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PROPOSTAS PARA UMA POLÍTICA DO ASFALTO Neste cenário promissor, de perspectivas para o cresci- mento, constatam-se gargalos no que respeita à rede de dis- tribuidores, aí incluídas a escassez de caminhões e tanques de armazenamento. O contexto atual leva a maior consumo. Note-se que a partir do ano de 1998, quando se atingiu o pa- tamar de 1.969.321 toneladas produzidas, houve continuado decréscimo. Em 1999, foram produzidas apenas 1.551.446; em 2000, 1.772.891; no ano de 2001, 1.662.780; em 2002, 1.609.843; em 2003, somente 1.155.631; em 2004, 1.409.275 toneladas. A reação, fruto dos investimentos, refletiu-se no ano de 2007, quando a produção atingiu a marca de 1.704.441 toneladas, que deve ser superada no ano em curso, que já acumula 1.342.762 toneladas até o mês de agosto. Com o objetivo de equacionar o problema, o SINICESP tem envidado uma série de esforços, mantendo diálogo com a Petrobras com o objetivo de propor mudanças a fim de que a demanda venha a ser atendida convenientemente. Neste tra- balho, envolveu a FIESP, onde foi criado o Grupo de Trabalho do Asfalto, com participação de diversas entidades ligadas ao setor da infra-estrutura. A solução mais adequada, diante do quadro da economia mundial, em permanente oscilação, seria o cumprimento, por parte dos órgãos públicos contratantes, de dispositivo legal estabelecido pela Lei de Licitações, que determina a imediata recomposição dos preços quando ocorre o desequilíbrio eco- nômico-financeiro do contrato. O momento atual, que se afigura promissor para o País atingir novos patamares de desenvolvimento, exige algumas mudanças de forma a aperfeiçoar os mecanismos à disposição da infra-estrutura, caso do asfalto. São questões que devem ser equacionadas de imediato. A questão asfalto, insumo básico e essencial no trabalho de pavimentar rodovias, tem preocupado sobrema- neira as empresas do segmento econômico da cons- trução pesada, que buscam, sempre, o aprimoramento e a qualidade dos serviços executados, de forma a garantir segu- rança aos usuários e proporcionar meios eficazes para o escoa- mento da produção. No Brasil, o asfalto é produzido, com exclusividade, pela Petrobras e distribuído tanto pela estatal quanto por outras empresas especializadas. No entanto, diferem as especifica- ções do produto, fato que leva, muitas vezes, à ocorrência de problemas, tendo como principal exemplo o CAP 35-45. De acordo com relatório técnico publicado pela ABCR, sob res- ponsabilidade dos engenheiros Heitor Roberto Giampaglia e Fernando Augusto Júnior, o CAP 35 é mais adequado para as regiões em que o revestimento asfáltico atinge temperaturas elevadas, como é o caso das regiões Norte, Nordeste, Centro- Oeste e Sudeste. O produto ideal para São Paulo, segundo o estudo, somente é produzido no Rio de Janeiro. No estado paulista o produto oferecido, oriundo de Paulínia e São José dos Campos, é o CAP 50-70, menos recomendado para as rodovias sujeitas a trânsito intenso e pesado, situação que se agrava pela falta de fiscaliza- ção no tocante ao excesso de carga, fator que reduz o tempo de vida útil das estradas, exigindo conservação mais constante. A situação se torna mais dramática com o aumento do consumo, decorrente da recuperação dos investimentos em infra-estrutura, que têm o poder de estimular o conjunto de atividades econômicas, com rápidos efeitos positivos sobre a geração de emprego, além de permitir que São Paulo continue como exemplo de trabalho, eficiência e seriedade. ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA DO ESTADO DE SÃO PAULO ANO XX – N O 160 NOVEMBRO/DEZEMBRO/2008 BIMESTRAL Distribuição gratuita REPRESENTANDO A CATEGORIA ECONÔMICA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, RECUPERAÇÃO, REFORÇO, MELHORAMENTO, MANUTENÇÃO, SINALIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E OPERAÇÃO DE ESTRADAS, BARRAGENS, HIDRELÉTRICAS, TERMOELÉTRICAS, METRÔS, FERROVIAS, HIDROVIAS, TÚNEIS, ECLUSAS, DRAGAGEM, DRENAGEM, AEROPORTOS, PORTOS, CANAIS, DUTOS, MONTAGEM INDUSTRIAL, PONTES, VIADUTOS, OBRAS DE SANEAMENTO, ATERROS SANITÁRIOS, PAVIMENTAÇÃO, OBRAS DE TERRAPLENAGEM EM GERAL E CONCESSIONÁRIAS PÚBLICAS. SISTEMA DE GESTÃO CERTIFICADO ISO 9001:2000 HÉLCIO PETRÔNIO DE FARIAS

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PROPOSTAS PARA UMA POLÍTICA DO ASFALTO

Neste cenário promissor, de perspectivas para o cresci-

mento, constatam-se gargalos no que respeita à rede de dis-

tribuidores, aí incluídas a escassez de caminhões e tanques de

armazenamento. O contexto atual leva a maior consumo.

