sindicato dos trabalhadores quÍmicos, plÁsticos ... · eduardo oliveira. 2 www mulheres lideram...
TRANSCRIPT
Setembro/outubro | 2018 – nº 524SINDICATO DOS TRABALHADORES QUÍMICOS, PLÁSTICOS, FARMACÊUTICOS E SIMILARES DE SÃO PAULO E REGIÃO
Responsável: Diretoria ColegiadaSecretaria de Comunicação
Com o objetivo de melhor atender os as-sociados, o Sindicato reabriu as subsedes de Santo Amaro, Lapa e São Miguel. Tam-bém inaugurou uma subsede em Embu, mais próxima das principais fábricas da ca-tegoria.
SINDICATO REABRE SUBSEDES
• SANTO AMARO – Rua Ada Negri, 127 | Tel.: 5641-2229• LAPA – Rua Domingos Rodrigues, 420 | Tel.: 3836-6228• SÃO MIGUEL – Rua Arlindo Colaço, 32 |Tel.: 2297-0631• EMBU DAS ARTES
Rua N. Sra. do Rosário, 422 – Centro | Tel.: 4781-0004
ENDEREÇOS DAS SUBSEDES
O atendimento nas subsedes é de segunda a sexta, das 9h às 18h.
DIREITOS E AUMENTO REALDIREITOS E AUMENTO REAL
CAMPANHA SALARIAL 2018CAMPANHA SALARIAL 2018PRIORIDADESSÃO AS DA
EDUA
RDO
OLIV
EIRA
2 www.quimicosp.org.br |
Mulheres lideram campanha #EleNão nas redes sociais contra Bolsonaro
OPINIÃO DA DIRETORIA
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Plásticas, Farmacêuticas,Cosméticas e Similares de São Paulo, Taboão da Serra, Embu, Embu-Guaçu e CaieirasDiretora responsável: Rosana Sousa FernandesJornalista responsável: Soraia Nigro de Lima (MTb 20.149) Revisão: Lívia BianchiDiagramação e ilustrações: Paulo Monteiro de Araujo
Rua Tamandaré, 348 – 01525-000 | Liberdade – SP – Tel.: 3209.3811
Impressão: Gráfica Paineiras Tiragem: 50.000
Filiado à Fetquim, CNQ e IndustrALL
Campanha de mulheres contra Bolsonaro cresce nas redesAs mulheres assumiram
um especial protagonismo nesta campanha eleitoral e podem ser responsáveis por mudanças no cenário.
Indignadas com a postura machista do candidato Jair Bolsonaro (PSL), elas lideram a campanha #EleNão nas re-des sociais e organizam ma-nifestações em todo o país para o dia 29 de setembro, uma semana antes do pleito.
Com Bolsonaro hospita-lizado, Hamilton Mourão (PRTB), seu vice, participou
de uma palestra e decla-rou que os lares pobres com mães e avós no comando são “fábricas de desajustados”. Mourão apenas verbalizou o machismo que Bolsonaro já deixou claro inúmeras vezes.
É de conhecimento público sua discussão com a deputa-da Maria do Rosário (PT), em que ele diz que não a estupra-ria porque ela “não merece”, mas isso não é tudo. Durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado homenageou o comandante Ustra (Carlos Al-berto Brilhante Ustra), que foi chefe de um centro de tortu-ra e morte na ditadura militar (1964-1985), conhecido ofi-cialmente por DOI-CODI.
Na Wikipédia o candidato é definido como alguém com
posições nacionalistas e con-servadoras, que defende a di-tadura militar e considera a tortura uma prática legítima. O texto também afirma que ele é conhecido por suas declara-ções homofóbicas, misóginas, sexistas e racistas.
Só essa definição já deve-ria ser o suficiente para tirá--lo do páreo eleitoral, mas ainda há muito mais.
O nome do deputado está nos registros da Lista de Fur-nas, um esquema de corrup-ção que usou dinheiro de caixa dois para abastecer 156 campanhas políticas no ano de 2000. Ele também recebeu R$ 200 mil da JBS na campa-nha de 2014 e seu patrimônio cresceu mais de 150% entre 2010 e 2014, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Bolsonaro, que se apre-senta como defensor da fa-mília brasileira, representa uma volta ao passado, um passado de repressão e atra-so que já vimos e de que não gostamos de lembrar.
