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Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo 1. Enquadramento geral O Sistema de Incentivos à inovação empresarial e empreendedorismo estrutura-se em três áreas: Inovação produtiva NÃO PME; Empreendedorismo qualificado e criativo; Inovação produtiva PME. Objetivos específicos de cada área: Inovação produtiva NÃO PME - Reforçar o investimento empresarial em atividades inovadoras, promovendo o aumento da produção transacionável e internacionalizável e a alteração do perfil produtivo do tecido económico; Contribuir para a internacionalização e orientação transacionável da economia portuguesa e para a criação de emprego qualificado, bem como gerar um efeito de arrastamento em PME; Empreendedorismo qualificado e criativo - promover o empreendedorismo qualificado e criativo; Inovação produtiva PME - promover a inovação no tecido empresarial, traduzida na produção de novos, ou significativamente melhorados, bens e serviços transacionáveis e internacionalizáveis diferenciadores e de qualidade e com elevado nível de incorporação nacional, criando oportunidades de internacionalização ou reforçando a qualidade do tecido empresarial das regiões. 2. Tipologia de projetos Inovação produtiva NÃO PME: a) Produção de novos bens e serviços ou melhorias significativas da produção atual através da transferência e aplicação de conhecimento; b) Adoção de novos, ou significativamente melhorados, processos ou métodos de fabrico.

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Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo

1. Enquadramento geral

O Sistema de Incentivos à inovação empresarial e empreendedorismo estrutura-se em três

áreas:

• Inovação produtiva NÃO PME;

• Empreendedorismo qualificado e criativo;

• Inovação produtiva PME.

Objetivos específicos de cada área :

Inovação produtiva NÃO PME - Reforçar o investimento empresarial em atividades inovadoras, promovendo o aumento da produção transacionável e internacionalizável e a alteração do perfil produtivo do tecido económico; Contribuir para a internacionalização e orientação transacionável da economia portuguesa e para a criação de emprego qualificado, bem como gerar um efeito de arrastamento em PME;

Empreendedorismo qualificado e criativo - promover o empreendedorismo qualificado e criativo;

Inovação produtiva PME - promover a inovação no tecido empresarial, traduzida na produção de novos, ou significativamente melhorados, bens e serviços transacionáveis e internacionalizáveis diferenciadores e de qualidade e com elevado nível de incorporação nacional, criando oportunidades de internacionalização ou reforçando a qualidade do tecido empresarial das regiões.

2. Tipologia de projetos

Inovação produtiva NÃO PME:

a) Produção de novos bens e serviços ou melhorias significativas da produção atual através da transferência e aplicação de conhecimento;

b) Adoção de novos, ou significativamente melhorados, processos ou métodos de fabrico.

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empr eendedorismo

Inovação produtiva PME:

a) Produção de novos bens e serviços ou melhorias significativas da produção atual

através da transferência e aplicação de conhecimento;

b) Adoção de novos, ou significativamente melhorados, processos ou métodos de fabrico,

de logística e distribuição, bem como métodos organizacionais ou de marketing.

No caso dos projetos das tipologias anteriores cons ideram-se enquadráveis os

investimentos relacionados com :

i) A criação de um novo estabelecimento;

ii) O aumento da capacidade de um estabelecimento já existente;

iii) A diversificação da produção de um estabelecimento para produtos não produzidos

anteriormente no estabelecimento;

iv) A alteração fundamental do processo global de produção de um estabelecimento

existente.

NOTA: Não são apoiados projetos de investimento de mera expansão ou de

modernização.

Empreendedorismo qualificado e criativo

PME com menos de dois anos a dinamizar em setores com fortes dinâmicas de

crescimento, incluindo as integradas em indústrias criativas e culturais, e/ou setores com

maior intensidade de tecnologia e conhecimento ou que valorizem a aplicação de

resultados de I&D na produção de novos bens e serviços, valorizando a articulação com o

ecossistema do empreendedorismo.

