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Sindicato tem nova Diretoria Nesta edição Encarte especial do Ciclo de Idéias O Sindicato dos Jornalistas conta desde 13 de junho com uma nova Diretoria, que administrará a entidade pelos próximos três anos. Eleita de forma democrática em 30 de maio, a Chapa Extra Pauta- Sangue Novo tem como presidente Mário Messagi Júnior, professor da Universidade Federal do Paraná e, como vice, Alexandre Palmar, repórter da Gazeta do Iguaçu. A solenidade festiva de posse está confirmada para 7 de julho. Páginas 2, 3, 4 e 5 Marcelo Almeida Marcelo Almeida Marcelo Almeida UEL foi destaque no 5º Prêmio Sangue Novo Páginas 13,14 e 15 Acadêmicos da UEL festejam na entrega do Prêmio Sangue Novo. Primeiro lugar em oito de onze categorias Mári Messagi Júnior comemora resultado da eleição do Sindicato Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - junho/julho de 2000 - ISSN 1517-0217 [email protected] - http://www.sindijorpr.org.br Artigo: A imprensa e a crise política em Londrina Página 10 Entrevista: Carlos Heitor Cony Encarte Ciclo de Idéias Created by PDF Generator (http://www.alientools.com/), to remove this mark, please buy the software.

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Sindicato tem nova Diretoria

Nestaedição

Encarte especial doCiclo de Idéias

O Sindicato dos Jornalistas conta desde 13 de junhocom uma nova Diretoria, que administrará a

entidade pelos próximos três anos. Eleita de formademocrática em 30 de maio, a Chapa Extra Pauta-

Sangue Novo tem como presidente Mário MessagiJúnior, professor da Universidade Federal do

Paraná e, como vice, Alexandre Palmar, repórter daGazeta do Iguaçu.

A solenidade festiva de posse estáconfirmada para 7 de julho.

Páginas 2, 3, 4 e 5

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Marcelo Almeida

UEL foi destaque no5º Prêmio Sangue Novo

Páginas 13,14 e 15

Acadêmicosda UEL

festejam naentrega do

PrêmioSangue

Novo.Primeiro

lugar em oitode onze

categorias

Mári MessagiJúnior comemora

resultado daeleição doSindicato

Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - junho/julho de 2000 - ISSN [email protected] - http://www.sindijorpr.org.br

Artigo:

A imprensae a crise política

em LondrinaPágina 10

Entrevista:

Carlos HeitorCony

Encarte Ciclo de Idéias

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Mário Messagi Júnior

Já se vão nove anos de estrada. Em 91, achapa Extra Pauta, de oposição, ganhou a eleiçãopara o Sindicato dos Jornalistas Profissionais doParaná. Ao longo de quase uma década, aentidade recuperou boa parte do tempo perdido,do retrocesso advindo da intervenção militar, em9 de abril de 1964, e suas conseqüências. Já sevão nove anos de luta, num período de francorefluxo nos movimentos sociais. Nos anos 90, ossindicatos viram diminuir a participação dostrabalhadores nas atividades de defesa dosinteresses coletivos, de classe. O modeloeconômico, vendido como inexorável, impôs umdesemprego maléfico para os empregados e parao sindicalismo.

Mesmo nessa conjuntura desfavorável, osjornalistas do Paraná construíram um sindicato

opinião

expedienteJornalista ResponsávelEmerson Castro FirmoReg.prof. 2230/09/1986

RedaçãoAlvaro Collaço

RevisãoAdílson Machado

Colaboradores nesta ediçãoCarina Pacola, Ciméa Bevilaqua, Cláudio Dalla Benetta, Paulo

Briguet, Sidnei Machado e Simon TaylorFotografias

Denis Ferreira Neto, Giselle Góis, Jose Suassuna, Julio Covello,Marcelo Almeida e Marco Damásio

IlustraçõesNoviski

Edição GráficaLeandro Taques

Tiragem3.000 exemplares

As matérias neste jornal podem serreproduzidas, desde que citada a fonte.Não é de responsabilidade deste jornal

os artigos de opinião e as opiniõesemitidas em entrevistas, por nãoapresentarem, necessariamente, a

opinião de sua editoria.

E xt ra Paut a é Órgão d ed ivul gação ofic ia l d a Gestão

E xt ra Pau t a, do Sin d ica to do sJorn a listas Pro fissio na is d oParaná . E nd ereço: Ru a José

Lou re iro , 21 1, Cu rit iba /Paran á. CEP 8 00 10 -1 40 . Fo ne /

Fax (0 41 ) 22 4-92 96 . E-mail :sin dijo r@sin dijo rpr.o rg.b r

Como fazer para chegar lá, diante do que vem poraí!Emerson Catro Firmo

N a década de 90 os jornal istasparanaenses t iveram seus desafios econseguiram enfrentá-los. Algumas vezes oresul tado não foi o mais desejado, mas oenfrentamento desses problemas for jou acapacidade de lutar da categor ia. Essas l içõespermanecem vivas entre os profissionais econhecer a trajetória das mobil izações éfundamental para fazer frente às novasquestões colocadas em pauta. Não há dúvidaque serão muitas frentes e um dos desafios danova diretoria do Sindicato será mesmoart icular essas frentes numa única direção: amanutenção da dignidade profissional , queabrange desde o respei to ao registro,passando por melhores salários e melhorescondições de trabalho, até o debate da ét icano exercício do jornal ismo.

Os pré-requisitos para que se at inja esse

intento estão dados.1 - A categor ia mostrou que sabe o que quer

na úl tima campanha salar ial, apesar da épocadifícil e da truculência de alguns patrões.Art iculou-se, foi às ruas, fez api taço, uniu-seaos gráficos. Fez sua própria histór ia.

2 - Paralelamente, após as eleições, verifica-se um grupo bastante renovado compondo anova diretoria. Mais de 2/3 dos profissionaisnunca esteve na diretoria (embora par ticipassedas discussões e assembléias), o que,mesclado à experiência dos quepermaneceram, garante o centramento na açãosindical efet ivamente voltada para osinteresses da categor ia.

3 - Na própria proposta de campanha daentão chapa Sangue Novo - Novos Desafiosconsta um volume razoável de objet ivos,muitos bastante ousados, mas nem por isso,impossíveis de tornarem-se concretos. Nãodigo que isso seja o bastante. É só o começo,

mas um começo coerente. Não dá paraimaginar a categor ia, e o Sindicato como seurepresentante, deixando de lado - e a novadiretor ia não deixa - questões centrais como aterceir ização, a saúde dos jornalistas, aart iculação com os movimentos sociais, semesquecer que permanecem vivos os problemastradicionais como os salár ios, condições detrabalho, registro profissional, isso tudo emCurit iba e nas demais cidades do estado.

Tudo isso faz crer, portanto, que a categoriaestá seguindo um caminho coerente. Em todomovimento sindical há perplexidade e dúvidassobre quais caminhos os trabalhadores devemtomar. Não há receita pronta. Os jornal istasparanaenses estão construindo seu própriotri lho na história. Lenha na caldeira moçada!

Emerson Castro Firmo é assessor decomunicação da Fiep - Federação das Indústrias

do Estado do Paraná e foi presidente do Sindicatodos Jornalistas no período 1997/2000

Nove anos na estrada e na lutaforte e respeitado. Recuperaram o piso dacategoria, o terceiro maior do país (inferiorapenas ao do Mato Grosso e da cidade do Rio deJaneiro), intensificaram a fiscalização doexercício da profissão, organizaram ações dedefesa da dignidade profissional (pelo respeito àjornada diária, por condições de trabalho) emantiveram participação ativa em fórunspopulares, como o do orçamento do município.Mais: o sindicato capitaneou, no estado, oMovimento Nacional de Democratização dosMeios de Comunicação (em defesa da lei ZaireRezende) e esteve na origem da TV Comunitária.Some-se a isso uma série atividades em áreaspouco exploradas pelo movimento sindical: arealização de um prêmio para estudantes dejornalismo, o Sangue Novo, para incentivar aprodução dentro das escolas; a estruturação daCooperativa dos Trabalhadores de Imprensa do

Paraná; a criação do IPEJ - Instituto Paranaensede Estudos do Jornalismo e do Núcleo deAssessores; a realização do Ciclo de Idéias, emcomemoração ao Dia do Jornalista entre outras.

Tudo isso, às vezes, se perde, na memóriatraiçoeira. O passado é imemorial. Por vezes,apenas uma vaga lembrança. O presente, noentanto, não há como negar. Muito ainda está porse fazer. A história é dinâmica. A cada momento,os jornalistas, como todos os trabalhadores,enfrentam tentativas de flexibilização de direitos,de conquistas. Mas não há o que temer. Éexatamente por ter superado, no passado,barreiras e dificuldades, que a categoria pode, nopresente, encarar os novos desafios. E de cabeçaerguida, pronta para a luta.

Mário Messagi Júnior é professor decomunicação da UFPR - Universidade Federal doParaná e é presidente do Sindicato dos Jornalistas

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A chapa “Extra Pauta- SangueNovo- Novos Desafios” foi eleitapara dirigir o Sindicato dosJornalistas no período 2000-2003. A eleição ocorrida nosdias29 e 30 de maio teve chapa únicae, assim como nas três últimaseleições da entidade, foi marcadapela corrida aosvotos, para atingiro quórum mínimo dos jornalistasem condições de votar.

Nos dois diasda eleição, houveurna fixa na sede do Sindicato e,no interior, em locais pré-estabelecidos pela comissãoeleitoral. Amaioria dos jornalistasvotou, no entanto, no próprio localde trabalho, através de urnasvolantes. Ao final, chegou-se aototal de 401 votos válidos. Destes373 foram para a chapa Extra-Pauta - Sangue Novo, 22 embranco e 6 nulos. A ComissáoEleitoral considerou para quórumos jor-nalistas contribuintes emdia com a entidade e efetivamenteem condições de votar.

Diretoria RenovadaCom a eleição da Extra Pauta -

Sangue Novo garantiu-se acontinuidade de um trabalho detrês gestões, iniciado em 91. Opresi-dente-eleito é MárioMessagi Júnior, professor docurso de Jornalismo da UFPR. Ovice éAlexandre Palmar, repórterda Gazeta do Iguaçu e delegadosindi-cal de Foz do Iguaçu.

A maior novidade da diretoriaeleita, no entanto, é a suarenovação em relação a anterior,que atinge a 72% dos integrantes.

Chapa Extra Pauta - Sangue Novo é eleita

“O nosso objetivo paracomposição da chapa foi mesmode renovação. São pessoas queforam ao longo da atual gestão,de alguma forma ou outra, seincorporando às ações doSindicato”, explicou Messagi. Eleconsidera que o maior desafio danova diretoria do Sindicato seráresponder pelos processos demudança que ocorrem nosveículos de comunicação e nasrelações trabalhistas, provocadospela globalização e a internet. “OSin-dicato conseguiu darrespostas a uma série dedemandasda cate-goria. Podemosagora olhar de fren-te para novosdesafios e novas formas de ação”,finaliza. A posse da nova diretoriado Sindicato aconteceu em 13 dejunho, sendo que haverá umasolenidade festiva em 7 de julho.

O pleito no Sindicato teve suaComissão Eleitoral em Curitibaformada pelos jornalistasJosilianode Mello Murback, MoacirAntônio Dominguese Vânia MaraWelte, eleita em 14 de marçoatravésde assembléia da categoria.

Da eleição à contagem dos vo-tos, a Comissão observou todosos procedimentos que envolvem aeleição do Sindicato, de acordocom o estatuto da entidade. Além

O nome da Chapa ExtraPauta- Sangue Novorepresenta por si duasconquistas do Sindicato.Extra Pauta foi oinformativo da chapa deoposição da eleição de 88,que tinha como presidentea candidata Elza Oliveira. Achapa foi derrotada naquelepleito, mas consolidou avitória do mesmo grupocom a eleição de JulioTarnowski Júnior emdezembro de 91.

Extra Pauta tornou-se,então, a marca de um estiloparticipativo e combativo dedirigir o Sindicato, no qualas principais decisões sãotomadas de forma aberta edemocrática pela Diretoria,e permaneceu sendo onome do jornal doSindicato.

Já Sangue Novo é nomedo projeto bem sucedido deaproximar a realidade e asexigências do mercado detrabalho aos acadêmicos decomunicação, portantofuturos jornalistas. Criadona gestão que teve comopresidente Maigue Gueths,que dirigiu a entidade noperíodo de 94 a 97, oSangue Novo prosseguiusendo um dos eventos maisimportantes do Sindicatodurante a gestão deEmerson Castro, iniciadaem 97 e encerrada em 13 dejunho.

Nome da chaparesume os anos90 do Sindicato

Em razão daurna volante,o jornalistaPedro Vianavota naredação deO Estado doParaná

de Josiliano, Moacir e Vânia, aComissão em Curitiba teve jorna-listas que percorreram com asurnas nas redações. TrabalharamAntônio Moroz, Edson Silva, Ive-te Scheuerman, Maria Helena Ue-da e Niele de Melo.

No interior, a eleição teve co-missões específicas. Em Guara-puava, ela esteve a cargo de LuizCarlos Dias Júnior. Em Cascavel,trabalharam Mário Lemanski,

Comissão Eleitoral é destaque

Na sede doSindicato,

CidDestefani

exerce seudireito

sindical

MarceloBianchinivota naredação daCNT,observadopor NieleMelo

MoacirDominguese JosilianoMurbackfazem acontagemdos votos

Mar

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Marcelo

Almeida

eleição sindical

Rosângela de Souza e LaidirDalberto.

Em Ponta Grossa: Eliane Ber-nardo França, Juliano Kuwiano eRosângela Oliveira. Em PatoBranco: Ari Ignácio de Lima,Heloísa Inocêncio e Roberto Ros-sati. Finalmente, em Foz do Igua-çu, a eleição contou com MarceloArendt da Silva, Maurício Bever-vanso,AdrianeVitorelieKristhi-aneSchornobay

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nova diretoria

D esde 13 de junho oSindicato dos Jornalistas temcomo Diretoria a chapa “ExtraPauta- Sangue Novo- NovosDesafios”. A posse efetiva foisem festa, em uma reuniãosindical, porque o mandato daúltima diretoria expirariaexatamente naquele dia. A possefestiva, com solenidade paratodos os associados está marcadapara 7 de julho.

Emerson Castro encerrou suagestão destacando as conquistasdo Sindicato nos últimos trêsanos, como os eventos decapacitação realizados, ofortalecimento das delegacias nointerior e a última negociaçãosalarial, que saiu após a retomadado pacto intersindical com osgráficos. Também lembrou o

Posse oficial foi em 13 de junhoExecutivaPresidente Mário Messagi JúniorVice-presidente Alexandre André de Almeida PalmarSecretaria Rosane HennFinanças Lílian Pérsia de OliveiraTavaresImprensa Luiz Cláudio Soares de OliveiraJurídico José Evaldo Suassuna de OliveiraCultura e Lazer Sílvio Rauth FilhoSuplente Marco Antônio Assef BruginskiSuplente Elizabete do Carmo CastroSuplente Miguel PortelaSuplente Rosângela Gabriel de OliveiraSuplente Lenise Aubrift KlenkSuplente Jonas Peixoto de OliveiraSuplente Aurélio Munhoz

Conselho FiscalTitular Emerson de Castro Firmo da SilvaTitular Ricardo José Marques MedeirosTitular Luiz Henrique HerrmannSuplente Rogério PereiraSuplente Marcelo Fernando de LimaSuplente Ubiracy José Tesseroli

Conselho de éticaTitular Elza Aparecida de Oliveira FilhaTitular Maigue GuethsTitular Adélia Lopes SalameneTitular Carmem Regina MuraraTitular João Dedeus Freitas NetoSuplente Sulamita MendesSuplente Audrey Andrade PossebomSuplente Denis Ferreira NettoSuplente Carlos Adriano RarttmannSuplente Douglas de Andrade Furiatti

Comissão de sindicalização e exercício profissionalTitular Fernando César de Carvalho AlvesTitular Leandro José TaquesTitular Cristian Gaston RizziSuplente Carlos Alberto Martins da RochaSuplente Flávio PedronSuplente Newton A. da Silva Júnior

Delegacia federativa (colégio de representantes da Fenaj)Titular Antônio Ademir MendesTitular Carlos Alexandre GonçalvesSuplente Thays Renata PolettoSuplente Mário Messagi Júnior

A DiretoriaUniversidade Federal do ParanáA Gazeta do IguaçuGazeta do PovoSaneparFolha do ParanáFolha do ParanáJornal do EstadoPolícia Militar - Governo do EstadoO Estado do ParanáO Estado do Paraná - CascavelO Estado do Paraná- Ponta GrossaGazeta do PovoJornal do EstadoO Estado do Paraná

Federação das Indústrias do ParanáJornal do EstadoAPP- SindicatoPrefeitura Municipal de CuritibaSec. Municipal da Educação e UnicenpRadio Itapuã / Pato Branco

Universidade Federal do ParanáSind. dos Bancários e Folha do ParanáO Estado do ParanáFolha do Paraná e Portal VerticalAposentadoSebraeGazeta do PovoO Estado do Paraná e LanceCoritiba e Jornal do EstadoPrefeitura Municipal de Foz do Iguaçu

Sec. de Estado da Segurança PúblicaFolha do ParanáPrefeitura Municipal de Foz do IguaçuUniversidade Federal do ParanáJornal de BeltrãoAss. Comercial e Industrial deGuarapuava

Free-lancer / Pato BrancoFree-lancerPastoral da CriançaUniversidade Federal do Paraná

atual momento da categoria, quetem nos últimos anos vivenciadouma profunda mudança nomercado e condiçõesde trabalho.

Mário Messagi Júnior assumiua presidência enfatizando ahistória do patrimônio sindicalque a entidade possui, que é a suarespeitabilidade junto à categoriae à sociedade.

“Assumir algo com essarespeitabilidade nos dá tran-qüilidade”, disse ele, que consi-dera a entidade preparada parares-ponder “às novas conjunturasque estão se desenhando”. Nanoite da posse oficial não houvetempo para comemorações. Anova Diretoria teve sua primeirareunião, em que foram discutidasas primeiras ações, como a maiorproximidade do associado com aentidade e o trabalho a serdesenvolvido com as asdelegacias do interior.

A primeira atividade realizadapor Mário Messagi Júnior, comopresidente do Sindicato, foi viajarao Sudoeste do Paraná. Lá, alémde conversar com jornalistas daregião, colheu subsídios para aação sindical no interior, quedeverá ser específica para cadadelegacia sindical.

Mário esteve em Cascavel,Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu

e Pato Branco. Nessas cidades,discutiu temas comoregularização profissional,remuneração salarial, condiçõesde trabalho, ética e a eleiçãosindical nas delegacias.

Nesta viagem, Mário MessagiJúnior só não visitou duas cidadesem que há delegacias doSindicato: Guarapuava e PontaGrossa. A estas Mário estáagendando visita semelhante naspróximas semanas.

Mário Messagi Júnior acompanha contagem de votos, na sede doSindicato, em 30 de maio

Primeira ação foi visitardelegacias sindicais

Marcelo Almeida

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Estas são as propostas detrabalho da diretoria eleita doSindicato dos Jornalistas,divididas nas quatro áreas deatuação da entidade que são asindical, política, de integraçãocom a sociedade (chamada deação solidária) e de formaçãopro-fissional. Todos os itensserão discutidos em 8 e 9 dejulho, quando se dará oplanejamento de como e quandoessas ações serão desenvolvidaspelo Sindicato.

Ação sindicalManter enérgica

fiscalização daregulamentação profissionalna capital e no interior.

Acompanhar o processo deabertura dos cursos dejornalismo e,conseqüentemente, demudança no perfil domercado profissional.

Realizar seminários edebates sobre terceirizaçãono mercado de trabalho, quepermitam ao Sindicatodelinear estratégias de açãosobre o assunto.

Realizar campanhassalariais conjuntas comgráficos e radialistas.

Fortalecer a discussãosobre Planos de Cargos eSalários com as empresas.

Lutar por melhorescondições de trabalho e pelaadoção de padrõesergonômicos na empresas,bem como fazer campanhade informação e prevençãosobre LER/ DORT.

Elaborar e publicar livretos

O programa de açãonova diretoria

comentados com o Códigode Ética e assuntos deinteresse da categoria.

Aplicar pesquisa sobre operfil do jornalista nomercado de trabalho, paraorientar as ações doSindicato.

Realizar eventosesportivos, atividadesculturais e de lazer quecontribuam na integração eno fortalecimento daidentidade da categoria.

Ação políticaManter contato e integrar

com outras entidades dasociedade civil, movimentosem defesa dos trabalhadorese da sociedade como umtodo.

Promover ações pelademocratização dos meios decomunicação.

Acompanhar e intervir,junto à Federação Nacionaldos Jornalistas, nasdiscussões de interesse dosjornalistas no CongressoNacional, a exemplo da LeiGeral de Telecomunicações eda Lei de Imprensa.

Estimular a discussão e acriação do Conselho dosJornalistas.

Propor a instituição do“ombudsman” da imprensa,para analisar a ética nacobertura das eleiçõesmunicipais de 2000.

Promover debates sobre arelação da imprensa com asfontes oficiais.

Criar Prêmio de Jornalismopara as melhores matérias

sobre Direitos Humanos.Manter as comemorações

sobre o 7 de abril- Dia doJornalista ( Ciclo de Idéias)e 10 de Setembro- DiaMundial da Liberdade deImprensa.

Ação solidáriaCriação do Núcleo de

Jornalismo Solidário paradivulgar informações esugerir pautas sobre otrabalho de entidadessociais, além de propordiscussões de interessesocial.

Incentivar jornalistas acriarem projetoscomunitários voltados para adivulgação de ações sociais.

Participar de campanhas deinteresse social organizadaspor outras entidades.

Formação profissional:Firmar convênios para

cursos de aperfeiçoamentoprofissional de curtaduração, na capital e nointerior, com ênfase eminglês, informática einternet.

Realizar, em parceria comuniversidades e instituiçõesafins, cursos deaperfeiçoamentoprofissional, comojornalismo econômico efotojornalismo.

Fortalecer o Núcleo deAssessores de Imprensa.

Realizar atividadespermanentes na internet,como salas de discussãocom especialistas.

Disponibilizar, na páginado Sindicato na internetinformações sobre cursos deaperfeiçoamento, reciclageme qualificação.

Criar junto com aCooperativa dos Jornalistas eo Instituto Paranaense deEstudos em Jornalismo-IPEJ- uma incubadoraempresarial, para incentivara criação de pequenasempresas jornalísticas.

Acompanhar a implantaçãodo estágio regulamentado.

Estreitar relações comuniversidades e com omovimento estudantil erealizar campanhas de pré-sindicalização.

Manter o Prêmio SangueNovo e incentivar osurgimento de novosprêmios.

Dia 7 de julho às 20:30horas

SOLENIDADE FESTIVA DE POSSE DA NOVA DIRETORIADO SINDICATO DOS JORNALISTAS

NA SEDE DO SINDICATO: RUA JOSÉ LOUREIRO,211, PRAÇA CARLOS GOMES

SMCS Marcelo Almeida

Reprodução

Ciclo de Idéias e prêmios Sangue Novo e Inepar: projetos que terãocontinuidade com a nova Diretoria

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Comissão de conciliação préviacriar ou não. Eis a questão

pelos trabalhadores, hoje vedadapela CLT. Esses argumentos já seencontram em discussão emAções Direitas deInconstitucionalidade no STF,aguardando decisão.

Prejuízo aos trabalhadoresPara alguns sindicatos o modelo

de organização e funcionamentopre-visto para as comissões trarámais prejuízos aos trabalhadores.Como a lei prevê a possibilidade decriação de comissões sindicais(entre sindicatos patronais e detrabalhadores), ou comissões noâmbito da empresa (entre repre-sentantes da empresa e deempregados), se estaria permitindotransferir para dentro da empresa,de forma ampla, a negociação dedireitos trabalhistas. Embora estejagarantida a paridade derepresentação de trabalhadores epatrões nas co-missões, não seriaobstáculo à imposição de coaçãopatronal por acordos fraudulentos,de valores irrisórios e prejudiciaisaos interesses dos trabalhadores.

Para o bom funcionamento dascomissões criadas nos sindicatosé indispensável uma boaformação em negociação dosdirigentes, estrutura sindical e, éclaro, um compromisso éticocom os interesses dostrabalhadores. Porém os quase16 mil sindicatos brasileiros têmníveis orga-nizacionais bastantedistintos, muitos em razão dapéssima estrutura sindical queainda ostentam, herança dofascismo do Estado Novo.

A fragmentação dos sindicatosapós a Constituição de 1988permitiu a criação de centenas deentidades sem efetiva repre-sentação, mantendo-se reféns daestrutura de poder e das relaçõesincestuosas com o patronato.

Certamente, para essasentidades, conferir o poder denegociar direitos dostrabalhadores é um risco muitogrande, que em nada contribuipara a propalada modernizaçãodas relações de trabalho.

Mesmo nos sindicatos de maiorrepresentatividadehá dificuldade deinstituição de comissõesautônomas, pois, segundo a lei,para a criação dessa modalidade decomissão é obrigatória a previsãode funcio-namento em acordo, ouconvenção coletiva de trabalho,firmado com representantespatronais. Ou seja, a forma deconstituição e funcio-namento dacomissão requer sempre aconcordância da empresa ousindicato patronal.

Nó cegoA postura dos sindicatos em

deixar que as empresas criemsozinhas as comissões, indicandoalguns funcionários para integrá-las, representa também um riscomuito grande. Dentro da empresao risco da fraude e a fragilidadedo trabalhador diante do patrão émuito maior. São conhecidos osinteresses do patronato brasileiropor um modelo de negociação porempresa, à moda japonesa, semconteúdo reivindicatório, maiscomprometido com os interessesda produção.

Por fim, há um questionamentogeral ao modelo de negociaçãoextrajudicial via comissões. Se forfrustrada a negociação, por recusaou não comparecimento do patrãoà sessão, o trabalhador deverácontratar um advogado paraingressar com a ação judicial. Asações de maior divergênciajurídica, ou que envolvam grandesvalores, certamente não resultarãoem acordos nas comissões. Da

mesma forma, os acordosfirmados e não cumpridos devemser executados na Justiça. Qualentão seria a utilidade dascomissões, se a maioria dosconflitos tende a retornar à Justiça?

Mas, algumas vantagens aostrabalhadores poderiam ser iden-tificadas. Ao retirar da Justiça doTrabalho o papel de resolver todosconflitos e transferir para ostrabalhadores e sindicatos, seestaria proporcionando a estes umpapel mais ativo nas relaçõescapital-trabalho. A instituição dascomissões tende a aumentar onúmero de reclamações, antesrepresadas pela resistência etemor do trabalhador em enfrentara batalha judicial, agora maisinformal, sem custos e rápida.Para os acordos realizados nascomis-sões, que antes dependiamda audi-ência em um processojudicial, re-presenta vantagem aotrabalha-dor.

Esses dilemas têm provado umnó cego no movimento sindical.Criar ou não as comissões? O fatoé que o futuro das comissões estáinde-finido.

assessoria jurídica

Sidnei Machado

As comissões de conciliaçãoprévia, previstas na Lei n. 9.958,de 12 de janeiro desse ano,constituem um mecanismo quepossibilita a negociação de acordosextrajudiciais entre empregados epatrões, sem a necessidade detramitação de processo na Justiçado Trabalho. Em vigor desde abril,poucas empresas e entidadessindicais constituíram ascomissões. A pequena adesão,principalmente dos sindicatosprofissionais, se deve à discussãosobre as reais vantagensapregoadas pelo governo.

Os objetivos do governo aoestimular a criação das comissõessão: desafogar a Justiça doTrabalho, reduzindo o tempo deespera dos processos e reduzir ocusto da máquina judiciáriabrasileira. As comissões, segundoo governo, contribuiriam para amodernização das relações detrabalho, ao estimular anegociação direta.

Duas discussões se instalaramapós criada a lei. Do ponto de vistajurídico há dúvidas sobre ainterpretação de alguns disposi-tivos. As divergências jurídicas sedão, principalmente, em relaçãoaos dispositivos que permitem aquitação de direitos através dascomissões. Em regra, o que éacor-dado na comissão não podeser questionado em uma açãojudicial. O problema é que existeuma disposição na Constituiçãoque considera nula qualquerrestrição ou impedimento deacesso ao judiciário. Outro pontoquestionado é a renúncia deparcelas remune-ratórias perantea comissão. Feito o acordo, naprática, isso implicaria emautorizar a renúncia de direitos

O Assessor Jurídico dos Sindicato dos Jornalistas atende sempre às terças-feiras pela manhã, na sede doSindicato, ou, no seu escritório, Rua Carlos de Carvalho, 75 sala 82 - 8º andar Fone: 223-6906 - correio eletrônico: [email protected]

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Omêsde junho iniciou commudanças drásticas na Folha doParaná. Alegando dificuldadesfinanceiras, o jornal demitiu seteprofissionais, seis em Londrina eum em Curitiba, dos quais cincoocupavam cargos de chefia. Eextinguiu o cargo de chefia dasucursal de Curitiba, que passa aser comandada por um comitê decinco jornalistas.

Da sucursal de Curitiba foidemitida a chefe-de-redaçãoMari Tortato. Em Londrina, ocorte atingiu Nelson Capucho,que era diretor adjunto e oseditores Rosane Barros e AurélioAlbano. Aparentemente, o Jornalapro-veitou a oportunidade paradesligar dois repórteres quetinham divergências com adireção: Áureo Nogueira, ex-presidente do Sindicato de Jorna-listas de Londrina, e PauloUbiratã, também repórter daRádio CBN e que vinha naemissora criticando a posturado Jornal ante o caso Bellinati.A lista de demissões completa-se com o revisor Pedro Wagner,que há 23 anos trabalhava noJornal. Além das demissões, aFolha sus-pendeu seu contratocom o jorna-lista Samuel Lopes,que recebia como “freelancer”.

