sindicatos dos trabalhadores fazem assembleias pelo estado

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Por melhores salários e mais direitos Escrito por Davi Macedo - CUT Paraná 09/10/2009 Trabalhadores da alimentação do Paraná devem deflagrar greve na próxima semana Após as greves nos bancos e nos Correios, chega a vez da categoria dos trabalhadores nas indústrias da alimentação do Paraná pressionar os patrões por melhores salários e mais direitos. As mobilizações começaram na quarta-feira [07], na cidade de Apucarana, onde o sindicato da região promoveu uma passeata que terminou com protesto em frente a duas grandes empresas do setor. Na quinta-feira ocorreram manifestações semelhantes nos municípios de Arapongas e Rolândia. De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Paraná [FTIA/PR], Ernani Garcia Ferreira, o início das mobilizações na região norte é estratégico. "Lá se concentram as maiores empresas do setor e é onde está localizado o maior número de diretores do sindicato patronal. Por isso optamos pelos protestos no norte do estado", afirmou. A categoria reivindica um reajuste salarial de 7%, piso salarial de R$ 627,00 e cesta-básica de R$ 50,00 [25% de recomposição]. Os patrões, por sua vez, ofereceram 4.44%, o que representa apenas a inflação acumulada nos últimos doze meses, segundo o INPC/IBGE. "Eles [empresários] chegaram a propor 15% de aumento no piso de ingresso, mas nós não aceitamos e vamos resistir. Queremos melhores salários também para os trabalhadores que já estão dentro das fábricas", disse Ernani. :: Greve à vista Ainda de acordo com a FTIA, o sindicato patronal não convocou nova rodada de negociações com os representantes dos trabalhadores e novas assembleias em todo estado estão sendo chamadas para a próxima sexta-feira [16]. "Estamos respeitando o prazo legal de 72 horas após comunicarmos as empresas sobre a possibilidade de deflagração de greve por tempo indeterminado. Se até lá não for apresentada uma proposta que contemple as nossas reivindicações, vamos partir para a paralisação", completou Ernani. Atualizado em ( 09/10/2009 ) http://www.cut.org.br/content/view/17150/

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Após as greves nos bancos e nos Correios, chega a vez da categoria dos trabalhadores nas indústrias da alimentação do Paraná pressionar os patrões por melhores salários e mais direitos. As mobilizações começaram na quarta-feira [07], na cidade de Apucarana, onde o sindicato da região promoveu uma passeata que terminou com protesto em frente a duas grandes empresas do setor. Na quinta-feira ocorreram manifestações semelhantes nos municípios de Arapongas e Rolândia. 09/10/2009

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Por melhores salários e mais direitos Escrito por Davi Macedo - CUT Paraná

09/10/2009

Trabalhadores da alimentação do Paraná

devem deflagrar greve na próxima semana

Após as greves nos bancos e nos Correios, chega a vez da categoria dos trabalhadores nas

indústrias da alimentação do Paraná pressionar os patrões por melhores salários e mais direitos.

As mobilizações começaram na quarta-feira [07], na cidade de Apucarana, onde o sindicato da

região promoveu uma passeata que terminou com protesto em frente a duas grandes empresas

do setor. Na quinta-feira ocorreram manifestações semelhantes nos municípios de Arapongas e

Rolândia.

De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do

Paraná [FTIA/PR], Ernani Garcia Ferreira, o início das mobilizações na região norte é estratégico.

"Lá se concentram as maiores empresas do setor e é onde está localizado o maior número de

diretores do sindicato patronal. Por isso optamos pelos protestos no norte do estado", afirmou.

A categoria reivindica um reajuste salarial de 7%, piso salarial de R$ 627,00 e cesta-básica de R$

50,00 [25% de recomposição]. Os patrões, por sua vez, ofereceram 4.44%, o que representa

apenas a inflação acumulada nos últimos doze meses, segundo o INPC/IBGE. "Eles [empresários]

chegaram a propor 15% de aumento no piso de ingresso, mas nós não aceitamos e vamos

resistir. Queremos melhores salários também para os trabalhadores que já estão dentro das

fábricas", disse Ernani.

:: Greve à vista

Ainda de acordo com a FTIA, o sindicato patronal não convocou nova rodada de negociações

com os representantes dos trabalhadores e novas assembleias em todo estado estão sendo

chamadas para a próxima sexta-feira [16]. "Estamos respeitando o prazo legal de 72 horas após

comunicarmos as empresas sobre a possibilidade de deflagração de greve por tempo

indeterminado. Se até lá não for apresentada uma proposta que contemple as nossas

reivindicações, vamos partir para a paralisação", completou Ernani.

Atualizado em ( 09/10/2009 )

http://www.cut.org.br/content/view/17150/