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Informativo do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, SINDSALBA – Coragem, Equilíbrio e Moralidade | Julho de 2016

Jornal do SINDSALBA

O fortalecimento da categoria

SINDSALBA trabalha duro para acender a luz no final do túnel

Os deputados do bloco da oposição apoiam o diálogo, autorizado pelo presidente do Poder Legislativo, do SIN-DSALBA com a Procuradoria Jurídica, a Superintendên-cia de Recursos Humanos e a Assessoria de Planejamento da Casa com o propósito de solucionar de uma vez por todas as demandas judiciais dos servidores, que se multi-plicam há mais de 20 anos. A perspectiva concreta que se delineia no horizonte, com a assistência jurídica do Gru-po Aras e Advogados Associados e Amando & Torres, é a da discussão e da aprovação de novo plano de cargos e sa-lários para a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia.

A situação a que chegou a maior porção dos servido-res da Casa é de empobrecimento causado pelo arrocho

que tem levado alguns a optar pelo pagamento de taxa condominial ou por suprir a geladeira da família. A si-tuação é grave e, caso não seja solucionada, tenderá ao insuportável.

É fácil de compreender se lembrarmos os parâmetros de outrora entre o salário do servidor e os indicadores do salário mínimo e das moedas fortes. A relação se dese-quilibrou de tal modo que o poder de compra, em mui-tos dos casos, reduziu-se em mais de 50 por cento. Isso implica em consequências graves na economia da Cidade do Salvador, na saúde dos atingidos e na confiança que depositaram no Estado.

Leia o editorial da p. 2

ALBA responderá por punição a servidor

FENALEG moverá ações em nome dos sindicatos

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STF analiza ação contra Marcelo Nilo

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2Jornal do Sindsalba

DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente: Flávio Augusto Cezar de Abreu Vice-Presidente: Luis Guilherme Pontes Tavares 1º Secretário: Alexsandro M. de J. dos Santos 2º Secretário: Regina Lúcia de C. Souza 1º Tesoureiro: Gilmar Carneiro Cunha2º Tesoureiro: Edésio Oliveira SilvaDiretor Jurídico: Jarbas Abraão de Souza Pereira

Diretor de Formação Sindical e Cultural: Ícaro Caires MachadoDiretor de Imprensa e Comunicação: Luis Carlos Fontes de Alencar Diretor Social e de Patrimônio: Valney de Jesus Mendes

ASSESSORIA DE IMPRENSAJornalista Responsável: Fernanda Gama (MTB-BA 3533) - Impressão: Grasb - Tiragem: Mil exemplares – Distribuição Gratuita - Editado sob a supervisão da Diretoria Executiva do SINDSALBA. Edição finalizada em 12/07/16.

SINDICATO DOS SERVIDORES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA BAHIA – SINDSALBA

EDITORIAL

EXPEDIENTE

Devo, não nego, pago se quiserHá mais de 20 anos na justiça o processo de reajuste

diferenciado dos servidores da Assembleia Legislativa da Bahia, já obteve diversas decisões favoráveis na justiça, po-rém todas foram desobedecidas pela ALBA.

Em 2012, a 7ª Vara da Fazenda Pública determinou o cumprimento dos julgados e a imediata implementação em folha de pagamento. O Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal de Justiça da Bahia também já se pronunciaram favoravelmente, decidindo pela incorporação dos percentu-ais complementares de aumento diferenciado ao grupo de 66 servidores ativos e aposentados da ALBA. Entretanto, a Assembleia Legislativa vem interpondo recursos interminá-veis junto ao TJBA com o objetivo de procrastinar as incor-porações devidas em prejuízo dos seus servidores.

De acordo com o advogado do grupo Aras e Advogados Associados, Otto Pipolo, que representa os servidores no processo, a Assembleia Legislativa já poderia ter resolvido essa situação, assim como o Tribunal de Contas do Estado da Bahia e o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, que ao receberem a primeira intimação do juiz da 8º vara da da Fazenda Pública de Salvador, elaboraram imediata-mente um novo Plano de Cargos e Salários, implantando os percentuais devidos a cada um dos seus serviodores e re-solvendo definitivamente a questão. “A Assembleia poderia ter seguido o exemplo do TCE e do TCM e desde o mês de setembro de 2012, quando recebeu a intimação do Poder Judiciário para implantar em folha de pagamento os per-centuais complementares determinados na sentença tran-sitada em julgado no STF e ter resolvido essa pendência antiga e histórica para todos os servidores ALBA” declarou o advogado.

