siga seu caminho sem apegar-se

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  • 8/20/2019 Siga seu caminho sem apegar-se

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    Aqueles que praticam meditação ou religião não devem se prender com apego a qualquer ideia.

    Ideias fixas não são um fenômeno externo. Nossas mentes com frequência grudam em quecoisas que parecem boas, mas isso pode ser extremamente perigoso. Nós aceitamos muitofacilmente coisas que acamos serem boas! "#, meditação $ muito bom." % claro, meditar $ bom se você entende o que ela $ e a pratica corretamente& você pode definitivamente encontrarrespostas para quest'es sobre a vida. # que eu estou di(endo $ que o que quer que você faça nocampo da filosofia, doutrina ou religião, não se grude a ideias& não se)a apegado a seu camino.

    *e novo, eu não estou falando sobre ob)etos externos& eu estou falando sobre fenômenosinternos, psicológicos. +u estou falando sobre desenvolver uma mente saudvel, desenvolver oque o -udismo cama de conecimentocompreensão indestrut/vel.

    Algumas pessoas aprecisam suas meditaç'es e a satisfação que ela tra( mas ao mesmo tempo se prendem fortemente 0 ideia intelectual disso! "#, meditação $ tão perfeita para mim." % amelor coisa no mundo. +u estou conseguindo resultados. +u estou tão feli(." 1as como elesreagem se algu$m desmerece a prtica deles2 3e eles não ficaram incomodados, isso $fantstico. Isso mostra que eles estão reali(ando suas prticas religiosas ou meditativascorretamente.

    *e forma similar, você pode ter uma grande devoção 0 *eus ou -udda ou alguma coisa baseada em uma compreensão profunda e uma grande experiência e estar cem por cento certodo que você est fa(endo, mas se você tem o m/nimo de apego 0s suas ideias, se algu$m di(,"4ocê $ devoto de -udda2 # -udda $ um porco5" ou "4ocê acredita em *eus2 *eus $ piorque um cão5" 4ocê vai sair do s$rio completamente. 6alavras não tornar o -udda num porcoou *eus num cacorro, mas mesmo assim, seu apego, sua mente idealista surta totalmente! "#,+u estou tão ofendido5 7omo você ousa di(er coisas assim2"

     Não importa o que qualquer um diga -udda $ bom, -udda $ mal a nature(a caracter/stica

    absolutamente indestrut/vel do -udda permanece intocada. Ningu$m pode aumentar oudiminuir o valor dele. % exatamente a mesma coisa quando as pessoas di(em que você $ bom oumau& indiferente do que eles di(em, você permanece o mesmo. As palavras aleias não podemmudar sua realidade. 6or isso, por que você tem altos e baixos quando as pessoas de elogiam oute criticam2 % por causa do seu apego& sua mente grudenta& suas ideias fixas. 8ena certe(a quevocê est ciente disso.

    7eque. % muito interessante. 7eque sua psicologia. 7omo você reage se algu$m te di( quetodo o seu camino $ errado2 3e você verdadeiramente entende a nature(a de sua mente, você )amais reagir a esse tipo de coisa, mas se você não entende sua própria psicologia, se vocêalucina e $ facilmente magoado, você ir rapidamente se deparar com sua pa( mental perturbada. Isso são somente palavras, ideias, mas você $ tão facilmente incomodado.

     Nossas mentes são incr/veis. Nossos altos e baixos não tem nada a ver com a realidade, nada aver com a verdade. % muito importante entender a psicologia disso.

    % comum para nós pensar que nosso próprio camino e ideias são boas, possuem valor e são perfeitas, mas ao focarse excessivamente nisso, nós inconscientemente pomos pra baixo outroscaminos e ideias.

    8alve( eu pense, "Amarelo $ uma cor fantstica," e eu explique a você em grandes detalescomo o amarelo $ bom. +ntão, por causa de todas as minas ra('es lógicas, você tamb$mcomeça a pensar, "Amarelo $ bom& amarelo $ a cor perfeita." 1as isso automaticamente causacrenças contraditórias, "A(ul não $ tão bom& vermelo não $ tão bom," surgirem na sua mente.

    9 duas coisas em conflito uma com a outra. Isso $ comum, mas $ um erro, especialmentequando tem a ver com religião. Nós não dever/amos permitir tais contradiç'es em nossa mente

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    onde ao aceitar uma coisa, nós automaticamente re)eitamos outra. 3e você cecar, você ver quenão $ que você este)a cegamente seguindo algo exto mas que sua mente $ muito extremista emuma direção. Isso automaticamente coloca o outro extremo em oposição, e conflito entre os doisdesequilibra sua mente e perturba sua pa( interior.

    Isso $ como favorecimento religioso surge. 4ocê di(, "+u pertenço 0 esta religião," e quando

    você se encontra com outra pessoa pertencente a outra, você se sente inseguro. Isso quer di(erque sua sabedoriaconecimento $ fraca. 4ocê não entende a verdadeira nature(a de sua mente ese prende a um ponto de vista extremista. Não permita que sua mente fique polu/da dessamaneira& tena certe(a que você est mentalmente saudvel. Acima de tudo, o propósito da prtica da religião, -udismo, *arma, meditação ou qualquer outra coisa que você queiracamar $ para que você leve sua mente para completamente longe de atitudes mentaiscontraditórias e doentias.

    # próprio -udda exortou seus alunos que ele estava ensinando a praticar sem apego. Apesardele ter ensinado um m$todo preciso e incrivelmente universal, ele fe( seus alunos prometeremnão serem apegados a seus ensinamentos, ou a reali(aç'es, pa( interna, niverna ou a própria

    iluminação.Alcançar libertação do apego $ uma coisa muito dif/cil, especialmente em uma sociedadematerialista. % quase imposs/vel para você lidar com coisas materiais sem apego e isso fa( comque você traga uma atitude pega)osa com relação a assuntos espirituais. 1as mesmo que se)adif/cil, você precisa cecar como a psicologia de -udda oferece a você uma sa:de mental perfeita, livre de extremos disso ou daquilo.

    +m nossa vida ordinria, samsrica, mundana, nós tão facilmente ficamos apegados e presos acoisas que gostamos, e ningu$m )amais nos di( para evitar o apego. 1as -udda, mesmo queele tena oferecido a seus alunos o a forma suprema de alcançar o ob)etivo supremo, ele semprealertou seus alunos a nunca serem apegados a nada disso. +le disse "3e você tem o m/nimo

    apego a mim ou a meus ensinamentos, você não $ somente psicologicamente doente mas vocêtamb$m ira destruir qualquer cance que você tena de alcançar uma iluminação completa e perfeita.

    Al$m disso, ele )amais disse 0s pessoas para serem favorveis a seu camino ou que seguir seucamino era bom e seguir o camino de outros era ruim. *e fato, um dos votos bodisattva queele fe( seus seguidores tomarem $ a promessa de não criticar os ensinamentos de outrasreligi'es. 7onfira porque ele fe( isso& isso mostra o quão perfeitamente ele entendeu a psicologia umana. 3e fosse um de nós, nós estar/amos di(endo, "eu estou ensinando o maissupremo e perfeito m$todo. 8odos os outros não são nada." Nós tratamos o camino espiritualna exata maneira competitiva que nós tratamos buscas materiais, e se nós continuamos agindo

    dessa maneira, nós nunca seremos mentalmente saudveis ou descobriremos o nirvana, ouiluminação pac/fica e duradoura. # que, etnão, $ o ponto de nossa prtica espiritual2

    7eque. 1esmo em suas atividades e relaç'es samsricas e mundanas, o momento que vocêtem uma ideia ou escole alguma coisa, "isso $ tão bom," uma contradição automaticamentevem 0 sua mente. ;uando você est amando da maneira mundana, ego/sta, ceque para ver sesua mente $ muito extremista ou não& você ir descobrir se $ ou não.

    *e forma similar, você deve tamb$m evitar extremos ao praticar seu camino espiritual. % claro,isso não deve impedir que você pratique *arma, ou meditação& você ainda tem que agir.Apenas pratique de acordo com seu n/vel de compreensão.

    Isso tamb$m não significa que sua mente deve estar fecada para outras religi'es. 4ocê podeestudar qualquer religião& você pode conferir cada uma. # problema $ que quando você escoleuma religião particular, você fica tão extremista sobre as ideias dela e então despre(a as outras

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    religi'es e filosofias. Isso acontece porque você não sabe o propósito da religião, o porque delaexistir e como praticar. 3e você soubesse, você )amais se sentiria inseguro sobre outras religi'es. Não saber a nature(a das outras religi'es ou o propósito delas fa( com que você sinta medo de praticantes de outros caminos. 3e você entende que a mente de diferentes pessoas necessita dem$todos e soluç'es diferentes, você ver o porquê de aver uma necessidade por tantas

    religi'es.% realmente vlido para você entender esta psicologia bsica. +ntão, mesmo em sua vida diria,quando as pessoas di(em que você $ bom ou mau, você não ter altos e baixos& você ir saberque não $ o que as pessoas di(em ou falam que fa(em você bom ou mau. 3e, entretanto, você seencontrar tendo altos e baixos pelo que as pessoas di(em, você deve reconecer que isso estacontecendo porque sua mente est polu/da& você não est vendo a realidade. 6or causa disso,seus pensamentos relativos, mundanos estão taxando coisas como boas ou ms e sua mente estem resposta tendo altos e baixos. 3eus altos e baixos surgem quando sua mente fa( com quevocê acredite que tais coisas são realmente boas ou ruins. Isso $ porque você tem altos e baixos.

    3e você se recusa a acreditar nesta visão superficial, não aver mais ra(ão para você ter altos e

     baixos quando algu$m di( "bom" ou "ruim." 6alavras não são a realidade& ideias não sãorealidade. +squeça a nature(a definitiva de sua mente& 3e você entende mesmo a nature(arelativa dela, não forma de algu$m fa(er você ter altos e baixos com o que eles di(em.1esmo com esse n/vel mais superficial de compreensão, você descobre um grau de verdadedentro de você mesmo.

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     precisa de tempo para absorver qualquer ideia. 3e você realmente quer ensinar alguma coisa para algu$m, você tem que espear at$ que a pessoa este)a pronta e então faça isso. 3e a mente dealgu$m não est pronta, você não deveria tentar empurrar suas ideias religiosas para aquela pessoa, não importa o quão forte se)a sua crença nelas. % como dar uma )o/a preciosa para uma pessoa prestes a morrer.

    1uitas religi'es ensinam a import>ncia do amor universal, mas a questão $, como desenvolverisso dentro de você mesmo. 4ocê não pode concreti(ar amor universal simplesmente recitando"amor universal, amor universal, amor universal." 6ortanto, como você alcança essa reali(ação2

    *e acordo com -udda, o primeiro passo $ desenvolver uma mente equilibrada em direção atodos os seres viventes& antes que você consiga alcançar amor universal, você tem que sentirequil/brio com todos os seres viventes no universo. 6or isso, a primeira coisa a fa(er $ treinarem equil/brio, e você est apensa sonando se você pensa que você pode desenvolver amoruniversal sem isso.

    6or outro lado, você aca que amor universal $ uma ideia maravilosa, mas ao mesmo tempovocê $ fantico sobre a religião que você adotou. 4ocê tem a ideia fixa, "+ssa $ a minareligião." ;uando algu$m de outra f$ fica perto, você se sente desconfortvel& conflito emsua mente. +ntão onde est seu amor universal2 Apesar de você acar que isso $ fantstico, vocênão consegue manifestar porque sua mente est desiquilibrada. 6ara que amor universal apareçaem sua mente, você tem que desenvolver o sentimento de equilibro com todos os seres viventesno universo.

    1as $ mais fcil falar do que fa(er isso, por isso talve( eu devesse explicar como desenvolverequil/brio. Nós desenvolvemos equil/brio ao sentarmos em meditação. 4isuali(e em frente devocê uma pessoa que te fa( ficar agitado& algu$m que você não goste. 4isuali(e atrs de você a pessoa com quem você tem mais apego. + visuali(e ao redor de você as pessoas com quem vocêse sente indiferente& aqueles que não são amigos, parentes ou inimigos. #le pare estas três

    classes de pessoa amigo, inimigo e estrano e medite& ve)a como você se sente sobre cadaum. ;uando você ola para um amigo querido, uma sensação de apego aparece& você quer irnaquela direção. ;uando você ola para a pessoa que te magoa ou que te incomoda, você querse distanciar& você re)eita aquela pessoa.

    +ssa $ uma forma muito simples de cecar como você se sente sobre diferentes pessoas& não $tão complicado. 3omente visuali(eas e ve)a como você se sente. +ntão pergunte a si mesmo,"6orque eu sinto coisas diferentes sobre pessoas diferentes2 6or que eu quero a)udar a pessa queeu gosto e não aquela que eu odeio2" 3e você for onesto, você ir descobrir que suas respostassão reaç'es completamente irracionais de uma mente iludida.

    # que isso quer di(er $ que você não precisa necessariamente entender a nature(a impermanente

    das relaç'es umanas. Aqueles que conecem a real e verdadeira nature(a da mente umanaentendem que relacionamentos são completamente mutveis e que não tal coisa como umarelação permanente& $ imposs/vel. Apesar que você gostaria disso. 1as confira toda a istória davida na 8erra, do momento em que ela começou at$ agora! onde est este relacionamento permanente2 ;uando ) ouve uma relação permanente sequer2 +la ainda deveria estar aqui.1as ela não est, não existe tal coisa.

    1ais ainda, seu )ulgamento de pessoas como amigos, inimigos ou estranos $ um conceitocompletamente errado. 6ara começar, esse )ulgamento $ baseado em ra('es totalmente ilógicas.Independente de suas ra('es, seus sentimentos de "+u gosto dele, eu não gosto dela" sãototalmente ilógicos. +les não tem absolutamente nada a ver com a verdadeira nature(a tanto do

    su)eito quanto do ob)eto.

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    Ao )ulgar as pessoas da maneira como você fa(, você $ como uma pessoa que tem duas pessoasextremamente sedentas vindo 0 sua porta implorando por gua, e então você arbitrariamenteescolendo uma, "4ocê, por favor entre," e re)eitando a outra! "4ocê, v embora." % exatamenteassim que você $. 3e você realmente cecarse com uma introspectiva sabedoriaconecimento,você ver que seu )ulgamento de bom e mal vem da preocupação unicamente por seu próprio

     pra(er ego/sta e nunca pelo pra(er de outros.7onfira! visuali(e todos os seres viventes universais ao seu redor e perceba que igualmente,assim como você, todos eles querem felicidade e não querem infelicidade. 6or isso, não ra(ão para fa(er a distinção psicológica entre amigo e inimigo, querendo a)udar o amigo comapego extremo, e querendo abandonar o inimigo incômodo e gerador de conflito com extremodesgosto. +sse tipo de mente $ completamente não realista, ) que como a mente umanainsatisfeita tem altos e baixos, esses tipos de relacionamentos naturalmente mudam.

    1esmo se você realmente quisesse se sentir irritado com algu$m, $ com a mente iludida daquela pessoa que você deveria estar cateado, não com seu corpo f/sico. A mente dele estdescontrolado& ele não tem escola. ;uando ele ataca você, ele est sendo levado por um apego

    ou raiva descontrolados& $ disso que você deveria estar com raiva.3e algu$m te atropela com um carro, você não fica com raiva do carro, não $2 4ocê ficacateado com o motorista. % exatamente a mesma coisa. # motorista interior $ a menteinsatisfeita da pessoa, não os sintomas de suas emoç'es. 6or isso, não $ o próprio inimigo mas $das ilus'es dele que você deveria sentir raiva. # que uma pessoa di( ou fa( $ simplesmente umsintoma do que est na mente dele.

    *e qualquer forma, essa $ a abordagem para se desenvolver equil/brio, e quanto mais você praticla, mais você ir perceber que na realidade, não ra(ão para distinguir seres sencientesentre amigo, inimigo e estrano baseado nos extremos de apego e ódio& somente uma mente quenão est saudvel fa( assim. + quando você realmente experimentar equil/brio, você ficar

    maravilado em como a sua visão sobre inimigos vai mudar. A pessoa que deixou agitado eincomodado aparecer completamente diferente não porque ele mudou mas porque a suamente mudou& você mudou sua própria percepção. Isso não $ um conto de fadas& isso $realidade.

    ;uando você muda sua atitude, sua visão do mundo sens/vel muda da mesma maneira. ;uandosua mente est enevoada, o mundo ao seu redor parece em n$voas& quando sua mente estl/mpida, o mundo ao seu redor parece belo. 4ocê sabe disso a partir de sua própria experiência.3ua visão do mundo vem de sua mente& $ um reflexo de sua mente. Não uma coisa permanente e perfeitamente boa no mundo. #nde você poderia encontrar tal coisa2 %imposs/vel.

    4ocê tem que conecer sua própria psicologia, como sua mente funciona, como você discriminaseres sencientes por causa de ra('es ilógicas e não realistas. 6or isso, você precisa meditar. 6aradescobrir o amor universal dentro de sua mente, você tem que desenvolver um sentimento deequil/brio em relação a todos os seres viventes no universo. Assim que você desenvolverequil/brio, você não tem que se preocupar com amor universal& ele vir automaticamente. %assim a maneira como a psicologia umana funciona. Não $ algo que você se)a capa( de forçar!"o, amor universal. +u me torno você, você se torna eu." # que $ isso2 Não pense dessa forma.

    ;uando sua mente est em equil/brio com um sentimento idêntico por todos os seres viventes,você automaticamente ser feli(. 4ocê não tem que di(er, "+u preciso ser feli(." 4ocêautomaticamente ser pac/fico e feli(, e mais ainda, seu corpo e sua fo( irão gerar uma vibração

     pac/fica que ir automaticamente beneficiar os outros, al$m das palavras. 6ara qualquer lugarque você for, vibraç'es estarão com você. 1as $ imposs/vel atingir esse n/vel sem meditação.

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    3em meditar, você não consegue livrar qualquer apego que se)a, se)a espiritual ou material emenos ainda ser capa( de experimentar amor universal.

    A forma 1aa?aa de levar a mente 0 iluminação $ gradual. 7omo foi visto, como um pr$requisito para desenvolver amor universal, nós primeiro temos que desenvolver equil/brio.-aseado nisso, nós geramos a mente iluminada do bodisattva, bodicitta, e assim feito, nosso

    dever $ concreti(ar as seis perfeiç'es da caridade, moralidade, paciência, esforço, concentraçãoe sabedoria.

    8odas as religi'es enfati(am a import>ncia da caridade, mas a abordagem de -udda difere damaioria pois o que ele explica $ principalmente o aspecto psicológico de doar e não est tãointeressada nas quest'es externas disso. 6or que2 6orque a perfeição de doar $ concreti(adasomente quando nós livramos completamente a mente do apego que tra( mis$ria, e isso $ umacoisa puramente mental.

    1uitas pessoas pensam, com arrog>ncia e orgulo, que elas são religiosas porque elas doam ummonte de coisas materiais, mas isso $ muito superficial. 8ais pessoas não tem ideia nenuma daessência da caridade& somente uma noção vaga de que caridade $ uma coisa boa. +les naverdade não sabem o que ela $. +nga)arse na prtica da caridade do bodisattva $ algo muitodif/cil& isso deve ser feito sem qualquer traço de avare(a.

    1uitas pessoas doam com orgulo e apego. Isso não $ caridade& $ somente ego e, basicamente,não uma virtude. A prtica da caridade do boddisatva ou, em fato, qualquer das seis perfeiç'es tem que incluir as outras cinco. +m outras palavras, caridade deve ser praticada )untamente com moralidade, paciência, energia, concentração e sabedoria especialmente esta:ltima. Nós precisamos ter uma compreensão profunda sobre o va(io no que nós camamos oc/rculo dos três! os va(ios do ob)eto que nós estamos doando, da ação de doar e do recebedor denosso presente. 3e nós doarmos sem tal compreensão, essa doação não $ ben$fica nem perfeitae, mais ainda, pode tra(er uma reação conflituosa.

    6or exemplo, se nós não estamos livres do apego, $ poss/vel que nós doemos algo para algu$mo)e, e amanã estar pensando, "+u queria não ter dado a ele aquilo& agora eu preciso daquilo."+sse tipo de doação não tem nada a ver com religião.

    % poss/vel vermos pessoas fa(endo caridade e pensarmos o quão maravilosamente generososeles são, mas tudo o que vemos $ a ação externa. Nós não vemos a motivação interna deles, aqual pode ser totalmente fren$tica e ego/sta. A definição verdadeira de doação religiosa $ feitaobservando a atitude mental do doador, não as suas aç'es f/sicas.

    3e a sua doação enfraquece suas atitudes negativas perturbadoras e tra( mais pa( e compreensão para a sua mente, $ religiosa, mas se isso serve meramente para aumentar suas ilus'es, $ melor

    que você não faça caridade, não importa como isso apareça pelo lado de fora. 6orque fa(er algoque agrava mais ainda a sua mente ) agitada2 3e)a realista& saiba o que você est fa(endo.

    3e você fa( sua prtica espiritual com compreensão, isso ter realmente valor e eficcia e traros resultados que você busca.

    1esmo simplesmente sentindo equil/brio com todos os seres viventes sem discriminar osoutros como sendo amigo, inimigo e estrano pode tra(er a você uma grande felicidade elibertação da insegurança.

     Nós com freq@encia nos sentimos incomodados pelos outros, mas nós temos que perceber quevêlos como inimigos vem de nós, não deles. Não existe tal coisa como ) nascido inimigo. Nós

    que criamos tudo isso. Não tal coisa como mal permanente. # mal verdadeiro $ a mentenegativa que pro)eta o mal para fora& uma mente positiva ir taxar a mesma coisa de bom. Ascoisas sempre mudam& mal permanente $ totalmente não existente.

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    Al$m disso, quando nós estamos deprimidos, nós pensamos "+u sou mau, eu sou negativo, eusou pecador," mas isso não fa( sentido nenum& $ um extremo exagerado. Nós temos tanto o positivo quanto o negativo dentro de nós& $ simplesmente uma questão de qual $ o mais forte emum certo momento. % isso o que nós temos que cecar. 6or isso, quando a nossa mente nos dtrabalo, $ um sinal de que nós estamos pensando em extremos.

    Isso $ de onde a meditação vêm. 1editação quer di(er investigar a mente para ver o que estacontecendo. ;uando nós fa(emos isso adequadamente, nós purificamos e tra(emos pa( paranossa mente desequilibrada. +ssa $ a função da meditação& essa $ a função da religião. 6or isso,nós dever/amos meditar tão corretamente quanto for poss/vel.

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    % extremamente dif/cil praticar o *arma de tal forma que ele diminua suas ilus'es, mas sevocê consegue, $ a coisa mais valorosa de todas& isso ir realmente sacudir o seu ego. 1esmoum pequeno ato de doação de caridade motivado pela intenção de concreti(ar uma iluminaçãoduradoura e pac/fica pode ser incrivelmente efetiva e realmente despedaçar seu apego.

    +xistem três tipos de caridade! doação de ob)etos materiais, doação de conecimentosabedoria

    e salvar outras pessoas de perigos. 4ocê deveria fa(er qualquer um desses que você puder, comtanta compreensão quanto for poss/vel, de acordo com sua abilidade.

    A meta definitiva da caridade $ a iluminação perfeita, por isso você deveria dedicar seus atos decaridade para este ob)etivo. 1as nós não fa(emos isso, fa(emos2 3e algu$m est com frio, nóssomente )ogamos pra ele um cobertor ;uente o bastante2 #=, ótimo." e deixar por isso mesmo.3e algu$m est com sede, nós simplesmente damos uma bebida "1atou a sede2 #=, ótimo." eisso $ o fim da istória. Nossas metas são tão temporais e de curta visão que o nosso doar tornase somente outra viagem material. Nossa compreensão sobre a caridade $ muito superficial. Aoinv$s disso, nós dever/amos a)udar os outros com necessidades temporais com a compreensãode que para alcançar iluminação, eles precisam de uma mente e corpo sadios, e doar para a)udar

    a prtica do *arma deles, dedicando nosso m$rito para a iluminação de todos os seressencientes.

    +u não estou sendo negativo& +u estou falando sobre o )eito como nós somos. + eu estou certoque se você pratica adequadamente, você pode definitivamente alcançar uma iluminaçãoduradoura e pac/fica. 1as mesmo esquecendo sobre isso, se você praticar direito o)e, amanãvocê ir ficar automaticamente mais pac/fico& se você medita corretamente pela manã, o seudia todo ser mais flu/do. 4ocê pode facilmente experimenta a verdade disso. +ntretando, atingir iluminação atrav$s da meditação, da prtica das seis perfeiç'es e o avanço atrav$s dos de(estados bodisattva $ um processo gradual.

    ;uando finalmente nos tornamos iluminados, nós não mais teremos sentimentos de

     parcialidade. 3e -udda tivesse uma pessoa furiosamente apunalando seu braço direito comuma faca e outra devotadamente ungisse seu braço esquerdo com óleo, ele não teria ódio por ume um dese)o de apego pelo outro. +le iria sentir amor idêntico pelos dois o amor que uma pessoa iluminada sente pelos outros $ universal e completamente imparcial.

     Nosso amor, entretanto, $ completamente ego/sta. Nós nos apegamos a pessoas que são boasconosco e não gostamos daqueles que nos tratam mal. Nossas mentes são extremamentedesequilibradas.

    1ina conclusão $ que não dever/amos ser apegados a coisa alguma, nem mesmo nossareligião, muito menos em coisas materiais. Nós dever/amos praticar nosso camino espiritualentendendo a realidade dele e como ele tem a ver com a gente como indiv/duos. +ssa $ a forma

    de descobrir amor universal, livre de sentimentos inseguros e partidrios tais como, "+u sou budista," "+u sou cristão," "+u sou indu" ou qualquer outra coisa. Não importa o que nóssomos& cada um de nós tem que encontrar o camino que sirva para nós como indiv/duos.

    Algumas pessoas gostam de arro(& outras gostam de batatas& outras gostam de alguma outracoisa. *eixe que as pessoas comam o que quiserem, o que quer que satisfaça seus corpos. 4ocênão pode di(er, "+u não gosto de arro(& ningu$m deveria comer arro(." % a mesma coisa comreligião.

    3e você tem esse tipo de compreensão, você nunca ir ser contra qualquer religião. 6essoasdiferente precisam de caminos diferenes. *eixeos fa(er o que eles precisam fa(er. 1asinfeli(mente, nossas mentes limitadas não são tão relaxadas assim. Nós pensamos, "minareligião $ a melor, o :nico camino. 8odas as outras estão erradas." 1anter tais pr$ concepç'esfixas quer di(er que nós estamos doentes. Não são as religi'es que estão com problemas& são

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    seus seguidores. 6or isso, se você quer ser psicologicamente saudvel, entenda o seu camino ea)a corretamente e reali(aç'es surgirão naturalmente a seu tempo.

    Agora, antes que eu termine, eu quero deixar algo muito claro. +u não estou criticandoningu$m& +u não estou colocando a prtica de ningu$m para baixo. 1as o)e em dia, a maioriade nós cresce em sociedades que não oferecem muitas oportunidades para o estudo s$rio e a

     prtica da religião. 6or isso, $ importante que quando você pratica o *arma, você assim fa(adequadamente e não transforme sua prtica em somente outra perseguição mundana. # mundomoderno acredita que o desenolvimento material $ extremamente importante e d um poucaatenção ao desenvolvimento de uma mente pac/fica. % claro, se algu$m realmente perguntar avocê, "4ocê aca que perseguiç'es espirituais são importantes2" você v di(er, "3im, mas..."3empre um "mas, mas, mas" envolvido. Isso mostra o que nós realmente somos.

    ;. 3e nós não tivermos muitos monges na $poca e lugar em que nascemos, isso $ resultado decarma ruim2

    ama. +u não aco isso. % a mesma coisa que di(er que $ um carma ruim não ser um monge. Não $ bem assim. 4ocê não tem que ser um monge ou mon)a para ser reconecido. 4ocê não pode di(er que pessoas em mantos são superiores do que aqueles que não que não os usam.4ocê não pode )ugar coisas dessa maneira. Isso $ com o indiv/duo, completamente. 8alve( você possa di(er, entretanto, que $ um carma individual ruim verse em uma situação em que vocênão consegue entender sua própria mente e atitudes mentais ou descobrir verdadeira pa( interior e satisfação.

    ;. ama, quando nós estamos praticando meditação, como nós podemos saber que o pensador eo pensamento são a mesma coisa2 ;ue o pensador $ o pensamento& que o pensador não $separado do pensamento2

    ama. Belativamente, o pensador não $ o pensamento. # pensador $ somente "nome" e, nesse

    momento, pensamento $ somente "funcionando." 1as se você $ capa( de completamenteintegrar você mesmo com seus pensamentos quando você est meditando, isso $ uma boaexperiência. 6or$m, do ponto de vista da verdade relativa e da compreensão cient/fica, pessoa e pensamento são diferentes. 4ocê não $ pensamento. 1esmo se em meditação você sente uniãocompleta com seu pensamento, ainda assim você e seu pensamento não são a mesma coisa.Apesar que no n/vel absoluto unidade, relativamente a diferença. 1as quando vocêmedita, se você sente uma união completa com todos os fenômenos universais, se você senteque seu ser f/sico $ como um :nico tomo mas sua nature(a $ totalmente unificada com aenergia do universo todo, isso $ uma boa experiência.

    Al$m disso, quando você est tentando se concentrar em alguma coisa e outros pensamentoscontinuam vindo, ao inv$s de re)eitlos, tentando mandlos para longe pense! "4ocê $ bem

    vindo," e investigue esses pensamentos com conecimentosabedoria penetrante e introspectivo,olando para a nature(a da realidade dos seus pensamentos. 6ensamentos são bobos& quandovocê ola para eles, eles desaparecem. +les só estão brincando& quando você os analisa, elesdesaparecem. At$ agora, quanto mais você tentou mandlos embora, mais eles continuaramvindo at$ você. 8ente recebêlos bem.

     Na verdade, observar seus pensamentos $ muito mais interessante do que assistir 84. 84 $entediante& $ a mesma coisa vela toda ve(. ;uando você observa sua mente, coisasincrivelmente diferentes aparecerão. 4ocê tem uma fantstica coleção de memórias& depois detodos esses anos, mesmo memórias de inf>ncia surgem. 84 nunca $ tão interessante assim.

    ;uando você entende a maneira como a sua mente trabala, isso $ começo do controle. 4ocê ir parar de ficar triste quando pensamentos aparecem& psicologicamente, você ir saber o que elessignificam. Algu$m que não tem qualquer ideia do que a mente $ ou como ela funciona entra em

  • 8/20/2019 Siga seu caminho sem apegar-se

    10/10

    coque quando a mente inconsciente subitamente se manifesta no n/vel consciente! "#5 # que$ isso2" ;uando você entende sua mente e o que est nela, você espera que coisas assimaconteçam. 4ocê entende a nature(a de sua mente e tem uma solução para o lado sombrio dela.3e você pensa que você $ completamente puro e então subitamente uma mente feia aparece,você surta. 6or$m, você tamb$m tem que entender que você não $ completamente negativo. 3ua

    metne tem tanto uma nature(a positiva quanto negativa. 1as $ tudo relativo, indo e vindo comoas nuvens do c$u. 1as abaixo de tudo isso, sua real, verdadeira nature(a permanececompletamente pura, imutvel como o próprio c$u. 6or isso, ser um umano $ ser poderoso& nóstemos a abilidade de fa(er grandes coisas porque nossa nature(a fundamental $ positiva.

    1uit/ssimo obrigado.

    Sociedade Buddhista Chinesa, Sidnei, 24 de abril de 1975.

    4e)a mais em! ttp!CCDDD.lama?ese.comCindex.pp2sectEarticleFidEGHFcidEJGKFcLlocationEufiMstas.l+3qb6a.dpuf