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Sindicato dos Assistentes Sociais RS BOLETIM INFORMATIVO Nov Nov Nov Nov/09 /09 /09 /09 Centrais, FST, Confederações e Federações de trabalhadores realizaram a 6ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora Manifestação reuniu cerca de 30 mil manifestantes dia 11 de novembro, em atos públicos Brasília A 6ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, organizada pelas centrais sindicais, Fórum Sindical dos Trabalhadores, confederações e federações de trabalhadores, reuniu cerca de 30 mil manifestantes no dia 11 de novembro, em Brasília. O mote central do ato público em frente ao Congresso Nacional foi a aprovação da PEC 231/95, dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário. Entidade convidada, pela primeira vez, o FST, além das matérias defendidas pela marcha, defendeu a contribuição assistencial, o fim do fator previdenciário, a aprovação do PL 01, a derrubada da Portaria 186 e contra as práticas anti-sindicais no Brasil. Houve, também, ato em frente ao Supremo Tribunal Federal contra o Interdito Proibitório e outras práticas anti-sindicais, como ações do Ministério Público do Trabalho contra os sindicatos e contra a criminalização dos movimentos sociais. Os organizadores avaliaram que a marcha foi um importante instrumento político de pressão para obter conquistas para a classe trabalhadora. As sete reivindicações dos trabalhadores nesta marcha: 1. redução da jornada semanal de trabalho para 40h; 2. aprovação do PL 01/07, que trata do salário mínimo; 3. ratificação das convenções 151 e 158, da OIT; 4. não à precarização: retirada dos projetos sobre terceirização, PLs 4.302/98 e 4.330/04; 5. aprovação da PEC 438/01, que penaliza o trabalho escravo; 6. trabalho decente; 7. o pré-sal é nosso. Uma delegação da CGTB-RS também compareceu à Marcha levando apoio à luta nacional da Central. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 231/95, que institui as 40 horas semanais, dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), está em tramitação na Câmara dos Deputados e a perspectiva dos sindicalistas é de que vá à votação em plenário ainda este ano. Se a proposta for votada estamos todos convencidos de que será aprovada.

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Page 1: Sindicato dos Assistentes Sociais RS · Seguridade Social é discutida em seminário preparatório para a I Conferência Mundial sobre Seguridade Social A necessidade de um momento

Sindicato dos Assistentes Sociais RS BOLETIM INFORMATIVO

NovNovNovNov/09/09/09/09

Centrais, FST, Confederações e Federações de trabalhadores realizaram a 6ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora

Manifestação reuniu cerca de 30 mil manifestantes dia 11 de novembro, em atos públicos Brasília

A 6ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, organi zada pelas centrais sindicais, Fórum Sindical dos Trabalhadores, confederações e federações de trabalhadores, reuniu cerca de 30 mil manifestantes no dia 11 de novembro, em Brasília. O mote central do ato público em frente ao Congresso Nacional foi a aprov ação da PEC 231/95, dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-C E) e Paulo Paim (PT-RS), que reduz a jornada de trabal ho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário. Entidade convidada, pela primeira vez, o FST, além das matérias defendidas pela marcha, defendeu a contrib uição assistencial, o fim do fator previdenciário, a apro vação do

PL 01, a derrubada da Portaria 186 e contra as prát icas anti-sindicais no Brasil. Houve, também, ato e m frente ao Supremo Tribunal Federal contra o Interdi to Proibitório e outras práticas anti-sindicais, co mo ações do Ministério Público do Trabalho contra os s indicatos e contra a criminalização dos movimentos sociais. Os organizadores avaliaram que a marcha foi um impo rtante instrumento político de pressão para obter conquistas para a classe trabalhadora. As sete reivindicações dos trabalhadores nesta marc ha: 1. redução da jornada semanal de trabalho para 40h; 2. aprovação do PL 01/07, que trata do salário míni mo; 3. ratificação das convenções 151 e 158, da OIT; 4. não à precarização: retirada dos projetos sobre

terceirização, PLs 4.302/98 e 4.330/04; 5. aprovação da PEC 438/01, que penaliza o trabalho

escravo; 6. trabalho decente; 7. o pré-sal é nosso.

Uma delegação da CGTB-RS também compareceu à Marcha levando apoio à luta nacional da Central.

