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1 O mercado brasileiro fechou 2012 com aumento de 21% em relação a 2011. O índice superou as estimativas de 16%, de acordo com o consultor Flávio Faggion, da Siscorp: em novembro, as projeções davam conta de uma receita de R$ 146,7 bilhões no período de janei- ro a dezembro. Em 2011, a evolução foi de 17%, em comparação ao ano anterior. Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de outubro, mostram que, entre janeiro e setembro, o merca- do segurador arrecadou R$ 111,8 bilhões – um aumento de 19,9%. Na avaliação de Faggion, a carteira de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é, atualmente, a mais importante, ao oferecer um programa mais adequado para quem tem a renda isenta de tributa- ção. Por apresentar baixo custo, o VGBL foi a modalidade que mais arrecadou em 2012: R$ 56,6 bilhões, um aumento de 30% em relação a 2011. O vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Osvaldo do Nascimento, acredita que o crescimento do setor se deve ao aumento das carteiras pre- vidência, seguro de vida e VGBL. “A melhor distribuição de renda, o baixo índice de desemprego e taxas de juros menores permitiram à população, em especial à classe C, o fácil acesso a bens e serviços e o investimento em previdência privada” , avalia. O seguro de automóveis, principal carteira do segmento de seguros ge- rais, vem apresentando bom desempe- nho em 2012, de acordo com o diretor executivo da Federação Nacional dos Seguros Gerais (FenSeg), Neival Frei- tas, e cresceu 14,5% entre janeiro e se- tembro, com receita de R$ 18 bilhões. A tendência se deve ao crescimento da produção e das vendas de veículos, com linhas de crédito acessíveis. SEGURADORAS CRESCEM 21% NO BRASIL EM 2012 SINDICATO DAS SEGURADORAS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO notícias SINDSEG SP ANO 8 | NúMERO 45 | OUT/NOV/DEZ 2012 Damos início a mais um ciclo, com a sensação de que fizemos muito no ano anterior, mas certos de que ainda há muito potencial a ser explorado. Embora o Brasil avance com certa estabilidade, demonstrando suas for- talezas no ambiente econômico dian- te da recessão mundial, as análises são de novos desafios para o setor de seguros no ano que se inicia. Refiro-me a medidas internas, como a extinção do custo de apólice pela Susep, além da sinistralidade e do debate sobre a nova Lei de Se- guros, somadas a um cenário ex- terno de redução da taxa básica de juros ao menor nível da história do País. Por outro lado, há o incentivo ao crescimento, com perspectivas relevantes nos segmentos de infra- estrutura e energia. Portanto, é fundamental que o setor se mantenha organizado, com as empresas focadas em uma gestão operacional cada vez mais eficiente, de forma a acompanhar o ritmo da economia e as novas ten- dências de mercado. Boa leitura! Mauro Batista Presidente OS DESAFIOS DE 2013 Editorial Auto Receita de prêmios de R$ 18 bilhões (jan./ set. de 2012), com crescimento de 14,5% sobre o mesmo período de 2011, quando totalizou R$ 15,7 bi. Vida e Acidente Receita de R$ 21,6 bilhões, um cresci- mento de 13%, abaixo do índice dos dois últimos anos. Previdência VGBL foi o destaque em 2012, com valor total de R$ 56,6 bilhões (30% acima do valor de 2011). Seguro habitacional Aumento na oferta de crédito imobiliário alavancou a carteira em 30,8% (jan./set. de 2012) Seguros rurais Cresceu 33%, impulsionado pela proteção contra riscos climáticos. GRANDES NúMEROS PERSPECTIVAS Para 2013, estima-se um crescimento de 16%, com arrecadação em torno de R$ 170,4 bilhões, por conta da es- tabilização do VGBL, que deve manter- -se em uma evolução mais controlada, segundo Faggion. “O cenário de baixa taxa de juros real e o aumento da pro- cura por investimentos em longo prazo, estimulando, em especial, a carteira de previdência, devem se manter” , comple- ta Osvaldo do Nascimento. 2012

