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RELATÓRIO PROJETO AGRISUS 1391/14 Educação coletiva - Eventos técnico/científicos SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SOLOS ARENOSOS - SBSA Coordenador do Projeto Edemar Moro Organização Curso de Agronomia da Unoeste Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista - GPAGRO Embrapa Cerrados/Rede de Fomento à ILPF Presidente Prudente, Dezembro de 2014

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RELATÓRIO PROJETO AGRISUS 1391/14 Educação coletiva - Eventos técnico/científicos

SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SOLOS ARENOSOS - SBSA

Coordenador do Projeto

Edemar Moro

Organização Curso de Agronomia da Unoeste

Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista - GPAGRO Embrapa Cerrados/Rede de Fomento à ILPF

Presidente Prudente, Dezembro de 2014

Projeto Agrisus N.: 1391/14 Nome do Evento: Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos - SBSA Interessado: Edemar Moro Instituição: Universidade do Oeste Paulista-UNOESTE Rodovia Raposo Tavares, Km 572 - Campus II, Bloco B3; CEP 19067-175 Presidente Prudente-SP Telef: (18) 3229-2077 e (18) 99630-6384 - E-mail: [email protected] Local do Evento: Auditório Espaço Solarium - Campus II da Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE, Rodovia Raposo Tavares, km 572, Presidentes Prudente-SP. Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 10.000,00 (dez mil reais). Vigência: 12/07/14 a 3/11/14

RESUMO: O crescente aumento da população mundial exigirá cada vez mais alimentos. Estima-se que até 2020 será necessário aumentar em 20% a produção de alimentos. Deste montante o Brasil pela sua disponibilidade de área será responsável por 40%. No entanto, para alcançar este índice, áreas de solos arenosos, hoje consideradas marginais, deverão ser exploradas. A inclusão de áreas com solos arenosos exige conhecimento e domínio das técnicas de produção, sendo assim, é urgente o debate sobre o assunto pela comunidade científica e pelos estudantes de agronomia e área afins. O objetivo do evento foi apresentar a dimensão de área e potencial dos solos arenosos no Brasil; divulgar os casos de sucessos e as tecnologias já existentes para exploração sustentável dos solos arenosos; motivar a comunidade científica a desenvolver novas pesquisas para melhor explorar este grupo de solos. Todos os objetivos propostos foram atingidos, a comunidade científica foi mobilizada e em 2016 acontecerá o II Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos que será organizado pela Cocamar, Rede de Fomento à ILPF e Unoeste.

1. INTRODUÇÃO Os solos arenosos, presentes em grande parte do território brasileiro, apresentam

naturalmente severas limitações físicas, químicas e hídricas para a maioria das espécies de plantas cultivadas, pois são frágeis estruturalmente, de baixa fertilidade e com reduzida capacidade de retenção de água. Além disso, são solos com alta suscetibilidade à erosão, o que os tornam com baixa capacidade de uso. No entanto, quando manejados adequadamente, utilizando práticas conservacionistas adequadas e sustentáveis, podem se tornar produtivos e economicamente viáveis.

O primeiro Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos foi o marco referencial no uso e manejo dessa classe de solos. É inevitável a exploração desse grupo de solos para atender a demanda por alimentos gerada pela crescente população mundial.

2. PROGRAMA DO EVENTO/LOCAL

O Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos foi realizado nos dias 01 a 03 de Outubro de 2014, no Auditório Espaço Solarium - Campus II da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE em Presidente Prudente-SP. O evento foi organizado pelo Curso de Agronomia da Unoeste; Grupo de Pesquisa Agropecuária do Oeste Paulista – GPAGRO; Embrapa Cerrados e Rede de Fomento à ILPF. A programação do Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos está contida na Tabela 1.

Tabela 1. Cronograma do Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos. QUARTA-FEIRA 01/10/2014

Horário Atividade/Palestras

08h00 - 08h45 Credenciamento

08h45 - 09h15 Solenidade de abertura

09h15 - 10h00

Palestra de Abertura Papel Estratégico dos Solos Arenosos para o Futuro da Agropecuária

Brasileira José Marques Júnior (SBCS)

10h00 - 10h45 Solos arenosos no Brasil: ocorrência, formação e eficiência de uso na

escala da paisagem Eder de Souza Martins (Embrapa Cerrados)

10h45 - 11h30 Potencial, uso e limitações dos solos arenosos no Brasil Carlos Sérgio Tiritan (Unoeste)

11h30 - 12h15 Matéria Orgânica do Solo: fator chave para manejo de solos arenosos Ademir de Oliveira Ferreira (UEPG)

12h15 - 14h00 Intervalo para almoço

14h00 - 18h00 Sessão Técnica I Manejo de corretivos e fertilizantes em solos arenosos

14h00 - 14h30 Características gerais da fertilidade de solos arenosos no Brasil José Ronaldo de Macedo (Embrapa Solos)

14h30 - 15h10 Calagem, Gessagem e Fosfatagem em solos arenosos Godofredo Cesar Vitti (USP-Esalq)

15h00 - 16h00 Coffee Break e Apresentação de Pôsteres

16h00 - 16h30 Adubação de culturas anuais em solos arenosos Heitor Cantarella (IAC)

16h30 - 17h00 Adubação de pastagens em solos arenosos Manoel Macedo - Embrapa Gado de Corte

17h00 - 17h30 DEBATE 19h00 COQUETEL DE ABERTURA

Tabela 1. Cronograma do Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos. Cont. QUINTA-FEIRA 02/10/2014

Horário Atividade/Palestras

08h00 - 12h00 Sessão Técnica II Experiências com sistemas de produção e manejo de solos arenosos

08h00 - 8h30 Experiência no Mato Grosso do Sul Renato Roscoe (Fundação MS)

08h30 - 09h00

Experiência no Mato Grosso Leandro Zancanaro (Fundação MT/PMA)

09h00 - 09h30 Coffee Break

09h30 - 10h00 Experiência no Oeste da Bahia Robélio Leandro Marchão (Embrapa Cerrados)

10h00 - 10h30 Experiência no Mato Grosso com Sistemas Integrados Marcelo Raphael Volf (Dalcin Consultoria)

10h30 - 11h00 Experiência no Oeste Paulista Edemar Moro - Gpagro/Unoeste

11h00 - 11h30 DEBATE

12h30 - 14h00 Intervalo para almoço

14h00 - 18h00 Sessão Técnica III Evolução dos sistemas de produção em solos arenosos

14h00 - 14h30 A Cultura da Cana de açúcar em Solos Arenosos Sandro Roberto Brancalião – Centro de Cana – IAC

14h30 - 15h00 A Cultura da Soja sob Sistema Plantio Direto em Solos Arenosos Júlio Cesar Franchini (Embrapa Soja)

15h00 - 16h00 Coffee Break e Apresentação de Pôsteres

16h00 - 16h30 A Integração Lavoura-Pecuária no Arenito Caiuá Sérgio José Alves (Iapar)

16h30 - 17h00 Sistema São Mateus de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) Ademir Hugo Zimmer - Embrapa Gado de Corte

17h00 - 17h30 Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) João Kluthcouski - (Embrapa Cerrados)

17h30 - 18h00 DEBATE

Tabela 2. Visitas técnicas durante o Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos. SEXTA-FEIRA 03/10/2014

Fazenda Descrição e atividades/Visitas Técnicas

Fazenda Campina Presidente Venceslau-SP - Proprietário Carlos Viacava Referência em Melhoramento de Nelore Mocho - Sistema: ILP

Fazenda Experimental da Unoeste

Presidente Bernardes-SP - UNOESTE Referência em recuperação de pastagens degradadas - Sistema: ILP

3. RESUMOS DAS PALESTRAS As apresentações na integra das palestras estão disponíveis no site do evento: https://www.unoeste.br/site/destaques/outros_destaques/SBSA2014.aspx

PALESTRA 1 PAPEL ESTRATÉGICO DOS SOLOS ARENOSOS PARA O FUTURO DA AGROPECUÁRIA

BRASILEIRA

Para que os solos arenosos possam se tornem uma estratégia para o futuro da agropecuária brasileira uma pergunta precisa ser respondida. Como promover a conversão do conhecimento em tecnologia? Desenvolver métricas para balizar nossas demandas formação de novos talentos com foco na multidisciplinaridade e inovação.

“Nos próximos 35 o Brasil será o responsável por 40% da produção de alimento para nove bilhões de pessoas”. A hora do Brasil chegou, já avançamos em muitos aspectos, na tecnologia de sementes, na qualidade de insumos, na engenharia agrícola; mas no conhecimento do solo como ambiente de produção temos muitas dúvidas. É preciso desenvolver métricas para balizar nossas demandas . Quais os valores de referência para os solos arenosos? Também é preciso investir na formação de novos talentos com foco na multidisciplinaridade e inovação.

Precisamos estudar e entender melhor a mineralogia do solo, a disponibilidade de nutrientes, a estabilidade dos agregados, o volume de poros, a infiltração de água no solo, a resistência do solo à penetração e densidade do solo e a dinâmica do CO2 nos sistemas de produção. Precisamos acelerar a conversão do conhecimento sobre solos em tecnologia, qualidade de vida e sustentabilidade!

PALESTRA 2 SOLOS ARENOSOS NO BRASIL: OCORRÊNCIA, FORMAÇÃO E EFICIÊNCIA DE USO NA

ESCALA DA PAISAGEM

Um dos assuntos abordados foi a abrangência dos solos arenosos no Brasil. Para entender melhor os solos arenosos foi enfatizada a agrogeologia, que tem por definição a ciência que estuda processos geológicos que influenciam a distribuição e formação dos solos, bem como a aplicação de materiais geológicos em sistemas agrícolas e florestais como forma de manter e melhorar a produtividade do solo para o aumento dos benefícios sociais, econômicos e ambientais (Chesworth e Van Straaten, 1993). Sendo os princípios da agrogeologia os seguintes: a) ciência da geologia no contexto da ciência da agricultura - a geologia a serviço da agricultura; b) ciência de interface – a ciência do solo desenvolvida a partir da perspectiva geológica; c) solo como recurso geológico primário nos sistemas agrícolas e; uso da rochagem.

Quanto ao processo agrogeológico foi destacado: a) os atores de interface (formação de pessoas); b) conhecimento sobre o processo de formação do solo agrícola e a ocorrência de agrominerais (zoneamento agrogeológico) e; c) entendimento do conjunto solos, sistemas de manejo e agrominerais regionais (geração, transferência e adoção de tecnologia). Neste contexto os fatores estratificadores são: geologia, clima, relevo e os fatores dinâmicos: solos, cobertura da terra, sistemas de produção, manejo da fertilidade.

PALESTRA 3

POTENCIAL, USO E LIMITAÇÕES DOS SOLOS ARENOSOS NO BRASIL O potencial dos solos arenosos é identificado pelo conhecimento das informações básicas

inerentes a cada classe de solo. Exemplos destas informações são: a) Onde está a Areia? Na superfície? No perfil todo? Quanto de areia? Quanto de argila? b) relevo, infiltração de água, erosão, profundidade. A partir do conhecimento das particularidades de cada solo se define o uso e o manejo, sempre respeitando a natureza. Lembrando que ambientes mais frágeis apresentam potencial, porém, é necessário ajustar o manejo e conhecer as exigências das espécies e definir a

aptidão para classe de solo. Embora se conheça as vantagens do plantio direto, observam-se ainda muitas áreas com solos frágeis sendo manejadas no sistema convencional ou plantio direto com pouco palha. Nessas situações é inevitável a desagregação, erosão e compactação superficial. Nestes ambientes frágeis é preciso cuidar, proteger, estabelecer e fortalecer a vida biológica nestes solos.

As medidas que devem ser tomadas para potencializar o uso dos solos arenosos são: a) melhor a dinâmica da água, com foco em evitar o escorrimento superficial e aumentar a capacidade de armazenamento de água; b) melhor a dinâmica dos nutrientes, especialmente os aniônicos (nitrogênio, enxofre, boro e cloro) os quais são mais sujeitos a processos de perda; c) melhor a capacidade de troca de cátions, desenvolver sistemas que aumentem a retenção de cátions, a fração coloidal do solo e a quantidade de cargas elétricas no solo.

O cuidar, proteger, estabelecer e fortalecer a vida do solo, que nada mais é do que o manejo adequado exige foco na produção de raízes e palha para manter o solo coberto e protegido, com incremento constante de material orgânico para produzir, manter e aumentar a matéria orgânica. Com relação às raízes é preciso quantidade para explorar o máximo do perfil, para isso o sistema radicular deve ter volume e ser profundo e qualidade, neste quesito deve se observar as relações C/N, C/P, C/S e N/S do sistema radicular.

PALESTRA 4

MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO: FATOR CHAVE PARA MANEJO DE SOLOS ARENOSOS

O enriquecimiento da superficie e das camadas mais profundas com materia orgânica é um processo gradual que depende da quantidade, qualidade e frequência da adição de resíduos culturais. Deve-se priorizar o fluxo de C para as camadas mais profundas do solo, ocupação do espaço poroso, exsudação de agentes cimentantes e agrupamento de partículas e agregados dispersos, migração do C oriundo dos resíduos culturais das frações lábeis para as frações associadas aos minerais, porcentagem de C oriundo dos resíduos culturais convertido em C orgânico do solo. Todos esses benefícios da matéria orgânica são alcançados de forma gradual e contínua quando se aplica o plantio direto de forma correta, conforme a escala de evolução do sistema (Tabela 3).

Escala das fases de evolução do Sistema Plantio Direto

Fase inicial (0 - 5 anos): baixo acúmulo de palhada e elevada decomposição, re-agregação e

rearranjo de nova estrutura, baixa disponibilidade de fósforo, restabelecimento da fauna e biomassa microbiana no solo; imobilização de N é maior que a mineralização, maior exigência de N mineral nas culturas de milho, sorgo, trigo e algodão.

Fase de transição (6 - 10 anos): início de acúmulo e palhada e matéria orgânica no solo, aumento da densidade do solo devido ao tráfego de máquinas, aumento da disponibilidade de fósforo, aumento da fauna e da biomassa microbiana no solo; mineralização de N é maior ou igual a imobilização, exigência de N mineral milho, sorgo, trigo e algodão.