A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 231/95, q ue institui as 40 horas semanais, dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), está em tramitação na Câmara dos Deputados e a perspectiva dos sindicalistas é de que vá à votação em plenário ainda este ano. Se a proposta for votada estamos todos convencidos de que será aprovada.

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Quando chegou ao estande do Senado na 13ª Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém (PA), na tarde desta quinta-feira (12), Maria da Penha Maia Fernandes foi recebida como uma celebridade. Muito aplaudida, a farmacêutica cearense autografou publicações fornecidas pelo senador José Nery (PSOL-PA) com a íntegra da Lei Maria da Penha que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) tornou mais rigorosa a punição para agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico e familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006 e o primeiro caso de prisão com base nas novas normas - a de um homem que tentou estrangular sua mulher - ocorreu no Rio de Janeiro. O nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia, que foi agredida pelo marido durante seis anos até se tornar paraplégica, depois de sofrer atentado com arma de fogo, em 1983. O marido de Maria da Penha ainda tentou matá-la por meio de afogamento e eletrocussão e só foi punido depois de 19 anos de julgamento, ficando apenas dois anos em regime fechado. “Minha luta valeu a pena, mas ela não terminou com a aprovação da Lei 11.340/06. Minha questão pessoal foi resolvida, mas a batalha se tornou mais intensa porque passou a ser uma questão coletiva - disse ela para dezenas de homens e mulheres, jovens e adultos, que já a aguardavam”. O caso ganhou repercussão internacional. Paralelamente, iniciou-se a discussão de uma proposta de legislação que garantisse os direitos das mulheres, sobretudo o de não sofrer agressão. A Lei Maria da Penha altera o Código Penal e possibilita que agressores de mulheres no âmbito doméstico e familiar sejam presos em flagrante ou tenham prisão preventiva decretada. Com essa medida, os agressores não podem mais ser punidos com penas alternativas, como o pagamento de cestas básicas, por exemplo, como era usual. A lei também aumenta o tempo máximo de detenção de um para três anos, estabelecendo ainda medidas como a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua proximidade com a mulher agredida e os filhos. Com a Lei Maria da Penha, a violência doméstica passou a ser tipificada como uma das formas de violação aos direitos humanos e os crimes a ela relacionados passaram a ser julgados em Varas Criminais, até que sejam instituídos os juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher nos estados.

Seguridade Social é discutida em seminário preparatório para a I Conferência Mundial sobre Seguridade Social

A necessidade de um momento para discutir a saúde, previdência e assistência social de forma mais ampla foi a motivação para promover a I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social que será realizado no início de dezembro, em Brasília. A decisão de realizar a conferência se deu após debates durante o II e o III Fórum Social Mundial da Saúde - este último, realizado no ano de 2009, em Belém. Sociedade Civil e setores do governo envolvidos na temática observaram a necessidade de um momento para discutir as áreas de maneira mais ampla, além de buscar uma agenda política nacional e internacional pela universalidade do direito à seguridade social.

FAP - Fator Acidentário de Prevenção A proteção acidentária é determinada pela Constituição Federal - CF como a ação integrada de Seguridade Social dos Ministérios da Previdência Social - MPS, Trabalho e Emprego - MTE e Saúde - MS. Essa proteção deriva do art. 1º da Constituição Federal que estabelece como um dos princípios do Estado de Direito o valor social do trabalho. O valor social do trabalho é estabelecido sobre pilares estruturados em garantias sociais tais como o direito à saúde, à segurança, à previdência social e ao trabalho. O direito social ao trabalho seguro e a obrigação do empregador pelo custeio do seguro de acidente do trabalho também estão inscritas no art. 7º da CF/1988. A fonte de custeio para a cobertura de eventos advindos dos riscos ambientais do trabalho - acidentes e doenças do trabalho, assim como as aposentadorias especiais - baseia-se na tarifação coletiva das empresas, segundo o enquadramento das atividades preponderantes estabelecido conforme a Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE. A implementação da metodologia do FAP servirá para ampliar a cultura da prevenção dos acidentes e doenças do trabalho, auxiliar a estruturação do Plano Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador - PNSST que vem sendo estruturado mediante a condução do MPS, MTE e MS, fortalecendo as políticas públicas neste campo, reforçar o diálogo social entre empregadores e trabalhadores, tudo a fim de avançarmos cada vez mais rumo às melhorias ambientais no trabalho e à maior qualidade de vida para todos os trabalhadores no Brasil.