O Poder Judiciário já se manifestou em todas as suas instâncias determinando o pagamento aos servidores. As últimas decisões da Justiça, continuam intimando reite-radamente a Assembleia Legislativa, em processo de exe-cução, para que se cumpra o determinado nas sentenças. Mas se o processo já está ganho e a Justiça já determinou o pagamento diversas vezes, por que o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, continua desobedecendo a lei? Essa

é a pergunta de todos os servidores envolvidos no processo e que aguardam há mais de 20 anos para receber o que lhes é de direito. “O motivo que leva o presidente da ALBA a não cumprir as reiteradas determinações judicias, transitadas em julgado, sinceramente eu não sei. O normal dentro do nosso sistema jurídico é o cumprimento imediato das or-dens judiciais, de notadamente, nesses processos em que a ALBA perdeu em todas as instâncias e onde o próprio Esta-do da Bahia já reconheceu a derrota, através da Procurado-ria Geral do Estado, e mandou por ofício a Assembleia in-corporar a folha de pagamento desde 2012”, explica Pipolo.

Os servidores, através dos seus advogados, já reque-reram aos juizes que estão processando as execuções das sentenças, que em caso de descumprimento das implanta-ções em folha de pagamento dos percentuais devidos, fosse comunicado ao Ministério Público da Bahia o descumpri-mento da ordem judicial, para o processamento do crime de desobediência com apuração das responsabilidades. Con-tudo, de acordo com o advogado Otto Pipolo, o presidente da ALBA justificou em petição dirigida aos Juizes da 7º e 8º Varas da Fazenda Pública, que a Assembléia Legislativa não tem dinheiro, mas que já tinha solicitado os valores ao governador da Bahia para o cumprimento da sentença judi-cial, inclusive juntando a cópia do ofício da ALBA solicitan-do os recursos ao governador Rui Costa.

Aparentemente mais um artificio do deputado Marcelo Nilo, que ao solicitar recurso financeiro para um governo que já declarou diversas vezes não ter verba nem para a re-posição inflacionária dos seus servidores, sabe que não ob-terá esse auxílio do governador, procrastinando ainda mais o cumprimento da sentença.

O presidente da Assembleia Legislativa faz viagens in-ternacionais com verbas da Casa e enquanto isso, os traba-lhadores da ALBA vao vendo seus direitos usurpados, sem ao menos um indicativo de terem o reajuste linear de 2016. O SINDSALBA entrou com um ADI, junto com a Confede-ração dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) para tentar garantir esse direito que é Constitucional. Já o presidente da ALBA deve, não nega, mas paga quando e se quiser.



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Servidor da Assembleia Legislativaé mais uma vítima de assédio moral

O servidor da Assembleia Legislativa da Bahia, Evandro de Car-valho Filho, foi punido de forma arbitrária pela direção da Casa, após sua participação na mobilização dos servidores públicos da Bahia, re-alizada em dezembro do ano passado.

Evandro, que é segurança da ALBA desde 1997, quando passou no concurso público para agente de segurança, foi remanejado da Co-ordenação de Segurança para a Coordenação do Memorial do Legis-lativo, por ter participado da mobilização que reivindicava a suspen-são da votação do Projeto de Lei que retirava direitos dos servidores.

O servidor foi remanejado do setor pelo coronel Yuri Pierre Sampaio Lopes, chefe da Assistência Militar da ALBA, com a alegação de “quebra de confiança”. Contudo, Evandro acredita que essa foi apenas uma des-culpa para ser afastado do setor. “Os funcionários da taquigrafia tiveram um dia de trabalho descontado, mas eu fui afastado da função para qual prestei concurso, sendo transferido para um setor completamente dife-rente. Não consigo entender o motivo”, explica Evandro.

