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O CONSTRUIR BOLETIM INFORMATIVO - ANO 11 - Nº 129/JUNHO 2016 SINDUSCON-PA Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará • Sinduscon-PA será parceiro de projeto socioeducativo do TRT. Pág. 3. • Dia Nacional da Construção Social ganha reforço de mais entidades. Págs. 4 e 5. • Coopercon-PA comemora salto e projeta mais crescimento. Págs. 11 e 12. www.sindusconpa.org.br Demissões afligem construção civil À mercê da crise econômica, Pará ainda lidera saldo negativo entre os Estados do Norte do País e Região Metropolitana de Belém segue no vermelho. 26.173 déficit no setor Número acima representa prejuízo nos últimos doze meses no Pará e equivale a 59,59% do total negativo entre vários setores da economia. A Região Metropolitana de Belém amarga no mesmo período um saldo devedor de 4.440 postos de trabalho. E sem perspectiva de melhora.

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o construirBOLETIM INFORMATIVO - ANO 11 - Nº 129/JUNHO 2016

SINDUSCON-PASindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

• Sinduscon-PA será parceiro de projeto socioeducativo do TRT. Pág. 3.• Dia Nacional da Construção Social ganha reforço de mais entidades. Págs. 4 e 5.• Coopercon-PA comemora salto e projeta mais crescimento. Págs. 11 e 12.

www.sindusconpa.org.br

Demissões afligem construção civilÀ mercê da crise econômica, Pará ainda lidera saldo negativo entre os Estados do Norte do País

e Região Metropolitana de Belém segue no vermelho.

26.173déficitno setor

Número acima representa prejuízo nos últimos doze meses no Pará e equivale a 59,59% do total negativo entre vários setores da economia.

A Região Metropolitana de Belém amarga no mesmo período um saldo devedor de 4.440 postos de trabalho. E sem perspectiva de melhora.

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SINDUSCON-PASindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

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EXPEDIENTESede Administrativa: Trav. Quintino Bocaiúva, 1588, 1º Andar, Nazaré – Belém/PACentral de Serviços: Trav. Dr. Moraes, 103 – Nazaré - (91) 3241-8383 - Belém/PAProjeto Gráfico: Belle Époque Produtora – Edição/Produção: G2 Comunicação/Gilvânia Sóter Redação: Roberto Rodrigues e Gilvânia Sóter- Fotos: Ascom/Sinduscon-PA/Divulgação – Diagramação: Fábio BeltrãoCoordenação: Eliana Veloso Farias

www.sindusconpa.org.br

NBR 10821 entra em consulta pública Já estão disponíveis para consulta pública as partes 1, 2, 3, 4 e 5 da NBR

10821, que trata de esquadrias externas nas temáticas terminologia, requisi-tos e classificação, métodos de ensaio, requisitos adicionais de desempenho e instalação e manutenção. O texto, de 2011, foi revisado pela Comissão de Estudo Especial de Esquadrias (CEE-191) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A parte 4 acaba de ser criada e dispõe do desempenho acústico e térmico das esquadrias, tratando de Edificações Habitacionais - Desempenho. A 5 também é nova e traz condições ideais para a instalação e manutenção das esquadrias.

A consulta nacional permanece até o dia 14 de agosto e é previsto que, até o fim do ano, as cinco partes da norma estejam publicadas.

Para enviar sugestões, acesse: http://www.abntonline.com.br/consultanacio-nal/login.aspx.

Marcelo Gil Castelo BrancoPresidente

Alex Dias CarvalhoVice-Presidente

Jorge Manoel Coutinho FerreiraDiretor de Obras Públicas de Edificações

Luiz Pires Maia JuniorDiretor Adjunto de Obras Públicas de Edificação

Paulo Guilherme Cavalleiro de MacedoDiretor de Obras Públicas Rodoviárias

Lázaro Ferreira de CastroDiretor Adjunto de Obras Públicas Rodoviárias

Fernando de Almeida TeixeiraDiretor de Obras Públicas de Saneamento e Urbanismo

Wagner Jaccoud BitarDiretor de Obras e Serviços da Iniciativa Privada

Antônio Valério CouceiroDiretor de Indústria Imobiliária

Luiz Carlos Correa de OliveiraDiretor de Relações do Trabalho

Fernando José Hoyos BentesDiretor Adjunto de Relações do Trabalho

Fabrizio de Almeida GonçalvesDiretor de Materiais de Construção

Paulo Henrique Domingues LoboDiretor de Economia e Estatística

Daniel de Oliveira SobrinhoDiretor Adjunto de Obras do Setor Elétrico

Armando Uchôa Câmara JuniorDiretor Adjunto de Meio Ambiente

Jefferson Rodrigues BrasilDiretor Adjunto de Responsabilidade Social

Maria Oslecy Rocha GarciaDiretora Adjunta de Relações Institucionais

Oriovaldo MateusDiretor Regional Sul do Pará

SUPLENTES DE DIRETORIA

Álvaro Gomes Tandaya Neto1º SuplenteAlexandre de Souza Coelho2º SuplenteJosé Maria dos Reis Cardoso3º SuplentePaulo Mauricio de Oliveira Sales4º Suplente

CONSELHO FISCAL

Manoel Pereira dos Santos JúniorAntônio Clementino Rezende dos SantosClóvis Acatauassú FreireArthur de Assis MelloAntônio Fernando Wanderley MoreiraJosé Nicolau Netto Sábado

Más notícias: na região norte, o Pará continua detendo os maiores núme-ros negativos de demissões entre os sete Estados. A Região Metropolitana de Belém (RMB) também não fica atrás e fecha ciclos com saldos no verme-lho. Esse tema, com base em dados recentes do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é o principal tema da presente edição de O CONSTRUIR.

Outro assunto importante e do qual podemos falar com total alegria é o incremento de novos parceiros para a realização do DNCS (Dia Nacional da Construção Social) 2016 e da satisfação de outros apoiadores em compor a programação na segunda edição marcada para agosto. Que o diga o correali-zador Sesi (Serviço Social da Indústria), que, em nível regional, põe o DNCS num patamar até superior ao evento Ação Global.

