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Dirce Beltrão foi eleita e já assumiu a presidência do Sindicato Núcleo estudantil conscientiza estudantes sobre a importância da sindicalização Página 4 Página 7 Página 5 Página 2 ENBRA será realizado no Rio de Janeiro Piso salarial dos Administradores é reajustado em 14,13% ADMINISTRADOR Sindicato dos Administradores no Estado do Rio de Janeiro Ano 6 - Nº 29 Março e Abril de 2012 Site: administradores.org.br | Blog: administradores-rj.blogspot.com | Twitter: twitter.com/sinaerj JORNAL do 9912163025/2007-DR/RJ CORREIOS Impresso Especial Sinaerj

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SINAERJ 29

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Dirce Beltrão foi eleita e já

assumiu a presidência

do Sindicato

Núcleo

estudantil

conscientiza

estudantes

sobre a

importância

da

sindicalização

Página 4

Página 7

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Página 2

ENBRA será realizado no Rio de Janeiro

Piso salarial dos Administradores é reajustadoem 14,13%

ADMINISTRADOR

Sindicato dos Administradores no Estado do Rio de Janeiro

Ano 6 - Nº 29 Março e Abril de 2012

Site: administradores.org.br | Blog: administradores-rj.blogspot.com | Twitter: twitter.com/sinaerj

JORNAL do9912163025/2007-DR/RJ

CORREIOS

ImpressoEspecial

Sinaerj

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Administradores do Estado do Rio de Janeiro têm piso salarial reajustado em 14,13%

Aumento abusivo nas tarifasdas barcas gera indignação

Sancionada pelo Governador Sérgio Ca-bral no dia 9 de fevereiro, a Lei 6163/12 reajustou em 14,13% o piso salarial de

diversos profissionais, dentre eles o Adminis-trador. Produzindo efeitos a partir do dia 1° de fevereiro, a referida Lei institui o valor de R$ 1.861,44 como salário mínimo dos Adminis-tradores, e revoga o disposto na lei anterior, na qual o piso salarial era de R$ 1.630,99.

Mesmo reajustado, o novo piso salarial, que não se aplica aos trabalhadores que o te-nham definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho nem aos servidores

públicos municipais, ainda está longe do ideal, mas a conquista de um salário mínimo para os Administradores é uma importante vitória, ob-tida graças à forte atuação do SINAERJ.

Mesmo defasado em relação à remunera-ção paga em grandes empresas, o novo piso garante uma variação positiva nas micro e pe-quenas empresas, que pagam valores inferiores ao instituído, e até mesmo nas prefeituras do interior do Estado, já que por lei os Administra-dores do serviço público não são contemplados pelo piso.

O valor fixado cumpre um papel de ga-

nho significativo para os profissionais em início de carreira, sendo também um valor de referência para horas técnicas de consul-toria, para a negociação salarial no caso de profissionais com mais experiência e para os responsáveis técnicos.

Como uma de suas principais metas é atender os anseios dos Administradores e lu-tar pela defesa dos seus interesses e direitos, a Diretoria do SINAERJ reitera que a busca por uma remuneração justa é, e sempre será, uma das diversas lutas do Sindicato em prol dos Administradores.

O aumento de 60,7% na tarifa das barcas que perfazem o trajeto Rio-Niterói causou, com toda razão, revolta entre os usuários do serviço prestado pela empresa Barcas S/A no Estado do Rio de Janeiro. Desse modo, a passagem que custava R$ 2,80 passou para R$ 4,50. A justificativa para o reajuste seria o desequilíbrio financeiro e econômico da em-presa, que alega que só no ano passado teve prejuízo de R$ 27 milhões com a manuten-ção do serviço.

Para tentar “amenizar” a medida, o iní-cio da cobrança da nova tarifa que seria em 1° de março foi adiado para o dia 3 de março a fim de que os usuários do serviço, que é constantemente utilizado pelos trabalha-dores na ida e volta do trabalho, pudessem fazer o cadastro no bilhete único. De acor-do com informações publicadas no site da Agetransp, agência reguladora do serviço de transporte público, que aprovou o aumento, “a tarifa praticada aos usuários portadores do bilhete único em duas viagens diárias – ida e volta – será no valor de R$ 3,10, uma vez que o Governo subsidiará o valor restan-te da passagem. Aos usuários que não porta-rem o bilhete único, o valor cobrado será R$ 4,50”. Isto é, fizeram parecer que os benefici-

ários do bilhete único teriam um reajuste de apenas R$ 0,30, só esqueceram-se de dizer que o subsídio do Governo vem do dinheiro público, ou seja, dos impostos e diversas ta-xas tributárias que você paga.

E por falar em impostos, você sabia que o governo estadual concede isenção fiscal à empresa Barcas S/A? Pois é, desde março de 2011, a concessionária Barcas S/A tem isen-ção total do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além dis-so, foram excluídos do balanço financeiro da empresa os ganhos com os estacionamentos nas estações, com as linhas seletivas, como a de Charitas, os aluguéis de lojas e as pu-blicidades.