Note-se que a partir do ano de 1998, quando se atingiu o pa-

tamar de 1.969.321 toneladas produzidas, houve continuado

decréscimo. Em 1999, foram produzidas apenas 1.551.446; em

2000, 1.772.891; no ano de 2001, 1.662.780; em 2002, 1.609.843;

em 2003, somente 1.155.631; em 2004, 1.409.275 toneladas.

A reação, fruto dos investimentos, refl etiu-se no ano de 2007,

quando a produção atingiu a marca de 1.704.441 toneladas,

que deve ser superada no ano em curso, que já acumula

1.342.762 toneladas até o mês de agosto.

Com o objetivo de equacionar o problema, o SINICESP tem

envidado uma série de esforços, mantendo diálogo com a

Petrobras com o objetivo de propor mudanças a fi m de que

a demanda venha a ser atendida convenientemente. Neste tra-

balho, envolveu a FIESP, onde foi criado o Grupo de Trabalho

do Asfalto, com participação de diversas entidades ligadas ao

setor da infra-estrutura.

A solução mais adequada, diante do quadro da economia

mundial, em permanente oscilação, seria o cumprimento, por

parte dos órgãos públicos contratantes, de dispositivo legal

estabelecido pela Lei de Licitações, que determina a imediata

recomposição dos preços quando ocorre o desequilíbrio eco-

nômico-fi nanceiro do contrato.

O momento atual, que se afi gura promissor para o País

atingir novos patamares de desenvolvimento, exige algumas

mudanças de forma a aperfeiçoar os mecanismos à disposição

da infra-estrutura, caso do asfalto. São questões que devem ser

equa cionadas de imediato.

Aquestão asfalto, insumo básico e essencial no trabalho

de pavimentar rodovias, tem preocupado sobrema-

neira as empresas do segmento econômico da cons-

trução pesada, que buscam, sempre, o aprimoramento e a

qualidade dos serviços executados, de forma a garantir segu-

rança aos usuários e proporcionar meios efi cazes para o escoa-

mento da produção.

No Brasil, o asfalto é produzido, com exclusividade, pela

Petrobras e distribuído tanto pela estatal quanto por outras

empresas especializadas. No entanto, diferem as especifi ca-

ções do produto, fato que leva, muitas vezes, à ocorrência de

problemas, tendo como principal exemplo o CAP 35-45. De

acordo com relatório técnico publicado pela ABCR, sob res-

ponsabilidade dos engenheiros Heitor Roberto Giampaglia e

Fernando Augusto Júnior, o CAP 35 é mais adequado para as

regiões em que o revestimento asfáltico atinge temperaturas

elevadas, como é o caso das regiões Norte, Nordeste, Centro-

Oeste e Sudeste.

O produto ideal para São Paulo, segundo o estudo, somente

é produzido no Rio de Janeiro. No estado paulista o produto

oferecido, oriundo de Paulínia e São José dos Campos, é o CAP

50-70, menos recomendado para as rodovias sujeitas a trânsito

intenso e pesado, situação que se agrava pela falta de fi scaliza-

ção no tocante ao excesso de carga, fator que reduz o tempo de

vida útil das estradas, exigindo conservação mais constante.

A situação se torna mais dramática com o aumento do

consumo, decorrente da recuperação dos investimentos em

infra-estrutura, que têm o poder de estimular o conjunto de

atividades econômicas, com rápidos efeitos positivos sobre a

geração de emprego, além de permitir que São Paulo continue

como exemplo de trabalho, efi ciência e seriedade.

ÓRGÃO INFORMATIVO DO

SINDICATO DA INDÚSTRIA

DA CONSTRUÇÃO PESADA

DO ESTADO DE SÃO PAULO

ANO XX – NO 160

NOVEMBRO/DEZEMBRO/2008

BIMESTRAL

Distribuição gratuita

REPRESENTANDO A CATEGORIA ECONÔMICA DA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, RECUPERAÇÃO,

REFORÇO, MELHORAMENTO, MANUTENÇÃO,

SINALIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E OPERAÇÃO

DE ESTRADAS, BARRAGENS, HIDRELÉTRICAS,

TERMOELÉTRICAS, METRÔS, FERROVIAS,

HIDROVIAS, TÚNEIS, ECLUSAS, DRAGAGEM,

DRENAGEM, AEROPORTOS, PORTOS, CANAIS, DUTOS,

MONTAGEM INDUSTRIAL, PONTES, VIADUTOS,

OBRAS DE SANEAMENTO, ATERROS SANITÁRIOS,

PAVIMENTAÇÃO, OBRAS DE TERRAPLENAGEM EM

GERAL E CONCESSIONÁRIAS PÚBLICAS.S I S T E M A D E G E S T Ã O C E R T I F I C A D O I S O 9 0 0 1 : 2 0 0 0

HÉLCIO PETRÔNIO DE FARIAS

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Órgão ofi cial do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo.Sede: Alameda Santos, 200 • 9o e 10o andares – Cerqueira César • São Paulo/SP – 01418-000 • Tel. (11) 3179.5800 • Fax (11) 3287.5838Site: http: //www.sinicesp.com.brE-mail: [email protected]

DIRETORIAPresidente: Marlus Renato Dall’Stella1o Vice-presidente: Carlos Pacheco Silveira Vice-presidentes: Silvio Ciam-paglia, Antonio José Pinheiro D´Almeida, Carlos Alberto Ferreira Leão, Carlos Al-berto Mendes dos Santos, João Lá zaro Simoso, Louzival Luiz Lago Mascare-nhas Jr., João Leopoldino Neto, José Leite Maranhão Neto, Ricardo Pernan-buco Backheuser Junior e Dario de Quei-roz Galvão Filho Secretários: Luiz Carlos Martire e Wayne do Carmo Faria Sobrinho. Tesoureiros: Clóvis Salioni Jr. e Carlos Alberto de Salles Pinto Lancellotti.