Fase de consolidação (11 – 20 anos): acúmulo de palhada na superfície e aumento de C e da CTC, estabilização da densidade do solo, aumento de fósforo e redução da resposta a aplicação de fertilizante fosfatado, aumento da fauna e da biomassa microbiana no solo; mineralização de N maior ou igual a imobilização, redução da exigência de N mineral; aumento do armazenamento de água e ciclagem de nutrientes

Fase de manutenção (> 20 anos): elevado acúmulo de palhada na superfície e acúmulo de C e aumento da CTC, estabilização da densidade do solo, aumento da fauna e da biomassa microbiana no solo; mineralização contínua de N, redução da resposta a N mineral; aumento do armazenamento de água e ciclagem de nutrientes.

Tabela 3. Recuperação da estratificação do C no solo em resposta a duração do plantio direto, após 25 anos de cultivo.

Plantio Convencional Camada de solo Plantio Direto C g kg-1 Cm C g kg-1

27 0-5 55 25 5-10 43 23 10-15 32 19 15-25 19 12 25-40 11 8 40-50 8

Considerações finais

O carbono e o elemento chave em qualquer sistema agrícola, é preciso criar manejos que resultem na redução de sua oxidação, para na forma orgânica humificada confira proteção aos agregados do solo. A adoção do plantio direto e rotação de culturas e a diversidade de fontes de entrada de carbono nos sistemas (parte aérea e raízes) são fundamentais para se alcançar os benefícios que este elemento pode proporcionar.

PALESTRA 5

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA FERTILIDADE DE SOLOS ARENOSOS NO BRASIL

Solos Arenosos são solos de textura “leve” com composição granulométrica nas classes texturais areia, areia franca ou franco-arenosa. Ocorrem em áreas expressivas no Cerrado e na Caatinga; localizam-se em paisagens com relevo variando plano a suave ondulado; normalmente ocupando as chapadas e depressões. Os principais grupos desses solos são os: Argissolos, Latossolos, Planossolos Neossolos (Quartzarênicos, Regolíticos e Litólicos) e Cambissolos.

Os solos arenosos são caracterizados frágeis devido às suas características intrínsecas: textura arenosa, baixa disponibilidade de nutrientes, alta drenabilidade, reação ácida e estrutura em grãos simples (Albuquerque et al., 2011). São solos frágeis estruturalmente, de baixa fertilidade e com reduzida capacidade real de água (CRA), possuem alta suscetibilidade à erosão e de baixa capacidade de uso. Apresentam, naturalmente, severas limitações físicas, químicas e hídricas para as plantas cultivadas. Quando bem manejados, com práticas conservacionistas adequadas e sustentáveis, podem se tornar produtivos e economicamente viáveis (SBSA, 2014).

Quanto a caracterização da fertilidade natural os solos arenosos apresentam as seguintes características: elevada acidez natural, ponto de carga zero (PCZ) em pH elevado, argilas de atividades baixas - caulinita; baixos teores de matéria orgânica, baixos teores de Ca e Mg, altos teores de Al, Fe e Mn solúveis em água e baixa CTC (< 4,0 cmolc/dm3).

Quanto a mecanização são solos ideais no que se refere a trabalhabilidade: apresentam textura e relevo favorável (plano a suave ondulado e 100% mecanizável), ausência de pedregosidade ou rochosidade.

Quanto ao risco de degradação apresentam baixa capacidade tampão: resistência à mudanças das características químicas após aplicação de fertilizantes e corretivos (baixos teores de argila e de matéria orgânica); baixo grau de desenvolvimento de estrutura e de agregados. Aplicação de doses elevadas ou contínuas de calcário ocasionando a dispersão de argilas e; desestruturação do solo; entupimento dos poros; aumento da coesão do solo em baixas umidades; selamento superficial; diminuição significativa da infiltração de água e da permeabilidade; rápido encharcamento após chuvas torrenciais.

PALESTRA 6 CALAGEM, GESSAGEM E FOSFATAGEM EM SOLOS ARENOSOS

CALAGEM

Efeitos da calagem: redução na absorção de Al, Mn, e Fe; fornecimento de Ca e Mg; aumento da disponibilidade de nutrientes; aproveitamento de P, K, S e Mo; melhorias na estrutura do solo; aumento da atividade de microrganismos; mineralização da matéria orgânica e fixação de nitrogênio. Métodos para determinação da necessidade de calagem

Neutralização do Al e/ou elevação dos teores de Ca e Mg (CEFSEMG, 1999) NC (t/ha) = Al3+ (cmolc dm-3) x f Onde: NC = t/ha de calcário (PRNT=100%) a ser aplicado, considerando a camada de 0-20

cm. Al3+ = cmolc dm-3 revelado pela análise do solo; f (fator de correção) = 1,5 para culturas tolerantes a acidez e 2,0 para culturas não tolerantes a acidez.

Região de cerrado: Argila > 200 g kg-1 e Ca + Mg < 2,0 cmolc dm-3 NC (t/ha)= [2 x Al+3 + 2 – (Ca2++Mg2+)]* Argila > 200 g kg-1 e Ca + Mg > 2,0 cmolc dm-3 NC (t/ha) = 2 x Al+3* Argila < 200 g kg-1 (*): Solos Arenosos NC (t/ha) = 2 x Al3+* ou NC (t/ha) = 2 – (Ca2+ + Mg2+)* (*) Utilizar a expressão com maior recomendação; * Unidade em cmolc dm-3

EMBRAPA (2004)

Elevação da saturação por bases NC (t/ha) = (V2 – V1) T/ (10 PRNT) onde: NC = t ha-1 de calcário para a camada de 0-20 cm. V1 = saturação por bases atual do solo = (SB/T) x 100 V2 = saturação por bases mais adequada para algumas culturas (RAIJ et al., 1996) T = capacidade de troca catiônica potencial do solo (T = SB+H+Al) em mmolc dm-3 PRNT = poder relativo de neutralização total do calcário (%) 10 = devido ao valor T estar expresso em mmolc dm-3 Elevação da saturação por bases para cana-de-açúcar A) Cana planta: VITTI e MAZZA (2002) NC = ((60 – V1) x CTC(1) ) x 1,25 + ((60 – V1) x CTC(2) x 1,25/10 x PRNT NC = t ha-1 de calcário (0 – 50 cm) (1) CTC = 0 a 25 cm (mmolc dm-3) (2) CTC = 25 a 50 cm (mmolc dm-3) Método do Ca e Mg (COPERSUCAR) Cana planta: solos muito arenosos; (CTC < 3,5 cmolc dm-3 ou 35 mmolc dm-3) NC = {30 - ( Ca + Mg ) x 10} x 1,25/PRNT NC = t ha-1 de calcário Ca + Mg (mmolc dm-3 ) (25 a 50 cm) 30 = nível crítico da soma do Ca, Mg e perdas por lixiviação 14+9+7 mmolc dm-3,

respectivamente.

Em solos muito arenosos aplicar as duas fórmulas (V% nas duas camadas e Ca + Mg na camada superficial) utilizando a que apresentar maior valor.

Os mecanismos envolvidos na correção da acidez do subsolo pela calagem superficial estão associados a: formação e migração de Ca(HCO3)2 e Mg(HCO3)2; deslocamento mecânico de partículas de calcário (canais de raízes mortas – intactos – ausência de preparo); adição de calcário e fertilizantes nitrogenados e manejo de resíduos orgânicos (CAIRES, 2009). GESSAGEM

Emprego do gesso agrícola: efeito fertilizante; condicionador de subsuperfície; correção de solos sódicos; condicionador de estercos; “preventivo” de enfermidade de plantas; condicionador de sub-superficie. Os resultados da aplicação de gesso são: aumento do cálcio em profundidade; diminuição na saturação por alumínio isto e, aumento do Ca na CTC efetiva; diminuição na absorção de Al pelas raízes devido a formação de AlSO4

+ . Critério de recomendação 5,0ila (g.kg-1) (1) do teor de argila da(s) amostra(s) de terra(s) da(s) camada(s) sub-superficiais do solo, segundo os seguintes critérios: SOUSA et al., (1996) Culturas anuais NG (kg ha-1) = 50 x argila (%) ou 5,0 x argila (g kg-1) Culturas perenes NG (kg ha-1) = 75 x argila (%) ou 7,5 x argila (g kg-1) (2) Saturação por Bases V < 35 % (20 a 40 ou 25 a 50 cm) Fonte: VITTI et al., 2004 NG (kg ha-1) = (V2 – V1) x CTC/50* ou 500** V2 = saturação por bases desejada em subsuperfície (50%) V1 = saturação por bases atual do solo em subsuperfície CTC = capacidade de troca catiônica em subsuperfície em cmolc dm-3* ou mmolc dm-3** FOSFATAGEM As vantagens da fosfatagem em área total serão: maior volume de P em contato com o solo (maior fixação); maior volume de solo explorado pelas raízes; maior absorção de nutrientes; maior absorção de água; convivência com pragas de solo. Critérios (1) Presina

Realizar fosfatagem em solos com CTC < 60 mmolc dm-3 ou com menos de 30% de argila, quando o P resina estiver menor ou igual a 15 mg dm-3. A dose a ser aplicada é = 5 kg ha-1 de P2O5 para cada 1% de argila. Em um solo com 20% de argila a dose seria 100 kg ha-1 de P2O5 (VITTI & MAZZA, 2000).

Fontes Indicadas para Adubação Corretiva: Superfosfato Simples, Superfosfato Triplo, Hiperfosfatos (Fosfatos Reativos), Termofosfato, Multifosfato Magnesiano.

Localização: área total, incorporado superficialmente (grade nivelamento) ou sobre a palhada. Época: pré-plantio.

PALESTRA 7

ADUBAÇÃO DE CULTURAS ANUAIS EM SOLOS ARENOSOS

Os Princípios básicos da adubação precisam ser seguidos: análise de solo, avaliar a disponibilidade de nutrientes, o nível de acidez e por fim estabelecer o manejo da adubação para atingir teores médios. Para o sucesso da adubação é necessário conhecer a extração e a exportação de nutrientes pelas culturas e estabelecer o manejo do sistema de produção de médio e longo prazo. Outro aspecto importantíssimo no manejo da fertilidade e da adubação é manter o histórico das análises e adubações feitas e acompanhar a evolução da fertilidade com o tempo.

Extração e exportação de nutrientes: parâmetro importante para o dimensionamento da adubação, especialmente para nutrientes extraídos em grandes quantidades (N, K, P).

Características relevantes para manejo da adubação: a argila é altamente correlacionada com matéria orgânica e com os seguintes parâmetros: CTC, poder tampão, retenção de água, estoque de nutrientes (N, P, S, B) e com a lixiviação de nutrientes solúveis (N, K, B (Ca, Mg, S).

Quanto ao manejo da fertilidade para culturas anuais os solos arenosos apresentam as seguintes restrições: limitada disponibilidade de água (estoque, veranicos), baixo reservatórios de nutrientes (N, outros) e sujeitos a erosão.

Fósforo: manejo menos crítico, lixiviação pouco relevante, fixação é menor em solos arenosos e fosfatagem (se necessária) demanda menos fertilizante P (kg ha-1 P2O5) = 5 kg P2O5 * % de argila.

Potássio: requer manejo mais cuidadoso, baixa capacidade de retenção, efeito salino (50 a 60 kg ha-1 de K2O no sulco para solo de baixa CTC), o restante parcelar em cobertura a lanço, em área total, é opção. A quantidade é ser aplicada é com base no seguinte cálculo estequiométrico:

Dose (kg ha-1 de K2O) = (Teor desejado – teor no solo) * 94. Exemplo: Teor atual: 0,7 mmolc dm-3; desejado 3,0 mmolc dm-3. Dose a ser aplicada = 216 kg ha-1 K2O. Deve-se levar em conta que a saturação de K na CTC geralmente não é alta. CTC de 40 mmolc dm-3, K = 2,0 mmolc dm-3; CTC de 60 mmolc dm-3, K = 3,0 mmolc dm-3. O pH deve ser corrido antes da aplicação de K Nitrogênio: a eficiência de uso é baixa (~50%), parte permanece na matéria orgânica, realimentando o ciclo. O solo é o grande fornecedor de N para as plantas. Solos arenosos apresentam baixo estoque de N. Recomendações para adubação nitrogenada: utilizar doses altas em solos arenosos (faixa mais alta das tabelas); parcelar para evitar perdas; aplicação antecipada tem grande risco, utilizar fontes com eficiência aumentada (inibidores de nitrificação).

Enxofre e boro: perdas por lixiviação são geralmente maiores realizar aplicações com maior frequência.

PALESTRA 8 ADUBAÇÃO DE PASTAGENS EM SOLOS ARENOSOS

A recomendação de adubação e calagem na pastagem é realizada com base na adaptação das

espécies a fertilidade do solo. Como a fertilidade do solo tem correlação direta com a saturação por bases no solo às forrageiras foram agrupadas, quanto ao grau de adaptação a baixa fertilidade (Tabela 4, 5 e 6). CALAGEM

Para corrigir o solo e atender a exigência da pastagem usar os seguintes critérios para recomendação de calagem e correção da acidez. Aplicar calcário quando os teores de Ca2+ e o Mg2+ estiverem abaixo do ideal para o estabelecimento da forrageira; quando a saturação por bases atingir na camada de 0 a 20 cm 20-25% espécies pouco exigentes; 30-35% em espécies exigentes e muito exigentes. Realizar aplicação de calcário a lanço e superficial para corrigir a acidez resultante de adição contínua de fertilizantes nitrogenados e reposição de Ca2+ e Mg2+; aplicação a lanço e superficial em doses até 2 t ha-1 (PRNT-100%), doses acima, parcelar; efetuar a aplicação antes das adubações de cobertura, de preferência no final do período seco para permitir reação antecipada.

Existem algumas Divergências quanto à recomendação de calagem baseada na neutralização do alumínio e correção do Ca2++Mg2+ e saturação por bases.

Alguns pesquisadores consideram que o primeiro método subestimaria a necessidade de calagem e limitaria o potencial de produção.

Solos ± 40,0 mmolc dm3 de CTC e teor de argila >15% de argila pode-se considerar: NC = (2x Al3+) + 2 - (Ca2++Mg2+) x (100/PRNT) Se Ca2++Mg2+ > 2 considerar apenas a correção do Al3+. Caso o teor de argila for que 15% argila considerar ou a neutralização do Al ou a correção

do Ca2++Mg2+ e ficar com a que indicar maior quantidade de calcário.

Tabela 4. Faixas de recomendação de saturação por bases no solo para forrageiras. Grupo 1.

Espécies Grau de adaptação à baixa fertilidade

Saturação por bases %

Grupo 1 - Espécies pouco exigentes

Brachiaria humidicola Alto

30 - 35

Andropogon gayanus Alto

Brachiaria decumbens Alto

Brachiaria ruziziensis Médio

Paspalum atratum cv. Pojuca Médio Tabela 5. Faixas de recomendação de saturação por bases no solo para forrageiras. Grupo 2. Espécies Grau de adaptação

à baixa fertilidade Saturação por bases

%

Grupo 2 - Espécies exigentes

Brachiaria brizantha cv. Marandu Médio

40-45

Brachiaria brizantha cv. Xaraés Médio

Brachiaria brizantha cv. Piatã Médio

Hyparrenia rufa - Jaraguá Baixo

Setaria anceps Baixo

Panicum maximum

cv. Vencedor Baixo

cv. Centenário Baixo

cv. Tobiatã Baixo

cv. Massai Baixo

cv. Mombaça Muito baixo

cv. Colonião Muito baixo

cv. Tanzânia Muito baixo Tabela 6. Faixas de recomendação de saturação por bases no solo para forrageiras. Grupo 3. Espécies Grau de adaptação

à baixa fertilidade Saturação por bases

%

Grupo 1 - Espécies pouco exigentes

Pennisetum purpureum Muito baixo

50-60 Napier, Taiwan A -146

Cynodum spp. Muito baixo

Coast-Cross, Tifton *Tabelas de recomendação elaborada de acordo com a experimentação e consenso entre pesquisadores da Embrapa Gado de Corte e Embrapa Cerrados.

Segundo Sousa e Lobato (2002) esse método eleva a saturação por bases dos solos para valores médios de 49%, existe a tendência de se recomendar mais calcário do que o necessário para solos com CTC <40,0 cmolc dm3 e menos para solos com CTC > 12,0 cmolc dm3.

Entretanto, a maioria dos solos da região dos Cerrados, em especial os cultivados com pastagem, apresentam CTC entre 40,0 e 120,0 mmolc dm3. GESSAGEM

Quando se busca trabalhar com espécies de maior exigência usar os seguintes critérios para correção da acidez de subsuperfície. Coletar solo na camada 40 a 60 cm e proceder a gessagem se a saturação de alumínio for maior que 30% ou o teor de Ca2+ menor que 5 mmolc dm3. Caso for necessário realizar a aplicação de gesso para correção de Ca e S, segundo a seguinte fórmula:

NG kg/ha = % argila x 50 ADUBAÇÃO FOSFATADA

As sugestões de adubação fosfatada para o estabelecimento e manutenção obedece a diferentes enfoques e estão relacionadas com a exigência nutricional das forrageiras ou com o nível tecnológico do sistema de produção. Tabela 7. Estimativas de adubação fosfatada anual em solos com níveis adequados de fósforo em função da produtividade animal na fase de recria e engorda. Espécies Produtividade kg/ha PV

200 350 500 650 800 950

Kg/ha/ano de P2O

5

Pouco exigentes 12 20 30 40 * *

Exigentes 14 25 35 50 60 70

Muito exigentes 17 30 40 60 70 80 Valores médios de peso vivo de 200 a 450 kg, ganhos de 100 a 700 g dia. NDT de 55% e eficiência de pastejo de 50%. Fonte: Adaptado de Martha Junior et al., 2007. ADUBAÇÃO POTÁSSICA Tabela 8. Sugestões de aplicação de kg ha-1 de K2O, para o estabelecimento e manutenção das pastagens, de acordo com SP, MG e EMB Recomendação Fases

Regional Estabelecimento Manutenção

Faixa aplicação

Critério aplicação

Faixa aplicação

Critério aplicação

--------------- K2O (kg ha-1) ----------------

SP 20 a 80 EN (1) 20 a 60 EN, AA (3)

EMB 20 a 60 EN 50 (K ≤ 30

mg/dm3)

MG 20 a 60 NT (2) 40 a 200 NT, AA (1)EN - de acordo com grupo de exigência nutricional da forrageira ; (2) NT - de acordo com nível tecnológico do sistema de produção; (3) AA = aplicação anual. Fonte: Adaptado de Werner,1996; Cantarutti et al 1999; e Vilela et al 2002.

Tabela 9. Sugestões de aplicação de N para o estabelecimento e manutenção de pastagens de acordo com SP, MG e EMB Recomendação Fases

regional Estabelecimento Manutenção

Faixa aplicação

Critério aplicação

Faixa aplicação

Critério aplicação

---- kg N / ha ---- ---- kg N /ha/ano ----

SP 40 - 20 a 40 dias germinação.

40 a 80 50

EN (1) Por ciclo pastejo intensivo, chuvas

EMB 40 a 50 - MO ≤1,6 dag/kg - 75% cobertura

40 NT extensivo

MG 0 a 150 - NT (2)

- 60% cobertura

50 100-150 200-300

NT extensivo NT médio NT intensivo

(1) EN =de acordo com grupo de exigência nutricional da forrageira; (2) NT =de acordo com nível tecnológico do sistema de produção. Fonte: Adaptado de Werner,1996; Cantarutti et al 1999; e Vilela et al 2002. Considerações finais

As informações disponíveis para recomendação da calagem são satisfatórias para o produtor estabelecer adequadamente suas pastagens em solos arenosos.

Alguns pontos, como o gradiente de exigência nutricional e de tolerância à acidez das espécies forrageiras, com os respectivos referenciais, no entanto, precisam ser aprimorados.

As metodologias laboratoriais utilizadas na determinação da acidez potencial e consequente efeito no cálculo da saturação por bases, entre os diferentes Estados brasileiros, precisa ser esclarecida aos usuários para facilitar o consenso nas recomendações de calagem.

Um grande problema, ainda, reside na recomendação de adubação de manutenção, pois nesse caso as informações que subsidiam o produtor na tomada de decisão quanto aos níveis de adubação em relação aos níveis de produção desejados, quer sejam carne, leite ou lã, são limitadas.

Ação indispensável para a solução dessa lacuna são os experimentos sob pastejo, de média e longa duração, os quais necessitam de participação multidisciplinar para a obtenção dos dados de forma determinante.

A condução de experimentos pontuais, de curta duração, para atender a demanda de informações adicionais de adubação de manutenção e sustentabilidade das pastagens, só é factível depois de conhecido o comportamento de séries históricas de experimentos, sob diferentes ecossistemas e diferentes sistemas de manejo.

Desde que conduzidos com os devidos acompanhamentos das interações clima-solo-planta-animal, experimentos de longa duração podem servir de base para modelos de simulação e transferência de informações para áreas mais abrangentes.

PALESTRA 9 EXPERIÊNCIAS COM SISTEMAS DE PRODUÇÃO E MANEJO DE SOLOS ARENOSOS

NO MATO GROSSO DO SUL

Os solos arenosos apresentam alta taxa de infiltração; baixa capacidade de retenção de água; elevada drenagem interna. Estes fatores causam sérias limitações, principalmente quando associados a baixas precipitações ou instabilidade climática (veranicos). Boa parte das area do Estado de Mato Grosso do Sul estão degradadas (8 a 9 milhões ha). Há uma pressão para melhor utilização dos solos arenosos em Mato Grosso do Sul. Uma das formas é com adoção de sistemas integrados de produção. Na Figura 1. estão representados os principais sistemas utilizados para recuperação de áreas degradadas no Mato Grosso do Sul.

