sinbinforma - ano v - nº 43 - abril de 2007

6
12 ARRANJO PRODUTIVO Acesse www.sindicato.org.br e compartilhe conhecimento e negócios. Página 12 Integrantes do APL terão treinamento comportamental IMPRESSO Informativo do Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigüi Ano V • Nº 43 • Abril 2007 • www.sindicato.org.br Treinamento vai mostrar resultados da cooperação As micro e pequenas empresas de todos os setores do país terão gran- des benefícios após a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas pelo governo federal. A lei, que foi sancionada em dezembro de 2006, é baseada em uma proposta elaborada pelo Sebrae com base em reivindica- ções do setor e permitirá que as micro e pequenas empresas sejam mais com- petitivas, principalmente pela redução da carga tributária. Além de reduzir os impostos, a Lei Geral vai simplificar a abertura e fechamento de empresas e criar me- canismos que irão facilitar o acesso ao crédito, à inovação tecnológica e faci- lidades em concorrências públicas. Para que os micro e pequenos empresários de Birigüi estejam bem informados sobre a Lei e possam apro- veitar todos os benefícios oferecidos por ela, o Sinbinforma trará em sua próxima edição um artigo específico sobre a lei, escrito pelos assessores jurídicos do Sinbi. Enquanto isso, os empresários que desejarem de esclare- cimentos sobre a lei, podem procurar a assessoria jurídica na sede do Sinbi às terças, quartas e sextas-feiras. Nova lei unifica impostos e facilita acesso ao crédito O Sinbinforma completa quatro anos em abril e co- memora reformulando seu visual e conteúdo. A partir desta edição, o jornal terá 12 páginas coloridas e novo papel. A nova fase do Sinbinforma fará o jornal mais dinâmico e muito mais informativo. Página 2 China pode se tornar uma oportunidade de negócios Jovem do Pró-Criança representa Birigüi na Olimpíada do Conhecimento do Senai Página 9 A Assintecal realizou seu 12º Fórum de Design e Tecnologia em Birigüi e apresentou as inspirações para o Verão 2008. A ênfase do fórum foi para a mudança de mentalidade das empresas, incentivando o desenvolvimento de produtos com identidade baseada nas características locais e nacionais. O design nacional e diferenciado é o grande segredo para o sucesso das coleções na próxima estação. Página 7 Identidade local inspira coleções Verão 2008 Os consultores da Assintecal, Luiz Amaro e Ilana Azeneth, junto com o presidente do Sinbi, José Roberto Colli Empresas calçadistas de Birigüi trabalham, através do Sinbi, para inserir nas fábricas cadeiras ergonômicas dentro das normas determinadas pela FUNDACENTRO. O Sindicato fez contato com empresas fornecedoras de cadeiras para apresentar protótipos que atendam as especificações para as empresas comprarem em conjunto do fornecedor que apresentar a melhor oferta. Página 3 Empresas adequam cadeiras das pespontadeiras Sinbinforma de cara nova A importância da cooperação e os resultados coletivos que ela pode gerar serão alguns dos temas do Treinamento Comportamental, que será realizado para empresários e sócios das empre- sas integrantes do APL de Birigüi. A proposta do treinamento é aumentar o conhecimento e proporcionar vivências que incentivem a prática da colabora- ção entre as empresas do APL, gerando benefícios para todas. O treinamento será ministrado pelos professores Marcio Antonio Rodri- gues Sanches e João Baptista Brandão, docentes do MBA em Gestão de Negó- cios do Setor Calçadista. Segundo eles, o objetivo do curso é ajudar os empre- sários a entender que a competição, que é uma característica inerente ao espírito empreendedor, pode andar junta com a cooperação, que hoje é vital para os negócios. “Uma rede de empresas que, ao mesmo tempo está preparada para competir e sabe aproveitar o potencial da cooperação, cria uma vantagem competitiva diferenciada e sustentada”, afirmam. O Comitê Gestor do APL acredita que o treinamen- to vai auxiliar os empresários a absorver melhor os conhe- cimentos que receberão ao longo dos dois anos de convê- nio porque todas as ações do projeto visam a união entre os participantes para alcançar o fortalecimento do setor como um todo. O treinamento será realizado através de oito workshops dirigidos pe- los professores. Durante seis meses, os encontros acontecerão às sextas à noite e sábados de manhã e à tarde. Estão pre- vistos conteúdos como visão estratégica do negócio, competição e cooperação, negociação, atitudes e comportamentos, empreendedorismo como opção de vida e empresa familiar. As datas dos workshops já fo- ram definidas e começam a partir do dia 25 de maio. O Sinbi e o Comitê Gestor do APL vão informar a data de início das inscrições. Outras ações Além do treinamento comporta- mental, as consultorias e treinamentos propostos pelo APL estão acontecendo. Um grupo de 25 empresas do APL fina- lizaram dia 12 de abril o curso de PPCP (Programação, Planejamento e Controle da Produção), ministrado pelo Senai. O curso é resposta a uma das necessidades identificadas pelo diagnóstico empresa- rial realizado nas empresas do APL. O curso foi considerado um su- cesso pelos participantes e identificou a necessidade de treinar as empresas nas áreas de cronometragem e cronoanáli- se. O treinamento ainda não tem data definida, mas já está sendo estudada pelo Comitê Gestor do APL. Ubiraci Chaves de Oliveira Júnior, da Calbex, já está colocando em prática na sua empresa as informações que re- cebeu. “Já estamos implantando o que aprendemos no curso e temos muito interesse em participar do treinamento de cronometragem”, disse. Para João Carlos Leonel, da Tronquinho de Gente, o treinamento de PPCP alertou sobre como melhorar a eficiência da produção. “Nós vimos como precisamos melhorar a eficiência da produção para não per- demos muito tempo e prejudicarmos o andamento da empresa”, afirmou. O diagnóstico empresarial, apresentado pelo consultor Paulo Menani, identificou a necessidade de treinamento em PPCP Produtos diferenciados e marcas fortes podem levar as empresas calçadistas a competir dentro da própria China. Aprender como aproveitar as oportunidades de negócios nesse país que ameaça hoje foi o tema da palestra que o professor e consultor da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), Ênio Klein, ministrou no Sinbi. No evento, o professor comentou um trabalho realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a realidade da indústria calçadista chinesa e suas limitações. Página 11 “O pro- jeto APL está sendo muito importante, pois estou aprenden- do a ter uma visão mais abrangente e a longo prazo do meu negócio”. Shirlei Lobo – Roodok

Upload: sinbi-birigui

Post on 28-Mar-2016

217 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Sinbinforma - Ano V - nº 43 - Abril de 2007

12 arranjo produtivo

Acesse www.sindicato.org.br e compartilhe conhecimento e negócios. Página 12

Integrantes do APL terão treinamento comportamental

I M P R E S S O

Informativo do Sindicato das Indústrias do Calçado e Vestuário de Birigüi Ano V • Nº 43 • Abril 2007 • www.sindicato.org.br Treinamento vai mostrar

resultados da cooperação

as micro e pequenas empresas de todos os setores do país terão gran-des benefícios após a aprovação da Lei Geral das Micro e pequenas Empresas pelo governo federal. a lei, que foi sancionada em dezembro de 2006, é baseada em uma proposta elaborada pelo Sebrae com base em reivindica-ções do setor e permitirá que as micro e pequenas empresas sejam mais com-

petitivas, principalmente pela redução da carga tributária.

além de reduzir os impostos, a Lei Geral vai simplificar a abertura e fechamento de empresas e criar me-canismos que irão facilitar o acesso ao crédito, à inovação tecnológica e faci-lidades em concorrências públicas.

para que os micro e pequenos empresários de Birigüi estejam bem

informados sobre a Lei e possam apro-veitar todos os benefícios oferecidos por ela, o Sinbinforma trará em sua próxima edição um artigo específico sobre a lei, escrito pelos assessores jurídicos do Sinbi. Enquanto isso, os empresários que desejarem de esclare-cimentos sobre a lei, podem procurar a assessoria jurídica na sede do Sinbi às terças, quartas e sextas-feiras.

Nova lei unifica impostos e facilita acesso ao crédito

o Sinbinforma completa quatro anos em abril e co-memora reformulando seu visual e conteúdo. a partir desta edição, o jornal terá 12 páginas coloridas e novo papel. a nova fase do Sinbinforma fará o jornal mais dinâmico e muito mais informativo. Página 2

China pode se tornar uma oportunidade de

negócios

Jovem do Pró-Criança representa Birigüi na Olimpíada do

Conhecimento do SenaiPágina 9

a assintecal realizou seu 12º Fórum de design e tecnologia em Birigüi e apresentou as inspirações para o verão 2008. a ênfase do fórum foi para a mudança de mentalidade das empresas, incentivando o desenvolvimento de produtos com identidade baseada nas características locais e nacionais. o design nacional e diferenciado é o grande segredo para o sucesso das coleções na próxima estação. Página 7

Identidade local inspira coleções Verão 2008

Os consultores da Assintecal, Luiz Amaro e Ilana Azeneth, junto com o presidente do Sinbi, José Roberto Colli

Empresas calçadistas de Birigüi trabalham, através do Sinbi, para inserir nas fábricas cadeiras ergonômicas dentro das normas determinadas pela FundaCEntro. o Sindicato fez contato com empresas fornecedoras de cadeiras para apresentar protótipos que atendam as especificações para as empresas comprarem em conjunto do fornecedor que apresentar a melhor oferta. Página 3

Empresas adequam cadeiras das pespontadeiras

Sinbinforma de cara nova

a importância da cooperação e os resultados coletivos que ela pode gerar serão alguns dos temas do treinamento Comportamental, que será realizado para empresários e sócios das empre-sas integrantes do apL de Birigüi. a proposta do treinamento é aumentar o conhecimento e proporcionar vivências que incentivem a prática da colabora-ção entre as empresas do apL, gerando benefícios para todas.

o treinamento será ministrado pelos professores Marcio antonio rodri-gues Sanches e joão Baptista Brandão, docentes do MBa em Gestão de negó-cios do Setor Calçadista. Segundo eles, o objetivo do curso é ajudar os empre-sários a entender que a competição, que é uma característica inerente ao espírito empreendedor, pode andar junta com a cooperação, que hoje é vital para os negócios. “uma rede de empresas que, ao mesmo tempo está preparada para

competir e sabe aproveitar o potencial da cooperação, cria uma vantagem competitiva diferenciada e sustentada”, afirmam.

o Comitê Gestor do apL acredita que o treinamen-to vai auxiliar os empresários a absorver melhor os conhe-cimentos que receberão ao longo dos dois anos de convê-nio porque todas as ações do projeto visam a união entre os participantes para alcançar o fortalecimento do setor como um todo.

o treinamento será realizado através de oito workshops dirigidos pe-los professores. durante seis meses, os encontros acontecerão às sextas à noite e sábados de manhã e à tarde. Estão pre-vistos conteúdos como visão estratégica do negócio, competição e cooperação, negociação, atitudes e comportamentos, empreendedorismo como opção de vida e empresa familiar.

as datas dos workshops já fo-ram definidas e começam a partir do dia 25 de maio. o Sinbi e o Comitê Gestor do apL vão informar a data de início das inscrições.

Outras ações

além do treinamento comporta-mental, as consultorias e treinamentos propostos pelo apL estão acontecendo. um grupo de 25 empresas do apL fina-lizaram dia 12 de abril o curso de ppCp

(programação, planejamento e Controle da produção), ministrado pelo Senai. o curso é resposta a uma das necessidades identificadas pelo diagnóstico empresa-rial realizado nas empresas do apL.

o curso foi considerado um su-cesso pelos participantes e identificou a necessidade de treinar as empresas nas áreas de cronometragem e cronoanáli-se. o treinamento ainda não tem data definida, mas já está sendo estudada pelo Comitê Gestor do apL.

ubiraci Chaves de oliveira júnior, da Calbex, já está colocando em prática na sua empresa as informações que re-cebeu. “já estamos implantando o que aprendemos no curso e temos muito interesse em participar do treinamento de cronometragem”, disse. para joão Carlos Leonel, da tronquinho de Gente, o treinamento de ppCp alertou sobre como melhorar a eficiência da produção. “nós vimos como precisamos melhorar a eficiência da produção para não per-demos muito tempo e prejudicarmos o andamento da empresa”, afirmou.

O diagnóstico empresarial, apresentado pelo consultor Paulo Menani, identificou a necessidade de treinamento em PPCP

produtos diferenciados e marcas fortes podem levar as empresas calçadistas a competir dentro da própria China. aprender como aproveitar as oportunidades de negócios nesse país que ameaça hoje foi o tema da palestra que o professor e consultor da abicalçados (associação Brasileira das indústrias de Calçados), Ênio Klein, ministrou no Sinbi. no evento, o professor comentou um trabalho realizado pela onu (organização das nações unidas) sobre a realidade da indústria calçadista chinesa e suas limitações. Página 11

“ o p r o -j e to apL es tá s e n d o m u i t o importante, pois estou aprenden-do a ter uma visão mais abrangente e a longo prazo do meu negócio”. Shir le i Lobo – roodok

Page 2: Sinbinforma - Ano V - nº 43 - Abril de 2007

112

Diretoria 2003/2007josé roberto ColliPresidente

Carlos alberto Mestriner1º Vice-presidente

jacir inácio Migliorini1º Secretário

josé Luis Fernandes2º Secretário

antônio Liranço1º Tesoureiro

Luiz antônio Michilin2º Tesoureiro

antônio ramos de assumpçãoDiretor de Patrimônio

ubiraci Chaves de oliveiraDiretor Social

Sérgio GraciaDiretor Social

Wagner aécio polliDiretor-Administrativo

Membros do Conselho Fiscal:Wilson josé da Silvaantônio Carlos Candeláriadenílson Eckstein

Membros Suplentes do Conselho Fiscal:valdir Lino pulzatoanésio SoratoSérgio Chagas

Delegados na Federação:1- Carlos alberto Mestriner2- Samir nakad

Suplente delegado na Federação:josé Luis Fernandes

rua roberto Clark, 460 – Centro16200-043 Birigüi – SpFone: (18) 3649-8000Fax: (18) 3649-8022E-mail: [email protected]

projeto gráficopontual propaganda Fone: (18) 3624-3366reportagens: Karen [email protected] responsávelpaulo Mantello – Mtb 24.441

impressão e fotolitosEfral – Editora Folha da regiãoFone: (18) 3636-7777

E x p E d i E n t EEditoriaL MErCado ExtErno

o Sinbinforma completa quatro anos e 43 edições neste mês de abril, servindo como um canal de informação e conheci-mento para o empresário do setor calçadis-ta de Birigüi. nesse tempo, o informativo acompanhou e registrou momentos impor-tantes para Birigüi, como a participação em feiras, a inauguração do Centro paula Souza no pólo, a criação do Sicredi Birigüi e a ins-talação do apL de Calçados infantis.

para comemorar, o Sinbinforma apresenta uma reformulação editorial e gráfica. a partir desta edição, o jornal será impresso em papel reciclatto, mostrando e incentivando a responsabilidade ambiental, e terá 12 páginas coloridas que possibili-tarão, além de um visual mais moderno, uma cobertura mais ampla dos principais assuntos ligados ao setor.

o jornal traz de volta a Série Forne-cedores para apresentar os serviços das empresas de matéria-prima, equipamentos e componentes para calçado instaladas em Birigüi e em outras regiões do país; e

a coluna Calçados & Negócios, onde as associadas ao Sinbi poderão contar sua história e apresentar as novidades que têm implantado em termos de tecnologia e investimentos.

na editoria Responsabilidade, as em-presas terão um espaço para destacar suas ações de responsabilidade social e ambien-tal e na Coluna Jurídica o empresário poderá se manter atualizado sobre seus deveres e direitos, através dos artigos escritos pelos assessores jurídicos do Sinbi. o movimento e as exigências do mercado externo serão destacados na coluna Rumo ao Exterior e o APL (arranjo produtivo Local) também terá seu espaço para mostrar todos os benefícios que vem trazendo para as micro e pequenas empresas do pólo de Birigüi.

o Sinbi deseja a todos um boa leitura e convida as empresas associadas a partici-par desse novo momento do jornal. os in-teressados devem entrar em contato com a assessoria de imprensa do Sindicato através do e-mail [email protected].

Reformulação editorial e gráfica marca 4 anos do Sinbinforma

os empresários calçadistas de Birigüi conheceram no último dia 16 de abril quais são as oportunidades do calçado infantil no mercado inter-nacional na palestra “China: ameaça ou oportunidade?”. a palestra foi mi-nistrada pelo professor e consultor da abicalçados, Ênio Klein, e contou com a presença de profissionais das áreas de exportação e importação, estudantes e interessados no assunto.

no evento o professor comen-tou um trabalho realizado pela onu (organização das nações unidas) so-bre a realidade da indústria calçadista chinesa: seu tamanho, sua produção e seus limites. a proposta da palestra foi ajudar os empresários de Birigüi a iden-tificar oportunidades de negócios para continuar competindo no mercado, apesar da China, e também para entrar no próprio mercado chinês através de produtos de alto valor agregado.

Segundo a onu, um total de 60% da produção mundial de calça-dos é da China. Ela produz de 12 a 15 vezes mais calçados que o Brasil e exporta 15 vezes mais o produto do que as indústrias brasileiras. apesar desses números, segundo o professor, as previsões do relatório da organi-zação é que o mercado chinês vai se esgotar em pouco tempo, e isso já vem acontecendo. “Muitas empresas pas-saram a vender só no mercado interno porque não têm espaço para exportar

ou porque o mercado está saturado ou porque fica muito caro transportar os produtos do interior do país até os portos”, afirmou.

Oportunidades a diferenciação dos produtos

e o investimento na marca foram as principais estratégias apontadas pelo professor para que as empresas en-contrem oportunidades de negócios apesar da China e também com ela. “precisamos atuar na diferenciação dos produtos de todas as formas possíveis: no produto, no design, na marca, no conforto” afirmou Ênio Klein.

professor Ênio alertou as empresas para que conheçam a cultura chi-nesa e tentem entrar no mercado deles através de produtos de maior valor agregado. “os chineses gos-tam muito de luxo e a indústria chinesa não pode oferecer isso. Então, as empresas devem estudar a China e a sua cultura para poder oferecer um produto que agrade a eles”, disse. além disso, aproveitar os baixos preços das matérias-pri-mas chinesas também é benéfico para as empresas.

outra sugestão do profes-sor para as indústrias de Birigüi é voltar a produzir calçados em couro, atividade que foi diminuin-do desde o final da década de 70, quando as indústrias começaram a utilizar o sintético como principal

material para a fabricação dos calçados. a estabilidade econômica pela qual o país passa atualmente pode fazer com que os consumidores aumentem o seu poder de compra e possam adquirir calçados em couro e de maior valor agregado.

para as micro e pequenas empre-sas, o professor sugere que trabalhem para poder atender o mercado global, e não só o local como geralmente fazem. “o mercado hoje é um só e os peque-nos empresários têm que se adequar para serem competidores globais, os ‘global players’. precisam se diferenciar para não serem só locais. para isso eles precisam buscar apoio de entidades como o Sindicato e o Sebrae, para se posicionar e produzir para vender no mundo todo” alertou.

China: oportunidade ou ameaça?

Professor veio a Birigüi falar sobre a China

Rumo ao Exterior

Estamos vendo e vivenciando uma grande evolução na relação Capital x tra-balho em nível mundial, pois o mundo globalizado exige muito mais de cada um que participa de forma direta ou indireta neste jogo.

aqui em Birigüi, temos feito um tra-balho muito bom junto ao Sindicato dos trabalhadores, pois estabelecemos uma re-lação de ganha-ganha: tanto o trabalhador como as indústrias são beneficiados.

Como um exemplo, podemos citar o trabalho que estamos desenvolvendo para definir as cadeiras ergonômicas para os auxi-

liares de pesponto, definindo junto com vários fornecedores o tipo de cadeira que atenda às normas de segurança e saúde no trabalho. nosso objetivo é encontrar a melhor relação Custo x Benefício para dar uma melhor con-dição de trabalho aos colaboradores.

Sempre estamos mantendo o diálogo com o Sindicato dos trabalhadores e com o Ministério do trabalho e juntos busca-mos soluções que beneficiam a todos. É fundamental continuarmos esse diálogo e harmonia, visando o bem comum.

Harmonia e diálogo são fundamentais

José Roberto Colli é presidente do Sinbi

Page 3: Sinbinforma - Ano V - nº 43 - Abril de 2007

310 ErGonoMia

o Sinbi trabalha junto a forne-cedores de cadeiras ergonômicas para auxiliar as 159 indústrias calçadistas do pólo de Birigüi a se adequarem à cláu-sula da Convenção Coletiva 2006/2007, que determina que as auxiliares de pes-ponto tenham cadeiras adequadas para o trabalho a partir do mês de abril.

o Sindicato fez contato com cin-co fabricantes de cadeiras e apresentou as necessidades e especificações que os móveis precisam ter, de acordo com um laudo elaborado pela Fundacentro (Fundação jorge duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do trabalho) especialmente para Birigüi. as fornece-doras apresentarão os protótipos das cadeiras e os valores para que o Sinbi leve a melhor proposta para as empre-sas e faça os pedidos em conjunto.

a iniciativa do Sindicato tem o objetivo de ajudar as empresas a se adequarem à norma da Convenção e de apoiar o Sindicato dos Sapateiros de Birigüi no trabalho de melhoria

das condições de trabalho dos cola-boradores da in-dústria calçadista. “nós queremos oferecer a nossos colaboradores as melhores condi-ções de trabalho e também que-remos que as empresas façam o investimento correto, adqui-r indo cadeiras de qualidade e duráveis por um preço competiti-

vo”, afirmou o presidente do Sinbi, josé roberto Colli.

Em 2003, as empresas trocaram as cadeiras das pespontadeiras. após essa mudança o Sindicato dos Sapatei-ros registrou melhorias nas fábricas e nos números de funcionárias afastadas do trabalho por problemas na coluna. “antes de trocar as cadeiras, eram registrados por mês pelo inSS cerca de 50 afastamentos do trabalho por esse motivo. o número abaixou para 20 com as cadeiras novas”, afirmou a presidente do Sindicato dos Sapateiros, Milene rodrigues.

na avaliação da presidente, a ação do Sinbi de auxiliar as empresas a melhorarem as condições de trabalho é importantíssima porque beneficia as empresas, que não têm afastamento de funcionários; os colaboradores, que não têm problemas de saúde; além de diminuir os gastos da cidade com os trabalhadores doentes e afastados

do trabalho. “os dois sindicatos estão unidos para promover melhorias sociais em Birigüi”, disse a presidente.

Projeto serve de exemplo para outros pólos

a preocupação com a saúde e segurança no trabalho nas indústrias calçadistas é uma ação pioneira do pólo de Birigüi. a discussão teve início no pólo em 1997 e a partir de 2003 as mudanças nas fábricas vêm aconte-cendo. o Sindicato dos Sapateiros da cidade é o primeiro no Brasil a incluir uma cláusula sobre saúde e segurança no trabalho na convenção coletiva.

por causa do projeto, Birigüi tem servido de exemplo para outros pólos. dia 22 de março, o Sindicato dos Sapateiros realizou, em parceria com o Sinbi, a Fundacentro e a Fede-ração das indústrias do vestuário do Estado (Fetivesp), um seminário para discutir a importância da ergonomia e apresentar o trabalho desenvolvido em Birigüi. o evento contou com a participação de representantes de 20 sindicatos de indústrias do calçado e vestuário do Estado. depois do seminá-rio, Milene rodrigues recebeu convites para contar a experiência do pólo em outras cidades.

Milene ressaltou que a Força Sindical ofereceu apoio para o projeto de Birigüi. “no seminário, a integrante da diretoria executiva da Força Sindi-cal, Eunice Cabral, prometeu abraçar o nosso projeto. Esse apoio é muito importante porque essa entidade representa mais de 80 mil trabalha-dores”, afirmou.

A recente Emenda Constitucio-nal nº 45 trouxe para o âmbito da competência da Justiça do Trabalho a apreciação e julgamento das ações que visam a anular penalidades ad-ministrativas aplicadas aos emprega-dores pelos agentes fiscais do Minis-tério do Trabalho. Agiu com inteiro acerto o legislador ao repassar para a justiça laboral tal competência, uma vez que o juiz do trabalho está mais afeito às questões que suscitam as penalidades administrativas impos-tas pelos auditores fiscais.

A presença do magistrado trabalhista abre maiores perspecti-vas para decisões mais adequadas, além de viabilizar a criação de uma jurisprudência própria e tendente a fixar alguns necessários parâmetros à atuação fiscal.

Não se pode absolutamente deixar de reconhecer que o Mi-nistério do Trabalho, por meio de seus agentes, cumpre uma função de destacada relevância social, na medida em que atua no sentido de fazer com que sejam observados os dispositivos decorrentes de lei, dos pactos normativos e das normas relacionadas com a segurança e me-dicina do trabalho.

Todavia, surgem algumas questões delicadíssimas e de gra-ves conseqüências resultantes do fato de que o auditor se sente com autonomia de dar à lei uma inter-pretação pessoal e que o induz, em certas circunstâncias, a lavrar autos de infrações envolvendo valores que colocam em risco a própria sobrevi-vência econômica da empresa.

Uma destas questões relacio-na-se com a punição administrativa

aplicada em decorrência de a em-presa ter cumprido cláusulas estas que, na concepção do autuante, não atenderiam às exigências da lei, impondo, daí, um drástico cas-tigo econômico ao empresário que simplesmente observou e cumpriu as normas estabelecidas nos pactos normativos sindicais.

Pode o auditor fiscal estabe-lecer um julgamento de valor e de legalidade de uma norma criada por intermédio da negociação sindical e punir a quem obedeceu a referi-da norma? A Constituição Federal assegura a validade da convenção coletiva no inciso XXVI, do artigo 7º, e esta convalidação vem sendo reeditada por todas as constituições brasileiras desde o ano de 1934.

As normas coletivas são fontes exclusivas do direito do trabalho, produzidas pelos principais inte-ressados na relação de emprego, o empregado e o empregador, por meio de seus respectivos sindicatos e, segundo a lei, sua observância é compulsória.

Arnald Sussekind, único rema-nescente vivo da comissão que elabo-rou a CLT e que também foi ministro do Trabalho, afirma que a convenção coletiva tem dois aspectos – o norma-tivo e o obrigacional, o que significa dizer que uma vez estabelecida a norma as empresas estão compelidas a observá-la.

Tendo em vista a natureza ju-rídica da convenção coletiva e a sua hierarquia constitucional, entendo que o auditor fiscal não pode punir a quem obedeceu uma norma coletiva, uma vez que a ilegalidade do pacto sindical somente pode ser declarada

por via de sentença da Justiça do Trabalho.

Revela pontuar que a atitude punitiva, no presente caso, é parado-xal e conflitante com o inciso IV, do artigo 11 da Lei 10.593/2002, uma vez que este determina ao auditor fiscal fazer exatamente o oposto: exigir o cumprimento da norma co-letiva pactuada.

A fiscalização constitui ativi-dade discricionária do Estado e deve estar estrita e rigorosamente pautada na lei, para que o ato não seja carac-terizado como abusivo de poder, pois o ato praticado com excesso de au-toridade pode ensejar indenizatória contra o Estado.

O enorme e doloroso sofri-mento psicológico que abala pro-fundamente ao empresário está, indubitavelmente, no rol dos casos que comportam ação indenizatória.

É preciso que o auditor fiscal esteja efetivamente muito seguro e convencido da legalidade do ato que pratica, uma vez que a pena-lidade debilita economicamente a empresa, retira durante longo tem-po o empregador do foco de seus negócios e atinge ao emprego e, por via de conseqüência, ao próprio empregado.

A fiscalização do trabalho, como afirmou em sentença o juiz João Bosco Pinto Lara, de Minas Ge-rais, deve ser preventiva e pedagógi-ca, para que ela possa efetivamente atender aos valiosos motivos sociais de sua existência.

A autuação trabalhista e seus motivos sociais

CoLuna jurídiCa

Habib Nadra Ghaname – advo-gado, professor de Direito do Traba-lho e assessor jurídico do Sinbi

EmPRESAS AdEquAm CAdEIRAS dAS AuxILIARES dE PESPONTO

O ergonomista da Fundacentro/SP, Ricardo Serrano, que fez palestra no Seminário de Saúde e Segurança do Trabalho realizado pelo Sindicato dos Sapateiros

Page 4: Sinbinforma - Ano V - nº 43 - Abril de 2007

94 CoopErativa dE CrÉdito rESponSaBiLidadE

o Sicredi Ciesp alta noroeste, cooperativa de crédito mútuo dos em-presários do setor industrial de Birigüi e região, tem nova diretoria. a assem-bléia geral da cooperativa escolheu dia 15 de março o novo presidente e os novos membros dos conselhos adminis-trativo e fiscal, e também apresentou os resultados da instituição em 2006.

o novo presidente do Sicredi de Birigüi, o empresário Sérgio Gracia, considerou os resultados positivos, mas espera um grande crescimento em 2007. “os resultados foram positivos de acordo com o balanço, mas nosso ob-jetivo é potencializar a cooperativa em Birigüi. o potencial que temos é maior do que o demonstrado hoje”, disse.

Segundo ele, a meta é propor-cionar um crescimento com qualidade da cooperativa, através dos próprios associados. “Cada cooperado tem o objetivo de trazer para o Sicredi mais três empresas ou pessoas físicas vin-culadas a uma empresa, para com isso alavancar nosso crescimento”. Hoje a cooperativa tem 229 associados e a meta é atingir 420 até o fim do ano.

o Sicredi Ciesp alta noroeste está instalado em Birigüi desde agosto de 2004. a agência é uma das 126 coopera-tivas de crédito do Sicredi (Sistema de Cré-dito Cooperativo) espalhadas pelo Brasil. o sistema atua no país há 100 anos e está presente em dez estados, sendo conside-rado a 5ª maior rede de atendimento do Brasil em número de agências.

o analista de negócios da Central Sicredi Sp, Leandro rafael tas-si, esteve em Birigüi e falou a alguns empresários sobre os benefícios que a cooperativa de crédito pode trazer

para eles e para a cidade. Ele explicou que a cooperativa faz com que os empresários economizem com tarifas bancárias e taxas de juros menores. “as tarifas e taxas de juros cobradas no Sicredi são até 30% mais baratas do que as dos bancos convencionais. Com isso o associado economiza dinheiro e pode usar essa economia dentro da sua própria cidade”, afirmou Leandro.

além da economia, que em Bi-rigüi já chegou à casa dos r$ 900 mil para os cooperados, segundo dados da Central Sicredi Sp, a cooperativa de crédito faz com que a riqueza gerada por ela seja investida dentro da própria cidade. “o lucro que a cooperativa tem com as movimenta-ções que realiza fica na cidade. São os membros da cooperativa que decidem como o dinheiro vai ser usado e ele não tem que ser repassado para uma central em outra cidade ou outro esta-

do, como nos bancos convencionais”, explicou Leandro.

o Sicredi oferece a seus as-sociados produtos e serviços como movimentação de contas via internet; talões de cheques; conta corrente; pa-gamentos nos caixas; fundos de inves-timentos; seguro residencial, de vida e de autos; administradora de cartões de crédito e débito com bandeira visa; sistema de cobrança; financiamentos; auxílio e serviços para exportação; e previdência privada e empresarial.

para ser associado é necessá-rio adquirir cotas mínimas a partir de r$ 2 mil para pessoas jurídicas e de r$ 1 mil para pessoas físicas, vincula-das a empresas associadas ao Sicredi. o pagamento desses valores pode ser feito em até 50 meses. os interessados em mais informações devem entrar em contato com o Sicredi pelo telefone (18) 3649-8008.

o jovem Luís Cleber da Silva, um dos atendidos pelo instituto pró-Criança de Birigüi, participa de 16 a 19 de agosto da fase estadual da olimpíada do Co-nhecimento, promovida pelo Senai. por sua assiduidade, boas notas, interesse, perfil competidor, raciocínio rápido e fácil aprendizado, Luís Cleber, de 17 anos, foi o escolhido pelo Senai de Birigüi, para representar a cidade na fase estadual.

atendido pelo pró-Criança, des-de a idade de 11 anos, freqüentando cursos de informática, projeto de construção da cidadania, desenho e Mecânico de usinagem em Máquinas Convencionais, pelo Senai, Luís Cleber sempre se destacou por sua inteligên-cia, interesse e presença nas aulas.

Sua preparação para concorrer na fase estadual não tem sido fácil. residindo atualmente na cidade de ara-çatuba, vem para Birigüi de segunda à sábado, para freqüentar a Escola Senai, onde recebe treinamento de qualidades pessoais (prática e teoria).

Muito confiante em sua perfor-mance, Luís Cleber disse: “Embora me reputaram muita responsabilidade, foi muito importante ser lembrado pela Escola Senai e estou fazendo de tudo para conquistar o primeiro lugar”.

Olimpíada do Conhecimento

a fase estadual da olimpíada do Conhecimento, acontecerá no pavilhão de Exposições do anhembi, na cidade de São paulo. a competição é voltada a alunos de cursos técnicos e de formação profissional nas Escolas SEnai do Estado de São paulo.

a olimpíada do Conhecimento é uma versão do antigo torneio nacional de Formação profissional, criado em 1982, e simula, em cada modalidade, um ambiente real de trabalho. durante sua realização os alunos competidores são submetidos a uma prova teórica, uma prova de qualidades pessoais e uma prova prática, onde são avaliados conhecimentos tecnológicos, habilida-des intelectuais, atitudes e domínio do processo industrial.

nessa etapa, 750 alunos de 72 unidades da instituição participarão da competição. Serão desenvolvidas 45 modalidades industriais. duzentos e cinqüenta técnicos e instrutores do SEnai-Sp participam do evento acom-panhando e avaliando as provas. Serão premiados os três melhores colocados de cada modalidade.

Segundo roberto Spada, res-

ponsável técnico pelo concurso, a olimpíada é um celeiro de novos talentos e importante instrumento de incentivo à capacitação profissional no país. Ele explica que conquistar uma medalha na competição equi-vale a obter um selo de excelência profissional: “assim como ocorre nas competições esportivas, os alunos são observados. aqueles que obtém melhor desempenho acabam sendo disputados pelo mercado”.

os melhores colocados na seleti-va paulista garantem o passaporte para a etapa nacional, na qual participam alunos de unidades SEnai instaladas em todo o país. a conquista deste pó-dio abre portas para a participação na competição internacional, o 40º Worl-dskills Competitions 2009/ivto (inter-nacional vocational organization), que será realizado no Canadá.

Sicredi: nova diretoria e metas para 2007

O gerente do Sicredi em Birigüi, José Antônio Bernardi, e as funcionárias da cooperativa, Aline Motta Stabile, Juliana dos Santos Ribeiro e Mônica Fernanda Marani

Jovem do Pró-Criança representa Birigüi na Olimpíada do Conhecimento

Luís Cleber treina no SENAI Birigüi

Page 5: Sinbinforma - Ano V - nº 43 - Abril de 2007

5CoLuna EMprESaS8

Pkeno Passo inicia sua caminhada independente

a p k e n o passo começou da vontade em-preendedora de

seu proprietário Marcos Luis pereira. Em junho de 2004, se instalou na incubadora de empresas de Birigüi e permaneceu um período de dois anos, usufruindo a infra-estrutura e o apoio da FiESp, SEBraE e da prefeitura mu-nicipal de Birigüi.

na incubadora participou de consultorias, treinamentos, palestras e feiras que tiveram um grande efeito na formação da empresa. nesse período tinha quatro funcionários produzindo uma media de 100 pares/dia.

Há um ano, a pkeno passo cami-nha sozinha, situada à rua dos Gerâ-nios, nº. 524 - Cidade jardim, e hoje tem 26 funcionários com produção de 400 pares/dia, sendo 60% da produção destinada à grande São paulo e 40% atendendo três estados: Minas gerais, paraná e Santa Catarina. a meta da empresa é aumentar a produção para 600 pares/dia em 2008.

Magic Etiquetas: vencendo desafios do setor

a Magic Eti-quetas completa três anos neste mês de abril. a empre-sa produz etiquetas, transfers, silk, freqü-

60º JOISdia 1º de maio começam em Biri-

güi as competições do 60º joiS – jogos industriários do Sesi. os jogos têm o objetivo de promover entretenimento e confraternização entre os colabora-dores das indústrias. neste ano serão disputadas as modalidades de futebol livre, futsal livre, futebol society, futsal máster, vôlei de praia, bocha, dama, truco, xadrez e tênis de mesa. a aber-tura dos jogos em Birigüi aconteceu dia 1º de abril, no Centro de Lazer e Esportes do Sesi-Birigüi. durante todo o dia, beneficiários do Sesi e toda a comunidade participaram de atividades recreativas e esportivas, receberam orientações sobre vida ativa, fizeram

avaliações físicas e massoterapia. as competições dos joiS acontecem até o dia 15 de julho.

Feical 2008a Feical – Feira de negócios do

Setor Calçadista - Máquinas, Equipa-mentos e Componentes – acontecerá nos dias 23 a 25 de julho, em Birigüi. a data foi estipulada pelo Sinbi e pela Safra Eventos, empresa responsável pela realização da feira, para atender a uma reivindicação de representan-tes e fabricantes de máquinas para o setor calçadista. as duas entidades também estabeleceram que a feira acontecerá a cada dois anos e não mais anualmente.

Assintecal em Birigüia assintecal instalou na sede do

Sinbi uma base de atendimento para os empresários do setor de componentes para calçados do pólo de Birigüi. a iniciativa faz parte do projeto da assin-tecal e do Sebrae-Sp, que tem o objetivo de contribuir para melhorar o nível de gestão administrativa das empresas, qualificar a capacidade inovativa/tec-nológica e agregar valor aos produtos através do design diferenciado. os empresários interessados em entrar em contato com a assintecal em Birigüi e obter mais informações sobre o projeto devem falar com Camila Bulio, através do telefone (18) 3634-2999 ou na sede do Sinbi, à rua roberto Clark, 460.

o presidente do Sinbi, josé ro-berto Colli, participou dia 21 de março de uma audiência pública na Câmara dos deputados, em Brasília, para discu-tir a crise do setor coureiro-calçadista. o encontro reuniu representantes de sindicatos, entidades representativas, empresários e parlamentares para dis-cutir a situação atual do setor.

a audiência aconteceu após a instalação da Frente parlamentar do Setor Coureiro-Calçadista e Moveleiro, formada por mais de 200 deputados federais para defender esses segmentos e buscar soluções e alternativas para que eles voltem a crescer e competir no mercado atual. a criação da Frente é uma iniciativa do deputado federal renato Molling (pp/rS).

Segundo ele, a proposta é pressionar o governo na busca pelas melhorias necessárias para que as empresas compensem as perdas que tiveram durante todo esse período de

crise. “as empresas vêm fazendo o de-ver de casa, cortando custos, trocando materiais e equipamentos e buscando novos mercados. Mas tudo isso tem sido insuficiente para superar as difi-culdades”, ressaltou o deputado.

para o presidente do Sinbi, a criação da Frente parlamentar é muito importante porque mostra que todos

estão preocupados com a situação que o setor vive hoje no país todo. “Eu fico muito feliz por essa iniciativa porque todos estão vendo o que o setor passa hoje e a união de forças para mudar a situação é positiva”, disse. Entre as rei-vindicações do setor coureiro-calçadista estão a redução do piS e da CoFinS so-bre a folha de pagamentos; ampliação da taxa de importação de calçados; e o aumento da taxa de exportação do couro wet-blue.

a Frente parlamentar do Se-tor Coureiro-Calçadista e Moveleiro apresentou ao novo ministro do de-senvolvimento Econômico, indústria e Comércio Exterior, Miguel jorge, a situação atual do setor coureiro-calçadista. na posse do ministro, o deputado entregou informações sobre o fechamento de fábricas e as demissões que vêm acontecendo ul-timamente e exigiu apoio do governo para mudar a situação.

Nova frente parlamentar defende setor coureiro-calçadista

Ministro Miguel Jorge escuta reivindicações de Renato

Foto

: A

nd

ré N

isan

/Div

ulg

ação

ências, sublimações, aplicações e eti-quetas emborrachadas para atender as indústrias de calçados de Birigüi. Hoje com 40 funcionários, a Magic Etiquetas nasceu da idéia de seus fundadores de aproveitar a vocação calçadista da cidade.

o maior estímulo para o início da produção foi a parceria com profis-sionais capacitados e com experiências anteriores no mercado calçadista. a estratégia da empresa para vencer os desafios atuais do setor é analisar cada situação para encontrar a melhor forma de resolvê-la. “Existem muitos desafios, mas analisamos as melhores vias de su-perá-los à medida que aparecem”, disse paulo Henrique andreaze, proprietário da empresa.

MZKID investe em design e conforto

Há 14 anos, a MZKid fabrica calçados infantis em Birigüi, fa-zendo da união de seus integrantes o segredo do sucesso de seus ne-gócios. ao longo desse

tempo, a empresa conseguiu superar vários obstáculos e se estruturar, man-tendo-se no mercado.

a MZKid realiza seus maiores investimentos hoje no design e confor-to de seus produtos, além de dedicar atenção especial para a qualidade do atendimento, com o objetivo de se diferenciar no mercado.

a missão da empresa é propor-cionar segurança, alegria e inspiração para os primeiros passos das crianças, ajudando-as a construir um mundo mais colorido no futuro. o trabalho da MZKid é direcionado pela respon-sabilidade e perseverança e conta com o apoio de muitos parceiros, que cola-boram com seu crescimento.

Casa do Construtor tem veículo próprio para entrega dos equipamentos

Gerador portátil auxilia empresas em caso de

pane de energia

o fornecedor destaque desta edi-ção é a Casa do Construtor. a empresa tra-balha com a locação, venda e assistência de máquinas e equipamentos de pequeno porte para a construção civil e empresas.

os equipamentos e máquinas dis-ponibilizados têm tecnologia importada e alta qualidade. a empresa oferece as-sistência técnica especializada e veículo próprio para transportar andaimes, betoneiras, compactadores, vibradores e ferramentas elétricas.

uma novidade disponibilizada pela empresa é um gerador de energia portátil, que pode ser usado como fonte primária de energia elétrica ou como fonte de emergência no caso de falta de energia. Em casos de pane elétrica, o aparelho permite que a fábrica continue funcionando porque é abastecido com combustível.

além disso, o equipamento tem baixo nível de ruído (69 dB) e está dentro das exigências internacionais de emissão de poluentes. o gerador é montado sobre uma carreta e é facilmente trans-portado. a Casa do Construtor realiza a entrega do equipamento e no fim do pe-ríodo de aluguel, volta para buscá-lo.

FornecedoresSérie

Page 6: Sinbinforma - Ano V - nº 43 - Abril de 2007

76 parCEria vErão 2008

diretores de esco-las estaduais de Birigüi e região participaram dia 20 de março da reunião de apresentação do proje-to Estilista aprendiz 2007. o encontro aconteceu na

diretoria de Ensino de Birigüi e contou com a presença do presidente do Sinbi, josé roberto Colli, e do diretor do Senai Birigüi, Hélio uchiyama.

o projeto Estilista aprendiz tem o objetivo de continuar a vocação cal-çadista de Birigüi, incentivando alunos das escolas estaduais a se interessarem pela indústria de calçados, especial-mente pelo design. a proposta é incluir

conteúdos referentes ao setor nas disci-plinas de matemática, português, artes e ciências das turmas de 8ª séries e levar os alunos a conhecerem a realidade das fábricas através de palestras e visitas às indústrias.

no final do projeto, os alunos vencedores poderão fazer o Curso de aprendizagem industrial no Senai e estagiar em empresas de calçados de Birigüi. Em 2007 o projeto terá algumas modificações. nas duas edições anterio-res era desenvolvido apenas em Birigüi e em escolas que participavam do progra-ma Escola da Família. agora, 39 escolas das 18 cidades ligadas à diretoria de Ensino de Birigüi podem participar.

o Sinbi e o Senai são parceiros na realização do projeto. para as empresas e para o Sindicato ele tem uma grande importância porque pensar no design e no desenvolvimento de produtos inovadores é a única forma de as em-presas garantirem a sua sobrevivência no mercado atual.

a dirigente regional de ensino, Sônia Maria Santana de abreu, afirma que o projeto é maravilhoso tanto para os alunos quanto para a escola. “além de descobrirmos novos talentos, ofere-cemos empregos para esses jovens, au-mentamos a sua auto-estima e fazemos com que toda a escola esteja envolvida no projeto”, ressaltou.

a assintecal (associação Brasilei-ra de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e artefatos) realizou seu 12º Fórum de design e tecnologia dia 22 de março na sede do Sinbi. Mais de 400 pessoas, entre empresários, estilistas das indústrias de Birigüi e estudantes, partici-param do evento, que mais uma vez pro-pôs uma mudança de mentalidade para o desenvolvimento do design dos calçados e componentes. o fórum apresentou pa-lestras sobre as inspirações para o verão 2008 e sobre como transformar a tecnologia em produtos que agra-dem o cliente e gerem lucro.

a consultora de moda da assintecal, ilana azeneth, falou sobre as inspirações para o verão 2008 e o consultor de tecnologia, Luiz amaro, fez a palestra sobre tecnologia. Segundo ilana, o obje-tivo do fórum é inspirar as pessoas a criarem produtos com identida-de. “as pessoas têm que criar de acordo com a realidade que as cerca, com a cultura em que elas estão inseridas. isso traz a identi-dade do produto”, afirmou.

Mudar a mentalidade das empresas com relação ao de-

senvolvimento de produtos tem sido o objetivo da assinte-cal há algum tempo. os consultores acre-ditam que o trabalho de conscientização já tem alcançado bons resultados, como o aumento do núme-ro de pessoas nos fóruns, que acon-tecem em todos os pólos calçadistas do Brasil, e a participa-ção de estudantes. “as empresas estão despertando para a importância de fazer produtos próprios e

não cópias e os estudantes estão apren-dendo a maneira correta de fazer design”, disse ilana.

outra observação importante que ilana fez é a necessidade de as empresas te-rem um foco definido na hora de desenvol-ver seus produtos. “as empresas hoje estão atirando para todos os lados e isso atrapalha a qualidade dos produtos. É necessário ter um foco de acordo com o público que a empresa quer atingir”, destacou.

o presidente do Sinbi, josé roberto Colli, ressaltou mais uma vez no evento a importância do investimento no design e na diferenciação dos produtos. “a cada dia que passa a responsabilidade que as em-presas têm de diferenciar seus produtos aumenta. É necessário inovar para poder crescer”, afirmou.

Parcerias Assintecal

a inovação proposta abrange todos os elos da cadeia produtiva do calçado. as empresas de componentes também têm a necessidade de mudança na mentalidade.

através do programa de desenvol-vimento das indústrias de Componentes da Cadeia Coureiro-Calçadista do Estado de São paulo, convênio firmado entre a assintecal e o Sebrae para promover o desenvolvimento dos apLs do Estado, empresas de componentes e núcleos de artesanato locais participarão de ações de capacitação, apoio tecnológico e pro-moção comercial para desenvolver com-ponentes para a indústria de calçados e artefatos e inserir o artesanato paulista nos componentes.

o objetivo do projeto é apoiar o desenvolvimento de produtos com design diferenciado e apre-sentá-los em feiras do setor e semanas de moda, como a São paulo Fashion Week. os estilistas Wilson ranieri, Simone nunes, Érika ikezili e jefferson de assis visitaram o núcleo artesanal palha de Milho, de Birigüi, para conhe-cer o trabalho dos artesãos.

através do projeto, a as-sintecal vai trabalhar junto ao núcleo, auxiliando os artesãos a desenvolver peças com a palha que possam ser inseridas nos calçados para agregar valor e conferir a identidade de Birigüi aos produtos.

Sinbi e Senai apresentam Projeto Estilista Aprendiz 2007

Pesquisas dão início a acervo do museu virtual de Birigüi

PARCERIA

SENAI

Professor Marco Aurélio realiza pesquisas por décadas para facilitar levantamento das informações

design e identidade local são os temas do Fórum da Assintecal

Mais de 400 pessoas participaram do Fórum

Os consultores da Assintecal, Luiz Amaro e Ilana Azeneth, junto com o presidente do Sinbi, José Roberto Colli

os fatos e os personagens que fizeram a indústria calçadista de Birigüi surgir e se fortalecer na cidade come-çam a se revelar através da pesquisa realizada pelo professor Marco aurélio Barbosa Souza e pela pesquisadora Lucimari Gomes Correia Barbosa. o levantamento foi encomendado pelo Sinbi para a formação do Museu virtual do calçado de Birigüi, que vai disponibilizar em um site informações, documentos e imagens sobre a história do setor calçadista na cidade.

Segundo o professor, a coleta das informações é feita por década em jornais antigos, documentos e fontes públicas. “Estamos separando a amostragem desde os anos 60 e a partir daí por décadas. pesquisamos jornais antigos de Birigüi como o Birigüiense, noroestino e diário de Birigüi e o Exclu-sivo. a partir destas informações vamos reconstruir a história das empresas e

dos empresários que fizeram parte do início do setor na cidade”, explicou.

o objetivo é que o site seja dinâmico, facilitando o acesso às in-formações. “as informações estarão divididas por década no site e dentro

de cada uma terá um breve histórico do setor na época, contextualizando a situação de Birigüi nesses períodos”, afirma Marco aurélio.

o museu virtual servirá para criar o museu físico de Birigüi. o le-vantamento vai possibilitar que os pesquisadores tenham em mãos alguns materiais que farão parte do acervo do museu físico. “a iniciativa do Sinbi é maravilhosa porque vamos levar através do site a história do setor que movimenta nossa cidade, e a forma como o trabalho está acontecendo vai agilizar a formação do museu físico”, disse o professor.

a previsão do professor Marco aurélio é que o site esteja funcionan-do até julho de 2007. as pessoas que tiverem fotos, objetos ou informações sobre a história do calçado em Birigüi podem procurar o Sinbi através do telefone 3649-8000.