CONSELHO SUPERIOR ELEITOAnwar Damha, Romildo José dos Santos Filho, Dario Rodrigues Leite Neto e Rosaldo Malucelli

CONSELHO SUPERIORMembros Natos: Newton Cavalieri (presidente), Aluízio Guimarães Cuper-tino (secretário), Carlos Alberto Maga-lhães Lancellotti, José de Jesus Alvares da Fonseca e Pelerson Soares Penido.

CONSELHO FISCALEfetivos: Ademar Guido Belinato, José Luiz Misorelli e Manoel Carlos Ferrari.

CONSELHO FISCALSuplentes: Luiz Albert Kamilos, Geraldo Tadeu Rossi e Luiz Raimundo Neves.

DELEGADOSREPRESENTANTES NA FIESPEfetivos: Manuel Carlos de Lima Ros-sitto e Adhemar Rodrigues Alves.

DELEGADOS REPRESENTANTES NA FIESPSuplentes: Newton Cavalieri e Sidney Silveira Lobo da Silva Lima.

Editor Responsável: Guido Fidelis (MTb 7896) • Supervisão Geral: Marco Túllio Bottino, diretor-executivo • Colabora-dores: Cesar Augusto Del Sasso, super-visor do Setor Jurídico; Hélcio Petrônio de Farias, consultor técnico; Ivan Bar-bosa Rigolin, professor de Direito Admi-nistrativo, Luis Fernando Xavier Soares de Mello e Eduar do Gutierrez (tributaris-tas) e José Carlos Tafner Jorge (fotos)

PRODUÇÃO: RG EditoresRua Santo Antonio, 555 – 1o A. – conj. 11

São Paulo – SP – Tel.: (11) [email protected]

Diagramação: Neide Siqueira

O Departamento de Estradas de Ro-dagem do Estado de São Paulo (DER-SP), após trabalho da diretoria junto ao órgão, quitou no dia 23 de outubro as duas medições referentes ao ano de

2007. As empresas credoras, que realiza-ram obras e serviços de conservação e sinalização, estavam preocupadas com o atraso, mas já receberam os créditos que lhes eram devidos.

DER PAGA DÍVIDAS DE 2007

FRESAGEM E DENTES DE CORTE

O engenheiro Thomas Allgaier, da fá-brica alemã de ferramentas de corte Be-tek, compareceu à sede do SINICESP para proferir palestra sobre fresagem e dentes de corte. A Reciclotec Comercial, empresa representante da fábrica no Brasil, cuidou da tradução simultânea e, por duas horas, compradores e opera-dores puderam aprender melhor sobre as fresadoras Wirtgen, além de dicas importantes de como otimizar custos de fresagem e como manter cilindros em bom estado. Também puderam ob-servar, por meio de ilustrações, alguns exemplos práticos de fresagem em di-versos países.

Foto

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MUDANÇA NA METODOLOGIA DE FISCALIZAÇÃO PARA NÃO PARALISAR OBRAS

Em reunião com a Bancada Nordes-tina na Câmara dos Deputados, o dire-tor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, reafi rmou a posição da autarquia com relação à paralisação de obras: “Não queremos a paralisação de obras porque entendemos os danos

que isso causa à população brasileira. Os órgãos de fi scalização são necessá-rios e têm muito a contribuir para a apli-cação correta dos recursos públicos, mas a metodologia dessa fi scalização tem que ser revista”. Pagot foi incisivo: ”Obras de qualidade com preços com-petitivos é o que defendemos”.

Engenheiro Thomas Allgaier

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aplicados em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo

imobilizado.

Alcance do Regime

A habilitação ao Reidi somente poderá ser requerida por pes-

soa jurídica de direito privado titular de projeto para implantação

de obras de infra-estrutura nos setores de transportes, alcançan-

do exclusivamente rodovias, hidrovias, portos organizados, ins-

talações portuárias de uso privativo, trens urbanos e ferrovias,

inclusive locomotivas e vagões. Também área de energia, abran-

gendo geração, co-geração, transmissão e distribuição de energia

elétrica, produção e processamento de gás natural em qualquer

estado físico, além de saneamento básico, incluindo abastecimen-

to de água potável e esgotamento sanitário, irrigação e dutovias.

Daniel Berselli Marinho destacou que, por meio da Lei

no 11.727/2008, foi estendida a suspensão da exigência da Con-

tribuição para o PIS/Pasep e da Cofi ns sobre a receita de aluguel

de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos para

utilização em obras de infra-estrutura quando contratado por

pessoa jurídica benefi ciária do Reidi (a partir de 03/01/2008).