De acordo com o segurança, o superintendente de Recursos Hu-manos da ALBA, Francisco Raposo, orientou que ele se desculpasse com coronel Yuri Lopes para ter o seu cargo de volta. “Não fiz nada

de errado para me desculpar. Só pra-tiquei um direito como trabalhador, que foi participar de uma mobiliza-ção, não vejo isso como uma quebra de confiança”, defende-se o servidor que perdeu todas suas gratifi-cações com a transferência de setor, tendo sua renda diminuída em aproximadamente 65%.

Para o advogado, Carlos Magno Vieira, especialista em assédio mo-ral no serviço público, essa exigência para que o trabalhador peça des-culpas para retornar ao seu setor, é considerado assédio moral. “Não se pode negociar com a dignidade do funcionário”, destaca o especialista.

O sindicato entrou com Mandado de Segurança (n° 0004957-73.2016.8.05.0000) para reaver os direitos do servidor judicialmen-te. “O que fizeram com esse trabalhador, que dedicou quase 20 anos da sua vida a essa Casa, além de injusto é ilegal, já que o Coronel Yuri Lopes, como militar, não pode gerir o setor de segurança da ALBA. Além disso, a publicação da transferência no Diário Oficial foi com data retroativa a 10 de dezembro de 2015”, declara o presidente do SINDSALBA, Flávio Abreu.

Legislativo baiano cancela plano de saúde dos servidores e mantém o dos deputadosSurpreende que o Poder

Legislativo utilize medidas dis-tintas no trato de um mesmo assunto. É o caso do plano de saúde. O repasse da Casa, que complementava o pagamen-to do contrato com o Golden Cross dos funcionários, foi sus-penso desde o primeiro mês do ano. Isso, todavia, não acon-teceu com o repasse referente ao Sul América que atende os deputados e seus dependentes. O repasse prossegue e a reno-

vação do contrato tem se dado de dois em dois meses, sendo reno-vado em fevereiro (DO de 16.02.2016), abril (DO de 08.04.2016) e junho (DO de 14.06.2016).

A surpresa é ainda maior quando se examina, à luz da CI do Superintendente de Administração e Finanças, o tratamento distinto que a Casa deu. O superintendente, conforme a CI 059 (fac-símile nesta página), de 09 de novembro de 2015, manda o gerente do Departamento de Contratos e Convênios, encerrar o convênio 001/2013 com a Assalba, interrompendo, portanto, o repasse da casa para a manutenção dos planos de saúde dos ser-vidores e dos deputados. O gerente procedeu conforme a ordem recebida e encaminhou à Assalba a decisão de interromper o Con-vênio 001/2013.

No entanto, o repasse para a manutenção do plano de saúde dos parlamentares e dependentes prosseguiu como se o Convênio 01/2013 da Assembleia Legislativa com a Associação dos Servido-

res da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ASSALBA) não tivesse sido extinto. Daí porque a primeira renovação aconteceu em janeiro de 2016, conforme Processo 7233/2015, com prazo de 30 dias e foi publicado no DO de 05.01.2016. O convênio que be-neficia com o plano de saúde da Sul América aos deputados e aos seus dependentes foi renovado em fevereiro (DO de 16.02.2016), abril (DO de 08.04.2016) e junho (DO de 14.06.2016), sempre pelo prazo de 61 dias. Tudo caminha para que essas renovações voltem a acontecer e consolidem o tratamento discricionário do Poder Legislativo em relação aos funcionários.

Com relação aos funcionários, a Assembleia Legislativa ale-gou que o cancelamento do repasse do subsídio para o plano de saúde foi uma exigência do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “A Assembleia fez apenas o que o TCE recomendou e cancelou a ajuda de custo que repassava para Assalba. Os servidores não ficaram descobertos, eles podem optar pelo Planserv”, afirmou o superintendente de Recursos Humanos da ALBA, Francisco Ra-poso. Contudo, as repetidas renovações do contrato com o plano de saúde dos deputados, contrariam o referido argumento, visto que os repasses do subsídio para esses contratos continuam.

“Se era uma exigência do TCE, o cancelamento deveria ter sido aplicado tanto no caso do plano de saúde dos funcionários, quanto no plano de saúde dos deputados. Ou a Assembleia está beneficiando os deputados em detrimento dos servidores ou está desobedecendo uma exigência do TCE”, protesta o presidente do SINDSALBA, Flávio Abreu, que ainda questiona o que será feito com o valor que era utilizado para subsídio. “A Assembleia cortou o plano de saúde dos funcionários e com isso terá uma economia em torno de R$ 400.000,00 mensais. Queremos saber onde esse valor será utilizado”, finaliza.