Maria da Penha Maia na seção de autógrafo da publicação

MARIA DA PENHA AUTOGRAFA LEI QUE LEVA SEU NOME

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Se considerarmos exclusivamente o pagamento, pelo INSS,dos benefícios devido a acidentes e doenças do trabalho somado ao pagamento das aposentadorias especiais decorrentes das condições ambientais do trabalho em 2008, encontraremos um valor da ordem de R$ 11,60 bilhões/ano. Se adicionarmos despesas como o custo operacional do INSS mais as despesas na área da saúde e afins o custo - Brasil atinge valor da ordem de R$ 46,40 bilhões. A dimensão dessas cifras apresenta a premência na adoção de políticas públicas voltadas à prevenção e proteção contra os riscos relativos às atividades laborais. Muito além dos valores pagos, a quantidade de casos, assim como a gravidade geralmente apresentada como conseqüência dos acidentes do trabalho e doenças profissionais, ratificam a necessidade emergencial de construção de políticas públicas e implementação de ações para alterar esse cenário.

Fonte:http://www.previdencia.gov.br

FFiimm ddoo ffaattoorr pprreevviiddeenncciiáárriioo

aaiinnddaa ddeeppeennddee ddoo pplleennáárriioo

O Projeto de Paulo Paim foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O projeto aprovado dia 17 de novembro ainda terá de ser submetido ao plenário da Câmara. Com a pressão de dezenas de aposentados, os deputados aprovaram o relatório do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) favorável ao projeto do senador Paulo Paim (PT-RS), que põe fim ao fator previdenciário. Fator previdenciário é um sistema em que o INSS paga uma pensão maior ao aposentado que adiar a sua aposentadoria, funcionando como um programa de desestímulo às

aposentadorias precoces. Este método foi implantado em 1999 e desde então gerou uma economia para os cofre públicos calculada em R$ 10 bilhões. Caso seja extinto, a despesa deverá voltar a crescer. Durante a reunião da CCJ, o deputado Pannunzio destacou que os aposentados devem ficar atentos à votação no plenário. "Estamos aqui discutindo a questão da constitucionalidade. É preciso ficar atento à votação no plenário". É provável que a votação só aconteça em 2010.

Centrais unificam posição sobre reajuste das aposen tadorias As Centrais Sindicais (CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT) e representantes de aposentados se

reuniram no dia 23, na sede nacional da CTB, e unificaram posição quanto ao índice de reajuste das aposentadorias para os próximos anos. “As Centrais defenderam ser fundamental a aprovação do projeto de lei que garante a recuperação do salário mínimo até 2023, estabelecendo como índice de reajuste a inflação mais o PIB de dois anos anteriores. Esta política foi responsável pelo aumento real de quase 50% no salário durante o governo Lula, mas corre o risco de acabar caso não seja transformada em lei, em política de Estado”, disse o presidente da CGTB, Antonio Neto.

Ainda esta semana a proposta será apresentada ao governo e as Centrais deliberaram consensualmente o seguinte:

1. Defender a imediata aprovação da Política Permanente de Recuperação do Salário Mínimo, até 2023,

com base no INPC do ano anterior, acrescido da variação do PIB de dois anos anteriores, conforme projeto de lei do Executivo;

2. Defender o estabelecimento de uma Política Permanente de Recuperação dos Benefícios das

Aposentadorias e Pensões com valores superiores ao salário mínimo, com base na variação do INPC do ano anterior, acrescido de 80% do PIB de dois anos anteriores; e

3. Ratificar a posição unitária das Centrais e das representações dos aposentados, favoráveis ao fim do

fator previdenciário, contra a exigência de idade mínima para aposentadorias e contra a adoção da chamada média curta para cálculo das aposentadorias.