Considera-se titular a pessoa jurídica que executar o projeto,

incorporando a obra de infra-estrutura ao seu ativo imobilizado.

Para utilização do benefício, considera-se aquisição a data da

contratação do negócio, independentemente da data do recebi-

mento do bem ou da prestação do serviço (art. 3o, parágrafo único,

do Decreto no 6.144/07). A suspensão das contribuições pode ser

usufruída nas aquisições e importações de bens e serviços vincu-

ladas ao projeto aprovado, realizadas no período de 5 anos con-

tados da data da aprovação do projeto de infra-estrutura.

Habilitação

A habilitação se efetiva com o preenchimento dos formulários

que devem ser apresentados à Delegacia da Receita Federal do

Brasil (DRF) ou à Delegacia da Receita Federal do Brasil de Ad mi-

nistração Tributária (Derat) com

jurisdição sobre o estabelecimen-

to matriz da pessoa jurídica.

Daniel Berselli Marinho acres-

centou que, nos casos de suspen-

são das contribuições, a pessoa

jurídica vendedora ou prestadora

de serviços deve fazer constar na

nota fi scal o número da portaria

que aprovou o projeto, o número

do ato que concedeu a habilitação

ou a co-habilitação ao Reidi à pes-

soa jurídica adquirente, conforme

o caso.

O professor Daniel Berselli Marinho, especialista em Di-

reito Processual Tributário e Direito Internacional das

Relações Econômicas e do Comércio e consultor do

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, proferiu

palestra no SINICESP. Analisou detalhadamente todas as vanta-

gens que podem ser auferidas pelas empresas do setor da cons-

trução pesada com os incentivos fi scais concedidos para obras

de infra-estrutura.

Segundo Daniel Berselli Marinho, o Reidi concede incentivo

à implementação de infra-estrutura no País, com a participação

da iniciativa privada. A política de incentivos envolve duas ver-

tentes: interesses privados e interesse público.

Entre os benefícios, o Reidi suspende a exigência da con-

tribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financia-

mento da Seguridade Social (Cofi ns) incidente sobre a receita

decorrente da:

1) venda de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipa-

mentos, novos, quando adquiridos por pessoa jurídica

habilitada ao regime, para incorporação em obras de

infra-estrutura destinadas ao seu ativo imobilizado;

2) venda de materiais de construção, quando adquiridos por

pessoa jurídica habilitada ao regime, para utilização ou

incorporação em obras de infra-estrutura destinadas ao

seu ativo imobilizado; e

3) prestação de serviços, por pessoa jurídica estabelecida no

País, à pessoa jurídica habilitada ao regime, quando apli-

cados em obras de infra-estrutura destinadas ao ativo

imobilizado.

O Reidi também suspende a exigência da contribuição para o

PIS/Pasep-Importação e da Cofi ns-Importação incidente sobre:

1) máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos,

novos, quando importados diretamente por pessoa jurí-

dica habilitada ao regime para incorporação em obras de

infra-estrutura destinadas

ao seu ativo imobilizado;

2) materiais de construção,

quando importados dire-

tamente por pessoa jurídi-

ca habilitada ao regime

para incorporação ou uti-

lização em obras de infra-

estrutura destinadas ao

seu ativo imobilizado; e

3) o pagamento de serviços

importados diretamente

por pessoa jurídica habili-

tada ao regime, quando Daniel Berselli Marinho enumera benefícios fi scais do Reidi

INCENTIVOS FISCAIS PARA OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA

O Reidi (Regime Especial de

Incentivos para o Desenvolvimento

da Infra-estrutura) benefi cia

empresas que executam obras

públicas, principalmente na

área do PAC

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Os secretários de Economia e Planeja-mento, Francisco Vidal Luna, e Mauro Ricardo Machado Costa, da Fazenda, visitaram o SINI-CESP com o objetivo de dialogar com o setor da construção pesada sobre a atuação do Governo do Estado de São Paulo e, principal-mente, quanto à destinação de recursos para investimentos, incluindo a programação para o próximo ano.

O presidente do Sindicato, Marlus Re-nato Dall’Stella, recebeu os visitantes desta-cando o trabalho que vem sendo levado a efeito pelo governador José Serra, possibili-tando o desenvolvimento de um ritmo mais dinâmico de obras, com geração de milhares de empregos.

O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, primeiro a falar, esclareceu que as condições de infra-estrutura do Estado de São Paulo são as melhores em termos de Brasil, com múlti-plos benefícios para os usuários, notadamen-te às empresas que utilizam as estradas para

Secretários da Fazenda e doRecursos para investime

Previsão de investimentos para 2009 é de mais de 18 bilhões de reais

Quanto maior o resultado da receita e menor despesa corrente,

maiores são os recursos disponibilizados para investimentos. De

acordo com o secretário da Fazenda, houve signifi cativo crescimen-

to da receita em relação às despesas em virtude da captação de

recursos externos de terceiros para investimentos.

O resultado da maior receita e controle de despesas para o Esta-

do de São Paulo é o aumento da capacidade dos investimentos.