II Encontro Nacional da FENALEG discute atual situação do serviço público

O II Encontro Nacional da Federação Nacional dos Tra-balhadores dos Poderes Legislativos Estaduais, do Distrito Federal e da União (FENALEG), realizado de 1 a 3 de junho, em São Luís- MA, contou com a participação de represen-tantes sindicais de diversos sindicatos filiados à entidade, que foram recepcionados pela diretoria do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Mara-nhã (ALEMA).

Com o tema “A crise e suas implicações nas Relações de Trabalho no Serviço Público” o encontro, abordou a con-juntura política atual do país com a exposição das Centrais CUT, CTB e Conlutas. Os sindicalistas puderam debater so-bre a temática e desafios para a ação sindical nesta conjun-tura, e os desafios atuais para o movimento sindical num cenário de crise econômica internacional. Para o diretor de Comunicação da FENALEG, Marconi Glauco, a Federação tem um importante papel nessa discussão, visto que a cri-se internacional atinge, principalmente, os trabalhadores e trabalhadoras e interfere nas decisões políticas. “Aqui no Brasil, o que vemos com esse quadro de crise é a clas-se política e a empresarial - industriais, banqueiros etc. - se juntarem para cortar e, se possível, eliminar as conquistas

da classe trabalhadora e os avanços sociais ocorridos des-de a Constituição de 1988. Os dirigentes sindicais precisam saber o quê está acontecendo, quais os caminhos a seguir e que estratégias traçar para barrar o avanço conservador sobre as conquistas, lutas e demandas dos trabalhadores do Brasil e, mais especificamente, sobre os servidores das Assembleias Legislativas dos Estados e do Distrito Fede-ral” destaca Glauco. Vale salientar que a crise política na Argentina impediu que o I Congresso da Confederação de Trabahadores Legislativos das Américas e do Caribe (CON-TLAC) fosse realizado.

O presidente da FENALEG, Josias Ramos, defendeu a participação dos sindicatos e da Federação na luta contra a retirada dos direitos dos trabalhadores. “Teremos de estar alertas quanto aos movimentos políticos e da classe empre-sarial no sentido de combatermos qualquer gesto ou ação em nível do Congresso Nacional e do governo interino que indique o desmonte das poucas garantias trabalhistas, pre-videnciárias, de assistência à saúde, como o SUS, por exem-plo, bem como combater as ameaças à garantia de ensino superior gratuito por meio das universidades públicas e à educação básica, pública e de qualidade”, ressaltou.

O encontro ocorreu de 1 a 3 de junho, em São Luiz (MA), e reuniu representantes de diver-sos sindicatos filiados a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Poderes Legislativos Estaduais, do Distrito Federal e da União (FENALEG)




O presidente do SINDSALBA, Flávio Abreu, e o tesou-reiro, Gilmar Cunha, que fazem parte da diretoria da FENA-LEG, participaram do encontro e destacaram o papel dos sindicatos na luta pelos direitos dos trabalhadores. “Para obtermos êxito, a luta do sindicato deve ultrapassar a base, participando e promovendo mobilizações nacionais. Com os sindicatos unidos à Federação, teremos mais chances de alcançarmos a vitória”, declarou Gilmar Cunha.

Para o presidente do SINDSALBA, a FENALEG tem um papel fundamental na luta pelos direitos dos trabalhadores, que devem manter-se unidos. “É fundamental a unidade da categoria nacionalmente, independentemente da ideologia política ou partidária. A luta é uma só. Temos que pensar ago-ra, primeiramente no nosso objetivo principal que é manter os nossos direitos e barrar o PLP 257/2016. A categoria tem que se conscientizar de que deve participar de atos e mobilizações. A luta interessa a nós todos. Vamos lutar” defendeu Abreu.