Apresentamos também as projeções otimistas da Coopercon (Cooperativa da Construção Civil) do Pará, que provam como a junção e união de empre-sas driblam as dificuldades e dinamizam os empreendimentos. Destaque ainda para o iminente pacto do Sinduscon-PA com o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região em benefício do “Projeto Acadêmico Padrinho-Cida-dão”, que engloba estudantes da rede pública.

Boa leitura!

A Diretoria.

[email protected]@hotmail.comsindusconpa2012

O Sinduscon-PA deverá ser o mais novo parceiro do projeto “Acadêmico Padrinho-Cidadão”, lançado em março deste ano pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região por meio de sua Comissão de Er-radicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Apren-dizagem. As tratativas foram iniciadas neste mês com representantes dos dois órgãos, que podem formalizar o acordo muito em breve.

O presidente sindical Marcelo Gil Castelo Branco esteve acompanhado da diretora de Relações Institucio-nais Maria Oslecy Garcia no encontro com a desembar-gadora federal do Trabalho Maria Zuíla Dutra, membro da Comissão Nacional e gestora regional do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e Vanilza de Souza Malcher, juíza da 2ª Vara do Trabalho de Belém. Ambas coordenam o projeto e atuam na administração do Pro-grama de Erradicação do Trabalho Infantil no Estado.

O TRT mantém uma rede crescente de par-ceiros que ajudam a qualificar profissionalmente ou absorvem adolescentes no mercado de trabalho. O projeto, no entanto, tem um alcance maior: as diver-sas ações específicas no propósito macro a que se dispõem cobrem um público infantojuvenil a partir dos 7 anos e chega a alcançar mão de obra disponí-vel com 18 anos.

O setor da construção inicia levantamento so-bre as funções mais carentes, de acordo com o pre-sidente do Sinduscon-PA, Marcelo Castelo Branco, dizendo-se preocupado em contribuir com a causa para o atendimento pleno ao que preconiza a Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000). “O egrégio TRT está de parabéns com o projeto, que é um exemplo institucional que merece ser abraçado e seguido”, afirmou ele.

“Participação como a do Sinduscon é muito im-portante, já que não se pode levar adiante o trabalho sem a participação das empresas parceiras”, disse Va-nilza de Souza Malcher.

Objetivos básicos- “Apadrinhar” um aluno ou grupo de alunos de

escolas públicas na faixa etária de 7 a 17 anos significa apoiar com abertura de caminhos para suas ocupações no turno em que não estejam na escola, oferecendo estímulo ao estudo, esporte e atividades lúdicas, con-tribuindo para a redução do elevado índice de trabalho infantil e de violência em nossa região.

- Colaborar para a consciência regional da apren-dizagem de adolescentes que por necessidade financei-ra precisam trabalhar, na qualificação como meio de in-gresso ao mercado do trabalho, o que pode contribuir na redução da violência na região, possibilitando um futuro profissional digno aos jovens.

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Sindicato abraça causa social do TRT

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Presidente Marcelo Castelo Branco e diretora Oslecy Garcia com juízas

Faculdade Mauricio de NassauUniversidade da Amazônia (Unama)Universidade do Estado do Pará (Uepa)Proativa do Pará (Escola de Cursos Profissionalizantes)Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE)Escola Salesiana do TrabalhoServiço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)Associação Comercial do Pará (ACP)Federação das Associações Comerciais do Pará (Faciapa)Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc)Secretarias de Educação de Municípios Parceiros do TRT8Pedagogos e professores em geralIgrejas católicas e evangélicas

Quem está no projeto

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Equipes técnicas do Sinduscon-PA percorreram canteiros de obras divulgando o evento e fazendo inscrições diretamente com os trabalhadores

Para repetir o êxito inaugural ocorrido em 2015, o Dia Nacional da Construção Social (DNCS) no Esta-do, marcado para 27 de agosto, terá no segundo ano de realização o reforço de novos parceiros: Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA), Fundação Pro Paz, Cruz Vermelha, Semutran (Secretaria Municipal de Trânsito) e Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), ambos de Ananindeua, além do Departamento de Trânsi-to do Pará (Detran-PA), Limfac (Liga Acadêmica de Medi-cina de Família e Comunidade do Pará), Unama (Univer-sidade da Amazônia), Hemopa (Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará) , Celpa (Centrais Elétricas do Pará), Bernardes Consultoria, RMB Tec-nologia e Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guima-rães, Pinheiro & Scaff – Advogados.

Com isso, o evento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) com o Sesi (Serviço So-cial da Indústria) nacional e que tem a realização do Sinduscon-PA somará um total de dezoito órgãos in-tegrantes diretos, já que compunham o grupo original o Corpo de Bombeiros de Ananindeua – 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Avon, Ludurana, Centro de Educação Profissional DNA, Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), além de três gerências do Sesi (Cultura, Esporte e Lazer; Gerência de Edu-cação; Qualidade de Vida), e o próprio Sinduscon-PA.

Com o objetivo de divulgar a programação - que ocorre simultaneamente entre outras 24 cidades brasilei-ras, sendo o maior evento de responsabilidade social do segmento no País -, formalizando o maior número possí-vel de inscrições de trabalhadores, a Central de Serviços

do sindicato destacou equipes administrativa e técnica aos canteiros de obras situados na Grande Belém. Trinta canteiros foram visitados até o fechamento desta edição. A perspectiva sobre a meta de atendimentos e serviços gratuitos salta para aproximadamente mil profissionais com seus familiares, o dobro do quantitativo de público computado na primeira edição.

SOLENIDADEO Sinduscon-PA e o Sesi Pará farão o lança-

mento do DNCS 2016 no dia 3 de agosto no prédio-se-de da Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará), localizado na região central de Belém, durante café da manhã, às 8h30, oferecido aos representantes das instituições parceiras, empresários da construção, convidados e Imprensa.

O Sistema Fiepa atuará no apoio da solenidade, em que serão apresentados detalhes da organização, operacionalização e sobre a importância do evento, cujo tema principal para este ano será “valores”, com o slogan “#VALORES CONSTROEM”.

