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Boletim 340 | 18 de abril de 2016 | www.assibge.org.br Foi essa a posição do secre- tário-executivo do Ministério do Planejamento, Francisco Gaetani, sobre o Grupo de Tra- balho de Carreira, na reunião com a Executiva Nacional da ASSIBGE-SN, em Brasília, dia cin- co de abril. O secretário de- monstrou interesse em estreitar os laços com o IBGE, reconhe- cendo o esforço do Sindicato em tratar não apenas de assun- tos salariais, mas da importân- cia do instituto para a socieda- de brasileira. Gaetani se comprometeu a indicar o mais breve possível os nomes dos representantes do MPOG que vão compor o GT de Carreira. O secretário-executi- vo ressaltou que 2016 é um ano de muitas dificuldades para o IBGE e para todos os órgãos públicos, em função dos cortes orçamentários. Apesar dos limites impostos pela crise, Gaetani reconheceu a importância do governo pres- tigiar o IBGE. "Dado não é uma coisa barata, simples ou fácil de obter. Por isso o IBGE é um ór- gão precioso para o país, mui- tas vezes mal compreendido e pouco valorizado", afirmou. Para que o projeto de rees- truturação da carreira do IBGE possa se tornar realidade a par- tir de 2017, será preciso que o Grupo de Trabalho entre gover- no, IBGE e ASSIBGE-SN comece a funcionar o quanto antes e a proposta se transforme em Pro- jeto de Lei, para ser apreciado e votado pelo Congresso Nacional ainda este ano. Daí a importân- No momento em que fecháva- mos este boletim ainda não ha- via sido votado o processo de impeachment na Câmara dos De- putados. A situação política do país não nos permite ter certeza inclusive sobre a continuidade ou não do atual governo e mesmo da Direção do IBGE. No entanto, independente do re- sultado e do governo que estiver a frente do Palácio do Planalto, com Temer ou Dilma, a Executiva Nacional da ASSIBGE-SN tem a convicção de que a luta por nos- sas reivindicações, em especial a reestruturação do Plano de Carrei- ra dos trabalhadores do IBGE, de- penderá mais do que nunca da mobilização da categoria. Daí a importância de continuar- mos atentos e participando das campanhas unificadas do conjun- to da classe trabalhadora, do fun- cionalismo e das atividades pro- movidas pelo Sindicato. É justa- mente este o objetivo da ASSIBGE- SN, ao realizar a reunião da Dire- ção Nacional Plena, de 26 a30 de abril, em Nova Friburgo (RJ). Governo joga a conta da crise nas costas do funcionalismo Saúde do trabalhador do IBGE requer cuidados Prazo para entrada nas ações dos 28% e resíduos dos 3,17% expira em abril IBGE revive fantasma da censura Sinal verde para o Grupo de Trabalho sobre a Carreira do IBGE “Quanto mais cedo começarmos, melhor”. cia da categoria seguir atenta e mobilizada em torno da reestru- turação da carreira. Precarização e democracia Durante a reunião a Execu- tiva Nacional da ASSIBGE-SN mais uma vez demonstrou pre- ocupação com o crescimento de mão de obra temporária, o nú- mero de pedidos de aposenta- doria e a adoção de medidas restritivas ao trabalho sindical dentro do IBGE, impostas pela Direção do órgão, justamente num momento em que é funda- mental a defesa da democracia para a sociedade brasileira. A Executiva expôs dados so- bre a precarização do IBGE, citan- do o número de servidores tem- porários realizando atividades em pesquisas contínuas, com sa- lários e benefícios bem inferiores aos efetivos. Ao mesmo tempo, os dirigentes da categoria exter- naram a preocupação com me- didas que cerceiam as atividades sindicais, como a imposição de horário para a realização de as- sembleias, manutenção de um banco de horas e suas consequ- ências, proibição de participação dos temporários nos fóruns es- tatutários do Sindicato, bloqueio de e-mails e até a censura a um manifesto em defesa da demo- cracia, assinado por trabalhado- res do IBGE. As duas questões foram le- vantadas pelo Sindicato como fundamentais para que se recu- pere um ambiente de trabalho sadio e se possa alcançar o reco- nhecimento efetivo da impor- tância do IBGE. "Muita coisa não depende só de dinheiro, mas de critérios", afirmou o secretário. Gaetani frisou que é preciso que o Sindicato também participe do Planejamento Estratégico do IBGE, reivindicação antiga da AS- SIBGE-SN. O secretário se com- prometeu a realizar uma conver- sa com a Direção do IBGE a res- peito destes temas. Ao final, a Executiva Nacio- nal solicitou ao secretário-exe- cutivo que se estabeleça um ca- lendário de reuniões do Sindi- cato com o Planejamento, mi- nistério ao qual o IBGE e seus trabalhadores estão vinculados. PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 2 PÁGINA 4 26 a 30 de abril Reunião da Direção Nacional da ASSIBGE-SN Reafirmar o caminho da luta

