sindibeb 465 pdf - 12/04/2012

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O enterro do PEF foi um sucesso, com gran- de participação dos tra- balhadores, que só rece- beram 40% do salário. O ato mostrou a indignação dos funcionários com o pro- grama da empresa. A entidade havia so- licitado e a empresa marcou a reunião para a próxima semana. É preciso saber: Quais unidades receberam o PEF, e seus respectivos valores? Quais são os critérios utili- zados para uma unidade estar dentro do programa? Como explicar que uma unidade quase fechando foi contemplada e outra que teve que trazer cerveja de outro lugar pois não conseguiu atender a grande demanda, ficou fora? Como explicar que a AmBev seja a única que paga valores diferenciados, quando o padrão é um valor único? Como explicar que o carro-chefe é cerveja, e uma unidade que produz refrigerante ser a primeira colocada no PEF. Como acreditar em um programa assim? O PEF não pode ser o único mecanismos de distribuição de renda da AmBev. LUTA NACIONAL O Sindibeb está conver- sando com sindicatos de outros estados. No Rio, na unidade com 5 mil funcionários, o pes- soal recebeu 0,68%. As primeiras colocadas são unidades com 300 traba- lhadores. Como pode? A luta agora será nacional, pela participação nos resultados igual em todo o Brasil e pela cesta básica. A Bahia fará sua parte encabeçando essa campanha. Temos tudo pa- ra vencer. Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cervejas e Bebidas em Geral no Estado da Bahia nº 465 - ABR/2012 Se foram um avanço as mu- danças que a Schin apresentou para o PPRS, ainda é necessário melhorar muitos itens do programa. Na reunião do dia 28/3, a empresa assegurou que o programa terá como critério 50% da meta nacional e 50% da meta regional, que terá um peso maior. Se a nacional não for atingida e as unidades regionais fizerem sua parte, os trabalhadores receberão o PPRS. Além disso, o valor proposto passa para até dois salários-base. Entretanto, o Sindibeb e o Dieese (entidade que assessora os sindicatos em questões econômicas) fizeram algumas ponderações sobre o pro-grama. A primeira delas é que não dá mais para depender apenas das metas. Elas precisam ser revistas. São definidas exclusivamente pela empresa, além de muito altas. O Sindibeb também entende que, se uma empresa não atinge metas, não significa que teve prejuízo. Por isso, quer que sejam garantidos 40% do salário no PPRS. SEM AVENTURAS É preciso compreender que fato- res externos (queda nas vendas, mudanças na empresa, etc) podem prejudicar o atingimento das me- tas, mesmo com o esforço dos trabalhadores. Participação nos resultados tem que ser algo certo todos os anos. E não uma aventura, onde se recebe um ano, e nada nos dois anos se- guintes, por exemplo. A empresa diz que agora não tem como não receber alguma grana. Ainda esse mês haverá nova reunião. Logo após, será realizada uma assembleia com os funcionários. Schin apresenta proposta de PPRS Sindicato quer mais avanços PEF 2011 enterra, agora é melhorar o programa Trabalhadores enterram PEF da AmBev Sindicato e empresa se reúnem na próxima semana Sindicato volta a se reunir com a Schin

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O enterro do PEF foi um sucesso, com gran-de participação dos tra-balhadores, que só rece-beram 40% do salário. O ato mostrou a indignação dos funcionários com o pro-grama da empresa.

A entidade havia so-licitado e a empresa marcou a reunião para a próxima semana.

É preciso saber: Quais unidades receberam o PEF, e seus respectivos valores? Quais são os critérios utili-zados para uma unidade estar dentro do programa?

Como explicar que uma unidade quase fechando foi contemplada e outra que teve que trazer cerveja de outro lugar pois não conseguiu atender a grande

demanda, ficou fora?Como explicar que a

AmBev seja a única que paga valores diferenciados, quando o padrão é um valor único?

Como explicar que o carro-chefe é cerveja, e uma unidade que produz refrigerante ser a primeira colocada no PEF. Como acreditar em um programa

assim? O PEF não pode ser

o único mecanismos de distribuição de renda da AmBev.

LUTA NACIONALO Sindibeb está conver-

sando com sindicatos de outros estados. No Rio, na unidade com 5 mil funcionários, o pes-soal recebeu 0,68%. As primeiras colocadas são unidades com 300 traba-lhadores. Como pode?

A luta agora será nacional, pela participação nos resultados igual em todo o Brasil e pela cesta básica. A Bahia fará sua parte encabeçando essa campanha. Temos tudo pa-ra vencer.

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cervejas e Bebidas em Geral no Estado da Bahia nº 465 - ABR/2012

Se foram um avanço as mu-danças que a Schin apresentou para o PPRS, ainda é necessário melhorar muitos itens do programa.

Na reunião do dia 28/3, a empresa assegurou que o programa terá como critério 50% da meta nacional e 50% da meta regional, que terá um peso maior. Se a nacional não for atingida e as unidades regionais fizerem sua parte, os trabalhadores receberão o PPRS. Além disso, o valor proposto passa para até dois salários-base.

Entretanto, o Sindibeb e o Dieese (entidade que assessora os sindicatos em questões econômicas) fizeram algumas ponderações sobre o pro-grama. A primeira delas é que não dá mais para depender apenas

das metas. Elas precisam ser revistas. São definidas exclusivamente pela empresa, além de muito altas.

O Sindibeb também entende que, se uma empresa não atinge metas, não significa que teve prejuízo. Por

isso, quer que sejam garantidos 40% do salário no PPRS.

SEM AVENTURASÉ preciso compreender que fato-

res externos (queda nas vendas, mudanças na empresa, etc) podem prejudicar o atingimento das me-tas, mesmo com o esforço dos trabalhadores.