DNCS 2016 ganha novos parceiros

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Atendimento odontológico e escovódromo Atividades pedagógicas infantis Avaliação nutricional Brinquedos infláveis Circuito saúde Corte de cabelo Curso de panificação Distribuição de preservativos Educação ambiental Educação para o trânsito Esmaltação de unha Esporte e lazer Ginástica laboral Interação lúdica com os palhaços animadores Jogos eletrônicos (videogame) Jogos popu-lares Orientação Carteirinha do Sesi Orientação jurídica Projeto “Voto Cidadão” Saúde auditiva (orelha inflável) Teste de glicemia Verificação de Pressão Arterial (P.A.)

Atividades e serviços à disposição

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Com preparativos já em ritmo forte, o DNCS (Dia Nacional da Construção Social) está estimu-lando parceiros, sejam os já firmados no ano pas-sado ou novos para a edição que ocorre em agosto. O gerente da Unidade Indústria Saudável do Sesi, Luiz Negreiros, considerou o caráter da cidadania do evento tão ou mais importante para o órgão que o Ação Global.

“É um novo público, ligado diretamente ao seg-mento e que privilegia o tripé educação, saúde e lazer, prerrogativas defendidas e exercitadas pelo Sesi, daí talvez seja mais importante agora”, disse ele, que faz previsões otimistas quanto ao êxito do segundo ano consecutivo do DNCS na Grande Belém.

“Muita coisa está sendo aprimorada e certa-mente será bem melhor executado que no ano pas-sado, que foi o primeiro. Apesar de ocorrer somente em um dia voltado para o lazer e bem-estar dos tra-balhadores, o DNCS é marcante para a construção civil, um setor vital da economia e que para nós re-presenta um público estratégico”, afirmou.

Um dos novos aliados neste ano é a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (He-mopa), que pretende estender sua própria rede de parceiros. A assistente social Janete de Fátima Araú-jo, que atua na Gerência de Captação de Doadores (Gecad) acredita que a união com o Sinduscon-PA, CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)

e Sesi (Serviço Social da Indústria) na programação é promissora.

“O DNCS é bem-vindo para nós porque dire-ciona suas ações para os trabalhadores da constru-ção, e qualquer grupamento humano nos interessa para o desenvolvimento de nossas atividades, prin-cipalmente a coleta de sangue”, considerou ela. “A construção civil é um setor no qual exige pessoas saudáveis, e é isso que buscamos”, ressaltou.

A técnica destacou que a Fundação Hemo-pa estará no DNCS com um estande montado para divulgar o serviço de doação de sangue e sobre o cadastro de medula óssea. “Distribuiremos bastante material informativo, mas não faremos coleta de san-gue ou de medula”, esclareceu.

A Universidade da Amazônia (Unama) também reforça o grupo de parceiros no DNCS de 2016. Le-onel Barbosa, que compõe o Marketing da entidade, informou que serão colocados à disposição do públi-co serviços ou atividades de três cursos.

Enfermagem entrará com medição de pressão arterial, teste de glicemia e orientação sobre o cân-cer da mama; Estética oferecerá spa de pés, design de sobrancelha, massoterapia e limpeza de pele; e Educação Física terá slackline (esporte sobre fita elástica esticada entre dois pontos fixos) e “aulão” de ritmos. “Estamos contentes em participar do DNCS”, disse Barbosa.

Órgãos motivados pela cidadania

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O Pará terá as obras do programa Minha Casa Minha Vida retomadas – serão reativadas 4.232 uni-dades habitacionais da faixa 1 que estavam paralisa-das. No dia 23 passado, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Gilberto Occhi, formalizaram o contrato com as construtoras. A boa-nova ocorre duas semanas depois que o governador do Estado, Simão Jatene (PSDB), teve audiência com o ministro em Brasília.

Nesse primeiro momento, são onze empreendi-mentos em andamento em sete Estados brasileiros. O Pará teve o segundo maior número de unidades con-templadas. No ato da assinatura oficial com as empre-sas, o ministro reafirmou o compromisso de concluir e entregar os imóveis.

“Esse esforço e compromisso indicam que va-mos trabalhar de forma contínua e responsável nessa longa caminhada”, disse Bruno Araújo. No momento, existem cerca de 77 mil unidades habitacionais parali-sadas em todo Brasil. A retomada das obras significa um investimento de R$ 263 milhões, beneficiando cer-ca de 16 mil pessoas.

Entre os Estados beneficiados com o reiní-cio dos empreendimentos estão São Paulo (896 unidades), Pará (749), Acre (714), Rio de Janeiro (692), Bahia (500), Pernambuco (403) e Rio Grande do Sul (278). No Pará, segundo Estado com maior número de unidades contempladas, a retomada de ob-ras do Minha Casa, Minha Vida ocorre, inicialmente, em Marituba (município da Região Metropolitana de Belém), no Residencial Parque dos Umaris, com 749 unidades habitacionais.

“A equipe do governo, juntamente com as en-tidades do setor da construção civil, continuarão tra-balhando em conjunto para garantir a retomada de todas as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e Minha Casa Minha Vida paralisadas

no Estado”, disse a secretária de Estado de Desen-volvimento Urbano e Obras Públicas, Noêmia Jacob. Ela comemorou a retomada do projeto, sobretudo no impacto da geração de empregos.

InspiraçãoNa audiência com o ministro das Cidades no dia

8 deste mês, Bruno Araújo, em que tratou de assuntos referentes a financiamentos para projetos nas áreas de saneamento e habitação para o Estado do Pará, o governador Simão Jatene, acompanhado do secre-tário extraordinário e Assuntos Institucionais Helenil-son Pontes, falou sobre o Programa Cheque Moradia, desenvolvido no Estado pela Companhia de Habitação do Pará (Cohab).

No último dia 13, o presidente interino Michel Temer autorizou a elaboração do primeiro programa social de sua gestão, que será destinado à reforma de moradias. O novo projeto, ainda sem nome, está em fase de construção pelo Ministério das Cidades e governo federal, e será baseado na experiência dos programas Cheque Reforma e Cheque Moradia, criado nos Estados de Goiás e do Pará.