CGTB – Antonio Neto CTB – Wagner Gomes CUT – Artur Henrique Força Sindical – Paulo Pereira da Silva NCST – Calixto Ramos UGT – Ricardo Patah Cobap – Warley Martins Sindicato Nacional dos Aposentados (FS) – João Batista Inocentini

Acidentes de Trabalho

Reunião dos representantes das Centrais Sindicais

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18, 19 e 20 de novembro de 2009 – Brasília - DF

A Federação Nacional dos Assistentes Sociais realizou seu congresso sindical para tratar de temas atuais de interesse da base nacional e eleger a gestão para 2010-2013. Delegados eleitos em 10 estados brasileiros onde a Fenas tem sindicatos filiados reuniram-se em Brasília com o tema “As Relações no Mundo do Trabalho do Assistente Social: Uma Construção Coletiva é Possível”. O programa do Congresso inclui os temas “Os desafios da atuação do assistente social nas Políticas Públicas e no mundo do trabalho”, Partidos políticos, Movimentos Sociais, Populares e Militância Sindical: Os Caminhos dos Assistentes Sociais”, “Os Conselhos de Direito e a Inserção dos Assistentes Sociais”, “Os Projetos de Lei em Tramitação no Congresso Nacional: O que queremos e defendemos? ”, “Mesas de Negociação, uma Via

para Materialização das NOBs/RH e a Participação do Movimento Sindical”. A plenária elegeu por unanimidade a nova diretoria da FENAS estando à frente da Federação por mais uma gestão como presidente, Margareth Alves Dallaluvera do Rio de Janeiro, e como Vice- Presidente, Maria Andrade do Ceará. A delegação do RS ficou com a Iª Secretaria – Maria Laura Carvalho Bicca -, a Diretoria de Relações Internacionais – Edilar Cruz – e com a Diretoria da Regional Sul – Eliane de Lima Gerber.

A Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS reuniu-se em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, nos dias 14 e 15 de novembro, antecedendo o Seminário Nacional de Urgência e Emergência, realização do Ministério da Saúde através da MNNP-SUS. A pauta da reunião foi extensa, pois incluía a visita de uma deleção do

Paraguai que veio ao Brasil conhecer o trabalho da Mesa Nacional brasileira e estabelecer um intercâmbio Brasil e Paraguai com perspectivas de cooperação entre gestores e bancada sindical a fim de estruturá-la naquele País. Na delegação paraguaia os Srs. Mario Sanchez, Juan Valdez Marin Massolo, Abdon Vilamayor, Reynaldo Barreto Medina e a Enfª Maria Chávez. Os pontos de pauta discutidos na 43ª reunião da MNNP-SUS foram a apresentação do SINNP-SUS e MNNP-SUS, os relatos das visitas às Mesas Estaduais do Amazonas e do Rio Grande do Sul, a jornada de 30 horas da Enfermagem, o Comitê Nacional de Saúde do Trabalhador e as Diretrizes do PCCS – Plano de Cargos e Salários.

A presença do grupo paraguaio no Brasil foi muito importante para os sindicalistas que formam a bancada dos trabalhadores na MNNP-SUS, pois foi possível ter momentos de lazer e também de reuniões específicas de trabalho onde ambos puderam trocar experiências, relatos sobre o funcionamento das negociações entre governo e trabalhadores nos dois Países e deixar aberta a possibilidade de uma visita ao Paraguai em 2010.

Dep. Mauro Nassif falando sobre o PL da Câmara nº152 de 2008

Maria Laura, Edilar, Eliane, Lucimeri e José Paulo

Fenas – RS e PR

Diretoria Eleita 2010 - 2013 Presidente: Margareth - RJ Vice: Maria Andrade - CE

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SSeemmiinnáárr iioo NNaacciioonnaall ddee UUrrggêênncciiaa ee EEmmeerrggêênncciiaa

“O olhar da gestão do Trabalho”

O Seminário Nacional de Urgência e Emergência, realizado em Campo Grande-MS, de 17 a 19 de novembro, teve como eixo central "O olhar da gestão do trabalho” e foi de suma importância para todos os envolvidos no processo, visto que trouxe a visão de gestores, trabalhadores, prestadores de serviços e usuários, que analisaram e discutiram o sistema de serviço de urgência e emergência como um todo, com suas peculiaridades regionais e dificuldades pertinentes a um país continental. No foco da Gestão do Trabalho, subtemas foram debatidos como a organização da urgência e emergência por meio da rede de atenção à saúde; o diagnóstico do trabalho nas urgências e emergências; as perspectivas de valorização do trabalho e dos trabalhadores desses setores e apresentação de experiências exitosas nesses aspectos.