Comparando o Governo Serra com o Governo anterior, segundo

Mauro Ricardo, “deparamos com investimentos de mais de 36 bi-

lhões de reais, mais do que se investiu no anterior. Previsão de in-

vestimentos para 2009 de mais de 18 bilhões de reais, chegando-se

à conclusão de que o esforço vale a pena”.

Crescimento da arrecadação

O secretário do Planejamento, Francisco Luna, enfatizou que a

arrecadação paulista tem demonstrado crescimento excepcional.

Destacou, em seguida, que há um crescente esforço destinado a Secretário do Planejamento Francisco Vidal Luna

INVESTIMENTOS NA ÁREA DE TRANPORTES

SERVIÇO DA DÍVIDA 8%

RESERVA DE CONTIGÊNCIA 0%

INVESTIMENTOS 12%

TRANSFERÊNCIASA MUNICÍPIOS 21% SENTENÇAS

JUDICIAIS 2%

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o escoamento da produção, fator positivo para ampliar a competitividade.

Destacou o trabalho que vem sendo le-vado a efeito para a ampliação da geração de receita para possibilitar novos investimentos. Sublinhou algumas medidas adotadas visan-do a redução de despesas, como diminuição de cargos comissionados, reavaliação de pro-gramas e renegociação de contratos. Mencio-nou, ainda, as medidas para ampliação da receita: programa de parcelamento incentiva-do do ICMS – PPI (para aqueles que deviam até 31/12/2005), criação da Nota Fiscal Pau-lista (redução da carga Tributária Individual cobrando daqueles que não recolhiam seus impostos e agora recolhem), alienação do di-reito de exclusividade de pagamento da folha de salários, concessões do Rodonel Mário Covas e de outras rodovias, novas operações de créditos e ampliação da cobrança do ICMS por substituição tributária (cobra-se da indús-tria ao invés de cobrar do varejo).

Planejamento no SINICESPentos em infra-estrutura

melhorar a infra-estrutura de transportes por meio de consistentes

programas de investimentos, aliados a uma gestão efi ciente.

Quanto ao orçamento para 2009, informou que a proposta enca-

minhada à Assembléia Legislativa é da ordem de R$ 116 bilhões, com

superávit de R$ 6 bilhões em relação a 2008.

De acordo com Francisco Luna, estão programados os seguintes

investimentos na área de transportes (valores em R$ milhões): DER-

SA – 1.444 – 15,9%; DAESP – 21 – 0,2%; CPTM – 434 – 4,8%; METRÔ

– 3.545 – 38,9%; EMTU – 78 – 0,9%; e DER – 3.582 – 39,3%.

Além de enfatizar que o governo trabalha e investe sem aumen-

tar alíquotas de impostos ou criação de taxas, destacou que as

ações se tornam possíveis com boa gestão dos recursos públicos.

Por fi m, lembrou algumas obras essenciais programadas: implan-

tação de linhas metroviárias, ligação ao aeroporto de Guarulhos e

ao pólo de Campinas, ligação entre Santos e São Vicente, complexo

Jacu-Pêssego, Avenida Bandeirantes, Avenida Roberto Marinho e

Marginal Tietê e Rodoanel – Trechos Sul, Leste e Norte. Acrescentou

que o governo pretende conceder novas concessões: Rodoanel Oes-

te, Rodovias Dom Pedro, Ayrton Senna, Rondon Leste, Rondon Oeste

e Raposo Tavares. Secretário da Fazenda Mauro Ricardo Machado Costa

PESSOAL E ENCARGOS 36%

DETALHAMENTO DA DEPESA

CUSTEIO 21%

TOTAL R$ 9.104 MILHÕES

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Os engenheiros Hélcio Petrônio de Farias, res-

ponsável pelo Setor Técnico do SINICESP, e

Celso Ragazzi, diretor da ConsulTech Consul-

toria e Tecnologia, empresa especializada na prestação

de serviços especiais de engenharia, representaram o

Sindicato no workshop sobre BDI, promovido pelo

DNIT, com a fi nalidade de debater a modernização da

gestão de custos.

Celso Ragazzi, que discorreu sobre BDI, é especiali-

zado na produção de serviços técnicos para o setor da

construção, na área de engenharia de custos, incluindo

orçamento de obras novas ou reformas, planilhas or-

çamentárias, caderno de encargos e serviços de obras,

critérios de medições e serviços e avaliação da taxa

de BDI.

De acordo com o expositor, foi comentado pela mesa

que a única entidade presente no encontro, que reuniu

dezenas de empresas, foi o SINICESP. Ragazzi disse, ain-

da, que o DNIT pretende, com os workshops que estão

sendo realizados nos vários estados, obter subsídios para

a revisão das composições de preços unitários de serviços

e da taxa de BDI utilizada no sistema SICRO 2, futuro

SICRO 3, que é empregado como referência de preços

pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e demais órgãos

de controle.

Durante sua exposição, no auditório da Superinten-

dência Regional do DNIT, em São Paulo, Celso Ragazzi

especifi cou o preço de venda, com destaque para o custo

direto, ou seja, insumos componentes, encargos sociais

sobre a mão-de-obra, canteiro de obras e mobilização e

desmobilização. Sobre benefício e despesas indiretas,

abordou administração central, rateio da administração

central, taxa de riscos ou imprevistos, despesa fi nanceira,

tributos, e benefício, lucro ou margem de remuneração.