Formação Sindical

O II Encontro Nacional da FENALEG também promoveu um curso de formação sindical, ministrado pelo secretário da pasta na Federação, Noleto Chaves, que abordou a constru-ção do movimento sindical, abordando desde as associações das mútuas, passando pelo sindicalismo anárquico, depois evoluindo para o sindicalismo classista, chegando aos dias de hoje, onde os trabalhadores encontram-se organizados em sindicatos de base e orgânico, mas também ainda existem muitos sindicatos organizados de forma cartorial.

“Hoje existe a discussão para além do sindicalismo classis-ta, que é o sindicalismo classista e cidadão, aquele sindicato que luta pelos direitos dos trabalhadores que os representa, mas também tem uma preocupação ampliada para outras

questões que dizem respeito à sociedade, como empregabi-lidade, educação de qualidade para todos, saúde pública de qualidade pra toda a sociedade, além do fato de elevar o tra-balhador a condição de protagonista político com o objetivo da construção de um projeto de poder dos trabalhadores para os trabalhadores”, ressalta o presidente da FENALEG.

Deliberações

Além dos debates, durante o encontro a diretoria delibe-rou pela realização de ações políticas no segundo semestre 2016, como defesa das carreiras dos trabalhadores e traba-lhadoras das Assembleias Legislativas e da Câmara Distrital e sua respectiva valorização e uma campanha salarial nacio-nal unificada nos estados de atuação da FENALEG.

A diretoria também decidiu que a Federação deverá intensificar a luta pela redução de cargos comissionados e de terceirizados, o combate à corrupção, ao assédio mo-ral e sexual no ambiente de trabalho, além de elaborar um projeto de formação sindical das bases dos sindicatos que compõem a Federação.

A diretoria do SINDSALBA continua a luta incessante para que a democracia seja reestabelecida na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia e as consecutivas reelei-ções do presidente da Casa cessem de uma vez por todas.

Em visita ao chefe de gabinete do procurador geral da República, Rodrigo Janot, o presidente do SINDSALBA, Flávio Abreu e o tesoureiro, Gilmar Cunha, solicitaram informações e pediram celeridade para a ADI 5380, que pede que a recondução em reeleição de membro da Mesa da Assembleia Legislativa da Bahia, para o mesmo car-go, seja limitada a uma única vez em eleição imediata-mente subseqüente, conforme determina os artigos 67, parágrafo 3°, da Constituição do estado da Bahia.

Após a reunião, a ADI, que estava parada desde no-

vembro, foi encaminhada pelo subprocurador geral da República, Wellington Saraiva, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A frente da Assembleia Legislativa da Bahia há uma década, o deputado Marcelo Nilo, já está em seu 5° man-dato consecutivo e parece querer ingressar em um 6° mandato se candidatando ao cargo em 2017, quando ha-verá uma nova eleição para gerir o Legislativo baiano.

Para o presidente do SINDSALBA, as repetidas re-eleições do deputado Marcelo Nilo, mostram a falta de respeito com o povo e com a democracia. “Ele quer se perpetuar no poder de forma ilegal e imoral. Espera-mos que essa ilegalidade seja corrigida através da justi-ça” declarou Abreu.

SINDSALBA consegue que ADI contrareeleição de Marcelo Nilo chegue ao STF



SINDSALBA reivindica reajuste linear para servidores

A diretoria do SINDSAL-BA continua lutando para garantir o reajuste linear de 2016 dos servidores da Assembleia Legislativa da

Bahia. O presidente do sindicato, Flávio Abreu, que já havia protocolado, no dia 24 de fevereiro deste ano, um requeri-mento solicitando à presidência da ALBA o reajuste linear dos vencimentos dos servidores da Casa, informou que irá entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade con-tra o reajuste de 0% informado pelo governador, Rui Costa.

De acordo com o Art. 51 da Lei n° 8.971/2004, do Plano de Cargos e Salários da ALBA, é assegurado aos servidores a revisão dos vencimentos básicos com data--base em janeiro, de acordo com índice inflacionário, por isso o SINDSALBA solicita o reajuste em 10,7%, contemplando o índice inflacionário de 2015. Além dis-so, a data-base também é assegurada pela Constituição, que afirma no Art. 37 inciso X, “A remuneração dos ser-vidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º, do art. 39, somente poderão ser fixados ou alterados por lei es-pecífica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices”.