São ainda apoiados os vales empreendedorismo, projetos de aquisição de serviços de

consultoria na área do empreendedorismo imprescindíveis ao arranque de empresas,

nomeadamente a elaboração de planos de negócios.

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empr eendedorismo

Em todas as tipologias anteriores (com exceção dos Vales) pode ser associada uma

componente específica de formação.

3 – Regime contratual de investimento

a) Projetos de interesse especial - projetos de grande dimensão cujo custo total elegível

seja igual ou superior a 25 milhões de euros;

b) Projetos de interesse estratégico - projetos que sejam considerados de interesse

estratégico para a economia nacional ou de determinada região, como tal reconhecidos, a

título excecional, por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas

áreas do desenvolvimento regional e da economia, independentemente do seu custo total

elegível.

Os projetos de regime contratual referidos devem cumprir os critérios de elegibilidade e de

seleção e são sujeitos a um processo negocial específico precedido da obtenção de pré-

vinculação da autoridade de gestão quanto ao incentivo máximo a conceder.

4 – Âmbito setorial

Não são elegíveis projetos com as seguintes atividades, de acordo com a CAE:

Financeiras e de seguros; Defesa; Lotarias e outros jogos de aposta.

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Emp reendedorismo

E, ainda, as seguintes de acordo com as restrições europeias:

À exceção do vale empreendedorismo, estão excluídos do âmbito de aplicação desta

tipologia de investimento os incentivos concedidos:

No setor da pesca e da aquicultura; no setor da produção agrícola primária; nos

setores siderúrgico, do carvão, das fibras sintéticas, dos transportes e das

infraestruturas conexas e da produção, distribuição e infraestruturas energéticas; no

setor de transformação e comercialização de produtos agrícolas previsto no anexo I do

Tratado e produtos florestais, conforme estabelecido no Acordo de Parceria no âmbito

da delimitação entre fundos da Política da Coesão e FEADER e FEAMP, quando se

trate de projetos de investimento empresarial:

i) Desenvolvidos em explorações agrícolas (quando a matéria prima provém

maioritariamente da própria exploração), ou

ii) Desenvolvidos por Organizações de Produtores, ou

iii) Com investimento total igual ou inferior a 4 M €.

5. Apresentação de candidaturas – Avisos As candidaturas são apresentadas, regra geral, no âmbito de um procedimento concursal,

e são submetidas através de formulário eletrónico, disponível no Balcão 2020.

Os avisos para apresentação de candidaturas podem ser de natureza geral ou específica,

decorrente de foco temático e ou territorial. Definem, ainda:

� Os objetivos e as prioridades visadas;

� A área geográfica de aplicação;

� O âmbito setorial dos projetos;

� A metodologia de apuramento do mérito e a pontuação mínima necessária para a

seleção dos projetos, quando aplicável;

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empr eendedorismo

� Os programas operacionais financiadores;

� O modo de submissão das candidaturas;

� Outras condições específicas de acesso;

� O âmbito de aplicação do critério de desempate

6. Critérios de elegibilidade dos beneficiários

São exigíveis aos beneficiários, os seguintes critérios:

� Estarem legalmente constituídos;

� Terem a situação tributária e contributiva regularizada perante, respetivamente, a administração fiscal e a segurança social;

� Poderem legalmente desenvolver as atividades no território abrangido pelo PO ou PDR e pela tipologia das operações e investimentos a que se candidatam;

� Possuírem, ou poderem assegurar até à aprovação da candidatura, os meios técnicos, físicos e financeiros e os recursos humanos necessários ao desenvolvimento da operação;

� Terem a situação regularizada em matéria de reposições, no âmbito dos financiamentos dos FEEI;

� Apresentarem uma situação económico-financeira equilibrada e demonstrarem ter capacidade de financiamento da operação;

� Não terem apresentado a mesma candidatura, no âmbito da qual ainda esteja a decorrer o processo de decisão ou em que a decisão sobre o pedido de financiamento tenha sido favorável, exceto nas situações em que tenha sido apresentada desistência;