A extinção do cargo de chefia-de-redação em Curitiba tambémfoi motivada por uma questão

Folha demite alegandoproblemas financeiros

imprensa no paraná

econômica. A convenção coletivade trabalho prevê que o jornalistaque exercer uma função igual aum profissional demitido oudemis-sionário, receberá salárioigual de quem saiu. A alternativada Folha foi colocar um comitêna direção da sucursal. A chefiapassa a ser exer-cida porGermano Vieira, que não éjornalista, além dos profissionaisLeandro Donatti, Luiz CláudioOliveira, Luiz Geraldo Mazza eValmir Denardin.

“Foram demissões motivadaspor razões econômicas”, disse opro-prietário do jornal, JoséEduardoAndradeVieira. “AFolhaestá passando por umareestruturação, com objetivo deestabelecer oequilíbrio financeiro.Ano passado fizemos umenxugamento do quadro, mas issonão foi suficiente. Agora,cortamos os salários mais altospara evitar problemas”, informouo ex-senador.

Sem consideraçãoEmnota oficial, o Sindicato dos

Jornalistas de Londrina enfatizouque “profissionais sérios ecompetentes foram descartadossem nenhuma consideração peladedicação durante anos à Folha”.E lembrou que foram“agraciadoscom o desemprego” os mesmosprofissionais que colocaram o

jornal na rua, depois do incêndioque destruiu o Centro de Proces-samento de Dados da Folha, emLondrina, em 25 de abril. A notasindical gerouuma suspensão pelojornal de Carina Pacola,presidente do Sindicato deLondrina e funcionária licenciadada Folha do Paraná. Carina nãorecebeu em junho o salário a quetem direito e corre risco de perdero emprego. Com a simplessuspensão,Andrade Vieira fere osprincípios da liberdade e aconvenção de trabalho, que éassinada pelos sindicatos e ospatrões. O empresário faz, ainda,uma ressalva. “Eu, comoadminis-trador, não posso dizerque não vai haver maisdemissões”.

A imprensa paranaense não escapou decr í t icas na manifestação organizada emCuritiba pela Pastoral Operária, durante o 1ºde maio, Dia Mundial do Trabalho. Munidosde vassouras, baldes, um caminhão tanque esabão em pó, cerca de 800 manifestantesforam ao Centro Cívico e puseram-se a lavarlocais públicos como a Prefeitura de Curitiba,uma agência do Banco do Estado do Paraná,o Palá-cio Iguaçu, a Assembléia Legislativae O Tri-bunal de Just iça. O único localprivado lavado foi o Jornal do Estado, situado

Manifestantes lavam jornalnas imediações. Para a Pastoral Operária, alavagem no JE simbolizou a insatisfação dostrabalhadores com a imprensa paranaense.

Os jornalistas da redação do JE reagiram aoprotesto com bom humor. Oficialmente, comoinformou Szyja Ber Lorber, diretor adjunto daRedação, “a direção não tomou conhecimento doprotesto”. Mas, ele deu sua opinião, com ironia:“Eles erraram o endereço. Po-deriam ter ido emoutra empresa, que não paga INSS, processo emque é condenada e não pagava ao Sindicato amensalidade sindical que descontava dostrabalhadores”.

Mari Tortato reagiu comsurpresa à sua demissão pelaFolha do Paraná. Há doze anosno jornal, cinco como chefe dasucursal de Curitiba eresponsável pela colunaInforme, ela soube que nãoestava mais nos planos da Folhaem 1º de junho, em uma reuniãocom o proprietário do Jornal. Eleexpôs os problemas financeirosda empresa, para depoiscomunicá-la da demissão.

“Foram doze anos vestindo acamisa do jornal, que seresumiram em uma conversa decinco minutos”, disse Mari. Oque ela considerou lamentável noepisódio foi que José Eduardohavia lhe dito que seu espaçoprofissional seria repeitado, duassemanas antes da demissão, emuma conversa sobre ajustessalariais na sucursal. “O triste éque o patrão não vê seu esforçopara tirar uma edição a cada dia.Há empresários que olhamexclusivamente para quanto oprofissional recebe e não para aqualificação”, desabafou.

Ajornalista criticou a criação docomitê para dirigir a sucursal deCuritiba. “Aequipe como está vaiser sacrificada, porque já é umaequipe magra para a demanda detrabalho que tem”, afirma. Ademissão rompeu com um ritmointenso de trabalho que eladesenvolvia. Agora, Mari quer“dar um tempo” e repensar suavida pessoal. Como elareconhece, é algo que tinha ficadoem segundo plano, nos anos emque chefiou a redação dasucursal da Folha.

Doze anos emcinco minutos

Jornal doEstado:

fachadalavada

comágua esabão

em formade

protesto

Arquivo Extra Pauta

MariTortato:saídainesperada

Marco Damásio/Arquivo Extra Pauta

ÁureoNogueira: ex-

presidentedo Sindicatode Londrina ,

entre osdemitidospela Folha

Arqivo Extra Pauta

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helvética

Digamos que você, leitordessa matéria, nunca tenha vindopessoalmente ao Sindicato dosJornalistas Profissionais doParaná. Ou tenha vindo, maspermanecido pouco, o suficientepara se associar ou ter a carteirade identificação profissional. Seesse é seu caso, não será im-provável que o Sindicato seja paravocê somente um prédio cinzalocalizado no centro de Curitiba,na Praça Carlos Gomes.

Fundado em 1946, em um mo-mento em que o país respiravaares de liberdade com o fim doEstado Novo e da ditadura deGetúlio Vargas, o Sindicato dosJornalistas mantém-se fiel a suatradição e em defesa do jornalistae da liberdade de expressão. Porquase dez anos o Sindicato foiuma sala na AssociaçãoParanaense de Imprensa, na ruaXV de Novem-bro, quase esquinada Monsenhor Celso. Ainauguração da primeira sede viriaem 1956, com a entidadeocupando três salas do 9º andardo EdifícioAffonso Camar-go, na

Mais queum prédiocinza nocoração dacidade

Endereço na internetO endereço www.sindijorpr.org.br é a sede virtual do

Sindicato. Basta acessá-lo para encontrarinformações atualizadas sobre a entidade, legislação

profissional e links interessantes de jornais erevistas do Brasil e exterior.

A página do Sindicato na internet oferece ainda serviço debolsa de empregos, o valor do piso salarial, a tabela para

“free-lancers”, o jornal “Extra Pauta on line” einformações sobre a Cooperativa dos Jornalistas. Outra

novidade do Sindicato é o serviço de atualização cadastral,que permite que os associados verifiquem seus dados pela

internet e transmitam ao Sindicato as modificaçõesnecessárias.

Rua Cruz Machado, 66. Nesteendereço permaneceu aténovembro de 1979, quando setransferiu para a sede atual, ba-tizada de Casa dosJornalistas, RuaJosé Loureiro- 211.

Nesse prédio, de dois andares,funcionamcinco entidades. O Sin-dicato dos Jornalistas tem salasem todos os andares. No segundoandar estão os sindicatos dosradialistas e dos publicitários. Noterceiro: o sindicato dos gráficose fun-cionários de jornais erevistase aArfoc-Associação dosRepórteres Fotográficos eCinematográficos do Paraná. Oprédio possui, ainda, dois salõespara reunião, ambos no térreo.Um tem a utilidade de hall deentrada, sendo que o outro, maisamplo, comporta uma reunião deaté 70 pessoas. É o mesmo localonde no passado funcionou o barRetranca e foi freqüentado nãoapenas por jornalistas.

O SindicatoO Sindicato dos Jornalistas

ocu-pa três ambientes desteprédio. No térreo está aSecretaria, onde o associadosoluciona problemas de ordemprática com a entidade, como asolicitação de carteiras, opagamento de mensalidade ouanuidade sindical. Neste localtambém feitas as rescisões entrejornalistas e empresas que, con-forme o caso, ganham o acom-panhamento do departamentojurídico da entidade. Nesse andartrabalham o gerente-adminis-

trativo Cosmo Santiago e asecretáriaAngela Ribeiro.

No primeiro andar do Sindicatoestá a ampla sala da Diretoria,local da maioria das reuniões daentidade. Nesse local o associadopoderá encontrar jornais paraleitura. Na sala da Diretoriatrabalham o presidente da enti-dade, Mário Messagi, a secretáriaPatríciaSilva e o jornalista AlvaroCollaço, redator do Extra Pauta.

No segundo andar, o Sindicatotem a sua biblioteca, onde oassociado pode encontrar clás-sicos sobre comunicação ou obraspublicadas por jornalistas. Possui,ainda, um acervo de revistasnacionais importantes, que estãodisponíveispara consulta.Alémdabiblioteca, nesta sala estáinstalada a Cooperativa dosJornalistas e o escritório de CidaMondini, que que possui contratode terceiri-zação como Sindicatoe é respon-sável pelacomercialização do Extra Pauta eprojetos como o Ci-clo de Idéias.

Esta é a estrutura básica do Sin-dicato em Curitiba. Na lista defun-cionários, cabe completar ocontínuo Gilberto Godar e azeladoraMárciaCruz. OSindicatoestá aberto diariamente das 9 às18 horas, sem interrupção para oal-moço. O telefone e o fax têm onú-mero 224-9296.

Outra maneira de entrar emcon-tato como Sindicato é pela inter-net, no endereço eletrô[email protected].

Sede doSindicato,tambémchamadaCasa doJornalista

JulioC

ovello/ArquivoExtra

Pauta

s indicato

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OExtra Pauta, através doseu jornalista responsávelEmerson Castro, foi processadocom base na Lei de Imprensa pelaSociedade Equatorial deComunicaçõesLtda,nomejurídicoda Gazeta do Paraná, e pelo seuproprietário José Marcos deAlmeida Formighieri. A razão doprocesso foi a matéria “As irre-gularidadesda Gazeta do Paraná”,publicada no último Extra Pauta eque mostrou os problemas deordem trabalhista e de ética nojornal. O processo por calúnia edifamação - o primeiro queEmerson e Extra Pauta recebem-deu entrada na Terceira VaraCriminal deCuritiba, em5de junho.

Na justificativa para processar oExtra Pauta, Formighieri destacaque “a história da SociedadeEquatorial de Comunicações Ltda(Gazeta do Paraná) tem sidomarcada pela imparcialidade eeficiência com resultados queorgulham a sociedade paranaense,com reconhecimento a nível

s indicato

Gazeta do Paranáprocessa Extra Pauta

Entre 30 de maio e 14 dejunho, a Casa doJornalista, onde está oSindicato dos Jornalistas,recebeu o protesto deprofessores estaduais emgreve de fome. O espaçofoi consentido peloSindicato dos Jornalistas,atendendo solicitação daAPP-Sindicato.

“Para nós, o Sindicatodos Jornalistas é símboloda resistência”, disseRomeu Gomes deMiranda, presidente daAPP-Sindicato. Durante os15 dias que fizeram oprotesto, não houveincidentes com osgrevistas.

Protesto noSindicato

Jornalistas da área deeconomia participaram do IISeminário de Mercado deCapitais para Jornalistas,realizado em 6 de junho, nasede da Bolsa de Valores doParaná. Realizado por AbílioPeixoto Neto, presidente doConselho de Administraçãoda BVP, o Seminárioesclareceu dúvidas comunsdos profissionais daimprensa sobre ofuncionamento das bolsas eos termos utilizados nelas. OSeminário foi promovidopela Bolsa de Valores doParaná e pelo Sindicato.

Mercado decapitais

nacional e internacional”.Formighieri acusa o Extra Pauta

de fazer “diversas insinuaçõesofensivas e infundadas” contra aGazeta do Paraná, postura que,segundoele, “já “rendeu” ao jornale seu jornalista responsável, apromoçãodeoutrasaçõesjudiciais,por parte de outros órgãos deimprensa do Estado, pelo mesmoproceder inaceitável e injustificávelenvolvendo outras publicações

igualmente ofensivas”.Inverdade

Por afirmar que Emerson e oExtra Pauta responderam a outrasações na justiça, o que não éverdade, o Sindicato anunciouquemoverá uma ação denunciatóriacontra Formighieri.

Na matéria “As irregulari-dades da Gazeta do Paraná”,que ganhou uma página doúlt imo Extra Pauta e tevecomplemento de dois boxes, o

A Folha de S. Paulo reconhe-ceu que errou na matéria pu-blicada em 11 de junho, com otítulo “Embratur suspendecontratos de 4,5 mi”, em quenoticia estar o evento Ciclo deIdéias sob suspeita pelo órgãoligado ao Ministério do Esportee Turismo.

Em 19 de junho, o jornal pu-blicou na seção “Painel doLeitor” carta de Emerson Cas-tro, presidente do Sindicato aépoca do evento, juntamentecom uma nota na coluna“Erramos”, onde confirma que“a Embratur não patrocinou o2º Ciclo de Idéias”.

O Ciclo de Idéias estava narelação publicada pelo jornaldos eventos alusivos aos 500

Folha de S. Paulo reconhece erro

anos do Descobrimento e queteria contrato com o Ministériono va-lor de R$ 42.750,00.

O Ciclo de Idéiasestava erroneamenteentre os contratossuspeitos pela Embratur

Marcelo Almeida

Marcelo Almeida

Gis

elle

Goi

s

Sindicato faz várias acusaçõesà Gazeta do Paraná, a partir deprovas document ais edepoimentos. O jornal nãoregistra em carteira jornalistas,não deposita FGTS, conta como auxílio de um deputado daAssembléia Legislativa parapagar salários, não cumpre opiso salar ial e oferece aosprofissionais um ambiente de“terrorismo psi-cológico”.

Em um dos boxes, o ExtraPauta lembrou três casos de usoantiético do jornal: a manipu-lação de imagem na fotografiaoficial dos Jogos Mundiais daNatureza, em 97; a prisão de umfalso jornalista por tentativa deextorsão, em Cascavel, e ocaso do suicídio de umcirurgião-dentista de Toledo,que na sua car ta-testamentodisse ter perdido a vontade deviver, depois que algumascalúnias sobre ele forampublicadas por um colunista daGazeta do Paraná.

Incluir o Ciclo entre os even-tos suspeitos, mais que surpresacausou indignação à diretoria

do Sindicato.“Primeiroporque não temosqualquer contrato depatrocínio com aEmbra-tur ou oMinistério do Esporte edo Turismo, nem nuncat ivemos. Segundo,temos carta endereçadado Minis-tério negando

a pos-sibilidade de patrocinar oevento”, disse Emerson nacarta.

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Os jornalistas e os escândalos em Londrina

imprensa no paraná

Esta matéria foi produzida para o Jornal da Casa, do Sindicato dos Jornalistas de Londrina e Norte do Paraná

CarinaPacola

As denúncias de jornalistasenvolvidos com o esquema decorrupção da Prefeitura de Londrinainfelizmente pareceram lógicas àpopulação. Afinal, essa poderia ser aexplicação para o fato de parte daimprensa londrinense ter sidoconivente com o prefeito AntonioBelinati, mesmo quando já pesavamsobre ele denúncias graves de desviode dinheiro público, para uso emcampanha eleitoral e emaquisiçãodebens para a família.

A maior parte da imprensalondrinense ficou calada por meses afio ou comportou-se de maneiratímida diante do alto volume derecursos desviados e das evidênciasde que o rombo nos cofres públicosocorrera de maneira acintosa edescarada. Os contratos de licitaçãofraudados grosseiramente naComurb não foram suficientes paraganhar as manchetes dos jornaislocais.

Nem os depoimentos de réusconfessos de que o prefeito AntonioBelinati estaria por trás de toda essaroubalheira mereceram o crédito dasempresas jornalísticas londrinenses.Só quando não foi mais possívelesconder a sujeira embaixo do tapeteos meios de comunicação passarama divulgar os fatos com a ênfasenecessária.

Qual é a culpa dos jornalistas poresse cenário de omissão e vergonhaque vicejou na maioria dos veículosde comunicação de Londrina? Osjornalistas – emsua grande maioria –não compactuaram com a visãodistorcida dos fatos que era passadadiariamente nas manchetes.

Durante meses, esses profis-sionais – incansavelmente – co-briram os fatos, leram pilhas dedepoimentos feitos ao MinistérioPúblico, entrevistaram investiga-dores, testemunhas e envolvidos,conferiram centenas de documentoscomprobatórios do roubo naPrefeitura e, depois, nas redações,defendiam as matérias, que nemsempre eram divulgadas como prega

a teoria do bom jornalismo e docompromisso com a verdade.

Foi angustiante para a maioria dosprofissionais conviver com asevidências do roubo na Prefeitura ecom o cinismo dos diretores dasempresas jornalísticas, que ar-gumentavam ainda não haver provascontra o prefeito Belinati. Muitosjornalistas passaram a ser mal vistospela população, que não entende omecanismo de apuração, edição –distorção, muitas vezes – e pu-blicação das notícias. É o repórterquemmaissente –na rua – asreaçõesdo povo.

Ostelefonemasde telespec-tadoresiradoseocancelamentodeassinaturasde jornais – que ocorreram commuita freqüência nos últimos meses– também acabam ressonando naredação ou no telemarketing.Novamente os jornalistas, e osvendedores de assinatura, sentem arevolta da comunidade.

Em 21 de fevereiro, um ano apóso início das investigações pelaPromotoria Pública, o Jornal deLondrina estampou como manchetedeprimeirapágina:“Pesquisadá87%de aprovação a Belinati”. A matériaveio pronta de Curitiba e derrubou amanchete que já estava feita emLondrina.

Um dia antes, num domingo, ojornal O Estado de S.Paulo haviapublicado uma grande matéria – quefoi a segunda manchete maisimportante da primeira página –mostrando que o desvio de dinheirona Prefeitura de Londrina deveriaultrapassar os R$ 200 milhões. Amanchete do JL era sobre umapesquisa feita quatro meses antes,num projeto comercial publicado emencarte estadualda revista IstoÉ.Masesse esclarecimento não foi prestadoaoleitor.Amatéria tambémnãotraziauma linha sequer sobre o escândaloda Prefeitura.

A Redação – indignada – enviouuma carta à diretoria do Jornal deLondrinamanifestandoosen-timentode revolta que tomou conta dosjornalistas e dos muitos leitores, quecompareceram pessoalmente ao

jornal ameaçando cancelar aassinatura. Todos os jornalistas daredação assinaram a carta.

Os profissionais da TV Coroados(Rede Paranaense de Televisão), queretransmite a Rede Globo, tambématenderam a muitos telefonemas detelespectadores indignados com apostura da tevê, que transformava(quando muito!) em notasmanifestações das entidades civiscontra a corrupção; que nuncatransmitia entrevistas com ospromotores públicos que investigamos acontecimentos; que distorcia osfatos.

Dia 9 de fevereiro, o jornalistaLuciano Pascoal, editor eapresentador do telejornal daCoroados em Londrina, resolveumanifestar suasopiniões à direçãoda Rede, emCuritiba, sobre aedição de umamatéria que haviasidodistorcidapeladireção da TV, nodia anterior sobreo depoimento doex-diretor daAMA-Comurb,Eduardo Alonso,que é réuconfesso.

“ N od e p o i m e n t o ,Eduardo Alon-so atribuia asresponsabilidades do rombo aoprefeito Belinati. Eu havia editado omaterial,quefoienviadoparaCuritiba.Minutos antes do telejornal ir ao ar,veioum textoprontode Curitiba, quefui obrigado a gravar, dizendo que oEduardo Alonso haviaresponsabilizado os diretores daAMA-Comurb, o que não eraverdade”, contou Luciano.

Segundo jornalista, era comum aTV em Londrina enviar matéria paraCuritiba, de onde vinha a ordem paranão colocar nada no ar. Dessa vez,voltou um texto pronto, com in-formações distorcidas. Issoprovocou o telefonema à redação daTV de várias pessoas, que tinham

ouvidoodepoimentoaovivonorádioou visto matérias em outros jornais.

Luciano escreveu um texto aoentão diretor de Jornalismo, MarcosBaptista, que dizia: “(...) Vocês,lideranças do Departamento deJornalismo, precisam ficar sabendodo que se passa. As pessoas me abor-dam na rua perguntando quanto euganho para mentir, se meu nome edos companheiros de Redação estãona lista de propinas da Prefeitura. (...)Pior do que omitir é mentir. O quefizemos ontem foi vergonhoso. Nãosou eu que cheguei a esta conclusão,e sim o telespectador.Acredibilidadeda Rede Paranaense está sendodenegrida (...).”

O jornalista ficou sem resposta.Saiu de férias. Retornou em 31 de

março quando foi chamado na salado então chefe de Jornalismo emLondrina, Milton Cassitas, que ocomunicou da demissãoe do motivo.“Ele me disse que foi em função docorreio que envieia Curitiba”, contouLuciano.

Tambémfrustradoeindignadocoma cobertura da Rede Paranae-nse, oMovimento pela Moraliza-ção naAdministração Pública de Londrinaresolveu comunicar à Direção deJornalismo da Rede Glo-bo o queestava acontecendo em Londrina ecomo a Rede Paranaense não estavacumprindo o seu papel de beminformar a população sobre osescândalosdaPrefeiturade Londrina.

Mais de 80 entidades assinaram a

carta. Chegou ao Rio de Janeiro umcalhamaço de documentos, comcópias de depoimentos prestados àPromotoria Pública, matérias dejornais de Londrina e publicaçõeseditadas pelo Movimento. Isso foi noiníciode abril.

OdiretorCarlyle Ávilafoi enviadoa Londrina para verificar in loco oque estava ocorrendo. Cassitas foidestituído do cargo e passou a serrepórter. Finalmente, as notícias decorrupção na Prefeitura de Londrinaforam divulgadas pelo JornalNacional. Londrina virou manchetenacional por causa dos desvios demilhões de reais dos cofres públicos.

Osurpreendente eraque asnotíciasveiculadas pelo Jornal Nacional nãoeram as mesmas que apareciam no

jornal ParanáTV, da RedeParanaense. Oenfoque dasmatérias eradiferente. OJornal Nacionaldava ênfase àinvestigação doM i n i s t é r i oPúblico. NoParaná TV,destacava-se adefesa do pre-feitoBelinati.

Dia7deabril,o Sindicato dos

Jornalistas de Londrina enviou umanota a todas as redações sobre o Diado Jornalista, prestando umahomenagem a Luciano Pascoal.Carlyle Ávila, que estava em Lon-drina, telefonou para o Sindicato edisse que os motivos da demissão dePascoal eram administrativos e nãopolíticos.

Luciano Pascoal trabalhou trêsanos na Rede Paranaense e exerceuas funções de editor e apresentadorde telejornal. A direção da RedeParanaense em Curitiba e emLondrina não quis dar entrevista ao“Jornal da Casa”.

Carina PacolaépresidentedoSindicatodeLondrinae Nortedo Paraná

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D esde abril a RedeParanaense de Televisão está sobintervenção da Rede Globo deTelevisão e seu diretor deJornalismo, Marcos Baptista,afastado oficialmente por motivode saúde. O nome de Baptista con-tinua, contudo, aparecendo nosnoticiários da emissora.

O episódio da intervenção coin-cidiu com a repercussão à do-cumentação enviada ao Departa-mento Jornalismo da RedeGlo-bo,no Rio de Janeiro, pelo Movi-mento pela Moralização naAdmi-nistração Pública de Londrina.

Através de documentos, o Mo-vimento comprovou que a emis-sora não vinha noticiando a criseque envolvia o prefeito AntônioBelinati, que culminou com suacassação pela Câmara do Mu-nicípio. Mais que denunciar, oMovimento acusou Milton Cassi-tas, diretor de Jornalismo da TVCoroados, em Londrina, de estarenvolvido em um esquema depropinas. Seu nome apareceu em

Até o final do ano. Este é o prazo estipulado pela diretoria da RedeBrasil Sul (RBS) para que o grupo adquira no Paraná um jornal outelevisão. Anotícia foi divulgada no jornal Valor Econômico, no dia22 de junho, em uma entrevista do presidente da RBS, NelsonSirotsky, ao jornalista Sérgio Bueno.

Sirotsky informou que a RBS não deverá competir com a RedeParanaense de Televisão, pela transmissão da programação da RedeGlobo no Paraná. “Vamos entrar no Paraná sem conflito”, disse.

Em 20 de junho, a RBS vendeu a Net Sul à Globo Cabo, quepassou a ser a maior operadora de TV a cabo da América Latina. Foiincorporada a NET em 26 cidades do Sul do país, o que significaum universo de cerca de 300 mil assinantes.

Essa negociaçãogerou, ainda, um boato forte na capital paranaense,de que a RBS já seria proprietária dos50% que a Rede Globo possuina Rede Paranaense, algo não confirmado pelas empresas.

imprensa no paraná

A intervençãono Canal 12

Levar uma torta na cara podeser engraçado em filmes depastelão. Elói Setti que o diga. Oassessor de imprensa daOrganização dasCooperativasdoParaná foi vítima de uma ação deum grupo de uni-versitárioscontra o deputado federal MoacirMicheletto (PMDB-PR), relatordo novo projeto de CódigoFlorestal na Câmara dosDeputados, em 12 de junho,diante da sede da Emater emCuritiba.

Setti concedeu uma carona aMicheletto até a Emater, apósesteter concedido uma entrevista naOcepar. Diante da Emater, osdoisencontraram um grupo de cercade sete pessoas, que segundo

Jornalista recebe “tortada” por enganoSetti, eram um professor euniversitários da UFPR. Umauniversitária abordou Michelettoe perguntou quem era odeputado. Como muitas vezes faznessa situação, Michelettoresolveu brincar e disse que erao rapaz perto dele.Imediatamente, Setti recebeu atorta.

Torta de chantilly“Atorta pegou parcialmente no

rosto e na cabeça”, conta Setti.“Era uma torta de chantilly,pequena. Amoça que me agrediusaiu correndo e entrou em umcarro com placa encoberta”. Odeputado não foi atingido pelaação. Imediatamente entrou na

Emater e, depois, por três vezesmanteve contato como jornalista.

Setti considerou a “tortada” umato de “violência física”. “Nahora a gente se sente inerte, semdefesa nenhuma”. O episódio ofez tirar duas conclusões sobremídia e imprensa. A primeira: opoder da televisão. “Depois daagressão eu conversei com osuniversitários e perguntei sehaviam lido o projeto deMicheletto (sobre o códigoflorestal). Eles haviam sidoinformados pela televisão. E oprojeto do Micheletto foi tododistorcido pela TV”. A segundaconclusão: “a fragilidade daimprensa”. “A Folha do Paraná,a Folha de São Paulo e a Gazeta

do Povo deram no dia seguinte aversão que o deputado terialevado a torta. E os jornais dointerior também deram a notícia.Ninguém foi conferir se havia

uma lista dos jornalistas queestariam sendo beneficiados poruma agência de propaganda ligadaà Prefeitura de Londrina.

Cassitas foi afastado da direçãoda TV em razão das denúncias.Contra Marcos Baptista pesaria ofato de sua esposa, Rita de CássiaBaptista, ser assessora da vice-governadora, Emília Belinati. Parasubstituir interinamente Marcos, aRede Globo de Televisão enviouao Paraná a jornalista Jô Maza-rollo, que permaneceu cerca de20 dias como interventora, tendodepois assumido a direção deJornalismo da emissora em Re-cife. Em maio chegou de São Pau-lo o jornalista Levi Soares, quepermanece também interinamentecomo diretor de Jornalismo.

AfastadoO Extra Pauta manteve trêscon-

tatos com Marcos Baptista, queafirmou não ser oportuna arealização de uma entrevista nessemomento, em que as coisas, no

seu entender, “não estão definidascom clareza”. Sobre a notícia deque deixaria definitivamente aemissora, Marcos afirmouque nãotinha sido informado de nada peladireção da Rede Paranaense.

O jornalista disse que passouestes dois meses longe do dia-a-dia da televisão, mais em casa,com a família.

Em entrevista ao jornalista Re-ginaldo Bessa, da Folha do Paraná,publicada em 30 de abril, Marcosrelatou que seu afastamento se deupela cobertura que a Rede Parana-ense fez sobre o narcotráfico, apartir da CPI instaurada no Paranáem março.

“Estou com a vida muitocomplicada em função da nossaousadia com o narcotráfico. Umdos meus filhos foi apontado narua por uma pessoa que lhe fezum gesto de cortar a cabeça etenho recebido telefonemasanônimos”, explicou a Bessa, odiretor de Jornalismo da RedeParanaense de Televisão.

RBS está vindo

ocorrido isso. AFolha do Paranáfez até a foto de uma pessoa quedisse que alguém tinha jogadouma torta em Micheletto”.

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própria iniciativa

“PrioridadeAbsoluta”.Esseé o nome do boletim que em brevechegará via fax aos jor-nalistas,com o acompanhamento dasmatériassobrea infânciapublicadaspela imprensa e sugestões de pauta.

O novo produto da Ciranda-Central de NotíciasdosDireitos daInfância e da Adolescência, maiseconômico que o “Ciranda noPapel”, entregue por dois anos ajornalistas, inicia uma nova fase daassociação. De trabalho exclu-sivamentevoluntário, aCiranda teráagora apoio direto da Unicef emanterá sua parceria comaANDI-Agência de Notícias dos Direitosda Infância, que foi criada pelosjornalistas Âmbar de Barros eGilberto Dimenstein e tem comodiretorGeraldoVieiraFilho.

Em dois anos, a Ciranda con-seguiu estabelecer um trabalhoimportante no Paraná e cons-cientizar vários jornalistas sobre osdireitos previstos no Estatuto da

O trabalho voluntário da CirandaCriança e do Adolescente. Ajornalista Paula Baena,que ao ladoda tambémjornalista LilianRomãoestádirigindoaasso-ciação,destaca

que as 26 edições do “Ciranda noPapel”, suspenso ano passado porfalta de recursos, chegaram a“contaminar” pro-fissionais da

Visibilidade a entidadesO recurso de entregar

pessoalmente o boletim aosjornalistas foi fundamental paraque as sugestões da Ciranda setransformassem em material deconsulta para a produção dematérias. “Muitas de nossaspautas viraram notícias e muitoboas matérias foramfeitas a partirdas sugestões”, disse PaulaBaena. É o caso do projeto dafamília participante do HospitalPequeno Príncipe, do trabalho daAsso-ciação Paranaense Alegriade Viver, unidade que cuida decrianças orfãs de AIDS e daChácara Quatro Pinheiros, queatende adolescentes envolvidoscom drogas. “Esses programastornaram-se referência para acultura jornalística”, lembra ajornalista. “Nós conseguimosaproximar o ator social da im-prensa, principalmente o quetrabalha com situações de risco”.

Nada mal para uma associação

que nasceu de um trabalhouniversitário, em 97, por acadê-micas de Jornalismo da PUC.Além de Paula e Lilian, o inícioteve o trabalho de Aline Gon-çalves, Dayse Campos, GiovanaPerine Jacques, Liliana Negrelloe MariaAmélia Lunardoni. Todaselas continuam ligadas à Ciranda,integrando o conselho da asso-ciação e com direito a voto. Aas-sociação conta ainda com apresença de pessoas ligadas àcidadania, como Elson Faxina,assessor da Pastoral da Criançae Geraldo Vieira Filho.

Contatos com a Ciranda podemser feitos pelo fone/fax: (41)

224-3925. O endereçoeletrônico é

[email protected]. Apágina da Ciranda na internet

pode ser acessada peloendereço: www.toolnet.com.br/

ciranda

Paula Baena: defendendo o Estatuto da Criança e do Adolescente

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livrarias curitiba

imprensa para abordarem questõessobre a infância. “OCiranda surgiuem 29 de junho de 98, em papelA4, frente e verso. Eram 50 exem-

plares quinzenais para todos osveículos de Curitiba, entregues nasmãos dos editores e pau-teiros”,explicou.

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5º prêmio sangue novo

A5ª Edição Prêmio SangueNovo noJornalismo Paranaense foium marco para o Sindicato dosJornalistas, que pela primeira vezcontou com um patrocínio para oevento- do Banco HSBC-, somadoaos apoios tradicionais da Gazetado Povo e da TV Paranaense-Canal 12. O Prêmio confirmou,ainda, a qualidade do trabalho de-senvolvido pela UniversidadeEstadual de Londrina, cujos aca-dêmicos venceram oito das onzecategorias.

À solenidade de entrega,realizada em 4 de maio, compa-receram cerca de 250 pessoas,público menor que em anosanteriores, certamente devido aofato dosacadêmicosda UEL terem

Reportagem impressaA vida na rota do medoDe Olavo Alves e RodrigoManzano Corrêa. 3º ano daUEL.Orientação do professorOssamu Nonaka.

Reportagem fotográficaEles constróem, mas não têmonde morarDe Leandro Taques e MelissaRejaile. 3º ano da Tuiuti.Orientação do professor ValdirCruz.

Reportagem para rádioLeminski ( Exposição It inerante)De Ísis Fernando Pinto. 2º anoda UEL. Orientação de FláviaLúcia Bespalhok.

Projeto em radiojornalismoLuta pela vida ( Série Retratos)De Aniclege Torres Urbano,D’Angele Alberto dos Santos,Fernanda Machado da Silva,

os vencedores do prêmio

Noite“pé-vermelha” em Curitibasido indicados a 14 dos 33traba-lhos finalistas. Noentanto, a sole-nidade foimais tensa e empolgante queem anos anteriores, porqueos apresentadores sóanunciaram o resultado decada categoria, depois deconvidarem os finalistas asubirem no palco.

Supremacia de LondrinaCom apenas 20 alunos por sala

e tradiçãoemprojetosdeex-tensão,alémde dispor de umarádioabertaà comunidade, a UEL há três anosparticipa do Sangue Novo e, pelaprimeira vez, obtém o primeirolugar na maioria das categorias.

No Sangue Novo aUEL revelouacadêmicos talen-tososcomo Rodrigo Man-zanoCorrêa,primeirocolo-cadoem três categorias esegundo colocado emuma- “Pro-jeto paraJornalismo Impresso”,coma Revista Já. Contentecom o resultado, Rodrigofez elogios à UEL, que nasua visão tem conse-guido

estimular os acadêmicos aparticipar de projetos. “A Univer-sidadede Londrina temumaculturade projetosdeensino ede extensãoque envolvem o curso deJornalismo. São nesses projetosque a gente acaba gastando maiorparte do tempo e daenergia. Essesalunos que tiveram prêmios noSangue Novo são os que passampraticamente o dia todo nauniversidade”, explicou.

ReflexãoO resultado Sangue Novo serviu

para que instituições fizessem umaanálise do que apresentaram e seseus crité-rios de avaliaçãoenquadram-se com as exigências

do prêmio. Foi o caso da UEPG,cujos professores se reuniramapósa divulgação do prêmio ediscutiram como será aparticipação da univer-sidadesnospróximos anos. “O que nossurpreendeu foi o fato da UEPGnão ter número maior de pre-miações, porque foi a escola queapresentou o maior número detrabalhos e tinha trabalhos queconsideramos bons”, disse IrvanaBranco, coordenadora do curso.

SuyanneTolentino,professoradoscursosdaTuiutieda PUC, lamentouque o regulamento do Prêmio tenhasido transmitido aos alunos no finaldo ano passado. Segundo ela, issoimpossibilitou que houvesse maisinscrições ao Prêmio, sobretudo nacategoria de Reportagem deTelevisão, que exigia reportagensdenão mais de 2 minutos. Mesmoassim, elogios não faltam ao SangueNovo. “É um super-incentivo paraos alunos e a maneira delesmostrarem a carinha para omercado”.Este ano, o Sangue Novoteve como apresentadores ElsonFaxina,LéaOkseanberg,NieleMeloe Toni Casagrande.

Troféus e platéia na solenidade deentrega do 5º Prêmio Sangue Novo

Rodrigo Manzano Corrêa, primeirolugar em três categorias

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Patrocínio

Realização

Apoio

professora Neusa Maria Amaral .

Projeto em telejornalismoCâncer InfantilDe Allan de Abreu Aio, AnaMaria de Oliveira, AriadneFranco, Fábio Cavazzott i eSilva, Fabrício Zago Azambuja,Fernanda Grosse Bressan,Fernando Endo Hirata, GiselePaola Antonioli, Izabel HelenaGomes Tavares, Jefrey VitaSomaio, Lauriano AtílioBenazzi, Letícia Afonso Rosa,Marcelo Frazão de Barros,Márcio da Silva Leijoto,Mariana de Castro Botega,Priscila Proença, Rodrigo deSouza Grota, Romina GonzálesGaletto, Vanessa Sensato eVeruska Barison. 3º ano da UEL.Orientação da professora NeusaMaria Amaral .

Projeto jornalístico para

Lucila Mayri Tiujo, PatríciaMarcidelli Peron e RodrigoManzano Corrêa. 3º ano daUEL. Orientação de Flávia LúciaBespalhok.

Reportagem para televisãoEm focoDe Ana Luísa Rodrigues, AnaPaula Nascimento, BiancaFraccalvieri, Cláudia SabbagOzawa, Denise GuimarãesFreitas, Érika CardosoGiovanni, Fernanda Aiex Boni,Ingrid Vogl, Júlio César Tanga,Lívia Onishi, Lívia Sprizão deOliveira, Lucas Araújo Veira,Márcia Nihei, MárcioSumizawa, Patrícia Crist inaSouza, Patrícia Thomaz, PriscilaRomero Sanches, Rachel SeveroAlves e Thaís Yumi Kato. 4º anoda UEL. Orientação da

internetUma proposta de revistacultural de Londrina na internetDe Érika Cardoso Giovani,Ingrid Vogl Sampaio e PatríciaCrist ina de Souza. 4º ano daUEL. Orientação do professorMário Benedito Sales.

Projeto ImpressoTriálogosDe Fernanda Machado e RodrigoManzano Corrêa. 3º ano daUEL.Orientação do professorCarly Aguiar.

Projeto Jornalístico LivreLiberdade ! Liberdade ?De Juliane Martins, MarcelloPereira e Ricardo Belinski. 3ºano da PUC. Orientação daprofessora Suyanne Tolentino.

Melhor monografiaDe olho em “O mundo hoje”De Ana Paula Silva Nascimentoe Rachel Severo Alves. 4º ano daUEL. Orientação da professora

Flávia Lúcia Bespalhok.Jornal laboratório *Comunicare - Jornal daPontifícia UniversidadeCatólica, sob coordenação doprofessor Zanei Barcellos.

Foca Livre - Jornal daUniversidade Estadual de PontaGrossa, sob coordenação doprofessor Marcelo EngelBronoski.

Laboratório da Notícia - Jornaldo Centro UniversitárioPosit ivo, sob orientação dosprofessores Carlos AlexandreCastro, Marcelo Lima, MariaZaclis Veiga, Marise Manoel eTomás Eon Barreiros.

A Comissão Julgadora decidiuconceder Menção Honrosa aostrês jornais.

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Para julgarem os trabalhosinscritos nas 11 categorias da 5ªedição do Prêmio Sangue Novo,o Sindicato convidou 24 jornalis-tas, que atuam na imprensa deCuritiba, Foz do Iguaçu e Lon-drina. Além da tarefa de analisartodos os trabalhos e apontar osvencedores das categorias, elestiveram de expor suas opiniõessobre a qualidade do material quereceberam.

Os jurados tiveram queobservar questões como arelevância dos trabalhos,profundidade da apuração dasmatérias, qualidade e viabilidade.

As análises apresentadas pelosjurados revelaram que há algumadistância entre o que é ensinadonos cursos e o mercado exige dosprofissionais.

Elas servem ainda como refle-xão a professores e acadêmicos.

Reportagem ImpressaCláudio Dalla Benetta, Carlão

Kaspchak e Luiz Cláudio deOliveira criticaram a poucaobjetividade das reportagensinscritas. “Grande parte dos textosabre com o que antigamente sechamava de “nariz de cera”, di-gressões acerca do tema antes decontar o fato propriamente dito”,afirmou Benetta, que é jornalistada ItaipuBinacional.

Outro problema foi a inscriçãode reportagens comuns ouentrevistas nada reveladoras, quepara Luiz Cláudio Oliveira, jor-nalista da Folha do Paraná,“mostraram que a orientação dosprofessores não vem sendosatisfatória”.

ACarlão Kaspchak, repórter daGazeta do Povo, chamou aatenção os poucos erros deestrutura gra-matical e deortografia nos trabalhos. “Talvezo mérito aí seja todo doscorretores ortográficos doscomputadores”, sugere Carlão,que considerou o “destaquenegativo” dos trabalhos aconcordância verbal.

prêmio sangue novo

Análises apontam erros e acertosReportagem e Projetopara Radiojornalismo

Os jornalistas Evelize Barone,da Prefeitura de Curitiba, Fer-nando Brevilhère, da RádioPaiquerê de Londrina e RodrigoLeite, daCBN, acreditamque faltaàs universidades mais atençãopara com o rádio.

“Em geral, os alunos precisamde melhor orientação sobre ascaracterísticas do rádio atual e oque é necessário para se dar bemneste tipo de veículo”, disseram.Eles destacaram que os melhorestrabalhos foram da UEL, atéporque “PUC, UFPR, Tuiuti eUnicenp apresentaram projetospouco viáveis”.

Projeto em JornalismoImpresso e Jornalistíco

para InternetA Comissão foi composta por

Aurélio Munhoz, de O Estado doParaná, Eledovino Bassetto Júniore Jorge Mosquera, ambosda Casa6 Comunicação. Aurélio Munhozconsiderou que os acadêmicos doBoletimTriálogos tiveram a “ex-celentea idéia de propor uma trocade informações entre osprofessores e jornalistas paratentar melhorar a qualidade daimprensa”. No en-tanto, afirmouque o veículo não é absolutamenteviável, dado o seu formato deboletim, “cujo manuseio é umpouco complicado”.

Em Projeto Jornalístico paraInternet eles apontaram comovitorioso o trabalho “Uma pro-posta de revista cultural de Lon-drina na internet”, que mostrou terqualidade e viabilidade. Essetrabalho é basicamente o jornal

“Em destaque”, que está na redemundial de computadores, quepode ser acessado no endereçowww.emdestaquenet.com.br .

Reportagem e Projetopara Telejornalismo

Mara Teresinha Sallai, produ-tora da TV Coroados deLondrina, Marta Ortega Pitta,repórter da TV Mix de Londrinae Rubens Van-dressen, diretor deCinematografia da TV Paranaensetiveram opiniões divergentesnessas categorias. Marta gostoudo que viu. “As falhas sãocomuns, nada que um tempo derua não supere”, afirmou. Essanão foi a opinião de Mara Sallai,que considerou o nível dostrabalhos fraco. O aspectopositivo, segundo ela, “é queparece que as escolas dejornalismo conseguiram ver aTV como mercado de trabalhopara o jornalista”

Reportagem FotográficaOs repórteres-fotográficos

ArnaldoAlvese LúMotta, da Ga-zeta do Povo e Orlando Kissner,da Secretaria de Estado da Comu-nicação, sentiram falta de infor-mação em trabalhosconsideradostecnicamente bons. “Não basta

que as fotos estejam bemexpostas. Elas precisam, antes detudo, contar uma história,provocar emoção e transformar-se numa lembrança num sóquadro.No dia-a-dia do jornal nãotemos espaço para usar mais queuma ou duas fotos sobre o mesmoassunto”, destacaram.

Projeto Jornalístico LivreOs jornalistas Maria Celeste

Corrêa, da MC News; Ney Ha-milton, da Secretaria de Comu-nicação Social da Prefeitura deCuritiba, e Ulisses Iarochinski,do site “A Saga dos Polacos”,infor-maram que encontraram

trabalhos muito díspares entreos con-correntes.

Em alguns foi apresentada“uma bem organizada docu-mentação, contendo funda-mentação teórica, argumento,bibliografia consultada e outrosdados”, afirmaram. Por coin-cidência, estes trabalhos foramfinalistas na categoria.

Jurado também em anosanteriores, Ney Hamilton ob-servou, ainda, que caiu o nívelde qualidade dos trabalhosapresentados.

OrlandoKissner,entregaprêmio deReportagemFotográficaà MelinaRejaile eLeandroTaques

UlissesIarochinskientregaprêmio deProjeto paraInternet aÉrikaGiovani,IngridSam paio ePatrícia deSouza

SuyanneTolentino eacadêmicosvencedores

da categoriaProjeto para

Telejornalismo

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É para os professores e aca-dêmicos pensarem.

MonografiaA Comissão Julgadora for-

mada por Ciméa Bevilaqüa,professora de Antropologia daUFPR, Hélio de Freitas Puglielli,ex-professor do curso deComunicação da UFPR, e HugoAbati, repór-ter-fotográfico ejornalista “frilance”, optou emdestacar as qualidades dotrabalho “De olho em O MundoHoje”, o primeiro colocado nacate-goria. “Foi considerada aestrutura formal do trabalho,profundidade e qualidade dapesquisa”, informaram.

Jornal LaboratórioAlém de Paulo Briguet, da

Folha do Paraná (cuja a análisesobre a categoria pu-blicamosna página seguinte), a comissãoteve Edson Fon-seca, da Gazetado Povo e o jornalista FernandoAlves, assessor da Secretaria deEstado da Segurança.

“Confesso que reli mais de

uma vez vários exemplares ematérias para entender o que erapretendido pelos editores aopublicarem as matér ias,contribuindo para o baixo graude qualidade dos jornaisinscritos”, revelou Fernando.

Ele observou erros gramati-caisem todos os jornais. E mais: “afalta de acompanhamento dosprofessores orientadores nafinalização dos materiaisque levao nome da instituição e dos cursosque representam”.

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Paulo Briguet

Jádizia aquelevelhoeditor: “Ojornalismo é um beco, mas temduas saídas: notícia ou opinião”.

E ele estava certo, não adiantafugir. Há os kotschos e reeds quemisturam as duas coisas, semcomprometer a natureza de cadauma. Na faculdade, se eu lembrodireito, chamam isso de textointerpretativo. Mas é raro e com-plicado barbaridade.

Notícia se faz com apuração.Opinião se faz com argumentos.Para descrever a realidade dinâ-mica das informações(noticiar) ouapresentá-la de modo crítico(opinar), o inferno do jornalismoexigeumabase cultural sólida, umaatração quase sexual pela leitura.Só assimo camaradapo-derá fazerum texto, quer dizer, organizar ocaos da vida em direção aoprincípio, ao verbo. Claramente,concisamente. Se possível, comestilo, graça, elegância, ritmo. Ecom ética – esse requisito inúme-ras vezes esquecido.

Não é fácil fazer jornal.Alguémdisse que era? Mentiu.

Notícia e opinião. Nos jornaisque concorreram ao PrêmioSangue Novo, o pessoal não feznem uma coisa nem outra.

Não estou querendo ser arro-gante, dar uma de sabe-tudo. Maso fato é que os estudantes dejornalismo parecem ter um medoque se pelam da notícia. Nesteponto – lembre que estamos emum beco de dupla saída – resta aopinião.

A universidade seria o espaçoideal para se recuperar o formato-reportagem, que está desapa-recendo (de morte matada) porcausa dos horários de fechamentoe das paranóicas exigênciasindustriais de nossa grandeimprensa oficialesca, desnorteadae superficial. A velha e boa repor-tagem exige tempo, cuidado,apuração, investigação, sensocrítico e rigor estilístico. Em vezde partir para essa empreitadafascinante, os cursos de jornalis-

prêmio sangue novo/opinião

As duas saídas do becoUm comentário sobre os jornais que concorreram ao Prêmio Sangue Novo

mo, pelo visto, optaram por mime-tizar o fast-food do que há de piorem nossos segundos cadernos.

Aí o camarada, doido para ex-ternar uma opinião, escolhe umapauta. Depressão de fim de sécu-lo.. OuPrevisões parao ano 2000.Ou Desemprego.. Ou Meninos derua. Ou Nostra-damus. Ou Opolítico dáentre-vista coletivaaosalunos da faculdade. Ou MariaBueno: santa ou prostituta?

Ato contínuo, o camarada vai láe ouve um ólogo. Um psicólogo,

um sociólogo, um economista, umhistoriador, uma taróloga. Mandaaspassemeditar o que ocara falou.Depois, amontoa clichês tentandocosturar umaopinião pessoal sobreo assunto.

Vexame.Acaba tudo virando umFrankenstein jornalístico. Opiní-cia. Notinião. Quando o autor nãoconsegue avançar num assuntocom as próprias pernas, restam asmuletas de estilo. E os ólogos,teoricamente reis da cocada preta.

O maior problema dos jornaisacadêmicos não é a gramática oua ortografia (embora existammuitos erros), mas umageneralizada falta de estilo, oumelhor, a onipresença de um estilode intervalo de fa-culdade, umalinguagem da mesmice, umaargumentação de aula-seminário,uma sociologiade orelhada.Pareceque os jornaisforamreescritospelomesmo redator, um universitárioque lança seu olhar classe médiasobre o mundo, traduzindo-o para

um idioma de solipsismo crônico.Desde Copérnico, está provado

que o umbigocentrismo é um erro.Temas sempre foram universais.

Abordagens sempre foramparticulares. Qualquer texto dejornal pode ser decomposto atévirar umdosgrandes temasdavida:poder, morte, sexo, amor, ódio,beleza, doença, crise, alegria,tristeza, decadência, triunfo, misé-ria, conflito, riqueza, competição,infância, juventude, maturidade,

velhice. (Se você quiser ficar comos três primeiros ou com os quatroúltimos, sinta-se à vontade.)

É lógico que os temas se repeti-rão.Oquefaz o leitor avançar alémdo primeiro parágrafo nãoé anovi-dade do tema, mas a competênciado texto para transformá-loemalgosingular, dentro de uma visão demundo definida (no caso doindivíduo jornalista) ou de umprojeto (no caso de meios decomunicação). Você pode ter omelhor assunto do mundo nas

mãos – O presidente GetúlioVargas se matou no Rio de Janei-ro – mas lembre que 1) o assuntopode ser reduzido a temas uni-versais (no caso, poder e morte);2) se você não escrever direito, seutexto será trocado por outro ouesquecido por todososséculosdosséculos, amém. Compra outrojornal aí, queeu não entendi nadaque esse cara escreveu. Só sei queo homem se matou.

Os jornais que concorreram ao

Os jornais finalistas em exposição na solenidade de entrega do Prêmio: Laboratórioda Notícia, da Unicenp; Foca Livre, da UEPG, e Comunicare, da PUC.

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Prêmio Sangue Novo padecem deuma alarmante uniformidade, deum conformismo intrínseco. Duasquestões importantes saltam aosolhos e parecem não ter sidonotadas pelos jornais laboratórios.

Aprimeira: seriedadenãoé sinô-nimo de mesmice.

A segunda: liberdade e ousadianão são equivalentes à inconse-qüência e à frouxidão.

É possível fazer um jornaluniversitário ao mesmo temposério,ousadoe livre.Dequeadian-ta deixar os alunos “absoluta-mente livres” para a escolha depautas(conformeorgulham-sepelomenos três projetos didáticosanalisados), se essa liberdade éilusória justamente por faltar anecessáriadosedecriatividade?Deque servem pautas oceânicascomo “problemas do mundomoderno” se não conseguimosdescrever a esquina?

As críticas aqui expostas não sedevem, de modo algum, a umdesapreço pela universidade. Pelocontrário, achamos que os cursosde jornalismo são fundamentaispara superar o conformismo, asuperficialidade, o atrelamento, apobreza estilística, o vazio e asubserviência que caracterizam amaioria absoluta dos meios decomunicação. Se fôssemosanalisar o trabalho dos grandesjornais, TVs e rádios, a dose decríticas seria muito mais pesada.

Não é o mercado que precisamelhorar a universidade; auniversidade é que precisa sehumanizar cada vez mais, paratransformar a realidade, em umcontraponto à mediocridadereinante no mercado.

Por favor, universitários, ensinemalgo a essa imprensa que é tãoruim!

Paulo Briguet, redator da Folhado Paraná e diretor do Sindicato

dos Jornalistas de Londrina,integrou a Comissão Julgadora

do Prêmio Sangue Novo, nacategoria Jornal Laboratório.

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informe public i tár io

O Paraná está investindoneste ano R$ 286,5 milhõesnas cinco universidades e 11faculdades públicas mantidaspelo Governo do Estado. Ovalor representa um aumentode 292% em relação a 1994,quando as instituiçõesestaduais de ensino superiorreceberam R$ 73 milhões.

E não é só. O Paraná é oEstado que, proporcionalmente,mais investe no ensino superior.Enquanto São Paulo investe9,5% do seu ICMS nasuniversidades, os investimentosparanaenses chegam a 12,6%do imposto. Os recursosgarantem a manutenção doensino gratuito para 51.300estudantes.

Além de aumentar osrecursos para o chamadoterceiro grau, o Estadomelhorou os salários e aformação acadêmica de seusprofessores. Hoje, segundo umlevantamento da Secretaria daCiência, Tecnologia e EnsinoSuperior, a maioria possuimestrado ou doutorado.

Em 1994, por exemplo, havia

Estado investe mais e universidadesganham projeção nacional

Alta especialização do corpo docente coloca instituições públicas paranaenses, como UEL e Unioeste, entre as dez melhoresdo paísapenas 1.704 professores com

mestrado ou doutorado nessasinstituições, enquanto neste anoo número já chega a 2.560, ou61% do corpo docente.

É um dos melhores índicesentre as universidades brasileiras.O alto índice de qualificação dosprofessores da rede estadual deensino superior foi um dosprincipais fatores que colocaramas universidades estaduais doParaná em destaque no rankingdas melhores do país, de acordocom o Provão de 1999, doMinistério da Educação. Osresultados do Provão deste ano,realizado no dia 11 de junho, sóserão conhecidos no próximosemestre.

Além da qualificaçãocontribuíram para o bomdesempenho das universidadesestaduais a melhoria daspropostas pedagógicas, oaument ras e os equipamentos deinfra-estrutura e, ainda, aautonomia universitária. É umesforço que continuará a serperseguido e que neste anocontará com investimentosrecordes para a evolução do

ensino superior.

Plano de carreira – Para osprofessores, a evoluçãoprofissional no ensino superiorparanaense pode ser dividida emduas partes, antes e depois daimplantação do Plano deCarreira pelo Governo doEstado. O plano garantiu, dedois anos para cá, um aumentosalarial médio de 114%. Também

Estudantes em aula prática do curso de Veterináriada UEL: reconhecimento com bons resultados no

Um dosresultados da melhoriada qualidade do ensino nasuniversidades e faculdadesestaduais do Paraná é oconstante aumentona procurapelos seus vestibulares. Em1997, 88.417 candidatosdisputaram as12.053 vagasoferecidas pela rede estadual deensino superior. Em 2000, asvagas foram ampliadas para14.158 eo número decandidatos subiu para 138.336,um recorde histórico.

Pesquisa daSecretaria daCiência, Tecnologia e EnsinoSuperior do Paraná indica que,em apenas quatro anos, adisputa pelos vestibulares na redeestadual deensino superior teveum acréscimo de 50 milcandidatos. Outro dado

Qualidade aumenta disputapelas vagas

apontado pelo levantamento é deque maisda metade dosaprovados são provenientes deescolas públicas. Na UniversidadeEstadual de Londrina, uma dasmais disputadas do Paraná, 30%do candidatosvêm de outrosEstados.

Para atender a grande demandapelas universidades e faculdadespúblicas estaduais, a secretariaassumiu ocompromisso deaumentar em 20%o número devagas até o ano que vem. Étambém uma formade aliviar ocrescimento donúmero deestudantes que terminam o ensinomédio. Em 1994, foram 240 milmatrículas no ensino médio.Atualmente, esse volume chega a486mil.

QUALIFICAÇÃO DOSPROFESSORES

UNIVERSIDADE MESTRES DOUTORES

1994 1999 1994

1999

Unioeste 80 207 7 45

Unicentro 34 86 4 13

UEL 500 571 272 405

UEM 512 508 148 348

UEPG 126 275 21 102

TOTAL 1.252 1.647 452 913

Divulgação

criou a gratificação de 55% paradedicação exclusiva e, ainda,licença de seis meses para cadasete anos de magistério.

Outro benefício trazido peloPlano de Carreira foram os 15%de incentivo à titulação. Comisso, o número de docentes quepossuem apenas curso degraduação caiu de 1.152 (1994)

para 618 (2000), e o deespecialistas foi reduzido de1.201 para 1.011. Aconseqüência é que o número demestres subiu de 1.252 para1.647, e o de doutores de 452para 913 no mesmo período.

O melhor índice de professorescom alta especialização está naUniversidade Estadual deMaringá, onde 75% do corpodocente têm pós-graduação. São508 professores com mestrado e348 com doutorado.

Na Universidade Estadual deLondrina, a 4ª melhor do país,estão 571 mestres e 405doutores. Nas 11 faculdadesestaduais, a procura pela melhorcapacitação dos professorestambém trouxe resultadospositivos nos últimos seis anos.O número de mestres subiu de62 para 87 e o de doutores de 4para 16.

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II Prêmio Embratel

Encerra-se em 5 de agosto oprazo para as inscrições ao IIPrêmio Imprensa Embratel,promovido pela empresa e oSindicato dos Jornalistas doMunicípio do Rio de Janeiro.Podem concorrer reportagensveiculadas sobre o tema Tele-comunicações, entre setembro de1999 e julho de 2000, em jornaise revistas, rádio, televisão efotografia. Informações pelofone (21) 544-2100.

II Prêmio Brasil Esportede Literatura

Criado para divulgar o esporte,o prêmio promovido pelo Indesp-Instituto Nacional de Desenvol-vimento do Desporto, tem em seunome literatura, mas atende aoJornalismo. Há as categorias dereportagem para jornal e revista epara TV. Inscrições até 4 de ou-tubro.Maisinformaçõesno Indesp,fones (61) 321-8746 e 429-6870.

FALECIMENTOS

O jornalista Ben Ami Saltzfaleceu aos 50 anos, em 20 demaio. Um dos principaisdivulgadores da cultura judaicano Paraná, Ben Ami produziu eapresentou o programadominical Hora Israelita doParaná, que foi ao ar pela RádioEldorado. Junto com EduardoChede, fundou há seis anos oJornal Israelita do Paraná, ondeera diretor e editor. O jornalistadeixa esposa e duas filhas.Apesar da morte de Ben AmiSaltz, o jornalmantém seu ritmo,

sendo editado mensalmente.**

No dia 20 de maio tambémfaleceu o jornalista IldeuAmanso Vieira, aos 71 anos, emMaringá, vítima de câncer.Dirigente do Partido ComunistaBrasileiro (PCB), foipreso em 75e submetido a torturas por trêsanos. Publicou dois livros:“Memórias torturadas (ealegres) de um preso político” e“Jucus e Picaretas”. Eradelegado da AssociaçãoBrasileira dos AnistiadosPolíticos.

Reprodução do Jornal Israelita do Paraná

Ben AmiSaltz:

divulgadorda cultura

judaica

Estão abertas as inscrições parao 2º Prêmio Inepar de Jornalismo,promoção da FundaçãoInepar e do Sindicato, quedistribuirá prêmios emdinheiro para reportagensim-pressas sobreTelecomunicação eEnergia, na categoriaBrasil, e re-portagens deTV e impressas sobreDireitos Humanos, no casoda categoria Paraná.

Lançado oficialmente em18 de abril, o 2º PrêmioInepar ofereceráR$ 5 milao primeirolugar da categoria nacional. Osvencedores nas categorias Paranáreceberão R$ 1,5 mil em dinheiro,sendo que o autor da melhor repor-tagem ganha mais R$ 7 mil, a serinvestido em formação profissional.O prazo para inscrição do Prêmioencerra-se em 29 de setembro.

Renato Requião Mu-nhoz daRocha, presidente da Fundação

prêmios

2º Prêmio IneparInepar, lembrou que o resultado doprimeiro Prêmio foi surpreendente

para a empresa. “Hoje temoscerteza da ligação que a empresatem com a comunidade se dá peloseu dever social. Uma empresa sóterá sucesso numa comunidade desucesso”, disse. Maisinformações sobre o Prêmio podemser obtidas no Sindicato, pelo fone224-9296, ou através da internet,na página do Sindicato(www.sindijorpr.org.br ).

O jornalista Emerson Castro e RenatoRequião Munhoz da Rocha

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O Sistema Federaçãodas Indústrias do Estadodo Paraná (Fiep) temgrande participação nodesenvolvimentoeconômico com qualidadede vida reconhecido emCuritiba e no Paraná pororganismos internacionais.Para o presidente JoséCarlos Gomes Carvalho,esse reconhecimento éfruto de uma série depermanentes investimentospúblicos e privados, com acolaboração direta daindústria e de sua entidaderepresentativa maior, aFiep. Segundo Carvalho,“é uma contribuição quese manifesta tanto pelaatuação política,fortalecendo a imagem daindústria paranaense e dopróprio Paraná, quantopelas atividades de seusbraços técnicos – Senai,

O Sistema Fiep participa do desenvolvimento do ParanáSesi e IEL, que capacitam epromovem a cidadania dostrabalhadores da indústriaparanaense”. ParaCarvalho, uma indústriaforte contribui diretamentepara a melhoria dosindicadores sociais.

Os cursosprofissionalizantes doSenai, programadossempre de acordo com ademanda das empresas,formaram ao longo dasdécadas milhares detrabalhadores preparadospara produzir comqualidade – condiçãoessencial para acompetitividade hoje.Qualidade incontestável,tanto que resultou naprimeira certificação ISO9000 da América Latinapara uma instituição deformação de mão-de-obra. Eculminaram com o Centro

Automotivo do Paraná(Ceapar), que já formou 8,5mil trabalhadores para aindústria automotiva doestado, empreendimentoelogiado pelas direções da

Renault, Chrysler e VW/Audi.O investimento do Sistema

Fiep na formação continuapor meio dos estágios,bolsas e cursos de pós-graduação oferecidos pelo

Instituto Euvaldo Lodi (IEL).“É o IEL que faz aintegração entre a indústriae o estudante, seja ele desegundo grau, seja de nívelsuperior. Investe-se na

formação de futuroslíderes, na formação deum banco de talentos quepossam tocar a indústriaparanaense do futuro”,diz o presidente. Maisrecentemente, o SistemaFiep acolheu, no CentroIntegrado dosEmpresários eTrabalhadores daIndústria (Cietep), oscursos de pós-graduaçãoda Fundação GetúlioVargas. Algo que o

Sistema não ofereciadiretamente, mas que sedispôs a oferecer numaparceria com a renomadainstituição carioca, paragarantir à indústria

paranaense também aformação de executivos.

Ao mesmo tempo em querepresenta legalmente aindústria, o Sistema Fieppreocupa-se com a outraponta – a saúde,educação e o lazer dotrabalhador. Cabe aoServiço Social da Indústria(Sesi) levar ao trabalhadore seus familiaresprogramas e atividadesque garantam o plenoexercício da cidadania.Ginástica na empresa,saúde preventiva, serviçolaboratorial, educação dejovens e adultos, atividadesesportivas e de lazer sãoserviços oferecidos peloSesi sem qualquer custopara o trabalhador e suasfamílias.

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LIVRARIA DO CHAIN - EDITORAFone: (0..41) 264-3484 - Fax:(0..41) 263-1693

Rua General Carneiro, 415 - Curitiba - Pr - Cep 80060-150

Ciméa Bevilaqua

E mbora a publicidadeelei toral seja um elementodecisivo para as opções de voto– e, sob esse aspecto, nenhumaeleição da última década deixoude oferecer exemplos emble-máticos – , ainda se contamnos dedos as contribuições aca-dêmicas sobre o tema no Brasil.Daí a opor tunidade do lan-çamento, às vésperas de maisuma campanha, de um estudosobre as caracter íst icas eefeitos das diferentes formasde comu-nicação política. Ainiciativa é da jornalista NeusaDemartini Gomes, doutora emSociologia da ComunicaçãoPolí t ica pela UniversidadeComplutense de Madri eatualmente professora da PUC-RS.

De acordo com a autora, atransposição das técnicas domarket ing comercial àscampanhas eleitorais deve serexplicada menos pelo afã dosprofissionais de comunicaçãoem popularizar e eleger seusclientes-candidatos que porcaracterísticas mais gerais doprocesso político brasileiro.

Num sistema em que osresultados eleitorais não afetamsignificativamente a estruturasócio-política e econômica, e osconteúdos programáticos (comas exceções de praxe)contemplam pontos muitosemelhantes, as diferenças entreos partidos e os candidatos seestabelecem, fundamentalmente,na maneira de se comunicar comos potenciais eleitores. Nessecenário, que a autora comparacom o das eleições norte-americanas, a campanha eleitoralassumiria efetivamentecaracterísticas comerciais, o

biblioteca da comunicação

A comunicação em tempos de eleição

lançamento de uma candidaturaequivalendo ao lançamento de umproduto no mercado de eleitores.

Os objetivos do livro, porém,são menos teóricos que práticos.Não se trata de aprofundar areflexão sobre as conseqüênciasdo emprego dos recursos dapublicidade co-mercial nascampanhas políticas, mas deoferecer uma espécie de manualdidático para quem atua oupretende atuar profissionalmentenessa área.

As técnicas dacomunicação política

Como é sabido, a campanhapublicitária é apenas um dosfatores que contribuem para adefinição do comportamento doeleitorado. Daí a importância,segundo a autora, da distinçãoentre market ing polí t ico emarketing eleitoral: o primeiro,considerado como umaestratégia permanente decomunicação par-tidária comos diferentes seg-mentos doelei torado; o segundo,entendido como o esforço paraassegurar a vitór ia de umpartido ou candidato num pleito

es-pecífico.Os primeiros capítulos do

livro são dedicados aoplanejamento de estratégias decomunicação polí t ica maisabrangentes, en-volvendo desdea análise da situação do partidoou candidato em relação aosdemais até a definição deobjetivos de longo prazo e asformas de aval iação dosresul tados das estratégiasadotadas.

A partir desse quadro maisgeral, a autora aborda o desen-volvimento da campanha pro-priamente dita: a adaptação doconteúdo do programapart idário às formaspublicitárias, a definição doseixos temáticos da campanha,o estabelecimento dasestratégias de comunicação e aprogramação das atividades docandidato. Um pequenocapítulo é dedicado especifi-camente às campanhas muni-cipais.

Até mesmo por seu caráterdidático, o livro deixa de apro-fundar as questões levantadas aolongo da exposição. Entretanto,a própria bibliografia ao final dovolume mostra a importânciadesse pequeno estudo: entretodos os títulos citados, poucossão os de autores brasileiros –e, dentre estes, nenhum delestrata especificamente dasformas e estratégias dacomunicação política.

À disposição na biblioteca doSindicato.

Formas persuasivas decomunicação política –

propaganda política epublicidade eleitoral, deNeusa Demartini Gomes.Editora da PUC-RS, 135

páginas.

Fotografia esociedade noséculo XIX

Poucas vezes o desenvol-vimento de uma nova técnicacausou tanto impacto sobre asformas de percepção e repre-sentação do mundo comoocorreu com a invenção dafotografia. Desde o início, suaambigüidade não passou des-percebida: emborareproduzisse mecanicamente arealidade, a fotografiademonstrava ser ao mesmotempo uma reconstruçãosubjetiva do real.

A repercussão da descobertadessa nova técnica sobre asociedade oitocentista é o temada coletânea Fotografia – usose funções no século XIX, quereúne pesquisas desenvolvidaspor alunos de pós-graduação daEscola de Comunicações eArtes da Universidade de SãoPaulo sob orientação daprofessora Annateresa Fabris.

Os nove ensaios do volumese agrupam em torno de dois

eixos temáticos, que exploram,res-pectivamente, as relaçõesentre a fotografia e a sociedadeda época e entre a fotografia eformas tradicionais de re-presentação artística, em par-ticular o desenho e a pintura.

Alguns dos ensaios revelamaspectos inédi tos sobre oprocesso de difusão social dafotografia, inclusive no Brasil.Por exemplo, a formação dosprimeiros fotógrafos, a dis-seminação dos manuais téc-nicos e das convenções derepresentação, a formação defotoclubes e algumas daspr imeiras experiências dafotografia jornalíst ica, narevista O Cruzeiro. Àdisposição na biblioteca doSindicato.

Fotografia – usos e funçõesno século XIX, de Annateresa

Fabris (org.). Edusp, 291páginas.

(CB)

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A cobertura da greve doINSS pela Rede Paranaense deTelevisão, realizada em 28 dejunho, trouxe uma cena deviolência explícita a imprensa. Orepórter cinematográfico JoséCarlos Marquetti levou chutes epontapésdomédico CarlosAlbertoMercer, que não queria acobertura da greve pela emissora.

“Ele começou a nos xingar,disse que éramos imprensa mar-rom, cafajestes, então me em-purrou e deu um chute”, afirmouMarquetti, que filmou a agressãoque recebeu. O repórter garantepressentiu o descontrole do

imprensa

Agressãono INSS

médico desde que o viuna portariado INSS. “Ele estava maisquerendo tumultuar a greve, queé feita por pessoas bacanas”,disse. Esse foi o primeiro incidenteque Marquetti se envolveu, emonze anos como profissional.

O Sindicato dos Jornalistaspronunciou-se ante a agressão.Enviou uma nota de manifesto aRaul Morita, chefe do setor dePerícia do INSS, onde trabalhaCarlos Alberto Mercer, além deoferecer orientação jurídica aMarquetti, caso este venha aprocessar o médico.

Viajando a pé, de carona ouônibus, o jornalista desempregadoMiral Pereira dos Santos estápercorrendo o país em protestocontra o desemprego e o governoFHC. Sua “Jornada contra oDesemprego no País”- o quartoprotestodogênero querealiza- teveinício em 10 de novembro emPasso Fundo (RS).

Em Curitiba, Miral esteve nasegunda quinzena de maio,quandoconcedeu entrevistas a imprensa emanifestou seu interesse de irprotestando até Manaus. Ojornalista mora em Florianópolis ejá foi proprietário de dois jornaisno interior do Rio Grande do Sul,segundo ele fechados pelosmilitares em 1979, por causa dassuas posições políticas.

Desde Passo Fundocontra o desemprego

Miral dosSantos: depassagem porCuritiba,contra odesemprego

José Suassuna/Folhado Paraná

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C láudio D al la Be ne t ta

A ntes, era quase como um relax. Assistia-se por hábito, por comodismo ou simplesmentepara ter contato com as amenidades da vida. Onoticiário produzido pelas emissoras da Globono Paraná cheirava a gabinetes oficiais ou eraum mero desfiar de histórias curiosas. Ou, ainda,simplesmente bobagens produzidas com um bompadrão, mas com um vazio de dar dó.

Havia bons momentos de jornalismo, mas erama exceção, principalmente no noticiário da noite.

Agora, é um susto atrás do outro. Vem a notíciado prefeito em desgra ça, depoi s a denúnciacontra um delegado do trabalho, depois a greve,a ma-nifestação contra o governo, o tiro mal ex-plicado, a fraude mal-feita , a corrupção fla-grada, o golpe contra o consumidor, contra oeleitor, contra o povo todo. Autoridade, quandoaparece, é para se justificar, se contradizer.

Câmera escondida e roupa sujaCorrupto, hoje, tem que se precaver. Pri-meiro,

contra as mi-crocâmeras, que proli-feram comopragas benfazejas; depois, contra ex-esposas,mulheres que nunca lavaram as roupas do maridoe agora fazem questão de fazer isso em público.Mas, principalmente, porque a imagem flagradapela microcâmera e a denúncia da ex-esposa vãomesmo para o ar.

A mudança nos rumos do jornalismo da RedeParanaense de Televisão é o maior fenômenoda imprensa do Estado desde o final dos anos70, quando o Grupo Paulo Pimentel fazia umafirme oposição ao governador e ao prefeito daépoca. Mas a situação na Globo paranaense édi fer ente , porqu e a li nã o se está fa zendojornalismo por oposição a qualquer governo, maspara mostrar que a rede pode ser independentee resistir às pressões que vêm, certamente, detodos os lados, inclusive de dentro.

A Globo está cada vez mais zelosa de suaimagem em todo o Brasil, rompendo até comvelhos parceiros políticos e de negócios, como oantes todo-poderoso Antônio Carlos Maga-lhães,o Toninho Malvadeza.

Nesta mu da nça de imagem, o Pa ra ná nãopoder ia ser u ma exceçã o. Esta é u maperspectiva totalmente nova para a imprensa doEstado. E, por certo, alvissareira.

As longas pernas da verdadeMas há algo novo no ar - ou nem tão novo

assim, nestes tempos de bruscas mudanças -além da nova rota em qu e navega o pa drão

O que cai na rede é notícianot i c ioso da G lobo pa ra na ense. Exi st e ofenômeno chamado Internet e a possibilidade dese pôr no a r, com responsa bi l ida de ouabsolutamente sem ela, tudo o que se sabe, seouve, se diz, se comenta, se “boata”.

Por causa da rede, a notícia que se escondede um lado se multiplica de outro.

Se a mentira tem perna curta, a verdade hojese multiplica em zilhões de bytes.

O que não sai na Rede Globo, sai na rede decomputadores. E o que cai na rede se espalha.

Revistas competem pelo quê?Pois é, mas enquanto a Globo ganha novo rumo,

as revistas semanais de informação surpreendemexatamente por tomarem um caminho inverso aoda not ícia . Para os editores dessas revistas,aparentemente vale mais o entretenimento do quemostrar a realidade de um país que, pouco apouco, se democratiza de fato.

Para Época, IstoÉ e Veja, o Brasil é um paísdiferente do que vemos hoje (que ironia!) nastelas da Globo. As três revistas competem pelacapa mais fútil. Na última semana de maio, oBrasil era “a pátria do basquete” para Veja; opaís de um mago (Paulo Coelho), para Época; eum país em forma, para IstoÉ, que trouxe “afebre do fitness”.