Esse reajuste é necessário para que os servidores te-nham seus proventos reposicionados, visto que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) aferiu a in-flação de 2015 em 10,67%. Além disso, o orçamento da Assembleia teve um acréscimo de 10% em 2016.

O governador Rui Costa alega não ter condições finan-ceiras para efetuar a reposição inflacionária, devido a crise econômica brasileira. “O reajuste de 2015 custou R$ 500 milhões, mesmo pago em duas vezes. Mesmo ruim, mes-mo dividido custou R$ 500 milhões para o cidadão que paga tributo”, afirmou o governador a imprensa, que ainda alegou que o reajuste linear em 2016, com base na infla-ção, “não custaria menos do que R$ 700 milhões”.

Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, até o momento não se pronunciou sobre o reajuste dos servidores da Casa. “Falta prioridades tanto para o governador quanto para o presidente da Assem-bleia, que gastam o dinheiro público, mas não pensam nos trabalhadores. A reposição inflacionária é um direito pre-visto em lei para resguardar a categoria de ter seus salá-rios corroídos pela inflação. Um trabalhador que não recebe o reajuste em poucos anos terá sua remu-neração reduzida de forma significativa” protesta o presidente do SINDSALBA.

SINDSALBA E FENALEG lutam contra PLP 257/2016A diretoria do SIND-

SALBA tem acompanhado a diretoria da FENALEG nas mobilizações contra o Projeto de Lei Complemen-tar 257/2016, que prejudi-ca os servidores públicos das três esferas do governo.

O PLP 257/2016, que foi enviado pelo Governo Federal ao Congresso em março deste ano, e tramita em regime de urgência, prevê altera-ções na Lei de Responsabilidade Fiscal que aprofundam as restrições em relação aos servidores da União, dos Es-tados, do DF e Municípios, e impõe uma série de exigên-cias fiscais como condição para adesão ao plano de auxílio aos Estados e ao Distrito Federal. O Projeto ainda traz o congelamento de salários, a proibição de concursos, au-mento da alíquota para a previdência de 11% para 14% e a

retirada de benefícios financeiros. A proposta recessiva foi construída em conjunto com

governadores de estados endividados para o reequilíbrio das contas, sem levar em consideração a situação dos ser-vidores públicos.

Para o presidente da Confederação dos Servidores Pú-blicos do Brasil (CSPB), João Domingos, o Projeto de Lei 257/16 é um “dos piores dos últimos tempos”. “Ele tem muito mais escondido que as maldades que colocam para os servidores Públicos. Ele é uma minirreforma, senão, uma profunda reforma do estado. Uma minirreforma tri-butária, sobre uma ótica neoliberal, que nem governos ultraliberais tiveram a ousadia de propor”, protesta.

Diversas mobilizações estão sendo realizadas pelas entidades sindicais em todo país. A diretoria da FENA-LEG vem acompanhando as mobilizações nos estados e visitando os gabinetes dos deputados federais, em busca de apoio contra o PLP 257/2016.




Parceria da China com a Bahia matará 200 mil jegues por ano

Há perspectiva de que a Bahia forneça aos chineses, no futuro próximo, a carne de cerca de 200 mil jumen-tos abatidos por ano. A informação circulou após a visi-ta, em março deste ano, do presidente do Poder Legisla-tivo a China, integrando a comitiva que acompanhou o governador Rui Costa àquele país oriental. Os detalhes sobre a produção e abate sistemáticos de jumento na Bahia poderá exigir legislação própria sobre o assunto. O Legislativo baiano – e o presidente foi advertido disto – é fundamental nas operações da parceria chinobaiana.

Se de um lado há quem aprecie essa parceria, por ou-tro, há aqueles que temem que as consequências pos-sam comprometer a soberania nacional no que tange, por exemplo, aos aspectos próprios da cultura brasilei-ra. Quiçá o legislador baiano coloque a possibilidade de consultar, através de plebiscito, o povo da Bahia aprecia a perspectiva da submissão do seu estado aos ditames chineses. Que eles comem jumento não surpreende, pois até escorpião é comida por lá. Por aqui, jumento, nosso jegue, sempre foi animal doméstico com ampla folha de serviço no carrego de caçuás e barris.