� Não deterem nem terem detido capital numa percentagem superior a 50 %, por si ou pelo seu cônjuge, não separado de pessoas e bens, ou pelos seus ascendentes e descendentes até ao 1.º grau, bem como por aquele que consigo viva em condições análogas às dos cônjuges, em empresa que não tenha cumprido notificação para devolução de apoios no âmbito de uma operação apoiada por fundos europeus;

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Em preendedorismo

� Dispor de contabilidade organizada, nos termos da legislação aplicável;

� Não ser uma “empresa em dificuldade”, ou seja, uma empresa à qual se verifica, pelo menos, uma das seguintes circunstâncias:

• No caso de uma empresa que exista há três ou mais anos, se mais de metade do seu capital social subscrito tiver desaparecido devido a perdas acumuladas, ou seja quando a dedução das perdas acumuladas das reservas e de todos os outros elementos geralmente considerados como uma parte dos fundos próprios da empresa, conduz a um montante cumulado negativo que excede metade do capital social subscrito;

• Sempre que a empresa for objeto de um processo coletivo de insolvência ou preencher, de acordo com o respetivo direito nacional, os critérios para ser submetida a um processo coletivo de insolvência a pedido dos seus credores;

• Sempre que uma empresa tiver recebido um auxílio de emergência e ainda não tiver reembolsado o empréstimo ou terminado a garantia, ou tiver recebido um auxílio à reestruturação e ainda estiver sujeita a um plano de reestruturação;

• No caso de uma Não PME, sempre que, nos últimos dois anos o rácio “dívida contabilística/fundos próprios da empresa” tiver sido superior a 7,5 e o rácio de cobertura dos juros da empresa, calculado com base em EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações), tiver sido inferior a 1,0.

� Declarar que não se trata de uma empresa sujeita a uma injunção de recuperação ainda pendente;

� Declarar que não tem salários em atraso

� Ter concluído os projetos anteriormente aprovados ao abrigo da presente secção para o mesmo estabelecimento da empresa, exceto nos casos de projetos do regime contratual de investimento;

� Não ter encerrado a mesma atividade, ou uma atividade semelhante, no Espaço Económico Europeu nos dois anos que antecedem a data de candidatura ou que, à data de candidatura, tenha planos concretos para encerrar essa atividade no prazo máximo de dois anos após a conclusão do projeto a apoiar,

� No vale empreendedorismo , constituem ainda critérios de elegibilidade dos beneficiários os seguintes:

• Possuir situação líquida positiva;

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e E mpreendedorismo

• Não ter projetos aprovados nas áreas de inovação produtiva PME e empreendedorismo qualificado e criativo

• Corresponder a uma empresa criada há menos de dois anos.

Os critérios de elegibilidade dos beneficiários aci ma referidos devem ser reportados à data da candidatura.

7. Critérios de elegibilidade dos projetos

Os critérios de elegibilidade dos projetos para as áreas inovação produtiva Não PME, PME

e empreendedorismo qualificado e criativo, com exceção dos vales empreendedorismo,

são os seguintes:

� Ter data de candidatura anterior à data de início de início dos trabalhos (quer o início dos trabalhos de construção relacionados com o investimento, quer o primeiro compromisso firme de encomenda de equipamentos ou qualquer outro compromisso que torne o investimento irreversível, consoante o que acontecer primeiro. A compra de terrenos e os trabalhos preparatórios, como a obtenção de licenças e a realização de estudos de viabilidade, não são considerados início dos trabalhos);

� No caso de projeto individual, ser sustentado por uma análise estratégica da empresa que identifique as áreas críticas para o negócio em que se insere, diagnostique a situação da empresa nestas áreas críticas e fundamente as opções de investimento consideradas na candidatura;

� Demonstrar a viabilidade económico-financeira e que se encontram asseguradas as fontes de financiamento (no caso de Não PME, apresentem um rácio de autonomia financeira não inferior a 0,20; no caso de PME, apresentem um rácio de autonomia financeira não inferior a 0,15). O rácio de autonomia financeira é calculado através da seguinte fórmula:

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em que: AF – autonomia financeira da empresa; CPe – capital próprio da empresa, incluindo os suprimentos desde que estes venham a ser incorporados em capital próprio até à data da assinatura do termo de aceitação ou do contrato, conforme aplicável; AT – ativo total da empresa.