Este Sindicato participou ativamente da luta contra o regime militar. Nossa entidade ficou nas mãos do regime mi-litar e sua retomada só se deu em 1982, depois de muita luta.
Sabemos exatamente o que é perder a liberdade de lutar por direitos, de sair às ruas para protestar e de ex-pressar nossas opiniões.
Nossa luta é pela democra-cia, sempre! Estamos com as mulheres do Brasil. #EleNão
Diretoria Colegiada
HADDAD DISPARA E APARECE EM SEGUNDO LUGAR NA PESQUISA IBOPEO candidato Fernando
Haddad (PT) aparece com 19% das intenções de voto na primeira pesquisa do Ibo-pe, realizada após o partido oficializar a substituição da candidatura do ex-presiden-te Lula.
Na pesquisa anterior, Ha-ddad tinha apenas 8% dos votos e estava tecnicamente empatado com Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB). Em tempo recorde ele su-biu 11 pontos percentuais e
ultrapassou os adversários. Analistas apontam que ele ainda pode crescer muito, absorvendo boa parte das intenções de voto que eram inicialmente para o ex-presi-dente Lula.
O candidato conservador que representa a extrema--direita, Jair Bolsonaro (PSL), aparece com 28% das inten-ções de voto.
O cenário está bem pola-rizado e se não houver ne-nhum fato novo até o pri-meiro turno das eleições, em
7 de outubro, a disputa será entre Bolsonaro e Haddad.
Apesar de aparecer como líder nas intenções de voto, Bolsonaro também é mui-to rejeitado pelo eleitor. O Ibope apurou que 42% não votariam nele de jeito ne-nhum.
O Ibope ouviu 2.506 elei-tores em 177 cidades brasi-leiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pes-quisa foi realizada entre 16 e 18 de setembro, poucos dias após o PT oficializar a troca de Lula por Haddad.
*Todas as informações deste editorial foram retiradas da Wikipédia.
Esquerda!Direita!
Esquerda?centro?Direita?
Para nós, trabalhadores,
o melhor caminho é
sempre pela esquerda!
Esquerda?Direita?
centro?
O que é isso, basílio?
brincando de soldadinho?
estou tentando me decidir em
quem votar nessas
eleições!
Esquerda?isso é certo?
é direito?
Garantia de direitos é o eixo central da nossa Campanha
salarial!Por falar em
direito...
Está esperando o quê?
Vamos participar dessa luta
juntos com o sindicato
dos químicos!
3| www.quimicosp.org.br
FESTA DO DIA DAS CRIANÇAS NO CLUBE
QUÍMICOS APROVAM PAUTA DA CAMPANHA SALARIAL 2018Garantia de direitos e aumento real são as prioridades da categoria
A pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2018 foi aprovada por unanimida-de pelos trabalhadores que compareceram à assembleia realizada em 21 de setembro, no Sindicato.
Os trabalhadores reivindi-cam a reposição integral da inflação e um aumento real de 5%; piso de R$ 1.700 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) mínima de dois pisos. Também definiram que o eixo central desta cam-panha será a luta pela garan-tia de direitos e a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho por dois anos.
De acordo com Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato, a Convenção Co-letiva dos Químicos, que está entre as melhores do Brasil, se tornou o maior trunfo da cate-goria neste momento. “O des-monte trabalhista promovido pelo governo Temer já atinge
muitos trabalhadores. Feliz-mente, nossa categoria pode contar com uma convenção forte”, explica o sindicalista.
Além da negociação das cláusulas econômicas e da renovação integral da atual convenção, o Sindicato quer debater com os patrões qua-tro assuntos que visam pro-teger os trabalhadores da re-forma trabalhista. São eles: homologação obrigatória no Sindicato; proibição do tra-balho das gestantes em local insalubre; discussão sobre jornada de trabalho só com a presença do Sindicato; sus-tentação financeira da enti-dade sindical e inclusão de uma nova cláusula sobre re-solução de conflitos.
A pauta de reivindicações foi entregue aos patrões em 26 de setembro e na mesma semana começam os muti-rões nas fábricas para mobi-lizar a categoria por direitos.
Como tradicionalmente acon-tece, no dia 14 de outubro (do-mingo), o Sindicato promove uma festa no Clube de Campo de Arujá, em comemoração ao Dia das Crianças.
Muitas atrações especiais es-
tão programadas para garantir a diversão da garotada: piscina de bolinhas, cama elástica, to-bogã, futebol de salão, palha-ços, recreadores e DJ.