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Page 1: SINDICATO DAS SEGURADORAS, PREVIDÊNCIA E … · de 2013 editorial Auto Receita de prêmios de R$ 18 bilhões (jan./ set. de 2012), com crescimento de 14,5% sobre o mesmo período

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O mercado brasileiro fechou 2012 com aumento de 21% em relação a 2011. O índice superou as estimativas de 16%, de acordo com o consultor Flávio Faggion, da Siscorp: em novembro, as projeções davam conta de uma receita de R$ 146,7 bilhões no período de janei-ro a dezembro. Em 2011, a evolução foi de 17%, em comparação ao ano anterior. Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), de outubro, mostram que, entre janeiro e setembro, o merca-do segurador arrecadou R$ 111,8 bilhões – um aumento de 19,9%.

Na avaliação de Faggion, a carteira de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é, atualmente, a mais importante, ao oferecer um programa mais adequado para quem tem a renda isenta de tributa-ção. Por apresentar baixo custo, o VGBL foi a modalidade que mais arrecadou em 2012: R$ 56,6 bilhões, um aumento de 30% em relação a 2011.

O vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Osvaldo do Nascimento, acredita que o crescimento do setor se deve ao aumento das carteiras pre-vidência, seguro de vida e VGBL. “A melhor distribuição de renda, o baixo índice de desemprego e taxas de juros menores permitiram à população, em especial à classe C, o fácil acesso a bens e serviços e o investimento em previdência privada”, avalia.

O seguro de automóveis, principal carteira do segmento de seguros ge-rais, vem apresentando bom desempe-nho em 2012, de acordo com o diretor executivo da Federação Nacional dos Seguros Gerais (FenSeg), Neival Frei-tas, e cresceu 14,5% entre janeiro e se-tembro, com receita de R$ 18 bilhões. A tendência se deve ao crescimento da produção e das vendas de veículos, com linhas de crédito acessíveis.

segurAdorAs crescem 21% no brasil em 2012

SINDICATO DAS SEGURADORAS, PREVIDÊNCIA E CAPITALIZAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

notíciassindseg sp

Ano 8 | número 45 | out/nov/dez 2012

Damos início a mais um ciclo, com a sensação de que fizemos muito no ano anterior, mas certos de que ainda há muito potencial a ser explorado. Embora o Brasil avance com certa estabilidade, demonstrando suas for-talezas no ambiente econômico dian-te da recessão mundial, as análises são de novos desafios para o setor de seguros no ano que se inicia.

Refiro-me a medidas internas, como a extinção do custo de apólice pela Susep, além da sinistralidade e do debate sobre a nova Lei de Se-guros, somadas a um cenário ex-terno de redução da taxa básica de juros ao menor nível da história do País. Por outro lado, há o incentivo ao crescimento, com perspectivas relevantes nos segmentos de infra-estrutura e energia.

Portanto, é fundamental que o setor se mantenha organizado, com as empresas focadas em uma gestão operacional cada vez mais eficiente, de forma a acompanhar o ritmo da economia e as novas ten-dências de mercado.

Boa leitura!

Mauro Batista Presidente

os desAfios de 2013

editorial

AutoReceita de prêmios de R$ 18 bilhões (jan./set. de 2012), com crescimento de 14,5% sobre o mesmo período de 2011, quando totalizou R$ 15,7 bi.

Vida e AcidenteReceita de R$ 21,6 bilhões, um cresci-mento de 13%, abaixo do índice dos dois últimos anos.

Previdência VGBL foi o destaque em 2012, com valor total de R$ 56,6 bilhões (30% acima do valor de 2011).

Seguro habitacional Aumento na oferta de crédito imobiliário alavancou a carteira em 30,8% (jan./set. de 2012)

Seguros rurais Cresceu 33%, impulsionado pela proteção contra riscos climáticos.

grandes números

perspecTivasPara 2013, estima-se um crescimento de 16%, com arrecadação em torno de R$ 170,4 bilhões, por conta da es-tabilização do VGBL, que deve manter--se em uma evolução mais controlada, segundo Faggion. “O cenário de baixa taxa de juros real e o aumento da pro-cura por investimentos em longo prazo, estimulando, em especial, a carteira de previdência, devem se manter”, comple-ta Osvaldo do Nascimento.

