síntese josé saramago, o ano da morte de ricardo reis
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O ano da morte de Ricardo Reis
O ano da morte de Ricardo Reis decorre em 1935 e 1936, num
que passam por (comunismo e fascismo) e
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Em Portugal
Ditadura presidida por Salazar, estado corporativo, União Nacional (capítulos IV, IX, XI e XIII)
Polícia política – PIDE (capítulos VIII, IX e XVII)
Relação íntima entre a Igreja Católica e o regime salazarista (capítulo XIII)
Conceção nacionalista do estado (capítulo XVI)
Mocidade Portuguesa (capítulos XVII e XVIII)
Legião Portuguesa (capítulo XVIII)
Revoltas militares contra o Estado Novo (capítulo XIX)
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Na Europa
Espanha: Dá-se um golpe político chefiado pelo General Franco, para instalar a ditadura em Espanha. A legalidade democrática espanhola é derrubada.
Itália: Ascensão política do fascismo italiano, chefiado por Mussolini, principalmente através da agressão militar italiana à Etiópia.
França: O ano 1936 é um tempo de grande agitação social na França democrática, com os franceses em luta por direitos sociais, luta que levará a esquerda ao poder.
Alemanha: Ascensão do poder nazi-fascista. Hitler segue uma política nacionalista e racista.
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
No Brasil:
natureza fascista chefiado por .
encontram-se referidos no romance .
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Representações do amor
A aproximação de Reis a Marcenda é cautelosa, iniciando-se pela
fase da amizade recíproca.
Marcenda
Sedução
Não ocorrem por parte de Reis certas liberdades que toma com
Lídia dado o estatuto social de Marcenda.
A aproximação intensifica-se através da mão esquerda de
Marcenda colocada «entre as mãos dele», num exame de natureza
médica (capítulo VI).
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
A sedução de Lídia inicia-se com a mão de Reis delicadamente
pousada no seu braço, no seu quarto, sentindo «o calor da pele»,
«ficaram assim alguns segundos», reagindo Lídia com um baixar de
olhos e tremendo...
LídiaSedução
Reis arrepende-se da fraqueza do seu ato. Mas não deixa de,
«sedutor ridículo», elogiar a beleza de Lídia: «Acho-a muito bonita».
Como resposta, Lídia usa também técnicas de sedução (capítulo
IV).
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
.
DesejoLídia
puramente sensual, sem amor, sentimento
[...]»
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
:
Ricardo Reis
, logo que ela entra em sua casa: «[...] a boca dele
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Beijos
imagine-se, beijou-a muito, na boca [...]»
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Ricardo ReisBeijos
O amor em Saramago
ganha asas. Quem assim fala do amor elogia a vida. [...]
,
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Intertextualidade
, ao longo da obra, num reverso da epopeia:
«Aqui, onde o mar se acabou e a terra espera.»
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Luís de Camões
Intertextualidade
A sua presença observa-se implicitamente:
Cesário Verde
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
a) no deambular de Ricardo Reis pelos mesmos espaços da cidade;
d) no olhar para dentro (para terra) e não para o mar.
b) na observação dos tipos sociais;
c) nas referências a Camões;
Intertextualidade
Referências textuais com a poesia de Fernando Pessoa e heterónimos. Viaja pelo território labiríntico e ambíguo da poesia pessoana.
Fernando Pessoa
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Linguagem, estilo e estrutura
José SaramagoO ano da morte de Ricardo Reis
Estrutura da obra
Tom oralizante e pontuação
Recursos expressivos
«desaparecimento» de Ricardo Reis e Fernando Pessoa.
Narrador oralizante, cuja escrita flui como a voz que fala para ser ouvida. Utiliza apenas o ponto e a vírgula que fazem as funções dos outros sinais de pontuação, na representação do discurso direto (diálogos).
Mais frequentes: a antítese, a comparação, a enumeração, a ironia e a metáfora.
Reprodução do discurso no discurso
Discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre.