sindicato prioriza defesa do desenvolvimento sustentável · henrique francisco dos santos;...

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O mundo está mobilizado em torno do seu debate mais importante: como garantir um planeta com condições de vida para as próximas gerações. Em Copenhague, no mês de dezembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) reunirá quase 200 países com o obje- tivo de definir metas para dimi- nuir a emissão de gases que provocam o efeito estufa e, consequentemente, o aqueci- mento global. No Brasil, gover- no e sociedade travam um im- portante debate sobre as me- tas que o país deve levar a Co- penhague. E este será um dos temas da 66ª Semana Oficial de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (SOEAA), promo- vida pelo Confea. Sindicato prioriza defesa do desenvolvimento sustentável O Sindicato de Engenhei- ros de Minas Gerais tem pri- orizado a discussão das questões relacionadas ao meio ambiente e defende que o País seja ousado em suas metas e que faça a opção pelo desenvolvimen- to sustentável como forma de garantir uma melhor qua- lidade de vida para as futu- ras gerações. Veja nas pá- ginas 2 (Editorial) e nas pá- ginas 5, 6, 7 e 8 como o Sen- ge-MG se mobiliza em defe- sa do meio ambiente e como se dará a sua partici- pação na 66ª SOEAA. ANUIDADE SOCIAL Sócios premiados com notebooks (Pág. 2) NEGOCIAÇÕES COLETIVAS Fechado o acordo com a Cemig (Pág. 10) APOSENTADORIAS Governo acena com novo fator (Pág. 3)

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Page 1: Sindicato prioriza defesa do desenvolvimento sustentável · Henrique Francisco dos Santos; Aposentados: ... Luiz Carlos Sperandio No-gueira, Dorivaldo Damascena, Marcelo de Camargos

O mundo está mobilizadoem torno do seu debate maisimportante: como garantir umplaneta com condições de vidapara as próximas gerações.Em Copenhague, no mês dedezembro, a Organização dasNações Unidas (ONU) reuniráquase 200 países com o obje-tivo de definir metas para dimi-nuir a emissão de gases queprovocam o efeito estufa e,consequentemente, o aqueci-mento global. No Brasil, gover-no e sociedade travam um im-portante debate sobre as me-tas que o país deve levar a Co-penhague. E este será um dostemas da 66ª Semana Oficialde Engenharia, Arquitetura eAgronomia (SOEAA), promo-vida pelo Confea.

Sindicato prioriza defesa dodesenvolvimento sustentável

O Sindicato de Engenhei-ros de Minas Gerais tem pri-orizado a discussão dasquestões relacionadas aomeio ambiente e defendeque o País seja ousado em

suas metas e que faça aopção pelo desenvolvimen-to sustentável como formade garantir uma melhor qua-lidade de vida para as futu-ras gerações. Veja nas pá-

ginas 2 (Editorial) e nas pá-ginas 5, 6, 7 e 8 como o Sen-ge-MG se mobiliza em defe-sa do meio ambiente ecomo se dará a sua partici-pação na 66ª SOEAA.

ANUIDADE SOCIALSócios premiados com notebooks

(Pág. 2)

NEGOCIAÇÕES COLETIVASFechado o acordo com a Cemig

(Pág. 10)

APOSENTADORIASGoverno acena com novo fator

(Pág. 3)

Page 2: Sindicato prioriza defesa do desenvolvimento sustentável · Henrique Francisco dos Santos; Aposentados: ... Luiz Carlos Sperandio No-gueira, Dorivaldo Damascena, Marcelo de Camargos

Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 2

GESTÃO 2007/2010 - DIRETORIA EXECUTIVA - Pre-sidente: Nilo Sérgio Gomes; Vice-presidente: Vicente dePaulo Alves Lopes Trindade; 2º Vice-presidente: RubensMartins Moreira; Secretário Geral: Raul Otávio da SilvaPereira; 1º Secretário: Eustáquio Pires dos Santos; 1º Te-soureiro: Anivaldo Matias de Sousa; 2º Tesoureiro: Sá-vio Nunes Bonifácio. DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS -Negociações Coletivas: Augusto César Santiago e SilvaPirassinunga (licenciado); Ciência, Tecnologia e MeioAmbiente: Nara Julio Ribeiro; Promoções Culturais:Fernando Augusto Vilaça Gomes; Relações Inter-Sindi-cais: Jairo Ferreira Fraga Barrioni; Saúde e Segurançado Trabalhador: Arnaldo Alves de Oliveira; AssuntosJurídicos: Paulo César Rodrigues; Assuntos Comunitá-rios: Laurete Martins Alcântara Sato; Imprensa e Infor-mação: David Fiúza Fialho; Estudos Sócio-Econômi-cos: Abelardo Ribeiro de Novaes Filho; Interiorização: PauloHenrique Francisco dos Santos; Aposentados: Waldyr Pau-

lino Ribeiro Lima. DIRETORIAS REGIONAIS - Direto-ria Regional Centro: Júnia Márcia Bueno Neves, AlfredoMarques Dyniz, Rosemary Antonia Lopes Faraco, Daniel Mein-berg Shimidt de Andrade, Clóvis Scherner, Clóvis Geraldo Bar-roso, Hamilton Silva, Anderson Rodrigues, Pedro Carlos GarciaCosta, Antônio Lombardo, Débora Maria Moreira de Faria.Diretoria Regional Norte Nordeste: Aliomar VelosoAssis, Rômulo Buldrini Filogônio, Jessé Joel de Lima, AntônioCarlos Sousa, Aloísio Pereira da Cunha, Guilherme Augusto Gui-marães Oliveira. Diretoria Regional Zona da Mata:João Vieira de Queiroz Neto, Eduardo Barbosa Monteiro deCastro, Carlos Alberto de Oliveira Joppert, Francisco AntônioNascimento, Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu, SilvioRogério Fernandes. Diretoria Regional Triângulo: Is-mael Figueiredo Dias da Costa Cunha, Antônio Marcos Belo.Diretoria Regional Vale do Aço: Ildon José Pinto, An-tônio Azevedo, José Couto Filho, Antônio Germano Macedo.Diretoria Regional Campos das Vertentes: Domin-

gos Palmeira Neto, Wilson Antônio Siqueira, Nélson HenriqueNunes de Souza. Diretoria Regional Sul: Antônio Iates-ta, Fernando de Barros Magalhães, Paulo Roberto Mandello,Nélson Benedito Franco, Nélson Gonçalves Filho, Arnaldo Re-zende de Assis, João Batista Lopes Júnior, Eberth Antônio Pi-antino, Júlio César Lima. CONSELHO FISCAL: Luiz Antô-nio Fazza, Vânia Barbosa Vieira, Luiz Carlos Sperandio No-gueira, Dorivaldo Damascena, Marcelo de Camargos Pereira

Edição: Miguel Ângelo TeixeiraRedação: Fabyana Assunção e Miguel Ângelo TeixeiraArte final: Viveiros EdiçõesImpressão: Fumarc

Sindicato de Engenheirosno Estado de Minas Gerais

Rua Espírito Santo, 1.701Bairro Lourdes - CEP 30160-031Belo Horizonte-MGTel.: (31) 3271.7355Fax: (31) 3226.9769e-mail: [email protected]: www.sengemg.org.br

Em Copenhague, no mês dedezembro, a Organização dasNações Unidas (ONU) reuniráquase 200 países com o objetivode definir quem e como financiara transição da economia mundialpara um modelo denominado Bai-xo Carbono.

Serão necessários bilhões dedólares para viabilizar novas tecno-logias para a produção de energiaa um custo que não pressione cus-tos na indústria, nos serviços e naagricultura. Outros bilhões de dóla-res devem ser utilizados para mini-mizar os efeitos de fenômenos ca-tastróficos, oriundos da mudançaclimática, principalmente nos paí-ses menos desenvolvidos e, portan-to, mais vulneráveis.

Os países mais ricos, há déca-das, poluem de forma mais intensao nosso planeta e, portanto, possu-em uma responsabilidade históricamaior com este problema. Esteserá, sem dúvida, o maior desafioque a humanidade irá enfrentar nes-

te século e, pelo princípio da res-ponsabilidade histórica, as naçõesricas – maiores culpadas pelo aque-cimento global – deveriam ser res-ponsáveis por pagar esta conta.

Considerando o exposto acima,o Senge-MG defende a proposta doG-77 + China, em que os países ri-cos devem destinar de 0,5% a 1%ao ano de seus PIBs para um fundoadministrado por um órgão ligadoà Convenção do Clima da ONU.

Defendemos também – reafir-mando o princípio da responsabi-lidade histórica – que a conta ne-cessária para superar os proble-mas decorrentes das mudançasclimáticas deveria ser distribuídade modo que os Estados Unidosfiquem com 40%, a Europa com30%, o Japão com 10% e os de-mais países com 20%, mas poupan-do desta dívida os países mais po-bres do mundo.

“Não podemos permitir é queesta negociação sobre o clima defi-na os países que poderão se desen-

volver e os países que ficarão namiséria, dentro de um muro, sujei-tos a condições climáticas instáveise devastadoras.”

Não podemos mais negar a rea-lidade que se impõe às futuras ge-rações. E para que a temperaturado planeta não suba mais que 2º Cneste século, evitando enormes ca-tástrofes, devemos iniciar mudan-ças urgentes nos nossos sistemasde produção e reduzir drasticamen-te a emissão de gases causadoresdo efeito estufa dos países desen-volvidos para algo em torno de duastoneladas de carbono per capita.Hoje, os americanos emitem 23 to-neladas per capita, os europeus, 10toneladas ao ano e os chineses, 5toneladas ao ano.

Podemos exemplificar com umaquestão fundamental para evitarmudanças climáticas em maior es-cala: a introdução do carro elétricoe a substituição do transporte abase dos derivados do petróleo, porveículos de tração elétrica. Nos pa-

íses em desenvolvimento, que fazemuso intensivo dos derivados do pe-tróleo no transporte de pessoas emercadorias, precisaremos de enor-mes recursos financeiros para mu-dar esta realidade. Quem vai finan-ciar e até mesmo subsidiar investi-mentos em ferrovias, metrôs, veícu-los leves sobre trilho e em infraes-trutura de geração de energia elé-trica para substituir a utilização dosderivados do petróleo para trans-portar pessoas e mercadorias?

O debate em torno do aqueci-mento global e do tratado climáticonão pode se transformar em uma puraquestão de definição de quem temdireito de crescer. Neste sentido, oSistema Confea/Creas deve aprofun-dar este debate e se posicionar, poiseste é o maior desafio que a enge-nharia vai enfrentar neste século.

Nilo Sérgio Gomesé engenheiro eletricista,

professor da PUC Minas epresidente do Senge-MG

Aquecimento Global: Quem vai pagar a conta?

Sindicato premia sócios em dia com a anuidade socialA promoção Anuidade Social Premi-

ada já sorteou dois notebooks. O pri-meiro sorteio aconteceu durante a reu-nião de diretoria do Senge realizada nodia 10 de setembro e o premiado foi oengenheiro Giordani Lopes Tavares. Jáo segundo sorteio foi realizado no dia 5de novembro, durante a reunião do Con-selho Diretor, e o sorteado foi o associa-do Marco Antônio Oliveira - CREA:17.275. O próximo sorteio aconteceráno início de janeiro

Giordani Tavares recebeu o notebookdas mãos do presidente do Senge, NiloSérgio Gomes, no dia 17 de setembro.Para ele, ser sócio do Senge é contribuirpara o fortalecimento do Sindicato, queé quem defende os interesses do enge-nheiros. “Em momentos de crise, como oque passamos recentemente, é o Sengeque defende os interesses dos engenhei-ros”, afirmou.

ERRATA

COPENGE

Na edição 183 do Sen-ge Informa, na matéria“BH terá nova cooperativade engenheiros”, houveum erro quanto aos valo-res de cota para participarda cooperativa. O valor dacota é de R$ 900,00, po-dendo ser pago em 10 par-celas de R$ 90,00. A primei-ra parcela deverá ser feitano ato da adesão e as de-mais serão descontadasdo repasse que será feitoao profissional.

Giordani Lopes Tavares recebe o notebook do presidente Nilo Sérgio Gomes

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Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 3

APOSENTADORIAS

Governo usa fórmula 95/85 parabarrar o fim do fator previdenciário

Fim do atual fator previdenciá-rio ou a implantação do fator 95/85?Tudo leva a crer que o fim do fatornão vai existir. Até mesmo porque ogoverno já sinalizou que caso o pro-jeto de lei 3.299/08, de autoria dosenador Paulo Paim (PT/RS), sejaaprovado na Câmara dos Deputa-dos, o mesmo será vetado.

Um acordo foi feito entre entida-des sindicais e governo federal, pre-vendo o fator 95/85, o congelamen-to da tábua de expectativa de vidado IBGE, quando o aposentado atin-ge o mínimo exigido para a aposen-tadoria, e o descarte das 30% pio-res contribuições, em vez das 20%atuais. O acordo prevê ainda rea-juste com ganho real, baseado nocrescimento do PIB, para os apo-sentados que recebem acima deum salário mínimo.

O projeto do senador Paim pro-punha o fim do fator e o uso das 36últimas contribuições para o cálcu-lo. O substitutivo apresentado pelo

relator na Câmara dos Deputados,o deputado federal Pepe Vargas(PT/RS), incorpora os pontos doacordo entre governo e entidadessindicais. Para ele, a implantaçãodo Fator 95/85 já será um avanço, jáque reduz o tempo de trabalho parase aposentar com valor integral.“Em alguns casos, a redução do

No entanto, as associações querepresentam os aposentados sãocontra o substitutivo. Para a FAP-MG(Federação dos Aposentados ePensionistas de Minas Gerais), o fa-tor 95/85 não resolve e a fórmulaatual tem que ser extinta. Segundoa entidade, desde a implantação dofator previdenciário, a Previdênciateve uma economia de R$ 10 bi-lhões, sendo que a folha mensal ficaem torno de R$ 17 bilhões.

Para o advogado especialista emDireito Previdenciário e professor daPUC-Minas, Roberto de CarvalhoSantos, a fórmula 95/85 não é a ide-al, principalmente porque a expec-tativa era o fim do fator. “O que acon-tece é que o fator 95/85 anula a apli-cação do atual fator previdenciáriopara quem, somando idade e tem-po de contribuição, complete a fór-mula”, diz o especialista. “A grandeinjustiça é que não há retroatividadepara quem já se aposentou”, fala.

Segundo o especialista, outrospaíses adotam a idade mínima,mas é importante salientar que aPrevidência Social no Brasil temrelevante papel de redistribuição

tempo do homem cai pela metadee chega a 2/3 a redução do tempopara mulher conseguir a aposenta-doria integral”, afirma Pepe Vargas.

Em relação às contribuiçõespara cálculo do benefício, a propos-ta de Vargas é que sejam usadas as70% melhores contribuições. Atual-mente o benefício é calculado em

cima das 80% melhores contribui-ções realizadas a partir de 1994,passando para 70% vai melhorar ovalor do benefício. “Existe uma ro-tatividade muito grande no merca-do de trabalho brasileiro. As pesso-as mais velhas muitas vezes perdemo emprego, e não conseguem algocom o mesmo salário que tinhamantes ou partem para a informalida-de. Calcular em cima das 36 últi-mas contribuições seria reduzir obenefício da maioria da popula-ção”, explica o deputado.

Para Pepe Vargas, este acordodo governo prevê aumento real aci-ma da inflação de 50% do PIB e umapolítica para aposentados a partirde 2012. “Este acordo é importanteporque vai definir uma política per-manente e vamos recuperar as per-das”, afirma Pepe. Ele acredita que,se este acordo tivesse sido feito em2003, os aposentados teriam, hoje,31,5% a mais de ganhos em seusbenefícios.

Associações de aposentados rejeitam nova fórmulade renda. “Não é correto compa-rar a experiência brasileira com ade outros países, especialmenteos desenvolvidos que já resolve-ram diversas questões sociais ain-da críticas no nosso País”, afirmaSantos. “No Brasil, muitas vezes otrabalhador, com idade avançada,que perde o emprego não conse-gue se recolocar no mercado detrabalho e é obrigado a se apo-sentar com relevante redução deseu benefício em função do fatorprevidenciário. O programa deseguro-desemprego é tímido enão existem programas de requa-lificação profissional para permitirque a pessoa com idade avança-da reingresse no mercado de tra-balho, o que torna o fator previden-ciário muito perverso para nossarealidade”, conclui o especialista.

O projeto está tramitando naCâmara dos Deputados e, se apro-vado, será enviado ao Senado compedido revisional. “A intenção é queo reajuste seja aplicado a partir de1º de janeiro de 2010 e o fator 95/85a partir da sua publicação no diáriooficial”, fala o relator Pepe Vargas.

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Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 4

Sete Lagoas recepcionou o se-minário “Engenharia, Urbanismo eArquitetura para Todos” realizadopor iniciativa do vereador DaltonAndrade (PT) com o apoio do Sen-ge-MG. O seminário aconteceu nodia 29 de outubro, no auditório doSesi, e teve como objetivo discutirformas para implementação do ser-viço de assistência técnica gratuitapara projeto de construção, reformae regularização fundiária de habita-ção de interesse social para famíli-as de baixa renda, além do progra-ma do governo federal “Minha Casa,Minha Vida”.

Na ocasião, o presidente doSenge-MG, Nilo Sérgio Gomes, fa-lou sobre a importância da Lei11.888, que garante o direito à as-sistência técnica gratuita à popu-lação de baixa renda. Para ele,moradia é conforto visual e ambi-ental. “Moradia digna é oferecerágua, luz, coleta de esgoto e mo-bilidade. Tudo isso ofertado pelaestrutura pública”, disse Nilo.

O vereador Dalton Andradedefendeu o projeto de Lei Muni-cipal, de sua autoria, para im-plantação do serviço de enge-nharia e arquitetura públicas emSete Lagoas. “O primeiro passojá foi dado”, ressaltou o vereador,que pretende discutir a sua pro-

Sete Lagoas debate implantaçãode escritório de engenharia pública

posta com o prefeito Mário Már-cio Campolina Paiva (PSDB). Asdúvidas sobre o programa “MinhaCasa, Minha Vida” foram esclare-cidas pelo representante da Cai-xa Econômica Federal.

A vereadora de Belo Horizon-te Neusinha Santos (PT) foi uma

das convidadas do Seminário.Neusinha fez questão de salien-tar que a engenharia pública é oSUS da habitação. Segundo ela,este é um projeto que deve serabraçado por todos os vereado-res uma vez que traz benefíciospara a população da cidade.

Agroecologia foi o tema da pa-lestra do engenheiro agrônomo epesquisador da Epamig (Empresade Agropecuária de Minas Gerais),Paulo Lima, realizada na tarde dodia 6 de novembro, durante o semi-nário “Agricultura Familiar, Pesca eSegurança Alimentar”, em Salvador,Bahia, organizado pela Fisenge (Fe-

Como parte da programaçãoda reunião do Conselho Delibe-rativo da Fisenge, foi realizado oencontro do Coletivo de Mulhe-res da Federação no dia 5 denovembro, em Salvador. Foramdiscutidos temas como: valoriza-ção profissional sob a ótica degênero; saúde da mulher; e a par-ticipação da mulher nas negoci-ações coletivas. “Este é o segun-do encontro do coletivo queavançou significativamente nadiscussão de políticas com o re-corte do gênero. Resolvemos dis-cutir o tema sobre negociaçõescoletivas, pois as pautas apresen-tadas, geralmente, não propõemquestões específicas do gênero”,disse Márcia Nori, diretora damulher da Fisenge.

Estiveram presentes repre-sentantes dos 11 Senges filiadosà Federação que debateram econstruíram propostas para o

Agroecologia étema de palestra

deração Interestadual de Sindica-tos de Engenheiros). Paulo Lima,inicialmente, fez uma contextualiza-ção histórica e teórica sobre o tema.“A agroecologia é a união dos sabe-res: ecologia, engenharias, etnoe-cologia, antropologia, sociologia,entre outras. E todo esse envolvi-mento tem o objetivo de buscar al-ternativas de desenvolvimento, prin-cipalmente com base na agricultu-ra familiar”, explicou Paulo.

Outro ponto destacado pelopesquisador foi a questão da impor-tância do papel social da engenha-ria. “Como podemos atuar para cri-ar facilidades e remover as dificul-dades?”, ele questionou, enfatizan-do que é fundamental o diálogo comos movimentos sociais para mudaro modelo de desenvolvimento. “Pre-cisamos contestar o modelo de de-senvolvimento do País e lutar porum outro embasado na realidadebrasileira, de modo a garantir a so-berania alimentar e atacar a faveli-zação da cidade”, concluiu.

O engenheiro Paulo Limarepresentou o Senge noseminário em Salvador, Bahia.

Fisenge reúnecoletivo de mulheres

avanço da luta das mulheres. “Omais importante é a busca pelaparticipação intensa e efetiva dasmulheres, para que possamosunir forças e conquistar nossosobjetivos. A luta feminista é exten-sa e tem muito a se reformular elutar”, afirmou a engenheira civilfiliada ao Senge-MG, Glauci AnyGonçalves. Além de Glauci, repre-sentaram o Senge-MG a engªLaurete Sato e a arquiteta urba-nista Gabriele Rodrigues Cabral.

Ao final do encontro, foram en-caminhadas as seguintes pro-postas ao Conselho Deliberativoda Fisenge: formação das mulhe-res para participação das mesasde negociação, com o objetivode garantir cotas; recomendaraos Senges que durante as ne-gociações sejam observadas ascláusulas relacionadas à saúdee ao trabalho da mulher, entreoutras temáticas.

O presidente Nilo Sérgio Gomes fala na abertura do Seminário em Sete Lagoas

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Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 5

Entre os dias 2 e 5 de dezembro,será realizada, em Manaus, a 66ª Se-mana Oficial da Engenharia, da Ar-quitetura e da Agronomia (SOEAA).O tema deste ano é “Pensar o Brasilno Contexto Mundial: Inovação, De-senvolvimento Sustentável e Ética. OSenge-MG estará presente com umadelegação durante o evento e levará

66ª SOEAA

Senge participa com contribuiçõessobre o desenvolvimento sustentável

a sua contribuição através de tesesapresentadas por engenheiros e en-genheiras sobre os temas que serãodebatidos na ocasião.

A SOEAA é promovida peloConfea, Crea-AM e Mútua. Entre ostemas a serem discutidos no even-to podemos destacar: alternativaspara o desenvolvimento da Ama-zônia, matriz energética, inovaçãotecnológica, mudanças climáti-cas, habitação e desenvolvimen-to urbano e a Copa de 2014. Osresumos das teses que serão apre-sentadas pelo Senge-MG sãoapresentados a seguir.

Reforma Urbana e a Copa de2014 - Riscos e Oportunidades

A tese sobre reforma urbana e aCopa de 2014, apresentada peloengº Paulo Henrique Francisco dosSantos*, ressalta que a engenhariaserá beneficiada com a realizaçãode eventos que atrairão investimen-tos na área de infraestrutura. Masalerta para a necessidade de seprestar atenção em alguns pontos.

Segundo o autor, o crescimen-to desordenado das cidades nosleva a uma degradação ambiental,assim como o mercado imobiliárioformal. Para ele, a Copa de 2014 eas Olimpíadas de 2016 trazem ex-pectativas otimistas de crescimen-to econômico e investimentos. Po-rém é importante que haja umcompromisso com o desenvolvi-mento sustentável, baseado em:crescimento econômico, equidadesocial e equilíbrio ecológico. “Pre-cisamos de um espírito de respon-sabilidade comum na exploraçãode recursos naturais, nos investi-

mentos financeiros e no desenvol-vimento tecnológico”, afirma Pau-lo Henrique.

Para ele, a Copa precisa ser sus-tentável, com ampliação do trans-porte sobre trilhos, projetos de pré-dios que contemplem o uso de ilu-minação natural, a economia e oreuso da água e equipamentos queeconomizem energia. A engenharianacional precisa voltar seus proje-tos de desenvolvimento tecnológi-co para a inclusão social dos traba-lhadores. Os investimentos para aCopa devem dar igualdade de opor-tunidades, equidade e justiça soci-al e não só mostrar o Brasil comoum país emergente para os investi-dores estrangeiros.

(*) Paulo Henrique Francisco dosSantos é Eng. Civil, Gestor de Projetos

e Assessor de Planejamento daPrefeitura de Contagem, Consultor do

PNUD e Diretor do Senge-MG

O Protocolo de Kyoto é desta-cado pelo autor da tese, engº Fer-nando Villaça Gomes*, como umdos compromissos mais importan-tes em relação ao meio ambiente.Ele foi assinado em 1997 por 84países que se comprometeram areduzir as emissões de gases polu-entes. Uma nova rodada está sen-do planejada e deve incluir outrospaíses além dos atuais signatários.

A reunião de cúpula do G8, reali-zada em julho de 2009 na cidade deÁquila, na Itália, criou um ambientefavorável para que a ConferênciaGlobal de Copenhague já trabalheem cima da meta proposta pelo En-contro das Grandes Economias. Ameta é reduzir à metade em relaçãoaos níveis de 1990 a emissão de ga-ses do efeito estufa até 2050.

Os desastres estão acontecendo

e vão piorar caso nada seja feito. Napróxima década, mais de 175 mi-lhões de habitantes do planeta serãoafetados por desastres naturais pro-vocados pelas mudanças climáticas.

Villaça propõe como alternativaa intensificação da educação am-biental nas escolas, uma vez que éfato que a educação ambientalpode oferecer um campo infinito depossibilidades para se trabalhar apreservação da natureza, dentro efora da escola.

(*) Fernando Villaça Gomes éEngenheiro Civil e Urbanista, Diretor do

Senge-MG, Conselheiro Titular daCâmara de Engenharia de Segurançado Trabalho do Crea-MG e integrante

da Comissão Permanente de MeioAmbiente e autor da cartilha Aqueci-

mento Global, editada pelo Senge-MG.

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A Matriz Energética e adesenvolvimento econômico NILO SÉRGIO GOMES*

O aquecimento global, frutodas emissões dos Gases deEfeito Estufa (GEE), é o maior di-lema vivido pelo mundo desdea guerra fria que, periodicamen-te, nos ameaçava com um con-flito nuclear.

O padrão de desenvolvimen-to mundial, baseado na energiaconcentrada e barata oriunda dopetróleo e do carvão mineral,deve ser repensado e substituí-do ou, então, esgotam-se aspossibilidades de, nos próximos100 anos, existir vida humana noplaneta terra.

O carvão mineral é largamen-te utilizado pela China, EstadosUnidos, Rússia e Índia na produ-ção do vapor que aciona milha-res de usinas térmicas nestespaíses, resultando em uma ener-gia elétrica barata e extrema-mente poluente.

O cidadão americano nãoabre mão do calor produzido pormilhões de toneladas de carvãoque aquece a sua casa no inver-no, enquanto que a China utiliza80% de seu consumo de carvão

para gerar energia elétrica. Deve-mos lembrar também que a mai-or economia do mundo consome25% da produção mundial depetróleo e gás e possui imensasdificuldades para reverter estasituação. Por estas razões, Esta-dos Unidos e China, conhecidoscomo os maiores poluidores domundo, emitem mil toneladas degás carbônico na atmosfera acada 5,3 e 6,4 segundos respec-tivamente, enquanto no Brasil oíndice (tempo) é de 1,6 minuto.

A dificuldade das economiasmundiais de se l ivrarem doscombustíveis fósseis é mostradana figura abaixo, que apresentaa evolução do consumo das prin-cipais fontes primárias de ener-gia de 1973 a 2006.

Nestes 33 anos trocamos opetróleo pelo gás, pela energianuclear e pelo carvão mineral. Asfontes renováveis ficaram no pa-tamar dos 10% da matriz ener-gética mundial.

O mundo consome, atual-

mente, 31 bilhões de barris depetróleo por ano e busca alter-nativas viáveis para superar estadependência, pois sabemos queo ouro negro vai faltar em um cur-to prazo de tempo. A relação R/P(reservas disponíveis e produçãomundial) nos dá um prazo máxi-mo de 40 anos. Quanto tempovamos precisar para mudar anossa realidade em relação aoconsumo do petróleo, que hojetem o seguinte contorno:

- 60 % para produção de energia elétrica- 30 % no transporte- 10 % outras aplicações (fertilizantes e pesticidas - 85%)

Nos países em desenvolvi-mento, a utilização dos derivadosdo petróleo no transporte é bemmaior que a média mundial, de-corrência de políticas equivoca-das no transporte público e decargas. É nosso dever, como en-genheiros e cidadãos, lutar paraalterar esta realidade.

Se compararmos a matriz ener-gética brasileira em relação à mun-dial, podemos concluir a potenci-alidade que possui o nosso Paísem caminhar para uma economia

Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 6

A tese do estudante de Engenha-ria de Energia, Fernando MalaquiasCosta*, busca explicar os problemasdo aquecimento global e o que deveser feito por todos para amenizar osefeitos das mudanças climáticas.

Segundo o autor, o nosso plane-ta recebe radiações solares e quan-to mais a atmosfera absorver essasradiações, mais elevada será a tem-peratura da Terra. O que determinaesta absorção são os gases presen-tes na atmosfera terrestre, especial-mente os compostos de carbono(CO

2, CH

4 e gases de refrigeração),

responsáveis pelo efeito estufa. Como avanço industrial e o crescimento

Entendendo oaquecimento global

econômico, a porcentagem de CO2

ficou muito maior do que a que o pla-neta estava acostumando, provocan-do o desequilíbrio atmosférico.

Costa defende o uso de energiasrenováveis, a mudança de hábitosbuscando sempre respeitar o nossomeio, a natureza, o incentivo ao“plantar” e, principalmente, melho-rar os processos de produção indus-trial, que são os grandes responsá-veis pelas emissões, buscando a efi-ciência e a menor agressão ao meio.

(*) Fernando Malaquias Costaé estudante de Engenharia de

Energia da PUC Minas

Page 7: Sindicato prioriza defesa do desenvolvimento sustentável · Henrique Francisco dos Santos; Aposentados: ... Luiz Carlos Sperandio No-gueira, Dorivaldo Damascena, Marcelo de Camargos

verde sustentável no médio e lon-go prazo, como vem fazendo a Di-namarca, que na década de 70 ti-nha uma economia dependentequase que exclusivamente do pe-tróleo importado do Oriente Mé-dio, sendo mais exato 90%.

Na Dinamarca, projeta-se queem 2020, 30% de sua produção deenergia virá das fontes renováveis,principalmente do vento. Nestemesmo ano a Alemanha esperaproduzir 47% de sua eletricidadede fontes renováveis, com foco naenergia solar. O Parlamento Euro-peu promulgou, recentemente,uma Lei para apoiar investidoresque contribuam para que o conti-nente atinja a meta de, até em2020, estar obtendo 20% de suaeletricidade de fontes renováveis.

O Brasil implantou o Proinfa, umPrograma de Incentivo às FontesAlternativas de Energia Elétrica,conforme descrito no Decreto nº5.025, de 2004. Este programa foiinstituído com o objetivo de au-mentar a participação da energiaelétrica produzida por empreendi-mentos concebidos com base emfontes eólica, biomassa e peque-nas centrais hidrelétricas (PCH).De acordo com a Lei n.º 11.943, de28 de maio de 2009, o prazo parao início de funcionamento dessesempreendimentos se encerra em30 de dezembro de 2010, agregan-do ao sistema elétrico brasileiro 2,2

GW de energia limpa.O Senge-MG defende que o

Brasil deve promover a diversifica-ção da sua Matriz Energética, bus-cando alternativas para aumentara segurança no abastecimento deenergia elétrica, redução da de-pendência das energias não reno-váveis, além de permitir a valori-zação das características e poten-cialidades regionais e locais.

Apoiamos também o Projeto deLei Número 311/2009 em tramita-ção no Senado, que institui o Rein-fa. Este projeto estabelece um Re-gime Especial de Tributação parao Incentivo ao Desenvolvimento eà Produção de Fontes Alternativasde Energia Elétrica e estabelecemedidas de estímulo à produçãoe ao consumo de energia limpa.

Defendemos, também, que naconta de energia elétrica dos con-sumidores, as concessionáriasapresentem a origem das fontesgeradoras desta energia em ter-mos percentuais.

Justificamos estas propostas,baseado no fato real de 2008,onde perto de US$ 155 bilhões fo-ram investidos mundialmente emempresas e projetos de energiarenovável, excluindo grandes pro-jetos em usinas hidroelétricas.

Outro dado importante que nosleva nesta direção é o relatório doPrograma Ambiental da ONU co-locando o setor de energias reno-váveis como responsável pela ge-ração de 2,3 milhões de empre-gos no mundo nos últimos anos.

Em relação ao biodiesel, o

Senge-MG propõe que o País di-versifique a sua produção, hojedependente da soja (80%) e dagordura bovina (15%), com prio-ridade para as oleaginosas nãoutilizadas para a alimentação hu-mana e de elevada produtivida-de por hectare. Prioridade deveser dada também ao biodieseldecorrente da reciclagem de óle-os descartáveis e ao álcool oriun-do da cana de açúcar.

Defendemos que o governobrasi leiro faça investimentoselevados em pesquisas quepermitam o aprimoramento deoleaginosas com as caracterís-ticas descritas acima. Ressalta-mos ainda, que é de fundamen-tal importância os aspectos so-ciais e ambientais, e que jamaisse perca de vista que esta éuma opor tun idade h is tór icapara promover justiça social,alavancar a pequena proprie-dade, viabilizar os assentamen-tos de Reforma Agrária e interi-orizar o desenvolvimento.

Por fim, defendemos que par-te da riqueza da camada do pré-sal, cuja exploração deve atingiro pico em 2016, deve ser utiliza-da para produzir a transição damatriz energética brasileira, emdireção a um desenvolvimentoeconômico decarbonizado, alémda eliminação da realidade bra-sileira de mazelas como a misé-ria, o analfabetismo, a falta desaneamento básico, a precarie-dade do sistema educacional ede saúde, o transporte públicoineficiente e de péssima qualida-de e uma das piores distribui-ções de renda do planeta.

Esta é a nossa opção, em ummomento que consideramos his-tórico e decisivo para promover-mos as mudanças necessáriaspara que o Brasil se torne um paísmais justo e fraterno.

* Nilo Sérgio Gomes é enge-nheiro eletricista, presidente do

Senge-MG e prof. da PUC Minas

as possibilidades de umbaseado na economia verde

Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 7

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Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 8

O engenheiro Waldyr Paulinooptou por destacar a importânciado Estatuto das Cidades nos in-vestimentos da Copa de 2014.Primeiramente ele aborda a pro-dução de cidades caracterizadaspela fragmentação do espaço epela exclusão social e territorial.Segundo ele, grande parcela dascidades brasileiras abriga algumtipo de assentamento precário,normalmente distante, sem aces-so, desprovido de infraestrutura ede equipamentos mínimos parauma convivência digna.

Para mudar isto, foi criado oEstatuto das Cidades, que regu-lamenta os artigos da Constitui-ção Federal referentes às políti-cas urbanas. De acordo com atese, este foi um dos maiores

avanços da legislação brasileira.Ele aposta que o Estatuto das

Cidades vai contribuir na realizaçãoda Copa do Mundo de 2014. Alémde empregos, a infraestrutura dascidades poderá ser melhorada,uma vez que a Secretaria Nacionalde Programas Urbanos (SNPU) con-ta com quatro áreas de atuação:apoio à elaboração de planos dire-tores (no que tange à mobilizaçãode transportes de massa e acessi-bilidade urbana, estrutura portuária,aeroportos, hotéis, etc.), regulariza-ção fundiária, reabilitação de áreascentrais e prevenção e contençãode riscos associados a assentamen-tos precários.

(*) Waldyr Paulino é Engenhei-ro Civil e diretor do Senge-MG

Desenvolvimento Urbanoe a Copa de 2014

Os engenheiros Gilmar Santanae Wanderley Rodrigues* abordamna tese apresentada os problemasrelacionados às questões habitaci-onais e os entraves para se chegara soluções plausíveis. Segundo eles,a habitação é um problema enfren-tado em praticamente todo o mun-do e leva os governantes a estuda-rem e lançarem cada vez mais pro-gramas com o objetivo de minimi-zar a desigualdade social.

Eles ressaltaram as conse-quências dos imóveis irregula-res, como a impossibilidade deum financiamento imobiliário ouo uso do FGTS para aquisiçãode casas que são irregulares.Entre as irregularidades exis-tentes estão: fechamento deáreas de serviços, cobertura degaragens, ampliação de quar-

tos, cobertura de terraços, faltade pagamento de impostos eaté mesmo terreno irregular.

Em função disso, eles defendemo empenho dos governos federal,municipal e estadual a fim de tentarcoibir que construções irregularescontinuem sendo levantadas. “Épreciso tornar simples e objetivo oprocesso de regularização dos imó-veis. É necessário ainda conscienti-zar a população de que um imóvelirregular traz vários entraves comodesvalorização, falta de segurança(aí a necessidade de engenheiroshabilitados e a função do sistemaConfea/Crea) e até problemas desaúde pública.”

(*) Gilmar Santana e WanderleyRodrigues são engenheiros civis e

sócios do Senge-MG

Habitação para a baixarenda: como viabilizar osonho da casa própria

A tese sobre a valorização profis-sional da mulher, apresentada porGlauci Any Gonçalves Macedo e Ga-briele Rodrigues Cabral*, resgata ahistória da mulher no mercado de tra-balho. As autoras voltam às guerrasmundiais para mostrar as mudançasocorridas no decorrer dos séculos.

A maior evolução aconteceu nosúltimos 50 anos. A necessidade decooperar e muitas vezes assumir osustento da família ou o desejo derealização profissional são algunsdos motivos para essas mudanças.

Apesar do crescimento do nú-mero de mulheres no mercado detrabalho, segundo as autoras, àsmulheres são destinados cargosque não exigem esforço físico emental, que impliquem paciência,disciplina e delicadeza, qualidadesessas que são, culturalmente, esti-muladas para mulheres. Aos ho-mens ficam os melhores salários eos cargos de comando.

Para as autoras, as mulheresenfrentam vários desafios no merca-do de trabalho. Elas sofrem maiscom o estresse que os homens, emfunção das pressões do trabalho e

A valorizaçãoprofissional da mulher

da dupla jornada com o trabalho dacasa. Outro problema enfrentado éo assédio sexual, que muitas vezesfica na impunidade. A questão dosfilhos também chega a ser um difi-cultador na hora do emprego.

Dados recentes do Brasil mos-tram que as mulheres são selecio-nadas para a maior parte das novasvagas disponíveis no mercado, as-sim como o seu grau de educaçãoé maior do que o dos homens.

Segundo as autoras, atualmen-te, na maioria das empresas 80%das vagas são preenchidas por mu-lheres, muito embora apenas 10%destas sejam lotadas em cargos dechefia. A tese cita o economista Mar-celo Neri, chefe do Centro de Políti-cas Sociais da FGV, para o qual omercado reduzirá as diferenças degênero, pois quanto mais jovem apopulação, mais as mulheres supe-rarão os homens em educação. Noentanto, o caminho é longo para sechegar à equidade dos gêneros.

(*) Glauci Any Gonçalves Macedoé Engenheira Civil e GabrieleRodrigues Cabral é arquiteta

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Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 9

Vale quer cartacompromisso

O Senge-MG enviou, no dia 16de setembro, a pauta de reivindica-ções dos engenheiros e engenhei-ras da Vale. No entanto, a empresanegociou o Acordo Coletivo de Tra-balho apenas com os sindicatos debase, deixando de fora as entida-des que representam as categoriasdiferenciadas. A proposta da em-presa é que os pontos específicosda pauta dos engenheiros sejamacordados em uma carta de com-promissos. O Sindicato está avali-ando esta nova situação e tomaráuma decisão que leve em conta osinteresses dos engenheiros e enge-nheiras da empresa.

Gerdau Açominasinicia negociações

O tom da campanha salarial daGerdau Açominas foi dado na pri-meira reunião de negociações,quando a Açominas apresentoudados do PIB e do setor siderúrgicomundial e nacional, assim como aprevisão para os próximos anos epediu bom senso dos sindicalistas.Para se ajustar aos efeitos da crise,a empresa demitiu cerca de 500 tra-balhadores diretos e 1.200 terceiri-zados. Agora ela quer cortar direi-tos adquiridos em acordos coleti-

Sindicato priorizanegociações coletivas

As negociações coletivas são aprincipal prioridade do Senge-MG.O objetivo é conquistar um melhoracordo para os engenheiros e en-genheiras e, também, garantir ocumprimento do pagamento dosalário mínimo profissional. O quetemos percebido na mesa de ne-

gociação é a velha desculpa da cri-se, o mesmo que aconteceu no pri-meiro semestre do ano. No momen-to inicial, as empresas têm apresen-tado dados que apontam para que-das nos lucros. No entanto, todosse mostram otimistas quanto à re-cuperação da economia e é com

esta visão de futuro que o Sindicatotem se pautado no momento de ne-gociar as questões salariais, comreajustes dignos e aumento real.

Neste segundo semestre, váriasnegociações foram concluídas ouainda estão em andamento. Em al-gumas, os resultados foram positi-

vos ou as possibilidades de um bomacordo ainda persistem. Em outras,as expectativas não são nada boas.Em todos os casos, a participaçãoe a mobilização dos trabalhadoressão fundamentais para se alcançaravanços. Veja a seguir como andamestas negociações.

vos. A primeira proposta já foi rejei-tada pelos trabalhadores e até o fe-chamento desta edição o acordoainda não havia sido fechado. OSenge-MG espera construir umacordo que seja bom para ambasas partes, mas sem que os traba-lhadores sejam mais penalizadosdo que já foram.

Construçãocivil e pesadaCom data-base em 1º de no-

vembro, o Senge-MG procurou agi-lizar as negociações coletivas dosetor da construção civil e pesadaneste ano, com a realização de as-sembleias em setembro para apro-vação das pautas de reivindica-ções. Apesar das pautas terem sidoentregues ainda em setembro, ne-nhuma resposta foi dada pelos sin-dicatos patronais. Mais uma vez pa-rece que o Sinduscon e o Sicepot(sindicatos patronais) vão seguir oque já vem sendo habitual: primei-ro negociam com o sindicato debase para depois negociar com osengenheiros. O Senge continua co-brando destas entidades a imedia-ta abertura do diálogo.

Reajuste zerona SudecapDiante do impasse nas negocia-

ções, uma vez que a posição defini-tiva da Prefeitura de Belo Horizonte(PBH) é de que neste ano não have-rá reajuste para os trabalhadores daadministração direta, indireta e au-tarquias, os sindicatos devem con-vocar para breve uma assembleiacom os trabalhadores da autarquia.Os objetivos são a definição sobre oencerramento da campanha salari-al e os próximos passos da mobili-zação contra a implementação dodecreto 13.614, que permite a extin-ção dos cargos considerados des-necessários na Sudecap.

Três reuniões foram realizadasno Ministério Público do Traba-lho (MPT). A Sudecap ficou deentregar ao MPT um estudo coma demonstração de adequaçãoà lei de responsabilidade fiscal,o que não aconteceu. A novida-de do período foi a portaria quedefiniu os critérios para a extin-ção dos cargos na empresa. Emfunção da negativa da Sudecapem adiar por mais 30 dias o iní-cio das demissões, a procurado-ra decidiu abrir procedimento in-vestigatório na autarquia.

PLR naPaul WurthO Senge-MG esteve reunido,

no dia 5 de novembro, com os di-

retores da Paul Wurth para dis-cutir um acordo para pagamen-to da Participação nos Lucros eResultados (PLR) em 2010. Aempresa apresentou uma pro-posta para o Sindicato e ficou deapresentar outros dados solicita-dos pela entidade para fazer anegociação. De acordo com oassessor de Negociações Cole-tivas do Senge-MG, Júlio Silva, épreciso discutir metas e formasde distribuição da PLR. O objeti-vo é assinar o acordo até mea-dos de dezembro deste ano.

Prefeiturade ContagemLimite de gastos com a folha

de pessoal e, portanto, nada dereajuste ou de pagamento do sa-lário mínimo profissional. Esta foia informação passada pelo secre-tário de Administração de Conta-gem, Carlos Frederico Pinto eNetto. O secretário insistiu que aprefeitura, em função da lei deresponsabilidade fiscal, não podepagar o salário da categoria enem o abono de fim de ano solici-tado pelos trabalhadores. O Sen-ge-MG vai continuar as negocia-ções, procurando garantir avan-ços no Plano de Cargos, Carrei-ras e Vencimentos (PCCV).

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Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 10

A atitude da Cemig na mesa denegociações comprova, a cadaano, que o trabalhador não é o focoda empresa. A campanha salarialdeste ano já começou com atraso,em função do pedido de adiamen-to da entrega da pauta e o AcordoColetivo de Trabalho 2009/2010 sófoi aprovado pelos trabalhadoresdepois da quarta proposta da em-presa. Os trabalhadores se viramobrigados a paralisar as atividadesno dia 13 de novembro e o indicati-vo era de greve, caso a Cemig nãovoltasse a negociar.

A empresa elevou a PRE para 0,7remuneração ou R$ 5 mil, o que formelhor, com pagamento até marçode 2010. Também propôs que o gru-po de saúde e segurança tenha ca-ráter deliberativo, sem voto de Mi-nerva, e ainda, aceitou discutir alter-nativas de primarização na estrutu-ração da Cemig. O reajuste, a partirde 1º de novembro, será o INPC(4,20%) mais aumento real de 0,65%.

Nos últimos três anos, a Cemigatacou algumas conquistas dos tra-balhadores oferecendo altos valo-res de PLR, sem admitir esta vincu-lação. Em 2005, a companhia extin-guiu o anuênio para os futuros tra-balhadores e congelou dos atuais.E em 2007, foi a vez da Maria Rosa(uma gratificação de duas remune-rações a mais no ano). Neste ano, aempresa não atacou nenhum direi-to do acordo coletivo, talvez em fun-ção das eleições de 2010. “Hoje, elaalega situação financeira ruim. Noentanto, o resultado dela tem sido

bem parecido nos últimos anos”, dizo secretário-geral do Senge, RaulOtávio Pereira.

Para o presidente do Senge-MG,Nilo Sérgio Gomes, uma questãoproblemática nestas negociaçõesfoi a PLR. “Uma negociação destasvai acabar eliminando a PRE. Alémdisso, o PCR não contempla melho-ria nas faixas salariais e a empresanão aceita um comitê de PCR pari-tário, afirma Nilo”.

O engenheiro Luiz Carlos Spe-randio ressaltou a unidade dos sin-dicatos como uma das virtudes dacampanha. “É assim que deve ser.Os ganhos vieram a partir do forta-lecimento da base sindical. É pre-ciso intensificar a luta em relação aperspectiva de carreira do enge-nheiro dentro da Cemig. É precisoter uma valorização da carreira den-tro da empresa, senão os profissio-nais irão sair da empresa. O master

A convenção dos metalúrgicosfoi fechada no dia 13 de novembro.Os reajustes são diferentes paraempresas com até 50 empregados.Os trabalhadores com salários atéR$ 4.150 terão 6% de reajuste, aci-ma deste valor, o aumento é únicode R$ 249. Já nas empresas commais de 50 funcionários, o reajusteé de 6,54% para salários até R$ 4.150e de R$ 271,41, para quem recebeacima deste valor.

Ficou acertado também que oabono para as empresas que nãopossuem PLR será de R$ 340, pa-gos em duas parcelas iguais, jun-

tamente com os salários de no-vembro/09 e fevereiro/2010. Ostrabalhadores das empresas me-talúrgicas têm ainda garantia deemprego ou salário até o dia 31de dezembro de 2009. As empre-sas ficam obrigadas a conceder aAnotação de ResponsabilidadeTécnica, assim como a pagar ataxa quando necessário. A empre-sa também deverá fornecer aoempregado dispensado, quandoeste solicitar, declaração conten-do cursos, seminários, congressos,atividades de ensino e das funçõespor ele exercidas.

O departamento jurídico doSenge-MG conquistou maisuma vitória na luta pelo SalárioMínimo Profissional (SMP). Noúltimo dia 26 de outubro, a 2ªTurma do TRT-MG entendeu queo engenheiro que trabalhava emempresa de sociedade de eco-nomia mista tem o direito a re-ceber a remuneração especifi-cada na lei 4.950-A.

O desembargador relator, Se-bastião Geraldo de Oliveira, afir-mou também que a súmula vin-culante nº 4 não impede que semantenha o salário mínimo co-mum como referência de valor depisos salariais profissionais e, por-tanto, não afeta o disposto no art.IV da Constituição Federal. Eledestacou ainda que as socieda-des de economia mista estão su-jeitas às mesmas regras que re-gem as relações de emprego nasempresas privadas.

O art. 5º da Lei 4.950-A/66 es-tipula que o piso salarial do en-genheiro que cumpre seis horasde trabalho corresponde a seisvezes o maior salário mínimo vi-

Proposta da Cemig éaprovada pelos trabalhadores

deve ser uma prioridade”, disse.Para o engº Alexandro, a condu-

ção da campanha foi boa e a mobili-zação trouxe ganhos. Mas, ele acredi-ta que tem muito o que negociar ain-da em relação ao PCR. “Hoje os enge-nheiros estão sem perspectiva de cres-cimento e o salário desvalorizado emrelação ao mercado, afirma”.

O engº Austen Mudado faz uma

avaliação positiva das negociaçõesdo ponto de vista econômico. Paraele, o grande problema da Cemig éa divisão que ocorre dentro dela aonão estipular um piso salarial paratodas as categorias. “Quando esti-pula o piso do engenheiro no PNU,discrimina as outras. Se a empresanão tomar cuidado , vai perder pro-fissional porque lá fora ele ganhamais”, conlui.

Uma das lutas do Sindicato temsido o pagamento do salário míni-mo profissional. A Cemig apresen-tou logo na primeira proposta a com-plementação através da rubrica es-pecífica. No entanto, o Senge enten-de que ele deve ser o salário de in-gresso do engenheiro na empresa.“Apresentamos um estudo feito peloDieese mostrando que o impacto fi-nanceiro anual com a incorporaçãoda rubrica ao salário é muito peque-no em valores anuais. Mesmo assima empresa não quis conversar”, in-forma Raul. “Mas pelo menos a ru-brica foi garantida”, finaliza.

Convenção Coletiva dosmetalúrgicos é assinada

Mínimo profissionaltem mais uma vitória

gente no País. Para o profissionalque exceda essa jornada, o arti-go 6º determina que a fixação dosalário levará em conta o custoda hora já estabelecido no artigo5º, acrescido de 25% por hora ex-cedente. O engenheiro que temuma carga horária de 8 horas pordia deverá, por lei, receber 8,5salários mínimos vigentes. A de-fesa do engenheiro foi feita pelaadvogada do Senge-MG, katari-na Andrade Amaral Motta.

O departamento jurídico doSindicato tem 58 ações em an-damento referentes ao não paga-mento do SMP. O Senge-MG, em2009, recebeu 20 denúncias con-tra o descumprimento da lei4.950-A. Destas, seis empresas járegularizaram a situação dos seusengenheiros. A primeira atitudedo Senge ao receber uma denún-cia é tentar negociar com a em-presa. Caso não haja entendi-mento, são enviadas denúnciasà Superintendência Regional doTrabalho e Emprego e ao Crea-MG. No momento, temos seis de-núncias formalizadas.

Raul Otávio Pereira analisa a proposta da Cemig em Assembleia Geral

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Perdas na Copasa são restituídascom a luta dos engenheiros

Edição nº 184 - Setembro/Outubro/Novembro de 2009 - Página 11

Em agosto, os funcionários da Co-pasa foram surpreendidos com a in-corporação de quase metade da Gra-tificação de Desempenho Institucional(GDI) ao salário base. A medida pro-vocou perdas de cerca de R$ 500 naremuneração dos engenheiros e en-genheiras da Copasa. Tão logo o Sen-ge-MG tomou conhecimento do as-sunto, providências foram tomadas nabusca de reverter a situação.

A primeira ação do Sindicato foiconvocar uma assembleia com osengenheiros e engenheiras da com-panhia, que aconteceu no dia 20 deagosto. No dia 31 de agosto, uma novaassembleia definiu um plano de lu-tas, inclusive uma manifestação dosprofissionais na porta da empresa,que aconteceu no dia 14 de setem-bro, no horário do almoço.

O anúncio do novo presidente daCopasa mudou as perspectivas detodos e aumentou o otimismo na re-solução dos problemas. No dia se-

guinte à confirmação de Ricardo Si-mões no cargo, o presidente do Sen-ge-MG, Nilo Sérgio Gomes, entrou emcontato com o mesmo, que se mos-trou disposto a solucionar a questão.Uma carta também foi enviada aopresidente do Conselho de Adminis-tração, João Antônio Fleury Teixeira,

Os presidentes do Senge-MG, Nilo Sérgio Gomes, e da Copasa, RicardoSimões, e o diretor de Gestão Corporativa da empresa, Gelton Abud.

Foi fechada, em setembro, aConvenção Coletiva de Trabalho daconsultoria. Em assembleia realiza-da no dia 8 do referido mês, os tra-balhadores aprovaram a propostado sindicato patronal.

A crise econômica mundial per-meou as conversas durante as ro-dadas de negociações. A primeiraproposta do Sinaenco foi de reajus-te de 2%, depois chegou a 5%, am-bas rejeitadas pelos trabalhadores.Foram diversas reuniões entre sin-dicatos dos trabalhadores e Sina-enco. O sindicato patronal tentou re-tirar direitos, o que o Senge-MG edemais entidades foram contra.

O reajuste concedido foi de 6%

retroativo a 1º de maio para todasas cláusulas econômicas. A cláu-sula de horas-extras foi modifica-da neste acordo. A partir de agora,os 100% sobre a hora-extra serãopagos a partir da 32ª hora, antesera a partir da 21ª. A complemen-tação do auxílio benefício tambémsofreu modificação. Foi excluído osegundo parágrafo da cláusula14ª, que tratava do adiantamentodo pagamento integral do benefí-cio pelas empresas, com o com-promisso dos trabalhadores deressarcirem as empresas quandorecebessem do INSS. O piso sala-rial para engenheiros, arquitetos eagrônomos será de R$ 3.960,00.

Consultoria tem reajuste de 6%

que afirmou que o ex-presidente Már-cio Nunes garantiu que nenhum tra-balhador iria sofrer perdas. No entan-to, as perdas ocorreram.

No dia 8 de outubro, o presidenteda Copasa, Ricardo Simões, entrouem contato com o Senge, e informouque as perdas dos engenheiros seri-

am restituídas e que nenhum dos 201profissionais de engenharia da em-presa seria prejudicado com a incor-poração da GDI. No dia seguinte, Ri-cardo Simões recebeu Nilo SérgioGomes para uma reunião. Nela, o pre-sidente da empresa sinalizou para aabertura de diálogo com as entida-des sindicais e enfatizou que “agoraé olhar daqui para frente”.

A vitória na recomposição dasperdas da GDI aconteceu em fun-ção da mobilização dos profissionaise da união entre os sindicatos (Sen-ge e Sindágua). Outras questões ain-da preocupam o Senge, como o sa-lário mínimo profissional e a Previmi-nas, assuntos também abordados nareunião. No entanto, este primeiromomento sinalizou uma mudança depostura desta nova direção. “Estareunião foi muito importante, uma vezo diálogo entre entidades sindicaise empresa foi perdido na última ges-tão”, afirma Nilo.

Em assembleia realizada no dia14 de setembro, os pesquisadores daEpamig aprovaram a contrapropos-ta da Epamig. Durante a assembleia,o Senge-MG procurou esclarecer osengenheiros sobre a proposta e o altocusto a ser pago por eles no caso daaprovação. No entanto, os pesquisa-dores decidiram aceitar a proposta eapostar na promessa da empresa emvalorizar os seus profissionais.

Os principais pontos do Acor-do Coletivo de Trabalho 2009/2010

Epamig promete valorizaçãoforam a correção dos salários peloINPC do período (5,83%) e do vale-alimentação (passa de R$ 8 paraR$ 12) retroativos a maio de 2009 eo reajuste da tabela de entrada dosníveis 11, 12 e 14, o que significaaumentos entre 30% e 50% paracada nível. Os engenheiros e mé-dicos veterinários concordaram emdar quitação ao passivo trabalhis-ta relativo às diferenças entre o sa-lário pago pela Epamig e o piso sa-larial da categoria.

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Edição nº 183 - Julho/Agosto de 2009 - Página 12