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SIGMUND FREUD PSICOLOGIA-12ºANO

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Page 1: Sigmund Freud

SIGMUND FREUD PSICOLOGIA-12ºANO

Page 2: Sigmund Freud

Freud: vida e obra

Sigismund Schlomo Freud nasceu em 6 de Maio de 1856, em Freiberg, Moravia (actualmente Pribor, República Checa), filho de Jacob Freud e da sua terceira esposa, Amália (vinte anos mais jovem que o marido).

Sigi, como era chamado pelos seus parentes, teve sete irmãos mais jovens.

A constelação familiar era incomum pois, dois meios-irmãos de Freud, Emmanuel e Philipp, tinham praticamente a mesma idade da sua mãe. Freud era ligeiramente mais novo que seu sobrinho John, filho de Emmanuel. Esta situação peculiar pode ter estimulado o interesse de Freud em dinâmica familiar, levando-o às suas posteriores formulações sobre o Complexo de Édipo.

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Freud: vida e obra

O pai de Freud, um comerciante judeu de posses modestas, levou a família para Leipzig, Alemanha (1859), seguindo para Viena (1860), onde Freud viveu até 1938.

Aos 8 anos de idade, Freud lia Shakespeare e, na adolescência, ouviu uma conferência, cujo tema era o ensaio de Goethe sobre a natureza, ficando profundamente impressionado.

Abreviou o seu nome para Sigmund Freud em 1877.

Pretendia estudar Direito, mas decidiu seguir Medicina, interessado na investigação.

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A Psicanálise

Caracteriza-se como uma corrente da Psicologia que busca o fundamento oculto dos comportamentos e dos processos mentais, com o objectivo de descobrir e resolver os conflitos intra-psíquicos geradores de sofrimento psíquico.

Trata-se, ao mesmo tempo, de uma disciplina científica que visa descobrir e mapear as estruturas da Psiqué e de um método terapêutico , assente numa relação profunda entre o psicanalista e o paciente.

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Freud: vida e obra

Ingressou na Universidade de Viena em 1873 onde se formou em 1881.

Trabalhou na Clínica Psiquiátrica de Theodor Meynert (1882-83), estudando posteriormente com Charcot (Salpetrière), em Paris (1885).

O interesse de Freud pela histeria foi estimulado pela hipnoterapia praticada por Breuer e Charcot .

De 1884 a 1887, Freud publicou vários artigos sobre cocaína.

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Freud: vida e obra

Casou-se com Martha Bernays em 1886.

O casal teve seis filhos (Mathilde, 1887; Jean-Martin, 1889; Olivier, 1891; Ernst, 1892; Sophie, 1893; Anna, 1895).

Freud mudou-se para um apartamento em Bergasse 19 (1891), que 80 anos mais tarde veio a tornar-se The Freud Museum Vienna(1971).

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Freud: vida e obra

Freud e Breuer publicaram as suas descobertas em Estudos sobre a Histeria (método catártico) em 1895;

Nos cinco anos que se seguiram (1895-1900), Freud desenvolveu muitos dos conceitos que foram posteriormente incluídos na teoria e prática da psicanálise.

O termo "psicanálise" foi concebido por Freud em 1896. Após romper com Breuer, e passando por uma crise, devida à morte do seu pai, Freud iniciou a sua auto-análise em 1897.

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Freud: vida e obra

A Interpetação de Sonhos ('Die Traumdeutung') , o qual Freud considerou como sendo o mais importante de todos os seus livros, foi publicado em 1899, com data de impressão de 1900, pois ele queria que sua grande descoberta fosse associada ao início de um novo século.

Os seus pares, na área médica, ainda encaravam os seus trabalhos com hostilidade e Freud trabalhava em completo isolamento.

Foi nomeado Professor na Universidade de Viena e fundou a "Sociedade das Quartas-feiras" em 1902 (reunião semanal de amigos, em sua casa, com o propósito de discutir os trabalhos que vinha desenvolvendo), a qual veio a tornar-se a Associação de Psicanálise de Viena, em 1908.

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Freud: vida e obra

Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade; Os Lapsos e a sua relação com o Inconsciente; Fragmento da análise de um caso de Histeria, foram publicados em 1905.

Por volta de 1906, um pequeno grupo de seguidores havia se formado em torno de Freud, incluindo William Stekel, Alfred Adler, Otto Rank, Abraham Brill, Eugen Bleuler e Carl Jung.

Em 1908 decorreu o "Primeiro Congresso de Psicologia Freudiana" em Salzburg, contando com a presença de quarenta participantes de cinco países.

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Freud: vida e obra

Em 1909, Freud foi convidado por Stanley Hall para proferir cinco conferências, na Clark University (Worcester, Massachussets). Mesmo tendo sido essa a sua única visita aos Estados Unidos da América, ela marcou definitivamente a sua carreira, ao atrair a atenção mundial para os seus trabalhos.

O movimento psicanalítico foi sendo gradualmente reconhecido e uma organização internacional, chamada "International Psychoanalytical Association" foi fundada em 1910. A revista de psicanálise "Imago" foi criada em 1912.

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Freud: vida e obra

Conforme o movimento se difundiu, Freud teve que enfrentar a dissidência entre os membros de seu círculo. Adler (1911) e Jung (1913) deixaram a "Associação Psicanalítica de Viena" e formaram as suas próprias escolas de pensamento, discordando da ênfase dada por Freud à origem sexual da neurose.

Início da Primeira Guerra Mundial (1914).

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Freud: vida e obra

Freud descobriu que sofria de cancro da boca em 1923 e, mesmo assim, manteve-se produtivo, durante dezasseis anos, tolerando tratamentos constantes e dolorosos e resistindo a 33 cirurgias.

Freud foi agraciado com o "Prémio Göethe de Literatura", em 1930 e foi eleito Membro Honorário da "English Royal Society of Medicine" (1935).

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Freud: vida e obra

Hitler tornou-se o chanceler do Reich (1933). A Gestapo investigou a casa de Freud; prendeu e interrogou sua filha Anna durante um dia inteiro. Ameaçado pela ocupação nazi da Áustria (1938), Freud emigrou para a Inglaterra com sua família.

Quatro irmãs dele (Rosa, Mitzi, Dolfi e Paula), todas com quase 80 anos, foram deportadas para campos de concentração onde morreram.

Sigmund Freud faleceu aos 83 anos de idade, no dia 23 de Setembro de 1939, em Londres.

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Descobertas de Freud

Uma das mais importantes descobertas de Freud é a

de que há uma sexualidade infantil: o psiquismo humano forma-se a partir dos conflitos que, desde o nascimento, confrontam os instintos sexuais (a líbido) e a realidade.

Podemos dizer que, em termos psicanalíticos, nós somos o resultado da história da nossa infância.

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Descobertas de Freud

Outra descoberta importante é a de que a nossa mente consciente não controla todos os nossos comportamentos.

Mesmo os nossos actos voluntários, resultantes de uma deliberação racional, estão dependentes de uma fonte motivacional inconsciente.

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Descobertas de Freud

A descoberta do inconsciente trouxe uma revolução à Psicologia e à forma como esta encara o ser humano.

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Eros e Thanatos

O desejo e a insatisfação são elementos inerentes à nossa vida psíquica.

Todos os nossos comportamentos resultam duma fonte energética

inesgotável e cuja manifestação assume múltiplas formas...

Trata-se do núcleo instintivo que dá vida à nossa Psiqué, constituído por duas polarizações antagónicas: A líbido, o desejo sexual, a que Freud deu o nome de Eros. E o impulso de morte, ligado à agressividade (auto e hetero

dirigida), a que Freud deu o nome de Thanatos

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A infância

A nossa infância “persegue-nos” ao longo de toda a nossa vida, uma vez que é nesse período que a nossa personalidade se desenvolve.

Ao longo da infância o inconsciente vai dividir-se e dar origem às outras instâncias da Psiqué.

Por isso passamos por períodos de crise, de ruptura e de configuração

das nossas estruturas psíquicas. Por esta razão estamos sujeitos a traumas e a conflitos intra-psíquicos que ficam guardados no inconsciente e marcam a forma como nos relacionamos connosco mesmos e com os outros.

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O Inconsciente corresponde aos conteúdos instintivos, hereditários, da mente, bem como aos conteúdos recalcados ao longo da história de vida do indivíduo.

O Inconsciente não esquece nada, todos os incidentes da história de vida do indivíduo ficam aí retidos e guardam a mesma força e vivacidade

do momento em que foram vividos.

O Inconsciente é imune ao tempo.

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Os processos que estão na origem das neuroses, são idênticos aos que servem de fundamento à vida psíquica saudável, pelo que é possível usá-los para conduzir os pacientes à solução dos seus

conflitos psíquicos.

E esses conflitos marcam a nossa personalidade e tornam-nos

únicos. Por isso a Psicanálise assenta na análise das mensagens que o inconsciente dos pacientes envia à consciência, através dos

sonhos, dos actos falhados, das fobias e dos desvios comportamentais.

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A Primeira tópica Freudiana

Consciente

Pré-consciente

Inconsciente

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A estrutura da PsiquéO Consciente corresponde à dimensão racional da Psiqué. Ao nível do Consciente tomamos conhecimento da realidade exterior e, também, dos nossos conteúdos mentais não recalcados ao nível do inconsciente.Freud defendeu que a consciência abarca apenas uma dimensão da Psiqué.

Entre o Consciente e o Inconsciente, existe uma antecâmara, o Pré-consciente, que permite que alguns conteúdos do Inconsciente acedam à consciência, mas “travestidos”, “disfarçados”, por forma a evitar distúrbios ao nível do Consciente. Assim, os conteúdos de origem libidinal, ligados ao instinto sexual, podem aceder à consciência sob uma forma simbólica, não geradora de tensão.

O Inconsciente é, então, a mais importante instância da Psiqué, e a mais vasta. É aí que está a chave para a interpretação do sentido de todos os nossos comportamentos e, em geral, da nossa vida psíquica.

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A estrutura da Psiqué

Mas, para além disso, existe ummecanismo de segurança queimpede que os conteúdosameaçadores da sanidademental e da sobrevivência físicaou social do indivíduo acedam àconsciência: trata-se da barreirada Censura que é responsávelpelo recalcamento dessesconteúdos perigosos.

Esta instância daria lugar aosmecanismos de defesa do Ego,quando Freud desenvolveu asua teoria psicanalítica.

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A estrutura da Psiqué - a segunda tópicaO Id

O id (isso) é o termo usado para designar uma das três instâncias apresentadas na segunda tópica das obras de Freud.

Possui equivalência topográfica com o inconsciente da primeira tópica embora, no decorrer da obra de Freud, os dois conceitos:

id e inconsciente apresentem sentidos diferenciados. Constitui o reservatório da energia psíquica, onde se "localizam" as pulsões. Faz parte do aparelho psíquico da psicanálise

freudiana de que ainda fazem parte o ego (eu) e o superego (Supereu).

Formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes e regido pelo princípio do prazer, que exige satisfação imediata.

O id é inato.

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O Ego

O ego é a soma total dos pensamentos, ideias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo (da Psiqué), a qual tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante selecção e controlo, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do id.

Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objectos que possam satisfazer o id sem transgredir as exigências do superego.

Quando o ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele.

O ego forma-se, a partir do id, no primeiro ano de vida.

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O Superego

O superego tem uma actividade ao nível do inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos.

É a repressão, particularmente, a repressão sexual. Manifesta-se à consciência indirectamente, sob forma da moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, pela produção do "eu ideal", isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa.

O superego forma-se no final da fase fálica.

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Consciente: Contacto com o mundo exterior

Pré-Consciente: Material sob a superfície da consciência.

Inconsciente: Material muito abaixo da superfície da consciência. Não pode ser directamente acedido (pela consciência).

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Freud - teor ia da mot ivação

1 . To d a s a s n o s s a s m o t i v a ç õ e s s ã o p u l s i o n a i s .2 . A p u l s ã o é u m a f o r ç a o u e n e r g i a q u e t e m c o m o f o n t e u m a t e n s ã o o r g â n i c a c o n t í n u a e c o m o o b j e c t i v o a d e s c a r g a d a t e n s ã o a c u m u l a d a .3 . A l í b i d o ( d e s e j o s e x u a l ) é a p r i n c i p a l m a n i f e s t a ç ã o d a e n e r g i a p u l s i o n a l , p e l o q u e d e s e m p e n h a u m p a p e l p r e p o n d e r a n t e n o s n o s s o s c o m p o r t a m e n t o s .4 . A n ã o l i b e r t a ç ã o d a s e n e r g i a s p u l s i o n a i s a c u m u l a d a s ( n a m a i o r p a r t e d a s v e z e s p e l a i n t e r v e n ç ã o d o s u p e r e g o ) g e r a c o n fl i t o s i n t r a p s í q u i c o s q u e c o n d u z e m à a n s i e d a d e e à n e u r o s e .5 . S e a s a í d a n o r m a l ( p a r a a l i b e r t a ç ã o d e s s a s e n e r g i a s ) e s t i v e r b l o q u e a d a , a l i b e r t a ç ã o t e n d e r á a r e a l i z a r - s e p o r o u t r a s v i a s .6 . E x i s t e u m c o n j u n t o d e m e c a n i s m o s d e d e f e s a d o e g o q u e p e r m i t e m r e s o l v e r o s c o n fl i t o s i n t r a p s í q u i c o s , g a r a n t i n d o o e q u i l í b r i o p s í q u i c o d o i n d i v í d u o .

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São estratégias inconscientes de resolução de confl itos intra-psíquicos e da redução das energias pulsionais que estão na sua origem.

Mecanismos de Defesa do Ego

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Reca lcamento – mecan i smo de repre ssão de pe nsamentos , r ecordaçõe s , se n t ime ntos , pu l sões e de se j os que , por p rovocarem ans i edade e porem em causa o equ i l í b r i o i n t ra -ps íqu i co , são exc lu ídos da consc i ê nc i a e mant idos no i nconsc i en te .

R aciona l i zação ( ou i n t e l ec tua l i zação ) – é um con jun to de e s t ra té g ias de j us t ifi cação de compor tamentos , pensamentos , t e ndênc ias ps íqu i cas , l óg i cas e f o rmu ladas a pos t e r i o r i , com o fi m de e v i t a r se n t imentos de i n fe r i o r i dade que ponham em r i sco a au to -e s t ima .

Pro jecção – t endênc ia que os se res humanos t êm para a t r i bu i r aos ou t ros , compor tame nt os , sen t imentos e de se j o s que , sendo de l e s p rópr i o s , são mu i t as ve zes t i dos como inace i t áve i s .

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Mecanismos de Defesa do Ego

Deslocamento – Mecanismo libertador que ocorre quando um indivíduo, não

podendo atingir determinado objecto, o substitui por outro, sobre o qual descarrega as suas tensões acumuladas.

Regressão – Mecanismo segundo o qual o indivíduo adopta formas de conduta

próprias de estádios anteriores de desenvolvimentos (em que o indivíduo se sentia em segurança).

Compensação (ou formação reactiva) – Mecanismo de defesa contra qualquer tipo de inferioridade fisiológica ou psicológica, seja ela real ou não, que consiste na adopção de comportamentos contrários ao desejo.

Sublimação – Mecanismo que consiste uma actividade social e moralmente inaceitável por outra, moral e socialmente aceitável..

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O desenvolvimento psicossexual

Sigmund Freud perspectiva o desenvolvimento psicossexual em quatro fases e um período:

● Fase oral (0-2 anos – aprox.)

● Fase anal (2-3 anos – aprox.)● Fase fálica (3-5 anos –

aprox.)● Período de latência ( 6 anos

até à puberdade).● Fase genital – a partir da

puberdade.

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Fase oral(0 aos 2 anos – aproximadamente)

A fase oral pode-se subdividir em duasfases, uma primitiva e outra tardia, quecompreendem, respectivamente, o 1º e o 2ºano de vida.

A região buco-labial é a zona erógena destafase que é constituída por duas actividades,a sucção e o morder. A primeira relação que o bebé tem com a mãe e a exploração de objectos é feita através da

boca. Na fase tardia , com o aparecimento dosdentes, a sucção transforma-se em morder.

Segundo Freud, é ao longo desta fase que oEgo se diferencia do Id, visto que o início dasua actividade tem a ver com o princípio doprazer (ex: o mamar que gera prazer — assim,o seio materno é o primeiro objecto sexual doindivíduo).

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Fase anal(2 aos 3 anos - aproximadamente)

Entre a fase oral e a fase anal existe um deslocamento das zonas erógenas.

Agora a zona erógena dominante é a região anal, à qual estão ligadas duas actividades: a retenção e a expulsão das fezes.

O adulto educa a criança para que esta tenhacontrolo esfincteriano. Inicialmente parece não haver controlo por

parte da criança; só quando ela atinge uma certa maturação biológica do esfíncter, é que pode controlar a situação. Assim, ela pode reter as fezes ou não, começando a ter algum poder, podendo dar satisfação ou não a quem a rodeia.

Seguindo este comportamento da criança, vê-se que

o Ego já está formado. Em relação ao Id, tornou-se capaz da atrasar a

satisfação das pulsões e de afastar algumas.Devido a imposições e com medo da punição, acriança começa a interiorizar certas regras

comportamentais. Começa-se a formar o Superego.

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Fase fálica(3 aos 5/6 anos – aproximadamente)

Nesta fase o a zona erógena são os órgãos genitais; no rapaz o pénis e na rapariga o clitorís. São frequentes as experiências genitais, como por exemplo a masturbação.

A sexualidade infantil que até agora era auto--erótica, começa a ter um objecto: o pai ou a mãe. Assim, com a escolha amorosa de um dos pais, do sexo oposto ao da criança, surge o complexo de Édipo. Este complexo surge acompanhado de sentimentos de afeição ,e de rivalidade.

A resolução do complexo de Édipo vai permitir à criança libertar-se da relação forte que tem face ao progenitor do sexo oposto (filho-mãe; filha-pai), provocando novos relacionamentos com outras pessoas.

A forma como o complexo de Édipo é resolvida poderá condicionar todas as futuras relações.

No final desta fase constitui-se o Superego, última instância do aparelho psíquico.

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Período de Latência(6 anos à puberdade)

Durante este período, o desenvolvimento sexual sofre uma paragem. A criança investe os seus interesses na escola e amigos e

nos aspectos sociais que mais lhe interessam.Ocorre um abrandamento da líbido e

dá-se um fenómeno a que Freud chama:” amnésia infantil”.

As energias do Id são investidas na socialização.

Ao mesmo tempo, o Superego desenvolve-se devido a recalcamentos de tendências repreensíveis (vergonha, nojo, moral).

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Fase Genital(puberdade ao final da adolescência)

As zonas erógenas passam a ser todas as que estiveram activas nas fases anteriores; atingindo o indivíduo nesta fase a maturação sexual.

O Ego tenta lutar contra as pulsões do Id. Podem reaparecer as tendências recalcadas, como por exemplo o complexo de Édipo, que terá de ser superado. O adolescente dirige a sua líbido para os seus pares.

Para a Psicanálise, é o modo como o indivíduo consegue resolver os problemas, nestas fases, que vai determinar as características fundamentais da personalidade que persistirão até ao fim da sua vida.

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FIM