Participação nos resultados tem que ser algo certo todos os anos. E não uma aventura, onde se recebe um ano, e nada nos dois anos se-guintes, por exemplo.

A empresa diz que agora não tem como não receber alguma grana. Ainda esse mês haverá nova reunião. Logo após, será realizada uma assembleia com os funcionários.

Schin apresenta proposta de PPRS

Sindicato quer mais avanços

PEF 2011 enterra, agora é melhorar o programa

Trabalhadores enterram PEF da AmBev Sindicato e empresa se reúnem na próxima semana

Sindicato volta a se reunir com a Schin

Outro problema grave na AmBev é a baixa qualidade da ali-mentação servida aos funcionários.

Faltam opções, a co-mida não tem gosto e os itens são de péssima qualidade. À noite, o que é ruim consegue ficar pior ainda.

O que se constata é que a comida da empresa é a pior do setor de bebidas. Uma vergonha para a maior cervejaria do país.

Em 2011, o Sindibeb havia reclamado do pro-blema. O gerente da época afirmou que até ele comia e

não era ruim.Na próxima semana, o

Sindicato estará se reunin-do com o gerente geral Antônio Marcos para tratar desse assunto. Vamos dar um prazo para a empresa resolver o problema. Tem que ser rápido.

EXPEDIENTE - O Garrafa é um órgão informativo oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas do Estado da Bahia, editado sob a responsabilidade da diretoria da entidade. End. Rua Mathias de Albuquerque, nº 39, Uruguai, Salvador-Bahia. CEP 40.450-540. Tel. (71) 3312-6851. Fax (71) 3313-2092. e-mail: [email protected] - Sub-sedes: Feira de Santana, R. Arnold Silva, 73 - Kalilândia CEP: 44.025-520. Tel.: (75) 3226-6747/Camaçari, R. José Nunes de Matos, 113 - Centro, CEP: 42.800-070. Tel.: (71) 3622-2600 / Alagoinhas, Praça JJ Seabra, 88 - Edf. Ponto Nonato , sl/104 - 1º Andar. CEP 48.010-140. Tel.: (75) 3422-5247 / Vitória da Conquista, R. Coronel Gugê, 155 - Edf. Eunice Oliveira, sl/103 - Centro. CEP 45.040-000. Tel.: (77) 3422-7216 / Ilhéus, R.Bento Berilo, 223 - Centro. CEP 45.653-270. Tel.: (73) 3231-6650. Presidente:Alberto Evangelista. Diretor de Imprensa: Roberto Santana. Redação e Editoração Eletrônica: Cláudio Mota; Impressão: Imprima. Tiragem: 5.000 exemplares. Edição fechada em 11 de abril de 2012.

AmBev virou pizzaria com rodízio de gerentes

A cada dois anos a AmBev faz rodízio de gerente geral. Isso traz problemas para os trabalhadores. Cada um gerente procura implantar suas idéias e filosofia de trabalho, além de estabelecer uma forma de relação com os funcionários. Há uma descontinuidade de tudo. Quando algo está sendo implantado, vem alguém e muda o que está em andamento.

AmBev tem pior alimentação

Acordo perto na Dias D’ÁvilaNo último dia 9, em Feira

de Santana, o Sindicato te-ve a primeira reunião de negociação com a Dias D’Ávila.

O representante da em-presa, Vitor Lins, disse que apresentará uma proposta de acordo nos próximos dias.

O Sindicato entende que

é essencial um reajuste acima da inflação, piso maior que o salário mínimo, cesta básica, além de outros benefícios e regras que regulamentem a relação de trabalho na empresa.

A empresa marcou nova rodada de negociação para o dia 18 de abril. Esperamos avanços.

Olho na IndaíaTem assembleia dia 18

O prazo termina agora em abril, mas o Sindicato tem buscado contato com a empresa para discutir o valor e o momento da concessão do benefício.

Essa reunião ficou acertada nas negocia-ções após a greve.

O gerente Ricardo Maia disse que a matriz está discutindo o as-sunto e que, ainda esta semana, estará marcando uma conversa com o Sin-dicato.

O Sindibeb estará reali-zando essa assembleia para que os trabalhadores analisem a proposta.

Esse é o momento de garantirmos que a cesta básica seja de fato implementada.

Esse benefício foi con-quistado com muita luta e garantirá uma maior qualidade de vida aos funcionários.

Brasfrut fará proposta Em reunião realizada, dia 10, o representante da

empresa, André Ornelas, disse que, no dia 25/4, a Brasfrut apresentará uma proposta concreta sobre os itens da pauta. Queremos reajuste acima da inflação,

piso salarial de R$ 750,00, manutenção da cesta básica, auxilio para material escolar, entre outros benefícios.

A conversa aconteceria nesta semana, mas a empresa solicitou adiamento para o dia 23. É o início das

negociações, quando o Sindicato trata da participação nos resultados e da remuneração dos motoristas.

Técnica de enfermagem em Vitória da Conquista

No boletim 463, especial para a Coca-Cola, publicamos que em Vitória da Conquista não havia

profissional de enfermagem. Depois, ficamos sabendo que a unidade conta, há dois meses, com a técnica

de enfermagem Maury Luciana. Essa era uma reivindicação do Sindicato e a empresa não havia nos

informado.

Coca adia reunião para 23/4 BOCA DE BRASA

A fábrica de refrigerantes está prevista para ser inaugurada em maio, em Alagoinhas. Mas o Sindicato já está

negociando o Acordo Coletivo de Trabalho. Os contatos estão sendo feitos com a gerente Rosi Oliveira. Quem mora no município e estiver interessado em trabalhar

na São Miguel pode enviar currículo para o e-mail [email protected].

São Miguel negocia

Nossa luta conquistou a cesta básica