2012

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O XV Conec – Congresso dos Corre-tores de Seguros, evento promovido pelo Sincor-SP, em outubro, superou to-das as expectativas e mostrou-se um sucesso de público. Também compar-tilha dessa opinião o atual presidente da entidade, Mário Sérgio de Almeida Santos, que se envolveu diretamente na organização do congresso, realizado em São Paulo. Com o tema “A Arte de Pro-teger” e mais de 45 horas de palestras técnicas e motivacionais, o Conec, que é considerado o principal congresso de corretores de seguro do mundo, reuniu um público de mais de 6 mil pessoas.

Além do primor técnico, o congres-so se destacou pelas homenagens prestadas a grandes nomes do merca-do de seguros brasileiro, como Leôncio de Arruda e João Leopoldo Bracco de Lima. Nesta entrevista para o Notícias Sindseg SP, o presidente do Sincor, cujo mandato segue até maio de 2014, traçou um balanço do XV Conec e apon-tou as perspectivas para a entidade. Confira.

Notícias SindSeg: Qual é o seu balanço sobre o Conec 2012? Mário Sérgio de Almeida: Foi um sucesso. Constatamos que o evento é o maior do mundo no setor, um congresso abran-gente, que demanda um investimento muito alto – e nosso lucro é zero. No planejamento da 15ª edição, tivemos muitas dificuldades para encontrar par-

“Trabalhamos para que o correTor enTenda que há muiTos canais de venda e que é possível diversificar as carTeiras”

ceiros e patrocinadores. Mas conse-guimos alinhar as ideias, e o evento foi excelente. Não existe um Conec me-lhor que o outro. Todo congresso que fazemos é o melhor. Já fizemos, inclu-sive, uma reunião sobre o Conec de 2014, porque temos um planejamento de longo prazo.

NS: Quais foram os destaques da edição de 2012?MS: Tivemos a homenagem aos presi-dentes que faleceram. Mas a intenção não era essa, foi acidental. Quería-mos homenageá-los ainda vivos, mas os danados se mandaram no meio do caminho: o Leôncio de Arruda e o João Leopoldo chegaram a participar da elaboração do Conec, estiveram presentes em várias decisões, mas, infelizmente, não viram tudo concre-tizado. Com certeza eles merecem essa homenagem.

Entrevista - Mário Sérgio de Almeida Santos Presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, de Empresas Corretoras de Seguros, Resseguros, de Saúde, de Vida, de Capitalização, de Previdência Privada no Estado de São Paulo – Sincor SP.

Ações previstAs

O calendário de eventos de 2013 do Sincor SP já conta com uma série de atividades. Segundo Mário Sérgio Santos, em abril haverá um grande evento no interior de São Paulo – em estruturação –, quando será promovida a capacitação dos corretores da região. Em maio, acontecerá o Fórum da Saúde, sobre o seguro-saúde, com foco na aproximação do corretor à carteira. Em agosto, será realizado o Encontro Regional para a área comercial, em uma cidade paulista, a ser definida.

NS: Qual foi a motivação para criar o Prêmio Personalidade Amiga do Corretor? MS: Já pensávamos em criar um prê-mio dessa natureza, e várias entidades realizavam algo semelhante. Durante quatro meses, recebemos indicações de profissionais, por meio de diretores regionais e de nossa Diretoria Plena. Quem recebesse três indicações de di-retores diferentes era selecionado. Em seguida, disparamos e-mails para todos os corretores, que são nossos sócios, e eles votaram. O Jayme Garfinkel (pre-sidente da FenSeg e do Conselho de Administração da Porto Seguro) ter venci-do não foi surpresa para nós. Ele é amigo dos corretores, uma pessoa articulada que trabalha diretamente com o setor.