MCMV volta e contempla Marituba

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Governador Simão Jatene e o secretário Helenilson Pontes com ministro

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Tributação sobre energia em xequeCinco órgãos da área de engenharia aguardam

decisão da Sefa (Secretaria de Estado da Fazenda) para a adesão do Pará ao Convênio ICMS 16/2015, celebrado na 238ª Reunião Ordinária do Confaz (Con-selho Nacional de Política Fazendária), que cobra o Imposto de Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) somente sobre a diferença do que é consumido pela concessionária de energia elétrica e o que é injetado na rede por meio de geração própria.

De acordo com Daniel de Oliveira e Sobrinho, diretor adjunto de Obras do Setor Elétrico do Sindus-con-PA (Sindicato da Indústria da Construção do Es-tado do Pará), que encabeça a lista das representa-ções de classe signatárias de um documento enviado à Sefa, atualmente a cobrança é feita sobre o que é consumido pela concessionária, não considerando o que é inserido na rede por meio de geração própria, como é o caso dos painéis fotovoltaicos.

De acordo com o diretor, o governo “alega perda imediata de receita”, o que para ele é uma avaliação equivocada quanto à cobrança do ICMS sobre consumo no sistema de permuta de fornecer e posteriormente receber energia em rede, permitido pela legislação. “Entendemos que essa perda será compensada com a receita gerada pelas empresas de instalação e manutenção, além de gerar mais em-pregos”, ponderou.

Apesar da resistência inicial da Sefa, ele man-tém as esperanças quanto às possibilidades de o Estado aderir ao modelo de tributação, considerado necessário ao desenvolvimento do tipo de geração de energia considerada “limpa”, como já ocorre em catorze Estados. “Acreditamos que o Estado do Pará, sendo da Amazônia, não vai deixar de aderir a esse incentivo fiscal à produção de energia limpa e susten-tável”, aposta.

“Normalmente, quem tem esse tipo de gera-ção renovável e distribuída pode injetar energia na

rede da concessionária em determinados momentos e em outros receber energia”, explicou o diretor do Sinduscon-PA. O documento enviado à Sefa destaca que “desde 2012 o Brasil permite a permuta”, e que o problema que inibe o sistema é, de fato, a fórmula de dedução do ICMS.

Os órgãos que encaminharam o pedido foram os seguintes: Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-PA), o Clu-be de Engenharia do Pará (CEP), a Associação das Construtoras de Obras Públicas do Estado do Pará (Acop-PA), além da Associação de Dirigentes de Em-presas do Mercado Imobiliário do Pará (Ademi-PA).

Um total de catorze Estados já aderiu ao modelo proposto de tributação desse tipo de geração energética e ambiental, o que corresponde a 75% da população brasileira. São eles: São Paulo, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Acre, Ala-goas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Só 1/4 do País não aderiu

Dados atualizados mostram que o Pará e a Re-gião Metropolitana de Belém (RMB) seguem no vermelho quando o assunto é o comparativo de admissões x de-missões no setor da construção civil. O mais agravante é que na região norte o Estado é, disparado, entre as sete unidades federadas, o que detém o maior saldo negativo no mês de maio – e segue na ponta do prejuízo com os desligamentos de profissionais nos primeiros cinco me-ses do ano e também com relação ao mais recente perío-do decorrido de 1 ano.

O Pará fechou maio com 1.437 trabalhadores a me-nos, já que houve no mês o registro de 4.108 admissões contra 5.546 desligamentos. Nos primeiros cinco meses do ano, ou seja, de janeiro a maio, o déficit equivale a de 6.536 pessoas sem trabalho, uma vez que o total de rescisões foi maior que o de contratações: 27.751 contra 21.215. No espaço de um ano, nada menos que 26.173 fecham a conta do débito na área, pois foram admitidos 64.132 trabalhadores, 90.305 vagas foram desativadas. Isso equivale a 59,59% do cômputo geral em vermelho (-43.923) entre oito setores econômicos, incluindo comér-cio, serviços e indústria de transformação.

A Região Metropolitana de Belém terminou o mês de maio com um saldo devedor de 163 trabalhadores e registrou 1.197 a menos no período dos seis meses ini-ciais de 2016, além de ter contabilizado menos 4.440 pos-tos no último período.

Com relação a maio, a capital paraense foi a que teve o segundo menor saldo negativo entre as nove regiões metropolitanas (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre).

No primeiro semestre, a RMB teve o segundo menor saldo no vermelho (-1.197), apenas atrás da Região Metropolitana de Curitiba (-110). A única RM que apresentou número positivo foi a de Porto Ale-gre, com 173. Em referência ao espaço decorrido do último ano, a capital paraense tem o menor saldo negativo (-4.440).

Todos os números levantados e divulgados perten-cem ao Cadastro Geral de Empregados e Desemprega-dos (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

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maio/2016 no ano ** (janeiro a maio) em 12 meses *** (jun a maio)

Região Metropolitana de Belém

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1.626 1.789 -163 7.210 8.407 -1.197 19.570 24.010 -4.440

FONTE: MTE-CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS-LEI 4923/65* A variação mensal do emprego toma como referência o estoque do mês anterior.“** Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes. *** Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mesmo mês do ano anterior, ambos com ajustes.

EVOLUÇÃO DO EMPREGO NA CONSTRUÇÃO

Desemprego atormenta construção

O município de Altamira, no sudoeste do Estado, teve o maior saldo negativo em maio entre mais de dez localidades estudadas pelo Caged/MTE: 655. Lá foram admitidos 381 trabalhadores, contra 1.036 desligamen-tos. Informações oficiais dão conta que já ocorreram mais de 20 mil demissões desde o fim das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM), construída pelo consórcio Norte Energia.

A segunda colocação em números negativos fica com Barcarena, localizada na mesorregião metropoli-tana de Belém, que tem menos 362 trabalhadores (fo-ram admitidos 195, contra 557 demitidos). A capital do Estado figura em terceiro lugar, com um cômputo em vermelho de 163 vagas, já que foram admitidos 1.255 profissionais em maio, mas saíram do mercado 1.389.

Em todo o Estado, o saldo negativo é de 1.437 postos, considerando que as contratações somam 4.109, contra 5.546 dispensas. O vice-presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho, admite os reflexos da cri-se econômica no Estado, “o que provoca atrasos, pa-ralisações de empreendimentos e consequentemente desemprego”.

Ele explicou que em 2015 “o setor enfrentou pro-blemas com fluxo financeiro do governo federal, e que é preciso haver previsibilidade dos repasses, respeito e cumprimento dos contratos”. Segundo ele, “é melhor

as construtoras conviverem com a dilatação de prazos e ajustes previstos nos acordos que ficar na incerteza dos pagamentos”.

Paralelamente, indicadores econômicos sinali-zam que boa parte da massa trabalhadora na constru-ção civil sem emprego e que tenta novas oportunidades tem buscado o aperfeiçoamento profissional na área. A Central de Serviços do Sinduscon-PA é uma das op-ções de qualificação profissional oferecendo diversos cursos de aperfeiçoamento.

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Perdas e atrasos no fluxo são comuns

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maio/2016 no ano ** (janeiro a maio) em 12 meses *** (jun a maio)

Estado do Pará

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FONTE: MTE-CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS-LEI 4923/65* A variação mensal do emprego toma como referência o estoque do mês anterior.“** Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes. *** Resultados acrescidos dos ajustes; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mesmo mês do ano anterior, ambos com ajustes.

4.109 5.546 -1.437 21.215 27.751 -6.536 64.132 90.305 -26.173

EVOLUÇÃO DO EMPREGO NA CONSTRUÇÃO

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O vice-presidente Alex Carvalho quer previsibilidade nos repasses

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Coopercon crava meta de R$ 25 miCom pouco mais de 1 ano e meio de criação,

a Cooperativa da Construção Civil do Pará (Coo-percon-PA) já superou as expectativas iniciais, faz projeções ambiciosas sobre o volume de negócios no período e está otimista quanto ao crescimento do número de participantes até o final do ano. Antônio Couceiro, presidente da entidade, fundada em de-zembro de 2014, lembrou que o volume de negócios logo nos cinco primeiros meses de operação ficou em R$ 11 milhões, o que representava um bom sinal para a consolidação.

Atualmente com pelo menos dez insumos dife-rentes na lista de compras, as 29 empresas coopera-das esperam chegar a um volume na ordem de R$ 25 milhões até dezembro. O valor é considerado bastante expressivo: a cooperativa congênere de Brasília, por exemplo, tem cinco anos de atividades e gera anual-mente R$ 15 milhões.

A perspectiva é que o total de integrantes pode chegar a 32 até o final do ano. “Vamos aumentar em dez cooperados num espaço de um ano”, informou o presidente da Coopercon. “Temos um limite de mer-cado, mas queremos ter o máximo possível de cons-trutoras porque a união faz a força”, defende ele, comemorando as aplicações financeiras realizadas por um custo mais vantajoso.

“A cooperativa conseguiu fazer parceria com três cimenteiras e hoje comercializamos com preços diferentes – uma vende mais barato que outra. Con-seguimos regular o preço de mercado, que estava lá em cima, mais para baixo. A saca [de cimento] estava custando R$ 29,00, R$ 29,50 nas fornecedo-ras, mas ficou em R$ 21,00, R$ 22,50 e R$ 23,00”, relacionou.

“O cimento é um insumo que utilizamos desde o primeiro até último dia da obra, mas conseguimos vá-rios outros. Estamos com argamassa, concreto, reves-timento cerâmico e cada vez vai aumenta esse leque”,

explicou o executivo. “Hoje a gente compra cimento da Nassau, Votorantim e Bravo, e quanto aos demais insu-mos, se conseguirmos diminuir 5% no valor, já vale a pena. Temos de brigar por R$ 0,01”, enfatizou.

NegociaçõesO presidente da cooperativa salientou que a

ordem é buscar sempre as melhores ofertas. “É mui-to difícil falar em percentual de ganho, o mercado está muito volátil”, considerou. “A gente procura comprar mais barato e há vários movimentos de aumento de preços. Conseguimos segurar o do aço, por exem-plo. Agora vamos ter um pequeno aumento [nesse item], mas poderemos quebrar em duas parcelas.”

Antônio Couceiro revelou que não tem sido fácil fazer transações com fornecedores de aço e cimento porque não há muitas opções à disposi-ção. “São poucos, é mais difícil negociar com eles. A gente só consegue negociar se estivermos jun-tos. Nosso principal objetivo é gerar bons negócios.

Presidente da cooperativa, Antônio Couceiro, anuncia maior crescimento

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Parceiros da Coopercon-PA

Chegamos em média a 10% no geral nos insumos que estamos comercializando”, apontou.

É fato que a prática do modelo de coopera-tivismo, somente permitido a empresas associadas ao Sinduscon-PA, está dando retorno. “Já temos lu-cro para distribuir do ano de 2015, e isso será defi-nido na assembleia geral”, informou. “O empresário ganha no momento da compra, contribui com 2% de taxa administrativa para a cooperativa, mas recupe-ra parte dela na distribuição de lucro”, lembrou.

A conjuntura econômica brasileira ainda exi-ge cuidados com o mercado, alerta Couceiro. “Te-mos que segurar as pontas, lançar o produto certo, com preço real para o mercado de hoje”, ensina. “É importante não fazer nenhum tipo de loucura, não contrair nenhuma dívida que não seja necessária. A crise está implantada no País, não adianta chorar por causa da crise: acho que temos que trabalhar sério. Foge da crise quem trabalha sério.”

