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Por mais violento que seja o argumento contrário, por mais bem formulado, eu tenho sempre uma resposta que fecha a boca de qualquer um: “Você tem toda a razão”. (Millôr Fernandes) Marília, terça-feira, 5 de junho de 2018 E-mail: [email protected] Zeca Baleiro regrava sucessos de Ludmilla e Tim Maia para disco feito para animar torcida da Copa MÚSICA O cantor maranhense Zeca Baleiro regravou o maior sucesso do segundo álbum da funkeira carioca Ludmilla Silvia Zamboni Zeca Baleiro regravou o maior sucesso do álbum A dana- da sou eu (2016), o segundo da carreira da funkeira fluminense Ludmilla. O cantor maranhense pôs voz em Cheguei (Wallace Vianna e André Vieira, 2016) para o disco Torcida Brasil, ide- alizado para animar o público que vai acompanhar os jogos do Brasil na Copa do Mundo da Rússia. Para o mesmo projeto fono- gráfico, Baleiro também gravou O descobridor dos sete mares (Michel e Gilson Mendonça, 1983), música dançante lançada há 35 anos na voz de Tim Maia (1942 - 1998), tendo batizado álbum lançado pelo cantor carioca em 1983. Precedido pelo single com o inédito samba-título Torcida Brasil (Pretinho da Serrinha, Rogê, Gabriel Moura e Lean- dro Fab), em registro feito por Diogo Nogueira, o disco chega ao mercado fonográfico neste mês de junho com 20 gravações inéditas de músicas vocacionadas para animar festas, mas sem associação direta com o futebol. O rapper Emicida participa com abordagem do funk me- lody Nosso sonho (Claudinho & Buchecha, 1996). O também rapper Rael gravou o suces- so tribalista Já sei namorar (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte, 2002). Já a cantora Baby do Brasil pôs voz em Assim caminha a humanidade, música de Lulu Santos que batizou álbum lan- çado pelo cantor e compositor carioca em 1994. Capa do single Torcida Brasil, de Diogo Nogueira Durante maior feira de serviços da China, pavilhão brasileiro foi eleito o melhor TURISMO Brasil premiado em Pequim O Pavilhão do Brasil (foto ao lado) foi eleito o melhor, entre os convidados inter- nacionais, da 5ª edição da China Beijing International Fair for Trade in Services (CIFTIS), em Pequim. Em nome da delegação brasi- leira, o secretário Nacional de Estruturação do Turis- mo, José Antônio Parente, recebeu o prêmio durante cerimônia na última sexta- -feira (1), último dia da feira. O Brasil foi representado pelos ministérios do Turis- mo, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e das Relações Exteriores, além da Embratur e Apex-Brasil. Durante a feira, o Brasil esteve representando em um pavilhão de 370 metros quadrados. De olho no mer- cado que mais envia turistas por ano para o mundo - 135 milhões - e também os que mais gastaram no último ano US$ 250 bilhões. Por esse motivo foram apresentados, a convidados e potenciais investidores, projetos para melhorar o turismo no Brasil com a construção de portos e marinas, resorts e outros atrativos turísticos que deverão impulsionar a atividade. Os investimentos apresentados são da ordem de US$ 4,5 bilhões para o Brasil. FEIRA - A CIFTIS é orga- nizada conjuntamente pelo Ministério do Comércio (MO- FCOM) da China e pelo Go- verno Popular do Município de Pequim com periodicidade bienal. Trata-se da primeira feira internacional de comér- cio de serviços, de nível esta- tal, que abrange todos os 12 setores de serviços definidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Caminhada de 100 km, com perfil diversificado de andarilhos, é cheia de atrativos turísticos que revelam a costa capixaba Turistas refazem “Os Passos de Anchieta” no Espirito Santo Fernando Madeira Praia de Ubu, Anchieta (ES) Fernando Madeira Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo Vitor Jubini Santuário de Anchieta (ES) Vitor Jubini Os Passos de Anchieta é uma trilha de sucesso entre peregrinos que viajam até o Espirito Santo e turistas em busca de natureza e aven- tura no litoral capixaba. A caminhada se repete quinze- nalmente, assim como fazia o padre Anchieta. A mais tradicional reúne mais de três mil peregrinos neste feriadão de Corpus Christi. Do último dia 31 até do- mingo (3) foi realizada a 21ª edição da caminhada oficial. Cada passo é uma nova des- coberta para quem revive o caminho percorrido pelo jesu- íta. Mais do que uma prática saudável ou que evidencia o fervor religioso, a trilha oferece experiências que reúnem atrativos ecológicos, religiosos, sítios históricos e gastronomia diversificada. O percurso do primeiro dia saiu da Catedral de Vitória e percorreu 25 km até a Barra do Jacú, em Vila Velha. Até Setiba, em Guarapari, são 28 km, no segundo dia de pere- grinação. No sábado (2) foram 24 km até Meaípe, ainda em Guarapari, e no domingo (3), 23 km até a cidade histórica de Anchieta, onde fica o santuário Nossa Senhora da Assunção, erguido pelo jesuíta em 1597 com ajuda dos índios tupis. A trilha pode ser feita nos dois sentidos. Seguindo a sabedoria indígena, boa parte do trajeto é feito pela praia, nas marés baixas, quando a areia fica solada e facilita a caminhada. O roteiro reconstitui o trajeto dentro de considerável exatidão histórica e, no sentido inverso, vai da Aldeia de Reri- tiba (cidade de Anchieta) até a Vila de Nossa Senhora da Vitó- ria (a capital), onde o religioso dirigia o Colégio de São Tiago, atual Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo e abrigo simbólico do túmulo de Anchieta. Auxiliado pelos índios temiminós, ele fazia o trajeto de 14 léguas, duas vezes por mês, desde que se recolheu na vila indígena da costa capixaba, onde viveu 10 anos até a morte, em 1597. Ainda no Espírito Santo, além de Reritiba, o padre jesuíta também fundou Guarapari e São Mateus. Ao resgatar as pegadas de Anchieta, o turista se depara com as paisagens que inspira- vam o andarilho da catequese na colônia, considerado o primeiro apóstolo do Brasil. O viajante se encontra consi- go mesmo nas reflexões que a jornada oferece e descobre outros caminhos: o do cora- ção, para quem tem fé; e o do conhecimento, para os que refazem o trajeto pelo valor histórico e o prazer de ir ao encontro da natureza. Seja qual for o motivo, o resultado ao término da trilha dá a gra- tificante sensação de vitória e um aprendizado sempre útil na simbólica caminhada da vida. Anchieta São José de Anchieta foi proclamado santo em 2014. Nasceu em 1534, em San Cristoban de Laguna, ilha de Tenerife, nas Canárias, ar- quipélago da costa da África que pertence a Espanha. Aos 14 anos foi para Coimbra, em Portugal, e ingressou na Companhia de Jesus, fundada em 1535 pelo primo, Inácio de Loiola. Anchieta chegou em Sal- vador, em 1553, aos 19 anos. Depois fundou Niterói (RJ) e o Colégio de Piratininga, que deu origem a São Paulo. Sua ação se estendeu até Pernambuco. Anchieta foi o autor da primeira gramática de tupi-guarani para facilitar o trabalho de evangelização dos índios. Divulgação Divulgação

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Por mais violento que seja o argumento contrário, por mais bem formulado, eu tenho sempre uma resposta que fecha a boca de qualquer um: “Você tem toda a razão”. (Millôr Fernandes)

Marília, terça-feira, 5 de junho de 2018 E-mail: [email protected]

Zeca Baleiro regrava sucessos de Ludmilla e Tim Maia para disco feito para

animar torcida da Copa

MÚSICA

O cantor maranhense Zeca Baleiro regravou o maior sucesso do segundo álbum da funkeira carioca Ludmilla

Silvia Zamboni

Zeca Baleiro regravou o maior sucesso do álbum A dana-da sou eu (2016), o segundo da carreira da funkeira fluminense Ludmilla. O cantor maranhense pôs voz em Cheguei (Wallace Vianna e André Vieira, 2016) para o disco Torcida Brasil, ide-alizado para animar o público que vai acompanhar os jogos do Brasil na Copa do Mundo da Rússia.

Para o mesmo projeto fono-gráfico, Baleiro também gravou O descobridor dos sete mares (Michel e Gilson Mendonça, 1983), música dançante lançada há 35 anos na voz de Tim Maia (1942 - 1998), tendo batizado álbum lançado pelo cantor carioca em 1983.

Precedido pelo single com o inédito samba-título Torcida

Brasil (Pretinho da Serrinha, Rogê, Gabriel Moura e Lean-dro Fab), em registro feito por Diogo Nogueira, o disco chega ao mercado fonográfico neste mês de junho com 20 gravações inéditas de músicas vocacionadas para animar

festas, mas sem associação direta com o futebol.

O rapper Emicida participa com abordagem do funk me-lody Nosso sonho (Claudinho & Buchecha, 1996). O também rapper Rael gravou o suces-so tribalista Já sei namorar

(Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte, 2002). Já a cantora Baby do Brasil pôs voz em Assim caminha a humanidade, música de Lulu Santos que batizou álbum lan-çado pelo cantor e compositor carioca em 1994.Capa do single Torcida Brasil, de Diogo Nogueira

Durante maior feira de serviços da China, pavilhão brasileiro foi eleito o melhor

TURISMO

Brasil premiado em PequimO Pavilhão do Brasil (foto

ao lado) foi eleito o melhor, entre os convidados inter-nacionais, da 5ª edição da China Beijing International Fair for Trade in Services (CIFTIS), em Pequim. Em nome da delegação brasi-leira, o secretário Nacional de Estruturação do Turis-mo, José Antônio Parente, recebeu o prêmio durante cerimônia na última sexta--feira (1), último dia da feira.

O Brasil foi representado pelos ministérios do Turis-mo, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e das

Relações Exteriores, além da Embratur e Apex-Brasil.

Durante a feira, o Brasil esteve representando em um pavilhão de 370 metros quadrados. De olho no mer-cado que mais envia turistas por ano para o mundo - 135 milhões - e também os que mais gastaram no último ano US$ 250 bilhões. Por esse motivo foram apresentados, a convidados e potenciais investidores, projetos para melhorar o turismo no Brasil com a construção de portos e marinas, resorts e outros atrativos turísticos

que deverão impulsionar a atividade. Os investimentos apresentados são da ordem de US$ 4,5 bilhões para o Brasil.

FEIRA - A CIFTIS é orga-nizada conjuntamente pelo Ministério do Comércio (MO-FCOM) da China e pelo Go-verno Popular do Município de Pequim com periodicidade bienal. Trata-se da primeira feira internacional de comér-cio de serviços, de nível esta-tal, que abrange todos os 12 setores de serviços definidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Caminhada de 100 km, com perfil diversificado de andarilhos, é cheia de atrativos turísticos que revelam a costa capixabaTuristas refazem “Os Passos de Anchieta” no Espirito Santo

Fernando Madeira

Praia de Ubu, Anchieta (ES)

Fernando Madeira

Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo

Vitor Jubini

Santuário de Anchieta (ES)

Vitor JubiniOs Passos de Anchieta é

uma trilha de sucesso entre peregrinos que viajam até o Espirito Santo e turistas em busca de natureza e aven-tura no litoral capixaba. A caminhada se repete quinze-nalmente, assim como fazia o padre Anchieta. A mais tradicional reúne mais de três mil peregrinos neste feriadão de Corpus Christi.

Do último dia 31 até do-mingo (3) foi realizada a 21ª edição da caminhada oficial. Cada passo é uma nova des-coberta para quem revive o caminho percorrido pelo jesu-íta. Mais do que uma prática saudável ou que evidencia o fervor religioso, a trilha oferece experiências que reúnem atrativos ecológicos, religiosos, sítios históricos e gastronomia diversificada.

O percurso do primeiro

dia saiu da Catedral de Vitória e percorreu 25 km até a Barra do Jacú, em Vila Velha. Até Setiba, em Guarapari, são 28 km, no segundo dia de pere-grinação. No sábado (2) foram 24 km até Meaípe, ainda em Guarapari, e no domingo (3), 23 km até a cidade histórica de

Anchieta, onde fica o santuário Nossa Senhora da Assunção, erguido pelo jesuíta em 1597 com ajuda dos índios tupis. A trilha pode ser feita nos dois sentidos. Seguindo a sabedoria indígena, boa parte do trajeto é feito pela praia, nas marés baixas, quando a areia fica solada e facilita a caminhada.

O roteiro reconstitui o trajeto dentro de considerável exatidão histórica e, no sentido inverso, vai da Aldeia de Reri-tiba (cidade de Anchieta) até a Vila de Nossa Senhora da Vitó-ria (a capital), onde o religioso dirigia o Colégio de São Tiago, atual Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo e abrigo simbólico do túmulo de Anchieta. Auxiliado pelos índios temiminós, ele fazia o trajeto de 14 léguas, duas vezes por mês, desde que se recolheu na vila indígena da

costa capixaba, onde viveu 10 anos até a morte, em 1597. Ainda no Espírito Santo, além de Reritiba, o padre jesuíta também fundou Guarapari e São Mateus.

Ao resgatar as pegadas de Anchieta, o turista se depara com as paisagens que inspira-vam o andarilho da catequese na colônia, considerado o primeiro apóstolo do Brasil. O viajante se encontra consi-go mesmo nas reflexões que a jornada oferece e descobre outros caminhos: o do cora-ção, para quem tem fé; e o do

conhecimento, para os que refazem o trajeto pelo valor histórico e o prazer de ir ao encontro da natureza. Seja qual for o motivo, o resultado ao término da trilha dá a gra-tificante sensação de vitória e um aprendizado sempre útil na simbólica caminhada da vida.

AnchietaSão José de Anchieta foi

proclamado santo em 2014. Nasceu em 1534, em San Cristoban de Laguna, ilha de Tenerife, nas Canárias, ar-quipélago da costa da África

que pertence a Espanha. Aos 14 anos foi para Coimbra, em Portugal, e ingressou na Companhia de Jesus, fundada em 1535 pelo primo, Inácio de Loiola.

Anchieta chegou em Sal-vador, em 1553, aos 19 anos. Depois fundou Niterói (RJ) e o Colégio de Piratininga, que deu origem a São Paulo. Sua ação se estendeu até Pernambuco. Anchieta foi o autor da primeira gramática de tupi-guarani para facilitar o trabalho de evangelização dos índios.

Divulgação

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