÇÃO DE ISOLADOR PEDESTAL - BARRA 34,5 KVLINHA VIVA

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FOTO 05

MÁQUINA TERMOVACUO

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FOTO 05

MÁQUINA REGENERADORA

FOTO 06

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÓLEO

(REGENERADORA + TERMOVACUO)

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FOTO 07

SUBESTAÇÃO MÓVEL

FOTO 08

SUBESTAÇÃO MÓVEL

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FOTO 09

SUBESTAÇÃO MÓVEL