Prat icamente sem cober -tura noti c iosa noParaná (inclusive a Veja, que antigamente tinhauma boa sucursal), somando-se as três poucose fica sabendo sobre o Estado. Em Veja, nada;em IstoÉ, entrevi sta com o cineasta SérgioBia nchi, para na ense de Ponta G rossa (ma sra dica do em Sã o Pa ulo) ; em Época , ma isgenerosa , denú ncia de qu e engenhei rosestrangei-ros trabalham sem registro no Crea erepor ta gem sobre o a lpin i st a pa ra na enseWaldemar Niclewicz. Mais nada.

O Estado nã o exi st e pa ra os edi tores da srevistas semanais de informação, que nisso maisuma vez têm pontos em comum.

Fica a sugestão para empresários paranaen-ses: pode estar na hora de se criar uma revistaparanaense de boa qualidade, para noticiar o queVeja, Época e IstoÉ ignoram. Aliás, não foi umempresá r io pa ra na ense qu e a ju dou a cr i a rBundas, uma versão modernosa e horrorosa doPasquim? Ainda é tempo dele tentar recuperaro que investiu e gastar melhor o dinheiro.

Claudio Dalla Benetta é jornalista

telhado de vidro

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rádio corredor

Em 31 de maio, IvoLovato (foto) deu adeus àreportagem policial daTribuna do Paraná. Ojornalista se aposentou edeixou o jornal, ondetrabalhava há doze anos,recebendo dos colegasmerecida homenagem.Permanece em atividade naRádio Clube, onde érepórter.

**Outro jornalista que

deixou O Estado do Paranáfoi Milton Ivan Heller.

**Leandro Donatti assumiu a

coordenação da redação dasucursal da Folha do Paraná,em Curitiba. O repórter depolítica da Folha,em Curitiba,agora é Rubens Burigo Neto.

**A Gazeta do Povo tem desde

maio novo chefe-de-redação. ÉDécio Trujilo Júnior, que veioda Gazeta Mercantil de SãoPaulo.

**A Gazeta do Povo contratou

jornalistas para diversaseditorias. Para a de Economiavieram Márcio Reinecken eSamuel Reuse, este ex-Indústria

& Comércio. Para a EditoriaCidades foram contratadosAnelize Kanda, José DanielSilveira Júnior, Wagner Aragãoe Fábio Okubaro. No cadernoCultura G: Marcos Zibordi eRudney Flores. Keiti RubiaAragão é a nova repórter doViver Bem.

**Brisa Teixeira de Oliveira

deixou a Gazeta do Povo. Elatrabalha agora só na agênciaNQM.

**Giovani Ferreira é o novo

editor de Cidades da Folha doParaná.

**Luciana Panke está em Foz

do Iguaçu, onde coordena ocurso de comunicação da UDC-União Dinâmica das FaculdadesCataratas.

**A advogada e jornalista

Analuce Medeiros, diretora doboletim informativo da EditoraJuruá, lançou o livro “DireitoPenal (parte geral) emperguntas e respostas”. Nessetrabalho ela demonstra seuconhecimento jurídico.

**Ulisses Iarochinski viajou em

25 de junho rumo a Polônia. Ele

ganhou uma bolsa de idiomasem cultura polaca e ficará até 6de agosto em Cracóvia. Autordo site e livro “A saga dosPolacos”, Ulisses aproveitará aviagem para pesquisar os locaispara a filmagem de umdocumentário sobre o livro.

**No Jornal Hoje, em Cascavel,

duas novas contratações:Rosselane Giordani e DianeParís.

**O escritor e jornalista Wilson

Bueno é o novo colunista de OEstado do Paraná. O ex-editordo sempre lembrado Nicolauterá seus textos publicados aosdomingos, a partir de 5 deagosto.

**Emerson Cervi é o mais novo

professor de Comunicação daUniversidadeTuiuti.

**Na TV

ParanaenseCanal 12,houve oretorno deDary Júnior.O repórterhavia no finaldo anopassadodeixado aemissora e aprofissão paradedicar-se àmúsica.

**Jonas Bach, outro jornalista

que é músico, foi contratadopelo O Estado do Paraná. Érepórter da editoria de Cidades.

**O repórter-fotográfico Zig

Koch teve sua vida e artemostrada na edição 22 doCadernos do MIS, lançada emabril. No libreto, Zig revela suainfância, seu envolvimento deberço com a arte e a natureza-seus avós maternos foramaquarelistas e os paismontanhistas -, e como iniciouna fotografia. A revisão dotrabalho ficou por conta daesposa de Zig, a jornalista MariaCeleste Corrêa.

**Com 70 anos completos,

João Féder ganhouaposentadoria compulsória daUniversidade Federal do Paraná,onde foi professor de ética pormais de trinta anos, e doTribunal de Contas do Estado,onde foi conselheiro por 34anos. Féder entregou também apresidência do Instituto RuyBarbosa, órgão de estudos dosTCs de todo país.

**O jornalista Cláudio Lacchini

lançou seu primeiro livro emprosa. “Anábase” traz umpouco da história do jornalismoeconômico no país e , emespecial, da Gazeta Mercantil,onde trabalha desde 1974. Pararealizar o livro, Lachini fez 52entrevistas e uma pesquisaextensa aos arquivos do jornal.

“Anábase” foilançado nafesta decomemoraçãodos 80 anosda GazetaMercantil,ocorrida em31 de maio.

**Rubens

Vandressen,da TVParanaense, seemocionoucom areportagem detelevisãovencedora do

Prêmio Sangue Novo, queabordava o tratamento decâncer em Londrina. Aoreceber o cachê que lhe era dedireito por ser jurado doPrêmio, resolveu doá-lo aoInstituto do Câncer daquelacidade.

**Na última edição erramos ao

noticiar o nome do caderno deliteratura do Jornal do Estado.“Rascunho”- e não “Rabisco” -é publicado pela Editora Letras& Livros e tem como editorRogério Pereira.

O Estadodo Paraná

Reprodução

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tabela de salários

SALÁRIOS DE INGRESSORepórter, redator, revisor, ilustrador, diagramador,repórter fotográfico, repórter cinematográficoEditorPauteiroEditor chefeChefe de setorChefe de reportagem

Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações;Em julho o menor salário pago nas redações foi de R$ 973,23.Os valores da tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria é definido em Acordo Coletivo de Trabalho,Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo.

FREE LANCERedaçãoLauda de 20 linhas (1.440 caracteres)Mais de duas fontes:Edição por páginaTablóideStandardDiagramação por páginaTablóideStandartRevista(*) Tablita / Ofício / A4Revisão(*) Lauda (1.440 caracteres)(*) Tablóide(*) Tablita(*) StandardIlustração(*) Cor(*) P&BReportagem fotográfica - ARFOCReportagem EditorialSaída cor ou P&B até 3 horasSaída cor ou P&B até 5 horasSaída cor ou P&B até 8 horasAdicional por foto solicitadaFoto de arquivo para uso editorialReportagem Comercial/InstitucionalSaída cor ou P&B até 3 horasSaída cor ou P&B até 5 horasSaída cor ou P&B até 8 horasAdicional por fotoReportagem CinematográficaEquipamento e estrutura funcionalfornecida pelo contratante(*) Saída até 3 horas(*) Saída até 5 horas(*) Saída até 8 horasAdicional por horaFoto de arquivo para uso em:Anúncio de jornaisAnúncio de Revista e TVCapa de Disco e CalendárioOutdoorCartazes, Folhetos e ComisetasAudiovisual até 50 unidadesAudiovisual acima de 50 unidadesDiária em reportagem que inclui viagemReportagem aérea internacional(*) Hora técnica

Observações importantes:A produção (filme, laboratório, hospedagem, transporte, seguro de vida,credenciamento, etc.) é por conta do contratante; Na republicação,serão cobrados 100% do valor da tabela;A foto editorial não pode ter utilização comercial.(*) Novidades na tabela em caráter experimental.Sugestões deverão ser encaminhadas ao Sindicato através do fax (041)224-9296 ou Correio Eletrônico: [email protected]

1031,621341,101341,101547,431547,431547,43

55,4850% a mais

71,7886,01

35,8948,9726,7618,26

14,4730,2222,8363,10

85,6157,07

130,52244,72326,31

24,62195,78

259,61461,90615,70

48,97

71,47114,14187,62

28,53

424,00456,82587,35899,88293,67619,99

à combinar358,95

à combinar57,07

JOCKEYLOUNGE& BAROs jornalistas têm entradaespecial no Jockey LoungeBar. Basta apresentarem acarteira de identificação daFenaj que a entrada égarantida, pagando apenas oque consumirem. A promoçãoé válida inclusive para dias deshows. O Jockey Lounge &Bar funciona de terça a sexta-feira na Avenida Ferreira doAmaral, 2291, Tarumã.

SOLARARESTAURANTSNo Solara Restaurants odesconto é de 20% parajornalistas, mediante carteirada Fenaj. O Solara funciona deterça a sábado durante ojantar e aos domingos, apenaspara almoço. O SolaraRestaurants fica na AvenidaManoel Ribas, 552.Mais informações pelo fone336-0106.

OUTROS BARESERESTAURANTESDescontos de 10% no Bar Brahma( Av. Getúlio Vargas, 234, esquinacom R. João Negrão, fone 224-1628), Bar do Alemão ( Largo daOrdem, fone 223-2585),Churrasquinho de Gato ( Av.Água Verde, 531, esquina com R.Castro, fone 232-5874), ConfrariaPub ( no Estação Plaza Show) eShima Restaurant (Rua Pres.Taunay, 892, fone 224-3868).

ACADEMIAKINEGinástica, Nutrição e Fisioterapia.Desconto de 20%,. Rua Mauá,706 B, Alto da Glória. Fone 253-3841.

ECCOSALVAPreço especial para jornalistas.Interessados devem entrar emcontato com Abel Nascimento,pelos fones 340-8795 ou 914-8503.CLÍNICAAOSEUALCANCE

Descontos de até 30% sobre atabela do Conselho Regional deOdontologia. R. Voluntários daPátria, 475/ conj. 301-A. Fone 232-0166.

PSICOLOGIAINFANTILEPSIQUIATRIADescontos especiais parajornalistas. Informações pelo fone336-7308. Aclínica de Vitório eSuzane Ciupka e de DeniseCiupka Yamagutt.

GOODLIFEServiços de Odontologia,Fonoaudiologia, Fisioterapia eNutrição. Descontos e tabelasespeciais. Endereços: R. PadreAgostinho, 2800, fone 335-4362 (Odonto e Fono), Av. Silva Jardim,266, fone 233-2577 (fisio), e R.Buenos Aires, 441, 3º andar, fone3222-0798 e 9995-5223 (Nutrição)

cursos

A Pontifícia UniversidadeCatólica inicia em 4 de agosto ocurso de especialização “NovasPráticas para o profissional daComunicação”. Dirigido a profis-sionais que trabalham em comu-nicação, o curso terá aulasem finsde semana alternados, de 15 em15 dias, durante um ano.

Com esse curso, a PUC buscaatender às necessidades de quemmora no interior e que, muitas

vezes, encontra dificuldades parase deslocar semanalmente atéCuritiba. “Dessa forma, com aulasàs sextas à noite e sábados o diainteiro, pode viabilizar uma espe-cialização”, explicou a jornalistaCelina Alvetti, coordenadora docurso. Quanto as disciplinas,Celina informou que elas “vãooferecer conteúdos técnicos,teóricos e de atualização, dis-cutindo o papel do profissional da

Novas práticas de Comunicaçãocomunicação frente às novaspráticas e realidades de ummercado em expansão”

Esta é a terceira especializaçãode comunicação que a PUC ofertaem 2000. Atualmente, estão fun-cionando “Comunicação audio-visual” e “Comunicação para o IIIMilênio”.Aespecialização “No-vasPráticas para o profissional daComunicação tem suas mensa-lidades fixadas em 254 reais.

Especialização em AgronegócioO Departamento de Economia

Rural e Extensão da UniversidadeFederal do Paraná abriu as inscri-ções para o II Curso de Especi-alização em Agronegócio paraProfissionais de Comunicação.

A intenção dos promotores éoferecer informaçõesa respeito do“agronegócio”, que representa40% do PIB nacional” e , como édestacado no folder do curso,“precisa de profissionais diferen-ciados para entender e comunicaro que ocorre no setor”.

O prazo de inscrição encerra-

se em 28 de julho e a seleção doscandidatos acontece entre 28 e 30de julho, com base no currículoe área de atuação profissional. Ataxa de inscrição é de R$ 95, queserá devolvida no caso de nãoapro-vação do candidato.

O Curso está limitado a40 parti-cipantes, sendo que as aulas inici-am-se em agosto. A duração é deum ano e as aulas são quinzenais,ocorrendo sempre aos sábados.

Informações pelo fone: (41)350-5604, ou através da internet:www.agrarias.ufpr.br/~agroneg

convênios

Reprodução

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Denis Ferreira Netopassou parte da infância eadolescência convivendocom o ambiente de redação.Na condição de filho dojornalista Joaquim AntonioFerreira Neto, conheceugrandes nomes dojornalismo brasileiro.Porém, optou seguir naprofissão por rumosdiferentes do pai e escolheucomo instrumento detrabalho a máquina defotografia, quando aindaera adolescente, em 78.

Desde então Denis nãoparou. Teve fotos nosprincipais jornais de SãoPaulo, Rio de Janeiro eBrasília. Em Curitibaparticipou de campanhaspolíticas na década de 80. Ecoordenou a equipe defotógrafos da campanha deLula no sul do país, em 89.

Repórter de O Estado doParaná desde 96, Denis dizque suas fotos têm comocaracterística “o detalhe, aexpressão do primeiromomento”.

Focado no registro sobremeio-ambiente, Denispublicou em 98 seu primeirolivro de fotos “ParquesEstaduais do Paraná”. Otrabalho gerou convitepara registrasse em 99 osparques americanos doGrand Canyon, Yossemit eDead Valley.

Outra característicamarcante é de ordempessoal e lhe rendeu umacitação no livro “Notíciasdo Planalto”, de MárioSérgio Conti. Denis surgena narrativa sobre aviagem de seu pai aoParaná, em 89, para o queseria o antepenúltimocomício de Collor. Contiescreve que Ferreira Netoouviu do filho que votariaem Lula. Na verdade, o

Filho de peixe,olho de águiaencontro entre pai e filho foimais curioso. Denis eFerreira Neto seencontraram no comício eDenis, sem se perceber,subiu no palanque vestindoa camiseta de Lula.

Precisou a intervenção dopai, para que não fosseagredido pelos seguranças.

DenisFerreiraNeto

imagens

Onça. Para tirar a foto, Denisdemorou cerca de duas

horas, esperando omomento certo

JaimeLerner

em fotode 1999

Futebol: plasticidadeem uma disputa de

bola

Arquivo Pessoal

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