Apesar da autorização para o aumento ter sido da Agetransp, nossos parlamentares não estão isentos nessa questão. O aumento foi precedido pela aprovação do Projeto de Lei 1145/2011, em sessão extraordinária no dia 14 de dezembro, e que obteve a anuência de 54 dos 70 deputados da Alerj.

De acordo com o texto do referido Pro-jeto, que originou a Lei 6138/2011, a estru-tura tarifária passa a ser composta da Tarifa Aquaviária de Equilíbrio, Tarifa Aquaviária Social e Temporária e Tarifa Aquaviária Tu-

rística e cita ainda, no artigo 1°, que “§ 3º A Tarifa Aquaviária de Equilíbrio será pro-posta pela Agência Reguladora de Serviços de Transportes Concedidos – Agetransp, de forma que atenda à união dos preceitos de retorno do capital investido e integral paga-mento das despesas suportadas para pres-tação do serviço, devendo ser publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro” e “§ 5º A Tarifa Aquaviária Social temporá-ria vigerá até o ano de 2016, quando deverá estar entregue e em operação todas as novas embarcações a serem adquiridas pelo Esta-do, especificadas em aditivo contratual a ser celebrado com a concessionária, quando será feita uma revisão extraordinária para a ava-liação da tarifa de equilíbrio e publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro.”

Assim, a população terá de arcar, pelos próximos quatro anos, com a incapacidade administrativa das Barcas S/A e assistir a aquisição de novas embarcações pelo Esta-do, com, é claro, o dinheiro público. Mas a população não irá assistir a esses disparates inerte. Além das diversas manifestações, os usuários já entraram com uma ação civil pú-blica na Justiça e foi instaurado um inquérito no Ministério Público do Rio de Janeiro.

Intersindical e Direção da INB firmam ACT 2011/2012

Após algumas rodadas de negociação e paralisação temporária das ativida-des, a Intersindical dos trabalhadores da INB, constituída pelos sindicatos signatários, dentre eles o SINAERJ, chegou a um consenso com a Direção da empresa, de forma que as principais reivindicações dos trabalhadores fossem atendidas e, assim, o Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012 foi assinado. Dentre as cláusulas do acordo, há o reajuste salarial de 6,97% a partir de 1º de novembro. O texto completo do Acordo está disponível no site do SINAERJ: www.administradores.org.br

Jornal do AdministradorMarço e Abril de 2012

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Presidente:Adm. Dirce BeltrãoVice-Presidente:Adm.Edson MachadoDiretor Financeiro:Adm. Reginaldo Souza de OliveiraDiretor Administrativo:Adm. Julio Souza ReisDiretor de Relações Trabalhistas e Intersindicais:Adm. Jair de Carvalho Peixoto Jr.

Diretor de Políticas Setoriais de Administração:Adm. Heldon BarbosaDiretor de Comunicação:Adm. Reinaldo Antonio da SilvaDiretor de Relações Corporativas de Emprego e Renda:Adm. Dejalmar Francisco de PinhoDiretores Adjuntos:Adm. Aloísio CarneiroAdm. André MolinsaniAdm. Antônio Marcos de Oliveira

Adm. Carlos Eduardo Del Negro SansoneAdm. Carlos José Martins ManhãesAdm. Dácio Antonio Machado de SouzaAdm. Luis Antonio Domingues CorreiaAdm. Luiz Claudio Brites LobatoAdm. Orlando DAlmeida MarquesAdm. Oswaldo Luiz BalianoConselheiros Fiscais EfetivosAdm. Cleres Maciel AzeredoAdm. Márcia da Silva TavaresAdm. Reimont Luiz Otoni Santa BárbaraConselheiros Fiscais SuplentesAdm. Lucas GuimarãesAdm. Paulo Cezar Duque de Pinho

Adm. Pedro PessoaSEDE DO SINAERJAv. 13 de Maio, 13/8° andar, Centro, Rio de Janeiro, RJCEP 20003-900. Tels.:(21) 2262-3090 e 2532-2387Subsede Sul Fluminense:Rua Quarenta, 8/1.302, Vila Santa Cecília, Volta Redonda, RJ, CEP 27260-200.Subsede Norte Fluminense:Rua Oliveira Botelho, 244/302, Centro, Campos, RJ, CEP 28010-320Subsede Região Serrana:Rua Lúcio Meira,330/304, Centro, Teresópolis, RJ, CEP 25953-007Site:www.administradores.org.br

E-mail:[email protected]:www.administradores-rj.blogspot.comTwitter:www.twitter.com/sinaerjFacebook:www.facebook.com/sinaerjJORNAL DO ADMINISTRADORConselho Editorial:Diretoria do SindicatoAssessoria de ComunicaçãoConvictiva ComunicaçãoRua Alcindo Guanabara, 24, sala 1109, Centro, RJ.Tel.: (21) 3549-3633Tiragem: 10 mil exemplares

O Sindicato na luta pelo Trabalho Decente

Houve um tempo, na história recente do Brasil, em que o papel básico dos sindicatos era o de lutar apenas por melhores salários diretos

para os trabalhadores. No entanto, com o passar dos anos e mesmo com a aproximação da consolidação da democracia, os patrões começaram a apresentar mais e mais as suas posturas intransigentes nas inú-meras rodadas de negociações dos Acordos Coletivos de Trabalho, não aceitando as propostas de reajuste salarial dos trabalhadores. Foi nesse conturbado pe-ríodo que lideranças sindicais começaram a perceber que poderiam utilizar a intransigência dos patrões em favor dos trabalhadores. Para isso, atentaram que se os índices de reajustes salariais reivindicados não estavam sendo aceitos pelos empresários, o caminho vislumbrado foi o de que os sindicatos não só iriam lutar por melhores salários, bem como passariam a trilhar um novo caminho que possibilitasse conquis-tar também vantagens e direitos indiretos.

Com a participação ativa das Centrais Sindicais, principalmente da CUT, os sindicalistas começaram a se capacitar no sentido de buscar inúmeras e novas vantagens indiretas, viessem elas dos patrões ou do governo, sem esquecer de arrancar o máximo possí-vel de reajuste salarial.

Em decorrência da luta sindical, hoje as empresas pagam participação nos lucros; existe o vale trans-

porte; os maridos conquistaram o direito à licença paternidade; os vales alimentação se expandiram em inúmeras empresas, etc. Atualmente, a maioria dos Acordos Coletivos de Trabalho é composta por inú-meras cláusulas que representam “salário indireto” e garantia de direitos sociais.

Para fortalecer ainda mais os direitos e respeito aos trabalhadores, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) vem buscando avançar com o “Trabalho Decente”. Esse conceito, formalizado pela OIT, visa não só promover o trabalho, como também garantir oportunidades para que homens e mulheres possam ter um trabalho produtivo e de qualidade, sendo sem-pre em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade, fatos que somados contribuem para a redução das desigualdades sociais.

Cabe ressaltar que a Diretoria do SINAERJ já atua com base no conceito formalizado pela OIT e que além de lutar por melhores salários diretos, “salários indiretos” e melhores condições de tra-balho, vem com força nessa busca pelo “Trabalho Decente”. O SINAERJ acredita que é lutando por um trabalho adequadamente remunerado, exercido com liberdade, segurança e reconhecimento que os direitos são iguais para todos, e está contribuindo para garantir uma vida digna aos atuais e futuros Administradores.

Jornal do Administrador

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Sindicato dos Administradores no Estado do Rio de Janeiro tem nova Diretoria

nossas principais bandeiras, continuar arrecadando melhor e gerindo sempre com competência os recursos do Sindi-cato, porque é o dinheiro dos Adminis-tradores. Com essa política de boa ges-tão, tentar ampliar o quadro social e, por outro lado, valorizar e apoiar as reivin-dicações dos Administradores, seja nas grandes empresas seja no mercado de tra-balho. Em resumo, é atender os anseios da categoria e tentar assistir ao máximo de Administradores possível.

E quais são os principais desafios?Temos uma dificuldade com a catego-

ria dos Administradores, que é uma cate-

JORNAL DO ADMINISTRADOR: O que os Administradores podem esperar dessa nova gestão do SINAERJ?

De forma democrática, os Adminis-tradores no Estado do Rio de Janeiro ele-geram, em 3 de novembro do último ano, a nova Diretoria do Sindicato dos Admi-nistradores no Estado do Rio de Janei-ro (SINAERJ) para o triênio 2012/2014, cuja posse foi realizada no dia 30 de de-zembro de 2011.

Assim sendo, a entidade que luta pela defesa dos direitos e interesses da catego-ria desde o dia 1° de janeiro passou a ser presidida pela Administradora Dirce Bel-trão. Bacharel em Letras e graduada em Administração Pública pela Universidade Federal de Pernambuco e em Direito pe-las Faculdades Integradas Bennett, Dirce trabalhou na SUDENE, em Recife, e na Secretaria Municipal de Saúde, no Rio de Janeiro. Associada ao SINAERJ des-

de 1984, a Administradora já foi Diretora Financeira do Sindicato e membro titular do Conselho Fiscal em gestões anteriores.

Além de ratificada pelos inúmeros eleitores que participaram do pleito em novembro, a escolha de Dirce para presi-dir a entidade teve pleno e irrestrito apoio de seus companheiros de Chapa, como o Vereador e atual Conselheiro Fiscal do SINAERJ, Reimont: “Acho que a Dirce é um ícone do Sindicato, é uma mulher que

tem história e abraça o trabalho da catego-ria. É uma profissional muito qualificada e tem uma característica que eu considero muito importante: é uma mulher dedica-da. Além de ser muito competente e muito capaz, ela é uma mulher consagrada.”

Numa breve entrevista, a atual Presi-dente Adm. Dirce Beltrão fala sobre o que os Administradores podem esperar dessa nova Diretoria e quais serão os principais desafios do SINAERJ. Confira:

goria pulverizada. Ela, em geral, está em todas as empresas, em todos os segmen-tos, então nós temos uma dificuldade de reunir Administradores, diferentemente dos sindicatos majoritários. O nosso Sin-dicato é estadual, abrange todo o Rio de Janeiro, e além da Sede Administrativa nós temos as subsedes, que pretendem dar essa cobertura maior. Mas, sem dú-vidas, essa é a maior dificuldade do Sin-dicato dos Administradores, conseguir alcançar o Administrador e trazê-lo para dentro do Sindicato. Tentamos fazer isso através dos meios de comunicação do SI-NAERJ, como o Jornal e as redes sociais, que são uma forma de atingir, hoje mo-dernamente, o maior número deles.

Como a senhora vê a redução no in-teresse político e, em consequência, nos Sindicatos?

Nesses últimos tempos, os sindicatos de modo geral ficaram um pouco desa-creditados. Então, é preciso ressuscitar a conscientização política e a ideia de que os sindicatos são importantes. O Sindi-cato é o lugar onde se faz o trabalho de valorização do profissional, de qualquer categoria, e os Administradores não es-tão excluídos dessa proposta de valoriza-ção. Como eu disse anteriormente, pelos

Administradores estarem pulverizados nas empresas, eles também têm essa difi-culdade, nem todos têm salário razoável, nós temos até uma lei estadual que prevê o piso do salário profissional, é pequeno ainda, apesar de a cada ano ser reajustado um pouquinho, mas ainda é pouco. Então nesse caso tem aquele Administrador que ganha muito bem na grande empresa e tem aquele que acaba sendo subvaloriza-do. Então, essa também é uma de nossas metas, valorizar cada vez mais a profis-são de Administrador.

Nos últimos anos, o SINAERJ vem buscando cada vez mais se aproximar dos estudantes de Administração. A senhora percebe o estudante como um meio de oxigenar e fortalecer cada vez mais o SINAERJ?

Uma das maiores metas do Sindica-to é alcançar o maior número não só de Administradores, mas também de estu-dantes porque temos a plena convicção de que eles são o futuro da entidade. Esse grupo que já está aqui há alguns anos tem que ser renovado e existe uma proposta de renovação. Então, o estudante, vindo como acadêmico e depois quando ele se forma, certamente ele trará novos ideais e a renovação pretendida.

ADM. DIRCEBELTRÃO: Os Admi-nistradores podem es-perar a continuidade da lisura administra-tiva, pois a entidade tem uma tradição de competência na ge-rência de recursos. Essa é uma das

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Siga o Sindicato no Twitter: www.twitter.com/sinaerj4

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Prêmio Sebrae Mulherde Negócios

Donas de empresas de micro e pequeno porte, membro de negócio co-letivo ou empreendedoras individuais, com mais de 18 anos, podem participar do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Para participar, é preciso preencher um formulário de inscrição, questionário de autoavaliação e relatar sua história como empreendedora. As inscrições terminam no dia 31 de agosto.

O regulamento completo assim como os prêmios podem ser vistos no site: www.mulherdenegocios.sebrae.com.br

FGV online oferececursos gratuitos

Integrante do Open Course Ware Consortium (OCWC), consórcio de instituições de ensino de diversos paí-ses que oferecem conteúdos e materiais didáticos de graça pela internet, a Fun-dação Getulio Vargas oferece diversos cursos gratuitos. Introdução à Admi-nistração Estratégica, Fundamentos da Gestão de Custos e Motivação nas Organizações são alguns deles.

Veja a lista completa de cursos disponíveis: www5.fgv.br/fgvonline/CursosGratuitos

Assinatura do ACT 2011/2012 da EPE é aprovada em assembleia

Foi realizada em assembleia, no dia 20 de março, na qual comparece-ram cerca de 200 trabalhadores da Em-presa de Pesquisa Energética (EPE), a aprovação das propostas do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012. Entre as principais cláusulas aprovadas está a aplicação do IPCA de 6,51% relativo ao período de 1.º de maio de 2010 a 30 de abril de 2011, retroativo a maio de 2011, com repercussão sobre os benefícios (vale refeição e limites de ressarcimen-to referentes a planos de saúde e odon-tológicos). Até chegar a uma proposta que atendesse os principais anseios dos empregados foram quase onze meses de negociações árduas entre as enti-dades representativas dos empregados que participam das negociações traba-lhistas na EPE, dentre elas o SINAERJ representado pelos Diretores Dejalmar Francisco de Pinho, Julio Reis, Carlos Sansone e Marco Antônio, e a Direção da empresa.

Encontro Brasileiro de Administração será no Rio de Janeiro

1º DIA - 5 DE NOVEMBRO DE 2012

08:30h Credenciamento 09:00h Abertura Oficial do Evento 09:30h Conferência Magna: “Uma Era de Justiça Social: Como promover um crescimento forte, sustentável, equilibrado e igualitário”. 11:00h Intervalo 11:30h Painel 1: “Direitos Humanos: apoio e respeito à proteção de direitos reconhecidos e aceitos internacionalmente.” 13:00h Almoço livre 14:30h Painel 2: “Educação Básica de Qualidade para Todos”. 16:00h Painel 3: “Meio ambiente: o uso de energias renováveis, geração de valor para a sociedade e lucratividade para os negócios” 17:30h Encerramento do 1º dia- Coquetel de Confraternização.

Congregando Administradores, pesquisadores, professores, estu-dantes de Administração e empresários, o Encontro Brasileiro de Admi-nistração (ENBRA) está em sua vigésima segunda edição e nesse ano debaterá a temática “Pacto global: a contribuição da Administração para uma sociedade mais justa e sustentável”. O evento, que ocorre a cada dois anos, será realizado entre os dias 5 e 7 de novembro, na casa de shows Vivo Rio. Informações sobre inscrições e sobre as normas de apresenta-ção de trabalhos serão divulgadas em breve no site www.enbra-rio.com. Veja abaixo a programação preliminar do Encontro:

XXII Encontro Brasileiro de Administração (ENBRA)Data: 5 a 7 de novembroLocal: Vivo Rio – Av. Infante Dom Henrique nº 85 - Parque do FlamengoInformações: www.enbra-rio.com

Programa

09:00h Painel 8: “Corrupção: como combatê-la em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina”. 10:30h Intervalo 11:00h Painel 9: “Empregabilidade: a interação entre a educação e o mundo do trabalho” 12:30h Almoço livre 14:00h Painel 10: “Modelo de gestão: alinhamento e aplicação dos princípios do Pacto Global nas empresas”

15:30h Intervalo 16:00h Painel 11: “Desenvolvimento Sustentável: a responsabilidade da administração na viabilização de uma eficiência econômica, social e ambiental”. 17:30h “Carta do Rio”: O compromisso do Sistema CFA/CRAs para vencer os desafios do Pacto Global.” 18:00h Encerramento do 3º dia – Apresentação Artística

2º DIA - 6 DE NOVEMBRODE 2012

09:00h Painel 4: “Igualdade entre os Sexos e Valorização da Mulher” 10:30h Intervalo 11:00h Painel 5: “Discriminação no Emprego: como eliminá-la?”. 12:30h Almoço livre 14:00h Painel 6: “Apoio à liberdade de Associação e Reconhecimento do Direito Efetivo à Negociação Coletiva”. 15:30h Intervalo 16:00h Painel 7: “Fome e Miséria: ações para a sua eliminação.” 17:30h Encerramento do 2º dia - Apresentação Artística.

3º DIA - 7 DE NOVEMBRO DE 2012

Jornal do Administrador

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Infelizmente, a realidade do mercado é muito diferente do que deveria ocorrer como ensina a teoria. Na prática, a posição ou ca-deira que deveria ser ocupada por uma pessoa formada e registrada em Administração fica livre para todas as áreas ou, simplesmente, qualquer pessoa.

A desvalorização da profissão ainda é enorme, pura e simples-mente por falta de informação de quem é responsável por essa con-tratação. Isso não significa que um Administrador ou uma Adminis-

tradora faça um verão sozinho ou sozinha, a interface com outras profissões ou áreas é uma necessidade vital e vai variar de acordo com o ramo de atuação do negócio.

Uma simples linha de pensamento nos leva à reflexão para a falta de valorização da Administração no Brasil. Um engenheiro não pode atuar como advogado, um médico não pode ser um matemático, um enfermeiro não pode ser eletricista, então porque as organizações permitem que qualquer pessoa seja um Administrador? É uma pergunta que nos leva a refletir sobre a desvalorização de uma profissão fundamental para o país e para o mercado em si.

Outra curiosidade que mostra a falta da lógica correta em muitas empresas é o anúncio de uma vaga às pessoas de várias profissões. Desde a minha época de estágio, e ainda hoje, encontro anúncios de uma mesma vaga para engenheiros, Administradores e economistas. Como pode haver um processo de seleção sem erros grosseiros que não desgaste os candidatos e consiga selecionar uma pessoa com as características necessá-rias de três profissões?

Não adianta falar em competências, habilidades e atitudes. Também não adianta falar em falta de profissionais qualificados. Neste caso são duas possibilidades de lógica, ou a vaga não é para Administradores, ou ela é somente para profissionais formados em Administração.

Acredito que todos já tenham ouvido falar e até mesmo visto aquela plaquinha indicando a administração da empresa. O que poucos devem saber é que a inexistência de um Administrador neste setor é muito comum. A pergunta que finaliza este breve texto sobre a desvalorização da Administração no Brasil é a seguinte: como pode um setor numa organização chamado Administração não ter profissionais formados nesta área? A reflexão desta pergunta através da resposta ficará com você.

Adm. Marcos Bandeira

Administrador:a valorização da profissão depende de você

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Recentemente, o concurso pú-blico do Senado para o provimento de 246 vagas reacendeu uma antiga polêmica entre os Administradores: a ocupação de cargos exclusivos por profissionais de outras áreas. De acordo com o edital do concurso, organizado pela Fundação Getulio Vargas, o requisito para a ocupação de cargo na área de apoio técnico-administrativo, especialidade Admi-nistração, é “diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de nível superior em qualquer área, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministé-rio da Educação – MEC.”

Isto é, para realizar atividades,

segundo o próprio edital, de “su-pervisão, programação, coordena-ção ou execução especializada, em graus de maior e mediana comple-xidade, referentes a estudos, pes-quisas, análises e projetos sobre administração em geral e organiza-ção e métodos” não é preciso ser graduado em Administração tam-pouco possuir registro profissional no Conselho da categoria.

Por esse ser apenas um exem-plo de inúmeros casos que ocor-rem em outras instituições, tanto públicas quanto privadas, o SINA-ERJ procurou alguns Administra-dores para saber a opinião deles sobre o assunto. Confira:

“Apesar da maioria dizer que todos são administradores, tenho que defender minha classe e dizer que ser administrador não é para qualquer um. E como em toda profissão temos bons e maus profissionais, mas escolher alguém que nem ao menos se preparou para desempenhar esta função, enquanto temos tantos em busca de uma oportunidade, não é nada prudente. Sem contar que temos que concorrer com pessoas formadas em outras opções profissionais, que provavelmente fo-ram frustradas na busca por uma colocação dentro da sua própria área de escolha. Eu espero que este cenário mude, e acredito que o Conselho Federal de Administração está trabalhando para isto.”

Adm. Icleia Santos Pereira de Vasconcelos

“Trata-se de puro desrespeito ao profissional de Administração, que, mais cedo ou mais tarde, havia de acontecer! De forma semelhante às demais profissões regulamentadas, o Administrador faz a sua caminhada acadêmica para se tornar apto ao exercício da profissão, e ge-ralmente, quando jovem, ingressar num mercado de trabalho competitivo, sabidamente, pela falta de oportunidades. Além da própria competição com outros colegas de profissão, por-que não há na verdade espaço para todos, fatos como o que originou o questionamento do nosso SINAERJ, e que são res-paldados por editais de concursos que simplesmente ignoram os direitos assegurados por Lei aos Administradores, se tor-nam mais lastimáveis, quando têm o acolhimento do próprio poder público, e neste caso em especial, daquelas entidades que fazem e votam as leis que regem o país.

Mas, vamos às considerações que nos ocorrem, de pron-to, que não se esgotam por aqui, contudo, merecem alguma reflexão de todos nós, Administradores. Por um bom tempo, a nossa profissão não foi valorizada como devia e merecia, mas temos de reconhecer que, se por um lado houve omissão de nossos representantes (talvez por não se sentirem apoia-dos pela categoria), por outro lado, nós Administradores, os que estão nas empresas (privadas ou púbicas), o que fizemos para mudar isso? Também nos omitimos! Quantos de nós por muito tempo não acreditamos na representatividade dos nossos órgãos de classe e categoria profissional, achando que a anuidade ou a mensalidade paga para manutenção desses órgãos era inútil, e vista apenas como mais uma despesa, sem retorno algum?

Agora, nos vemos às voltas com situações dessa nature-za, porque não temos sido capazes de ocupar os espaços que nos pertencem. Nossa profissão foi vulgarizada! O Adminis-trador não é visto pela sociedade como fundamental ao cres-cimento da nação, como outros profissionais, em outras áreas e segmentos da economia brasileira. Ao jargão: “de médico e de louco, cada um tem um pouco!” poderíamos acrescen-tar: ... de administrador, também! Todos têm uma “receita” de como fazer isso ou aquilo em Administração; de como organizar, coordenar, planejar, etc, sem ter o embasamento teórico e prático necessários.

Que faremos, então? Seria o caso de se criar o curso: “Administração para não administradores”? Talvez bem re-tratasse a polêmica, ou ao contrário, reforçasse a ideia que se formou, de que não é preciso ser Administrador (formado e habilitado), para se administrar corretamente!? No entanto, vale frisar, sempre, Administração é para Administradores! Mas, como fiscalizar isso? Pensamos que, primeiramente, sendo fiscais de nós mesmos, enquanto Administradores! Co-brando de nós uma participação mais ativa na vida associati-va e na luta pela categoria profissional. Não esquecendo que a união sempre faz a força, nesses casos!

Se você perceber o quanto é importante nesse proces-so, teremos dado um passo significativo para a conquista de maior respeitabilidade e relevância, nesse cenário já tão con-turbado em que se insere nossa profissão. Só a mudança de postura pode nos levar a essa conquista. Alguns já compre-enderam isso; hoje estão mais atentos, vigilantes, indignados, reativos, proativos, mais conscientes.

Onde quer que você esteja, assuma a sua posição de luta, para que as novas gerações de Administradores possam de-sejar ser, e se orgulhar em dizer: Eu sou um Administrador!”

Adm. Luiz Salles

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?”Jornal do AdministradorMarço e Abril de 2012

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União é uma palavra-chave quando se fala em Sindicalismo. Por isso, quanto maior a participação de todos, maior a expressividade do SINAERJ perante diversos setores da sociedade e seu poder na luta

pela conquista de melhores condições salariais e de trabalho para os Admi-nistradores. Assim sendo, para aumentar a força do SINAERJ, nos últimos tempos a Diretoria da entidade vem ampliando o espaço dos estudantes de Administração, que são o futuro da categoria, e este ano foi instituído o Núcleo Estudantil no SINAERJ.

Muitos jovens desconhecem, mas ainda enquanto estudantes de gradu-ação podem fazer parte do SINAERJ, se filiando gratuitamente. Com a fi-nalidade de conscientizar os estudantes sobre a importância do Sindicato e da sindicalização, o Núcleo Estudantil já está funcionando a todo vapor. A primeira ação foi realizada no dia 7 de março, na UNIGRANRIO, onde 122 estudantes de Administração se sindicalizaram e irão receber uma carteira de filiação válida até a formatura.

Além de se integrar à categoria, o estudante sindicalizado se mantém in-formado por meio dos veículos de comunicação do SINAERJ e participa de discussões relevantes aos Administradores. Afora isso, também dispõe de assistência jurídica, rede de convênios e diversos outros benefícios dispostos no Estatuto da entidade.

A Diretoria do SI-NAERJ dá as boas-vindas aos novos sindi-calizados e conclama os estudantes de Adminis-tração a se filiarem ao Sindicato e integrarem o Núcleo Estudantil. Informações podem ser obtidas pelo e-mail nucleoestudantil@ad-minist radores.org.br ou pelos telefones (21) 2262-3090 / 2532-2387.

Estudantes de Administração podem fazer parte do Núcleo Estudantil do SINAERJ

Lei que determina participação dos empregados nos Conselhos de Administração das empresas públicas começa a ser implementada

“O representante dos trabalhadores será esco-lhido dentre os empregados ativos da empresa pública ou sociedade de economia mista, pelo voto direto de seus pares, em eleição orga-

nizada pela empresa em conjunto com as entidades sindicais que os representem” é o que dispõe a Lei 12.353, sancionada em 28 de dezembro de 2010 pelo então Presidente Lula. Dessa forma, está garantido aos trabalhadores participar de decisões importantes na empresa por meio de um representante eleito por eles para o Conselho de Administração.

A Lei se aplica às empresas públicas e socieda-des de economia mista, suas subsidiárias e controla-das e demais empresas em que a União, direta ou in-diretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, e que possuam um número superior a duzentos empregados.

Entretanto, na maioria das empresas públicas o disposto na Lei só começou a ser implementado nesse ano. Na Petrobras, por exemplo, Silvio Si-nedino venceu a eleição para ser o representante dos empregados no Conselho de Administração da empresa, já no Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL), ligado à Eletrobras, Agamenon Rodrigues Oliveira foi o escolhido para ser o pri-meiro representante dos empregados no Conselho de Administração.

Na Eletronuclear, a disputa terminou com vo-tação em segundo turno. Com propostas baseadas em fiscalização, transparência e responsabilidade, o Adm. Igor Lepetitgaland, que junto com Marce-lo Galo compôs a Chapa 02, superou as outras nove chapas e disputou a segunda etapa de votação com a Chapa 10. Embora tenha ficado em segundo lugar, a chegada de Igor ao segundo turno foi uma grande conquista e é um indicativo de mais uma liderança do SINAERJ que surge na Eletronuclear.

A participação dos empregados nos Conselhos de Administração das empresas estatais é uma gran-de vitória dos trabalhadores, que poderão tomar par-te em decisões importantes que envolvam os rumos da empresa, apesar do representante eleito ser impe-dido, pelo Parágrafo 3° da mesma Lei, de participar de discussões relacionadas às relações sindicais, re-muneração, benefícios e vantagens direcionadas aos trabalhadores, entre outras.

Integrantes do Núcleo Estudantil foram à UNIGRANRIO conscientizar os estudantes de Administração sobre a impor-tância da sindicalização

Durante a ação na UNIGRANRIO, no dia 7 de março, 122 estudantes se filiaram ao SINAERJ

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Jornal do Administrador Março e Abril de 2012

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Ficha Limpa: uma conquista da sociedade

O voto é o instrumento mais importante no exercício da cidadania e a notícia de que na eleição de 2012 valerá a “Lei

da Ficha Limpa” é uma vitória da democracia participativa. O projeto surgiu da iniciativa po-pular, contou com mais de 1,5 milhões de assi-naturas e envolveu outros milhões de pessoas, principalmente através da internet.

Esta foi a demonstração de que a políti-ca está nas mãos do povo. Não há a mínima possibilidade de se esperar que apenas a classe política dê os rumos da sociedade. As igrejas, as associações, os movimentos sociais e popu-lares tiveram uma função importantíssima na construção desta consciência crítica coletiva que produziu o projeto da Ficha Limpa. Quan-do o povo mostra sua força, não há como a classe política esconder-se atrás da cortina de fumaça para fazer suas manobras. Encontrará no parlamento homens e mulheres que não se corromperam e que ainda compreendem que quando o caminho é do bem comum, verda-deiro sentido da política, toda a sociedade é beneficiada.

Tenho um amigo deputado que usa uma expressão que considero maravilhosa. Reflete exatamente a realidade de nossa vida política. Mineiro que é, como eu, fala coisas que ouviu de outros e não se importa se nós as passamos para frente. Diz o Durval: “político é como pipa, a linha tem que estar na mão do povo”.

Isto é exatamente o que o povo fez ao ir para rua: revolucionou a relação política e mos-trou que tem mais poder do que o voto no dia das eleições. Ao construir o projeto da Ficha Limpa coletivamente, colocou-o debaixo do braço, abriu-o sobre as mesas das igrejas, dos bares, das ruas e das praças e convenceu a to-dos que sua assinatura faria a mudança. Agora vamos esperar para ver o que acontece no plei-to de 2012.

Outrora podia ser candidato até mesmo pessoas que estavam durante o processo eleito-ral atrás das grades em presídios municipais ou de segurança máxima. Isso acabou. Esta é uma grande vitória.

A mobilização resultou em uma aprovação por unanimidade dos 513 deputados e 81 sena-dores. Foi sancionada sem nenhum veto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quase dois anos depois de entrar em vigor, a “Lei da Ficha Limpa” foi declarada constitucional pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por sete votos a quatro, o plená-rio determinou que o texto integral da norma, deve valer a partir das eleições de outubro.

O Ministro Joaquim Barbosa Gomes as-sim se expressou: “É chegada a hora de a so-ciedade ter o direito de escolher e orgulhar-se de poder votar em candidatos probos sobre os quais não recaia qualquer condenação criminal e não pairem dúvidas sobre malversação de re-cursos públicos”.

O Ministro Luiz Fux também se manifes-tou: “A opção do legislador foi verificar que um cidadão condenado mais de uma vez por órgão judicial não tem aptidão para gerir a coisa pú-blica e não tem merecimento para transitar na vida pública”.

Considero que além do impacto nas pró-ximas eleições, a Ficha Limpa vai refletir na organização e responsabilidade dos partidos políticos, que terão que submeter os postulan-tes aos cargos eletivos ao critério estabelecido na norma, deixando de lado qualquer tipo de subjetividade. Esse primeiro filtro já será uma grande contribuição para o resultado do pro-cesso eleitoral.

Infelizmente, políticos desonestos não dei-xarão de existir e o fim da corrupção está longe de acontecer, mas, sem dúvida, a medida é um avanço para a sociedade.

Se buscarmos pelo sentido da palavra: candidato vem de cândido, de puro. Impedir a candidatura de uma pessoa condenada pela justiça ou por órgãos profissionais, devido a infrações éticas certamente vai refletir no ce-nário político.

Este é um avanço significativo e o cami-nho natural é que haja desdobramentos para o fortalecimento da democracia. Acredito que deva haver a exigência da Lei da Ficha Limpa para todos os ocupantes de funções públicas, que gradualmente seja estendida para governos

estaduais, federal, legislativo e judiciário.Nessa linha de raciocínio, há finalmente

espaço para algo que é fundamental para o bom funcionamento da máquina pública: a valori-zação dos funcionários de carreira do serviço público. O servidor deve ser valorizado e o será quando ocupar a máquina do estado para trans-formar as relações. Melhorar a vida do povo a quem serve. Há uma ideia muito equivocada em relação ao servidor público. O Rio de Janei-ro tem servidores a nível municipal, estadual e federal de muita qualidade. Também é seu anseio que a Ficha Limpa sirva para os cargos de chefia do serviço público que muitas vezes são de livre nomeação. Querem que a probida-de e a transparência sejam realidade em todas as esferas da sociedade e, por isso mesmo, do serviço público.

Outro aspecto a ser considerado nesta li-nha de raciocínio é quem financia as campa-nhas. Precisamos urgentemente caminhar para o processo de construção efetiva de uma refor-ma política que impeça o poder econômico de ser o mandante de candidaturas ao executivo ou ao legislativo.

Como administrador, desejo ver meu país livre de toda corrupção na esfera pública e pri-vada. Muito bom é ter também em nosso Con-selho e Sindicato a exigência de os candidatos serem ficha limpa para o bem da profissão e para o bem da sociedade. Administradores probos constroem uma sociedade que caminha para a justiça e para construção da sociedade que queremos e merecemos.

Reimont

Vereador da Cidade do Rio de JaneiroAdministrador e Diretor do SINAERJ

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