NS: No curto e no médio prazos, quais são os desafios para o setor?MS: O nosso maior desafio é o Projeto de Lei 3.555, que envolve a estrutura do seguro no Brasil e é um desafio para o curtíssimo prazo. No médio prazo, nos preocupa o aumento de venda direta sem a participação do corretor, o que não consideramos bom para o mercado bra-sileiro. Trabalhamos, para que o corretor entenda que há outros canais, que é pos-sível diversificar as carteiras. O Sincor SP trabalha com a capacitação do corretor, para que seja um profissional com visão empresarial. Exigimos que o regional faça cursos, para que se qualifique cada vez mais e torne o trabalho mais completo.

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aumenTa demanda por microsseguro

A Superintendência de Seguros Pri-vados (Susep) já recebeu pelo menos seis pedidos de seguradoras para en-trar no mercado de microsseguros. Estima-se que o mercado das apóli-ces com coberturas mais simples e de baixo custo deve movimentar um total de R$ 6 bilhões nos próximos dez anos, no Brasil. A entidade discu-te, ainda, a implantação de regras de capital mais flexíveis, para estimular a entrada de novos players no mercado e o acesso da população ao produto.

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seguradoras ampliam a diversificação das coberTuras

uniTedhealTh adquire amil e reforça operações no brasil

Impulsionadas pelo nível de exigência cada vez mais alto do consumidor, as seguradoras têm reunido es-forços para incrementar suas coberturas, por meio de novos produtos ou com a melhoria de seus portfólios.

O presidente da Tempo Assist, Marco Couto, acredita que esse é um processo de evolução dinâ-mico e contínuo e incentiva a criação de coberturas para atender a nichos específicos.

Com o aquecimento da economia e o consequente crescimento da classe C, a venda de planos de saúde tem se beneficiado de forma consistente nes-se cenário. “Temos mais oportunidades de comercialização de produtos entre os nossos clientes atuais e potenciais”, reforça Couto.

O executivo destaca, ainda, os seguros com soluções all risks, responsá-veis por ampliar a capilaridade do produto nos mercados norte-americano e europeu – tendência que deverá se repetir no Brasil. “Porém, é preciso realizar um extenso trabalho de revisão de produtos e ofertas no mercado”, ressalta. Há, também, espaço para a ampliação dos seguros na modalidade copartici-pação, na qual o cliente assume parte dos custos de utilização (em consultas médicas, exames e outros serviços, por exemplo).

A customização de soluções já é uma realidade, que leva a uma flexibilida-de maior na composição dos produtos. “É necessário ter sensibilidade para entender o que cada cliente precisa, levando em consideração sua sinistrali-dade, perfil e localização, entre outros aspectos”, completa.

A norte-americana UnitedHealth Group (UHG) fechou, em outubro, um contrato de compra da JPL, contro-ladora da Amil Participações. A UHG desembolsará R$ 6,49 bilhões na negociação. O trâmite tem como meta a melhoria dos serviços oferecidos pela Amil no Brasil. Para o diretor executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), José Cechin, esses movimen-tos podem ser positivos e contribuir para o fortalecimento do mercado, desde que as empresas sejam bem estrutu-radas e com alta capacidade de gestão. “Mais garantias, solidez, transparência e confiabilidade seriam alguns ga-nhos. Além disso, espera-se que uma empresa desse por-te traga para o mercado brasileiro suas melhores práticas já aplicadas nos EUA”, destaca. Cechin ressalta, ainda, que a saúde suplementar tem um grande número de opera-doras competindo, diferentemente de outros setores da economia. Eventuais riscos à concorrência são analisa-dos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “A maior ou menor consolidação futura desse mer-cado dependerá da resposta que as empresas darão ao processo regulatório”, finaliza.

Fontes: Susep e Ministério do Planejamento

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Notícias Sindseg SP é uma publicação do Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização do Estado de São Paulo. Presidente: Mauro Batista Secretário executivo: Fernando Simões Produção: FSB Design Jornalista responsável: Regina Valente (MTb 36.640) Redação: Naiana Santos Edição: Regina Valente Fotos: Divulgação

seminário sobre blindagem na sede do sindseg sp

O que vai aconte-cer com o Brasil em 2013? As pre-visões mais otimis-

tas falam em um crescimento de 4,5%. As mais realistas já reduziram o índice para 3,5%, e pode baixar mais. A verda-de é que as incógnitas internacionais e nacionais ainda não permitem desenhar um cenário claro.