O transporte para o clube é por conta de cada trabalhador.
CLÁUSULAS ECONÔMICAS• Reajuste salarial: reposição da inflação mais 5% de aumento real.• Piso: R$ 1.700.• PLR: equivalente a dois pisos. • Convenção Coletiva com validade de dois anos.
CLÁUSULAS SOCIAIS• Homologação obrigatória no Sindicato. • Proibição do trabalho das gestantes em local insalubre. • Discussão sobre jornada de trabalho só com a presença
do Sindicato. • Sustentação financeira da entidade sindical e inclusão de uma
nova cláusula sobre resolução de conflitos.
PAUTA DE REIVINDICAÇÕES DACAMPANHA SALARIAL 2018
EDUARDO OLIVEIRA
4 www.quimicosp.org.br |
DIREITOS E IGUALDADE É TEMA DE ENCONTRO DE MULHERESO encontro de mulheres
da região de Taboão da Ser-ra, realizado no dia 16 de setembro, na sede do Sin-dicato, debateu a situação da mulher no mercado de trabalho, o machismo ain-da presente na sociedade e a plataforma das mulheres da CUT (Central Única dos Trabalhadores) – Nenhum Direito a Menos – para as eleições de 2018, dentre inú-meros outros assuntos.
Após os debates iniciais, as mulheres se dividiram em três grupos de trabalho para discutir a plataforma da CUT, que elenca as pautas priori-tárias para as mulheres e que está sendo entregue a todos os candidatos à presidência.
Dentre as principais pautas das mulheres estão: igualdade e não discriminação no traba-lho, violência contra a mulher, política de cuidados e respon-sabilidades domésticas e fa-miliares compartilhadas e di-
reitos sexuais e reprodutivos.
ABORTONo Brasil são feitos mais
de 800 mil abortos clandes-tinos por ano. Os dados de-monstram que a proibição do aborto não reduz sua prá-tica e que as mulheres po-bres, sem condições de pagar uma clínica particular, são as principais vítimas das com-plicações decorrentes de um procedimento malsucedido. “A decisão de fazer ou não o aborto deve ser da mulher e, com a legalização, o siste-ma de saúde poderá fazer o atendimento, como já ocor-re em outros países”, explica Celia Alves dos Passos, secre-tária da Mulher do Sindicato.
A sindicalista avalia com preocupação o atual cenário eleitoral. “O candidato da ex-trema-direita, Jair Bolsona-ro, é sinônimo de retrocesso para a luta da mulher por igualdade de direitos”, diz.
FOTOS: EDUARDO OLIVEIRA
CNQ DEBATE POLÍTICAS DE COMBATE AO RACISMOA CNQ (Confederação
Nacional do Ramo Quími-co) realizou um encontro regional dos ramos químico e vestuário sobre políticas de combate ao racismo nos dias 13 e 14 de setembro, no nosso Sindicato, em parceria com a CNTRV (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário).
Durante o encontro foi apresentada uma pesquisa do Instituto Observatório Social da CUT (Central Úni-ca dos Trabalhadores) sobre a participação dos negros no ramo químico.
O resultado mostrou que na região Norte do país 73,4% dos trabalhadores do ramo são negros; no Nordes-te, 62,4%; no Centro-Oeste, 55,2%; no Sudeste, 29,5%; e no Sul, 9,8%.
Portanto, é importante pre-parar os dirigentes para am-pliarem essa discussão nas fábricas e nos sindicatos”.
A secretária de Imprensa do Sindicato, Rosana Sousa Fernandes, salientou que o objetivo do debate é criar um coletivo nacional dos dois ra-mos – químicos e vestuário
– para se so-mar às ações já realizadas pela CUT no combate ao racismo, não só no local de trabalho, mas em toda a sociedade.
A dirigen-te lembrou que vivemos num período conturbado,
com todos os preconceitos vindo à tona, principalmente o racismo. “As mulheres ne-gras são sempre as mais afe-tadas pelo desemprego e pela precarização no trabalho. Também são as mais insulta-das e desrespeitadas, princi-palmente nas redes sociais”, observou.
Na abertura do even-to, Alex Fonseca, diretor do nosso Sindicato e secretá-rio de Políticas Sociais da CNQ, lembrou que o encon-tro acontece num momento importante: “Estamos bem próximos da eleição e temos um candidato conservador que prega o ódio e o racismo.
EDUARDO OLIVEIRA