Ele atribui o sucesso do empreendimento coletivo “à junção de forças”. “Somos poucas cons-trutoras, praticamente todas regionais, e os donos são muito amigos. A gente consegue se juntar e ‘dar peso’ na cooperativa. Poucas construtoras do ramo imobiliário não são da cooperativa, e é bom que se diga que mesmo essas conseguiram se beneficiar dessa regulação do preço de mercado”, declarou, fazendo, no entanto, um alerta: “Se determinadas empresas não têm espírito cooperativo, não adianta se associarem [à cooperativa]”.

Segundo disse, o crescimento da cooperati-va deve-se a cuidados, critérios e conhecimento de campo. “Estamos em contato com a CooperconBra-sil, que atende a todas as cooperativas no País, e de seis em seis meses há uma reunião para avalia-ções”, explicou.

“Essa troca de informação é importante para aumentar o número de empresas que são parcei-ras. Como eu disse, começamos com 22 empre-sas, abrimos para mais dez entrarem. Hoje esta-mos com 29 empresas cooperadas e, chegando a 32, sentaremos novamente. Não vamos de ma-neira nenhuma proibir uma empresa de participar”, destacou.

Antônio Couceiro classificou sua administra-ção de “gestão de aprendizado”, mas também com resultados. “Tivemos problemas, patinamos, con-tratamos um bom executivo, Cláudio Rogério Leão Costa, e demoramos a conseguir. Apesar de ser a primeira gestão, geramos um volume interessante de negócios num momento de crise, se comparar-mos a outras cooperativas. Hoje vários fornecedo-res nos procuram”, observou.

“Nosso associado pergunta se o fornecedor trabalha com a cooperativa e qual o desconto. An-tigamente a gente procurava os fornecedores, hoje eles estão buscando a cooperativa para negociar.”

Para o presidente, que ficará no cargo até março de 2017, “se o empresariado não estiver dis-postos a ajudar a cooperativa, ela morre”.

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Curso de Produtividade faz diferençaRealizado de 6 a 10 deste mês, o curso Ge-

renciamento da Produtividade na Construção Civil agradou e satisfez os participantes por características particulares, que passam do conteúdo à didática com-plementar e inclusive no aspecto da originalidade. A engenheira Rafaela Mericia Mendes da Silva, 25, disse que gostou da “atualização de conhecimentos” justa-mente para “não ficar retrógrada”.

“Sou recém-formada, de 1 ano e meio apenas, e tenho uma empresa, a MR Engenharia, que funciona no bairro de Batista Campos, e esse curso foi muito im-portante até pelo aspecto motivacional dentro da sala de aula”, considerou ela, que atua mais diretamente nas áreas de planejamento e projetos. “Sempre estou acessando a página do Sinduscon-PA no Facebook em busca de novidades. Certamente me interessa fazer outros cursos na Central de Serviços do sindicato.”

Arianne Clícia Menezes Pereira, 23, revelou que já dispunha de informações sobre o curso antes mesmo de se inscrever. “Tive referências, mas ele já havia despertado o meu interesse”, afirmou. Em sala, a engenheira garantiu que suas expectativas foram corres-pondidas. “A metodologia de ensino me agradou bastan-te”, aprovou ela, que atualmente trabalha nas obras do Consórcio BRT em Belém.

“Gostei das abordagens sobre produtividade, como aplicá-la, e que posso aproveitar dentro do meu trabalho”, salientou. Arianne disse que o certificado que recebeu ao final do curso será importante para o seu portfolio. “O certificado é importante, tenho a intenção de dispor de algo próprio, talvez abra uma sociedade. Quero atuar com planejamento e reforma”, adiantou.

O instrutor do curso, Willy Castelo Branco, 37 anos, há doze como engenheiro, avaliou que produti-vidade é um fator diferenciado nos canteiros de obras.

“É importante por conseguir um resultado dentro do esperado”, explicou ele, engenheiro civil especializado em Gestão Empresarial, trabalhando também na im-plantação da filosofia de gestão de produção conheci-da como “Lean Construction” ou “construção enxuta”.

Segundo disse, o curso de Gerenciamento da Produtividade, com carga de duração de 20 horas, vol-tado a engenheiros civis, estudantes de Engenharia, técnicos de edificações e profissionais da construção tem como novidade orientações exclusivas sobre como gerenciar contratos com empreiteiras, por exemplo.

“Não sei de qualquer outro curso que ofereça isso, é difícil encontrar”, salientou, elogiando a quali-dade dos cursos ofertados pelo Sinduscon-PA. “O que eles oferecem não se encontra em faculdades. Na verdade, são um complemento do ensino regular de Engenharia”, completou.

O instrutor Willy Castelo Branco: empresas estão de olho nos resultados

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Resíduos sólidos: gestão é o desafioCom duração de 1 hora e meia e tendo como

inscrição a simbólica doação de um brinquedo, a Cen-tral de Serviços do Sinduscon-PA promoveu no dia 16 deste mês a palestra “Gestão dos resíduos gerados na construção civil”, direcionada a engenheiros civis, estudantes do curso de Engenharia, técnicos de edifi-cações e profissionais da construção e na qual foram detalhadas as principais exigências que devem ser atendidas conforme o que dispõe a Lei 12.305/2010 e Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) 307.

O palestrante foi Denilson Sizo, bacharel em Geologia com especialização em gestão empresarial e na criação e implantação de Plano de Gerenciamento de Resíduo Sólido. Ele é auditor líder da ISO 9001 do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) e ISO 14001.

Na programação, realizada no prédio sede da Fiepa (Federação das Indústrias do Pará), na região central de Belém, foram explicadas, entre diversos en-foques com interação da plateia, as diretrizes da Polí-tica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e Conama para a correta gestão dos resíduos sólidos pela cons-trução civil, evitando transtornos causados por multas e interdições.

Segundo Denilson Sizo, foram pontuados na sala de aula os procedimentos para o desenvolvimento desse tipo de gestão que, para ele, “não é complicada, mas o difícil é pôr em prática”. “A política nacional de

resíduos sólidos exigiu que a união dos Estados, mu-nicípios e Distrito Federal criassem os seus planos de gerenciamento de resíduos sólidos. O Pará já criou o seu plano, dentro do qual há a atividade da construção civil e que é mais evoluído em outros Estados. Entendo que isso é muito em função da fiscalização, da cobran-ça, dando uma conscientização”, considerou.