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Page 1: Sinal verde para o Grupo de Trabalho sobre a Carreira do IBGE · sobre a Carreira do IBGE “Quanto mais cedo começarmos, ... res do IBGE. As duas questões foram le-vantadas pelo

Boletim 340 | 18 de abril de 2016 | www.assibge.org.br

Foi essa a posição do secre-tário-executivo do Ministériodo Planejamento, FranciscoGaetani, sobre o Grupo de Tra-balho de Carreira, na reuniãocom a Executiva Nacional daASSIBGE-SN, em Brasília, dia cin-co de abril. O secretário de-monstrou interesse em estreitaros laços com o IBGE, reconhe-cendo o esforço do Sindicatoem tratar não apenas de assun-tos salariais, mas da importân-cia do instituto para a socieda-de brasileira.

Gaetani se comprometeu aindicar o mais breve possível osnomes dos representantes doMPOG que vão compor o GT deCarreira. O secretário-executi-vo ressaltou que 2016 é umano de muitas dificuldadespara o IBGE e para todos osórgãos públicos, em funçãodos cortes orçamentários.

Apesar dos limites impostospela crise, Gaetani reconheceua importância do governo pres-tigiar o IBGE. "Dado não é umacoisa barata, simples ou fácil deobter. Por isso o IBGE é um ór-gão precioso para o país, mui-tas vezes mal compreendido epouco valorizado", afirmou.

Para que o projeto de rees-truturação da carreira do IBGEpossa se tornar realidade a par-tir de 2017, será preciso que oGrupo de Trabalho entre gover-no, IBGE e ASSIBGE-SN comecea funcionar o quanto antes e aproposta se transforme em Pro-jeto de Lei, para ser apreciado evotado pelo Congresso Nacionalainda este ano. Daí a importân-

No momento em que fecháva-mos este boletim ainda não ha-via sido votado o processo deimpeachment na Câmara dos De-putados. A situação política dopaís não nos permite ter certezainclusive sobre a continuidade ounão do atual governo e mesmoda Direção do IBGE.

No entanto, independente do re-sultado e do governo que estivera frente do Palácio do Planalto,com Temer ou Dilma, a ExecutivaNacional da ASSIBGE-SN tem aconvicção de que a luta por nos-sas reivindicações, em especial areestruturação do Plano de Carrei-ra dos trabalhadores do IBGE, de-penderá mais do que nunca damobilização da categoria.

Daí a importância de continuar-mos atentos e participando dascampanhas unificadas do conjun-to da classe trabalhadora, do fun-cionalismo e das atividades pro-movidas pelo Sindicato. É justa-mente este o objetivo da ASSIBGE-SN, ao realizar a reunião da Dire-ção Nacional Plena, de 26 a30 deabril, em Nova Friburgo (RJ).

Governo joga a conta da crise nas costas do funcionalismo

Saúde do trabalhadordo IBGE requer cuidados

Prazo para entrada nas açõesdos 28% e resíduos dos3,17% expira em abril

IBGE revivefantasma da censura

Sinal verde parao Grupo de Trabalhosobre a Carreira do IBGE“Quanto mais cedo começarmos, melhor”.

cia da categoria seguir atenta emobilizada em torno da reestru-turação da carreira.

Precarizaçãoe democraciaDurante a reunião a Execu-

tiva Nacional da ASSIBGE-SNmais uma vez demonstrou pre-ocupação com o crescimento demão de obra temporária, o nú-mero de pedidos de aposenta-doria e a adoção de medidasrestritivas ao trabalho sindicaldentro do IBGE, impostas pelaDireção do órgão, justamentenum momento em que é funda-mental a defesa da democraciapara a sociedade brasileira.

A Executiva expôs dados so-bre a precarização do IBGE, citan-do o número de servidores tem-porários realizando atividadesem pesquisas contínuas, com sa-lários e benefícios bem inferioresaos efetivos. Ao mesmo tempo,os dirigentes da categoria exter-naram a preocupação com me-didas que cerceiam as atividadessindicais, como a imposição dehorário para a realização de as-sembleias, manutenção de um

banco de horas e suas consequ-ências, proibição de participaçãodos temporários nos fóruns es-tatutários do Sindicato, bloqueiode e-mails e até a censura a ummanifesto em defesa da demo-cracia, assinado por trabalhado-res do IBGE.

As duas questões foram le-vantadas pelo Sindicato comofundamentais para que se recu-pere um ambiente de trabalhosadio e se possa alcançar o reco-nhecimento efetivo da impor-tância do IBGE. "Muita coisa nãodepende só de dinheiro, mas decritérios", afirmou o secretário.Gaetani frisou que é preciso queo Sindicato também participedo Planejamento Estratégico doIBGE, reivindicação antiga da AS-SIBGE-SN. O secretário se com-prometeu a realizar uma conver-sa com a Direção do IBGE a res-peito destes temas.

Ao final, a Executiva Nacio-nal solicitou ao secretário-exe-cutivo que se estabeleça um ca-lendário de reuniões do Sindi-cato com o Planejamento, mi-nistério ao qual o IBGE e seustrabalhadores estão vinculados.

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26 a 30 de abril

Reunião daDireção Nacionalda ASSIBGE-SN

Reafirmaro caminhoda luta

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O Sindicato vem recebendomuitos questionamentos sobre aação ganha pelo DAPIBGE, em rela-ção à incorporação da GDIBGE paraos aposentados. Muitos colegas es-tão antecipando suas aposentado-rias, na esperança de poderem rei-vindicar a execução desta ação. Di-ante de eventuais riscos de umaação que ainda está em trânsito,cabendo recurso por parte do IBGE,o Sindicato elencou uma série dequestionamentos ao DAPIBGE, a fimde esclarecer a situação e poder in-formar melhor a categoria.

O objetivo da Executiva Nacio-nal é, sem prejuízo da ação, instruirseus aposentados e pensionistas,por considerar que uma vitória des-ta ação representa uma vitória denossa categoria, além de forte argu-mento para assegurar as negocia-ções da proposta de carreira proto-colada no MPOG, que reivindica ofim da avaliação de desempenho in-dividual atrelada a ganho econômi-co e apenas uma avaliação instituci-onal que seria para todos os servi-dores, assegurando, assim, a integra-lidade salarial.

Leia a íntegra do ofício da ASSIBGE-SNno Portal do Sindicato: www.assibge.org.br

SINDICATO QUESTIONA DAPIBGESOBRE AÇÃO DA GDIBGE

AÇÕES JUDICIAIS

Resíduos dos 3,17

Apesar da lentidão da Justiça, muitos colegas de todo o Brasil jáconseguiram receber os 28% pela Ação movida pelo Sindicato. Ou-tros aguardam o andamento da execução. Esta ação prescreve emjulho/2016, mas o escritório de advocacia só receberá a documenta-ção dos interessados até o final de maio. Confira os dados fornecidospelo Escritório Gomes de Mattos:1. Quantas pessoas efetivamente ajuizaram ações até 5/04/2016?

1751 pessoas.2. Quantos Precatórios e RPVs já foram pagos efetivamente? 667.3. Quantos acordos administrativos foram identificados? 184.4. Quantas litispendências já foram identificadas na execução dos

28,86% até agora? 10.5. Quantos precatórios já estão lançados no orçamento da União para

recebimento em 2016/2017? São 95 Precatórios em proposta para2016. Orçamento de 2017 ainda não foi encerrado.

6. Quantas pessoas faltam dar seu acordo? 18.

O prazo para dar entrada com a ação dos resíduos dos 3,17%expira em maio. No entanto, para que todos os documentos se-jam juntados, enviados ao contador e depois conferidos é preci-so algumas semanas. Por isso, a Assessoria Jurídica da ASSIBGE-SN pede a todos os companheiros que ainda não deram entradano processo e que queiram participar da Ação, que enviem seusdocumentos até o final de abril.

Solicitamos aos interessados que entrem em contato telefô-nico com a Dra. Cassiane, de 2ª a 6ª feira, das 10h às 12h. Osdocumentos necessários são: procuração assinada, contrato (4%do valor para associados e 7% para não associados); gratuidadede justiça; cópias do último contracheque, carteira de identida-de e CPF. O número do telefone é (21) 3575-5761 e o contatopor e-mail: [email protected].

Ação dos 28%

RIOSUL VIDA CORRETORA - RJTravessa do Paço, 23/1205 - Centro - Rio de JaneiroTelefone: (21) 2517 - 3411E-mail: [email protected] • GeralE-mail: [email protected] • AtendimentoE-mail: [email protected] • Comercial

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRADANIELE • RIO GRANDE DO [email protected]@[email protected]@riosulvidaseguros.com.br

Como parte dos procedimentos para renovação daapólice dos seguros de vida dos filiados da ASSIBGE-SN junto à ICATU, houve troca da corretora responsá-vel pelo contrato, que passou a ser a RIO SUL VIDASSEGUROS. Desde já, esta empresa deve ser procuradadiante de alguma dúvida ou problema com o seguro,nos contatos informados abaixo.

A alteração não implicará em modificação quanto a co-bertura do seguro, sendo que nas próximas semanas seráenviada correspondência a todos os segurados comunican-do da mudança. Nos próximos meses os corretores busca-rão os segurados e trabalhadores não segurados, a fim deoferecer mais detalhes e viabilizar novas adesões.

Nestas visitas, a prioridade será para os segurados queainda não fizeram o recadastramento, e que por isso, fo-ram excluídos do seguro, estando descobertos e não maissendo cobrados. A ASSIBGE-SN fez gestões para que estestrabalhadores tivessem a oportunidade de retornar ao se-guro, mas agora precisam ainda ser localizados com priori-dade para que se manifestem se querem retornar. Casoqueiram, deverão assinar a adesão.

Outras informações e documentos sobre esse assuntoserão disseminados via circular e disponibilizados no nos-so Portal nos próximos dias.

Seguros Icatutem nova corretora

CONTATOS DA NOVA CORRETORA

ATENÇÃOAOS

PRAZOS!

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Na reunião de 24 de março com o Sin-dicato, a Direção do IBGE alegou queum dos problemas para a retomada deuma política de saúde dentro do órgãoseria a proibição legal à contratação deservidores para desempenhar funçõesnesta área.

No entanto, nenhum dos documentosque institui e regulamenta as atividades doSIASS, em vigor desde 2009, impõe qualquerrestrição neste sentido.

Um exemplo disso é o In-metro, que em 2010 realizouconcurso público com vagasque foram preenchidas poranalistas na área da saúde. Oque as normas do SIASS im-pedem é a terceirização e acontratação de pessoal tem-porário (Item VI, parágrafo1º, Artº 23 do Decreto Presi-dencial 6833/09).

Entre as lacunas na im-plantação do SIASS está jus-tamente a falta de pessoalpara dar conta de atender àdemanda do conjunto dofuncionalismo federal. Em-bora a Direção do IBGE ale-gue que o Sistema está im-plantado em 58 municípiose funcionando parcialmenteem outros 139, não há ne-nhuma evidência que com-prove a satisfação dos ser-vidores com o SIASS.

Enquanto o SIASS é umsistema que se articula emrede, que em tese deveriapromover ações preventivasde saúde e bem-estar dofuncionalismo a partir doslocais de trabalho, na práti-ca pouco se sabe de efetivodo seu funcionamento.

Nas próximas semanas a ASSIBGE-SNlançará uma pesquisa para investigar

as condições de trabalho no IBGE. Apesquisa será realizada em

duas partes e a primeiratrará perguntas sobrerecursos humanos, saúdee garantia à integraidadedos servidores do IBGE, edeverá ser respondidapelos efetivos etemporários em todo opaís. Após opreenchimento dosquestionários, os dadosserão tratados econvertidos em gráficos etabelas. De posse dessematerial será produzidoum relatório analíticopelo Instituto Cultiva,contratado para arealização da pesquisa.

A partir das análises econclusões destetrabalho será possível àExecutiva Nacional daASSIBGE-SN conhecermelhor o perfil dostrabalhadores do IBGE emelhorar a atuaçãosindical. Daí aimportância da suaparticipação.As informações obtidasnessa pesquisa serãoconfidenciais, sendoassegurado o sigilo.

Saúde frágilOs dados apresentados pela Direção do

IBGE apontam que no ano de 2015 men-salmente 1039 servidores pediram libera-ção para consultas e exames médicos, 79para tratamento odontológico, 46 para as-sistência social e 1 para tratamento psico-lógico. Um levantamento feito pelo RHtambém dá conta que 60% dos servidoresdo quadro em atividade no Rio de Janeironão possuem plano de saúde.

Se é verdade que o SIASSestá longe de se tornaruma realidade no que dizrespeito a uma políticaefetiva de prevenção e deatendimento a problemasde saúde dos servidores,também é verdade quecabe à Direção do IBGEencarar a questão dasaúde de seus servidores.

Portanto, não háqualquer contradiçãoentre a cobrança paraque o SIASS funcione acontento e a construçãode uma equipe deprofissionais de saúdeque atue dentro do IBGE.Daí a necessidade doIBGE incluir nos próximosconcursos vagas paramédicos, assistentessociais e psicólogos,reconstruindo umaequipe interna deatendimento aosservidores.

Sindicato lançaquestionário sobrecondições detrabalho no IBGE

1 Um quinto do quadro efetivo deservidores do IBGE procuraatendimento médico todos osmeses, o que é uma taxaelevada;

2 Os servidores que não possuemplano de saúde e precisam usara rede pública sofrem aindamais, porque o tempo para umaconsulta ou exame é maior;

3 A idade média do servidor doIBGE é elevada, o que fazaumentar a incidência dedoenças, algumaspotencializadas pelo crescimentoda produtividade no ambientede trabalho;

4 A prevenção de saúde interna éprecária e não há estrutura paraum atendimento adequado deprimeiros socorros, senecessário;

5 Não há fiscalização dascondições e do ambiente detrabalho, pela inexistência decomissões de prevenção deacidentes.

Dados sobre a situação dos ibegeanos pode levar a algumas conclusões:

Saúde do ibegeano inspira cuidados

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Jogo Rápido • Boletim Informativo da ASSIBGE-SN | Sede: Av. Presidente Wilson, 210 - 8º andar - Castelo - Rio de Janeiro/RJ | CEP 20030-021www.assibge.org.br | [email protected] | Jornalista responsável: Henrique Acker (MTb 17.635) | Diagramação/arte: Juarez Quirino

Causou perplexidade e indignação nacategoria a atitude da Direção do IBGE,alertando que servidores que aderirama um manifesto em defesa da demo-cracia poderiam ser punidos. A servi-dora que tomou a iniciativa de lançaro texto o fez em seu nome, bus-cando a adesão dos colegas daAvenida Chile.

De acordo com nota daDireção, disseminada pela in-tranet do IBGE, "o mundopolítico é construído combase em ideias que se con-trapõem. Internalizar essascontrovérsias numa instituiçãode estado como o IBGE, signifi-caria dar voz a posições ideo-lógicas conflitantes e a deba-tes acalorados que se formam em tor-no dos diversos temas de interesse dasociedade. Ou seja, enquanto ibgeanosnão podemos nos identificar, ser per-cebido ou falar institucionalmente emfavor de qualquer visão política espe-cífica, dos movimentos sociais, das op-ções partidárias e, em especial, supos-tamente por todos os servidores. Nolimite, isto levaria a divergências irre-conciliáveis entre os funcionários, fra-gilizando o clima organizacional e o al-cance de resultados", conclui o texto.

Censura no IBGE?Ora, o manifesto dos companhei-

ros da Av. Chile tem como mote es-sencialmente a defesa da democra-cia, algo que está acima de posiçõespolíticas, porquanto se trata de umprincípio constitucional. É dever detodos os cidadãos brasileiros defen-der a ordem democrática. Antes desermos ibegeanos, somos cidadãosbrasileiros no gozo pleno de nossosdireitos, entre eles o de manifestarnossas opiniões.

A atitude da Direção, para além daexagerada interpretação do que repre-senta o debate de idéias dentro de umainstituição, recoloca sobre as cabeçasde todos os ibegeanos o fantasma dacensura, algo que a ASSIBGE-SN consi-dera um retrocesso inaceitável.

Em defesa da Democraciana sociedade brasileira e no IBGE

CONSTITUIÇÃO DAREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Dos Direitos e Garantias FundamentaisCAPÍTULO I

Dos Direitos e DeveresIndividuais e Coletivos

IV- é livre a manifestação dopensamento, sendo vedado

o anonimato;

Governo joga a conta da crisenas costas do funcionalismo

PLP 257/2016

A nova proposta de reformafiscal apresentada pelo minis-tro da Fazenda, Nelson Barbo-sa, tem a promessa do gover-no de aperfeiçoar a gestão dasfinanças da União e dos gover-nos estaduais. Contudo, tre-chos do projeto têm deixadoas entidades sindicais revolta-das, principalmente as que

atingem direto o funcionalis-mo público.

Para reduzir o limite de in-vestimentos da União, a Lei deResponsabilidade Fiscal disci-plinará a implantação de umlimite plurianual para as des-pesas primárias federais comopercentual do PIB fixado noPlano Plurianual (PPA). Com

isso, a Lei de Diretrizes Orça-mentárias (LDO) vai fixar umvalor nominal do limite de gas-to para cada ano, a partir dadefinição do limite em percen-tual do PIB no PPA.

A proposta do governoprevê desde o congelamen-to dos salários dos servido-res até a criação de progra-

mas de demissão vo-luntária. No entanto,em função das reaçõesnegativas entre o fun-cionalismo, o governojá admite retirar doProjeto as medidasque penalizam os ser-vidores. O PLP 257/2016 já está na pautada Câmara dos Depu-tados e pode ser vota-do a qualquer mo-mento. Daí a impor-tância de seguirmosem alerta.