sih manual tecnico operacional julho

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M II N II S T R II O D A S A D E M N STR O DA SADE

MANUAL TCNIICO OPERACIIONAL MANUAL TCN CO OPERAC ONAL

SIISTEMA DE IINFORMACO HOSPIITALAR S STEMA DE NFORMACO HOSP TALAR ((Verso PrelliimiinaR_ JULHO_2008)) Verso Pre m naR_ JULHO_2008

MDULO II MDULO ORIIENTAES TCNIICAS OR ENTAES TCN CASBRASLIIIA///DF BRAS L A D F BRAS L A DF

JULHO JULHO 2008 2008

2006 Ministrio da Sade. Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica. A coleo institucional do Ministrio da Sade pode ser acessada na ntegra na Biblioteca Virtual em Sade do Ministrio da Sade: http://www.saude.gov.br/bvs O contedo desta e de outras obras da Editora do Ministrio da Sade pode ser acessado na pgina: http://www.saude.gov.br/editora Srie A. Normas e Manuais Tcnicos Tiragem: 1. edio 2006 6.000 exemplares Elaborao, distribuio e informaes: MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de Regulao, Avaliao e Controle Coordenao Geral de Sistemas de Informao Esplanada dos Ministrios, Edifcio Anexo, bloco B, 4. andar, sala 454 B CEP: 70.058-900, Braslia DF Tel.: (61) 3315-2698 / 3315-2437 Home page: http://www.saude.gov.br/sas Email: [email protected] Coordenao: Rosane de Mendona Gomes Ana Lourdes Marques Maia Da Gomes Ramos Colaborao: Luzia Santana de Sousa Emlia Tomassini Virginia da Silva Lucas

Impresso no Brasil / Printed in Brazil2

Ficha Catalogrfica

Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Regulao, Avaliao e Controle. Manual do Sistema de Informao Hospitalar/Atualizao, Volume I. Braslia : Editora do Ministrio da Sade, 2006. 110 p. : il. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos) ISBN 1.SUS (BR) .2. SIHSUS. 3. Sistemas de informao hospitalar. 4. Sistemas de informao em sade. I. Ttulo. II. Srie.

Catalogao na fonte Coordenao-Geral de Documentao e Informao Editora MS

Ttulos para indexao: Em ingls: Hospital Information System Manual: : technical orientations module Em espanhol: Manual del Sistema de Informacin Hospitalaria: : mdulo de orientaciones tcnicas EDITORA MS Documentao e Informao SIA trecho 4, lotes 540/610 CEP: 71200-040, Braslia DF Tels.: (61) 3233 1774 / 2020 Fax: (61) 3233 9558 E-mail: [email protected] Home page: www.saude.gov.br/editora Equipe editorial: Normalizao: Vanessa Leito Reviso: Capa e projeto grfico:

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NDICE

1. APRESENTAO .............................................................................................................................................................. 8 2. INTRODUO .................................................................................................................................................................... 8 3. OBJETIVOS........................................................................................................................................................................ 9 4. FLUXO PARA INTERNAO DOS USURIOS DO SUS ................................................................................................ 9 4.1 CONSULTA/ATENDIMENTO.................................................................................................................................... 10 4.2 LAUDO PARA SOLICITAO DE AIH .................................................................................................................... 10 4.3 EMISSO DA AIH ..................................................................................................................................................... 10 4.4 PREENCHIMENTO DA AIH ...................................................................................................................................... 11 4.5 APRESENTAO DA AIH SISTEMA DO PRESTADOR SISAIH01 .................................................................... 12 5. EMISSO DE NOVA AIH PARA UM MESMO PACIENTE NUMA MESMA INTERNAO .......................................... 12 5.1 EM CIRURGIA ........................................................................................................................................................... 12 5.2 DE OBSTETRCIA PARA CIRURGIA E VICE-VERSA ............................................................................................ 12 5.3 DE CLNICA MDICA PARA OBSTETRCIA........................................................................................................... 12 5.4 DE OBSTETRCIA PARA OBSTETRCIA ................................................................................................................ 12 5.5 DE OBSTETRCIA PARA CLNICA MDICA........................................................................................................... 12 5.6 DE CIRURGIA PARA CLNICA MDICA ................................................................................................................. 12 5.7 DE CLNICA MDICA PARA CIRURGIA ................................................................................................................. 12 5.8 PACIENTE SOB CUIDADOS PROLONGADOS, PSIQUIATRIA, REABILITAO, INTERNAO DOMICILIAR E AIDS ................................................................................................................................................................................ 12 5.9 EM CLNICA MDICA ............................................................................................................................................... 12 5.10 POLITRAUMATIZADOS ......................................................................................................................................... 13 6. ESPECIALIDADE DO LEITO ........................................................................................................................................... 13 7. CLASSIFICAO BRASILEIRA DE OCUPAES CBO - (ANTIGA ESPECIALIDADE) .......................................... 13 7.1 CADASTRO DE CBO DE MDICOS E DE MDICOS RESIDENTES..................................................................... 14 8. SOLICITAO DE MUDANA DE PROCEDIMENTO.................................................................................................... 15 8.1 DE CLINICA MDICA PARA CLINICA MDICA ..................................................................................................... 15 8.2 DE CLINICA MDICA PARA CIRURGIA ................................................................................................................. 15 8.3 DE CIRURGIA PARA CLNICA MDICA ................................................................................................................. 15 8.4 DE CIRURGIA PARA CIRURGIA ............................................................................................................................. 16 8.5 MAIS DE UM PROCEDIMENTO PRINCIPAL NUMA MESMA AIH ......................................................................... 16 9. TRATAMENTO DE POLITRAUMATIZADO ..................................................................................................................... 16 10. CIRURGIAS MLTIPLAS .............................................................................................................................................. 19 11. PACIENTES COM LESO LABIO-PALATAL E CRNIOFACIAL ............................................................................... 20 12. TRATAMENTO DE AIDS ............................................................................................................................................... 21 12.1 MODALIDADE HOSPITALAR NO TRATAMENTO DA AIDS ................................................................................ 21 12.2 MODALIDADE HOSPITAL DIA/AIDS..................................................................................................................... 224

12.3 LIPODISTROFIA ..................................................................................................................................................... 22 13. REGISTRO DE DIRIAS NA AIH .................................................................................................................................. 23 13.1 DIRIA DE ACOMPANHANTE............................................................................................................................... 23 13.2 DIRIA DE ACOMPANHANTE PARA IDOSO ....................................................................................................... 23 13.3 DIRIA DE ACOMPANHANTE PARA GESTANTE ............................................................................................... 23 13.4 DIRIAS DE UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVA/UTI................................................................................ 24 13.5. DIRIAS DE UNIDADE DE CUIDADOS INTERMEDIRIOS NEONATAL UCI ................................................ 24 14. PERMANNCIA A MAIOR ............................................................................................................................................. 25 15. ATENDIMENTO CLNICO (CONSULTA/AVALIAO EM PACIENTE INTERNADO) ............................................... 26 16. QUANTIDADE MXIMA DE PROCEDIMENTOS POR AIH .......................................................................................... 26 17. DILISE PERITONIAL E HEMODILISE ...................................................................................................................... 26 18. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONNCIA MAGNETICA .................................................................... 27 19. ESTUDOS HEMODINMICOS, ARTERIOGRAFIA, NEURORADIOLOGIA E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA. 28 20. TRANSFUSO DE SUBSTITUIO/TROCA (EXSANGINEOTRANSFUSO)......................................................... 29 21. ALBUMINA HUMANA .................................................................................................................................................... 29 22. HEMOTERAPIA.............................................................................................................................................................. 29 23. FISIOTERAPIA ............................................................................................................................................................... 30 24. RADIOLOGIA ................................................................................................................................................................. 30 25. ULTRA-SONOGRAFIA .................................................................................................................................................. 30 26. PATOLOGIA CLNICA ................................................................................................................................................... 30 27. ANATOMIA PATOLGICA ............................................................................................................................................ 30 28. REGISTRO DE ANESTESIAS NA AIH .......................................................................................................................... 31 28.1 ANESTESIA OBSTTRICA/PARTO NORMAL E CESARIANA ............................................................................ 32 28.2 ANESTESIA REGIONAL ........................................................................................................................................ 32 28.3 ANESTESIA GERAL ............................................................................................................................................... 32 28.4 SEDAO ............................................................................................................................................................... 32 29. RTESES, PRTESES E MATERIAIS ESPECIAIS OPM .......................................................................................... 32 29.1 REGISTRO DE NOTAS FISCAIS E FORNECEDORES CADASTRADOS NA ANVISA ....................................... 32 30. ACIDENTE DE TRABALHO ........................................................................................................................................... 35 30.1 NOTIFICAO DE CAUSAS EXTERNAS E DE AGRAVOS RELACIONADOS AO TRABALHO ....................... 35 31. VIDEOLAPAROSCOPIA ................................................................................................................................................ 36 32. ATENDIMENTO EM OBSTETRICIA .............................................................................................................................. 36 32.1 PARTO NORMAL.................................................................................................................................................... 36 32.2 ATENDIMENTO GESTAO DE ALTO RISCO ................................................................................................ 37 32.3 PARTO GEMELAR E EXAME VDRL NA GESTANTE........................................................................................... 37 32.4 TESTE RPIDO PARA DETECO DE HIV EM GESTANTES............................................................................ 38 33. PLANEJAMENTO FAMILIAR (LAQUEADURA E VASECTOMIA) ............................................................................... 38 34. ASSISTNCIA AO RECM-NATO ................................................................................................................................ 39 34.1 PRIMEIRA CONSULTA DE PEDIATRIA AO RECM NASCIDO .......................................................................... 395

34.2 ATENDIMENTO AO RECM-NATO NA SALA DE PARTO .................................................................................. 39 34.3. REGISTRO CIVIL DE NASCIMENTO .................................................................................................................... 40 35. FATORES DE COAGULAO ...................................................................................................................................... 40 36. ATENO PSICOSSOCIAL AO DEPENDENTE LCOOL E DROGAS ...................................................................... 40 37. PSIQUIATRIA ................................................................................................................................................................. 41 37.1 ATENDIMENTO EM REGIME DE HOSPITAL DIA SADE MENTAL ................................................................ 43 37.2 TRATAMENTO EM PSIQUIATRIA HOSPITAL GERAL ........................................................................................ 44 38. ATENDIMENTO A PACIENTES QUEIMADOS ............................................................................................................. 44 38.1 PEQUENO QUEIMADO .......................................................................................................................................... 44 38.2 MDIO QUEIMADO ................................................................................................................................................ 44 38.3 GRANDE QUEIMADO............................................................................................................................................. 44 28.4 INTERCORRENCIA DO PACIENTE MDIO E GRANDE QUEIMADO ................................................................. 45 39. PACIENTES SOB CUIDADOS PROLONGADOS ......................................................................................................... 45 40. TRATAMENTO DA TUBERCULOSE ............................................................................................................................ 47 41. TRATAMENTO DA HANSENASE ................................................................................................................................ 47 42. TRATAMENTO EM REABILITAO ............................................................................................................................ 47 43. DIAGNOSTICO E/OU PRIMEIRO ATENDIMENTO DE URGNCIA EM CLNICA MDICA, PEDITRICA E CIRRGICA .......................................................................................................................................................................... 47 44. TRATAMENTO CONSERVADOR EM NEUROLOGIA .................................................................................................. 48 45. ATENO AO IDOSO ................................................................................................................................................... 48 47. INTERNAO DOMICILIAR .......................................................................................................................................... 49 48. HOSPITAL DIA ............................................................................................................................................................... 50 48.1. HOSPITAL DIA EM GERIATRIA ........................................................................................................................... 50 48.2 HOSPITAL DIA PARA PACIENTE COM FIBROSE CSTICA ............................................................................... 50 49. REGISTRO DE MEDICAMENTOS NA AIH ................................................................................................................... 51 49.1 CICLOSPORINA ..................................................................................................................................................... 51 50. TRANSPLANTES ........................................................................................................................................................... 51 50.1 AOES RELACIONADAS A DOAAO DE ORGAOS TECIDOS E CELULAS .................................................... 51 50.2 DIAGNSTICO DE MORTE ENCEFLICA ........................................................................................................... 53 50.3 ENTREVISTA FAMILIAR ........................................................................................................................................ 53 50.4 MANUTENO HEMODINMICA DE POSSVEL DOADOR E TAXA DE SALA PARA RETIRADA DE RGOS ......................................................................................................................................................................... 53 50.5 COORDENAO DE SALA CIRRGICA PARA RETIRADA DE RGOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE ......................................................................................................................................................................................... 53 50.6 DESLOCAMENTO DE EQUIPE PROFISSIONAL P/RETIRADA DE RGOS .................................................... 53 50.7 RETIRADA DE CORAO PARA PROCESSAMENTO DE VLVULAS/TUBOVALVADO PARA TRANSPLANTE .............................................................................................................................................................. 54 50.8 PROCESSAMENTO DE VLVULA/TUBO VALVADO CARDACO HUMANO .................................................... 54 50.8.1 PROCESSAMENTO DE TUBO VALVADO CARDACO HUMANO ................................................................... 54 50.8.2 PROCESSAMENTO DE VLVULA CARDACA HUMANA................................................................................ 54

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50.9 LQUIDOS DE PRESERVAO DE RGOS ...................................................................................................... 54 50.10 PROCEDIMENTOS DE RETIRADA DE RGOS............................................................................................... 55 50.11 PROCESSAMENTO DE CORNEA/ESCLERA ..................................................................................................... 55 50.12 PROCEDIMENTOS AES RELACIONADAS DOAO DE RGOS, TECIDOS E CELULAS................. 55 50.13 RETIRADA DE ORGOS ..................................................................................................................................... 56 50.14 INTERCORRNCIAS PS-TRANSPLANTE ....................................................................................................... 58 50.15 MEDICAMENTOS PARA PACIENTES TRANSPLANTADOS ............................................................................. 58 50.16 ATENDIMENTO REGIME DE HOSPITAL-DIA P/ INTERCORRNCIAS PS-TRANSPLANTE DE MEDULA SSEA E OUTROS RGOS HEMATOPOITICOS ................................................................................................... 59 50.17 TRANSPLANTE AUTOGNICO DE CLULAS-TRONCO HEMATOPOETICAS DE MEDULA SSEA ........... 59 50.18 TRANSPLANTE ALOGNICO DE CLULAS-TRONCO HEMATOPOETICAS DE MEDULA SSEA APARENTADO................................................................................................................................................................ 60 50.19 TRANSPLANTE ALOGNICO DE CLULAS-TRONCO HEMATOPOETICAS DE MEDULA SSEA - NO APARENTADO................................................................................................................................................................ 60 51. ONCOLOGIA .................................................................................................................................................................. 60 52. ASSISTENCIA CARDIOVASCULAR ............................................................................................................................. 60 53. EPILEPSIA ..................................................................................................................................................................... 62 54. TRAUMATOLOGIA-ORTOPEDIA .................................................................................................................................. 63 55. NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA............................................................................................................................. 64 56. DISTRBIOS DO SONO POLISSONOGRAFIA ......................................................................................................... 64 57. GASTROPLASTIA ......................................................................................................................................................... 64 58. TRATAMENTO DA OSTEOGENESIS IMPERFECTA ................................................................................................... 65 59. TERAPIA NUTRICIONAL ............................................................................................................................................... 66 60. INFORMAES ADCIONAIS ........................................................................................................................................ 66 60.1 CADASTRO E PAGAMENTO DE BENEFICIRIA DE PENSO ALIMENTCIA .................................................. 66 60.2 AGRAVO DE NOTIFICAO COMPULSRIA ..................................................................................................... 67 60.3 ALTA POR BITO .................................................................................................................................................. 67 61. RATEIO DE PONTOS DE SERVIOS PROFISSIONAIS/SP NA AIH .......................................................................... 67 62. COMPATIBILIDADES E EXCLUDNCIAS ................................................................................................................... 68 62.1 CID X PROCEDIMENTO ......................................................................................................................................... 68 63. AUDITORIA .................................................................................................................................................................... 69 64. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................................................................................................... 69

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1. APRESENTAO Este Manual uma iniciativa do Ministrio da Sade para auxiliar gestores, prestadores e profissionais de sade que necessitam nas suas atividades de rotina, trabalhar com dados e informaes dos sistemas de entrada de dados e processamento do atendimento na rede pblica e complementar do Sistema nico de Sade/SUS. Os sistemas objeto deste manual so: 1. Sistema de Entrada de Dados da Internao/SISAIH01 que utilizado no nvel do estabelecimento de sade, onde ocorre de fato o atendimento ao paciente. 2. Sistema de Informao Hospitalar Descentralizado/SIHD a partir do qual so compactadas as informaes de toda a rede e enviadas para o nvel federal que se encarrega da disseminao das informaes Este sistema uma ferramenta que subsidia o trabalho de controle, avaliao e auditoria do SUS no nvel local. No texto busca-se explicar detalhes que devem ser observados no registro dos dados nos sistemas, possibilitando, ao final do processamento, a gerao de informaes qualificadas, alimentando o Banco de Dados Nacional, e melhorando o atendimento aos usurios do SUS, objetivo maior da rede de sade deste pas. O Manual composto por trs mdulos: 1. Mdulo I para gestores locais e prestadores - contm as orientaes tcnicas para profissionais de sade, gestores e prestadores, as quais subsidiam, no s quanto s regras dos sistemas, mas quanto polticas de sade prioritrias e seus disciplinamento pelo gestor federal. 2. Mdulo II para prestadores - contem as orientaes operacionais para instalao, alimentao, operao e processamento do SISAIH01 para os tcnicos do estabelecimento de sade (mdicos, enfermeiros, todos os demais profissionais de nvel superior da rea da sade, tcnicos de informtica, faturistas, supervisores e autorizadores), responsvel pela alimentao e processamento do SISAIH01. 3. Mdulo III para gestores locais - contem as orientaes operacionais para instalao, alimentao, operao e processamento do SIHD para os tcnicos que trabalham nos servios de Controle, Avaliao, Regulao e Auditoria nos rgos gestores municipais e estaduais (tcnicos de informtica, auditores, supervisores, autorizadores e gestores locais), responsveis pela alimentao e processamento do SIHD. H meios formais de interao e contribuio entre todos os interessados no melhor desempenho destes sistemas, meios estes disponibilizados pelo Ministrio da Sade. Todas as contribuies so bem vindas e podem ser enviadas pelos: [email protected] ou pelo http://forum.datasus.gov.br 2. INTRODUO O Sistema nico de Sade SUS foi institudo pela Constituio Federal de 1988, e regulamentado pela Lei N. 8.080/90 e pela Lei N. 8142/90. Com o SUS, surgiu tambm a necessidade de um sistema nico de informaes assistenciais para subsidiar os gestores no planejamento, controle, avaliao, regulao e auditoria. O Ministrio da Sade implantou o Sistema de Informao Hospitalar - SIH/SUS pela Portaria GM/MS n. 896/90. Desde ento, so publicadas Portarias que atualizam as normalizaes e verses para operao do sistema. A Autorizao de Internao Hospitalar/AIH o instrumento de registro padro desde a implantao do SIH/SUS, sendo utilizada por todos os gestores e prestadores de servios. Com a descentralizao dos servios de sade para os estados, Distrito Federal e municpios foram adequados os instrumentos e conceitos do SIH/SUS necessrios ao processamento pelos gestores locais. Desde o ano8

2000, com a publicao da Portaria GM/MS n. 396/00, a gesto do SIH responsabilidade da Secretaria de Ateno Sade/SAS, bem como a atualizao anual do Manual de Orientaes Tcnicas e Operacionais do Sistema de Informao Hospitalar, e sua disponibilizao na internet, no sitio http://sihd.datasus.gov.br de extrema importncia que gestores e prestadores do SUS apropriem-se das normas de operao do sistema para monitoramento das aes de sade e o adequado planejamento fsico-oramentrio de cada estabelecimento de sade e de toda a rede. At abril de 2006, o processamento das - AIH era centralizado no Ministrio da Sade, no Departamento de Informtica do SUS/DATASUS/SE/MS. A Portaria GM/MS n.. 821/04 descentralizou o processamento do SIH/SUS, para estados, Distrito Federal e municpios plenos, conforme autonomia da gesto local prevista no SUS. Com a Tabela Unificada de Procedimentos, Medicamentos, rteses e Prteses e Materiais Especiais do SUS, a partir de janeiro de 2008, definida pela Portaria SAS n. 3848/07, nova verso do Manual do SIH imprescindvel para facilitar o processo de estabilizao da Tabela e do seu Sistema de Gerenciamento/SIGTAP em todo o territrio nacional. 3. OBJETIVOS 3.1 - Qualificar a informao em sade a partir do registro dos atendimentos aos usurios internados nos estabelecimentos de sade do SUS. 3.2 - Atualizar os gestores locais e prestadores de servios a cerca do correto preenchimento dos Laudos para Emisso de Autorizao Hospitalar de acordo com as normas do SIH/SUS. 3.3 - Difundir e divulgar amplamente a importncia da integrao entre os sistemas, especialmente o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade CNES como instrumento de extrema relevncia para os sistemas de informao do atendimento no SUS, e sua compatibilizao no processamento do Sistema de Informao Hospitalar. 3.4 - Orientar Gestores Estaduais e Municipais quanto a novas regras, crticas e processamento do SIH luz da Tabela Unificada de Procedimentos, Medicamentos, rteses, Prteses e Materiais Especiais do SUS/SIGTAP. 3.5 - Disponibilizar instrumentos para capacitao do corpo clnico, auditores, supervisores, direo e tcnicos de informtica dos estabelecimentos de sade que lidam com o registro da internao hospitalar, a operao do sistema e a correta utilizao de seus documentos de suporte. 3.6 Subsidiariamente proporcionar relatrios para os setores de contas e custo hospitalar dos estabelecimentos de sade e para os gestores. 3.7 Possibilitar o conhecimento de aspectos clnicos e epidemiolgicos dos pacientes internados no SUS. 3.8 - Atualizar servidores pblicos, auxiliando na gesto descentralizada do Sistema nico de Sade. 4. FLUXO PARA INTERNAO DOS USURIOS DO SUS Nos procedimentos eletivos o fluxo inicia-se com uma consulta em estabelecimento de sade ambulatorial onde o profissional assistente emite o laudo. Nos procedimentos de urgncia o fluxo inicia-se com o atendimento de urgncia direto no estabelecimento para onde o usurio for levado, ou por um encaminhamento de outra unidade ou ainda pela Central de Regulao, onde houver.

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4.1 CONSULTA/ATENDIMENTO A consulta/atendimento que gera a internao ocorre em estabelecimento de sade. O profissional mdico, cirurgio-dentista ou enfermeiro obstetra que realizou a consulta/atendimento solicita a Autorizao para Internao Hospitalar/AIH, devendo obrigatoriamente preencher o Laudo para Solicitao de AIH. 4.2 LAUDO PARA SOLICITAO DE AIH O laudo contm dados de identificao do paciente, as informaes de anamnese, exame fsico, resultados de exames complementares, e a descrio das condies que justificam a internao do paciente, alm da hiptese diagnstica inicial ou do diagnstico definitivo. Existe o modelo padronizado de Laudo para Solicitao de AIH que est disponibilizado no sitio http://http://sihd.datasus.gov.br, mas possvel a utilizao de modelos prprios, desenvolvidos por gestores locais ou prestadores, desde que supra as mesmas informaes necessrias alimentao do SISAIH01. O laudo deve ser preenchido em duas vias pelo profissional Assistente/Solicitante de forma legvel e sem abreviaturas. A primeira via enviada ao rgo Gestor Local para viabilizar a emisso da AIH e a primeira via deve ser anexada ao pronturio do paciente. O preenchimento do laudo deve ser feito pelo mdico, odontlogo ou enfermeiro obstetriz que est assistindo ao paciente, nos casos eletivos, devendo a autorizao ocorrer antes da internao. Nos casos de urgncia, o preenchimento deve ser feito na ocasio da internao e a autorizao pelo gestor deve ocorrer at 72 horas aps o momento da internao. A autorizao pode ser concedida pelos profissionais autorizadores no prprio estabelecimento, quando de natureza pblica e na rede complementar, quando o gestor dispe de equipe de autorizadores que realizem visitas rotineiras aos hospitais com esta finalidade. Ou, de outra forma, os documentos devem ser enviados ao rgo gestor local e l serem autorizados. Os laudos autorizados passam a ter o nmero da AIH, essencial para o registro das informaes no SISAIH01. Laudos com rasuras sero rejeitados pelos supervisores/autorizadores. Para efeito da liberao da AIH necessrio apenas o nmero da AIH, controlado pelo gestor. No h, por parte do Ministrio da Sade, nenhuma exigncia de emisso de AIH em papel, ou melhor, a prtica de AIH em papel foi extinta desde a implantao da AIH magntica em 2001, o que representa economia substancial no processo de internamento de pacientes no SUS. O detalhamento do preenchimento do laudo est no Mdulo II deste Manual. 4.3 EMISSO DA AIH Existem dois tipos de AIH: Tipo 1 que para internamentos inicial ou Tipo 5 que de continuidade. Nos casos de internao eletiva, o paciente ou seu responsvel de posse do Laudo para Solicitao de AIH preenchido, pode encaminhar-se ao rgo gestor local, onde ser analisado pelo profissional autorizador. O autorizador pode encaminhar das seguintes formas: a) as informaes so insuficientes para autorizar. Solicita dados adicionais que permitam deciso sobre a autorizao; b) as informaes so satisfatrias e permitem com segurana autorizar a emisso da AIH. Autoriza a internao. O responsvel no rgo Emissor preenche o campo do laudo que informa que a AIH est autorizada, fornece o nmero daquela AIH e identifica o profissional que autorizou.

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4.4 PREENCHIMENTO DA AIH O Formulrio de AIH impresso foi EXTINTO desde a vigncia da AIH magntica em 2001. O nico instrumento de controle das internaes no SUS o registro do NMERO DA AIH AUTORIZADA pelo gestor local no laudo (que o documento que deve ser impresso e anexado ao pronturio). O registro do NMERO da AIH autorizada pode ser feito pelo gestor/prestador das seguintes formas: 4.4.1 Gerado a partir do MDULO AUTORIZADOR 4.4.2 Etiquetas impressas, que podem ser autocolantes com numerao gerada a partir de aplicativo especialmente desenvolvido pelo gestor local; 4.4.3 Impressa em papel comum que pode ser colado ou grampeado diretamente no laudo de solicitao de AIH; 4.4.4 Em ltimo caso, este nmero pode ser manuscrito e controlado por protocolo de entrega pelo gestor ao autorizador. preciso controlar a utilizao de cada nmero, pois a duplicao de um nmero implica em rejeio da AIH por duplicidade no Banco de Dados Nacional (com a crtica AIH j utilizada em outro processamento). importante que o gestor atente para este controle evitando erros nos processamentos que vo ocorrer no SIHD, pois no SISAIH01 no h esta consistncia com banco nacional de AIH apresentadas. Entretanto caso isso ocorra no site http://sihd.datasus.gov.br esta disponvel opo de consulta. A melhor forma de controle, sem possibilidade de erros, a gerao a partir de aplicativo informatizado. O Mdulo Autorizador um aplicativo gratuito desenvolvido e disponibilizado pelo Datasus. Ele gera o nmero de AIH automaticamente, necessitando apenas da informao de um intervalo da srie numrica que deve ser utilizada naquela competncia. Este aplicativo pode ser obtido para download no site http://http://sihd.datasus.gov.br e de extrema importncia para o controle da autorizao de AIH pelo gestor, de forma fcil rpida e segura. As AIH so preenchidas utilizando-se o SISAIH01 e so apresentadas ao gestor local em meio magntico. O SIHD importa a produo, critica os dados, calcula os valores brutos e emite relatrios gerenciais. O arquivo gerado no SISAIH01 deve ser entregue ao gestor local ao final de cada competncia. A entrega deste arquivo deve ser em meio magntico seguro, prioritariamente em CD ROM ou atravs de um email especificamente criado pelo gestor local para este nico fim, utilizando obrigatoriamente o aviso de entrega e de leitura, o que funcionar com comprovante. Pode ainda, o arquivo ser levado para o gestor gravado em pendrive e copiado pelo gestor na presena do prestador, assinado o recibo que geado pelo prprio SISAIH01 no fechamento da competncia. Em ltima hiptese pode ser usado disquete, uma vez que este meio est em desuso, facilmente danificado, e como isto acontece com grande freqncia, desaconselhado seu uso. Na medida do possvel, os gestores devem adaptar-se as atualizaes tecnolgicas, as quais garantem os melhores resultados e os mais confiveis. No caso de deteco de erros ou dados inconsistentes, o gestor local dever contatar o prestador/hospital e solicitar a correo e reenvio do arquivo para o processamento, sempre observando o cronograma de envio de bancos de dados que est no site do SIHD/SUS. Encerrado o processamento no SIHD, o gestor envia ao Ministrio da Sade/DATASUS o arquivo de todos os municpios e das unidades sob sua gerncia para alimentar a Base de Dados Nacional, possibilitando a disseminao das informaes em nvel nacional.

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4.5 APRESENTAO DA AIH SISTEMA DO PRESTADOR SISAIH01 O preenchimento da AIH deve ser feito utilizando-se o aplicativo SISAIH01. Qualquer alterao nas regras ou orientaes sobre o sistema ou sobre apresentao das AIH para a competncia so OBRIGATORIAMENTE disponibilizadas no site http;//sih.datasus.gov.br sendo importantssimo o acesso dirio a este site por parte dos gestores estaduais/municipais e prestadores de servios para que se mantenham sempre atualizados a cerca de novas verses, novas portarias ou avisos. Todos devem acessar e baixar mensalmente as verses atualizadas dos Sistemas de Informao, sempre disponveis no site http://sihd.datasus.gov.br. O Mdulo II deste manual totalmente dedicado s instrues sobre instalao e operao do SISAIH01. 5. EMISSO DE NOVA AIH PARA UM MESMO PACIENTE NUMA MESMA INTERNAO A emisso de nova AIH possvel nas condies abaixo: 5.1 EM CIRURGIA Quando ocorre uma 2 cirurgia ocorra em outro ato anestsico durante a mesma internao de um mesmo paciente. Neste caso esto includos tambm os casos de reoperao. 5.2 DE OBSTETRCIA PARA CIRURGIA E VICE-VERSA No caso de uma internao, originalmente designada para procedimento obsttrico e que precisa de uma interveno cirrgica que extrapola a obstetrcia e quando se tratar de ato realizado em outro ato anestsico. 5.3 DE CLNICA MDICA PARA OBSTETRCIA Nos casos em que resultar na realizao de parto e/ou interveno cirrgica obsttrica em paciente que havia sido internada por outro motivo no relacionado desde o momento inicial internao. 5.4 DE OBSTETRCIA PARA OBSTETRCIA Quando houver duas intervenes obsttricas em tempos cirrgicos diferentes, numa mesma internao. 5.5 DE OBSTETRCIA PARA CLNICA MDICA Nos casos de parto ou interveno cirrgica, depois de esgotado o tempo de permanncia estabelecido na tabela para o procedimento que gerou a internao. 5.6 DE CIRURGIA PARA CLNICA MDICA Nos casos em que, esgotado o tempo de permanncia do procedimento, o paciente apresentar quadro clnico que exija que o mesmo continue internado por motivo no decorrente ou conseqente ao ato cirrgico. 5.7 DE CLNICA MDICA PARA CIRURGIA Em casos clnicos onde, no decorrer do internamento, haja uma intercorrncia cirrgica, desde que no tenha relao direta com o quadro clnico, depois de ultrapassada a metade da mdia de permanncia. Nesses casos, deve ser fechada a AIH clnica e aberta nova AIH cirrgica. 5.8 PACIENTE SOB CUIDADOS PROLONGADOS, PSIQUIATRIA, REABILITAO, INTERNAO DOMICILIAR E AIDS Quando no decorrer da internao, o paciente desenvolva quadro clnico que necessite de uma cirurgia. Nestes casos deve ser observado o que determinam as normas de cada especialidade. 5.9 EM CLNICA MDICA Paciente clnico que necessite ser reinternado pela mesma patologia, 03 dias aps a alta da primeira internao.12

5.10 POLITRAUMATIZADOS Pode ser emitida uma nova AIH para o Tratamento de Politraumatizados nos casos em que preciso reoperar o paciente no decorrer da mesma internao. 6. ESPECIALIDADE DO LEITO Os leitos existentes no hospital e disponibilizados para o SUS devem estar adequadamente cadastrados no Cadastro nacional de Estabelecimentos de Sade/CNES, desmembrados por especialidade mdica, dentro dos grandes blocos, como cirurgia e clnica, por exemplo. O monitoramento mensal do CNES condio para o recebimento dos procedimentos realizados em cada paciente. O erro de cadastro resulta em glosa de AIH. Para efeito de preenchimento da especialidade do leito no SISAIH01, devem ser considerados os cdigos conforme tabela abaixo: CDIGO 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 NOME CIRURGIA OBSTETRCIA CLNICA MDICA CRONICOS PSIQUIATRIA PNEUMOLOGIA SANITRIA PEDIATRIA REABILITAO HOSPITAL DIA CIRRGICOS HOSPITAL DIA AIDS HOSPITAL DIA FIBROSE CSTICA HOSPITAL DIA INTERCORRNCIA PS TRANSPLANTES HOSPITAL DIA GERIATRIA HOSPITAL DIA SAUDE MENTAL

7. CLASSIFICAO BRASILEIRA DE OCUPAES CBO - (ANTIGA ESPECIALIDADE) Com a unificao das tabelas dos sistemas ambulatorial e hospitalar e com a implantao da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, rteses e Prteses e Materiais Especiais do SUS, a Classificao Brasileira de Ocupaes CBO foi adotada como forma de registro obrigatrio para definir o profissional responsvel ou habilitado para realizar determinado procedimento. O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade SCNES desde a sua implantao adotou o CBO para identificao da ocupao dos profissionais. Esta tabela de CBO tem carter nacional e est sob a responsabilidade e gesto do Ministrio do Trabalho. Por ser uma tabela para utilizao em todos os sistemas nacionais que precisem da informao sobre ocupao de qualquer trabalhador, contribui para a qualidade da informao e para a formao e cruzamentos dos Bancos de Dados Nacionais possibilitando estudos e levantamentos teis para o planejamento e a avaliao de polticas pblicas. A informao a ser inserida no CNES deve ter como base a ocupao que determinado trabalhador se ocupa naquele estabelecimento de sade. Este o CBO que deve ser informado no CNES do estabelecimento. Para o caso de profisses que exigem diploma para o seu exerccio (mdico, enfermeiro etc.), recomendvel que se tenha por base os registros do setor administrativo/recursos humanos da instituio na qual presta servio, como garantia de habilitao do13

profissional para aquela ocupao. recomendvel que para os mdicos especialistas seja solicitado documento que comprove a especializao, no sendo, no entanto, obrigatrio, especialmente pelas diferenas regionais no pas e a conseqente oferta de profissionais para o atendimento na rede de sade. Para os procedimentos para os quais h definio e exigncia nas polticas especficas, sabidamente as da alta complexidade, a especializao deve ser atendida. 7.1 CADASTRO DE CBO DE MDICOS E DE MDICOS RESIDENTES No condio para o cadastramento de CBO/Classificao Brasileira de Ocupao de mdicos e mdicos residentes no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Sade/CNES que o profissional seja portador de ttulo de especialista. O CBO informado no CNES para o mdico deve representar a real ocupao desempenhada pelo profissional no estabelecimento de sade ao qual ele est vinculado. O CNES no um instrumento de gesto de recursos humanos, mas de cadastro de estabelecimentos de sade com relao rea fsica, equipamentos e profissionais. Algumas portarias normativas da Alta Complexidade exigem que o mdico tenha ttulo de especialista para realizao de determinados procedimentos. No entanto, a verificao de ttulos feita no ato da seleo e/ou contratao do mdico pela instituio para compor equipe mdica qualificada e no por exigncia do CNES. A exigncia de apresentao de ttulo de especialista prerrogativa do rgo, instituio ou estabelecimento na ocasio da contratao do mdico, sendo o contratante responsvel pelas informaes inseridas no Mdulo do Profissional do CNES. Considerando que existem municpios que dispem de apenas um mdico ou pouco mais e, por esta razo este profissional desempenha vrias ocupaes tais como: clnico, pediatra, obstetra, cirurgio geral e anestesista. recomendvel que os antigos profissionais cadastrados no SIA como Plantonistas (58) ou Mdico de qualquer especialidade (84) sejam cadastrados no CNES com estes CBO para garantir o registro da realizao de todos os procedimentos clnicos e cirrgicos de mdia complexidade realizados. O SIGTAP ser atualizado para a competncia julho/2008, incluindo estes 5 CBO, conforme o caso, nos procedimentos de mdia complexidade, o que adqua o sistema de informao e a realidade dos servios de sade. Com relao ao CBO de anestesista, esclarecemos que a PT SAS n98 de 26 de maro de 1999 no seu Artigo 2 refora e autoriza o registro de mdicos da seguinte forma: Fica autorizado o recadastramento/cadastramento, para a realizao de atos anestsicos, de profissionais mdicos, registrados nos respectivos Conselhos Regionais de Medicina, mesmo que no possuam titulao de especialista em anestesiologia, naqueles municpios em que no existem profissionais com esta titulao ou cujo nmero ou disponibilidade para cadastramento no seja suficiente ao pleno atendimento aos pacientes do SUS. No SIGTAP, o CBO de anestesiologista ser compatvel apenas com os procedimentos de anestesia (geral, regional, sedao e obsttrica). Observe-se o item anterior. No SISAIH01 e no SIHD os procedimentos cirrgicos que incluem anestesia no seu valor, e, que, portanto, exigem dados complementares da equipe, ao abrir a janela para preenchimento da equipe cirrgica, verifica a compatibilidade entre o procedimento e o CBO do cirurgio e no com o CBO dos auxiliares ou do anestesista. O sistema admite o mesmo CPF para o mdico que exerceu a funo/ocupao de anestesista e que tambm foi o cirurgio ou ainda o CPF de um dos auxiliares. O CPF do cirurgio no pode se repetir para registro como auxiliar, por representar uma inverdade. O CBO dos auxiliares do cirurgio pode ser qualquer um da famlia 2231 (mdico) ou 223268 (cirurgio bucomaxilo).

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Quanto aos mdicos residentes, estes devem ser cadastrados com o CBO de Programa de Residncia Mdica, ou seja, da ocupao que exercem no estabelecimento. A superviso e o acompanhamento destes mdicos nos hospitais parte do programa de formao ao qual est matriculado. Existe CBO especfico de mdico residente 2231F9. 8. SOLICITAO DE MUDANA DE PROCEDIMENTO Durante a internao a hiptese diagnstica inicial pode no ser confirmada ou pode surgir uma condio clnica superveniente. Ou ainda ser identificada outra patologia de maior gravidade ou complexidade ou intercorrncia que implique na necessidade de mudana da conduta inicialmente recomendada ou da especialidade mdica/leito. Nestes casos, o procedimento solicitado e autorizado no Laudo para Solicitao/AIH precisa ser modificado. Esta modificao deve ser feita mediante o preenchimento do Laudo para Solicitao/Autorizao de Procedimentos Especiais e/ou Mudana de Procedimento de Internao Hospitalar. Nestas mudanas preciso autorizao do Diretor Geral ou Diretor Clnico nos estabelecimentos pblicos e do rgo Gestor nos estabelecimentos da rede complementar filantrpica ou privada. O modelo de Laudo Para Solicitao/Autorizao de Procedimentos Especiais e/ou Mudana de Procedimento de Internao Hospitalar est tambm disponvel no stio: http://http://sihd.datasus.gov.br No caso de mudana de procedimento, o cdigo do novo procedimento ser registrado no campo Procedimento Realizado, devendo ser marcado o campo de sim para Mudana de procedimento no SISAIH01. No permitida mudana de procedimento, sob pena de rejeio da AIH, quando a mudana for de um procedimento previamente autorizado, para: Cirurgia Mltipla, Politraumatizado, Psiquiatria, AIDS, Cuidados Prolongados, Cirurgia Mltipla de Leses Lbio Palatais, Tratamento da AIDS, Diagnostico e/ou Atendimento de Urgncia em Clinica Peditrica, Clinica Cirrgica, Clinica Mdica e em Psiquiatria Aes Relacionadas Doao de rgos, Tecidos e Clulas, Procedimentos Seqenciais de Coluna em Ortopedia e/ou Neurocirurgia, Cirurgias Plsticas Corretivas em Pacientes Ps Gastroplastia. Para autorizar a mudana de procedimento importante que o autorizador observe: se o caso eletivo ou urgncia. Avaliar o tempo decorrido para solicitar a mudana de procedimento ou se mais aconselhvel a emisso de nova AIH e alta administrativa. A mudana de procedimento pode acontecer nas seguintes situaes: 8.1 DE CLINICA MDICA PARA CLINICA MDICA Exemplo: Paciente internado para realizao de um determinado procedimento, no decorrer da internao desenvolve um quadro compatvel com outro procedimento, sendo este ltimo de valor maior. Pode ser solicitada mudana de procedimento para o procedimento de maior valor. 8.2 DE CLINICA MDICA PARA CIRURGIA Exemplo: Paciente internado com quadro de Colecistite aguda, no caso o procedimento do SIGTAP 03.03.07.012-9 Tratamento de Transtornos das Vias Biliares e Pncreas e durante a internao precisa ser submetido Colecistectomia 04.07.03.002-6 ou Colecistectomia videolaparoscpica 04.07.03 003-4. Nesse caso, deve ser solicitada no s a mudana de procedimento, como tambm a especialidade do leito de clnico para cirrgico. 8.3 DE CIRURGIA PARA CLNICA MDICA Exemplo: Paciente internado para submeter-se a uma Histerectomia Total 04.09.06.013-5, porm detectado, antes da cirurgia, que a paciente apresenta um quadro de diabetes descompensado. No SIGTAP o

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procedimento Diabetes Mellitus - 03.03.03.008-8. Devido ao quadro clnico da paciente no possvel realizar a cirurgia. Nesse caso deve ser solicitada mudana de procedimento para clnica mdica. 8.4 DE CIRURGIA PARA CIRURGIA Se o Supervisor ao analisar o pronturio ou o Auditor ao analisar o espelho da AIH e concluir que os critrios tcnicos relativos prescrio, terapia e relatrios no foram satisfatrios, pode solicitar complementao de informaes. Sendo assim, o mdico assistente justifica o novo procedimento atravs de laudo dirigido ao Diretor Clnico, que pode autorizar nas unidades pblicas ou para fins de autorizao do Gestor local do SUS para a rede complementar. 8.5 MAIS DE UM PROCEDIMENTO PRINCIPAL NUMA MESMA AIH No caso de ser necessrio informar mais de um procedimento numa mesma AIH deve ser registrado no campo Procedimento solicitado e Realizado o cdigo para o qual a AIH foi autorizada. O valor do SH deste procedimento ser apurado para o estabelecimento. Depois de registrado este cdigo na 1 linha da tela Procedimentos Realizados, registrar em seguida as OPM correspondentes a este procedimento, se for o caso, na linha seguinte registrar o segundo procedimento e suas OPM, depois o terceiro, sempre na mesma lgica de seguir abaixo do procedimento principal, as prteses correspondentes. Quanto a apurar valores o sistema trata da seguinte forma: Apenas o valor do SH do primeiro procedimento ser pago. O valor do SP do primeiro procedimento que ser dividido por todos os profissionais que atuaram na AIH, obedecendo aos pontos do SP de cada procedimento. Ou seja, quanto mais profissionais atuarem e quanto mais procedimentos forem realizados e tiverem pontos do SP, reduzir o valor de um ponto para pagamento aos profissionais. Neste caso no podem ser registrados os procedimentos de Tratamento com cirurgias mltiplas, politraumatizados e seqenciais em neurocirurgia. 9. TRATAMENTO DE POLITRAUMATIZADO De acordo com a Portaria SAS n. 421/07 as CIRURGIAS EM POLITRAUMATIZADO so cirurgias mltiplas ou procedimentos seqenciais procedidos em indivduo que sofre traumatismo seguido de leses que, ao acometer mltiplos rgos (fgado, bao, pulmo etc.) ou sistemas corporais (circulatrio, nervoso, respiratrio, msculoesqueltico, etc.), podem ou no pr em risco a vida, pela gravidade de uma ou mais leses. Sob a denominao de POLITRAUMATIZADOS esto as internaes de pacientes vtimas de causas externas. Deve ser registrado na AIH o cdigo especfico Tratamento Cirrgico em Politraumatizado 04.15.03.001-3, tanto no campo Procedimento Solicitado quanto no Procedimento Realizado. Este cdigo tem o valor zero no SIGTAP, sendo informados na tela Procedimentos Realizados os cdigos das cirurgias realizadas necessrias para o tratamento das leses sofridas pelo paciente. Na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01 devem ser digitados em ordem decrescente de complexidade e valores do SH dos procedimentos realizados. permitido o registro de at 05 procedimentos realizados na mesma AIH. A ordem de digitao dos procedimentos realizados deve obedecer seguinte seqncia: Procedimento principal realizado de maior complexidade e valor do SH e a seguir os procedimentos especiais compatveis a este procedimento informado na primeira linha, quanto s rteses, Prteses e Materiais Especiais/OPM. Encerrada a digitao dos procedimentos especiais OPM compatveis com o primeiro procedimento realizado informado, deve ser digitado o segundo procedimento principal realizado, seguido de seus procedimentos de OPM compatveis e assim por diante, at o16

quinto procedimento. No caso de serem necessrias outras cirurgias em atos anestsicos diferentes, dever ser solicitada nova AIH para o mesmo paciente na mesma internao. O motivo de sada da primeira AIH ser o 2.7 Por reoperao. EXEMPLO: Foram realizadas redues cirrgicas de fratura de mero e cbito direito e cbito esquerdo. Emitir laudo para solicitao/AIH com cdigo de Tratamento Cirrgico em Politraumatizado 04.15.03.001-3. No SISAIH01 deve ser registrado na tela Dados da Internao nos campos Procedimento Realizado e Procedimento Principal e na tela Procedimentos Realizados. 1 linha - Procedimento: 04.08.02.036-9 - Tratamento cirrgico de fratura/leso fisria do cndilo/trocanter do mero/apfise coronria do ulna/cabea do radio reduo do cbito direito. Nas linhas a seguir registra as OPM deste primeiro procedimento, O segundo procedimento a ser registrado na linha imediatamente abaixo da ltima OPM do primeiro procedimento seria 04.08.02.039-3 - Tratamento cirrgico de fratura da difise do mero e a seguir na 2, 3 e demais linhas necessrias, as OPM relativas a este procedimento principal. Quando encerrar os procedimentos especiais, OPM, compatveis com o cdigo 04.08.02.039-3 Tratamento cirrgico de fratura da difise do mero, na linha imediatamente abaixo colocar o segundo procedimento realizado - 04.08.02.043-1 - Tratamento cirrgico de fratura diafisria nica do radio/da ulna e a seguir suas compatibilidades de OPM. A seguir o terceiro procedimento realizado Observar para colocar em primeiro lugar o procedimento de maior valor. Observar para colocar em primeiro lugar o procedimento de maior valor do SH. Existem procedimentos clnicos que so compatveis na AIH de Politraumatizado, cujos procedimentos, em sua quase totalidade so de cirurgia. As compatibilidades entre Tratamento de politraumatizado e procedimentos clnicos so os seguintes: 03.03.04.008-4 - Tratamento Conservador do Traumatismo Cranioenceflico Leve; 03.03.04.009-2 - Tratamento Conservador do Traumatismo Cranioenceflico Grau Mdio 03.03.04.010-6 - Tratamento Conservador do Traumatismo Cranioenceflico Grave. 03.03.04.011-4 Tratamento Conservador de Traumatismo Raquimedular O procedimento 03.03.04.010-6 - Tratamento Conservador do Traumatismo Crnio Enceflico Grave s pode ser registrado quando realizado em paciente internado em hospital de Alta Complexidade com habilitao em Trauma e Anomalias do Desenvolvimento. Na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01 deve ser digitado primeiro o procedimento principal, aps ele, nas linhas imediatamente abaixo, os procedimentos especiais compatveis com ele. Outros procedimentos especiais que no guardem relao direta de compatibilidade devem ser informados sempre ao final, depois que tudo que se refere aos procedimentos principais j tiverem sido inseridos, mesmo que os especiais sejam de maior valor e tenham sido autorizados ou realizados anteriormente. 1 Exemplo: 1 Tratamento de Infarto Agudo do Miocrdio 2 Cateterismo Cardaco Exemplo de registro de procedimentos realizados em paciente politraumatizado no SISAIH01, quando o paciente for submetido a diversos procedimentos em especialidades diferentes. 2 EXEMPLO: Foram realizados os procedimentos: esplenectomia, colostomia, reduo cirrgica de fratura de mero, e amputao de dedo da mo D.17

Deve ser emitido Laudo com cdigo de procedimento solicitado Tratamento Cirrgico em Politraumatizado. No SISAIH 01, na tela Dados da Internao preencher o campo procedimento realizado e procedimento principal com o cdigo 04.15.03.001-3. Na AIH deve ser registrado na tela Procedimentos Realizados: 1 linha - 04.07.02.010-1 Colostomia 2 linha 04.07.03.012-3 Esplenectomia 3 linha 04.08.02.039-3 Tratamento Cirrgico de Fratura de Difise do mero Prxima linha OPM compatvel Deve ser emitido Laudo com cdigo de procedimento solicitado e realizado de Tratamento Cirrgico em Politraumatizado 04.15.03.001-3. Na AIH dever ser registrado na tela Procedimentos Realizados: 1 linha - 04.07.02.010-1 - Colostomia 2 linha 04.07.03.012-3 - Esplenectomia 3 linha 04.08.02.039-3 Tratamento Cirrgico de Fratura de Difise do mero 4 linha OPM compatvel 5 linha OPM compatvel X linha OPM compatvel Aps encerrar o registro de todas as OPM compatveis utilizadas e que coloca na linha abaixo o prximo procedimento principal realizado. X linha 04.08.06.004-2 - Amputao/Desarticulao de Dedo. Para o caso de cdigo que possibilita mais de um procedimento em termos de quantidade (um dedo, dois dedos etc) deve ser registrada a quantidade de procedimentos e solicitar a liberao da crtica de quantidade pelo autorizador 3 EXEMPLO: Foram realizadas redues cirrgicas de fratura de rdio, tbia e fmur , mais esplenectomia e colostomia. Emitir Laudo para Emisso de AIH com cdigo de Politraumatizado (04.15.03.001-3). Na AIH dever ser registrado na tela Procedimentos Realizados: 1 linha 04.07.02.010-1 Colostomia 2 linha 04.08.05.051-9 Tratamento Cirrgico de Fratura da Difise do Fmur 3 linha OPM compatvel 4 linha OPM compatvel X linha - 04.07.03.012-3 Esplenectomia X linha 04.08.02.044-0 Tratamento Cirrgico de Leso Fisria dos ossos do Antebrao A partir da 3 linha, aps a digitao de cada procedimento principal devem ser includas as OPM compatveis e utilizadas no procedimento principal informado na 2 linha, e s quando encerrar estas OPM e que na linha seguinte deve ser informado a prxima cirurgia realizada ou procedimento principal. Segue o mesmo processo descrito para o primeiro procedimento principal informado na 2 linha e s quando encerrar as OPM do procedimento informado e que registra a prxima cirurgia realizada ou procedimento principal. O total de linhas disponveis no SISAIH01 para incluso de procedimentos de 180.18

Par os procedimentos que sejam realizados em rgos pares, pode ser informado no SISAIH01 o mesmo procedimento duas vezes e solicitada a liberao de quantidade. Exemplo: 04.08.05.058-6 - Tratamento cirrgico de fratura intercondileana/ dos cndilos do fmur. No esquecer aps cada procedimento principal, incluir abaixo os procedimentos principais OPM antes de registrar o segundo procedimento principal, mesmo neste caso de procedimentos iguais para liberao de quantidade. Sempre que colocar o procedimento principal separado por linhas com outros procedimentos e as OPM do primeiro procedimento, haver rejeio da AIH. 4 EXEMPLO: No caso do paciente ser submetido a mais de um procedimento, em especialidades diferentes NO ENVOLVENDO A ORTOPEDIA: Paciente com ruptura de bao, leso de clon e hemotrax em que foram realizados 3 procedimentos: esplenectomia, colostomia e toracotomia com drenagem fechada. Solicitar a AIH com o procedimento 04.15.03.001-3 - Tratamento Cirrgico em Politraumatizado. No SISAIH 01, registrar na tela Procedimentos Realizados: 1 linha 04.07.02.010-1 - Colostomia 2 linha 04.07.03.012-3 Esplenectomia 3 linha 04.12.04.016-6 - Toracostomia com drenagem pleural fechada. Na ocorrncia de procedimentos realizados que no necessitam de autorizao, ou seja, o instrumento de registro AIH secundria, estes tambm devem ser registrados na tela Procedimentos Realizados, em seguida aos procedimentos com instrumentos de registro AIH principal e especial. Numa AIH com o procedimento 04.15.03.001-3 - Tratamento Cirrgico em Politraumatizado, o componente Servio Hospitalar ser remunerado em percentual decrescente de valores, na ordem em que forem registrados na tela Procedimentos Realizados, conforme tabela abaixo: 1 Procedimento 100% 2 Procedimento 100% 3 Procedimento 75% 4 Procedimento 75% 5 Procedimento 50%

Os componentes Servios Profissionais (SP) recebem remunerao de 100% dos valores para todos os procedimentos registrados na tela Procedimentos Realizados. importante observar que a AIH de politraumatizado assumir a complexidade do primeiro procedimento informado. Se Mdia ou Alta Complexidade. 10. CIRURGIAS MLTIPLAS Cirurgias mltiplas so atos cirrgicos sem vnculo de continuidade, interdependncia ou complementaridade, realizado em conjunto pela mesma equipe ou equipes distintas, aplicados a rgo nico ou diferentes rgos localizados em regio anatmica nica ou regies diversas, bilaterais ou no, devidos a diferentes doenas, executado atravs de nica ou vrias vias de acesso e praticados sob o mesmo ato anestsico. (Portaria n. 421 de 23 de julho de 2007) Neste conceito, todos os procedimentos em rgos bilaterais, devero ser aceitos quando registrados duas vezes no SISAIH01. Deve ser registrado no SISAIH01 como procedimento solicitado e procedimento principal realizado 04.15.01.001-2 Tratamento com Cirurgias Mltiplas. Na tela procedimentos realizados do SISAIH01 devero ser registrados, em ordem decrescente de complexidade e valores, os procedimentos realizados. Sero admitidos at 05 procedimentos realizados na mesma AIH19

Quando ocorrerem novas cirurgias de emergncia, na mesma internao, com atos anestsicos diferentes, inclusive para as reoperaes, o mdico assistente dever solicitar nova AIH e o motivo de sada ser o 2.7 Por reoperao. Cirurgia bilateral no considerada cirurgia mltipla, desde que no esteja explicitado na descrio do cdigo se o procedimento se refere uni ou bilateral. Quando no estiver explicitado no SIGTAP, e o rgo for par no corpo humano, o cdigo especfico no SIGTAP deve ser repetida (duas vezes) e solicitada a liberao de quantidade. Observar como devem ser includas as OPM. (Ver item Tratamento de Politraumatizado neste manual) EXEMPLO: 04.09.06.021-6 Ooforectomia/ooforoplastia (a descrio explicita que uni ou bilateral). Exemplos de como devem ser registrados os procedimentos realizados em cirurgia mltipla: 1 EXEMPLO: Colecistectomia mais Herniorrafia Inguinal. O procedimento principal solicitado e realizado a ser digitado no SISAIH01 deve ser o 04.15.01.001-2 Tratamento com Cirurgias Mltiplas e os dois procedimentos, colecistectomia e herniorrafia inguinal devero ser digitados na tela Procedimentos Realizados, desde que tenham sido solicitados e autorizados no Laudo para Solicitao de AIH. Os componentes Servios Hospitalares sero remunerados em percentual decrescente de valores, na ordem que forem registrados na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01, conforme tabela abaixo: Na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01 devem ser digitados em ordem decrescente de complexidade e valores do SH dos procedimentos realizados. 1 Procedimento 100% 2 Procedimento 75% 3 Procedimento 75% 4 Procedimento 60% 5 Procedimento 50%

Os Servios Profissionais (SP) recebem remunerao de 100% de valores em todos os registros. Dever ser emitida nova AIH quando houver mais de 5 procedimentos realizados e o motivo de sada da primeira AIH deve ser o 5.1 Encerramento Administrativo. O procedimento cirrgico de Mastectomia por Cncer compatvel com o implante de Prtese Mamria pela importncia da questo da humanizao no atendimento a paciente. Assim, o Ministrio da Sade inclui e recomenda a autorizao como Tratamento com Cirurgias Mltiplas os procedimentos 04.10.01.005-7 - Mastectomia Radical com Linfadenectomia, 04.16.12.002-4 Mastectomia Radical com Linfadenectomia Axilar, 04.16.12.003-2 Mastectomia Simples por Tumor e 04.10.01.009-0 - Plstica Mamria Reconstrutiva Ps-Mastectomia com Implante de Prtese, quando realizados no mesmo Ato Anestsico. 11. PACIENTES COM LESO LABIO-PALATAL E CRNIOFACIAL Os procedimentos realizados em pacientes com leses labiopalatais e craniofaciais somente podem ser realizados em hospitais de Alta Complexidade de Malformao/Labiopalatal Centro de Tratamento em Malformao Labiopalatal cdigo da habilitao no CNES - 0401. Includa na tabela pela Portaria SAS/MS n.. 187 de 16/10/1998 a Cirurgia Mltipla em Pacientes com Leses de Labiopalatais ou Crnio Faciais, com a implantao do SIGTAP passa a ser registrada com o cdigo 04.15.01.001-2 Tratamento com Cirurgias Mltiplas. Os procedimentos para tratamento de pacientes com deformidades craniofaciais ou labiopalatais so todos os constantes no SIGTAP Grupo 04, Subgrupo 04 e Forma de Organizao 03.

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O componente Servio Hospitalar ser remunerado em percentuais decrescentes de valores, na ordem em que forem registrados, conforme tabela abaixo: 1 Procedimento 100% 2 Procedimento 75% 3 Procedimento 75% 4 Procedimento 60% 5 Procedimento 50%

Os componentes Servios Profissionais (S. P) recebem remunerao de 100% dos valores em todos os procedimentos registrados. 12. TRATAMENTO DE AIDS Includos na tabela do SIH/SUS pela Portaria SNAS/MS n.. 291/1992, os procedimentos para tratamento da Sndrome de Imunodeficincia Adquirida - AIDS somente so autorizados para hospitais com habilitao especfica no CNES. Podem ser registrados os procedimentos do Grupo 03, Subgrupo 03 e Forma de Organizao 18. 12.1 MODALIDADE HOSPITALAR NO TRATAMENTO DA AIDS Na internao de pacientes com AIDS deve ser registrado na AIH o procedimento 03.03.18.001-3 no campo Procedimento Solicitado e Procedimento Principal Realizado do SISAIH01. Na modalidade hospitalar o tratamento de pacientes com AIDS deve ser registrado na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01 em ordem decrescente de complexidade e valores, at 04 procedimentos realizados dentre os abaixo listados: Cdigo Procedimento / Descrio 03.03.18.004-8 Tratamento de Afeces do Sistema Nervoso em HIV/AIDS Diagnsticos Tratamento dos casos de sndrome neurolgica indiferenciada Toxoplasmose cerebral Meningite criptocccica Linfoma Neuropatia perifrica Tratamento de Pneumonia por P. Carinii Tuberculose Pulmonar Pneumonia intersticial indiferenciada Tratamento de casos de Tuberculose disseminada Outras micobacterioses disseminadas Histoplasmose Salmonela septicmica Sarcoma de Kaposi Linfomas no Hodgkin Tratamento de citomegalovirus esofagiano Herpes simples esofagiano Cndida sp esofagiana Sndrome diarrica Colites, leses ano retais.

03.03.18.005-6 Tratamento de - Afeces do Sistema Respiratrio em HIV/AIDS 03.03.18.006-4 Tratamento de Doenas Disseminadas em HIV/AIDS

03.03.18.003-0 Tratamento de Afeces do Aparelho Digestivo em HIV/AIDS

No tratamento da AIDS, os componentes Servios Hospitalares (SH) so remunerados em percentual decrescente de complexidade e valores, conforme tabela a seguir: 1 procedimento - 100% 2 procedimento - 100% 3 procedimento - 75% 4 procedimento - 75%

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Os componentes Servios Profissionais (SP) recebem remunerao de 100% de valores em todos os procedimentos registrados na tela de Procedimentos Realizados. 12.2 MODALIDADE HOSPITAL DIA/AIDS O tratamento da AIDS em hospital-dia um recurso intermedirio entre a internao e o ambulatrio. Este tratamento inclui programas de ateno de cuidados intensivos por equipe multiprofissional, evitando a internao integral (Portaria SAS/MS n.. 130/94). Somente podem ser registrados procedimentos em regime de Hospital Dia em AIDS nos estabelecimentos habilitados e que a habilitao esteja devidamente inserida no CNES do estabelecimento. No permitido registro de permanncia a maior nos procedimentos realizados em regime de Hospital Dia AIDS. As dirias so pagas at 05 dias teis da semana, no mximo 45 dias corridos, no cabendo emisso de AIH-5. O SISAIH01 calcula dias teis quando o procedimento : fibrose cstica, psiquiatria em Hospital dia, HIV AIDS. Se aps os 45 dias houver necessidade de continuao do tratamento o hospital deve solicitar ao Gestor a mudana de AIH 1 para AIH 5, ou de continuidade. No deve fechar a primeira AIH com alta administrativa e abrir nova AIH, pois esta ao ir duplicar o nmero de internaes e causar desvios significativos em relao aos atendimentos na modalidade hospitalar no SUS. Deve ser registrado na 1 linha da tela Procedimentos Realizados do SISAIH01 o cdigo 03.03.18.007-2 Tratamento de HIV/AIDS (por dia) e o quantitativo de dirias utilizadas no perodo do tratamento. 12.3 LIPODISTROFIA Includos na Tabela do SIH/SUS Procedimentos de cirurgias reparadoras para pacientes portadores de AIDS e usurios de anti-retrovirais. (PT GM n. 2.582/04). Os procedimentos de lipodistrofia s podem ser realizados por servios habilitados em conformidade com a portaria SAS 118/05. Estes Servios devem estar cadastrados no CNES com o tipo de estabelecimento de sade Hospital Geral ou Hospital Especializado. Para fins de habilitao, sero considerados, preferencialmente, os Hospitais Universitrios e de Ensino certificados. Os procedimentos de lipodistrofia devero ser submetidos autorizao prvia do gestor local correspondente. So considerados critrios de indicao para realizao dos referidos procedimentos todas as condies a seguir: 1. 2. 3. 4. 5. Paciente com diagnstico de HIV/AIDS e lipodistrofia decorrente do uso de anti-retroviral e Paciente submetido terapia anti-retroviral por pelo menos 12 meses e Paciente que no responde ou no pode ser submetido mudana da terapia ARV e Paciente clinicamente estvel, ou seja, aquele sem manifestaes clnicas sugestivas de imunodeficincia nos ltimos seis meses, e Com resultados clnico-laboratoriais: a) CD4 > 350 cels/mm3 (exceto para lipoatrofia facial) b) Carga Viral < 10.000 cpias/ml e estvel nos ltimos 6 meses (ou seja, sem variao de 0,5 log entre duas contagens) c) Parmetros clnico-laboratoriais que preencham os critrios necessrios e suficientes de segurana para qualquer procedimento cirrgico.

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H consenso quanto contra-indicao dos tratamentos cirrgicos para lipodistrofia associada infeco pelo HIV/AIDS nas condies a seguir: 1. 2. Qualquer condio clnica ou co-morbidade descompensada nos ltimos seis meses que confira aumento de risco ao procedimento. Qualquer tratamento concomitante com anticoagulantes, imunomoduladores, imunossupressores e/ou quimioterpicos. 13. REGISTRO DE DIRIAS NA AIH 13.1 DIRIA DE ACOMPANHANTE A cada paciente ser permitido apenas um acompanhante. permitida a presena de acompanhante para todos os menores de 18 anos conforme define o Estatuto da Criana e do Adolescente/ECA. Para os maiores de 18, nos casos em que o quadro clnico exija ou justifique. Cabe ao mdico a determinao da imprescindibilidade da permanncia do acompanhante. Essas dirias tambm so registradas na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01. No deve ser discutida a liberao ou no do acompanhante, mas se ele realmente existiu. Para alguns procedimentos no est prevista a presena de acompanhantes mesmo para menores de 18 anos, o caso de: Cuidados Prolongados, Hospital Dia, Psiquiatria, Diagnstico e/ou Primeiro Atendimento e UTI, assim como em situaes clnicas em que esteja contra-indicada a presena de um acompanhante. 13.2 DIRIA DE ACOMPANHANTE PARA IDOSO A Portaria GM/MS/N. 280/99 define que os todos os pacientes com mais de 60 anos de idade internados em hospitais pblicos, contratados e conveniados com o SUS devem ter a presena do acompanhante. Na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, rteses, Prteses e Materiais Especiais do SUS existem dois procedimentos de diria de acompanhante para idosos: 08.02.01.004-0 - Diria de Acompanhante de Idosos com Pernoite e 08.02.01.005-9 Diria de Acompanhante de Idosos sem Pernoite. Mesmo para alguns procedimentos em que no est prevista a presena de acompanhantes para adultos, os idosos tm direito, o caso de: Cuidados Prolongados, Hospital Dia, Psiquiatria, Diagnstico e/ou Primeiro Atendimento e UTI, assim como em situaes clnicas em que esteja contra-indicada a presena de um acompanhante. 13.3 DIRIA DE ACOMPANHANTE PARA GESTANTE A Portaria GM/MS n.. 2.418/2005, em conformidade com o Art. 1 da Lei n.1.108/2005, regulamenta a presena de acompanhante para mulheres em trabalho de parto, parto e ps-parto imediato em todos os hospitais do SUS. Entende-se o psparto imediato como o perodo que abrange 10 dias aps o parto, salvo intercorrncias, a critrio mdico. Os hospitais devem registrar as dirias de acompanhante no trabalho de parto, parto e ps-parto imediato, na AIH na tela de Procedimentos Realizados do SISAIH01 para os procedimentos relacionados na Portaria SAS/MS n.. 238/2006 e que de acordo com o SIGTAP so: 03.01.00.10.03-9, 04.11.01.003-4, 03.10.01.004-7, 04.11.01.002-6 e 04.11.01.004-2. Em qualquer das situaes acima, o registro do nmero de dirias, deve estar em conformidade com os dias de internao da paciente. Se for superior a da internao, a AIH rejeitada. No valor da diria de acompanhante, esto includos a acomodao e o fornecimento das principais refeies. A cada paciente permitido apenas um23

acompanhante. O Diretor Geral, Diretor Clnico, Diretor Tcnico ou rgo Gestor, a critrio deste, deve autorizar previamente a diria de acompanhante. 13.4 DIRIAS DE UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVA/UTI Se durante a internao hospitalar houver necessidade do paciente ser submetido Unidade de Tratamento Intensivo/UTI a solicitao deve ser feita no Laudo para Solicitao/Autorizao de Mudana de Procedimento e de Procedimento (s) Especial (ais), com a devida autorizao pelo Diretor Geral, Diretor Clnico ou rgo Gestor. As Unidades de Tratamento Intensivo, de acordo com a incorporao de tecnologia, especializao de recursos humanos e adequao da rea fsica so classificadas como: TIPO I, TIPO II e TIPO III (Portaria GM/MS 3.432/1998). Existem procedimentos que as dirias de UTI j esto includas no valor do procedimento e, portanto, para estes procedimentos h crtica nos sistemas SISAIH01 e SIHD. Estes procedimentos so: Epilepsia,Transplante de Fgado, Corao, Pulmo, Medula ssea, Pncreas, Rim e Pncreas, Psiquiatria, Psiquiatria Hospital-Dia, Pacientes sob Cuidados Prolongados, Tratamento Ortodntico em Leses Labiopalatais, Implante Osteointegrado Extra Oral, Atendimento Inicial de Grande Queimado, Grande Queimado Hospital Geral, Pequeno e Mdio Queimado em Hospital Geral. permitido o registro de dirias de UTI no SISAIH01 no procedimento Transplante de Rim com cdigos no SIGTAP de 05.05.02.009-2 e 05.05.02.010-6. Nos transplantes de qualquer dos outros rgos, as dirias de UTI esto includas no valor total do procedimento. A diria de UTI procedimento especial, devendo ser registrada no SISAIH01 na tela procedimentos realizados de acordo com sua habilitao no ms de competncia em que foi utilizada. Exemplo: Paciente internado na UTI de 02 de janeiro a 05 de fevereiro. Dever ser repetido o cdigo da diria de UTI para competncia janeiro e fevereiro. Os cdigos de Diria de UTI so vlidos para todos os procedimentos. Os dias de internao nos quais o paciente permaneceu na UTI, no so computados para solicitao de permanncia a maior ou para a mdia de permanncia definida no SIGTAP para o procedimento principal. Ou seja, se o procedimento tem como mdia de permanncia 6 dias, e no terceiro dia de internamento, ele transferido para a UTI, suspende a contagem dos dias para a mdia de permanncia, e s retorna a contar no dia seguinte sada do paciente da UTI. O laudo de solicitao de internao em UTI deve estar arquivado juntamente com a respectiva AIH no pronturio do paciente. O laudo solicitando internao em UTI Tipo I, II e III deve ser autorizado pelo Diretor Geral ou Diretor Clnico ou rgo Gestor. A unidade intermediria ou semi-intensiva no considerada como UTI. 13.5. DIRIAS DE UNIDADE DE CUIDADOS INTERMEDIRIOS NEONATAL UCI uma Unidade destinada ao atendimento do Recm Nascido nas seguintes situaes: aps alta da UTI e que precise de observao nas primeiras 24 horas, com desconforto respiratrio leve que no necessite de assistncia ventilatria mecnica. Que esteja em venclise para infuso de glicose, eletrlitos, antibiticos e alimentao parenteral em transio, em fototerapia com nveis de bilirrubinas prximos aos nveis de exsanguineotransfuso, que necessite realizar exsanguineotransfuso, com peso superior a 1500g e inferior a 2000g em observao nas primeiras 72 horas ou o recm nascido submetido cirurgia de mdio porte, e em condies clnicas estveis.24

Podem habilitar-se a UCI os estabelecimentos que atenderem aos critrios estabelecidos na Portaria GM/MS n. 1.091/99. Entretanto, cabe ao gestor estadual e/ou municipal, definir quais Unidades de Cuidados Intermedirios Neonatais sero habilitadas, aps aprovao pela Comisso Intergestores Bipartite CIB. Desde outubro de 2006 os gestores estaduais/municipais de sade, so responsveis pelas habilitaes de UCI no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade SCNES. As dirias de Unidade de Cuidados Intermedirios Neonatal devem ser registradas na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01. O laudo solicitando internao Unidade de Cuidados Intermedirios Neonatal deve ser autorizado pelo Diretor Geral ou Diretor Clnico ou rgo Gestor. A diria em Unidade de Cuidados Intermedirios Neonatal poder ser lanada em concomitncia com a diria de UTI Neonatal, na mesma AIH quando utilizada e habilitada. 14. PERMANNCIA A MAIOR A Permanncia a maior a designao do sistema para os casos em que o paciente necessite permanecer internado, aps o perodo definido no SIGTAP para a mdia de permanncia do procedimento principal que determinou a internao. O registro de permanncia a maior feito quando o perodo de internao ultrapassa 100% + 1 dos dias previstos na Mdia de Permanncia definida no SIGTAP para o procedimento principal informado na AIH. 1 Exemplo: (dias pares de mdia) Mdia de permanncia do procedimento 8. Quando o paciente permanecer internado, a partir do 17 dia (8 + 8 + 1= 17) pode ser solicitada e registrada, se autorizada, a permanncia a maior. 2 Exemplo: (dias impares de mdia) Mdia de permanncia do procedimento 7. Quando o paciente permanecer internado, a partir do 15 dia (7 + 7 + 1= 15) pode ser solicitada e registrada, se autorizada, a permanncia a maior. O registro no SISAIH01 deve ser feito na tela Procedimentos Realizados e colocado o nmero de dias que o paciente permaneceu alm do ltimo dia previsto para a Mdia de Permanncia do procedimento principal. Deve ser contado a partir do 1 dia de permanncia maior, excludas as dirias de UTI, que so pagas com cdigo prprio. A Permanncia a Maior um atributo do procedimento. Quando no for previsto no SIGTAP este atributo para um determinado procedimento, o SIHD efetuar a glosa. Nos casos de Cirurgia Mltipla, Politraumatizado, Tratamento da AIDS, Procedimentos Seqenciais de Coluna em Ortopedia e/ou Neurocirurgia e Cirurgia Plstica Corretiva ps Gastroplastia, para fins de clculo de permanncia deve-se utilizar como parmetro a mdia de permanncia do procedimento de maior nmero de dias, entre os registrados no SISAIH01, na tela Procedimentos Realizados. O Diretor Geral, Diretor Clnico, Diretor Tcnico ou rgo Gestor deve autorizar previamente a Permanncia a Maior no Laudo de Solicitao/Autorizao de Procedimento Especiais e/ou Mudana de Procedimento. Quando a permanncia do paciente ultrapassar a 31 dias, deve ser solicitada a mudana de AIH de inicial para AIH de continuidade. No caso de procedimentos em que a mdia de permanncia seja maior que 31 dias, deve ser solicitada mudana de AIH inicial para AIH de continuidade sempre que a internao ultrapassar o dobro de dias previstos para o procedimento.

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15. ATENDIMENTO CLNICO (CONSULTA/AVALIAO EM PACIENTE INTERNADO) Corresponde consulta/avaliao do mdico ou do cirurgio dentista realizada no leito para acompanhamento da evoluo clnica do paciente internado. Procedimento: 03.01.01.017-0 - CONSULTA/AVALIAO EM PACIENTE INTERNADO. Este procedimento tem origem nos seguintes cdigos, utilizados at dezembro de 2007: H.25001019, H.14016010 um procedimento de mdia complexidade com financiamento pelo teto do MAC. Esta visita clnica pode ser realizada diariamente para evoluo do paciente internado. Deve ser registrado na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01. Nos casos em que o paciente necessite de avaliao de mdico especialista para emisso de parecer, deve-se registrar uma consulta para cada parecer emitido, conforme o CBO do mdico que prestou o atendimento. Colocar tambm o CPF do profissional para possibilitar o rateio de pontos. Este registro do CPF ser substitudo pelo numero do Carto Nacional de Sade do profissional ainda em 2008. 16. QUANTIDADE MXIMA DE PROCEDIMENTOS POR AIH A partir da competncia maio de 2008 a regra adotada a seguinte: se o procedimento exige mdia de permanncia, ou seja, no por dia, a quantidade de dias a ser registrada no SISAIH01 ser ser sempre 1. No entanto se forem rgos pares ou mltiplos (dedos), fica limitada a quantidade somada 1+1+1. A quantidade que estiver no atributo quantidade mxima do procedimento ser o limite. Ex: Se forem amputados 3 dedos informar trs vezes o mesmo procedimento com a quantidade 01. A quantidade mxima neste caso est 05. Como h um limite de cinco principais por AIH, acima disto abre-se outra AIH. 17. DILISE PERITONIAL E HEMODILISE O registro de Hemodilise e Dilise Peritoneal permitido em casos de Insuficincia Renal Aguda, em pacientes internados. O cdigo CID de Insuficincia Renal, conforme o caso deve ser registrado no campo CID Principal ou CID Secundrio. Somente permitido o registro de, no mximo, 15 sesses de Dilise Peritoneal ou Hemodilise por AIH. A realizao do procedimento dialtico em Unidade de Terapia Intensiva s pode ocorrer quando a situao clnica do paciente exigir sua permanncia nessa Unidade. Dentro do limite estabelecido permitido o registro de uma sesso/dia de Hemodilise ou Dilise Peritoneal durante os dias de permanncia do paciente na UTI. Admite liberao de crtica de quantidade e verifica se a quantidade de dias de internamento compatvel com a quantidade de sesses de hemodilise. O registro desses procedimentos realizado na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01, e necessita autorizao do Diretor Clnico ou do rgo Gestor: Cdigo 03.05.01.013-1 03.05.01.003-4 03.03.07.002-1 03.05.01.019-0 03.05.01.004-2 03.05.01.015-8 03.08.02.001-4 03.05.01.014-0 Descrio Hemodilise para Pacientes Renais Agudos/Crnicos Agudizados Dilise Peritoneal para Pacientes Renais Agudos Hemoperfuso Ultrafiltrao Hemodilise Contnua Hemofiltrao Contnua Hediafiltrao Contnua Hemofiltrao Quant. 15 15 15 15 15 15 15 15

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18. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONNCIA MAGNETICA Os exames de Tomografia Computadorizada podem ser registrados no SISAIH01 na tela Procedimentos Realizados e so procedimentos especiais. Os cdigos do SIGTAP so os mesmos tanto para a modalidade ambulatorial como hospitalar, assim como os valores. Um determinado cdigo de tomografia s deve ser registrado numa AIH uma nica vez, permitindo liberao de quantidade. No entanto, podem ser registrados tomografias de diferentes partes do corpo humano ou rgos numa mesma AIH, sem necessidade de liberao de quantidade. O estabelecimento de sade que realiza tomografias deve ter no seu CNES o cadastro do servio/classificao e do equipamento, assim como preciso que no CNES deste estabelecimento exista o CBO do especialista. A tomografia um exame complementar que auxilia no esclarecimento diagnstico ou no acompanhamento de pacientes com diagnstico firmado, portanto no exigido que o estabelecimento seja habilitado em neurologia ou ortopedia. O paciente internado pode ser levado em ambulncia para realizar uma tomografia em outro estabelecimento, mas o registro da realizao da tomografia deve ser feito na AIH que pertence ao hospital onde ele est internado. No permitido este registro no BPA-I do SIA/SUS do estabelecimento onde o exame foi realizado, porque naquele perodo o paciente est sendo assistido sob regime de internao em outra unidade. obrigatrio que o CNES do executante conste como Terceiro do estabelecimento no qual o paciente est internado. Este registro do CNES deve ser feito mesmo no caso do executante no ser credenciado junto ao SUS pelo gestor local, uma vez que todo estabelecimento de sade do pas, independente da natureza, tem CNES. preciso tambm que no CNES do executante esteja marcado que ele est disposio do SUS. Para o registro destas tomografias no SISAIH01, deve ser digitado na tela de Procedimentos Realizados, no campo executante o CNES do estabelecimento que de fato realizou o exame. Quanto ao estabelecimento que vai receber o valor da tomografia, prerrogativa do gestor local optar por ceder ou no o crdito a terceiro. No caso de ceder o crdito, o CNES do estabelecimento onde o paciente realizou a tomografia deve ser registrado no campo Apurar Valores e constar como Terceiro no CNES do estabelecimento onde o paciente est internado. Se o gestor no optar pela cesso de crdito, dever ser informado no campo Apurar Valores, o CNES do hospital onde o paciente est internado. O pagamento ao executante ser feito conforme as condies definidas por ambas as partes, ou pelos termos do contrato, se houver, no tendo nenhuma implicao legal especfica para o SUS. A cesso de crdito no se aplica aos estabelecimentos de natureza pblica, uma vez que para estes no previsto a terceirizao e nem a desvinculao de honorrios. Ento, se o estabelecimento onde o paciente est internado for pblico, no campo Apurar Valores, deve ser informado o CNES de onde o paciente est internado, mesmo que o paciente tenha realizado a tomografia em outro estabelecimento. necessria a autorizao do Diretor Geral, Diretor Clnico ou do rgo Gestor para a realizao de tomografias em pacientes internados. Concluindo, os exames, quando realizados em paciente internado devero ser, obrigatoriamente, registrados no Sistema de Informao Hospitalar/SIH/SUS, no podendo ser autorizado e registrado no SIA/SUS SUS mesmo que seja realizado em outro estabelecimento. Todas as definies e parmetros aplicados tomografia se aplicam totalmente aos exames de ressonncia magntica.

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19. ESTUDOS HEMODINMICOS, ARTERIOGRAFIA, NEURORADIOLOGIA E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA. Quando um desses exames for necessrio por intercorrncia da patologia que motivou a internao, deve ser justificado pelo mdico assistente, autorizado pelo Diretor Geral, Diretor Clnico ou pelo Gestor do SUS. Em qualquer outra circunstncia, esses exames devem ser realizados ambulatorialmente. CDIGO 02.11.02.002-8 02.11.02.001-0 DESCRIO ATUAL Cateterismo Cardaco em Pediatria Cateterismo Cardaco

Na realizao do procedimento 02.11.02.002-8 Cateterismo Cardaco em Pediatria autorizada a incluso do cdigo do procedimento de anestesia e o registro deve ser feito na tela Procedimentos Realizados, informando o CPF e CBO de quem realizou a anestesia. O procedimento especial 02.11.02.002-8 Cateterismo Cardaco em Pediatria compatvel com os seguintes procedimentos principais: 03.03.06.012-3 - Tratamento de doena reumtica s/cardite 03.03.06.021-2 - Tratamento de insuficincia cardaca 04.06.01.092-7 - Revascularizao miocrdica c/uso de extracorprea 04.06.01.093-5 - Revascularizao miocrdica c/uso de extracorprea (c/2 ou mais enxertos) 04.06.01.094-3 - Revascularizao miocrdica s/uso de extracorprea 04.06.01.095-1 - Revascularizao miocrdica s/uso de extracorprea (c/2 ou mais enxertos) 04.06.01.120-6 - Troca valvar c/revascularizao miocrdica 04.06.03.001-4 - Angioplastia coronariana 04.06.03.002-2 - Angioplastia coronariana c/implante de dupla prtese intraluminal arterial 04.06.03.003-0 - Angioplastia coronariana c/implante de prtese intraluminal O procedimento especial 02.11.02.001-0 Cateterismo Cardaco compatvel com os seguintes procedimentos principais: 0303060042 - Tratamento de cardiopatia isqumica crnica 0303060190 - Tratamento de infarto agudo do miocrdio 0303060212 - Tratamento de insuficincia cardaca 0303060280 - Tratamento de sndrome coronariana aguda 0406010927 - Revascularizao miocrdica c/uso de extracorprea 0406010935 - Revascularizao miocrdica c/uso de extracorprea (c/2 ou mais enxertos) 0406010943 - Revascularizao miocrdica s/uso de extracorprea 0406010951 - Revascularizao miocrdica s/uso de extracorprea (c/2 ou mais enxertos) 0406011206 - Troca valvar c/revascularizao miocrdica 0406030014 - Angioplastia coronariana 0406030022 - Angioplastia coronariana c/implante de dupla prtese intraluminal arterial 0406030030 - Angioplastia coronariana c/implante de prtese intraluminal

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Procedimentos Especiais de Cintilografia devem ser registrados na tela Procedimentos Realizados do SISAIH01 obedecendo s compatibilidades entre procedimentos. Deve ser informado o CPF e CBO do mdico que realizou o procedimento. Os procedimentos especiais diagnsticos neurointervencionistas (Arteriografias) relacionados no Artigo 10 da Portaria SAS n. 765/05, obrigatoriamente tm que ter em seus laudos as descries das devidas mensuraes angiogrficas digitais (relao domus/colo) e as fotos dos respectivos aneurismas. 20. TRANSFUSO DE SUBSTITUIO/TROCA (EXSANGINEOTRANSFUSO) realizada nos casos de Incompatibilidade ABO/Rh (ictercia neonatal ou sepsis em pediatria). Necessita de autorizao do Diretor Clnico ou do Gestor. Deve ser registrado na tela Procedimentos Realizado e a quantidade mxima de 05 (cinco) sesses. O cdigo 02.02.02.047-9 Prova de Compatibilidade Pr transfusional tambm deve ser registrado na mesma tela de Procedimentos Realizados. O pagamento da exsanguineotransfuso efetuado diretamente ao hospital, portanto no deve ser colocado na AIH o CPF do profissional que realizou o procedimento. 21. ALBUMINA HUMANA a Albumina Humana de origem plasmtica. uma s