Para Celso Ragazzi, o preço de venda é o resultado da

aplicação de uma taxa denominada BDI sobre o custo

direto calculado na planilha de orçamento. Já o custo

direto é o resultado da soma de todos os custos unitários

dos serviços necessários para a construção do empreen-

dimento, obtidos pela aplicação dos insumos sobre os

preços de mercado, multiplicados pelas respectivas quan-

tidades, mais os custos da infra-estrutura necessária para

a realização da obra.

Após citar os encargos sociais sobre a mão-de-obra,

que são encargos obrigatórios exigidos pelas leis traba-

lhistas ou resultantes de acordos sindicais, Celso Ragazzi

abordou o Benefício e Despesas Indiretas, definindo

como o resultado de uma operação matemática para

indicar a margem que é cobrada do contratante incluin-

do todas as despesas indiretas e a sua remuneração pela

realização de um determinado empreendimento.

Por fi m, disse que o lucro ou margem de remuneração

é a parcela destinada a remunerar o custo de oportuni-

dade do capital aplicado, capacidade administrativa,

regencial e tecnológica, responsabilidade pela adminis-

tração e condução da obra e investimentos na formação

profi ssional do seu pessoal e a criar a capacidade de

reinvestir no próprio negócio.

O DNIT pretende obter subsídios para a revisão das

composições de preços unitários e da taxa de BDI

Workshop sobreWorkshop sobre

BDI no DNIT: participaçãoparticipação

do SINICESP

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Pesquisa concluída pelo Departamento Técnico revela que o nível de emprego

no setor econômico da construção pesada continua a abrir postos de trabalho.

Após registrar a contratação de 1.476 trabalhadores em fevereiro, foram abertos

172 postos em março e 826 em abril. Em maio o setor voltou a crescer, com a ad-

missão de mais 3.450 trabalhadores. Em junho, somaram-se outros 1.376; em julho,

1.199. Agosto registrou mais 2.273 postos de trabalho. Em setembro o setor voltou

a admitir, com a abertura de 1.722 vagas.

De acordo com os indicadores, tendo como base os últimos 12 meses, os

números são favoráveis, registrando-se um

total de 15.399 contratações. O acumulado no

ano de 2008 destaca a abertura de 12.285

postos de trabalho no Estado de São Paulo.

Atualmente, o setor emprega 53.906 tra-

balhadores, índice superior a igual período

de 2007, quando o patamar se situava em

38.507. Em dezembro de 1986, ocasião em que

se iniciou a pesquisa, os postos de trabalho

alcançavam um universo de 132.813 traba-

lhadores em atividade.

CONSTRUÇÃO PESADA CONTINUA A ABRIR POSTOS DE TRABALHO

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Recente decisão do Supremo Tribunal Federal determinou que o prazo de prescri-ção e decadência para as contribuições sociais é de cinco anos, conforme previsto no Código Tributário Nacional.

A decisão é absolutamente acertada e está em harmonia com o que determina a Constituição Federal em seu artigo 146, que assim dispõe:

Art. 146. Cabe à lei complementar:I – dispor sobre confl itos de competência,

em matéria tributária, entre a União,

os Estados, o Distrito Federal e os Mu-

nicípios;

II – regular as limitações constitucionais ao

poder de tributar;

III – estabelecer normas gerais em matéria

de legislação tributária, especialmente

sobre:

a) defi nição de tributos e de suas es pécies,

bem como, em relação aos impostos

discriminados nesta Constituição, a dos

respectivos fatos geradores, bases de

cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, pres-

crição e decadência tributários; (grifo

nosso)

A Lei Complementar que trata de pres-crição e decadência é o Código Tributário Nacional, que estabelece normas gerais em matéria tributária e, em seus artigos 173 e 174, disciplina as matérias; estes artigos são apresentados adiante, neste texto.

Deste modo, não pode uma Lei Ordiná-ria pretender tratar do assunto, pois estaria afrontando a Constituição Federal e o Có-digo Tributário Nacional.

A decisão do Supremo Tribunal Federal determinou a inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que trata-vam da ampliação para as contribuições sociais e, de modo bastante favorável ao contribuinte, deu-lhe o caráter de repercus-são geral na decisão do recurso extraor-dinário 550.943-4 Rio Grande do Sul, manifestando-se a ministra Carmen Lúcia, relatora do processo, do seguinte modo:

Repercussão geral. Prescrição e deca-

dência tributárias. Reserva material à

lei complementar. Art. 146, inc. III, da

Constituição da República. Declaração

de inconstitucionalidade dos arts. 45

e 46 da Lei no 8.212/91. Ampliação, para

as contribuições sociais, dos prazos de

constituição do crédito tributário (art.

173, inc. I, do Código Tributário Nacio-

nal) e de oferecimento da respectiva

ação de cobrança (art. 174 do Código

Tributário Nacional). Manifestação pelo

reconhecimento da repercussão geral da

questão constitucional suscitada no re-

curso extraordinário.