O seminário, dirigido a trabalhadores, gestores, prestadores de serviços e usuários do Sistema Único de Saúde, atende a demanda da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, do programa de Qualificação e Estruturação da Gestão do Trabalho e da Educação no SUS - ProgeSUS e do Conselho Nacional de Saúde e teve por objetivo “discutir e buscar alternativas para enfrentar os principais problemas de gestão do trabalho daqueles que atuam no atendimento de urgência e emergência e no que diz respeito ao processo de trabalho, ao vínculo e à saúde do trabalhador, visando propor ações para resolução destas questões”. Os participantes apontaram as distorções existentes na área de gestão do trabalho em saúde no sistema de urgência e emergência do SUS. A abertura do seminário contou com a presença de mais de 350 profissionais entre trabalhadores, gestores e usuários dos serviços próprios e prestadores do SUS, de autoridades e técnicos do Ministério da Saúde, secretarias estaduais de Saúde, coordenadores estaduais de urgência e emergência, coordenadores de Samu, secretários municipais de Saúde de MS e convidados do Ministério da Saúde do Paraguai. Para a Secretária de Saúde de Mato Grosso do Sul, presidente do Conass, Dra. Beatriz Dobashi, o seminário veio em momento importante, pois todas as discussões devem passar pela formação das equipes, atividades, organização, estrutura e recursos humanos, refletindo em mais um passo na melhoria constante do SUS. O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Francisco Eduardo de Campos, enfatizou os avanços nos serviços de urgência e emergência apesar de reconhecer que o trabalho do servidor é especialmente estressante no enfrentamento dos imprevistos que cada situação oferece.

O representante da MNNP-SUS, Wellinton Moreira Melo, avaliou que os debates e discussões podem ser realmente implementados no país, informando ainda que a Mesa vem atender a uma reivindicação histórica dos trabalhadores, uma vez que possibilita a construção conjunta de um plano de trabalho e de uma agenda de prioridades das questões a serem debatidas e pactuadas entre gestores, prestadores e trabalhadores da saúde. Clesio Melo de Castro, da coordenação de urgência e emergência da SAS/MS, lembrou os avanços do SAMU, criado em 2003 sem muita repercussão e importância e que hoje é um serviço implantado na maioria das capitais integrado com Corpo de Bombeiros, PM e portas

de entradas dos hospitais, prestando um serviço de alta relevância para toda a população, enfatizando que a qualidade do atendimento está diretamente relacionada com a qualidade do profissional. Após as palestras e debates, a plenária foi dividida em quatro grandes grupos por região para discutir e propor melhorias no sistema de urgência e emergência do SUS, analisando desde o Samu, central de regulação, portas de entradas e retaguarda de atendimento, vínculos, quadro de pessoal, remuneração, e tudo que pudesse ser discorrido com relação ao sistema.

Grupo de Relatoria do Seminário

Bancada Sindical da MNNP-SUS Delegação do Paraguai no Seminário

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O Diretório Acadêmico da Faculdade de Serviço Social (DAFSS), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, realizou nos dias 9 e 10 de novembro a Semana Acadêmica do Serviço Social no auditório do prédio 15 do Campus Central da Universidade, com mesas de discussão, debates, oficinas e apresentação de trabalhos dos alunos do curso. No dia 09/11, às 19h, o Sindicato dos Assistentes Sociais no RS - SASERS - e o Conselho Regional de Serviço Social – CRESS 10ª Região – foram convidados para compor a mesa de debates sobre "As estruturas Representativas da Categoria dos Assistentes Sociais".