Consideram -se adequadamente financiados com capitais próprios os projetos de investimento cuja despesa elegível seja coberta por um mínimo de 20 % de capitais próprios, calculado através de uma das seguintes fórmulas:

Ou

em que CPe – conforme anteriormente definido; CPp – capital próprio do projeto, incluindo novas entradas de capital (capital social, incorporação de suprimentos e prestações suplementares de capital), desde que venham a ser incorporados em capital próprio até à conclusão material e financeira do projeto; AT – conforme anteriormente definido; DEp – montante da despesa elegível do projeto.

� Demonstrar o efeito do incentivo, que se encontra demonstrado sempre que o beneficiário tenha apresentado a candidatura em data anterior à data de início dos trabalhos relativos ao projeto;

� No que respeita aos investimentos no setor do turismo, encontrar-se o respetivo projeto de arquitetura aprovado pela edilidade camarária competente nos casos em que seja legalmente exigida a instrução de um procedimento de licença administrativa, ou ter sido apresentada a comunicação prévia na referida edilidade camarária nos casos em que seja legalmente permitido o procedimento de comunicação prévia, ambos à data da candidatura e devidamente instruídos com os pareceres legalmente exigíveis;

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empr eendedorismo

� No caso dos projetos do setor do turismo, estar alinhados com as respetivas estratégias nacional e regionais para o setor do turismo;

� Ter uma duração máxima de execução de 24 meses, exceto nos casos devidamente justificados (pode haver redução de incentivo para as despesas elegíveis realizadas após prazo de prorrogação aprovado);

� Demonstrar, quando integrar ações de formação profissional, que o projeto formativo se revela coerente e consonante com os objetivos do projeto, cumpre os normativos estabelecidos no âmbito dos incentivos à formação profissional, e não inclui ações de formação obrigatórias para cumprir as normas nacionais em matéria de formação;

� Iniciar a execução do projeto no prazo máximo de seis meses, após a comunicação da decisão de financiamento;

� Não ter por objeto empreendimentos turísticos a explorar ou explorados em regime de direito de habitação periódica, de natureza real ou obrigacional;

No caso das áreas de inovação produtiva Não PME e PME são ainda critérios de elegibilidade:

� Nos projetos do regime contratual de investimento, a apresentação de uma análise de custo-benefício

� No caso dos incentivos concedidos a favor de uma alteração fundamental no processo de produção, os custos elegíveis devem exceder a amortização e depreciação dos ativos associados à atividade a modernizar no decurso dos três exercícios fiscais precedentes;

� Em relação aos incentivos destinados à diversificação de um estabelecimento já existente, os custos elegíveis devem exceder em, pelo menos, 200% o valor contabilístico dos ativos que são reutilizados, tal como registado no exercício fiscal que precede o início dos trabalhos;

� Em relação aos incentivos destinados ao aumento da capacidade de um estabelecimento já existente, em conformidade com o previsto na subalínea ii) da alínea a) do n.º 4 do artigo 21.º, esse aumento deve corresponder no mínimo a 20% da capacidade instalada em relação ao ano pré-projeto.

� No caso da área de inovação produtiva Não PME acrescem ainda os seguintes requisitos:

• Deve ser valorizado o contributo relevante para a internacionalização e orientação transacionável da economia portuguesa, o impacte em termos de criação de emprego qualificado, bem como o efeito de arrastamento em PME;

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• os projetos devem inserir-se nos domínios prioritários da estratégia de

investigação e inovação para uma especialização inteligente; • o beneficiário deve garantir que da realização do investimento apoiado não

resulta uma perda substancial de postos de trabalho noutra região da União Europeia.

� Quando o projeto se inserir numa nova atividade económica, o beneficiário tem de

demonstrar, na conclusão do mesmo, a existência de volume de negócios associado a essa atividade.

� No caso do vale empreendedorismo , os critérios de elegibilidade são os seguintes:

• a) A data da candidatura deve ser anterior à data da contratação com o prestador do serviço;

• b) Demonstrar que se encontram asseguradas as fontes de financiamento

• c) Ter uma duração máxima de execução de 12 meses, exceto em casos devidamente justificados;

• d) Não corresponder a projeto em curso na entidade acreditada;

• e) Identificar de forma clara, objetiva e prática, o problema a solucionar e demonstrar que os serviços a adquirir vão contribuir para a sua resolução efetiva;

• f) Demonstrar a natureza incremental e não recorrente da atividade contratada;

• g) Corresponder a uma aquisição dos serviços a uma entidade registada enquanto entidade acreditada, nos termos definidos no artigo 17.º, e evidenciar que no âmbito da aquisição do serviço foi efetuada a consulta a pelo menos duas das entidades acreditadas no domínio de intervenção selecionado, quando as houver.

Os avisos para apresentação de candidatura definem os limiares mínimos de investimento para cada tipologia de projeto.

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8. Despesas Elegíveis

À exceção do vale empreendedorismo, consideram-se elegíveis as seguintes despesas, desde que diretamente relacionadas com o desenvolvimento do projeto:

� Ativos corpóreos constituídos por:

• Custos de aquisição de máquinas e equipamentos, custos diretamente atribuíveis para os colocar na localização e condições necessárias para os mesmos serem capazes de funcionar;

• Custos de aquisição de equipamentos informáticos, incluindo o software necessário ao seu funcionamento.

� Ativos incorpóreos constituídos por:

• Transferência de tecnologia através da aquisição de direitos de patentes, nacionais e internacionais;

• Licenças, «saber-fazer» ou conhecimentos técnicos não protegidos por patente; • Software standard ou desenvolvido especificamente para determinado fim.

� Outras despesas de investimento , até ao limite de 20%, ou 35% no caso dos

projetos do empreendedorismo, do total das despesas elegíveis do projeto:

• Despesas com a intervenção de técnicos oficiais de contas ou revisores oficiais

de contas, na validação da despesa dos pedidos de pagamento, até ao limite

de 5.000 euros;

• Serviços de engenharia relacionados com a implementação do projeto;

• Estudos, diagnósticos, auditorias, planos de marketing e projetos de arquitetura

e de engenharia, associados ao projeto de investimento.

Formação de recursos humanos com as seguintes despesas elegíveis, de

acordo com a natureza e limites previstos em diploma próprio:

� Custos do pessoal, relativos a formadores, para as horas em que os formandos

participem na formação;

� Custos de funcionamento relativos a formadores e formandos diretamente

relacionados com o projeto de formação, como despesas de deslocação, material

e fornecimentos diretamente relacionados com o projeto e amortização dos

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empr eendedorismo

� instrumentos e equipamentos, na medida em que forem exclusivamente utilizados

no projeto de formação em causa;

� Custos de serviços de consultoria associados ao projeto de formação, no caso dos

projetos de formação-ação, os custos de serviços de consultoria associados ao

diagnóstico do plano de formação;

� Custos do pessoal, relativos a formandos, e custos indiretos gerais, relativamente

ao número total de horas em que os formandos participam na formação.

� Aquisição de serviços de execução de cadastro predial do prédio ou prédios em

que incide a operação ou o projeto, incluindo aluguer de equipamento.