A Manifestação foi acolhida, por maioria absoluta, tendo a seguinte ementa à de-cisão:

Repercussão geral: exigência de lei com-

plementar para dispor sobre prescrição

e decadência tributárias aplicáveis às

contribuições sociais (art. 146, inc. III, da

Constituição) para constituição do cré-

dito tributário e da respectiva ação de

cobrança.

Na sessão plenária de 12/06/08 foi apro-vada a súmula vinculante no 8, que assim dispõe:

São inconstitucionais o parágrafo único

do artigo 5o do Decreto-lei no 1.569/1977

e os artigos 45 e 46 da lei no 8.212/1991,

que tratam de prescrição e decadência

de crédito tributário.

Assim, a decisão do Supremo Tribunal Federal produz efeitos para todos os con-tribuintes que tiverem tributos, devidos ou não, constituídos há mais de cinco anos. Cabe, entretanto, ressalvar que este prazo pode ter sido suspenso ou interrompido nos termos do que determinam os artigos

PRAZO DE PRESCRIÇÃO DACONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

LUÍS FERNANDO XAVIER SOARES DE MELLO E EDUARDO GUTIERREZ*

173 (decadência) e 174 (prescrição) do Código Tributário Nacional, abaixo trans-critos:

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:

I – do primeiro dia do exercício seguinte

àquele em que o lançamento poderia ter

sido efetuado;

II – da data em que se tornar defi nitiva a

decisão que houver anulado, por vício

formal, o lançamento anteriormente

efetuado.

Parágrafo único. O direito a que se refere

este artigo extingue-se defi nitivamente

com o decurso do prazo nele previsto,

contado da data em que tenha sido ini-

ciada a constituição do crédito tributário

pela notifi cação, ao sujeito passivo, de

qualquer medida preparatória indispen-

sável ao lançamento.

Art. 174. A ação para a cobrança do cré-dito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição defi -nitiva.

Parágrafo único. A prescrição se inter-

rompe:

I – pelo despacho do juiz que ordenar a

citação em execução fiscal; (Redação

dada pela Lcp no 118, de 2005)

II – pelo protesto judicial;

III – por qualquer ato judicial que constitua

em mora o devedor;

IV – por qualquer ato inequívoco ainda que

extrajudicial, que importe em reconhe-

cimento do débito pelo devedor.

Sem sombra de dúvida, uma análise cautelosa dos valores em atraso, antes de efetuar o pagamento, pode trazer econo-mias signifi cativas para os contribuintes.

* Luís Fernando Xavier Soares de Mello, ad-vogado, sócio-diretor da Soares de Mello e Gutierrez Advogados Associados, professor universitário, especialista em Direito Tributá-rio, mestre em Administração de Empresas.

* Eduardo Gutierrez, advogado, sócio-diretor da Soares de Mello e Gutierrez Advogados Associados, professor universitário, especia-lista em Direito Tributário.

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viária, infra-estrutura urbana, fi scaliza-ção eletrônica e monitoramento, opera-ção de trânsito, sistema de CFTV, projeto turístico de sinalização, projeto portal com monitoramento e paisagismo. A MENG é uma empresa certificada ISO 9001:2000 e é associada ao SINICESP desde 1997.

JARDIPLAN

A Jardiplan Urbanização e Paisagismo é associada ao SINICESP desde 1997. Seu diretor, Manuel Ferrari, integra a Diretoria do Sindicato. Atuando há 30 anos no mer-cado, oferece padrão de excelência em serviços de sinalização e conservação de rodovias. Sua forma de atuação valeu-lhe a conquista da Certifi cação ISO 9001:2000. A empresa foi, ainda, precursora no plan-tio de vegetação por hidrossemeadura e instalação de tachas refl etivas.

O sucesso alcançado pela TranspoQuip Latin America, que reuniu expositores de equipamentos e serviços para rodovias, ferrovias, estações, portos, vias fl uviais e aeroportos, no Expo Center Norte em São Paulo, se deve em grande parte ao apoio do SINICESP, DNIT, UNICAM, Sinaenco, FIESP, ABCR e Ministério dos Transportes.

Durante o evento, o SINICESP mante-ve um estande com a presença de funcio-nários qualifi cados para melhor atender às empresas associadas da entidade, mui-tas delas participantes da feira.

Entre as dezenas de expositores, des-taque para as empresas MENG, JARDI-PLAN, INDUTIL (integrante do Grupo SINALISA).

MENG ENGENHARIA

A Meng Engenharia Comércio e In-dústria atua nos setores de sinalização

INDUTIL

A Indutil apresentou novidades do mercado para segurança viária. Perto de completar 50 anos, a empresa reafirma posição de liderança na produção de ma-teriais para sinalização horizontal de ro-dovias, atuando também no mercado de tintas para pisos em geral.

Desde sua fundação, em 1959, em São Paulo, dedica-se à pesquisa de novos produtos que garantam a qualidade e a segurança da malha viária nacional e in-ternacional, o que a tornou pioneira no avanço tecnológico. A Indutil conquistou a Certifi cação do Sistema de Qualidade Norma ISO 9001:2000 e também a Certifi -cação Internacional da IQNet.