Para ele, “a gestão de resíduos, de uma forma geral, depende muito da educação” e que é necessá-rio “disseminar mais esse conhecimento da gestão dos resíduos”. O instrutor entende que “só se consegue mudar paradigmas se houver planejamento”. Ele lem-brou que ficou estabelecido por lei prazo para que os municípios e Estados se enquadrassem no Plano Mu-nicipal e Estadual para atender a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. “Foi quando alguns começaram a se mobilizar mais intensamente, pois os gestores públicos iam ter de responder criminalmente por isso.”

No caso da capital do Estado, por exemplo, fo-ram notadas algumas providências. “A Prefeitura de Belém criou ‘ecopontos’ onde são recebidas cargas de entulhos recicláveis de algumas pequenas obras, mas não sei quantos existem”, salientou o especialista Denilson Sizo. “No caso do resíduo domiciliar, ele está enquadrado dentro da medida da construção civil, mas não terá o mesmo rigor de ter um plano de resíduo como a construção civil, que é obrigada a dispor de acordo com a lei municipal.”

Palestra na Fiepa sobre resíduos sólidos expõe obrigatoriedades impostas pela legislação para gestão de resíduos: prática é o maior complicador

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O contrato por obra certa em focoO contrato de trabalho por obra certa é realizado quando o empregado é admitido para trabalhar enquanto determinada obra ou serviços durarem, tendo sua previsão na Lei 2.959/56.Diferentemente dos demais contratos individuais de trabalho, neste somente justifica-se sua utili-zação pelo empregador em situações consideradas excepcionais à regra, uma vez que a vigência depende do tempo de execução de serviços especificados.Embora existam outras formas de celebração previstas em lei, é importante que o referido contrato seja pactuado por escrito, sob pena de convolar-se em contrato por prazo indeterminado.O prazo indicado para conclusão de cada tipo de serviço a ser executado deve constar em me-morial descritivo, especificando cada fase da obra. Além disso, o obreiro deverá estar vinculado a uma obra específica e, em seu contrato de trabalho, é necessária a discriminação da atividade que esse colaborador irá desenvolver.Se o empregado trabalha em várias obras ao mesmo tempo ou se labora alguns dias em uma obra e outros em outra, haverá um desvirtuamento desse instituto.O prazo para a contratação de obra certa não poderá exceder dois anos, nos termos do art. 445 da CLT, podendo ser prorrogado uma única vez dentro desse interregno (art. 451), sob pena de transforma-se em contrato por prazo indeterminado, obrigando o empregador, quando da rescisão, ao pagamento de todas as verbas rescisórias.É perfeitamente possível que a obra vá terminando por etapas e aos poucos vão sendo dispen-sados os empregados, à medida que o serviço vai acabando e, como no contrato de obra certa a dependência de um serviço especificado só perdura enquanto não cessar a sua necessidade na obra, finda a obra ou o serviço especializado, cessado o contrato.Por ser uma forma especial de contratação deve-se observar: a) que a anotação na CTPS do obreiro seja realizada pelo próprio construtor que será o empregador, desde que exerça atividade em caráter permanente, a fim de que seja evitada a transferência da responsabilidade pelo paga-mento de encargos trabalhistas ao empreiteiro; b) deve ser feito por escrito, visando evitar dúvidas acerca da forma de contratação; c) anotação na CTPS do empregado das condições especiais, uma delas seria a inscrição do contrato de obra certa, sob pena de desnaturar o referido pacto.No pagamento das verbas rescisórias, não há impacto de aviso prévio ou da multa de 40% do FGTS, sendo devido o pagamento de 13º salário, bem como o de férias proporcionais e levanta-mento de FGTS.O contrato por obra certa se mostra bastante vantajoso à indústria da construção porque permite a redução nos custos de contratação e demissão de colaboradores, sendo definitivamente uma das armas mais modernas para a solução do desemprego.

José Fernando Oliveira de FreitasAssessor Jurídico Sinduscon-PA

Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimaães, Pinheiro & Scaff

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O projeto Construção Saudável, da Central de Serviços do Sinduscon-PA, englobou em junho um total de 696 trabalhadores pertencentes a cinco canteiros de igual número de construtoras com palestras dos Módu-los II (com as temáticas DSTs [Doenças Sexualmente Transmissíveis], tabagismo e alcoolismo] e III (lombal-gia, hipertensão e diabetes).

O segundo módulo foi o que teve maior número de participantes: 467, contra 229 do terceiro. A Analista de Recursos Humanos (RH) da Premazon – Premolda-dos de Concreto Ltda., Natacha Bitar, disse que os cola-boradores manifestaram grande interesse nas palestras, sobretudo com relação ao Módulo III.

“Houve uma dinâmica e isso chamou uma atenção maior com diversos questionamentos também na outra palestra [Módulo II], que muitos trabalhadores gostaram bastante”, disse a técnica. A Premazon foi a empresa que reuniu maior público no mês – 290 profissionais, dis-tribuídos nos dias 6 e 27. “No segundo semestre temos o

interesse de solicitar mais palestras”, adiantou Natacha. A Associação dos Proprietários das Unidades

Autônomas do Edifício Residencial Piazza Savonna participou da palestra do Módulo II com 85 trabalhado-res. Everton Carlos, técnico da empresa responsável, a Marroquim Engenharia, classificou como satisfatória a programação da Central de Serviços. “Houve muitas perguntas na ocasião, e certamente eles [trabalhadores] absorveram as orientações”, acredita.

Além da Associação do Residencial Piazza Sa-vonna e Premazon, receberam palestras do Construção Saudável em junho as empresas Senenge Construção, Replacom Engenharia e Piazza Toscanna SPE Empre-endimento.

Para agendamento dos módulos visite o site www.sindusconpa.org.br . Maiores informações, basta entrar em contato com a Central de Serviços pelos seguintes canais: 3241.838|98162-1664 e e-mail [email protected].