Figura 1. Sistemas utilizados para recuperação de áreas degradadas no Mato Grosso do Sul.

PALESTRA 10 EXPERIÊNCIAS COM SISTEMAS DE PRODUÇÃO E MANEJO DE SOLOS ARENOSOS

NO MATO GROSSO

O foco de estudo no MT é com a importância do manejo do solo e com a fertilidade, principalmente com os elementos nitrogênio e enxofre: a matéria orgânica do solo é a principal fonte de N e S para as culturas. Toda prática de manejo que degradar a matéria orgânica do solo contribui para a redução do fornecimento de N do solo para as culturas. Efeito em médio prazo (solos arenosos) e longo prazo (solos argilosos). Não adianta colocar nitrogênio diretamente na cultura. Tem que colocar nitrogênio no Sistema de Produção. O crescimento do sistema radicular em profundidade aumenta a disponibilidade de nitrogênio, enxofre, potássio e boro às culturas.

O nitrogênio é o nutriente que mais está limitando a produtividade da soja e das culturas presentes no sistema de produção; portanto a inoculação deve ser correta e anual para manter a viabilidade das bactérias presentes no inoculante.

O Enxofre é um dos elementos que mais esta deficiente em solos arenosos, principalmente em solos com baixos teores de matéria orgânica, ácidos, revolvimento frequente, corrigidos superficialmente e com histórico de aplicação de fertilizantes concentrados.

Nos solos arenosos em razão da menor retenção de água há necessidade de favorecer que o sistema radicular explore maior volume de solo possível; manter a superfície do solo com o máximo de cobertura possível; eliminar crescimento barreiras físicas e químicas. Esses solos ainda apresentam baixos teores de matéria orgânica e baixa CTC o que resulta em baixa retenção de potássio no solo, portanto deve-se fazer o parcelamento do potássio em solos com baixa CTC; e anualmente fazer adubações maiores que a adubação de manutenção, porém, não adianta fazer adubações pesadas; o manejo da adubação potássica em solos arenosos implica obrigatoriamente em ter culturas de cobertura que recicle potássio. Antes de pensar em produzir soja, há necessidade de manejar o sistema de produção a fim de

dar condições para que a soja se desenvolva. Micronutrientes: em solos arenosos para se obter níveis de Ca e Mg adequados, muitas vezes

acaba-se elevando o pH do solo, induzindo a deficiência de micronutrientes, principalmente Zn e Cu. O boro é o nutriente que praticamente não é aplicado em solos arenosos; porém apresenta grande potencial de resposta; não adianta fazer adubação corretiva, é necessário aplicar todo ano, o Boro também lixivia, assim como o N, K e S. O Mn é o nutriente que a aplicação foliar é mais eficiente que a aplicação via solo; Considerações Finais

1. Necessidade de caracterizar melhor os ambientes de produção (solo e clima) com solos arenosos;

2. Manejo destes ambientes sob sistemas de produção focados excessivamente no cultivo sucessivo de culturas anuais: “da euforia para o desespero em menos de 10 anos”;

3. Necessidade de desenvolver sistemas de produção e manejos específicos para cada ambiente de produção;

4. Conforme o diagnóstico, estar preparado para deixar estas áreas sem exploração agrícola.

PALESTRA 11 EXPERIÊNCIAS COM SISTEMAS DE PRODUÇÃO E MANEJO DE SOLOS ARENOSOS

NA BAHIA Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária – perfil das fazenda que implantam o sistema

1. Fazendas de pecuária em que a introdução de culturas de grãos (arroz, milho, sorgo) em áreas de pastagens tem por objetivo recuperar a produtividade dos pastos utilizando agricultura para amortização dos custos de recuperação;

2. Fazendas especializadas em lavouras de grãos que adotam a sucessão com gramíneas forrageiras para melhorar a cobertura de solo no sistema plantio direto e eventualmente utilizam a forragem na entressafra;

3. Fazendas que, sistematicamente, adotam a rotação entre pasto e lavoura para intensificar o uso da terra e se beneficiar do sinergismo entre as duas atividades.

Melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo; redução de pragas, doenças e invasoras; uso mais eficiente da terra; diversificação da paisagem; aumento na produção de grãos e de forragem; Redução de risco pela diversificação de atividades; sustentabilidade econômica.

Exemplos e números de fazendas que implantaram o sistema ILP “Safrinha de boi”: Experiência da Faz. Xanxerê em 2008, BA

Resultados da parceria - Produtor 768 animais em 630 ha Peso vivo médio inicial: 312 kg 152 dias de pastejo/semiconfinamento Ganho de peso diário: 869 g Renda do produtor: R$ 190,00/ha

PALESTRA 12

EXPERIÊNCIAS COM SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO NO MATO GROSSO

Estudo de Casos no Vale do Araguaia Rebanho Bovino 2008 Rebanho Bovino 2012 Número de Cabeças: 5.477.347 Número de Cabeças: 5.260.000 % em relação a MT: 21% % em relação a MT: 18,36%

A substituição da pecuária pela agricultura (pastagens degradadas) ocorre em razão da baixa

rentabilidade da pecuária. Enquanto que a área de pecuária regrediu a da soja tem aumentado: safra de soja 09/10, área (ha): 628.350; safra de soja 12/13, área (ha): 1.200.834; safra de soja 13/14, área

(ha): 1.358.634. A cultura do milho também expandiu safra de milho 08/09, área (ha) 36.700; safra de ilho 12/13 área (ha) 208.461. As dificuldades regionais para a agricultura são o clima; solo e cultural; no entanto, o Vale do Araguaia apresenta grande aptidão à ILPF. O planejamento de aberturas de áreas com teor de argila menor a 20% segue a seguinte recomendação na safra 2011 -2012 foi realizado o preparo de Solo e correção (calagem, gessagem e fosfatagem); após a correção foi feita a semeadura da cobertura vegetal com a espécie Brachiaria ruziziensis e milheto.

Exemplos e números de fazendas que implantaram o sistema ILP - Fazenda Nova Invernada Nova Xavantina MT Área de 252 ha dividido em 2 pastos – 113 ha e 139 ha – 1,6 UA/ha Entrada 17/04/2014 - 552 Animais – Média 10,22 @ Saída 17/07/014 - 552 Animais – Média 12,60 @ Ganho 2,38 @ por animal Ganho por /ha – 5,21@ em 90 Dias Ganho R$ 620,38/ha

Considerações Finais Especialização da mão de obra da pecuária e da agricultura; uso de solos com menor

potencial produtivo; produtividade maior da Agropecuária; preservação dos solos e produção ambientalmente correta.

PALESTRA 13 EXPERIÊNCIAS COM SISTEMAS DE PRODUÇÃO E MANEJO DE SOLOS ARENOSOS

NO OESTE PAULISTA

REGIÃO OESTE PAULISTA A atividade agropecuária da região Oeste do Estado de São Paulo passou por diversos ciclos.

A pecuária já teve seu auge, mas atualmente as áreas com pastagem encontram-se em processo de degradação com baixa capacidade de suporte de animais. Na agricultura já tiveram êxito as culturas café, algodão e amendoim (Tabela 10).

Tabela 10. Atividades agropecuárias no oeste paulista entre 1920 a 2013. PERÍODO ATIVIDADE

1920-1930 CAFÉ

1930-1950 AMENDOIM - ALGODÃO - MAMONA

1950-1960 1960-1980 PECUÁRIA - FORTE

1980-2013 CANA-DE-AÇÚCAR PECUÁRIA - FRACA

Fazem parte do oeste paulista 53 municípios, que ocupam 9,6% do território paulista correspondendo a uma área de 2.395.200 hectares. A precipitação anual média é 1300 mm. O solo classificado como Argissolo ocupa 70% da região e exige manejo diferenciado em razão de sua fragilidade estrutural. Os Argissolos apresentam baixos teores de matéria orgânica e argila, com textura superficial arenosa e acentuado gradiente textural, normalmente a partir de 50 cm de profundidade (Figura 2/esquerda) e temperatura do solo com e sem cobertura vegetal (Figura 2/direita).

Figura 2. Argissolo com horizonte B exposto (esquerda) e temperatura do solo com e sem cobertura do solo (direita).

Exemplos de adoção do sistema ILP no oeste paulista, dados do ano agrícola 2013/2014. FAZENDA CAMPINA 13/14 – SOJA APÓS PASTAGEM Talhão 2 e 4 - 61,76 ha - rotacionado Tanzânia Calagem, gessagem e fosfatagem - dessecação Semeadura da soja 14 a 17/11/13 Produção estimada de 35 a 40 sc ha-1

Índice pluviométrico – 159 mm NÃO COLHEU SOJA GRÃO Colheita de silagem de soja – 08/02/14 Soja silagem: produção baixa (7,87 t ha-1), valor nutritivo (27% MS, 17,23% PB, 6,02% EE, 52,42% NDT); produção total = 486 t; desempenho animal 1.610 gramas dia. Milho 2ª SAFRA – Após corte da soja para silagem Milho Silagem em consórcio com Brachiaria Semeadura: 22 a 26/02 - Colheita: 03/06 a 10/06 – (ciclo de 100 d) Índice Pluviométrico = 383 mm Produção: 37,6t/ha (talhão 2) e 39,08 t/ha (talhão 4) Pastejo: 30 dias após colheita do milho silagem Talhão 5 – 59,24 ha - rotacionado Brachiaria brizantha cv. Marandu Semeadura da soja 01 a 06/12/13 Produção estimada: 50 sc ha-1 Índice Pluviométrico = 238 mm Colheita 05/04/14 (ciclo de 123 dias) Produção = 35,6 sc ha-1 Pastagem de inverno – Após colheita da soja Milheto consorciado com Brachiaria ruziziensis Semeadura 02 a 10/04 Pastejo 35 dias após germinação (30 cm altura) Índice pluviométrico = 188 mm (22/08/14)

Considerações Finais

1. A produção de grãos no oeste paulista só deve ser realizada em áreas com cobertura total do solo com palhada.

2. Realizar calagem para reposição de cálcio e magnésio, uma vez, que estes elementos são baixos e na maioria dos casos não há alumínio no solo.

3. Aplicar o inoculante no sulco de semeadura.

4. Após soja tomar todo cuidado na implantação da pastagem, se possível usar semeadora com espaçamento 17 cm entre linhas.

5. Sistemas de produção para solos arenosos devem abolir o pousio – ausência de plantas vegetando deverá acontecer apenas durante adequação do sistema (início) e durante a janela de transição/rotação de culturas.

6. O não revolvimento do solo, a rotação, consorciação e manutenção de espécies fotossinteticamente ativas durante o maior tempo são os principais fatores de sucesso em sistemas de produção em áreas com solos arenosos. 7. Quando adotado o sistema correto e as técnicas de produção adequadas o potencial de produção dos solos arenosos pode ser multiplicado por, dois três, ou mais vezes.

PALESTRA 14

A CULTURA DA CANA DE AÇÚCAR EM SOLOS ARENOSOS Para cultivo da cana-de-açúcar em solos arenosos devem-se intensificar os cuidados com as

práticas de conservação do solo: terraceamento e com as práticas complementares: canais escoadouros, caixas de retenção, vegetação e posicionamento do canais, não retirar curvas ao acaso, monitoramento das áreas, avaliar o fluxo preferencial de água.

A retenção de água depende da textura, estrutura e do teor de matéria orgânica do solo. A infiltração de água em cada tipo de solo, (argila, declive, cobertura, precipitação, etc).

A expansão da cana-de-açúcar deve ser criteriosa e reservar espaço para rotação de culturas.

PALESTRA 15

A CULTURA DA SOJA SOB SISTEMA PLANTIO DIRETO EM SOLOS ARENOSOS Júlio Cesar Franchini (Embrapa Soja)

Nas últimas três décadas, a produtividade média da soja aumentou expressivamente no

Brasil, em razão da geração, ajuste e transferência de tecnologias. Atualmente, a produtividade brasileira de soja é similar a dos Estados Unidos e Argentina – próximo a 3 t ha-1. No entanto, há registros de produtividades superiores a 6 t ha-1, demonstrando o elevado potencial produtivo da cultura.

Além da evolução da produtividade de grãos, a soja experimentou aumentos expressivos de área cultivada no Brasil. Isso ocorreu por influência de várias forças motrizes, sobretudo bons fundamentos de mercado, alta liquidez, cultivo altamente mecanizado, baixa necessidade de mão-de-obra e amplo rol de tecnologias disponíveis. Notadamente na última década, muitas áreas ocupadas com pastagens perenes, especialmente com espécies do gênero Urochloa (braquiárias), foram cultivadas com soja. Muitas dessas áreas apresentam baixos teores de argila – inferiores a 20% - e altos teores de areia. Essa condição de textura determina baixa capacidade de retenção de água, carbono orgânico e nutrientes e alta suscetibilidade à erosão. Aliado a isso, em geral, as áreas arenosas onde ocorre a expansão da soja se encontram em regiões quentes, com alta evapotranspiração. Ou seja, há convergência de dois fatores negativos ao cultivo da soja nessas circunstâncias. Se por um lado o solo retém pouca água, de outro, o consumo de água é alto. Em relação ao carbono orgânico é o mesmo raciocínio, pois há necessidade de acumular matéria orgânica no solo para melhorar a sua estrutura e aumentar a CTC (capacidade de troca de cátions) e a retenção de água, mas o ambiente é quente, o que acelera a mineralização do material orgânico. Isso impõe um grande desafio ao manejo do sistema de produção nessas áreas para permitir o cultivo da soja com rentabilidade satisfatória.

PALESTRA 16 SISTEMA SÃO MATEUS DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA (ILP)

O Sistema São Mateus é um modelo de ILP indicado para a região do Bolsão Sul-Mato-

Grossense. O sistema prevê o uso da ILP com a antecipação da correção química e física do solo e

do cultivo de soja em Plantio Direto para amortizar os custos da recuperação da pastagem. O bolsão-sul-mato-grossense possui solos com boa topografia, mas com baixa fertilidade

natural e com textura média e arenosa, distribuição irregular das chuvas e ocorrência de veranicos, pastagens degradadas e baixa rentabilidade econômica da pecuária de corte, frequentes frustrações de produtividade de lavouras de grãos.

O Sistema proporciona a diversificação das atividades, diluindo os riscos de frustrações e ampliando a rentabilidade e a margem de lucro da propriedade rural. A primeira etapa para implantação do Sistema São Mateus é realizar o diagnóstico técnico da região e da propriedade rural (são identificadas as limitações e aptidão de cada unidade de produção). Definida a área a ser explorada com o Sistema São Mateus, estabelecer: providências necessárias relacionadas à adequação do terreno; aplicação e incorporação de corretivos e fertilizantes; implantação das pastagens e lavouras (Figura 3).

No período do inverno e primavera realizar as seguintes atividades: limpeza e adequação da área, terraceamento, correção das deficiências químicas do solo com a aplicação de calcário, gesso e adubos. No início do período chuvoso: implantar a pastagem temporária (Marandu, Piatã e Xaraés) para: adequação física do solo pelo desenvolvimento das raízes da forrageira; formação da cobertura de palha para o Plantio Direto da soja e proporcionar o tempo necessário para a solubilização dos corretivos e fertilizantes, com a reação química no solo e neutralização da acidez. Uso da pastagem por 6 a 9 meses, com início de pastejo aos 60 a 70 dias após a emergência até o mês de Setembro considerando a capacidade de suporte da forragem.

No início das chuvas (Outubro): proceder a dessecação da pastagem com herbicida e cerca de 20 dias após, efetuar a semeadura da soja sobre a palhada da pastagem dessecada. Atenção especial aos procedimentos de dessecação, escolha de cultivares de soja, semeadura, adubação e inoculação com bactérias fixadoras de nitrogênio (rizóbios).

Após a colheita da soja: semear imediatamente a pastagem que será utilizada na produção pecuária nos próximos dois anos (Marandu, Piatã e Xaraés) retornando à soja no terceiro ano. A definição do período de tempo dos ciclos de lavoura (soja) e com pecuária em cada talhão da propriedade é variável e depende dos objetivos e da estrutura disponível em cada local. Para obtenção dos melhores resultados, não deve exceder a três anos seguidos com soja ou com pastagem.

Figura 3. Esquema de implantação e condução do Sistema São Mateus.

PALESTRA 17 SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA (ILPF)

João Kluthcouski - (Embrapa Cerrados)

A ILP(F) é uma estratégia que objetiva a produção sustentável, que integra atividades agrícolas, pecuárias (e florestais) na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, e busca efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema, contemplando a adequação ambiental, a valorização dos seres humanos e a viabilidade econômica.

A ILP tem como viabilidade econômica na otimização dos recursos de produção da propriedade; na sinergia entre as atividades de produção animal e vegetal; redução de custo; aumento da receita líquida; maior estabilidade temporal. Sendo particularmente eficiente na: recuperação de áreas degradadas; na manutenção de pastagens produtivas; na redução de risco pela diversificação de atividades levando a sustentabilidade econômica; redução dos impactos ao meio ambiente; redução da necessidade de utilização de agroquímicos; redução da abertura de novas áreas; aumento da eficiência no uso de máquinas, equipamentos e mão-de-obra; geração de empregos e de renda e melhoria das condições sociais no meio rural.

A adoção da iLP(F) independe de: condição edafoclimática; tamanho de propriedade; tamanho das máquinas e implementos e condição socioeconômica do produtor. Além disso é totalmente passível de ajustes locais. Estima-se que a área com ILP(F) no Brasil é superior a 2 milhões de hectares, 500 mil ha no MT, 400 mil ha no PR, 90 mil ha no GO e 40 mil ha no MA e PI.

Frases sobre ILPF “Após o avanço da soja no Cerrados, o embrião da próxima revolução do Brasil rural começa a se

desenvolver: é a integração sustentável entre agricultura e pecuária" Norman Borlaug. Prêmio Nobel da Paz de 1970

“Braquiária é mais do que pasto”

Fernando P. Cardoso. Fundação Agrisus

“Quem usa o sistema ILP tem que errar muito para quebrar” Mauro Morufuse. Faz. Umuarama. N. S. Joaquim-MT

“Melhor que manter o solo protegido com cobertura morta

é mantê-lo vegetado o ano todo” Edemar Moro. UNOESTE. P. Prudente-SP

“A ILP é muito eficiente nos anos bons de chuva e mais eficiente ainda nos anos ruins”

Edinaldo Mathias. Faz. Ybiete Porã. Rancharia-SP

“Num futuro próximo, a produção de proteína animal ficará por conta dos lavoureiros” Paulo R. Herrmann. Diretor da John Deere na América Latina

“Com a Integração Lavoura Pecuária produz-se o boi barato”

Anábio Ribeiro. Ipameri-GO

“O Brasil será a potência agrícola do século 21” Norman Bourlaug

4. PARTICIPANTES Número de inscritos 264 pessoas (anexo) e Figuras 4 e 5.

Figura 4. Participantes do Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos.

Figura 5. Visita técnica na Fazenda Campina durante do Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos.

5. CONCLUSÕES “As áreas com solos arenosos e pastagens degradadas não deve ser tratadas como um problema,

mas como uma grande oportunidade para produzir alimentos para as futuras gerações”. João Kluthcouski – Pesquisador da Embrapa

A viabilização econômica dos solos arenosos acontecerá com adoção de sistemas que priorizam formação de palhada com rotação e consorciação de espécies (gramíneas e leguminosas).

A estratégia de manejo dos solos arenosos deve sempre priorizar a elevação do teor de matéria

orgânica

O próximo Simpósio Brasileiro de Solos Arenosos será organizado pela Cocamar em parcerias em 2016

6. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS À FUNDAÇÃO AGRISUS

1. No momento da abertura do evento foi mencionado e enfatizado o apoio da Agrisus para realização do evento, destacando o patrocínio recebido.

2. Foram colocados dois banners da Agrisus em local privilegiado durante o SBSA. 3. Foi realizada a projeção do logo da Agrisus e a execução do Vídeo Terra Plantada nos

intervalos das apresentações. 4. Foi feita a menção do patrocínio da Agrisus na mídia e em todo material de divulgação do

evento como cartazes, bolsas e convites. 5. Foram distribuídos folders da Agrisus para participantes. O material foi distribuído a cada

participante no momento da inscrição do SBSA. Foi disponibilizada a lista digitalizada dos participantes com nome, profissão e e-mail

(Anexo). 7. DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS Segue abaixo o demonstrativo de alocação dos recursos provenientes da Fundação Agrisus, o valor oriundo da Fundação Agrisus foi R$ 10.000,00. Tabela 11. Demonstrativo de aplicação dos recursos provindos da Fundação Agrisus. LISTA DE DESPESAS NF R$ Impressão Cartazes 2882 550,00 Panfleto divulgação 2134 375,00 Pasta do evento 32 1.550,00 Pasta do evento 39 4.650,00 Canetas 8686 748,95 Tonner 4.794 59,90 Bloco rascunho 2.170 390,00 Crachás 2.170 260,01 Panfleto Bolsa 2243 705,00 Camisetas para comissão organizadora 110 828,00 Total de gastos 10.116,86 8. DATA E NOME DO COORDENADOR

Presidente Prudente, 20 de Dezembro de 2014

Edemar Moro Coordenador do Projeto