SINICESP na

Luciana Menegon Monteiro, Rodrigo Belinello Alves e Maria Heloiza Soares

PLANEJAMENTO DE OBRAS LTDA.

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Rua Medgar Evers, 03 - Vila Mariana São Paulo/SP - Brasil CEP 04020 080Telefone: + 55 (11) 5571 6771Fax: + 55 (11) 5573 4886

21anos

A Proficenter, empresa de engenharia consultiva especializadana elaboração de orçamentos e planejamento executivo de obras,atua no mercado de construção pesada aliando experiência,conhecimento e qualidade ás exigências de seus clientes.

Propostas Técnicas;Orçamentos;Quantificações;Estudos de Viabilidade Econômica;Projetos de Engenharia;Concessões de Serviços Públicos;Consultoria;Gerenciamento de Obras.

Engenharia agredada ao planejamentode suas obras.

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engenheiro Marcelo Perrupato, secretário de Política Nacional de Transportes, proferiu palestra no SINI-CESP com o objetivo de apresentar um amplo painel

sobre o Plano Nacional de Logística e Transportes. Antes de iniciar sua preleção, foi saudado pelo presidente do Sindicato, Marlus Renato Dall’Stella, que ressaltou a importância dos investimentos em infra-estrutura de transportes no desenvol-vimento do país, pois geram novos postos de trabalho, pro-porcionam bem-estar social e facilitam o escoamento da produção agroindustrial.

Para Marcelo Perrupato, os baixos índices de investimen-to em infra-estrutura, ao longo de muitos anos, ampliaram os desafi os a serem superados. Destacou que, diante da vulne-rabilidade do mercado devido à globalização, houve necessi-dade de não apenas racionalizar as metas a serem atingidas, mas de plane jamento.

De acordo com o secretário de Política Nacional de Trans-portes, o período em que o setor de transportes foi relegado resultou no surgimento de graves problemas conjunturais. Ao exemplifi car, mencionou como entraves a redução pela me-tade dos gastos públicos em infra-estrutura. O agravamento se deu, principalmente, com extinção do Fundo Rodoviário Nacional pela Constituição de 1988. Sem os recursos vincula-dos, as rodovias entraram em processo de deterioração. Outro problema foi decorrente de restrições fi scais que geraram atrasos na conclusão de obras essenciais e em obras de ma-nutenção.

O engenheiro Marcelo Perrupato afi rmou que a matriz de transportes nacional é desbalanceada, considerando as di-mensões do Brasil, o que se comprova na comparação com países de porte equivalente como a Rússia, Canadá, Austrália, EUA e China. Mencionou, ainda, que para ordenar esse quadro e dar consistência ao processo de recuperação do setor, o Ministério dos Transportes resgatou a função planejamento, com visão integrada de território e desenvolvimento, sendo o PNLT instrumento fundamental para a organização estraté-gica do setor.

Segundo Perrupato, dez idéias básicas compõem o Plano Nacional de Transportes e Logística:

1. Planejamento nacional, de caráter indicativo; 2. Plano para o Estado brasileiro, não plano de um go-

verno; 3. Continuidade como processo de planejamento perma-

nente no Ministério dos Transportes; 4. Atrelado a uma visão de desenvolvimento econômico

de médio e longo prazo, considerando o contexto glo-bal; não é um simples portfólio setorial de projetos;

5. Planejamento do sistema federal de transportes, mas com um caráter nacional e federativo;

6. Orientado para a multimodalidade da matriz de trans-portes;

7. Enfoque não tradicional, considerando fatores lo-gís ticos;

8. Enfoque não tradicional, considerando fatores de nexo político;

9. Gestão institucional do plano – readequação das estru-turas de planejamento do setor federal de transportes;

10. Compromisso com o território, a segurança nacional e o meio ambiente.

O engenheiro Marcelo Perrupato sublinhou que PNLT utilizou o que há de mais avançado em tecnologia de plane-jamento, estudando os 80 principais produtos da economia brasileira, passando a 110 em 2008, que justifi cam 90% do PIB. Cada um dos produtos foi estudado em termos de produção, demanda e fl uxos internos e de exportação.

Acrescentou que era preciso conhecer a estrutura e a di-versidade da economia brasileira para propor intervenções capazes de corrigir desigualdades. A nova espacialização da economia brasileira foi baseada na análise de quatro aproxi-mações que foram superpostas, com a vocação de produção de cada microrregião (endogenia), com a estrutura da rede de transportes (isocustos), preservando o meio ambiente (ecos-sistema e biodiversidade), resultando no que o PNLT conven-cionou chamar de Vetores Logísticos.

Explicou sobre a importância de se investir fortemente na expansão de rodovias e da malha ferroviária e ligá-las aos portos. “Nossa economia – destacou – depende da integração com outros estados, especialmente em relação aos estados portuários. Estados geografi camente posicionados em região interna dependem de investimentos destes estados portuários para exportação de seus produtos”.Darcylo Valle, do Sinicon, Marcelo Perrupato e Marco Túllio Bottino

Engenheiro Marcelo Perrupato e o presidente Marlus Renato Dall’Stella

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MAIS INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURA: Plano Nacional de Logística e Transportes

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