10 dias na China

A comitiva baiana que acompanhou o governador Rui Costa a China embarcou no dia 04 de março e re-tornou a Salvador no dia 14 do mesmo mês. O noticiá-rio a respeito não esclarece se as despesas do presidente do Poder Legislativo foram pagas pelo Poder Executi-vo. Fato é que elas podem ter girado em torno de R$ 25 mil ou US$ 6,500.00 (seis mil e quinhentos Dólares).

Especula-se, conforme os Decretos 71.733/1973 e 6.576/2008, do Governo Federal, o valor de US$ 400.00 (quatrocentos Dólares) a diária do presi-dente do Legislativo estadual, isso multiplicado pelos 10 dias da viagem, e US$ 2,300.00 (dois mil e trezentos Dólares) a passagem de ida-e-volta (base Air France, na classe Executiva, com o dólar do dia valendo R$ 3,76).

O presidente do Poder Legislativo da Bahia declarou em seu blog, no dia do embarque: “Es-tou indo nesta viagem para juntar forças com o governador e ajudar os empresários na demons-tração de todo o potencial econômico da Bahia e assim conseguirmos parcerias importantes para o desenvolvimento do nosso estado”. Ao retornar,

comungou do entusiasmo do governador com as pers-pectivas de que os chineses sejam parceiros nas obras do novo centro de convenções, a ser edificado no Comér-cio; da ponte Salvador-Itaparica, que já consumiu cer-ca de cem milhões de Reais em projetos e prospecções; da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL); do porto Sul, por onde escoarão os produtos que transitarão na nova ferrovia; e do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) – há a perspectiva de uma linha interligando Salvador a Alagoinhas.

O noticiário do Governo do Estado, publicado em A Tarde Online no dia (14.03) do retorno da comitiva, in-forma que “na bagagem, Rui traz diversos acordos fir-mados com empresários asiáticos que vão garantir, nos próximos meses, o aprofundamento dos estudos técni-cos e negociações que possibilitarão o andamento de obras importantes de infraestrutura no estado, a exem-plo do Complexo Porto Sul e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), além do veículo leve sobre trilhos (VLT), que ligará o subúrbio ferroviário ao Comércio, e o novo Centro de Convenções da Bahia”.

E acrescenta: “Um dos resultados mais promissores da viagem do governador à China foi o acordo assinado com uma das maiores construtoras chinesas – a China Railuli Engineering Group (Crec) – e o Fundo Chinês para Investimento na América Latina (Clai-Fund) para construir e operar o Porto Sul e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), em associação com o governo baiano e a Bahia Mineração (Bamin), que explora o minério de ferro em Caetité, na Bahia”.

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O Centro Administrativo da Bahia (CAB) ganha neste meado de 2016 sua primeira praça cívica. Ao longo de qua-se 45 anos de existência – a construção do Centro foi ini-ciada em 1972 – jamais houve a destinação de algum can-teiro central ou afim para a edificação de algo semelhante. Com quase 200 mil metros quadrados e cerca de 40 edi-ficações, o CAB terá agora uma área arborizada e monu-mental e nela se homenageará um jovem político baiano: Luís Eduardo Magalhães, que ocupou, entre outros cargos relevante, a presidência do Poder Legislativo da Bahia.

A praça abriga o Memorial Luís Eduardo Magalhães. Ele ocupa agora duas vezes a área que ocupava desde de-zembro de 1998 no canteiro central da Avenida Luiz Viana Filho (Paralela). A transferência iniciada no último mês de maio foi causada pela obra de construção da Linha 2 do Metrô de Salvador. A empresa responsável, a CCR, encar-regou-se da delicada mudança do endereço do Memorial, que agora ocupa 25 mil metros do amplo canteiro que se-para as vias da Avenida 1, localizada na vizinhança do Cen-tro de Exposições, da Assembleia Legislativa e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O Memorial foi edificado no ano do trágico falecimento, aos 43 anos de idade, do político e advogado baiano Luis Eduardo Magalhães (1955-1998). Ele foi vítima de infarto fulminante e seu sepultamento ocorreu no dia 21 de abril, o mesmo dia em que o ex-presidente Tancredo Neves foi declarado morto em 1985. O arquiteto e artista plástico ca-rioca Luiz Paulo Conde (1934-2015), ex-prefeito do Rio de Janeiro, foi quem concebeu o projeto do Memorial.