Mas, se não é possível ter clareza quanto aos rumos do nosso crescimen-to, é possível dizer que dificilmente o País entrará numa crise comparável à que acontece na Grécia ou na Espanha.

Não dá tempo. Ainda que todos os in-dicadores apontem para uma recessão, o tamanho do Brasil, a complexidade de sua estrutura socioeconômica e os atuais patamares positivos retardarão o processo, evitando uma ruptura brusca no atual movimento de inclusão social, pelo qual milhões de pessoas deixam a pobreza para entrarem na classe média.

Não há como parar esse processo do dia para a noite. Ainda que 2012 não tenha se destacado pela pujança econô-mica, o País teve um bom desempenho, se comparado ao resto do mundo.

Ao longo dos próximos anos, obras de infraestrutura já em andamento man-

um pouco de fuTurologiaterão a economia aquecida, o que se re-forçará com a série de eventos interna-cionais, dos quais a Copa do Mundo é o melhor exemplo, mas não o único.

Novas usinas hidroelétricas estão em construção, bem como novas uni-dades de produção de bioenergia. Para não falar no pré-sal, cujo desempenho vai superando as expectativas mais oti-mistas. E as obras dos metrôs, trens urbanos, corredores de ônibus, sanea-mento, estradas de ferro e de rodagem etc., que avançam a passos largos.

Os cidadãos que entram na classe média chegam com sonhos reprimidos que precisam ser realizados. A casa própria, o plano de saúde privado, a pre-vidência complementar, o carro novo financiado em 60 meses vão se materia-lizando e aquecendo a economia.

Artigo - Antonio Penteado Mendonça*Leia também os artigos do advogado e consultor no site www.sindsegsp.org.br

O Sindseg SP realizou, em novembro, o “Seminário de Blindagem Balística”, com ênfase em blindagem veicular, em parce-ria com a Federação Nacional de Segu-ros Gerais (FenSeg), o Exército Brasileiro e a Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). O evento, realizado na sede do Sindicato, promoveu o debate sobre o processo de blindagem e de seguro de veículos e reuniu aproximadamente 100 especialistas, com o intuito de criar um grupo de trabalho.

As palestras conduzidas pelo Co-mando Militar do Sudeste (CMSE) e pela

Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (Brasília/DF) ressaltaram a importância das certificações das em-presas blindadoras e a agilidade do pro-cesso por meio do Siscab, que leva, em média, três dias, enquanto “no balcão” a média é de 20 dias. Citaram, ainda, o tra-balho do Centro de Avaliação do Exército (CAEx), sobre os protótipos de blinda-gem e as operações de fiscalização, que vistoriam os registros das empresas.

Na sequência, Priscilla Magni, direto-ra de Personal Lines da Chubb Segurado-ra, fez um paralelo entre a realidade e o

cenário ideal de mercado. Ela destacou a demora na chegada dos documentos de certificação, a definição dos preços de seguro do veículo blindado e a dificul-dade para definir os preços das peças e avaliar a qualidade do serviço.

A Associação Nacional dos Veículos de Inspeção (Angis) discorreu sobre as regras de inspeção/fiscalização, e a Ces-vi Brasil detalhou o trabalho de recupe-ração de salvados blindados. A Abrablin, por sua vez, apresentou o crescimento do número de carros blindados no País e falou sobre a blindagem arquitetônica.

Sindseg SP Acontece

Seguro é atividade de suporte. Não puxa o trem, ele vai atrás, garantindo que mantenha a velocidade. O seguro existe para garantir que o patrimônio nacional não seja afetado por desastres capazes de desestabilizar a sociedade e seus integrantes.

Não é possível dizer o que acontece-rá com vetores como a taxa de juros e o número de empregados com carteira assinada, mas, pelo contexto explicado, 2013 deve ser mais um ano de cresci-mento para o setor. Todas as ações em curso demandam proteção e garantem o crescimento do número de seguros a serem realizados.

Assim, pegando carona nos oráculos gregos: o setor crescerá, uns ganharão, e outros não. No final, 2013 será de novo um grande ano.