sinais de alerta no desenvolvimento infantil.pdf
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Catarina Araújo 2010 Catarina Araújo 2010 -- Terapeuta da FalaTerapeuta da Fala
Lista de Segredos - Serviços de Saúde, Lda.
Comunicação
Linguagem verbal
Fala Sistemas Alternativos e Aumentativo:
- Gestos estruturados;
-Signos Gráficos;
- Braille, etc.
Escrita
Linguagem Não Verbal /Pré-linguístico
Expressão facial
Toque
Sorriso
Movimento
Entoação (paralinguístico)
Gestos de uso comum
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Comunicação
• Por Comunicar entendemos : “ Tornar
comum, fazer parte,
Transmitir…..Proporcionar
comunicação….Ter relações, estar em
relação com alguém…”
• É impossível não
Comunicar…. Até o silêncio
é uma forma de comunicação!
Comunicação (Cont.)
• “Processo complexo de troca de informação
usado para influenciar o comportamento dos
outros” (Olswang, 1987)
• Processo interactivo, desenvolvido em contexto
social
•Envolve codificação (formulação); transmissão
e a descodificação (compreensão).
•É necessário que os interlocutores dominem o
mesmo código e utilizem o mesmo canal.
•Implica respeito, partilha e compreensão mútua
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Comunicação (Cont.)
• Requerendo uma complexa combinação de
competências cognitivas, motoras, sensoriais
e sociais, a comunicação encontra-se
relacionada com todas as áreas do
desenvolvimento.
Linguagem
“A linguagem está em todo o lado, como o ar que
respiramos, ao serviço de um milhão de objectivos
humanos” (Miller, 1981)
• A linguagem é uma forma de comunicação.
• A linguagem não serve apenas para comunicar – serve também de
suporte ao pensamento e em circunstâncias normais o pensamento
concretiza-se sob a forma de palavras.
• Competência/capacidade exclusiva da espécie humana;
Capacidade Universal que nos permite conceptualizar.
• De importância fundamental para a humanidade.
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Linguagem (Cont.)
CompreensãoCompreensão - recepção e decifração de uma
cadeia e unidades (sons, grafemas, gestos) e
respectiva interpretação de acordo com as
regras de um determinado sistema linguístico.
Linguagem (Cont.)
•• ExpressãoExpressão - estruturação da mensagem, formada de
acordo com as regras de um determinado sistema
linguístico e materializado na articulação de cadeias
fónicas, na fala, na sequência de gestos na língua
gestual ou na sequencialização de sinais gráficos, no
caso da escrita ou sistemas aumentativos e
alternativos de comunicação.
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Linguagem Não Verbal
• A comunicação não-verbal é definida como o
processo de comunicação por meio de enviar
e receber mensagens sem palavras.
Comunicação não-verbal compreende as
expressões faciais, contacto visual, gestos,
postura, toque e linguagem corporal.
Linguagem Verbal
FalaFala - materialização da língua; a
produção da linguagem na variante fónica,
realizada através do processo de
articulação de sons.
EscritaEscrita - a materialização da produção
linguística na forma gráfica.
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Linguagem Verbal (cont.)
Sistemas aumentativos e alternativos Sistemas aumentativos e alternativos – sistemas gestuais ou
signos gráficos estruturados que substituam ou complementem
a fala quando esta não é inteligível e/ou funcional.
LínguaLíngua – Concretização da linguagem
• Só faz sentido para uma comunidade delimitada, quecompreende os sinais convencionais que a constituem;
• É concreta;
• Composta por um conjunto de signos; estes signos sãotangíveis e representáveis, por exemplo, através da escrita.
• “Sistema de comunicação verbal que se desenvolveespontaneamente no interior de uma comunidade.”
• A aquisição da língua implica a apreensão
das regras específicas do sistema,
no que respeita a forma, ao conteúdo e
o uso da língua.
Componentes da Linguagem
uso
ConteúdoForma
Pragmática
Semântica
Fonologia
Morfologia
Sintaxe
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Fonologia
• Estuda os sons e as regras de organização de sons.
Unidade mínima Unidade mínima – fonema
•• Domínio da estrutura dos sons da língua Domínio da estrutura dos sons da língua – capacidade
de apreensão e utilização de regras referentes aos sons
e suas respectivas combinações.
•• Consciência Fonológica Consciência Fonológica – é o conhecimento que permite
reconhecer e analisar, de forma consciente, as unidades
de som de uma determinada língua, assim como regras
de distribuição e sequência do sistema de sons dessa
língua. Implica a capacidade de voluntariamente prestar
atenção aos sons da fala e não ao significado do
enunciado.
Relação Consciência Fonológica
-Escrita-Actualmente, sabeActualmente, sabe--se que:se que:
• Há aspectos da consciência fonológica que precedem a leitura e
outros que se desenvolvem com essa aprendizagem;
• A facilidade com que as crianças conscientemente produzem as
rimas parece ter que ver com a consciência que possuem da sílaba
e provou estar directamente relacionada com o nível de sucesso na
aprendizagem posterior da leitura;
• A segmentação e a manipulação silábica antes da entrada na
escola é determinante para o sucesso na aprendizagem da leitura;
• A consciência fonémica beneficia largamente do processo de
aprendizagem da leitura;
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Morfologia
•• Estuda as unidades mínimas da língua com Estuda as unidades mínimas da língua com
significadosignificado – Morfemas (são indivisíveis).
•• Domínio das regras Morfológicas Domínio das regras Morfológicas –
capacidade de aquisição e uso das regras
relativas à formação e estrutura interna das
palavras
Sintaxe
•• SintaxeSintaxe - Refere-se à organização das
palavras na frase.
•• Domínio das regras sintácticas Domínio das regras sintácticas --
Capacidade de aquisição e uso das regras
de organização das palavras em frases.
•• Consciência Sintáctica Consciência Sintáctica - Capacidade de
julgar gramaticalmente uma frase,
corrigindo – a (se for caso disso) e justificar a
correcção.
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SemânticaSistema de regras que governam o significado ou o
conteúdo das palavras ou combinações de
palavras.
•• Domínio das regras de realização semântica Domínio das regras de realização semântica –
capacidade de aquisição e utilização de novas
palavras (léxico), do estabelecimento de regras
entre elas e dos significados respectivos.
• Capacidade de classificar palavras agrupando-as
com base em atributos comuns (conceitos)
Semântica
•• Consciência SemânticaConsciência Semântica – conhecimento
consciente da interpretação do significado
que podem conter as palavras ou as frases.
Pode-se incluir a detecção de anomalias
semânticas, ou uso de metáforas, a
manipulação de sinónimos, a construção de
paráfrases, o processo de definição verbal e
até a criação de situações de humor verbal.
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Pragmática
• Relação entre a linguagem e o contexto em que é
utilizada;
• Estuda as diferentes funções comunicativas – ex. pedir
para executar uma acção, pedir uma informação, dar
uma ordem, expressar uma emoção...
• Estuda a forma como o contexto ou a relação que temos
com o interlocutor influenciam o conteúdo do que vamos
dizer;
• Dá-nos a Eficácia Comunicativa
•• Domínio das regras de uso da língua Domínio das regras de uso da língua – Capacidade de
apreensão e utilização das regras de uso da língua,
visando a adequação ao contexto da comunicação.
Desenvolvimento Infantil
• O desenvolvimento é predictível, ou seja,
segue uma sequência ordenada de
acontecimentos.
• Os marcos do desenvolvimento são atingidos
+/- na mesma idade por todas as crianças.
São apenas uma referência.
• As crianças para se desenvolverem
necessitam de ter oportunidades – estímulos
do meio.
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Barreiras dos interlocutores do
contexto
•• SuperprotecçãoSuperprotecção – se todas as necessidades
forem previstas e satisfeitas antes de a
criança ter tempo de as manifestar, não
precisa fazer esforço para comunicar;
•• Falta de Compreensão Falta de Compreensão – se a criança agir e
mostrar actividade mas se não for
compreendida ou mal interpretada, vai
desistindo
Barreiras dos interlocutores do
contexto
•• Castigo e Proibição Castigo e Proibição – Se a criança for
curiosa e gostar de investigar o meio, mas se
for constantemente confrontada com
proibições e castigos, a condenação pode
ser sentida mais fortemente do que o seu
desejo de conhecer;
•• Nível errado de exigências Nível errado de exigências – Um meio que
coloque demasiadas exigências, pode fazer
com que os seus fracassos intimidem a
criança.
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Aquisição da Linguagem vs
Aprendizagem da linguagem
• Processo mais passivo e longo
• Automático
• Involuntário
• Produtos resultantes mais fluentes e automáticos
• Só se aplica à oralidade
• Ritmo próprio
• Diferenças individuais quanto ao ritmo da aquisição
Aquisição da Linguagem
• Processo mais activo
• Com regras
• Exige esforço por parte da criança
• Produtos resultantes reflectem níveis superiores de consciencialização na apreensão do conhecimento
Aprendizagem da Linguagem
Comunicação e Linguagem
Aspectos essenciais Pré - verbais
•• Noção de objecto permanenteNoção de objecto permanente: capacidade que
permite representar a realidade sem esta estar
presente.
•• TurnTurn –– TackingTacking: tomada de vez essencial a uma
boa comunicação.
•• Contacto OcularContacto Ocular: processo que facilita ou
oblitera a comunicação.
•• CausaCausa--efeitoefeito: percepção de que nada acontece
por acaso.
•• Meio Meio –– fimfim: Desencadear uma acção adequada
para atingir um objectivo
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Marcos do Desenvolvimento
Idade Fonologia Semântica Morfologia
/Sintaxe
Pragmática Jogo
12 -15 meses
Produções
compostas por
CV ou CVCV (ex:
ba ou mama).
Consoantes mais
frequentes /m/,
/n/, /p/, /b/, /t/ e
/d/.
Produzem cerca
de 10 palavras. A
nível da
compreensão de
vocabulário aos
15 meses
compreendem 50
palavras.
Primeiras
produções
compostas por
enunciados de
uma palavra -
holofrase. Uma
palavra assume
o sentido de
frase.
Realizam uma
comunicação por
minuto. A
comunicação é
acompanhada
por gestos
combinados com
sons
vocalizados.
Usa objectos
comuns de forma
apropriada.
Procura um
objecto no local
onde o viu pela
última vez. Imita
o modelo.
18 meses
Começam a
surgir
consoantes
novas, como /k/,
/g/, /∫/, /f/, /s/.
50% das
consoantes são
produzidas
correctamente.
Vocabulário
expresso de 100
palavras.
Compreendem
em média 300
palavras.
Surto lexical.
Surge a primeira
combinação de
palavras,
revelando
relações
semânticas e
uma organização
consistente em
termos de
ordem. A frase
assume o
aspecto
Telegráfico.
Realizam duas
comunicações
por minuto. Maior
número de
palavras
relativamente
aos gestos e
sons produzidos.
Jogo simbólico
usando-se a si
próprio como
actor.
Marcos do Desenvolvimento
Idade Fonologia SemânticaMorfologia
/SintaxePragmática Jogo
24-36 meses
Surgem o /l/ e /λ/
e mais palavras
com 2 sílabas e
grupos
consonânticos
em posição
inicial. 70% das
consoantes são
produzidas
correctamente e a
fala é 50%
inteligível.
Vocabulário
expresso de
cerca de 300
palavras.
Compreendem
mais de 900
palavras
Uso frequente do
«não».
Começa a
emergir a
unidade sintáctica
SVO.
Uso de
substantivos,
verbos, adjectivos
e pronomes.
Realizam cinco
comunicações
por minuto.
Pedem e
comentam para
manipular o meio.
Começam a
perguntar para
obter nova
informação.
Faz de conta
envolvendo os
outros usando
vários esquemas
3 –4 anos
A maior parte dos
fonemas são
produzidos
correctamente.
Persistem
estratégias de
simplificação
fonológica. O
discurso é
praticamente
100% inteligível.
Vocabulário
expressivo de
900 palavras.
Conseguem dar
resposta a
questões difíceis,
incluindo a
previsão de
informação
omissa.
Surgem as
formas negativas
e as perguntas.
Os morfemas
gramaticais
tornam-se mais
consistentes
(plurais, flexões
verbais,
fem./masc.).
Começa a
emergir a
unidade sintáctica
SVO+SVO.
Aumentam as
conversas sobre
acontecimentos
passados e
futuros. Têm mais
oportunidades
para ser
corrigidos.
Surgem funções
comunicativas
como a narrativa
e imaginativa.
Brinca com
sequências de
acontecimentos
como preparar
comida, pôr a
mesa, comer. A
criança envolve-
se em diálogos
falando em
função de cada
personagem
particular,
desempenhando
todos os papéis.
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Marcos do Desenvolvimento
Idade Fonologia SemânticaMorfologia
/SintaxePragmática Jogo
4 –7 anos
Quase todos
os fonemas
são
produzidos
correctament
e. Podem
verificar-se,
no entanto,
algumas
distorções
nos fonemas
mais difíceis
(z, l e r).
Aos 6 anos o
vocabulário
expressivo
médio é de
2500
palavras.
Compreende
m cerca de
8000
palavras.
O uso de
frases
complexas
passa de 10
para 20% no
total de frases
produzidas.
A linguagem
é usada para
raciocinar e
negociar.
Os bonecos
podem
assumir
vários papéis.
Elaboração e
planificação
de narrativas
incluídas nas
brincadeiras.
Problemas Específicos de
Linguagem
Domínios Linguísticos Alterações Possíveis
Pragmático
•Uso da linguagem inadequado:
• Interlocutor;
• Contexto
•Falta de iniciativas comunicativas;
•Bloqueios linguísticos;
•Situações ocasionais de mutismo.
Fonético/Fonológico
•Omissão de sílabas ou fonemas (ex:
dois/doi; Bicicleta/ cicleta)
•Simplificação de processos (ex:
sapato/papato; menino/memino; copo/poco;
Jardim/chardim; azul/assul; pau/mau;
Mola/pola)
•Simplificação de grupos ou encontros
consonânticos (ex: placa/paca; cobra/coba).
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Problemas Específicos de
LinguagemDomínios Linguísticos Alterações Possíveis
Semântico
•Dificuldades de evocação;
•Dificuldades de categorização;
•Sobregeneralizações abusivas (ex:
colher – papa; Lua – Bola)
•Subgeneralizações impróprias (Ex:
banana – fruta; maçã não é fruta)
•Compreensão literal
Morfo-Sintáctico
•Redução do comprimento médio
do enunciado;
•Dificuldades na utilização de
palavras de função;
•Alterações morfológicas:
• - concordâncias de género,
•Concordâncias de números,
•Concordâncias de tempo.
Sinais de Alerta
• Aos 2 anos não fala ou começou a dizer as primeiras
palavras mais tarde do que o habitual; (aos 16 meses sem
falar já é sinal de alerta)
• A criança não produz ainda frases com duas palavras (ex.
quero bolo) aos 2 anos;
• Apresenta menos de 50 palavras aos 2 anos;
• Não compreende ordens/indicações simples ou o que lhe é
dito;
• Não produz frases curtas ou não responde a perguntas
simples.
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• “Fala por falar” e não para estabelecer uma relação com o
outro;
• Apresenta uma linguagem ininteligível associada a gestos
naturais para os pais aos 2 anos e para estranhos aos 3
anos;
• Aos 3 anos ainda não produz frases ou possui um vocabulário
reduzido;
• As palavras não são muito claras ou a fala da criança não
facilmente percebida pelos ouvintes;
Sinais de Alerta (Cont.)
Sinais de Alerta (Cont.)
• Mostra-se relutante em imitar sons ou palavras;
• Mostra-se desinteressada em comunicar com as
pessoas;
• Não faz perguntas;
• Mostra-se frustrada ao tentar comunicar;
• Apresenta esforço para e/ou ao falar;
• - Não consegue contar uma história aos 3 anos;
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Sinais de Alerta (Cont.)
• Tem mais de 4 anos e gagueja;
• Fala pelo nariz;
• Manifesta um desenvolvimento fonológico muito
lento, com a persistência de simplificações próprias
do desenvolvimento para além do tempo normal e
das características da fala infantil;
• Usa maioritariamente palavras concretas como
objectos, utilizando menos verbos ou adjectivos;
• Apresenta dificuldades em articular determinados
sons;
• Evidencia uma articulação imatura.
Sinais de Alerta (Cont.)
• Utiliza frequentemente palavras genéricas ou vazias (ex.
Isto põe ali assim; Este coiso, …);
• Existe a necessidade de adaptar o discurso ou falar de
um modo especial ou de recorrer a objectos ou gestos
para a criança o perceber;
• Apresenta dificuldades em memorizar ou acompanhar
canções infantis;
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Sinais de Alerta (Cont.)
• Mostra dificuldades em perceber que as palavras podem
dividir-se partes mais pequenas;
• Só utiliza a 3.ª pessoa, o presente do indicativo e as
formas impessoais (infinitivos e particípios) até aos 5
anos.
• Repete palavras ou enunciados sem prosódia
imediatamente após a palavra ouvida do interlocutor ou
algum tempo depois.
Perturbações da Comunicação e
Linguagem
• Podem existir alterações da comunicação e linguagem causadas por
perturbações a outro nível (autismo, PHDA, Síndromes, etc.)
Atraso de Desenvolvimento da Linguagem;
• Atraso das diversas fases de desenvolvimento linguístico a nível temporal. Poderá melhorar mas também não alcançar o desenvolvimento normal.
• Pode coexistir com atraso em outras áreas do desenvolvimento
Perturbação Específica de Linguagem;
• Desenvolvimento de linguagem não respeita o padrão habitual.
• Dificuldades de linguagem não atribuídas a perturbações de outro nível.
• Fonológico – sintáctico;
• Morfológico – sintáctico
• Sintáctico - semântico
• Semântico – Pragmático
• Desfasamento entre o nível cognitivo e a linguagem
Perturbação da Articulação
• Fonética: Dificuldade na área expressiva estando a compreensão inalterada. Dificuldade em articular os sons da fala
• Fonológica: Dificuldade de articulação devido a alterações da consciência fonológica e discriminação auditiva
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Exemplos de Actividades
Qual a importância de integrar jogos e
actividades de consciência linguística nas
actividades de jardim-de-infância?
Criar exemplos de actividades de:Criar exemplos de actividades de:
• Consciência Fonológica e discriminação
auditiva;
• Consciência Semântica;
• Consciência Sintáctica.
Actividades
Consciência Fonológica e Discriminação Auditiva:– Assinalar com bater palmas cada palavra em diferentes frases;
– Repetição de Padrões rítmicos;
– Bater palmas no intervalo de duas palavras;
– Repetição de palavras (2, 3, 4);
– Divisão silábica;
– Rimas:
– Som inicial e som final;
– Isolar sílaba inicial e pedir palavras que comecem da mesma forma;
– Apresentar palavras divididas silabicamente e pedir à criança que
junte as sílabas;
– Divisão fonémica (a partir dos 5 anos);
– Palavras que começam por determinado som (a partir dos 5 anos)
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Actividades (Cont.)
Consciência Semântica:Consciência Semântica:
• Jogo das palavras relacionadas (alguém diz uma
palavra e o outro a seguir tem que dizer algo
relacionada e faz uma corrente);
• Dar uma categoria semântica e pedir conceitos dessa
categoria;
• Apresentar uma palavra e pedir sinónimo (a partir do 5
anos);
• Dar uma frase e pedir outra frase que quer dizer o
mesmo ( a partir dos 5 anos)
Actividades (Cont.)
Consciência Sintáctica:Consciência Sintáctica:
• Apresentar frases incorrectas e pedir para
ver se estão ou não correctas (graduar:
identificar incorrecção e corrigir – a partir dos
5 anos);
• Na leitura da história descrever as imagens
usando várias estruturas de frases;
• Brincar com os tipos de frase: interrogativa,
declarativa; exclamativa….
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3 tipos de actividades que favorecem o
desenvolvimento da linguagem:
O jogojogo é das melhores maneiras de favorecer a
aprendizagem da linguagem por diversas razões:
• O jogo é essencialmente social e é fonte de prazer;
• O jogo favorece a “ participação alternada” ( tomada
de vez);
• O jogo favorece a participação da criança no
intercâmbio não verbal;
• O jogo pressupõe a repetição;
• O jogo estimula muitos dos nossos sentidos.
3 tipos de actividades que favorecem o
desenvolvimento da linguagem:
• As crianças interessam-se bem cedo pela
músicamúsica e aprendem como reagir depressa á
melodia. De início de modo não verbal, por
movimentos em que intervém todo o corpo; a
seguir, verbalmente, imitando ritmos e sons.
• Através das actividades musicais, as crianças
aprendem naturalmente a estarem atentas, a
concentrarem-se, a ouvirem e a seguirem
instruções. Cada uma destas aptidões
prepara-as para a aprendizagem da
linguagem.
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3 tipos de actividades que favorecem o
desenvolvimento da linguagem:
• Os livroslivros são indispensáveis para estimular o
desenvolvimento da linguagem.
• Os livros oferecem possibilidades quase ilimitadas de
adquirir conhecimentos sobre o mundo que os rodeia,
de utilizar e de compreender a linguagem.
• Estes são uma rica fonte de oportunidades de
comunicação:
– Desenvolvem a atenção e a concentração;
– Permitem encorajar, naturalmente, na criança as atitudes
indispensáveis ao desenvolvimento verbal: imitar, nomear,
explicar, estimular;
– Permitem repetir várias vezes as mesmas coisas;
– Permitem reforçar a linguagem já conhecida.
Estratégias
• Aprender a Comunicar é um pouco como jogar ping-pong: quando um jogador é melhor do que o outro, deve adaptar continuamente a sua maneira de jogar à do seu par, para que este possa bater a bola e melhorar a sua técnica. No mesmo sentido, um educador deve aprender a adaptar a sua forma de comunicar com a criança tendo em conta as aptidões desta.
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Estratégias (Cont.)
• Não podemos forçar uma criança a
comunicar, ela só aprende se o desejar
verdadeiramente. O melhor momento
para o fazer é quando ela inicia a
comunicação por iniciativa própria. É
necessário reconhecer todas as formas
que a criança utiliza para iniciar a
comunicação por mais subtis que sejam
( olhar, gestos, sons, etc.).
Estratégias para facilitar a Expressão
• Identificar o tópico de conversa;
• Dar tempo para a criança responder;
• Incentivar diferentes formas de comunicação, quando
não se compreende de forma eficaz o que a criança
tenta transmitir;
• Certificar-se que ela transmitiu o que pretendia,
devolvendo o que nos foi dito;
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Estratégias para facilitar a Expressão (cont.)
• Dizer quando não a percebemos e pedir para reformular;
• Realizar perguntas de resposta sim/não, quando de
outra forma não se compreende a mensagem;
• Fornecer opções quando a criança não responde
correctamente;
• Proporcionar a mudança de tópico quando o interesse
diminui.
Estratégias para facilitar a compreensão
• Falar devagar com a articulação exagerada;
• Verificar se a criança está a olhar para nós;
• Sinalizar a mudança de tópico;
• Fornecer o tema da conversa;
• Certificar-se de ela está a entender;
• Repetir quando se verifica que não percebeu;
• Associar a fala a outras formas de comunicação e aumentar o recurso às não verbais;
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Estratégias para facilitar a compreensão (cont.)
• Usar palavras com conteúdo e enfatizá-las.
• Evitar discursos redundantes e vocabulário rebuscado;
• Formar frases curtas e simples;
• Evitar fazer muito ruído;
• Não fornecer muita informação simultaneamente;
• Não fale mais alto nem grite.