� As despesas referidas anteriormente apenas são elegíveis se os bens e serviços

adquiridos preencherem cumulativamente as seguintes condições:

� Serem exclusivamente imputáveis ao estabelecimento do beneficiário onde se

desenvolve o projeto;

� Resultarem de aquisições em condições de mercado a terceiros não relacionados

com o adquirente;

� Não serem adquiridos a empresas sedeadas em países, territórios e regiões com

regimes de tributação privilegiada;

� Os projetos dos setores do turismo e da indústria , em casos devidamente

justificados no âmbito da atividade do projeto, podem ainda incluir, como despesas

elegíveis, a construção de edifícios, obras de remodelação e out ras

construções , desde que adquiridos a terceiros não relacionados com o

adquirente, sujeitos a limitações a definir nos avisos para apresentação de

candidaturas ou no pré-vínculo em matéria de proporção do investimento total ou

da taxa de incentivo;

� Os projetos do setor do turismo, em casos devidamente justificados no âmbito do

exercício da atividade turística, podem ainda incluir, como despesas elegíveis

material circulante que constitua a própria atividade turística a desenvolver, desde

que diretamente relacionadas com o exercício da atividade.

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empr eendedorismo

� No que respeita ao vale empreendedorismo , consideram- se elegíveis as

despesas com serviços de consultoria na área do empreendedorismo,

nomeadamente a elaboração de planos de negócios, bem como serviços de

consultoria imprescindíveis ao arranque de empresas recém-criadas. Estas

despesas apenas são elegíveis se preencherem as seguintes condições:

• Serem exclusivamente imputáveis ao estabelecimento do beneficiário

onde se desenvolve o projeto;

• Resultarem de aquisições em condições de mercado a terceiros não

relacionados com o adquirente;

• Resultarem de aquisições a entidades acreditadas para a prestação do

serviço em causa.

• Os custos elegíveis apresentados nos pedidos de pagamento do

beneficiário, assentam numa base de custos reais, tendo de ser

justificados através de faturas pagas ou outros documentos contabilísticos

de valor probatório equivalente.

9. Despesas não elegíveis

São consideradas despesas não elegíveis as seguintes:

� Custos normais de funcionamento do beneficiário e investimentos de manutenção

e substituição:

� Custos referentes a investimentos diretos no estrangeiro;

� Custos referentes a atividades relacionadas com a exportação;

� Trabalhos da empresa para ela própria;

� Pagamentos em numerário;

� Despesas pagas em que o montante a pagar é expresso em percentagem do

montante cofinanciado ou das despesas elegíveis do projeto;

� Compra de imóveis, incluindo terrenos;

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� Trespasse e direitos de utilização de espaços;

� Aquisição de bens em estado de uso;

� IVA recuperável;

� Aquisição de veículos automóveis, aeronaves e outro material de transporte

(exceto no turismo)

� Juros durante o período de realização do investimento;

� Fundo de maneio;

� Estudos de viabilidade quando realizados antes da data de candidatura.

� Custos de investimento associados às unidades de alojamento exploradas em

regime de habitação periódica.

10. Forma, montante e limites dos incentivos

Os incentivos a conceder no âmbito da inovação produtiva e empreendedorismo qualificado revestem a forma de reembolsável e no vale empreendedorismo incentivo não reembolsável.

• Incentivo reembolsável : Prazo total de reembolso de 8 anos, com período de carência de 2 anos e período de reembolso de 6 anos;

Para projetos de criação de novos estabelecimentos hoteleiros e conjuntos turísticos: Prazo total de reembolso de 10 anos, com período de carência de 3 anos e período de reembolso de 7 anos;

• Isenção de reembolso de uma parcela do incentivo reembolsável, calculado em função da avaliação dos resultados do projeto (VAB; criação de emprego qualificado; volume de negócios) e determinação do grau de cumprimento (GC).

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Em preendedorismo

A isenção é atribuída proporcionalmente, até ao limite de 60%, e é calculada de acordo com a seguinte tabela:

GC – Grau de cumprimento apurado

Isenção de reembolso

]100 %,105 %] 10%

]105 %, 110 %] 20%

]110 %, 115 %] 30%

]115 %,120 %] 40%

]120 %,125 %] 50%

GC > 125 % . 60%

• Os incentivos a conceder aos projetos no âmbito do vale empreendedorismo, têm como limite máximo 15.000 euros por projeto.