MEMORIAL EXALTA A JUVENTUDE

O projeto do arquiteto carioca acentua e lamenta o es-tágio de juventude em que o político baiano estava quando faleceu em Brasília após a caminhada matinal que ante-cedia sues afazeres como parlamentar. Por isso, Conde criou o Memorial com dois ambientes em que os elemen-tos somam 43, idade que Luis Eduardo Magalhães alcan-çou. Num ambiente, onde há 43 vagas para automóveis, plantou-se 43 pés de pau-brasil, árvore símbolo e da qual se emprestou o nome do país. Ademais, 43 resulta a soma de 20 palmeiras, 20 esguichos de água, que à noite são ilu-minados, e três monólitos revestidos de granito nas cores da bandeira da Bahia.

Um dos raros registros sobre o projeto de Conde e a obra do Memorial Luis Eduardo Magalhães, inaugurada em 18 de dezembro de 1998, é a matéria a respeito publicada pelo periódico Caminhos, da Bahiatursa – como não há a data no impresso, supõe-se que seja do início de 1999. O Memorial inclui a estátua em bronze do deputado Luis Eduardo mol-dada pelo escultor carioca Edgard Duvivier (1916-2001). A

matéria da Caminhos descreve a estátua assim:A imagem do Deputado está voltada para quem che-

ga, como a recepcionar seus visitantes, e para o sol nas-cente e o mar, simbolizando a esperança que se renova a cada dia com o nascer do sol, o ritmo cíclico do tempo, e a visão do litoral, de onde vieram as várias raças que se uniram aos nativos indígenas preexistentes para consti-tuírem a Nação. A obra repousa sobre uma base de pedra que aflora do lago como uma “ilha”, de maneira que só pode ser apreciada de perto, frontalmente. Definindo o espaço diante da estátua, um muro contendo frases ditas pelo Deputado e uma placa comemorativa do evento. O cenário que serve de fundo para a estátua é composto de um grande lago escuro, de pedra preta, limitado por uma pavimentação de pedra cinza clara, a qual, metaforica-mente, simboliza Abaeté, a lagoa escura, de onde surgem refletidos a figura do Deputado e o céu azul. Em torno da pavimentação em pedra, um gramado da espécie esme-ralda (wil[d] zoysia) molda os planos e taludes necessá-rios para o arranjo geométrico com a topografia local.

POLÍTICO BAIANO

Quando Luis Eduardo Magalhães faleceu em 1998, a Bahia manifestava o agrado com a indicação do seu nome à eleição daquele ano para o Governo do Estado. Parecia, a quem o apreciava e aos seus pares, que o caminho dele estava definido e que, após o exercício à frente do Poder Executi-vo baiano, se credenciaria para ser presidente do Brasil. Já acumulara a experiência como deputado estadual e deputado federal (também foi presidente da Câmara Federal) e transi-tava com desenvoltura entre políticos, técnicos e artistas.

O terceiro filho do político Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), Luis Eduardo se distinguia do pai nas relações de alteridade. Conversava com convergentes e oponentes. Fora, no entanto, forjado no modelo e obtivera relevo no quadro integrado por outros talentos, tais como Luis Cabral (1951-1988), Antonio Imbassahy, César Borges, Mário Ker-tész, Felix Mendonça, Jorge Khoury e outros. Luis Eduardo primava pela elegância nos trajes e mantinha-se atualizado através da leitura das novidades editoriais no campo da eco-nomia e da política.

O Memorial Luis Eduardo Magalhães, vizinho ao con-junto de prédios do Poder Legislativo, será frequentado por servidores e será visitado por soteropolitanos e turistas. Ali permanecerá guardado, sob os pés da sua estátua, o coração que não resistiu. É provável que os promotores da manuten-ção do Memorial prossigam com a reprodução de músicas clássicas durante a semana e, nos sábados, domingos e feria-dos, das preferidas do político baiano entre as maravilhas da Música Popular Brasileira.

CAB GANHA SUA PRIMEIRA PRAÇA E ELA HOMENAGEIA UM POLÍTICO

Luis Guilherme Pontes Tavares, jornalista e vice-presidente do SINDSALBA


· pdf fileda discussão e da aprovação de novo plano de cargos e sa - ......

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