Empresas querem mais palestras

CALENDÁRIO SETEMBRO 2016BELÉM

CURSOS CARGA HORÁRIA INSTRUTOR HORÁRIOCurso: Gestão de Materiais/ Almoxarifado para o Setor da Construção CivilPeríodo: 5 a 9/9/2016Curso: Logística Lean Aplicada na Construção CivilPeríodo: 5 a 12/9/2016Curso: NBR 13755 – Revestimento Cerâmico de FachadaPeríodo: 12 a 14/9/2016Curso: Lean Thinking Aplicado à Construção - Construção EnxutaPeríodo: 12 a 15/9/2016Curso: A Importância do Orçamento em Tempos de Crise: Uma Visão OperacionalPeríodo: 19, 21, 23, 26 e 28/9/2016Curso: Leitura e Interpretação de Projetos da Construção CivilPeríodo: 26/9 a 5/10/2016

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Willy Castelo

Janilton Macial Ugulino

Jônatas Moraes

Renato Nunes Mariz

Vinicius Almeida Soares

Gabriel Banha

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18h às 22h

18h às 22h

18h às 22h

18h às 22h

Informações e inscrições: Central de Serviços “Projeto Construir” - Trav. Dr. Moraes, 103 - (91) 3241-8383 www.sindusconpa.org.br - E-mail: [email protected] - Skype: [email protected] - Facebook: sindusconpa2012

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Fonte: (1) Sinduscon/Pa (2)IBGE, (3) FGV (*) Sinapi/Pa (4) Dnit*** Até o fechamento desta edição o órgão responsável não atualizou os dados.

Índices do mês – Maio 2016Índice Mês Ano 12 Meses Fonte % % % C.U.B 0,08 0,61 6,27 [1]C.U.B Desonerado 0,09 0,65 6,04 [1]Sinapi (*) 0,39 2,72 11,18 [2]Sinapi Desonerado (*) 0,41 2,90 11,19 [2]INCC - DI 0,08 2,21 6,36 [3]INCC - M 0,19 2,24 6,75 [3]Pavimentação *** *** *** [4]Terraplenagem *** *** *** [4]INPC 0,98 4,59 9,81 [2]IPCA 0,78 4,05 9,32 [2]IGP -M 0,82 4,15 11,09 [3]

Variação de Maio em relação a Abril 0,08%

C.U.B Maio de 2016 Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2R - 1 1.117,74 R-16 1.418,53PP - 4 1.056,50 CAL-8 1.283,85R - 8 1.008,08 CSL-8 1.114,39PIS 748,93 CSL-16 1.490,36R-1 1.327,27 CAL-8 1.367,76PP-4 1.249,91 CSL-8 1.206,17R-8 1.112,47 CSL-16 1.611,21R-16 1.078,44 RP1Q 1.136,17R-1 1.642,28 GI 641,76R-8 1.342,22

C.U.B Desonerado Maio de 2016 Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2R-1 1.058,57 R-16 1.341,04PP-4 1.006,75 CAL 8 1.210,99R-8 961,31 CSL-8 1.048,71PIS 708,62 CSL-16 1.402,92R-1 1.245,14 CAL-8 1.294,20PP-4 1.177,27 CSL-8 1.138,69R-8 1.047,18 CSL-16 1.521,33R-16 1.015,64 RP1Q 1.057,55R-1 1.553,16 GI 605,23R-8 1.273,25

Variação de Maio em relação a Abril 0,09%

Fonte: CAGED – MTE – Banco de dados Sistematização e Elaboração: Diretoria de Economia e Estatística/Assessoria Econômica/Sinduscon-Pa. (1) Dezembro/2014-RAIS/MTE(2) Corresponde aos valores dos 143 municípios do Estado do Pará.(3) Dados do CAGED/MTE Quadro de ocupação dos municípios mais representativos na geração de empregos formais da Construção Civil Paraense.

Residencial UnifamiliarR1-B-Residencial Padrão Baixo: Residência composta de dois dormitórios.R1-N-Residencial Padrão Normal: Residência composta de três dormitórios.R1-A-Residencial Padrão Alto: Residência composta de quatro dormitórios.RP1Q-Residencial Popular: residência composta de um dormitório.

Residencial MultifamiliarPIS-Projeto de interesse social: Edificio com quatro pavimentos.PP4-B-Prédio Popular: Edificio com três pavimentos tipos.PP4-N-(Padrão Normal): Edificio com quatro pavimentos tipo.

Geografia do Emprego Formal - Maio 2016

Municípios Total de Admissão

Altamira 381 1.036 -655 -5,66Ananindeua 278 335 -57 -0,77Barcarena 195 557 -362 -8,79Belem 1.255 1.389 -134 -0,48Itaituba 43 37 6 1,18Maraba 108 161 -53 -1,23Marituba 87 62 25 3,5Paragominas 28 29 -1 -0,13Parauapebas 587 308 279 4,99Redencao 64 54 10 0,79Santarem 39 54 -15 -0,8Tailandia 17 42 -25 -5,54Outros 1.027 1.482 -455 ***

Total 4.109 5.546 -1437 -1,53

Total de desligamento Saldo Variação de

Emprego %

CAL-8- Comercial Andar Livre: Edificio com 8 pavimentos tipo.

Galpão Industrial (GI) – Galpão com área administrativa, dois banheiros, um vestiário e um depósito.

Residencial PopularRP1Q- Residencia composta de um dormitório, sala, banheiro e cozinha.

Residencial MultifamiliarR8-B- Padrão Baixo: Edificio com sete pavimentos tipo.R8-N Padrão Normal: Edificio com 8 pavimentos tipo.R8-A-Padrão Alto: Edificio com 8 pavimentos tipos.R16-N-Padrão Normal: Edificio com 16 pavimentos tipo.R16-A-Padrão Alto: Edificio com 16 pavimentos tipo.

Edificação comercialCSL-8-Comercial Salas e Lojas: Edificio com 8 pavimentos tipo.CSL-16-Comercial Salas e Lojas: Edificio com 16 pavimentos tipo.

Discriminação dos projetos-padrões, de acordo com a ABNT NBR:

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