Na mesa de abertura do evento, os estudantes Pamela Garcia (Enesso), Fernanda Parlavento (ABEPSS Discente), Rita Feula (COREUR), Luiz Felipe Melo Balhego (coordenando a mesa) e o Prof. Francisco Kern (Coordenador de Graduação) falaram sobre a Semana Acadêmica elaborada pelo DAFSS e deram inicio aos trabalhos da noite. Mediando o debate entre a presidente do Sasers, Eliane de Lima Gerber, e a presidente do Cress, Fátima Carlos Saikoski, foi convidada a prof. Assistente Social Berenice R. Couto. Com o auditório lotado de estudantes as duas presidentes falaram sobre as instâncias que representam. O Cress apresentou um relatório de gestão divulgando sua pauta de atuação na fiscalização profissional e nos grupos de trabalho constituídos por temas de interesse da profissão. A presidente do Sasers deu uma aula de Serviço Social e sindicalismo ao abordar a evolução histórica da profissão do Serviço Social com os fatos marcantes do sindicalismo no Brasil. Demonstrou que a lógica construída ao longo dos anos 80 pela CUT, que importou o modelo europeu do sindicalismo por ramo de atividade, de concepção verticalizada, de estreitamento da definição ideológica, e a posição dos assistentes sociais que adotaram essa orientação no 2º CONCUT deram à profissão a falsa idéia que o modelo do sindicalismo por ramo de atividade era a solução no campo político-ideológico. Como consequência, vários sindicatos de Assistentes Sociais fecharam pelo Brasil restanto apenas cinco que disseram NÃO ao modelo que quebrava a unicidade sindical e resistiram na representação da categoria. O Sindicato do RS, com 53 anos de idade, é um dos modelos dessa luta de resistência, de convicção da importância da defesa categoria com suas especificidades, com suas necessidades, com seus projetos de fortalecimento profissional. O modelo defendido pela CUT e adotada pelo

Conselho não se consolidou no Brasil, prova é o fortalecimento do sindicalismo, a reorganização política da categoria e a reabertura de vários sindicatos de assistentes sociais no Brasil. O Conselho Federal de Serviço Social - CFESS - mantém até hoje a mesma postura adotada na década de 80 e orienta seus Conselhos Regionais a difundir o sindicalismo por ramo de atividade como se o mundo do trabalho não tivesse sofrido mudanças. Na figura ao lado temos a evolução do sindicalismo na profissão. Somos 10 sindicatos de assistentes sociais em funcionamento no Brasil (em marrom) e oito em processo de reabertura (em amarelo). A Federação Nacional dos Assistentes Sociais no Brasi l- FENAS - tem feito um trabalho de apoio aos colegas que desejam retomar a organização sindical da categoria e na sua última gestão já conseguiu dobrar o número de sindicatos em vários Estados

brasileiros. O último sindicato que reabriu suas portas foi o do Estado de São Paulo com a prespectiva de dialogar com uma das maiores bases de profissionais do País.

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Na última alteração regimental, em conformidade com o Código Civil Brasileiro, a gestão atual do Sasers encaminhou em Assembléia da Categoria a abertura do Sindicato para os estudantes de Serviço Social. A aprovação por unanimidade da proposta deveu-se ao argumento da direção sobre a importância da presença do estudante na vida cotidiana do sindicato da sua categoria para a formação política e social do universitário e para a renovação das lideranças tão necessárias ao fortalecimento das lutas da profissão. À partir daí, o Sindicato vem visitando as Universidades com Cursos de Serviço Social para conversar com os estudantes sobre a história do sindicalismo no Brasil, a história da construção sindical na profissão e o quadro atual da inserção política-sindical do assistente social no Brasil. Para nossa felicidade, a visita de estudantes na sede do Sasers, os contatos por email e através do site www.sasers.com.br tem resultado em novas filiações. Assim, acreditamos que a aproximação com os acadêmicos de Serviço Social abre um novo canal de comunicação e prepara um terreno fértil para o fortalecimento das lutas sindicais tão necessárias no mundo do trabalho e na sociedade brasileira.

CCAARRAAVVAANNAA EEMM DDEEFFEESSAA DDOO SSUUSS

A Caravana em Defesa do SUS chegou a Porto Alegre no dia 6 de novembro de 2009, no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa. A proposta da Caravana faz parte da Agenda Política do Conselho Nacional de Saúde aprovada pelo pleno em sua reunião ordinária de janeiro de 2009, que inclui temas como a Gestão do Trabalho, Modelo de Atenção, Financiamento, Controle Social, Intersetorialidade, Complexo Produtivo da Saúde e Humanização no SUS, definidos como estratégia para o cumprimento de suas ações.

Um dos pontos importantes do evento foi o lançamento da Campanha do SUS como Patrimônio Social, Cultural, Imaterial da Humanidade, além da Campanha em favor da Regulamentação da Emenda Constitucional nº29, que está recebendo contribuições e apoio por meio de assinaturas eletrônicas na internet. A proposta foi apresentada em ato público no Fórum Social Mundial da Saúde, em janeiro, e depois lançada oficialmente na Câmara dos Deputados, no dia 12 de março, com a participação de diversos parlamentares, gestores, trabalhadores e representantes de movimentos populares. Com o tema “Todos em Defesa do SUS”, a idéia da caravana é discutir os problemas e os avanços do SUS em cada Unidade da Federação. Depois, todas as propostas serão apresentadas durante um Encontro Nacional em Brasília, no mês de dezembro.

A CGTB-RS – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil no RS foi a única Central presente manifestando seu total apoio à Caravana do SUS. Levando sua bandeira, o 1º Vice-Presidente Luiz Aníbal Vieira Machado, o Secretário Geral Éder Pereira, e a Diretora de Formação Sindical da Central, Eliane Gerber, sinalizaram a luta da CGTB pela regulamentação da EC 29 para o financiamento do Sistema e pela Campanha do SUS como Patrimônio Social, Cultural, Imaterial da Humanidade. Trabalhadora do SUS e membro titular da Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, a presidente do SASERS e diretora da CGTB, Eliane Gerber, viu na manifestação popular de apoio o verdadeiro papel do Controle social para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde no Estado

e no Brasil.

Solenidade de abertura da Caravana do SUS

Auditório Dante Barone lotado de autoridades, sindicalistas, trabalhadores e

do controle social

Francisco Batista Junior, presidente do CNS

Eliane Gerber, Aníbal e Eder Pereira

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VII Conferência Nacional de Assistência SocialVII Conferência Nacional de Assistência SocialVII Conferência Nacional de Assistência SocialVII Conferência Nacional de Assistência Social

Mais de duas mil pessoas participarão da VII Confer ência Nacional de Assistência Social, a partir desta segunda-feira (30). Entre os convidados, autoridades políticas,

usuários e especialistas da área de assistência soc ial

A cerimônia de abertura oficial da VII Conferência Nacional de Assistência Social está marcada para as 18h desta segunda-feira (30/11), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). O primeiro dia do encontro - realizado pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) - terá a participação do ministro Patrus Ananias que, acompanhado da secretária-executiva do ministério, Arlete Sampaio, vai falar para o público de 2 mil pessoas, entre gestores, usuários e representantes da assistência social.

Discutir os rumos para democratizar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) - o qual envolve o acesso de famílias e indivíduos a serviços, projetos, programas e benefícios socioassistenciais em todo o território nacional - é um dos objetivos do encontro, que traz o tema “Participação e controle social no SUAS” e termina na próxima quinta (3/12). Serão quatro dias de palestras, debates e votações. “Queremos traçar novos caminhos para o avanço do papel do controle social. E garantir espaços para ouvir os atores da política pública de assistência social”, afirma a presidente do CNAS, Márcia Pinheiro.

Entre os 2 mil participantes, cerca de 1,4 mil são delegados que têm direito a voz e voto; 280 convidados com direito a voz; 200 observadores (inscritos pela Internet); e 150 pessoas, entre conferencistas, expositores de estandes e de oficinas, relatores e pessoas que dão apoio técnico operacional.

Haverá 37 estandes para divulgação das ações que integram o SUAS. Publicações institucionais e diversos materiais destinados aos participantes estarão disponíveis durante os três dias de evento. Cada Estado terá um estande, assim como o Distrito Federal, com o objetivo de dar visibilidade aos serviços socioassistencias e ações que envolvem a cultura local e a apresentação de publicações e artesanatos regionais.

Além de integrantes do Ministério do Desenvolvimento Social e do CNAS, a abertura oficial da conferência contará com representantes da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Social e da Comissão de Seguridade Social (ambas da Câmara dos Deputados); Governo do Distrito Federal; Comissão de Assuntos Sociais do Senado; Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Assistência Social (Fonseas); Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Assistência Social (Fonaceas); Colegiado de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas); Movimento Nacional de População de Rua e da Federação Nacional dos Assistentes (Fenas) cuja presidente, Margareth Alves Dallaluvera, é membro do Conselho Nacional de Assistência Social.

A CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil estará representada pela assistente social Eliane de Lima Gerber, Secretaria de Formação da Central e também Presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais no Estado do Rio Grande do Sul (SASERS). Como delegada nacional para a Conferência, deverá participar dos debates levando o pensamento da CGTB pela defesa do SUAS, ampliação da seguridade social no Brasil e o acesso da população para o controle social do sistema.

No próximo boletim traremos ampla cobertura da VII Conferência Nacional de Assistência Social.

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IIIIIIIIIIIIIIII EEEEEEEENNNNNNNNCCCCCCCCOOOOOOOONNNNNNNNTTTTTTTTRRRRRRRROOOOOOOO NNNNNNNNAAAAAAAACCCCCCCCIIIIIIIIOOOOOOOONNNNNNNNAAAAAAAALLLLLLLL DDDDDDDDAAAAAAAA MMMMMMMMUUUUUUUULLLLLLLLHHHHHHHHEEEEEEEERRRRRRRR TTTTTTTTRRRRRRRRAAAAAAAABBBBBBBBAAAAAAAALLLLLLLLHHHHHHHHAAAAAAAADDDDDDDDOOOOOOOORRRRRRRRAAAAAAAA

Dia 4, 5 e 6 de dezembro de 2009 Programação

Dia 4 de dezembro de 2009 16:00h – RECEPÇÃO E CREDENCIAMENTO

20:00h – ABERTURA

ANTONIO NETO, presidente da CGTB

CARLOS LUPI, ministro do Trabalho

LIDIA CORREA, presidente da Federação das Mulheres Paulistas

Dia 5 de dezembro de 2009

9:00h - A MULHER E O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS Situação Atual Da Mulher

Políticas Publicas Para As Mulheres

Palestrantes:

RAFAELA EGG, assistente sênior do Programa Interagencial para a promoção de

Igualdade de gênero e Raça da OIT

EUNICE LEA DE MORAES, gerente de projetos da Secretaria Especial de Políticas para

as Mulheres

NATALIA DE OLIVEIRA FONTOURA, economista do IPEA

10:45h – Coffee break

11:00h - Debates

13:00h - Almoço

15:00h – A MULHER NO TRABALHO E SEUS DIREITOS *Formação/Qualificação

*Proteção Social/Responsabilidade Compartilhada

Palestrantes:

MIGUELINA VECCHIO, representante do Ministério do Trabalho

PAULO ROBERTO ARANTES VALE, representante do DIEESE

16:45h - Coffee break

17:00h – Debates

19:00h – Jantar

Dia 6 de dezembro de 2009

9:00h - PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE

*Políticas Partidárias

*Políticas Sindicais

Palestrantes:

*ROSMARY CORRÊA, presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo

GLÁUCIA MORELLI, presidente da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB)

10:45h – Coffee break

11:00h - PLENÁRIA FINAL Bandeiras De Luta

Proposta De Organização

Planejamento 2010

14:00h – Almoço

DADOS PARA INSCRIÇÃO: Local: Centro de Lazer dos Comerciários de São Paulo

Av. Presidente Castelo Branco, 8.420 – Praia Grande

Valor Inscrição: R$ 100,00 por pessoa

(hospedagem e alimentação)

Depósito: Caixa Econômica Federal

Agência: 1367-0 – C/C: 329-1

CCeennttrraall GGeerraall ddooss TTrraabbaallhhaaddoorreess ddoo BBrraassiill OBS: Enviar comprovante de depósito pelo fax (11)3663-0473 – (011) 3822-1196

Enviar Inscrição para: [email protected]

Um novo estudo divulgado pela Organização

Internacional do Trabalho (OIT), Instituto de Pesquisas

Econômicas Aplicadas (IPEA), Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) e Secretaria Especial de

Políticas para as Mulheres mostra que de outubro do

ano passado até abril deste ano houve queda de 1,6%

no nível de ocupação entre os homens e de 3,1% entre

as mulheres. Este é o primeiro estudo realizado para

avaliar os efeitos da crise econômica internacional sobre

o mercado de trabalho brasileiro com um recorte de

gênero.

Reunião das mulheres da CGTB