� Pode ocorrer uma redução do incentivo nas seguintes condições:

• Inovação produtiva e empreendedorismo qualificado - as despesas elegíveis

realizadas até ao final do primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestre do prazo

de prorrogação fixado (até 12 meses) são reduzidas, respetivamente, em 5 %, 10

%, 15 % e 20 % do seu valor;

• Vale empreendedorismo - as despesas elegíveis realizadas até ao final do

primeiro e segundo trimestre do prazo de prorrogação fixado (até seis meses) são

reduzidas, respetivamente, em 5 % e 10 % do seu valor.

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11. Taxas de financiamento

Empresas: taxa base de incentivo de 30%, que pode ser acrescida das seguintes majorações:

� Baixa Densidade (10 p.p.);

� Sustentabilidade (10 p.p.);

� Tipo de empresa:

• 10 p.p. a médias empresas; • 10 p.p. a micro e pequenas empresas que desenvolvam projetos com despesa

elegível igual ou superior a 5 milhões de euros • 20 p.p. a micro e pequenas empresas que desenvolvam projetos com despesa

elegível inferior a 5 milhões de euros.

� Empreendedorismo: 10 p.p. a projetos de empreendedorismo qualificado e criativo.

� Majoração «execução do investimento»: até 10 p.p. atribuir a projetos que cumpram ou antecipem o plano de execução dos investimentos aprovado em candidatura nas condições definidas em deliberação da CIC Portugal 2020.

� Custos com formação profissional: taxa base de incentivo é de 50%, acrescida das seguintes majorações quando aplicável, não podendo, em qualquer caso, a taxa global ultrapassar os 70%:

• Em 10 p.p. se a formação for dada a trabalhadores com deficiência ou desfavorecidos;

• Em 10 p.p. se o incentivo for concedido a médias empresas e em 20 p.p. se for concedido a micro e pequenas empresas.

� Vale empreendedorismo: taxa máxima de 75%.

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12 – Legislação e Regulamentação:

Portaria n.º 57-A/2015

Adota o regulamento específico do domínio da Competitividade e Internacionalização.

Portaria n.º 181-B/2015

Primeira alteração à Portaria n.º 57-A/2015

Portaria n.º 328-A/2015

Segunda alteração à Portaria n.º 57-A/2015

Portaria n.º 211-A/2016

Terceira alteração à Portaria n.º 57-A/2015

Portaria n.º 142/2017

Quarta alteração à Portaria n.º 57-A/2015

Decreto-Lei n.º 6/2015

Estabelece as condições e as regras a observar na criação de sistemas de incentivos aplicáveis às empresas no território do continente.

Decreto-Lei n.º 159/2014

Estabelece as regras gerais de aplicação dos Programas Operacionais e dos Programas de Desenvolvimento Rural financiados pelos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, para o período de programação 2014-2020

REGULAMENTO (UE) Nº 651/2014

Declara certas categorias de auxílio compatíveis com o mercado interno, em aplicação dos artigos 107.o e 108.o do Tratado

ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 2 /2016

Delimitação de Fundos FEDER E FEADER no âmbito do apoio à transformação e comercialização de produtos agrícolas.

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo

Despacho n.º 10172-A/2015

Norma de pagamentos aos beneficiários do Sistema de Incentivos no domínio da

Competitividade e Internacionalização.

Boas Práticas

Guias de boas práticas organizados por temas: Apresentação de Candidaturas e

Execução de Projetos.

13. Contactos úteis

� IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I.P.

www.iapmei.pt

[email protected]

Telefone: 213 836 000

Linha Azul 808 201 201

� AICEP – Portugal Global E.P.E.

www.portugalglobal.pt

[email protected]

Telefones: 217 909 500 / 808 214 214

� Turismo de Portugal, I.P .

www.turismodeportugal.pt / www.visitportugal.com

[email protected]

Telefones: 211 140 200 / 808 209 209

Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo

Técnico: Pedro Castro Lopes

Data da elaboração: 10 de Maio 2017

Coordenador: Osória Veiga Miranda

Data da validação: