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LIÇÕES 2º TRIMESTRE • 2014 • Nº 307 REVISTA PARA ESTUDOS NAS ESCOLAS BÍBLICAS Aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou (1 João 2:6) Siga os passos de

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LIÇÕES

2º TRIMESTRE • 2014 • Nº 307

REV ISTA PARA ESTUDOS NAS ESCOLAS B ÍBL ICAS

Aquele que afi rma que permanece nele,deve andar como ele andou (1 João 2:6)

Siga ospassos de

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MISSÃO DAESCOLA BÍBLICA

Transformar as pessoas em discípulas de Cristo, através

do ensino e da prática da palavra de Deus.

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Copyright © 2014 – Igreja Adventista da PromessaRevista para estudos na Escola Bíblica. É proibida a reprodução parcial ou total sem autorização da Igreja Adventista da Promessa.

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

Diretor Alan Pereira Rocha

Conselho Editorial José Lima de Farias Filho Hermes Pereira Brito Magno Batista da Silva Osmar Pedro da Silva Otoniel Alves de Oliveira Gilberto Fernandes Coelho João Leonardo Junior

EXPEDIENTE

RedaçãoRua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – CentroFone: (11) 3119-6457 – Fax: (11) 3119-2544www.portaliap.com.br • [email protected]

Jornalista responsável Pr. Elias Pitombeira de Toledo (MTb. 24.465)

Redação e preparação Alan Pereira Rochade originais Alexandro Jorge da Silva Andrei Sampaio Soares Cláudia Duarte Edney Rodrigues de Brito Eleilton William de Souza Freitas Genésio Mendes Jr. Ismael Braz Jailton Sousa Silva Kassio Passos Lopes Silvio Gonçalves Virginia Ronchete David Perez Willian Robson de Souza

Revisão de textos Eudoxiana Canto MeloSeleção de hinos Silvana A. de Matos Rochae sugestão para programa de culto Leituras diárias Andrei Sampaio Soares

Projeto Gráfico Marcorélio Cordeiro MurtaEditoração e capa Roberta Segato Bassanetto

Atendimento e tráfego Geni Ferreira Lima Fone: (11) 2955-5141Assinaturas Informações na página 88

Impressão Gráfica Regente – Maringá, PR

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SUMÁRIO

Apresentação .....................................................5

1 Imite o Mestre ......................................................6

2 Obedeça ao Pai ...................................................12

3 Ame as pessoas ..................................................18

4 Recuse aplausos ..................................................24

5 Pregue a Boa Nova .............................................30

6 Perdoe sempre ....................................................36

7 Tenha paciência ..................................................42

8 Ande em santidade .............................................48

9 Seja solidário ......................................................54

10 Sirva os outros ....................................................60

11 Viva em oração ...................................................65

12 Insista na caminhada ..........................................71

Projeto Proclamar – Sábado especial ..............77

13 Evangelize sem preconceito ................................78

Sugestão para programa de culto ..................84

Confira, nas páginas centrais, o encarte com informações sobre a 50ª Assembleia Geral das Convenções da IAP

Aquele que afi rma que permanece nele,deve andar como ele andou. (1 João 2:6)

Siga ospassos de

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4 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014– 2º Trimestre de 2014

ANTIGO TESTAMENTOGênesis GnÊxodo ExLevítico LvNúmeros Nm Deuteronômio DtJosué JsJuízes JzRute Rt 1 Samuel 1 Sm 2 Samuel 2 Sm1 Reis 1 Rs2 Reis 2 Rs1 Crônicas 1 Cr 2 Crônicas 2 CrEsdras Ed Neemias NeEster EtJó JóSalmos SlProvérbios PvEclesiastes EcCantares CtIsaías IsJeremias JrLamentações LmEzequiel Ez Daniel DnOséias OsJoel JlAmós AmObadias Ob Jonas JnMiquéias MqNaum NaHabacuque HcSofonias SfAgeu AgZacarias ZcMalaquias Ml

NOVO TESTAMENTOMateus MtMarcos McLucas LcJoão JoAtos AtRomanos Rm1 Coríntios 1 Co2 Coríntios 2 CoGálatas GlEfésios EfFilipenses FpColossenses Cl1 Tessalonicenses 1 Ts2 Tessalonicenses 2 Ts1 Timóteo 1 Tm2 Timóteo 2 TmTito TtFilemon FmHebreus HbTiago Tg1 Pedro 1 Pe2 Pedro 2 Pe1 João 1 Jo2 João 2 Jo3 João 3 JoJudas JdApocalipse Ap

ABREVIATURAS DE LIVROS DA BÍBLIA UTILIZADAS NAS LIÇÕES

ABREVIATURAS DE TRADUÇÕES E VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS NAS LIÇÕES

AM A MensagemARA Almeida Revista e AtualizadaARC Almeida Revista e CorrigidaAS21 Almeida Século 21ECA Edição Contemporânea de AlmeidaNVI Nova Versão InternacionalKJA Tradução King James AtualizadaBV Bíblia VivaNBV Nova Bíblia VivaBJ Bíblia de JerusalémTEB Tradução Ecumênica da BíbliaNTLH Nova Tradução na Ling. de Hoje

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Apresentação

Tudo que Jesus fez, conforme os quatro evangelhos, é exemplo perfeito a ser seguido. Ele foi perfeito no seu caráter, na obediência, no amor, na humildade, na abnegação, no perdão, na paciência, na santidade, no serviço, na oração e na persistência. A Bíblia, abertamente, declara que nós, cristãos, devemos ser parecidos com ele. É nosso dever observar as atitudes do nosso mestre e seguir suas pegadas pelo caminho. De acordo com o apóstolo João, é assim que se reconhece um verdadeiro cristão: ... deve andar como ele andou (1 Jo 2:6).

É exatamente por isso que precisamos gastar tempo estudando o caráter santo do nosso Salvador. Foi também por esse motivo que Paulo escreveu: Lembre-se sempre de Jesus (2 Tm 2:8). Quanto mais você se lembrar de Jesus e quanto mais olhar para ele, mais desejará ser parecido com ele. Mas isso só acontecerá se você estiver se lembrando do Jesus verdadeiro.

Muitas são as pessoas que criam um “Jesus” para si mesmas e, tão cedo, descobrem que esse personagem inventado não supre todas as suas expecta-tivas. Ele “até as faz felizes de tempos em tempos, mas não as desafia, não as move a fazer algo para mudar o mundo. Coisas, por sinal, que o verdadeiro Jesus tinha o hábito de fazer”.1 O Jesus que devemos ter como modelo e do qual nunca podemos nos esquecer “é o Jesus da Bíblia, o Jesus dos quatro Evangelhos, o Jesus do evangelho que Paulo pregava!”.2

Pois bem, através desta nova série de Lições Bíblicas, intitulada: Siga os passos de Jesus, estamos convidando você a conhecer um pouco mais esse Jesus verdadeiro que a palavra de Deus nos apresenta. A proposta é analisar, em cada estudo, traços característicos que o Mestre demonstrou em seu ca-ráter, seus procedimentos e suas atitudes, enquanto esteve neste mundo, e, diante dessas verdades descobertas, desafiar cada aluno d a Escola Bíblica a colocar Cristo no centro de sua vida e imitá-lo em tudo.

Ao Cristo que é o nosso alvo supremo, a nossa aspiração mais profunda, sejam a glória, a honra e o louvor, para sempre. Amém!

Pr. Alan RochaDiretor do Departamento de Educação Cristã

1. Wright (2011:7).

2. Revista Ultimato, Ano XLVII – Nº 346, p. 21.

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6 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 235 • BJ 280

15 DE ABRIL DE 2014

Imite o Mestre

Acesse osComentários Adicionais

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OBJETIVO

Apresentar algumas razões para imitarmos Jesus e mostrar que quem segue os passos dele deve fazer isso observando a sua perfeição e confiando em sua compaixão.

TEXTO BÁSICO

Desta forma sabemos que estamos nele: aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou. (1 Jo 2:6)

LEITURA DIÁRIA

D 30/03 1 Jo 2:1-6

S 31/03 Jo 13:13-15

T 01/04 1 Pd 2:21-24

Q 02/04 Rm 8:28-30

Q 03/04 2 Co 3:13-18

S 04/04 1 Jo 3:1-5

S 05/04 1 Jo 3:6-11

INTRODUÇÃOPela graça de Deus, estamos iniciando esta

série de lições bíblicas, intitulada “Siga os pas-sos de Jesus”. Nela, vamos examinar o caráter e as atitudes do nosso Senhor e relembrar nosso dever, como discípulos, de seguir os seus pas-sos. Por milhares de anos, Jesus tem chamado atenção de muita gente. Não são poucos os que se declaram seus seguidores. Mas será que todos estes conhecem bem o Jesus da Bíblia?

É imprescindível conhecer essa pessoa que dizemos ser nosso Senhor e Salvador. Caro es-tudante, será que sua vida é reflexo do caráter e das atitudes daquele que você declara se-guir? Nesta primeira lição, você será desafiado a conhecê-lo melhor. Faremos isso lhe apre-sentando alguns excelentes motivos que você tem para imitar o Mestre.

A palavra de Deus é clara, quando diz que nós, cristãos, devemos moldar nossa vida em conformidade com o procedimento de Cristo, ou seja, “o tipo de caráter que é visto em Jesus

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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deve ser visto em nós também”.1 Foi isso que o apóstolo João quis dizer, quando escreveu que o crente em Jesus deve andar como ele andou (1 Jo 2:5-6). Por que gastar tempo estu-dando o caráter do Mestre? Por que se preocupar em ser parecido com ele? Veja os motivos.

1. Ser parecidos com Jesus é o nosso chamado: Foi Jesus quem fez este convite: Venham a mim, to-dos os que estão cansados e sobre-carregados, e eu lhes darei descan-so. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração (Mt 11:28-29a). Embora ele tenha dito tais palavras a uma multidão de galileus, este convite é para todas as pessoas do mundo. É uma ordem a que todos os cristãos de todos os tempos de-vem obedecer.

Somos chamados a ir até ele com o propósito de aprender a viver. O resultado é impressionante: ... e vocês encontrarão descanso para as suas almas (Mt 11:29b). Aque-les que buscam um sentido para a vida, acham, em Jesus, todas as res-postas. Nele, encontram descanso e paz, porque seu jugo é suave e o seu fardo é leve (Mt 11:30).

Você não é chamado, primeira-mente, para uma igreja ou para uma doutrina. Você é chamado a uma pessoa, e é desta pessoa, com suas qualidades e com seus atributos, que

1. McCall (2009:20).

você deve aprender. É Jesus quem nos convida a nos aproximarmos dele para recebermos sua instrução. Precisamos atender a sua convoca-ção, e devemos fazer isso com o de-sejo de imitá-lo.

2. Ser parecidos com Jesus é o nosso dever: Não basta dizer que é cristão. Falar é fácil. Em nossos dias, muitos se dizem evangélicos. Mas será que são verdadeiros discípulos de Cristo? Dizer que somos cristãos ou que andamos com Jesus impõe-nos o dever de confirmar esse discurso com nossas atitudes. Temos a obrigação de dar bom testemunho. Sobre isso, McCall2 disse uma verdade: “Fé em Jesus como Salvador e conformidade com seu caráter são inseparáveis”.

O apóstolo João diz que a mar-ca de um verdadeiro cristão é viver como viveu o seu Senhor (1 Jo 2:5-6). Sendo seu discípulo, ou seja, seu aluno e seguidor, deve imitá-lo em tudo; seguir o seu exemplo; andar nos seus passos; reproduzir, em sua vida, o estilo de vida do Mestre. Esse é âmago do discipulado, cuja pala-vra-chave é a imitação.

Além de 1 Jo 2:5-6, temos outras passagens em que nós, cristãos, so-mos instados a seguir o padrão de Jesus, tais como: Jo 13:15; Fp 2:5 e 1 Pd 2:21-24. Esses textos mostram que ser parecido com ele é um de-ver de todos nós. Pense nisto: Se não procuramos ser parecidos com Jesus,

2. Idem, p. 19.

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8 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

se não tentamos refletir o caráter dele em nossa vida, que direito te-mos de afirmar que somos cristãos?

3. Ser parecidos com Jesus é o nosso anseio: Todo verdadeiro cris-tão deseja ser semelhante a Cristo. Este desejo é algo inato. É o Espírito Santo quem trabalha em nós para isso e coloca esse anseio em nosso coração (2 Co 3:18). O Espírito Santo nos leva a Cristo e nos faz perceber o quanto ele é precioso e sublime (1 Pd 2:7). Quanto mais conhecemos Jesus, mais desejamos conhecê-lo.

A jornada cristã é uma constante descoberta de Jesus. À medida que caminhamos com ele, nós o conhe-cemos mais e mais e cada vez mais nos tornamos parecidos com nosso Salvador. Cristo deve nos fascinar to-dos os dias. Nosso coração deve ar-der de amor por ele. Cristo é o maior exemplo de vida. Segui-lo é algo extraordinário e precisa ser o anseio mais intenso nosso coração.

O apóstolo Paulo é um bom exemplo disso. Ele era fissurado por Jesus. Veja o que ele escreveu: Tudo o que eu quero é conhecer a Cris-to e sentir em mim o poder da sua ressurreição. Quero também tomar parte nos seus sofrimentos e me tor-nar como ele na sua morte (Fp 3:10 – NTLH). Imitar Jesus é, sem dúvida, o mais fascinante projeto de vida.

4. Ser parecidos com Jesus é o nosso propósito: Não estamos nes-te mundo por acaso. Há propósito para nossas vidas. Você, que serve

a Cristo, está sendo conduzido ao destino que Deus estabeleceu para você, antes mesmo da fundação do mundo. O apóstolo Paulo nos mos-tra esse destino: Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho (Rm 8:29).

Esse é o maior propósito de Deus e o grande bem que ele tem para nós. O Senhor fará tudo para que al-cancemos esse objetivo. Paulo escre-veu sobre isso: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem da-queles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8:28 – grifo nosso).

Alguém pode protestar, dizendo que, na verdade, o maior propósito de Deus para nós é o de glorificá-lo, pois fomos criados para a sua glória (cf. Is 43:7). Essa afirmação é corre-ta; contudo, precisamos saber que a única maneira de vivermos para a glória de Deus é buscando ser seme-lhantes ao Deus da glória.

De fato, o Senhor criou o ser hu-mano conforme a sua imagem e semelhança (cf. Gn 1:26), para que refletisse a sua majestade pelo mun-do. É isso mesmo. Adão e Eva foram criados parecidos com Deus. No en-tanto, a rebelião, lá no Éden, mudou tudo. Mas Jesus morreu na cruz e ris-cou a cédula que era contra nós. Veio para retomar o propósito original. Ele nos justificou e está nos santificando para que, aos poucos, nós nos tor-nemos parecidos com ele. João es-

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creveu: Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos

que, quando ele se manifestar, sere-mos semelhantes a ele, pois o vere-mos como ele é (1 Jo 3:2).

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

01. Leia Mt 11:28-30 e item 1 e responda: Que convite fez Jesus a todas as pessoas e o que isso tem a ver com seguir os seus passos?

02. Com base em 1 Jo 2:5-6 e no item 2, responda: Por que ser parecido com Jesus é dever de todo cristão?

03. Por que ser parecido com Jesus deve ser o anseio de todo verdadeiro cristão? Como o Espírito Santo ajuda nesse processo? Baseie-se no comentário e em 2 Co 3:17-18; 1 Pd 2:7; Fl 3:10.

04. O quarto motivo de sermos semelhantes a Jesus é que este é o propósito de Deus para nós. Comente isso com os demais alunos. Baseie-se no item 4 e em Rm 8:28-29; Gn 1:26 e 1 Jo 3:2.

1. Imite o Mestre Jesus obser-vando a sua perfeição.

A Bíblia diz: Cristo sofreu em vos-so lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos (1 Pd 2:21). A palavra grega traduzida por “exem-

plo”, hupogrammos, significa literal-mente “escrita perfeita”, ou “padrão” a ser seguido.3 A imagem é a de um

3. Barclay (1985:97).

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10 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

05. O que o texto de 1 Pd 2:21-22 nos ensina sobre a perfeição de Jesus? Jesus tem sido seu alvo e maior exemplo? Você tem a imitação de Cristo como o seu principal projeto de vida?

06. Leia a segunda aplicação; Hb 4:15-16; 1 Jo 1:9 e 2:1, e responda: Por que, ao imitar do Mestre, podemos confiar em sua compaixão?

professor escrevendo na parte de cima do caderno para o aluno copiar em-baixo, e a mensagem do texto é que, assim como o estudante aprende a escrever copiando de um modelo per-feito de caligrafia, nós, estudantes da vida, só podemos aprender a viver co-piando o padrão perfeito da vida que Deus nos apresentou: Jesus Cristo.4

Tudo o que Jesus fez, aqui na terra, é um exemplo perfeito a seguir. A palavra de Deus diz que ele não cometeu peca-do, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje (1 Pd 2:22-23). Ele é perfeito em caráter e nos deu exem-plo de santidade, humildade, abnega-ção e amor. Olhe para Cristo e deixe a formosura dele encantar você. Que ele seja o seu alvo. Faça da imitação de Cristo o seu principal projeto de vida.

2. Imite o Mestre Jesus con-fiando em sua compaixão.

Seguir os passos de Jesus é algo extraordinário, mas não é fácil, pois

4. Idem.

o caminho de Cristo é o caminho da cruz (Lc 9:23). Trilhar este cami-nho é andar na contramão do mun-do. Por isso, quem busca imitar o Mestre, comete falhas e pode até desanimar. Mas nossa alegria é que Jesus nos trata com compaixão e nos auxilia em nossas fraquezas (cf. Hb 4:15).

Além de se compadecer de nós, ele nos entende. Aquele a quem seguimos deixou a sua glória para tornar-se um de nós. Aqui, viven-ciou todos os dilemas humanos e foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado (Hb 4:16). Por isso, ao segui-lo, conte com sua compreensão e sua compai-xão. Se cair, saiba que Jesus sempre estará de mão estendida para ajudá--lo a se levantar. Se pecar, peça per-dão, pois ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1:9). Não de-sista de segui-lo, porque ele nunca desistirá de você.

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DESAFIO DA SEMANA

Os cristãos precisam redescobrir a importância de serem pareci-dos com Jesus. Esse é nosso chamado e dever, tem que ser nosso anseio e o propósito da nossa existência. Esse foi o assunto desta lição e também será o das próximas, em que vamos examinar o caráter e as atitudes de Jesus, com o objetivo de imitá-lo e, assim, reproduzir, em nossa vida, o estilo de vida do próprio Jesus.

Temos, portanto, um desafio a você: De agora para a frente, co-mece a fazer uma pergunta que irá revolucionar a sua vida. Diante de cada decisão, cada proposta, cada situação de conflito, cada tentação, cada afronta, cada aflição, sempre pergunte: “Em meu lugar o que faria Jesus?”.5 O Espírito Santo o fará encontrar a res-posta diante de uma dessas ocasiões. Após descobrir o que Jesus faria, faça o mesmo.

5. Sheldon (2007:10).

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12 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 33 • BJ 184

212 DE ABRIL DE 2014

Obedeça ao Pai

Acesse osComentários Adicionais

e os Podcastsdeste capítulo em

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OBJETIVO

Mostrar ao estudante da palavra de Deus que devemos buscar obedecer a Deus, em cada detalhe da nossa vida, a exemplo do que Jesus fez, e que isso não é opcional, nem impraticável.

TEXTO BÁSICO

Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não faça a minha vontade, e sim a tua. (Lc 22:42)

LEITURA DIÁRIA

D 06/04 Fp 2:5-8

S 07/04 1 Sm 15:20-22

T 08/04 Jr 42:6

Q 09/04 At 5:29

Q 10/04 Hb 5:8-9

S 11/04 Rm 1:1-6

S 12/04 Rm 16:25-27

INTRODUÇÃOJesus viveu uma vida de total obediência à

vontade do Pai, enquanto esteve entre nós. Podemos encontrar essa verdade estampada pelas páginas do Novo Testamento, de manei-ra muito clara. O próprio Paulo, quando escre-veu sobre a encarnação de Cristo, declarou: E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte (Fp 2:8 – NTLH).

Foi em obediência que Jesus caminhou até o Calvário e sofreu todos os horrores de uma morte dolorosíssima, ultrajante e maldita. Em obediência, cumpriu a missão que lhe fora dada e nos deixou isso como exemplo. Dizer que é cristão qualquer um pode fazer; o difícil é ter uma vida em obediência a Deus. Esse é o nos-so desafio. Devemos imitar a obediência total e radical de Jesus ao Pai. Sigamos os seus passos.

O ministério terreno de Cristo Jesus foi “uma manifestação constante da sua obe-diência, desde a sua encarnação, passando

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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por todos os desafios inerentes à sua missão, até a sua auto-entrega na cruz em favor do seu povo”.1 Nossa tarefa, nesta primeira parte da lição, será analisar a veracidade dessa afirmação, a partir dos textos do Novo Testamento.

1. Ele foi obediente desde o iní-cio: Leia com atenção as palavras do próprio Jesus, no evangelho de João: Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade da-quele que me enviou (Jo 6:38). “Eu desci do céu” é uma expressão que diz respeito à encarnação do Mestre. Aqui, temos uma verdade gloriosa sobre esse evento.

Segundo Jesus, o “propósito intei-ro de sua encarnação, de sua vinda dos céus, não foi fazer a sua própria vontade, mas a vontade do Pai que o enviou”.2 Ele não estava lutando em causa própria. Recebeu uma missão do Pai e veio, em seu nome, cumprir essa missão, de modo obediente: ... as próprias obras que o Pai me deu para realizar, essas que eu faço (Jo 5:36). Entendeu? O que o Pai mandou, ele fez! O nome disso é obediência.

No mesmo evangelho de João, ainda lemos outra afirmação de Je-sus, que mostra sua preocupação em obedecer ao Pai e aos seus desígnos: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e re-alizar a sua obra (4:34). Em outra ver-

1. Costa (2001:33).

2. Carson (2007:292).

são, o texto está assim: A comida que me mantém ativo é fazer a vontade daquele que me enviou (AM). Obe-decer ao Pai era a grande “obsessão” de Jesus, em seu ministério terreno.

Nosso Senhor afirmou com todas as letras: ... não busco a minha von-tade, mas a vontade do Pai que me enviou (Jo 5:30). Ele não está dizen-do que tem uma vontade diferente da vontade do Pai. Está demonstran-do, sim, que, como homem, possui as limitações da natureza humana, sentimentos de dor e prazer, “uma inclinação para vida e uma aversão à morte. Ainda assim, Ele satisfazia não a si mesmo”.3

2. Ele foi obediente até o fim: Algumas horas antes de ser pre-so – na noite anterior ao dia de sua crucificação –, Jesus vivenciou uma das experiências mais difíceis do seu ministério terreno; contudo, não re-cuou de fazer a vontade de Deus. Estamos nos referindo ao episódio no jardim do Getsêmani. Ali, Jesus começou a entristecer-se pelo sofri-mento que se avizinhava.

O evangelho de Marcos conta que Jesus tomou três dos seus discípulos (Pedro, Tiago e João) e (...) lhes disse: A minha alma está profundamente triste até a morte. Ficai aqui e vigiai (Mc 14:33-34). Lucas diz que Jesus, em agonia, orava a Deus, a ponto de seu suor se tornar em grandes gotas de sangue (22:44).

3. Henry (2008:817).

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14 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Frederick Zugibe, ex-patologista--chefe do Instituto Médico Legal de Nova York, diz que Jesus foi vítima de hematidrose, um fenômeno raro na literatura médica, que ocorre quando a pessoa está sob forte es-tresse mental, medo e sensação de pânico. Nestes casos, as “veias das glândulas sudoríparas4 se compri-mem e depois se rompem, e o san-gue mistura-se então ao suor que é expelido pelo corpo”.5 Esse foi um momento extremamente difícil do ministério terreno do nosso Senhor.

Neste contexto, Jesus fez sua ora-ção mais submissa: Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc 22:42). Como homem, ele temia a agonia de experimentar a ira de um Deus justo contra o pecado; mas perseverou em obedecer. Ele foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2:8). A “fé e a dedicação de Jesus à vontade de Deus servem de padrão para os seus seguidores”.6

3. Ele nos desafiou à obediên-cia: Além de obedecer ao Pai, do início ao fim do seu ministério ter-reno, Jesus, em seus ensinos, tam-bém desafiou seus discípulos a vive-rem dessa maneira. Chamamos sua

4. As glândulas sudoríparas estão distribuídas pela superfície do corpo e são responsáveis pela produção do suor e eliminação de substâncias tóxicas.

5. Revista Ultimato, nº346, janeiro/fevereiro de 2014.

6. Stein (2006:221).

atenção para dois textos, dentro do evangelho de Mateus, que mostram isso. Ambos fazem parte do famoso “Sermão do Monte”.

O primeiro deles está dentro da oração-modelo. Jesus nos ensinou a demonstrar preocupação com a von-tade de Deus, com a obediência ao Pai, inclusive em nossas orações: Por-tanto, vós orareis assim: (...) venha o teu reino, seja feita a tua vontade (6:10). Quando oramos assim, de maneira submissa, estamos mostran-do para Deus que cremos ser a sua vontade o melhor para a nossa vida.

Além desse texto, no capítulo seguinte do evangelho de Mateus, lemos: Nem todo o que me diz: Se-nhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus (7:21). Jesus está ensinando que todo cris-tão verdadeiro é preocupado em obedecer a Deus. Ele não obedece para ser salvo; sua obediência ao Pai é resultado natural de sua conversão, uma expressão de amor pelo Pai.

Não existe a possibilidade de al-guém afirmar ser cristão e não estar nem aí para o que Deus deseja. Leia o relato do veterano apóstolo João, muitos anos depois da afirmação de Jesus, no Sermão do Monte: Desta forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não proce-de de Deus, tampouco quem não ama seu irmão (1 Jo 3:10 – NVI). Compro-metamo-nos em obedecer ao Pai.

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Estamos chegando ao final desta primeira parte da nossa lição. Dian-te de tudo o que foi colocado, fina-lizamos com as palavras de Carson:7

7. (2007:229).

“... todo o ministério de Jesus não é nada mais que a submissão à von-tade daquele que o enviou, e a rea-lização dela”. Na continuação desta lição, seremos desafiados à imita-ção de Cristo.

01. Leia Jo 6:38; Fp 2:8 e responda: O que esses dois textos dizem sobre a missão do ministério terreno de Jesus?

02. Com base em Jo 4:34, 5:30,36, comente sobre a prioridade de Jesus, durante todos os dias do seu ministério terreno.

03. Leia Mc 14:33-34; Lc 22:42-44, e responda: Esses textos tratam sobre um momento crucial do ministério de Jesus. Como ele estava? Qual foi sua oração, naquele momento difícil do seu ministério?

04. Com base em Mt 6:10, 7:21, comente sobre o desafio que Jesus transmitiu aos seus discípulos, no que diz respeito à obediência ao Pai.

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

1. Entenda: Obedecer ao Pai não é algo opcional ao cristão.

Viver em obediência ao Pai, assim como Jesus viveu, não é questão de

opção para o cristão. Quem é o cida-dão do reino, segundo Jesus? Quem faz a vontade do Pai (Mt 7:21). Essa é a marca que identifica o cristão.

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16 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Não é o discurso verbal que importa, pois Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor”. Muitos são os que, no discurso, proferem seguir a Cristo. Fuja desse caminho.

Façamos como Jesus, que pro-curou realizar a vontade do Pai em todos os momentos, em todos os lu-gares, em todas as horas, em todas as circunstâncias, e que não voltou atrás, quando começou a ver as con-sequências de suas escolhas. Subme-tamos nosso casamento, nossa famí-lia, nosso trabalho, nossos recursos financeiros, planos e sonhos à von-tade do Pai.

2. Creia: Obedecer ao Pai não é algo impraticável ao cristão.

Uma pergunta que pode estar passando pela sua mente, neste mo-mento, é: Como posso obedecer ao Pai? Como saber qual a vontade de Deus para minha vida? Para respon-der essas perguntas, muita gente usa métodos um tanto quanto estranhos ao evangelho, como, por exemplo, o

“método do dedo aleatório”:8 sem-pre que precisar saber a vontade de Deus, em alguma situação, feche os olhos, abra a Bíblia, coloque o dedo em algum lugar e pronto: ali está a vontade de Deus. Cuidado! Não use-mos a Bíblia assim!

A vontade de Deus foi revelada a nós, por ele mesmo, em sua pa-lavra. O que precisamos saber, para agradá-lo e obedecer-lhe, está re-velado na Escritura (2 Tm 3:16-17). Deus tem uma vontade e a fez co-nhecida. Neste sentido, obedecer a Deus não é algo impraticável. Leia a Bíblia e você descobrirá isso. Para as suas decisões do dia-a-dia, não espe-re um anjo do céu aparecer e dizer o que tem que fazer. Use a inteligên-cia e a sabedoria que Deus nos dá, por meio do Espírito Santo. E fique tranquilo: se decidir de modo equi-vocado, Deus, de alguma maneira, lhe mostrará isso.

8. Platt (2013:114).

05. Qual é a marca de um verdadeiro cristão? Você vive dessa maneira? Baseie-se na primeira aplicação.

06. Obedecer ao Pai é algo impraticável aos cristãos? Onde podemos encontrar a vontade de Deus para a nossa vida? Leia 2 Tm 3:16-17.

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DESAFIO DA SEMANA

Você não acha boa aquela sensação de dever cumprido, diante de alguma atividade que lhe compete fazer? Pois bem, mesmo an-tes de consumar, de fato, sua obra, indo à cruz, em sua última ora-ção, Jesus se dirigiu ao Pai da seguinte maneira: Eu te glorifiquei na terra, ao cumprir até o último detalhe tudo o que me mandaste fazer (Jo 17:4 – AM).

Você, que lê as últimas palavras desta lição, tem a consciência tranquila, diante de Deus, de que está se esforçando em obedecer à vontade do Pai, assim como Jesus? Não se trata de perfeição. Ne-nhum de nós, com este corpo não-glorificado, atingirá perfeição aqui. Trata-se de disposição, decisão de fazer o máximo possível para agradar a Deus, mesmo diante dos erros. Refletir sobre isso é o seu desafio para esta semana. Se entender, à luz da palavra de Deus, que há algo em que precisa melhorar, não pestaneje: Obe-deça logo ao Pai e a sua vontade.

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18 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 93 • BJ 108

319 DE ABRIL DE 2014

Ame as pessoas

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OBJETIVO

Explicar que quem recebe a Cristo e carrega o nome de cristão tem o dever, dado pelo próprio Mestre, de amar como ele amou, sabendo que isso não é um sentimento, mas uma decisão voluntária.

TEXTO BÁSICO

Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. (Jo 13:34)

LEITURA DIÁRIA

D 13/04 1 Jo 4:7-10

S 14/04 1 Jo 3:11-16

T 15/04 1 Jo 3:17-24

Q 16/04 Jo 3:16-18

Q 17/04 2 Co 5:13-15

S 18/04 Rm 5:1-8

S 19/04 Ef 2:5-8

INTRODUÇÃOÉ a palavra mais usada por compositores e

poetas. Filmes e livros inteiros dependem dela. Jovens querem sentir o que ela promete. O mundo todo reconhece suas letras em várias lín-guas. Por ser tão utilizada, era de se esperar que fosse compreendida totalmente. Longe disso! A palavra amor diz muita coisa para esta geração, mas não diz o principal, e mesmo os cristãos correm o risco de perder o seu significado.

Amor é mais do que carinho, é mais do que sentimento, é bem mais profundo que afeto. Cada uma dessas coisas pode estar contida no amor, mas nenhuma delas o define. Entender o que é o amor para Jesus pode ajudar você a se-guir os passos dele. Afinal, esse deve ser o objeti-vo de todos que o seguem: amar como ele amou.

O amor é marca importante do ministério de Jesus. Mais do que ensinar um conceito, ele ensinou como se ama. Ao fazer isso, dei-xou um significado mais amplo para o ato de amar, tornando isso não somente um alvo

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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distante, mas uma real necessidade para a vida cristã saudável.

1. A essência do amor: Antes de tratarmos a respeito de seguir os passos de Jesus, precisamos pensar sobre a fonte e a essência do amor. A opinião popular diz que este nasce no coração do homem. Essa mesma garante que o amor de mãe é o maior exemplo de amor que o mundo co-nhece. Mas a falha nessa compreen-são está em que apresenta o amor como um nobre sentimento, quando, na verdade, ele é muito mais que isso.

Veja o que diz João, em sua carta: Deus é amor (1 Jo 4:8). O amor é a própria essência de Deus. Perceba que, ele não somente age amorosamente, mas é essencialmente amor.1 É de sua natureza e é do seu agrado comparti-lhar essa sua essência, para que o amor seja a razão da existência humana.

Deus amou a humanidade e de-monstrou isso ao criá-la e ao prover meios para salvá-la: Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). O maior propósito de Jesus vir ao mundo foi trazer-nos salvação; mas, junto a este propósito, ele também veio revelar a essência do Pai: demonstrar o amor e nos ensinar a amar. Jesus, o Filho de Deus, ama como o Pai, pois essa é a sua natureza.

2. Uma atitude prática: A carta de João afirma que, ao amar a Deus,

1. Dugan (2012:126).

amamos o nosso irmão (1 Jo 4:21). Antes, ela também diz que quem ama o irmão verdadeiramente, prova que ama a Deus (2:10). Essa relação de amor a Deus e ao irmão deixa cla-ro que amar é uma atitude que pode ser observada nas relações.

Quando Jesus disse que seus discí-pulos deveriam se amar, todos que o ouviam entendiam o que ele estava dizendo, pois o acompanharam, an-daram com ele e viram seu exemplo. Em cada ato de seu ministério, em cada pregação, nas curas e nos diá-logos, o amor sempre se mostrou em Jesus. Mais do que palavras, foram seus gestos e ações que demonstra-ram o seu amor pelas pessoas.

Ao andar com pecadores e pros-titutas, conversar com ricos e pobres de igual modo, dialogar com ho-mens e mulheres de má fama e ao amar até quem se recusou a segui--lo (Mc 10:18-22), Jesus ensinou aos seus discípulos que amar não é simplesmente um sentimento, mas é uma atitude, fruto de uma decisão voluntária. Ele mesmo confirma isso, em João 10:15-18, ao dizer que é ele quem decide entregar a própria vida.

3. Uma definição exata: Amar como Jesus amou não é fácil. Torna--se possível quando se abandona a ideia, tão arraigada em nossa so-ciedade, de sentimento romântico. Dugan2 apresenta uma definição de amor aparentemente fria para os

2. Idem, p. 128.

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20 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

apaixonados de plantão, mas bem embasada no que se nota em Jesus: “... amar é pagar o preço de fazer o que é melhor para Deus e para os outros”. Antes de rejeitar essa defi-nição, analise o amor prático e real oferecido por Cristo a humanidade.

Em primeiro lugar, o amor de Cristo foi substitutivo.3 O texto mais famoso da Bíblia sobre o amor de Deus é João 3:16, e lá podemos aprender que esse amor levou Jesus à cruz para morrer pelos pecadores. Ele assumiu um lugar que não era seu, mas nosso. Ao amar pecado-res que não merecem seu amor, ele o fez com uma atitude prática: to-mou o nosso lugar e morre por nós (2 Co 5:14-15). Em segundo lugar, o amor de Cristo foi sacrificial.4 Ao assumir o lugar de homens pecado-res, ele foi até o ponto do sacrifício de sua própria vida: Mas Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5:8). Em circunstâncias difíceis ou depressões, você pode perguntar: “Será que Deus me ama?”. Aos pés da cruz,5 essa pergunta é respondida: Sim, ele o ama, pois morreu em seu lugar.

Em terceiro lugar, o amor de Cristo foi pessoal.6 Ao se afirmar que Jesus morreu por amar o mundo, pode-se

3. McCall (2009:148).

4. Idem, p. 149.

5. Idem.

6. Idem.

perder a verdade de que ele morreu por pessoas com nome e endereço, como você. Não se trata, portanto, de um amor genérico, mas, sim, de um amor pessoal, individualizado. Paulo capta essa ênfase, quando diz: ... vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gl 2:20 – Grifo nosso).

4. Uma ordem ao discípulo: Durante todo o seu ministério, Jesus apresentou aos discípulos esse amor prático, substitutivo, sacrificial e pes-soal. No texto básico desta lição, Jesus nos diz que esse amor é um mandamento para seus seguidores, isto é, o amor de Jesus não é somen-te para se admirar, mas para imitar e reproduzir na prática.

Note que não se trata de algo op-cional, mas de um mandamento! Hen-driksen7 afirma que se trata de um pre-ceito, “uma regra feita por Jesus e ilus-trada mediante seu próprio exemplo, para regulação da conduta e atitude interior dos discípulos, para com Cris-to, um para com o outro, e o mundo”.

Amar é um mandato que precisa ser internalizado e vivenciado. O con-trário disso é falsidade. Quem recebe a Jesus, precisa tê-lo como padrão, inclusive e fundamentalmente, na prática do amor: ... aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor (1 Jo 4:8). É preciso “pa-gar o preço”, como vimos na defini-ção apresentada anteriormente. Jesus

7. (2004:636).

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pagou um alto preço e pede a mesma atitude em nossos relacionamentos.

Muito bem, para termos uma vida cristã saudável, precisamos amar as pessoas. E não podemos fazer isso de qualquer jeito. Jesus disse: Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros (Jo 13:34a). Mas onde está a novidade deste mandamento, que já

estava presente no Antigo Testamen-to (Lv 19:18)? Está na parte final da fala de Jesus: Como eu os amei, vo-cês devem amar-se uns aos outros (Jo 13:34b – grifo nosso). O mandamento permanece, mas, agora, com a encar-nação de Cristo, temos um padrão a seguir: amar como ele amou! Esforce-mo-nos para seguir seu modelo!

01. A partir do conceito bíblico de que “Deus é amor”, reflita sobre como os seres humanos podem refletir a natureza de Deus. Baseie-se no item 1 e em Jo 3:16; 1 Jo 4:8.

02. Com base em 1 Jo 4:7-21 e no item 2, discuta com a classe sobre a praticidade do amor de Cristo, a partir das instruções de João aos leitores de sua primeira carta.

03. Leia 2 Co 5:14-15; Rm 5:8; Gl 2:20, e comente as três características do amor de Cristo apresentadas no item 3.

04. Após ler Jo 13:34 e o item 4, explique o significado do “novo mandamento” deixado por Cristo para seus discípulos.

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22 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

1. Ame as pessoas de maneira incondicional.

De que forma podemos amar como Cristo amou? Uma maneira é amando as pessoas indistinta-mente, mesmo que elas não mere-çam ser amadas. Se você for amar somente as pessoas que mereçam, quem você vai amar? Lembre que Jesus não lhe amou por causa de suas qualidades e méritos. A Bíblia diz que Deus nos amou e demons-trou isso no fato de que Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores (Rm 5:8 – grifo nosso).

Pessoas de qualquer religião e mesmo ateus valorizam a ideia do amor entre os seres humanos; mas este tipo de amor sempre apresen-ta condições e espera algo em tro-ca. Todavia, o cristão deve seguir o exemplo do Mestre e decidir amar voluntariamente, sem exigir me-recimento e sem esperar permuta, fazendo o que for necessário para tornar essa uma realidade substitu-tiva e sacrificial. Como isso é possí-vel? Ame as pessoas pelo que Jesus é para você. Faça para os outros como se estivesse fazendo para Je-sus (Mt 25:34-40).

2. Ame as pessoas de maneira abrangente.

Se existe algo na vida cristã que não podemos economizar é o amor.

A Bíblia diz que Deus amou todas as pessoas do mundo de forma es-pantosa (Jo 3:16). Por isso, o amor praticado por você precisa ser abran-gente. Para seu exercício pessoal, a Bíblia apresenta, no mínimo, três grupos que precisam ser amados: os cristãos (Jo 13:34-35; Hb 13:1-3). Esse é um amor que se manifesta na igreja local.8

Os necessitados também devem ser alvos do seu amor (1 Jo 3:17-18; Tg 2:15-17). O amor de Deus em você tem de transbordar em atos de misericórdia.9 Se você vê alguém na sarjeta e não se sensibiliza, se você sabe que alguém está passando ne-cessidade e não faz nada para mu-dar essa situação e se você já não se compadece com a dor e o sofri-mento do seu semelhante, há algo muito errado com o seu coração. O amor cristão é compassivo! Além dos seus irmão na fé e dos necessi-tados, você precisa amar seus inimi-gos (Mt 5:43-48; Lc 6:27-36). Amar como Jesus implica amar quem se opõe a você.10 Amar quem nosso ama, que só lhe faz o bem é muito fácil. Seu desafio é amar também quem o aborrece.

8. McKinley (2012:121).

9. Idem, p. 122.

10. Idem, p. 123 .

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

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05. Amar, para o mundo, restringe-se a nutrir bons sentimentos por quem “merece” afeição. Para o cristão, significa pagar o preço de fazer a vontade de Deus. Como você pode demonstrar esse amor sacrificial, no dia-a-dia?

06. Discuta com a classe exemplos práticos de amor pelos irmãos, pelos necessitados e pelos inimigos, a partir dos respectivos textos: Mt 5:43-48 e Lc 6:27-36; Jo 13:34-35; Hb 13:1-3 e 17; Tg 2:15-17; 1 Jo 3:17-18.

DESAFIO DA SEMANA

Como você entendia o amor, até hoje? Talvez, tinha a ideia popular de amar quem merece e ou por quem você nutre bons sentimentos. O amor de Cristo é diferente e, por consequência, o amor de cada cristão deve também ser diferente, pois implica uma séria e voluntária decisão de “pagar o preço”. Que significa, também, amar as pessoas de maneira incondicional e abrangente.

O desafio da semana que temos para você é este: coloque em prática o amor que Jesus nos ensinou. Comece amando os seus irmãos em Cristo. Isso parece simples, mas, infelizmente, há muita gente de “cara virada” para os outros, dentro das igrejas. É triste a constatação de que alguns irmãos veem-se como inimigos. Se você fizer isso, vai perceber que, ao amar como Jesus amou, da amargura e sentimentos ruins, pode nascer misericórdia e bons sentimentos, mesmo para aqueles que nos fizeram algum mal. Pratique o amor e ele crescerá dentro de você.

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24 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 183 • BJ 315

426 DE ABRIL DE 2014

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OBJETIVO

Mostrar ao estudante a necessidade de cultivar a humildade, o altruísmo e o interesse em servir ao próximo.

TEXTO BÁSICO

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo. (Fp 2:5-7)

LEITURA DIÁRIA

D 20/04 Fp 3:8-10

S 21/04 Ef 4: 1-6

T 22/04 Jo 5:41-44

Q 23/04 Lc 14:7-11

Q 24/04 1 Pd 5:5-6

S 25/04 1 Co 10:33

S 26/04 Mc 10:42-45

INTRODUÇÃONa semana passada, aprendemos que Jesus

amou as pessoas sem discriminação; aquele estudo orientou-nos a fazer o mesmo para que o mundo nos reconheça como seus dis-cípulos. No estudo de hoje compartilharemos um trecho da carta de Paulo aos filipenses, onde aprenderemos uma das maiores lições deixadas por Jesus: a humildade.

A palavra de Deus nos mostra que Jesus, dife-rentemente do que a maioria das pessoas alme-ja, não procurou ser elogiado ou aplaudido pelos homens. Ele optou pelo anonimato, pela simplici-dade, pela humildade. Para ensinar os seus discí-pulos a fazerem o mesmo, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discí-pulos (Jo 13:5). Seu exemplo, nesta questão, é admirável. Assim sendo, aprendamos com Jesus.

Gostamos de ver nosso trabalho reconhecido e de receber aplausos e elogios. É também agra-

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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dável, para nós, ouvir o nosso nome nos agradecimentos, no final de um evento. Que problema há nisso? O problema é valorizarmos demais essas coisas e passarmos a correr atrás de-las. Quantos ficam arrasados por não verem reconhecimento por não rece-berem elogios e aplausos ou por não terem o nome citado! Isso acontece porque, desde que o pecado entrou no mundo, temos a tendência de ser-mos vaidosos, arrogantes, orgulhosos e egoístas. Mas, em Filipenses 2, te-mos muito a nos aprender com Jesus sobre essas questões.

1. Seja humilde: Tendo Jesus como modelo, o apóstolo orie nta os cristãos filipenses: Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos (Fp 2:3). Nes-se versículo, ele trata sobre a maneira correta de se relacionarem uns com os outros. Paulo os orienta a não fa-zerem nada por ambição egoísta ou por vaidade.

A primeira expressão é a tradução do termo grego eritheia, que signi-fica colocar-se acima dos outros; a segunda, é a tradução do termo ke-nodoxia, que traz a ideia de vã glória. Paulo está ensinando que, por serem cristãos, eles não deveriam achar-se melhores que os outros, nem dese-jar a glória pra si. Antes, deveriam ser humildes e considerar os outros superiores. Mas o que é ser uma pes-soa humilde? Humilde não é quem menospreza a si mesmo, que não

tem muito amor próprio ou que tem autoestima baixa. Humilde é a pes-soa que não pensa só em si mesma1 e não se vê como inferior ou superior aos outros. A humildade é um requi-sito fundamental na vida dos cristãos, para que o Corpo de Cristo permane-ça unido e em paz (Ef 4:1-6).

A humildade era uma das muitas virtudes de Jesus. Ele mesmo disse: Aprendam de mim que sou manso e humilde de coração (Mt 11:29). Em certa ocasião, ele disse aos que o ouviam: Eu não procuro ser elogiado pelas pessoas (Jo 5:41). Pedro apren-deu com o Mestre (Lc 14:11) e en-sinou aos seus leitores: Sejam tod os humildes uns para com os outros, porque Deus se opõe aos orgulho-sos, mas concede graça aos humil-des (1 Pd 5:5).

2. Seja altruísta: Aliada à humil-dade, outra virtude que deve ser de-senvolvida pelo cristão é o altruísmo. Sobre, isso Paulo escreve: Cada um cuide, não somente dos seus interes-ses, mas também dos interesses dos outros (Fp 2:4). Aqui, os filipenses são ensinados a não pensar apenas em si mesmos ou visar apenas aos seus próprios interesses, como é comum entre os ímpios, mas a ser altruístas, isto é, abrir mão de seus próprios in-teresses em prol dos demais.

Segundo Wiersbe, os “outros” são o elemento-chave deste capí-tulo (Fp 2:3,4). Os olhos do cristão

1. Murray apud Wiersbe (2006:94).

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26 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

não estão voltados para si mesmo, mas, sim, para as necessidades dos outros.2 Paulo disse algo semelhante aos cristãos coríntios: Ninguém deve buscar o seu próprio bem, mas sim o dos outros (1 Co 10:24).

Paulo ensinava o que vivia, pois, como missionário, pregador do evangelho, abriu mão de muitas coi-sas para contribuir com a salvação de muitas pessoas (1 Co 9:1-23). Foi ele quem declarou: Como também eu em tudo agrado a todos, não bus-cando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar (1 Co 10:33).

A exortação de Paulo à igreja tem como base a vida e os ensinos de Jesus, que declarou abertamen-te: Pois não procuro agradar a mim mesmo, mas àquele que me enviou. Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou (Jo 5:30; 6:38). Abrir mão dos interesses próprios em prol de outrem é uma atitude cristã.

3. Prefira servir: A maneira práti-ca de mostrar humildade e altruísmo é servir as pessoas. O maior exemplo nisso, sem dúvida, é Jesus, e Paulo escreve: Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se (Fp 2:5-6). Em seguida, o apóstolo explica como isso aconte-

2. Wiersbe (2006:94)

ceu na prática: ... mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tor-nando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma hu-mana, humilhou-se a si mesmo e fo i obediente até à morte, e morte de cruz! (Fp 2:7-8).

Sendo um bom pastor, Paulo es tá tratando os problemas internos da igreja de Filipos; fez isso não apenas oferecendo conceitos doutrinários, mas mostrando o exemplo de Cris-to. O melhor remédio para curar os males da igreja é olhar para Jesus, seguir os seus passos e imitar o seu exemplo.3 Ao olhar para o exemplo de Cristo, os filipenses deveriam sa-ber exatamente o que fazer.

Paulo não está dizendo que Je-sus deixou sua divindade, enquan-to homem, mas, sim, que ele abriu mão de sua glória, desceu das al-turas e usou seus privilégios para abençoar os outros.4 Ele se dispôs a renunciar seus direitos, a fim de servir os outros.5 Jesus demonstrou sua humildade e sua total submis-são ao Pai, ao servi-lo na condição de homem.

O Senhor Jesus ensinou a seus discípulos que, no Reino de Deus, o mais importante é aquele que serve os outros, não o contrário, pois nem ele mesmo, o Filho do homem, vie-ra para ser servido, mas para servir e

3. Lopes (2007:122)

4. Idem, p. 125.

5. McCall (2009:29)

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dar a sua vida em resgate por mui-tos (Mc 10:42-45). Portanto, cabe ao discípulo de Cristo seguir os seus passos: optar pelo servir e não pelo ser servido.

Embora sendo Deus, Jesus não usou isso para humilhar quem quer que fosse. Ao contrário, abriu mão

de sua glória, nos céus, para mor-rer na cruz em prol da humanidade pecadora. Enquanto viveu entre os homens, rejeitou os “holofotes”, os primeiros lugares, o trono de Israel, curou os enfermos, libertou os opri-midos, abençoou as crianças e lavou os pés de pecadores!

01. Leia Fp 2:3; o item 1, e responda: O que Paulo quis ensinar aos cristãos filipenses? O que é ser humilde?

02. Após ler Fp 2:4; 1 Co 10:24; Jo 6:38, responda: O que é altruísmo? O que esses textos ensinam para a nossa vida cristã?

03. Comente sobre o exemplo de Jesus, na humildade e no altruísmo? O que devemos aprender com isso? Baseie-se em Fp 2:5-8 e no item 3.

04. Leia Mc 10:42-45; o segundo parágrafo do item 3, e responda: Como Paulo procurou corrigir os problemas da igreja de Filipos? Será que podemos aplicar o mesmo método para a igreja de hoje?

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28 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

1. Siga os passos de Jesus: cul-tive a humildade!

Na primeira parte desta lição, aprendemos que Jesus deixou a sua glória nos céus, abdicou-se de sua coroa, recusou a glória dos homens e se humilhou. Convenha-mos: Jesus nos deixou uma bela lição! Se proclamamos a fé cristã, se afirmamos ter comunhão com Cristo, devemos andar como ele andou (1 Jo 2:6).

Portanto, que este estudo nos ajude a repensar a nossa conduta e nos leve a sondar o nosso coração. Será que, às vezes, fazemos a coisa certa com a motivação errada? A humildade é uma virtude de Cristo (Mt 11:29). A soberba e a altivez de espírito, ao contrário, são dia-bólicas (Is 14:11-14) e levam à des-truição (Pv 16:18). Portanto, cultive a humildade para que você possa se relacionar melhor com Deus e com o próximo.

2. Siga os passos de Jesus: cul-tive o altruísmo!

O estudo desta semana também ensinou o quanto Jesus foi altruísta. Ele desceu dos céus, viveu como ho-mem entre os homens, foi condena-do injustamente e morreu numa cruz como um malfeitor. Jesus se subme-teu a todas as essas coisas, por nos amar. Sua atitude deve nos encorajar a sermos mais altruístas.

Infelizmente, a igreja de Cristo tem sofrido por conta do egoísmo de al-guns. Quantas disputas carnais! Quan-tas congregações se dividem por causa de preferências pessoais! Entretanto, com Cristo, os seus seguidores apren-dem a abrir mão de interesses próprios ou dos seus direitos em favor dos ou-tros. Com Jesus, você aprende a se importar com os outros e não pensar apenas em si mesmo; aprende que, ao invés de querer ser servido, deve que-rer servir seu irmão. Portanto, siga os passos de Jesus e cultive o altruísmo.

05. Após ler a primeira aplicação, responda: Que atitudes devemos tomar, para cultivar a humildade?

06. Após ler a segunda aplicação, dê exemplos de como podemos cultivar o altruísmo em nosso dia-a-dia.

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

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DESAFIO DA SEMANA

O estudo desta semana ensinou-nos a imitar as atitudes humil-des e altruístas de Jesus, que, sendo Deus, se fez homem; sendo Rei, se fez servo dos homens; desceu do trono de glória para uma rude cruz. Uma lição maravilhosa, mas, ao mesmo tempo, desa-fiadora, porque costumamos buscar a glória dos homens, cujos aplausos ainda nos dão uma falsa sensação de grandeza.

Que, ao longo da próxima semana, possamos refletir honesta-mente sobre a nossa postura diante de determinadas situações e sobre as nossas motivações por detrás das nossas atitudes e em-preendimentos. É possível que descubramos que a nossa falta de paciência com as pessoas é fruto da nossa arrogância, que nosso descontentamento com a igreja é fruto do nosso egoísmo e que a nossa indisposição para fazer a obra de Deus é fruto do nosso anseio por querermos apenas ser servidos.

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30 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 193 • BJ 165

53 DE MAIO DE 2014

Pregue a Boa Nova

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OBJETIVO

Despertar o estudante da Escola Bíblica para a extrema importância de imitar o exemplo de Jesus em seu compromisso com a evangelização.

TEXTO BÁSICO

Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. (Mt 4:17)

LEITURA DIÁRIA

D 27/04 Is 61:1-3

S 28/04 Mt 4:23-25

T 29/04 Lc 8:1-4

Q 30/04 Mt 28:18-20

Q 01/05 Rm 10:13-17

S 02/05 Mc 16:15

S 03/05 Jo 17:13-17

INTRODUÇÃOChegamos, hoje, ao quinto estudo desta

série de lições, cujo título é: Siga os passos de Jesus: aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou (1 Jo 2:6). Na lição de hoje, observaremos, com a máxima atenção, mais uma vez, o extraordinário exemplo de Jesus Cristo. Desta vez, veremos que as Escrituras Sa-gradas o apresentam como o maior exemplo de uma vida inteiramente dedicada à evangelização.

Ao ler a narrativa dos evangelhos, vemos, de forma clara, o comprometimento de Jesus com a evangelização. Ele a definiu como par-te integrante de sua missão. O Espírito do Se-nhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres, disse o mestre (Lc 4:18-19). Sim, Jesus é, incontestavelmente, o nosso exemplo de uma vida comprometida com a evangelização. Sendo assim, observemos, de forma mais atenta, o seus passos.

Evangelizar vem da expressão grega evan-gelizomai, que significa, literalmente, trazer ou

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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anunciar as boas novas de que o reino Deus chegou a nós (Mc 1:14-15). O ato de proclamar e de propagar esse evan-gelho constitui-se o ato de evangelizar. Como bem sabemos, Jesus se dedicou arduamente à pregação do evangelho do reino em seu ministério. Veremos, a seguir, que ele nos ensinou a fazer o mesmo, através de seu exemplo.

1. O maior evangelista: Não há dúvidas de que Jesus é o nosso maior exemplo de uma vida devotada à evangelização. Ele era simplesmente incansável neste quesito. Marcos diz que, envolvido na evangelização, por vezes, Jesus não tinha tempo nem para comer (Mc 6:31). Mateus, por sua vez, relata que Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evange-lho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades (Mt 9:35).

Quando o assunto era pregar o evangelho, Jesus realmente não perdia tempo. Ele aproveitava cada chance que tinha para evangelizar; não deixava escapar nenhuma. Além disso, o mestre não tinha preconcei-tos: evangelizava pecadores tidos, por muitos, como “da pior espécie” (Lc 7:34), cobradores de impostos (Mc 1:15), estrangeiros (Lc 17:11-18), mestres da lei (Jo 3:1-10), religiosos (Mt 12:38-40), soldados romanos (Mt 8:5-13), homens, mulheres e crianças (Mt 14:21; 27:55; Mc 10:13-16).

Ele não discriminava ninguém! Sua vida era orientada pelo evange-lismo. Para Jesus, não havia lugares

impróprios para falar do evangelho. Por isso, ele pregava no templo (Jo 7:28), na sinagoga (Lc 5:15), no mon-te (Mt 5:1-2), em casa (Mc 2:1-2), na beira de um lago (Mc 2:13), em cima de um barco (Lc 5:1-3), sentado jun-to a um poço (Jo 4:6) e, também, em cidades e vilarejos (Mt 9:35). Para o Senhor Jesus, todo lugar era um es-paço apropriado para compartilhar a mensagem do evangelho.

Não restam dúvidas, portanto, de que ele é o maior missionário de to-dos os tempos. Afinal, muito antes de qualquer missionário transcultural deixar seu país para pregar o evan-gelho a pessoas de terras distantes, o próprio Jesus deixou os altos céus para vir à terra trazer-nos as boas no-vas do reino (Mt 11:4-5; Hb 3:1).

De acordo com as Escrituras, ele se esvaziou de sua glória e assumiu nossa natureza humana (Fp 2:5-8; Jo 1:14). Interessou-se pelas pesso-as e aceitou-as, independentemente de quem eram e do o estilo de vida que levavam. Ele fez amigos entre os excluídos da sociedade da época (Mt 11:19; Lc 7:34); tocou nos “into-cáveis”; abraçou os marginalizados. Em sua missão, curou os doentes; alimentou os famintos; deu vida aos mortos; andou de cidade em cidade; buscou os perdidos; tocou em lepro-sos; abraçou crianças; perdoou pros-titutas e restaurou mulheres despre-zadas, através do poder evangelho.

Sim, Jesus mergulhou num mun-do cheio de pecado e escuridão,

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32 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

a fim de lhe trazer a luz e a salva-ção (Jo 1:1-14). É isso que significa evangelizar. Certamente, não existe ninguém mais capaz de exemplificar com tamanha perfeição o que signi-fica, em essência, ser um missionário do que o próprio Jesus Cristo. Ele era comprometido com a evangelização e se tornou para todos nós um extra-ordinário exemplo a ser seguido.

2. A melhor estratégia: Em nos-sos dias, as prateleiras das livrarias evangélicas estão abarrotadas com li-vros oferecendo métodos e estratégias eficazes para a evangelização. Entre-tanto, quando observamos os passos de Jesus Cristo, chegamos à conclu-são de que a estratégia mais eficaz de evangelização não é, primordialmen-te, nenhuma ferramenta teológica ou estratégia eclesiástica (ainda que estas sejam importantes), mas um estilo de vida orientado pela evangelização.

Ter um estilo de vida orientado pelo evangelismo é compreender-se como um missionário 24 horas por dia. É compreender que, por meio de nosso trabalho, das atividades que desempenhamos, dos lugares que frequentamos e das amizades que desenvolvemos, podemos pregar o evangelho com mais facilidade e efi-cácia. Essa era a estratégia de Jesus. Podemos dizer que seu estilo de vida era evangelístico.

Jesus atraía os pecadores, ao con-trário de muitos cristãos, em nossos dias, que têm o prazer afastá-los. Seu jeito de agir e de falar, sua maneira

de viver diariamente, de tratar e, prin-cipalmente, de se relacionar com as pessoas era, em si mesmo, um pode-roso meio de pregação do evangelho. Jesus era diferente dos fariseus, que, por seu zelo e busca por santidade, não se relacionavam com os pecado-res, com medo de se contaminarem. Cristo não tinha esse problema.

Ele não ficava trancafiado dentro do templo de Jerusalém, isolado do mun-do, como um monge em um mostei-ro. Muito pelo contrário: ele estava, cotidianamente, nas ruas, dialogando e se relacionando com as pessoas. Seu templo era o ar livre e seu púlpi-to, os lugares pelos quais passava. A estratégia de Jesus era bem simples: desenvolver amizades com as pesso-as, na intenção de lhes compartilhar o evangelho do reino. Por isso, aqueles que o ouviam eram chamados de seus amigos (Jo 15:13-15; Lc 12:4).

Mais do que qualquer outra pes-soa, Jesus Cristo sabia que a melhor maneira de evangelizar os perdidos era movendo-se intencionalmente em direção a eles, indo onde estavam, encontrando-os onde viviam, relacio-nando-se e caminhando lado a lado com eles. Afinal, evangelizar sem ir e se relacionar com as pessoas em seu próprio contexto faz tanto sentido quanto um pescador esperar que o peixe vá buscá-lo em casa! É ilógico!

Esse é o motivo pelo qual Jesus era reconhecido por todos como amigo de publicanos e pecadores (Lc 7:34). A razão é que ele se envolvia com

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as pessoas, independentemente de quem eram ou de como viviam, com a intenção de lhes poder anunciar as boas novas. Ele desejava intensa-mente salvá-las. É tocante ver, nos evangelhos, o estilo de vida de Jesus: ele amava, aceitava e incluía todos os tipos de pessoas da sociedade.

Cada palavra, olhar ou gesto seu era um convite ao reino e um chama-do para ser seu discípulo. Seu amor pelos perdidos é fascinante e admi-rável! Jesus nos mostra que evange-lizar tem tudo a ver com o estilo de vida que desenvolvemos. É algo a ser

feito diariamente por todos nós, no contexto em que estamos inseridos, seja qual for.

Assim, Jesus Cristo é o melhor exemplo de alguém comprometido com a evangelização. Ele nos mostra que evangelizar é algo que fazemos nas situações mais simples e coti-dianas de nossas vidas – enquanto pegamos o ônibus, pagamos uma conta, esperamos na fila do mercado etc. A nós, seus discípulos, cabe ape-nas o dever de imitá-lo. Para tanto, veremos, a seguir, dois princípios que nos ajudarão nesse grande desafio.

01. Leia o primeiro parágrafo do item 1 e os seguintes textos bíblicos: Mc 6:31; Jo 4:34 e Mt 9:35. Após a leitura, converse sobre a dedicação de Jesus à tarefa de evangelizar.

02. Jesus tinha algum tipo de preconceito? Para ele, havia lugares impróprios para compartilhar o evangelho? Ele perdia alguma chance de evangelizar? Para responder essas questões, utilize o item 1.

03. Com base no item 2 e em Lc 7:34-35, comente sobre como Jesus era conhecido pelas pessoas. Fale sobre a estratégia de Jesus para evangelizar as pessoas.

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34 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

4. Ainda com base no item 2, discuta em classe sobre a melhor estratégia de evangelização que existe.

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

1. Compreenda esta tarefa! Pouco antes de ser ascenso aos

céus, Jesus Cristo disse: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura (Mc 16:15). Aqui está a tarefa de todo aquele que afirma seguir a Jesus Cristo. Precisa-mos, urgentemente, compreender que essa missão é de todos os que se dizem cristãos, não apenas de pastores ou missionários. Tragica-mente, muitos cristãos, atualmente, pensam que podem terceirizar esta responsabilidade pessoal. Estão tre-mendamente enganados!

Para Jesus Cristo, todo cristão deve ser um missionário em sua própria sociedade, no contexto em que está inserido, na cidade em que mora, nos lugares que fre-quenta, na empresa em que traba-lha, na faculdade em que estuda, na família a que pertence, nos gru-pos de amizade que possuí e em todos os demais relacionamentos que desenvolve. Tendo isso em vis-ta, faz todo sentido o que o gran-de pregador britânico do século dezenove, Charles Spurgeon, dizia:

Todo cristão é um missionário ou é um impostor.1

2. Engaje-se nesta tarefa!Jesus espera que todo cristão se

engaje na evangelização. Afinal, foi ele quem disse: Assim como o Pai me enviou, eu os envio (Jo 20:21). De acordo com a Bíblia, todo cris-tão é enviado ao mundo do qual foi tirado (Jo 17:13-17) com a missão de tornar homens e mulheres de todos os lugares em discípulos de Jesus Cristo (Mt 28:19-20; At 1:8; Mc 16:15). Fazendo eco a este en-sino, o apóstolo Pedro nos diz que fomos chamados para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pd 2:9).

É bom entendermos que “sair para o mundo”, a fim de fazer dis-cípulos para Jesus, não significa apenas viajar para uma nação dis-tante ou uma tribo indígena para evangelizá-la. O mundo também é a sociedade em que estamos inseridos ou qualquer grupo do qual participa-

1. Costa (2011:15).

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mos que ainda não reconhece Jesus como Senhor. É a este mundo que você e eu somos enviados por Cristo para fazermos discípulos. Pode ser “em nossa rua, em um escritório,

em uma loja, em uma escola, em um hospital, em uma fábrica ou até mes-mo em nossa família”.2

2. Dudley (2006:429).

05. Com base na primeira aplicação, pergunte a si mesmo se tem, de fato, compreendido corretamente a tarefa da evangelização. Será que você não a tem terceirizado?

06. Com base na segunda aplicação, reflita: Você tem se engajado na tarefa de evangelizar outras pessoas? Em seguida, discuta com a classe sobre o que significa “sair para o mundo”, a fim de fazer discípulos para Jesus.

DESAFIO DA SEMANA

Estamos chegando ao fim de mais um estudo. A cada sema-na, temos sido poderosamente desafiados por Deus a imitar Jesus Cristo, nosso Senhor, em determinado aspecto de sua vida. Hoje, não foi diferente. Fomos desafiados pela Escritura a imitá-lo, es-pecificamente, em seu comprometimento com a evangelização. Sendo assim, o desafio desta semana será o de se engajar nesta tarefa, nos lugares em que você está inserido.

Durante esta semana, aproxime-se de algumas pessoas com as quais você ainda não possui amizade em seu trabalho ou faculda-de, com a intenção de lhes poder compartilhar o evangelho. Preste atenção nas oportunidades que tiver para falar de Jesus. Além dis-so, quando perceber uma chance favorável, convide-os para parti-cipar de um pequeno grupo de estudo da Bíblia ou mesmo para ir à igreja. Creia: o Espírito Santo o ajudará.

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36 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 21 • BJ 272

610 DE MAIO DE 2014

Perdoe sempre

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OBJETIVO

Mostrar ao estudante o caráter do perdão que o Pai nos oferece em Cristo e incentivá-lo a perdoar sempre.

TEXTO BÁSICO

Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. (Cl 3:13)

LEITURA DIÁRIA

D 04/05 Ne 9:17-20

S 05/05 Sl 86:5

T 06/05 Mt 6:12, 14-15

Q 07/05 Mt 18:23-27

Q 08/05 Mt 18:28-35

S 09/05 2 Co 2:10

S 10/05 Ef 4:31-32

INTRODUÇÃONa lição desta semana, vamos aprender

com Jesus um dos passos mais desafiadores a ser posto em prática pelos seus discípulos: o perdão. Ninguém jamais recebeu tantas ofen-sas como nosso mestre. O profeta Isaías afir-mou que ele era desprezado e o mais indigno entre os homens (...), como um de quem os homens escondiam o rosto (...), e não fizemos dele caso algum (Is 53:3).

Todavia, ninguém jamais amou e perdoou tanto como Jesus. Ele não contabilizou mágo-as e rancores, enquanto viveu nesta terra. Je-sus perdoou aqueles que o difamaram, aque-les que o traíram, que o humilharam, que o feriram, que o mataram, e o desampararam. Sim, ele perdoou a todos. Ele é o nosso exem-plo. Sigamos os seus passos.

A Escritura revela que o Pai é compassivo e pronto a perdoar. A ele, pertence a misericór-dia e o perdão (Dn 9:9). Em Neemias 9:17, está

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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escrito que, apesar da rebelião de seu povo, Deus não o desamparou, pois é Deus perdoador (o que significa, literalmente, “Deus de perdões”). Em Jesus, o caráter perdoador do Pai é-nos revelado em sua plenitude. Nele, podemos não apenas receber, mas também oferecer perdão.

1. O significado do perdão: No Novo Testamento, duas palavras gregas são utilizadas para referir-se ao perdão: aphiemi e charizomai. A primeira tem o sentido de “deixar ir, abrir mão de, deixar de lado uma dívida”; a segunda significa fazer “algo confortável a outra pessoa, fa-zer um favor, mostrar-se generoso, benevolente”. Logo, podemos dizer que o perdão é a escolha ou a deci-são de “deixa ir” o ressentimento; é “abrir mão” da vingança ou da com-pensação, quando alguém nos fere.1

É comum ouvirmos pessoas dize-rem: “Eu não consigo sentir o per-dão!”. É importante um esclareci-mento aqui. Para começar, perdão não é um sentimento, mas uma es-colha; não é algo que sentimos, mas um ato que praticamos. Neste senti-do, o perdão é um ato jurídico.

Quando alguém nos ofende ou nos machuca ou peca contra nós, viola o equilíbrio e a paz entre pesso-as. Esse pecado cria, por assim dizer, uma “dívida”. Essa “dívida” pode ser resolvida de duas formas: sendo paga, por compensação (vingança,

1.McCall (2009:110)

retratação), ou perdoada, com base na proposta da cruz, pois lá Jesus Cristo cancelou o nosso débito, ao sofrer o castigo que merecíamos. Em Isaías 53, lemos que ele levou sobre si as nossas enfermidades, (...) o cas-tigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sara-dos (Is 53:4-5).

Então, o que é perdoar? Não é um exercício emocional, mas, sim, um exercício legal, como acontece em tri-bunais. Perante o Senhor, em oração, dizemos: “Senhor, quanto a mim, eu abro mão de qualquer tipo de com-pensação, eu reconheço que esta pessoa tem uma pendência comigo, mas eu perdoo desta dívida”. Perdão é um gesto de generosidade, bonda-de e graça para com o ofensor. Per-doar é mostrar-se favorável a alguém, mesmo quando essa pessoa nos fere. Isso não significa minimizar a ofensa, mas exaltar a graça (Jo 8:1-11).

2. A importância do perdão: Sem perdão, nossa vida seria insu-portável e viveríamos em perma-nente estado de guerra; isso por-que é impossível nos relacionarmos, sem, em algum momento, ferirmos ou sermos feridos. Se não hou-ver cuidado, de repente, o veneno de não perdoar agirá implacável e devastadoramente. Ninguém está imune a ser magoado.2 Por isso, destacamos três razões pelas quais o perdão é importante.

2. Brito (2012:120)

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38 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Em primeiro lugar, o perdão é importante para preservar a comu-nhão com Deus. Jesus mostrou, na parábola do credor incompassivo, que este desfrutava da misericórdia de seu senhor, até que fora flagra-do recusando-se a conceder a outra pessoa o mesmo tratamento que ha-via recebido. Como consequência, a misericórdia de seu senhor transfor-mou-se em indignação (Mt 18:23-35). A falta de perdão impede até mesmo que nosso culto seja aceito (Mt 5:23,24).

Em segundo lugar, o perdão é importante para manter a saúde. Es-tudos científicos têm demonstrado que aprender a perdoar pode ajudar indivíduos de meia idade a evitar do-enças cardíacas.3 Na Parábola do ser-vo impiedoso, registrada em Mateus 18:21-35, Jesus nos ensina que a fal-ta de perdão é sinônimo de prisão e angústia. Quem não perdoa é entre-gue aos flageladores da consciência. O perdão é a assepsia da alma, a fa-xina da mente, a cura das memórias amargas4 (Sl 32:3; 38:3).

E em terceiro lugar, o perdão é im-portante para não sermos vencidos por Satanás. Segundo as Escrituras, ira e amargura guardadas podem tornar-se veneno em nosso interior (Ef 4:26,27; Hb 12:15). Perdoar sin-

3. Disponível em: <http://www.selecoes.com.br/mundo_melhor/o-poder-do-perdao_3154.htm>Acesso em 18 de outubro de 2013).

4. Lopes (2008:196)

ceramente o ofensor, na presença de Cristo, impede que Satanás exerça vantagem sobre nós (2 Co 2:10,11). Sendo assim, o perdão é uma ne-cessidade de todos. É uma questão de sobrevivência. Você perdoa ou adoece, perdoa ou vive amargurado. O perdão é um meio que Deus nos concede de fazermos uma higiene mental, de termos saúde e de alcan-çarmos paz interior.

3. A maneira do perdão: O favor de Deus em Cristo é nosso maior re-ferencial de perdão. Nele, Deus não apenas nos concede o seu perdão, mas também nos ensina a perdoar. Nosso Senhor nos ensina a não usar-mos a ofensa para tripudiar sobre o agressor, mantendo-o sob nosso controle. O perdão não escraviza, mas liberta! O perdão de Jesus não depende dos méritos do ofensor. Quando o Senhor nos perdoou, éra-mos ainda pecadores, incapazes de quitar a dívida (Rm 5:6-10).

Um exemplo desse tipo de perdão praticado por Jesus foi visto na cruz, quando ele clamou: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazen-do (Lc 23:34). Ali, enquanto sentia as dores da ofensa, ele não espe-rou por sinais de arrependimento. Para perdoar, não procurou razões no coração dos ofensores, mas em seu próprio coração. O que Cristo fez foi tratar o problema e cortar o mau pela raiz. Ele poderia exigir uma compensação, poderia até morrer rancoroso, mas escolheu perdoar.

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www.portaliapportaliap.com.br 39

O perdão de Jesus não se impor-ta com o tamanho da dívida. Cristo sofreu terríveis afrontas de seus opo-sitores; contudo, seu amor generoso sobrepujou o ódio. Na parábola do credor incompassivo, a dívida do pri-meiro devedor era muito maior que a do segundo. Nossa dívida com o Pai também era infinitamente maior que qualquer outra que alguém pos-sa cometer conosco.

O perdão de Jesus é sem limites. Não há como ter garantia de que as pessoas não voltarão a cometer er-ros, depois de serem perdoadas. Per-doar é abrir o coração para a possibi-lidade de ser magoado novamente.5 A matemática dos setenta vezes sete

5. Brito (2012:121-122)

não propõe um limite para suportar um ofensor; pelo contrário, enfatiza nosso dever de perdoar quantas ve-zes forem necessárias (Lc 17:3-4).

O perdão de Jesus é espiritual. Perdoar não é fruto de mero esforço humano. Não se trata, tão somente, de uma simples disposição mental. A atitude perdoadora faz parte da experiência da regeneração. O tem-peramento não-inclinado a perdoar é incompatível com a regeneração6 pois o perdão provém de nossa união com Cristo, através de seu amor der-ramado em nosso coração pelo Espí-rito (Rm 5:5; Cl 3:12-17). Então, que o Espírito Santo ajude você a praticar o perdão ensinado por Jesus.

6. Champlin (1980:325)

01. Leia Ne 9:17; o item 1, e responda: Quais são os significados da palavra perdão? É certo dizer: “Eu não consigo sentir o perdão”? Por quê?

02. Leia Mt 5:23,24; Sl 32:3; Ef 4:26,27; o item 2, e comente com a classe sobre a importância do perdão. O que acontece conosco, quando não perdoamos?

03. À luz de Lc 23:34 e Mt 18:23-35, discuta com a classe sobre as duas primeiras características do perdão de Jesus apresentadas no item 3.

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40 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

04. Como devemos lidar com pessoas que nos ferem repetidas vezes? Onde podemos encontrar forças para perdoar? (Lc 17:3-5; Cl 3:12-17).

1. Para perdoar sempre, cultive as virtudes espirituais.

Somente poderemos “suportar” as queixas que temos uns contra os outros se buscarmos virtudes como: humildade, paciência, compaixão e mansidão (cf. Ef 4:1-3; Cl 3:12-13). Essas virtudes são próprias de Jesus. O seu cultivo só é possível através da ação do Espírito Santo em nós. Per-doar não é uma atitude carnal; é re-sultado do fruto do Espírito operando em nosso pensar, nosso agir e nosso falar (Gl 5:22; Ef 4:29-32; 5:18-21).

Não há espaço para a amargura no coração de um seguidor do Cris-to que pratica o perdão.7 Portanto, fique longe da amargura, da raiva e da maledicência. Desvie-se daqueles que gostam de promover divisões na igreja. Deixe-se encher mais e mais do Espírito Santo, lendo as Escritu-

7.McCall (2009:112)

ras, orando e louvando ao Senhor com canções espirituais. Quem não perdoa, torna-se cativo do seu de-safeto.8 Não seja escravo da mágoa; seja discípulo de Cristo!

2. Para perdoar sempre, recor-de os perdões recebidos.

Em geral, sentimos dificuldades em perdoar os outros por nos sen-tirmos superiores a eles. Pensamos: “Quem ele pensa que é para me di-zer isso! Ele não é melhor que eu”. Perceba que facilmente podemos li-dar com as desavenças dos outros, mas, quando nós mesmos somos diretamente afetados, logo procura-mos nossos direitos, exigimos retra-tação, punição ou revidamos “com a mesma moeda”. Mas será que essa é a forma certa de pensar e agir?

O que fazer, quando temos “di-reito” a uma compensação? A Bíblia

8. Lopes (2008:187)

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

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nos manda perdoar, usando como base o fato de que também fomos perdoados por Deus de um débito ainda maior. Logo, não somos me-lhores que nossos ofensores. Jesus tinha todo o direito de nos cobrar a dívida, mas resolveu nos perdoar. Na verdade, ele fez mais do que isso

por nós: Ele pagou a dívida em nos-so lugar! Além disso, ele continua a nos perdoar. Por isso, Paulo escre-veu: Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns com os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou (Cl 3:13 – grifo nosso).

05. Relacione as virtudes que você pode cultivar, para ter um coração perdoador. Leia também Ef 4:1-3; Cl 3:12-13; Gl 5:22.

06. Após ler a segunda aplicação e Cl 3:13, comente a frase: “Para perdoar sempre, recorde os perdões recebidos!”.

DESAFIO DA SEMANA

Querido estudante, provavelmente, todos iremos concordar que é mais fácil falar de perdão do que exercitá-lo. Entretanto, se nosso Mestre nos ordenou, podemos ter a certeza de que é possível perdoar e pedir perdão. Lembre que a base para sermos perdoadores não é a maneira como somos tratados pelos outros, mas, sim, o modo como Cristo nos tratou.9

Revista-se do Senhor e, bondosamente, perdoe o irmão faltoso. Se você feriu alguém, procure essa pessoa, admita seu erro, humilde-mente, e peça-lhe perdão. Saiba que perdoar não é um gesto de fra-queza, nem de superioridade. Suportar repetidas vezes o irmão que erra não significa minimizar a ofensa, mas exaltar a graça (Rm 5:20b).

9. McCall (2009:112)

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42 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 130 • BJ 7

717 DE MAIO DE 2014

Tenha paciência

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OBJETIVO

Apresentar Jesus como o principal modelo de paciência e encorajar o estudante a segui-lo.

TEXTO BÁSICO

Todavia (...), me foi concedida misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus, demonstrasse toda a grandeza da sua paciência. (1 Tm 1:16)

LEITURA DIÁRIA

D 11/05 Ex 34:6

S 12/05 Sl 103:8

T 13/05 Rm 2:4; 9:22

Q 14/05 1 Tm 1:16

Q 15/05 2 Co 1:6

S 16/05 Tg 5:7-8

S 17/05 Hb 6:12

INTRODUÇÃOVocê se considera alguém que possui

paciência? Pense nas seguintes situações: Quando liga o seu computador para aces-sar a internet e a página “demora” mais de 15 segundos para abrir, como você se sente? Quando está dirigindo e alguém o corta a frente numa estrada ou rua, como reage? Quando pega um ônibus ao lado de alguém que fala alto no celular, o que pas-sa pela sua mente?

Quando seu cônjuge faz algo que não o agrada, que atitude costuma tomar? Quanto você consegue aturar uma criança barulhenta? Quanto tempo você consegue conversar com aquele parente seu, idoso, que conta sempre as mesmas histórias com a mesma empolgação? Dependendo de como respondeu a essas perguntas, você já pode ter uma noção do quanto é ou não paciente. A presente lição trata justamente da necessidade de sermos pacientes, assim como Jesus.

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Você já deve estar acostumado com a proposta desta série de lições. Esta é o sétimo estudo em que ob-servaremos uma faceta do compor-tamento de Jesus e seremos desafia-dos a segui-lo. Desta vez, aprendere-mos como refletir melhor a paciência de nosso Senhor em nosso dia-a-dia. E o que é a paciência? Como imitar Jesus? Vejamos.

1. A plena paciência de Jesus: A paciência é uma qualidade aplica-da a Deus, de forma constante, nas páginas das Escrituras Sagradas (cf. Êx 34:6; Ne 9:17; Sl 103:8, 86:15, 145:8; Rm 2:4, 9:22; 1 Tm 1:16; 2 Pd 3:9,15). Dentre estes textos, des-tacamos aquele que serve de base para esta lição. Paulo afirma, com todas as letras, que Jesus é grande em paciência (1 Tm 1:16).

A KJV apresenta a expressão “grandeza de sua paciência”, bem como a NVI. A palavra traduzida por “paciência”, neste versículo, é makrothumia, por sinal, muito rica em significados. É formada por duas outras: makros, que significa “gran-de” ou “longo”, e thumos, que significa “ânimo” ou “disposição”. A ideia é de “grande ânimo” ou “grande paciência”.

Makrothumia expressa, segundo Barclay,1 uma certa atitude para com

1. Barclay (2000:88).

as pessoas e os eventos: 1) Para com as pessoas, pela ideia de paciência inesgotável e de esperança constan-te em relação a elas, por mais desa-gradáveis que sejam; 2) para com os eventos, pela ideia de esperança e fé permanentes, por mais obscura que seja a situação ou por mais incompre-ensíveis que os eventos se mostrem.

O apóstolo Paulo afirma que Je-sus possuía essa qualidade de modo acentuado: ... a grandeza da sua paciência. A palavra “grandeza” também poderia ser traduzida por “plenitude”. Jesus possui paciência de modo pleno. Ele não era e não é “meio” paciente. O que seria de nós, se isso não fosse verdade? É um grande desafio imitá-lo.

2. Um exemplo da paciência de Jesus: Qual a razão de Paulo afirmar que Jesus é pleno em paciência? Sua própria vida! Ele disse: ... em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus de-monstrou toda a grandeza da sua pa-ciência, usando-me como um exem-plo para aqueles que haveriam de crer para a vida eterna (1 Tm 1:16 – NVI).

O apóstolo tinha a certeza da pa-ciência de Jesus em relação a sua vida. Antes da conversão, Paulo era um perseguidor da igreja (At 7:59-8:1), mas, ao encontrar-se com Cris-to, foi transformado (At 9:1-9) em um grande servo de Deus (At 9:20-25). Paulo merecia a morte; entre-

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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44 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

tanto, Cristo, “longe de castigá-lo como merecia, chegou a fazer dele um vaso escolhido”.2

Jesus salvou o “principal dos peca-dores”, a fim de mostrar um de seus surpreendentes atributos, a “paciên-cia”. Ao “invés de esmagar este as-sassino perseguidor, Jesus o tolerou dia após dia doloroso, semana após semana dolorosa, mês após mês doloroso”.3 Jesus esperou o momen-to certo e o perdoou dos seus hor-ríveis delitos, colocando-o no apos-tolado e dando-lhe forças para cada dia. Que bom que Deus é diferente do homem! A paciência de Deus “aguarda, ao passo que a impaci-ência do homem já há muito tempo teria agido em ira destrutiva”.4

O que aconteceu com Paulo, como ele mesmo disse, é uma es-pécie de amostra do que Deus faria a milhares de milhares de pessoas que viriam a acreditar em Cristo em todos os tempos.5 Jesus foi pacien-te apenas com Paulo? Certamente, não! Ele foi e continua sendo pacien-te conosco. Devemos ser do mesmo modo. Precisamos seguir seu exem-plo e ser pacientes com as pessoas com as quais convivemos (Ef 4:2).

3. A fonte da paciência de Je-sus: A paciência de Jesus é fruto de seu coração santo. O evangelista Ma-

2.Kelly (1983:60).

3. McCall (2009:105).

4. Barclay (2000:91).

5.Idem.

teus nos revela o coração do Senhor, ao registrar aquilo que ouviu do mes-tre: ... aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma (Mt 11:29 – grifo nosso). Mansidão e humildade, aqui, são duas outras vir-tudes necessárias para quem deseja ser paciente como Jesus.

Vamos entender estas duas pa-lavras? A palavra “manso” poderia ser traduzida também por “gentil”, “moderado”, “meigo” ou “amisto-so”. Sem mansidão, não consegui-mos ser tolerantes com aqueles que tropeçam. Na primeira vez em que alguém faz algo errado, perdemos a paciência e explodimos em raiva. O texto também diz que Jesus é “hu-milde”. Quem é humilde, tem facili-dade para praticar gentilezas e servir o próximo6, e isso faz parte da na-tureza de nosso Senhor. Essas duas palavras (manso e humilde) mostram a beleza do coração de Deus.

Jesus disse: ... sou manso e humil-de de coração. A palavra destacada, coração (gr. cardias), é a essência da personalidade do Senhor, ou seja, a essência de Cristo é mansidão e hu-mildade. Só é paciente quem cultiva no coração essas qualidades. Deve-mos aprender com Cristo a desempe-nhar nossa paciência com nosso pró-ximo. Devemos esperar as pessoas ca-minharem rumo às mudanças, afinal ninguém muda da noite para o dia.

6. Champlin (2001:182).

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Só alcançaremos tal paciência se cul-tivarmos esses valores vistos em Jesus.

Observamos, nesta primeira par-te da lição, como Jesus é paciente para conosco. Sua paciência brota de seu coração manso e humilde e é demonstrada em sua atitude de

perdão e salvação para com os que creem em sua graça. Sabendo des-sas coisas, capacitados com seu po-der, devemos imitar o mestre Jesus em sua paciência. Seremos desafia-dos a essa atitude, na próxima parte deste estudo.

01. Você se considera uma pessoa paciente? Considere as questões apresentadas na introdução para ajuda-lo na resposta.

02. Explique à classe o significado da palavra “longanimidade” ou “paciência”, encontrada em 1 Tm 1:16.

03. Comente sobre como o exemplo de transformação operado por Jesus na vida de Paulo evidencia sua paciência. Leia At 26:9-14; 1 Tm 1:16.

04. Baseado no Texto de Mt 11:29, fale sobre os significados de mansidão e humildade presentes no texto. Comente sobre a importância de “cultivar” valores como os de Jesus.

1. Tenha paciência, mesmo diante de situações difíceis.

Quando recebemos a Cristo

como Senhor da nossa vida, o Es-pírito Santo começa a imprimir em nós o caráter de Cristo. Algumas

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

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46 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

das facetas deste caráter estão re-gistradas em Gálatas 5:22, na lista que chamamos de fruto do Espírito. Uma delas é a paciência. O Espírito trabalha em nós para que sejamos pacientes como Jesus. E imagine que palavra aparece na língua ori-ginal? Makrothumia! Lembra o que já afirmamos? Jesus era pleno dessa qualidade. Permitamos que o Espíri-to nos ajude a exercitar essa virtu-de, cada vez mais.

Todos os dias, somos submeti-dos a situações diante das quais precisamos desenvolver essa ha-bilidade dada por Deus. Na fila do banco, no trânsito, diante de uma doença incurável, na espera de uma resposta (humana ou di-vina). Enfim, a vida nos apresenta várias situações que nos permitem praticar a paciência exigida para o momento. Por isso, tenhamos pa-ciência, como Jesus, em cada uma dessas situações, por mais compli-cadas que sejam.

2. Tenha paciência, mesmo diante de pessoas difíceis.

A conversão de Paulo foi uma amostra de como Deus pode perdo-ar alguém que tanto mal fez. Paulo conheceu a paciência divina (Rm 2:4). Após sua mudança de vida, o apóstolo procurou retribuir o trata-mento paciente de Deus sendo tam-bém com as pessoas.

Devemos agir da mesma forma: Sejam humildes e amáveis. Sejam pacientes uns com os outros, tendo tolerância pelas faltas uns dos outros por causa do amor, entre vocês (Ef 4:2 – BV). Devemos esperar a trans-formação de cada um, no devido tempo: a mudança das palavras, do vestuário mais descente, da frequ-ência mais assídua nas reuniões da igreja. Quem sabe você precisa de paciência para ver seu cônjuge trans-formado, seu filho restaurado, sua filha mudada. Seja qual for a situa-ção, permaneça orando e ajudando. Tenha paciência!

05. Como você tem lidado com situações que facilmente o tiram do sério?

06. Pense em atitudes concretas para demonstrar mais longanimidade para com as pessoas.

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Esta série de lições desafia-nos, a cada semana, a seguir dia-riamente os passos de Jesus Cristo. Ele é nosso modelo! Neste estudo, aprendemos que o Senhor tem um coração paciente. Por ser assim, trata-nos com grande paciência. Temos a grande missão de cultivar paciência em nosso coração e de demonstrar essa qua-lidade às pessoas que conhecemos.

Nosso desafio, nesta semana, é alistar algumas coisas que nos fazem “esquentar a cabeça” rapidamente. Coloque diante de Deus, em oração, cada situação, e, ao se deparar com elas, tenha uma ação diferente. Também apresente a Deus uma pessoa com quem você precisa insistir para que se aproxime do Senhor e tome um novo rumo na vida; se possível, encontre-se com ela e reforce seu apoio.

DESAFIO DA SEMANA

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Os ceifeiros, os frutos e os campos

Sumaré, 28 a 30 de novembro de 2014

Faça a sua inscrição e participe!Informações nas páginas seguintes

50ªAssembleiaGeral

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Sumaré, 28 a 30 de novembro de 2014

50ªAssembleiaGeral

FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome:

Endereço:

Bairro: Cidade: UF:

Cep: Fone: ( )

E-mail:

Idade: Pastor Presbítero Diácono Membro

Convenção a que pertence:

FORMA DE PAGAMENTO(assinale a opção desejada)

INSCRIÇÃO PARA 3 DIAS – R$ 370,00

1 x R$ 370,00 com cheque para até o dia 14/11

2 x R$ 185,00 com cheque para os dias 14/10 e 14/11

3 x R$ 124,00 com cheque para os dias 14/09, 14/10, 14/11

4 x R$ 93,00 com cheque para os dias 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

5 x R$ 74,00 com cheque para os dias14/7, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

6 x R$ 62,00 com cheque para os dias 14,06, 14,07 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

7 x R$ 53,00 com cheque para os dias 14/05, 14/06, 14/07, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

8 x R$ 47,00 com cheque para os dias 14/04, 14/05, 14/06, 14/07, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

INSCRIÇÃO PARA 2 DIAS – R$ 268,00

1 x R$ 268,00 com cheque para até o dia 14/11

2 x R$ 134,00 com cheque para os dias 14/10 e 14/11

3 x R$ 90,00 com cheque para os dias 14/09, 14/10, 14/11

4 x R$ 67,00 com cheque para os dias 14/08, 14/09, 14/10, 14/11 5 x R$ 54,00 com cheque para os dias14/7, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11 6 x R$ 45,00 com cheque para os dias 14,06, 14,07 14/08, 14/09, 14/10, 14/11 7 x R$ 39,00 com cheque para os dias 14/05, 14/06, 14/07, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11 8 x R$ 34,00 com cheque para os dias 14/04, 14/05, 14/06, 14/07, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

INSCRIÇÃO PARA 1 DIA com hospedagem – R$ 146,00

1 x R$ 146,00 com cheque para até o dia 14/11

2 x R$ 73,00 com cheque para os dias 14/10 e 14/11

3 x R$ 49,00 com cheque para os dias 14/09, 14/10, 14/11

4 x R$ 37,00 com cheque para os dias 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

5 x R$ 30,00 com cheque para os dias 14/7, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

6 x R$ 25,00 com cheque para os dias 14,06, 14,07 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

7 x R$ 21,00 com cheque para os dias 14/05, 14/06, 14/07, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

8 x R$ 19,00 com cheque para os dias 14/04, 14/05, 14/06, 14/07, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

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Para quaisquer informações adicionais, entre em contato com a Secretaria Geral:Telefone: (11) 3119-6457, falar com Irma Velázquez – [email protected]

PROCEDIMENTO PARA INSCRIÇÃO

ü Preencha todos os campos da ficha, assinalando a opção de pagamento desejada, de acordo com a quantidade de dias de sua participação e tipo de hospedagem.

ü Deposite o valor equivalente a sua escolha no banco BRADESCO, Ag. 99-0 – C/C 295411-7; destaque a ficha de inscrição (devidamente preenchida); anexe cópia do comprovante do pagamento ou cheques preenchidos, nominais à CONVENÇÃO GERAL DAS IGREJAS ADVENTISTA DA PROMESSA e remeta-os, via correio, para:

Secretaria Geral da IAP Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo, SP – CEP 01014-000

ü Você também pode enviar sua solicitação de inscrição via fax: (11) 3119-6458.

INSCRIÇÃO PARA 1 DIA sem hospedagem, com refeições – R$ 86,00

1 x R$ 86,00 com cheque para até o dia 14/11

2 x R$ 43,00 com cheque para os dias 14/10 e 14/11

3 x R$ 29,00 com cheque para os dias 14/09, 14/10, 14/11

4 x R$ 22,00 com cheque para os dias 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

5 x R$ 18,00 com cheque para os dias14/7, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

6 x R$ 15,00 com cheque para os dias 14,06, 14,07 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

7 x R$ 13,00 com cheque para os dias 14/05, 14/06, 14/07, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

8 x R$ 11,00 com cheque para os dias 14/04, 14/05, 14/06, 14/07, 14/08, 14/09, 14/10, 14/11

INSCRIÇÃO COM HOSPEDAGEM NO HOTEL MAPLE VILLAGE

Os valores das diárias dos apartamentos da hospedagem tipo “Hotel Maple Village” serão:

Apartamento para 1 pessoa: R$ 210,00 (por pessoa)

Apartamento para 2 pessoas: R$ 110,00 (por pessoa)

Apartamento para 3 pessoas: R$ 75,00 (por pessoa)

Apartamento para 4 pessoas: R$ 65,00 (por pessoa)

Para o participante que se hospedar no hotel, o valor do pacote para o mesmo será: o valor do pacote -15% + diárias do hotel. Exemplo: Participante com o pacote 1 de R$ 370,00, que ficará hospedado com outras

2 (duas) pessoas no “Maple Village”:

Valor do pacote: R$ 315,00 (R$ 370,00 -15%) Diárias do hotel: R$ 225,00 (3 dias x R$ 75,00 por pessoa)

Total participante: R$ 540,00

Obs.: As hospedagens no hotel com 4 (quatro) pessoas no apartamento será utilizado beliche.

IMPORTANTE: APÓS O DIA 14/11/2014, A INSCRIÇÃO SERÁ EFETUADA SOMENTE NO LOCAL, COM REAJUSTE:

• 3 DIAS (sexta, sábado e domingo) – R$ 460,00 • 2 DIAS (sábado e domingo) – R$ 350,00 • 1 DIA (sábado) – R$ 190,00

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SÁBADO ESPECIAL – CONGRESSO DE MISSÕES

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM!

29 de novembro de 2014

SÁBADO MANHÃ

SÁBADO TARDE

SÁBADO NOITE

agentes da colheita

resultados da colheita

desafios da colheita

“A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara” - Mateus 9:37-38

“E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé.” - Atos 14:27

“Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.” - João 4:35

Faça a sua inscrição no Portal IAP (www.portaliap.com.br) ou use a ficha no verso desta página.

Os ceifeiros:

Os frutos:

Os campos:

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48 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 34 • BJ 12

824 DE MAIO DE 2014

Ande em santidade

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OBJETIVO

Explicar que os discípulos de Jesus devem ter um viver diferenciado, sempre buscando santidade e coerência.

TEXTO BÁSICO

E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. (Jo 17:19)

LEITURA DIÁRIA

D 18/05 1 Co 1:30-31

S 19/05 Jo 17:17-19

T 20/05 2 Co 7:1

Q 21/05 Hb 12:14

Q 22/05 1 Ts 4:3-7

S 23/05 1 Pd 3:14-15

S 24/05 Ap 22:11

INTRODUÇÃOOnde está, nos dias atuais, aquela antiga

ênfase cristã de que devemos viver em san-tidade? Embora o número de evangélicos tenha aumentado (22,2% dos brasileiros1) o número de contradições e maus testemu-nhos não diminuiu. Muitos dos que se dizem seguidores de Cristo continuam levando uma vida que contradiz a vida e os ensinos de Jesus.

Andar em santidade significa ter um viver consagrado ou separado para Deus. E a es-sência da “santidade” é ser dedicado a Deus e aos seus propósitos.2 Stott3 definiu santidade como “semelhança com Cristo, e semelhan-ça com Cristo é o propósito eterno de Deus para seus filhos”. Assim sendo, nesta lição, aprenderemos o que é andar em santidade, segundo Jesus.

1. Disponível em: <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2012/06/numero-de-evangelicos-aumenta-61-em-10-anos-aponta--ibge.html> Acesso em 30/11/2013.

2. McCall (2009:55).

3. Apud Dudley (2006:310).

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A essência da santidade é viver para os propósitos de Deus; viver para agra-dar a Deus, em vez de viver para os próprios interesses e prazeres.4 Essa foi a maneira como Jesus viveu. Os seus passos nunca foram dados para si mes-mo, mas sempre para o agrado do Pai. A santidade tem sido muito buscada, e muitos modelos têm sido apresen-tados, mas nunca podemos esquecer que Jesus é o modelo que devemos se-guir. Ele é o padrão de santidade, por que não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca (1 Pd 2:22-23). Ao observamos os passos de Jesus, encontramos algumas marcas da vida em santidade que ele propõe.

1. Uma vida não omissa: Jesus morou, estudou, ensinou, pescou e comeu no mundo. Ele estava in-serido numa sociedade; andou e se relacionou com pessoas. Conviveu com seus dilemas e desafios; en-frentou tentações e sofreu pressões da cultura vigente. Diz a Bíblia que foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas não pecou (Hb 4:16). Vale destacar que, diante das práticas e padrões apresentados pelo mundo, Jesus nunca se omitiu, ou seja, ele não se conformou, nem se calou. Conviveu em meio aos pe-cadores, andou e comeu com eles (Mc 2:15-16; Lc 5:30); porém, nun-ca compartilhou de seus erros. Nun-

4. Idem.

ca deixou de denunciar as injustiças e pecado.

Jesus viveu no mundo, mas tinha a nítida noção de que não era do mundo (Jo 17:14,16), ou seja, suas atitudes e caráter não foram for-matados pelo mundo.5 Porém, essa convicção não levou Jesus a se isolar do mundo. Muito pelo contrário, a santidade de Jesus foi de ação contra o pecado: Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. O escravo não tem lugar permanente na família (Jo 8:34-35).

Jesus não se omitiu e nadou contra a corrente. Seus valores eram os valores do Reino e ele não os negociava. Nun-ca se eximiu de dizer o que era para ser dito. Quando precisou, denunciou a falsa religiosidade, não se omitiu (cf. Mt 23). Quando precisou enfrentar àqueles que oprimiam os mais fracos, não retrocedeu (Mc 11:15-19). Ele foi xingado de tudo quanto é nome, mas não reagiu. Sofreu em silêncio, con-tente em deixar Deus acertar as coisas (1 Pd 2:23 – AM). Quando maltratado, não fazia ameaças (1 Pd 2:23b – ARA). É um grande desafio imitá-lo nisso, mas é para isso que somos chamados.

2. Uma vida não arrogante: Hoje em dia, parece difícil equacionar san-tidade e humildade. Mas isso foi exa-tamente o que Jesus fez. A humildade divina era o segredo de sua vida, sua

5. Hendriksen (2004:767).

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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50 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

morte e sua exaltação.6 Jesus nunca se colocou acima das demais pessoas, por serem pecadoras. Mesmo sendo Deus, assumiu a forma de servo, tornando-se humano, e não exigiu privilégios espe-ciais, mas viveu uma vida abnegada e obediente (Fp 2:8 – AM).

Jesus nunca usou sua divindade como pretexto para a autopromoção ou a autoproteção; ele escolheu “não agarrar-se aos privilégios que eram seus por direito”.7 Jesus nunca fez questão de falas, olhares e aplausos das pesso-as, diante do seu viver. O alvo da sua vida estava em que os homens vissem o seu modo de viver e, assim, glorifi-cassem ao Pai, que está nos céus. Ele agia assim e queria que seus discípulos fizessem o mesmo (Mt 5:16).

A principal marca da santidade fal-sificada é a falta de humildade.8 Nós, que buscamos santidade, precisamos estar atentos, sempre olhando para Jesus, para que não aconteça que o que foi começado pelo Espírito seja dominado pelo orgulho. A verdade é que a humildade é a beleza da santi-dade. Cuidemo-nos, então, para que não busquemos santidade apenas aos olhos dos homens, como os fariseus, que praticavam boas obras para se-rem vistos (Mt 23:5). Tudo que esses religiosos denunciados por Jesus fa-ziam era com vista a serem aplaudi-dos, o que é lamentável.

6. Murray (2005:66).

7. McCall (2009:29).

8. Murray (2005:66).

3. Uma vida não julgadora: Os religiosos da época de Jesus não es-tavam sempre de prontidão somente para serem elogiados e parabeniza-dos; também estavam prontos a en-contrar e apontar os defeitos e erros dos outros. Eles andavam exatamente no caminho oposto de Jesus, que esta-va sempre pronto e disposto a acolher os mais diversos tipos de pecadores.

É interessante analisar que a prin-cipal acusação dos escribas e fariseus contra Jesus era: Por que o mestre de vocês come com publicanos e “pecadores”? (Mt 9:11). A vida santa que Jesus propõe não é excludente e julgadora; antes, acolhe os pecado-res e lhes oferece a chance do arre-pendimento e da conversão. Não se vive em santidade numa redoma de vidro, apontando o dedo para os que estão fora.

O grande impacto da vida de Je-sus foi justamente sua postura dian-te dos pecadores. Numa sociedade que excluía e julgava, Jesus fez ques-tão de ter, perto de si, gente que necessitava da graça e do perdão de Deus. A santidade que Jesus propõe não é uma santidade que esbraveja: “Apedreja!”, diante de pecadores surpreendidos em seu pecado; antes é uma santidade que diz: ... eu não te condeno, eu não te julgo; vai e não peques mais (Jo 8:11).

4. Uma vida não preconceitu-osa: Na mais longa oração de Jesus por seus discípulos, ele pediu ao Pai: ... eles não são do mundo, como tam-

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bém eu não sou. Não peço que os ti-res do mundo, e sim que os guardes do mal. (...) Santifica-os na verdade (Jo 17:14-15, 17). O que Jesus quis dizer, ao afirmar que os santos não são do mundo? Obviamente, não estava pen-sando em mundo como sinônimo de pessoas ou espaço físico, geográfico.

O “mundo” inimigo de Deus e dos discípulos de Jesus, que estão na tri-lha da santidade, é um sistema de va-lores corrompidos em que Deus não é Senhor e que tem como chefe Sata-nás. Diante disso, não ser do mundo, para Jesus, significa não fazer parte de um padrão de conduta que é con-tra a vontade de Deus. Quando ele orou para que seus discípulos fossem santificados, queria dizer: “Concede que esses discípulos não entrem no domínio de Satanás, pois eles defini-tivamente não pertencem ao seu do-mínio. Eles são teus e meus; eles não

pertencem ao mundo perverso”.9 Isso, porém, não implica não se rela-

cionar com pessoas que consideramos pecadoras. Jesus se relacionou com pessoas pecadoras, mal-vistas pela so-ciedade da sua época. Ele não se im-portou em ser rotulado como amigo de pessoas de má fama (Mt 11:19). Essa era a sua maneira de lhes mostrar Deus e lhes apresentar os valores do reino. Vivamos uma vida de santidade, que aproxima os pecadores de Deus.

A Bíblia é bem clara em dizer que os passos de Jesus nunca foram dados, a não ser em santidade. Por isso, ele deve ser sempre nosso padrão. Em se tra-tando de santidade, quem melhor para nos espelharmos do que Jesus? Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado (Hb 4:15).

9. Hendriksen (2004:768).

01. De acordo com a introdução, aponte algumas razões por que o número de evangélicos aumentou, mas, ao mesmo tempo, tal fato parece não gerar uma mudança em nossa sociedade?

02. Leia o item 1; Hb 4:16; Jo 8:1-8; Mc 11:15-19 e comente sobre o fato de Jesus lidar com pecadores, mas não ser omisso diante de suas falhas. O que significa não se omitir?

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52 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

03. Explique a frase a principal marca da santidade falsificada é sua falta de humildade. Baseie-se no item 2 e Fp 2:3-8; Mt 23:1-8.

04. Nos dias atuais, é possível viver em santidade, sem ter uma atitude julgadora e preconceituosa? Podemos ver estas características em Jesus? Leia os itens 3 e 4 e também Jo 8:11; Mt 9:9-13.

1. Busque santidade! A essência da santidade é dedicar-

-se a Deus e aos seus propósitos. Jesus viveu assim. E quem afirma que está nele, deve andar como ele andou (1 Jo 2:6). A santidade não é uma opção, para nós, crentes em Jesus. A Bíblia é bem clara, quando diz: Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade nin-guém verá o Senhor (Hb 12:14). Não podemos perder de vista o avanço no processo de santificação; afinal, a “vida cristã se caracteriza pela práti-ca de andar na luz. Ou seja, o cristão tem de levar uma vida de moralidade e retidão ética, em contraste com as trevas e corrupção que o cercam”.10

Dugan11 afirmou que, mesmo cris-tãos, continuamos sendo pessoas

10. Dugan (2012:104).

11. Idem, p. 105.

normais, que comem arroz e feijão, apreciam um bom churrasco, gostam de agradar os filhos, se alegram com os amigos, abraçam, riem, choram, beijam e são vulneráveis à tentação. Enquanto vivemos o nosso dia-a-dia e fazemos todas essas coisas, somos comprometidos com valores de ordem superior, o reino de Deus. Nosso gran-de alvo é imitar a vida de Jesus, e, nes-te sentido, devemos causar “choque” num mundo em trevas, comprometido com os valores deste século (Mt 5:16; Ef 4:25-5:8). Vivamos comprometi-dos com esta ordem: Sejamos santos, como santo é aquele que nos chamou.

2. Busque coerência!Seguir os passos de Jesus implica

uma mudança radical de compor-tamento. A santidade não pode ser apenas um discurso; antes de tudo, precisa ser uma vivência. Precisa ha-ver coerência entre fala e ação, dis-

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

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curso e exemplo. Somos chamados não somente para pregar sobre san-tidade, mas também para vivê-la.

Em 1 João, a Bíblia chama os in-coerentes de mentirosos: Se afir-marmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas, menti-mos e não praticamos a verdade (1 Jo 1:6). Nos versículos 7 e 9, João mostra a diferença entre esses in-coerentes cristãos e aqueles que

verdadeiramente andam em santi-dade. Os que andam em santidade têm comunhão uns com os outros, recebem o perdão de seus pecados, são purificados de todo o pecado e injustiça. Então, os que verdadei-ramente vivem em santidade estão sempre mantendo uma conduta co-erente em seu viver diário.12

12. Idem, p. 103.

05. Leia a primeira aplicação; 1 Jo 2:6; Hb 12:14, e responda: Pensando na época em que vivemos, o que pode nos impedir de buscar a santidade?

06. Após ler a segunda aplicação e 1 Jo 1:6, responda: Qual deve ser a nossa postura, diante de uma sociedade cada vez mais pecaminosa?

DESAFIO DA SEMANA

Vida com sentido é somente aquela vivida em santidade, bus-cando sempre a semelhança com Jesus. Mesmo não sendo do mundo, vivemos nele. Mas nosso viver tem de ser diferenciado, pois somos “sal da terra” e “luz do mundo”.

Por essa razão, temos o desafio de viver em santidade, con-frontando o pecado, sem arrogância, sem julgamentos e, princi-palmente, sem preconceito. Que, através do nosso santo viver, as pessoas vejam Cristo e glorifiquem o nosso Pai que está nos céus.

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54 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 188 • BJ 48

931 DE MAIO DE 2014

Seja solidário

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OBJETIVO

Explicar o significado e a importância da solidariedade, os motivos e a ocasião corretos para praticá-la, a partir do exemplo de Jesus.

TEXTO BÁSICO

O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mt 25:40)

LEITURA DIÁRIA

D 25/05 Mt 25:31-43

S 26/05 At 20:35

T 27/05 Sl 146:5-9

Q 28/05 Pv 31:8-9

Q 29/05 Jr 22:3

S 30/05 Lc 14.12,13

S 31/05 Tg 1:26-27

INTRODUÇÃOO vizinho não consegue fazer o carro fun-

cionar; por isso, vem lhe pedir ajuda, pois precisa levar o filho para a escola e a esposa, que está em trabalho de parto, para a mater-nidade. Acontece que esse vizinho não é nada agradável. O que fazer, nessa situação? Ser solidário? O que Jesus faria, num caso desses? O que falaria a esse homem? Aprender com Jesus é o maior privilégio de todo discípulo.

Com base em Mateus 25:31-43 e Atos 20:35, a lição desta semana traz à discussão o tema so-lidariedade. A intenção é aprender com o ho-mem mais solidário que este mundo já conhe-ceu: o Senhor Jesus Cristo, e, então, crescer na compreensão e na prática dessa nobre virtude.

Como podemos definir solidariedade? De modo simples, é o ato de bondade com todas as pessoas a nossa volta, especialmente aque-las com mais dificuldades. Essa era uma ca-racterística do ministério de Jesus, que andou

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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fazendo o bem (At 10:38). Este tam-bém é um mandamento que deve ser levado a sério por todo seguidor de Jesus: Façamos o bem! (Gl 6:10). Analisemos esse importante tema com mais detalhes.

1. A solidariedade era uma mar-ca em Jesus: O ministério de Jesus foi amplamente marcado por solida-riedade. Ele se identificou intimamen-te com o ser humano e suas necessi-dades, sentiu suas dores, condoeu-se por causa de seus conflitos interiores. Ninguém se identificaria tanto com as fraquezas da humanidade como o Messias. Envolver-se com os necessi-tados, fazer alguma coisa para aliviar--lhe o sofrimento foi a sua marca.

Os que tinham sofrimentos físi-cos eram tocados pela compaixão do Messias. Dois cegos pedintes clamaram a Jesus (Mt 20:31), e ele, “condoído”, os tocou e os curou (Mt 20:30-34). A mulher duplamente pesarosa – era viúva e estava cami-nhando para enterrar seu filho único – também foi alvo da compaixão de Jesus (Lc 7:12-13). A sua compai-xão é sempre um conforto para nós, quando enfrentamos a dor da perda de entes queridos.

Jesus também se mostrou sensível para com os perdidos. A Bíblia diz: Vendo as multidões, compadeceu--se delas, porque estavam aflitas e exaustas, como ovelhas que não têm pastor (Mt 9:36). As crianças, de igual modo, foram acolhidas por ele (Mc 10:13-16), assim como os lepro-

sos (Mc 1:40-45), os religiosos (Mc 10:18-21) e os de má reputação (Lc 7:36-50; Jo 4:7-42). O Mestre com-padeceu-se dos excluídos e forçados a viver à margem da sociedade.

Todo necessitado era alvo da compaixão de Jesus. Tanta demons-tração de compaixão levou-o a rece-ber elogios? Não. Ao contrário, sua reputação foi questionada, ao ser chamado de “amigo dos pecadores” (Mt 11:19), e, por fim, sua manei-ra de tratar as pessoas custou-lhe a vida. Aliás, a maior demonstração da compaixão de Jesus foi dar sua vida para resgatar a humanidade.

2. Entendendo a base para a solidariedade: No texto de Mateus 25:31-46, Jesus incentiva a práti-ca da solidariedade. Sua fala revela que seus verdadeiros discípulos edi-ficariam uma comunidade que lidaria com as necessidades dos seus seme-lhantes de modo sacrificial e prático. Seus discípulos dariam água e comida aos famintos (alívio imediato); aco-lheriam o estrangeiro, abrindo suas casas; vestiriam os “nus” (os mais po-bres dentre os pobres); cuidariam dos doentes; visitariam os prisioneiros. Esse é o tipo de comunidade que os discípulos de Jesus iriam estabelecer.

É preciso, porém, compreender que praticar solidariedade, por si só, não resulta em salvação. Em outras palavras, ninguém é salvo por ser so-lidário. Dizer que a prática de boas obras salva é forçar o texto vergo-nhosamente, pois não é essa a men-

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56 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

sagem nele contida. Observe que, an-tes de mencionar as boas obras (vv. 35,36), Jesus diz, claramente, que seus discípulos já eram herdeiros do “reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (v 34). Todas as promessas da salvação são gratui-tas em Cristo. Os que atendem ao convite para a salvação em Jesus tor-nam-se herdeiros do reino (Rm 8:17).

Fazer as boas obras não é um jeito de conseguir a salvação, “mas sim uma prova de que estamos salvos, de que a fé verdadeira e salvadora já se faz presente”.1 O objetivo da solidariedade não é a recompensa. Quando os salvos praticam atos de solidariedade, estão cumprindo o ensino: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (At 20:35). Isso não significa que os que recebem são menos importantes do que os que dão. A ideia dessa bem-aventurança de Jesus é que a felicidade verdadei-ra não se encontra “na capacidade de acumular riquezas, mas na prática de compartilhá-las”.2

Ao chegarem diante do Senhor, os crentes solidários não estarão conscientes da importância de seus atos (vv 37-40), porque não o fize-ram por recompensa, mas por amor sacrificial. Apesar de entenderem ter realizado tão pouco, receberão elevado elogio, diretamente do Rei. Ficarão espantados com o elogio

1. Keller (2013:69).

2. Wiersbe (2006:632).

porque seu serviço foi espontâneo, alegre e humilde.3

3. Praticando a solidariedade: Sabendo que a solidariedade deve fazer parte da vida diária dos verda-deiros seguidores de Jesus e que deve ser uma prática despretenciosa, os que foram resgatados pela compaixão salvadora de Cristo precisam praticá-la como uma maneira de honrar aquele que os salvou, até que tal prática se torne natural e faça parte do dia-a-dia.

O que não falta, nos dias atuais, em cada local do mundo, é oportuni-dade para ser solidário, pois o mun-do está repleto de miséria e pecado, de pessoas com as mais diferentes necessidades. Ningém pode alegar falta de oportunidade para demons-trar compaixão.

Solidariedade, para todo cristão, deve ser um ato de amor e uma hon-ra. Mais importante que o tamanho da ajuda prestada é o ato de ajudar quem necessita. Jesus disse: Em ver-dade vos afirmo que, sempre que o fizerdes a um destes meus pequeni-nos irmãos, a mim o fizestes (v 40 – grifo nosso). Em outras palavras, Je-sus estava dizendo: “Se vocês abrem o seu coração para os necessitados, então eu sei que vocês abriram o seu coração e a sua vida para mim”. Nenhum “coração que ama a Cristo pode ser frio para com os vulneráveis e necessitados”.4

3. Hendriksen (2001:546).

4. Keller (2013:69).

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Já pensou na seriedade das pala-vras de Tiago (4:17)? Saber das misé-rias alheias e o que precisa ser feito não é o suficiente. Pessoas precisam de amparo, de ombro amigo, de ajuda física, financeira, moral. Mais que qualquer entidade no planeta, a igreja precisa, através de suas ações, deixar claro que se importa com os sofrimentos das pessoas. Tiago ainda diz: Religião de verdade, que agrada a Deus, o Pai, é esta: cuidem dos ne-

cessitados e desamparados que so-frem (Tg 1:26 – AM).

Diante de tantas misérias, Deus continua a tratar e a restaurar vidas. Ele o faz usando como instrumentos aqueles que foram salvos por seu in-finito amor solidário. Através da Pala-vra e da ação do Espírito Santo, Deus desperta nos seus filhos a capacidade de se idenficarem com as diferentes necessidades das pessoas e se envol-verem com elas para restaurá-las.

01. Leia Mt 20:34; Mc 1:41; Lc 7:13; 6:34, e comente sobre a compaixão de Jesus em relação às necessidades dos outros e como isso marcou o seu ministério.

02. Leia Mt 25:35-36 e comente com a classe sobre o tipo de comunidade que Jesus esperava que os seus discípulos edificassem.

03. Leia Mt 25:34 e responda: Fazer boas obras é um jeito de conseguir a salvação? Comente ainda sobre o propósito da solidariedade.

04. Leia Mt 25:37-40; At 20:35, e comente sobre o privilégio de honrar o Senhor com a prática a solidariedade.

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58 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

1. É preciso disponibilidade para praticar solidariedade.

O egoísmo é um grande impedi-mento para a prática da solidariedade. Nós, via de regra, não queremos abrir mão daquilo que é nosso: nosso dinhei-ro, nosso tempo, nossos bens, nossas diversões. Jesus é o exemplo máximo de disponibilidade. Para solidarizar-se com a mulher samaritana (Jo 4:1-42), por exemplo, dispôs de tempo, aten-ção total e tudo que foi necessário para ajudá-la a mudar sua triste realidade.

Fome, enfermidades e falta de mo-radia são alguns dos problemas dos nossos dias. Em muitas situações, é possivel ajudar de longe, mas, ainda assim, será necessário desprendimen-to com relação ao dinheiro e, muitas vezes, será necessário desprendimento também em relação ao tempo. Conhe-ce alguém com necessidades físicas ou materiais? O que você pode fazer?

2. É preciso sensibilidade para praticar solidariedade.

Solidariedade não pode ficar ape-nas nas palavras; portanto, pense em como poderá ajudar necessitados próximos a você. Muitos não neces-sitam que lhes seja dado alimento, mas carecem de afeto, atenção e ca-rinho. A exemplo da mulher da cida-de de Naim, pessoas próximas estão sofrendo pelas perdas. Você pode solidarizar-se com elas?

O próximo, quão próximo é? Às vezes, pensamos que o simples fato de estarmos perto é suficiente; por isso, não prestamos a devida aten-ção às pessoas e nos atemos apenas ao que vemos e ouvimos. Mas, mui-tas vezes, as reais necessidades das pessoas estão nas lágrimas nunca derramadas e nas dores nunca pro-nunciadas. É preciso sensibilidade para perceber isso.

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

05. De que maneira você pode se doar mais para ser mais parecido com Jesus, no quesito solidariedade?

06. Você tem facilidade para perceber as necessidades das pessoas, mesmo quando elas nada dizem? O que pode fazer para melhorar?

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DESAFIO DA SEMANA

Lembra-se de alguém que precisa de compaixão e solidarieda-de? Talvez seja o bêbado, o casal prestes a romper os laços do matrimônio, a criança de rua, o adolescente rebelde, aquele que perdeu a esperança, o que está prestes a cometer suicídio. Per-gunte-se: Quais são os meus talentos e como posso usá-los para demonstrar que me importo com alguém?

Seu desafio é treinar-se para ser solidário sempre. Para isso, ini-cie seu treinamento com alguém. Nos próximos dias e de alguma maneira, dedique tempo ou dinheiro, se necessário, para ajudar uma pessoa, demonstrando-lhe que ela é importante, não pelo que tem, mas por ser criação de Deus.

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60 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 309 • BJ 175

107 DE JUNHO DE 2014

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OBJETIVO

Mostrar ao estudante da palavra de Deus, à luz do exemplo de Jesus, nossa responsabilidade de servir o próximo com humildade, amor, sinceridade, disposição, sem discriminação.

TEXTO BÁSICO

Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu fiz, façais vós também. (Jo 13:15)

LEITURA DIÁRIA

D 01/06 Is 41:8

S 02/06 Jo13:15

T 03/06 Mt 24:25-28

Q 04/06 1 Co 9:19

Q 05/06 Mc 10. 43-44

S 06/06 Mt 20:28

S 07/06 Tg 2:15,16

INTRODUÇÃOEspecialmente nos últimos anos, tem sido

fácil perceber o quanto o mundo tornou-se veloz e dinâmico. Diante desse cenário, as pessoas do nosso tempo parecem ter cada vez menos tempo; dedicam-se cada vez mais a si próprias. Nesse contexto de pessoas indepen-dentes e egoístas, de gente autossuficiente que vive em função de si mesma, você é cha-mado a seguir os passos de Jesus.

Ele viveu servindo as pessoas: consolando os tristes, indo àqueles que eram marginaliza-dos e discriminados pela sociedade, curando os doentes, alimentando famintos. Serviu até mesmo os seus discípulos. A base do nosso estudo de hoje é Jo 13:1-20, um texto muito familiar. Nele, Jesus nos deu “alguns princí-pios eternos, relacionados com o servir, que não podemos ignorar”.1

Em Jo 13:1-20, temos o relato da última noite de Jesus, antes de sua crucificação.

1. Swindoll (1983:176)

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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Ele estava reunido com seus discí-pulos para comer a páscoa. Nessa noite, havia uma competição entre os discípulos, e Jesus sabia disso. O evangelho de Lucas registra que eles suscitaram também entre si uma dis-cussão sobre qual deles parecia ser o maior (Lc 22:24). É nesse contexto que Jesus os serve com humildade e amor, sem discriminá-los.

1. Jesus serviu com humildade: Segundo Swindoll,2 havia poucas es-tradas pavimentadas em Jerusalém; por isso, era costume o anfitrião pro-videnciar um escravo que ficasse à porta, tendo nas mãos uma vasilha de água, uma bacia e uma toalha, para lavar os pés empoeirados ou enlameados de cada visitante. Na au-sência dos criados, um dos primeiros convidados que chegavam assumia a função do servo da casa e lavava os pés dos que viessem depois.

É importante lembrar, ainda se-gundo Swindoll, que, naqueles dias, as pessoas se reclinavam para comer, deitadas de lado, apoiadas sobre um cotovelo, sobre uma almofada fina ou sobre um tapete no chão. A mesa era um bloco retangular de madeira, baixa, e sobre ela se colocavam os alimentos. Nessa posição, seria difí-cil ignorar um par de pés sujos.3 Daí a importância de todos aqueles que estavam à mesa terem os seus pés bem lavados.

2. Idem.

3. Idem, p. 178.

Na casa em que Jesus comeu a páscoa com os seus discípulos, não havia escravos para lhes lavar os pés, quando eles chegaram. Era uma casa emprestada para aquele momento. O que deveria acontecer, então? Como chegaram juntos, deveriam la-var os pés uns dos outros, antes de ir à mesa. Contudo, os discípulos esta-vam diante de um constrangimento social; sabiam o que deveriam fazer; no entanto, ninguém queria dar o braço a torcer. Lembremos que eles foram para o jantar discutindo so-bre quem era o maior! Foram para a mesa com os pés sujos, e pior: com corações nessa mesma situação.

Eles lutavam pelo trono, mas não pela bacia e pela toalha. A atitude de Jesus deixa-os desconcertados: Ele saiu da mesa discretamente, tirou sua túnica e, pegando a toalha, a água e a bacia, começou a lavar os pés de cada um. Jesus tinha consciência de que era o Filho de Deus (Jo 13:3); no entanto, assumiu o lugar de servo.

2. Jesus serviu com amor: João inicia seu relato mencionando o amor de Cristo. “Ele os amou ao extremo” é a ideia que João quer transmitir (Jo 13:1).4 Esta é a motiva-ção de Jesus: seu amor. Os discípulos não tinham nada a oferecer a Jesus e, mesmo assim, ele os serviu. O Pai já havia depositado em suas mãos todas as coisas (Jo 13:3). O que mais eles podiam dar a Jesus?

4. Idem.

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62 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Após terem seus pés lavados, tal-vez os discípulos esperassem que Je-sus ordenasse que todos lhe lavassem os pés. Mas a motivação com que o Mestre serviu era pura e despreten-siosa (Jo 5:41, 7:18, 8:50,54). No seu gesto, não havia “nada de segundas intenções, nada de intuitos ocultos. Uma total ausência de hipocrisia, de ambiguidade, de jogadas políticas e de superficialidade verbal”.5

O amor de Jesus, ante os discípulos, desafia-nos a repensar nossas motiva-ções para o serviço. Por que servimos? Qual nossa real motivação? Não sirva esperando o reconhecimento, o elo-gio, o aplauso ou o “tapinha nas cos-tas”; não sirva por interesse ou para ser percebido; não sirva por constran-gimento, nem por tristeza. Aprenda-mos com o mestre Jesus a servir uns aos outros com alegria e amor.

3. Jesus serviu sem discrimina-ção: O serviço de Jesus não foi se-letivo ou discriminatório. Ele serviu a todos: o jovem rico e, da mesma maneira, o cego que mendigava es-molas (Lc 18:18; Mc 10:49); homens e mulheres; idosos e crianças; judeus e estrangeiros; religiosos e pecado-res; gente que o amava e gente que o perseguia; discípulos e traidores.

Até mesmo Judas foi alvo do ser-viço de Jesus, pois também teve os seus pés lavados por Cristo, embora ambos soubessem da traição. Será que faríamos o mesmo? Vale pensar,

5. Idem, p. 27.

aqui, na sinceridade do serviço de Je-sus. Ele não estava fazendo “média” com quem iria traí-lo. Seu serviço era sincero e sem discriminação.

Jesus não serviu apenas aqueles que se consideravam “melhores”; não ser-viu apenas os “mais santos”; não ser-viu apenas os familiares ou apenas os que faziam parte de seu convívio mais íntimo. É claro que é muito mais fácil servir aqueles que nos amam e falam bem de nós; por isso, nosso desafio é seguir os passos de Cristo e servir de forma verdadeira e não discriminatória.

4. Jesus serviu de forma exem-plar: Do ponto de vista humano, o maior é o que manda: ... sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade (Mc 10:42). Mas, do pon-to de vista de Deus, Jesus disse: ... mas entre vós não será assim (Mc 10:43). De acordo com o ensino do Mestre, no reino de Deus, o princípio é o se-guinte: ... quem quiser tornar-se gran-de entre vós, será esse o que sirva, e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos (Mc 10:43-44).

O método de ensino de Jesus sem-pre foi perfeito. Ele não agia como os fariseus e os escribas, que eram hipócritas, em relação à doutrina e ao serviço (Mt 23:13- 33), mas vivia o que ensinava. Por isso, embora sen-do Deus e pudesse exigir ser servido e tratado como um rei, não fez isso. Ao contrário, tornou-se servo, pois essa era a sua missão (Mt 20:28). Através

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de seu exemplo, Jesus nos ensinou a servir uns aos outros (Jo 13:15).

As palavras de Jesus são claras e diretas: ... vós me chamais o Mestre e o Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o

Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros (Jo 13:13,14). Sigamos os passos do nosso Senhor e Mestre e sirva-mos uns aos outros com humildade, amor e sem discriminação.

01. Com base no item 1, comente sobre o contexto social que envolvia o ato de lavar os pés e a humildade do serviço de Jesus.

02. De acordo com o item 2 e Jo 13:1, qual era a motivação de Jesus para servir? É possível servir com a mesma motivação?

03. Com base no item 3, o que significa servir sem discriminação?

04. De acordo com Mc 10:42-44 e com o item 4, por que o serviço de Jesus é exemplar?

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

1. Sirva os outros com since-ridade.

Infelizmente, muitos, hoje, pres-tam serviço em causa própria, pen-sando em seu próprio benefício. Jesus, ao contrário, não era viciado

em atenção e aplausos humanos (Mt 23:6-7).

Espelhe-se no exemplo de Cristo: Aproxime-se das pessoas para servi--las; mas faça isso com verdadeira empatia (Tg 2:15,16; 1 Jo 3:17). Há

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64 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

pessoas próximas de você necessi-tando do seu serviço. Sirva, ainda que elas não tenham nada a lhe re-tribuir e que ninguém saiba ou esteja olhando. Sirva com sinceridade.

2. Sirva os outros com disposição.Talvez você tenha recebido de

Deus uma posição importante na empresa onde trabalha. Talvez se encontre numa situação em que te-nha de tomar decisões importantes ou exerça uma posição de influência

e liderança. Nessas ou em situações semelhantes, é fácil você esquecer que é chamado para servir.

Mas não esqueça que a honra do cristão está em servir e não em ser servido. Jesus chamou para si servos, não celebridades; discípulos, não se-nhores. Deus tem lhe dado saúde, bens, dons e talentos; agora, você só precisa de disposição para servir. Es-teja pronto! As oportunidades para o cristão servir são numerosas.

05. O que significa servir os outros com sinceridade?

06. Qual tem sido sua disposição para servir os outros? Pense em exemplos e oportunidades em que isso seja possível.

DESAFIO DA SEMANA

Se você tem chegado à conclusão de que precisa seguir mais os passos de Jesus, assumindo sua missão em servir, parabéns! Seu desafio, nesta semana, será o de refletir sobre como pode servir mais o seu semelhante. Uma vez que vierem a sua mente as possi-bilidades de agir como Jesus, arregace as mangas, amarre a toalha na cintura e sirva algumas pessoas, assim como Cristo.

Se você pensa que já tem servido, lembre que não importa o quanto você serve: sempre pode servir mais. Continue servindo! Um dia, Cristo lhe dirá: “Bem está, servo bom e fiel, sobre o pouco foste fiel; sobre muito te colocarei. Entra no gozo do seu Senhor!”.

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Hinos sugeridos – BJ 86 • BJ 84

1114 DE JUNHO DE 2014

Viva em oração

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OBJETIVO

Mostrar ao estudante da Bíblia que a oração era prioridade no ministério de Jesus e que é um meio de cultivar intimidade com o Pai e solidariedade com o próximo.

TEXTO BÁSICO

Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. (Mc 1:35)

LEITURA DIÁRIA

D 08/06 2 Cr 7:14

S 09/06 Mt 6:5-6

T 10/06 Mt 6:7-8

Q 11/06 Mt 6:9-13

Q 12/06 Lc 3:21, 6:12

S 13/06 Lc 22:39-46

S 14/06 1 Ts 5:17

INTRODUÇÃOLucas é enfático em afirmar que o ministério

de Jesus era caracterizado pela pregação. Cristo pregava o evangelho nas sinagogas (Lc 11:44), nas aldeias e nas cidades (Lc 8:1, 9:6). Sim, ele pregava, e muito! Contudo, além da pregação, a oração também fazia parte da rotina do Mes-tre. Lucas não omite esse fato (Lc 3:21, 6:12, 22:39-46). A pregação não exclui a oração. Ao contrário, ambas se complementam.

Por meio da pregação, Jesus ensinava as pes-soas, mas, através da oração, ele conversava com o Pai. Por definição, orar é colocar-nos na presença de Deus, por meio da fé, valendo-nos do sacrifício de Cristo; é falarmos com Deus com toda a liberdade, por meio da palavra au-dível ou silenciosa.1 Jesus vivia em oração. Será que podemos dizer o mesmo de nós?

Em seu ministério terreno, Jesus jamais tro-cou a intimidade com Deus pelo assédio das multidões. Marcos ressalta bem essa questão.

1. César (2005:21).

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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66 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Após curar muitos enfermos em Ca-farnaum, Jesus foi para um lugar de-serto, e, ali, orava (Mc 1:35); depois da famosa multiplicação dos pães, “quando a multidão o queria fazer rei”2, despediu-se dela e, em segui-da, subiu ao monte para orar (6:46). Jesus é nosso exemplo. Ele orou e devemos imitá-lo. Jesus priorizou e ensinou a oração. É o que veremos, a partir de agora.

1. Jesus priorizou a oração: Nas grandes metrópoles, a vida é marcada por constante e correria. A pressão do dia-a-dia, principalmente no âmbito profissional, culmina em estresse e muito cansaço. Isso é sufi-ciente para que muitos cristãos igno-rem a prática diária da oração, o que não justifica a omissão dessa prática devocional tão importante, se to-marmos por base a vida de Jesus.

O ministério do Mestre era in-tenso. Foram, aproximadamente, três anos de muito suor derramado e cansaço acumulado. A cada dia, Jesus e seus discípulos encaravam novos desafios. Para ter uma ideia, o primeiro capítulo do evangelho de Marcos mostra as atividades de Jesus em um desses dias intensos.

O v.29 trata da chegada de Cris-to em Cafarnaum. Ali, ele passou a ensinar na sinagoga. Nessa ocasião, apareceu um homem possesso de espírito imundo (v.23), mas Jesus o repreendeu (v.24). Saindo da sina-

2. Lopes (2006:99).

goga, Jesus seguiu com os discípu-los para a casa de Simão e André, onde curou de uma febre a sogra de Simão (vv.29-31). Mas o seu tra-balho não parou por aí. À tarde, trouxeram-lhe todos os enfermos e endemoninhados (v.32), e Jesus curou muitos doentes e expeliu mui-tos demônios (v.34).

Esta era a rotina diária de Jesus: muito trabalho. Marcos poderia pa-rar a narração dos fatos relacionados àquele dia, no v.34, mas não o fez. Algo importante ainda precisava ser mostrado. No v.35, ele continua: Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. O cansaço físico não impedia Jesus de orar. Ali, ele derramou o seu coração em oração ao seu Pai. Tinha plena consciência de que não podia viver sem comunhão com o Pai, por meio da oração. Jesus entendia que a intimidade com Deus precede o exercício do ministério.3

Na vida de Jesus, a oração era prio-ridade. Na agenda da igreja, ela tam-bém deve ser. Jesus orou por ocasião de seu batismo (Lc 3:21); quando as multidões se congregaram (5:15,16); antes de escolher os discípulos (6:12); depois de operar milagres (Mc 6:31); quando estava para fazer a seus dis-cípulos uma importante pergunta (Lc 9:18),4 etc. O Filho de Deus levava a sério a prática da oração.

3. Idem, p. 98.

4. Hendriksen (2003:299).

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Mediante a tudo que dissemos até agora, é importante refletirmos: A oração tem sido prioridade em nossa agenda diária? Gastamos mais tempo em reuniões de oração do que em reuniões de planejamento? Temos confiado mais na capacitação divina do que no preparo humano?5 Não deixemos de orar. Não perca-mos a oportunidade de cultivar uma vida de comunhão com o criador.

2. Jesus ensinou a oração: Orar é preciso; mas não de qualquer manei-ra. Embora não deva, um cristão pode orar de modo incorreto. Ao menos, foi isso que Tiago sugeriu, quando disse: ... pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos pra-zeres (Tg 4:3). O que fazer, quando não se sabe a maneira correta de orar? Recorrer aos ensinos de Jesus! Assim fez um dos discípulos, que pediu: Se-nhor, ensina-nos a orar (Lc 11:1).

A partir daí, Jesus ensinou aos dis-cípulos a oração-modelo, conhecida como a oração do Pai nosso. Nela, ele ensina alguns princípios que de-vem nortear o conteúdo da oração. Sobre estes, trataremos agora, com base no evangelho de Mateus. Disse Jesus: ... vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome (Mt 6:9). Está em vista, no texto, uma adoração verbalizada, declarada, em razão do que Deus é e faz por nós (Sl 150). A oração, por-tanto, começa com adoração.

5. Lopes (2008:71).

Santificar o nome de Deus signi-fica ter reverência por ele, honrá-lo, glorificá-lo e exaltá-lo.6 Bastos7 res-salta que santificamos o nome de Deus através de uma vida obediente e por meio de palavras de louvor e gratidão. Logo, agradecer a Deus na oração é imprescindível.

Além da adoração, Jesus ensina que, na oração, é preciso buscar a vontade divina: ... venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu (Mt 6:10). Esse princí-pio é fundamental. Quando pedimos “venha o teu Reino”, invocamos a soberania ou o governo de Deus so-bre a nossa vida de um modo geral.8 Deus tem o direito de atender ou não os nossos pedidos. Nem sempre a nossa vontade é a vontade dele (Is 55:8); porém, as decisões do Senhor são perfeitas (Is 55:9). Quem nele confia é bem-aventurado (Sl 34:8).

No v.11, Jesus ensina o princípio da petição pela provisão física ou mate-rial: ... o pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Deus é quem supre as nossas ne-cessidades básicas, tal como assiste as aves dos céus (Mt 6:25-36). Ele pode fazer isso porque é dono de todas as coisas (Sl 24:1). Ele cuida de seus fi-lhos. O Senhor se importa com o bem--estar físico daqueles que o buscam.

No v.12, Jesus ensina que a ora-ção também deve conter o princípio

6. Hendriksen (2001:461).

7. (2009:59).

8. Idem, p. 60.

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68 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

da petição pela provisão espiritual: ... e perdoa-nos as nossas dívidas. Mesmo redimidos, somos pecadores e pecamos diariamente. Portanto, precisamos do perdão de Deus, to-dos os dias. Ao mesmo tempo que pedimos perdão, precisamos predis-por-nos a perdoar o próximo: ... as-sim como nós temos perdoado aos nossos devedores.

No v.13, Jesus ensina que, na oração, deve, ainda, haver a peti-ção por proteção: ... e não nos dei-xes cair em tentação; mas livra-nos

do mal. Não há, entre os mortais, quem não esteja sujeito às tenta-ções. Travamos lutas constantes contra o mundo, a carne e o diabo. Contudo, Deus pode dar-nos o es-cape, diante desses males; por isso, precisamos recorrer a sua proteção (1 Co 10:13). A oração ensinada por Jesus começa e termina com adora-ção: ... pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!. Pense nisto: Quem almeja andar nos pas-sos do Mestre precisa pôr em práti-ca o seu ensino.

01. Com base em Mc 1:21-34 e no item 1, comente sobre a rotina diária de Jesus. Será que o dia-a-dia de seu ministério era tranquilo?

02. Leia Mc 1:35; o item 1, e responda: Apesar de um dia cheio de atividades, o que Jesus priorizava? É possível, nos dias de hoje, priorizarmos o mesmo? Comente com a classe.

03. Tg 4:3 diz: ... pedis e não recebeis, porque pedis mal. O que o apóstolo sugere, nessa frase?

04. Leia Mt 6:9-13; o item 2, e comente com a classe sobre os princípios ensinados por Jesus acerca da oração.

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05. Com base na primeira aplicação, responda: Como podemos cultivar, na oração, a intimidade com Deus?

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

1. Na oração, valorizemos a in-timidade com o Pai.

O dia-a-dia de Jesus, durante o seu ministério terreno, não era fácil. A pressão diária era constante. Como homem, Jesus estava sujeito ao cansa-ço; porém, não se privou da intimida-de com o Pai. Ao contrário, procurava um lugar adequado para a oração (Mc 1:35). Por meio dela, Jesus dia-logava com o Pai e expunha, diante dele, suas necessidades (Mt 26:39) e as necessidades de outrem (Jo 17).

A oração prevê momentos de intimi-dade com Deus (Mt 6:6). Essa intimida-de é adquirida com orações regulares. Esse precisa tornar-se nosso hábito di-ário. Daniel orava três vezes ao dia (Dn 6:10); Cornélio também tinha uma vida de constante oração (At 10:2); Paulo entendia que a oração deve ser contí-nua (Ef 6:18; 1Ts 3:10). Valorizemos, portanto, a intimidade com o Senhor, fazendo da oração nossa prioridade.

2. Na oração, valorizemos a so-lidariedade com o próximo.

Jesus ensinou seus discípulos a orar: ... vós orareis assim (Mt 6:9). O que nos chama à atenção, na oração-modelo, é o seu caráter co-letivo. Jesus deixa claro que o Pai é nosso, não meu; que o pão é nosso, não meu; que devemos pedir perdão pelas nossas dívidas e que devemos perdoar os nossos devedores. A ora-ção não pode ser egoísta ou indivi-dualista, mas solidária.

Obviamente, na oração, o cris-tão pedirá a Deus a provisão para as suas necessidades individuais; con-tudo, não deverá esquecer-se das necessidades alheias. O capítulo 17 de João narra a mais longa oração de Jesus. Nela, Cristo intercede mais pelos seus discípulos do que por si mesmo (vv.9-26). Não podemos ser diferentes dele. Pensemos nisso. Va-lorizemos a solidariedade.

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70 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

06. Com base na segunda aplicação, responda: Como podemos cultivar, na oração, a solidariedade com o próximo?

DESAFIO DA SEMANA

Graças ao bom Deus, chegamos ao final de mais um estudo. Hoje, vimos que Jesus priorizou a oração, durante o seu ministério. Além disso, ele ensinou seus discípulos a orar, tratando os princípios que devem nortear a oração. Também aprendemos que a intimida-de com o Pai, por meio da oração contínua, e a solidariedade com o próximo, por meio da oração intercessória, devem ser valorizadas.

Considerando o que estudamos hoje, cabe-nos pôr em prática o que aprendemos. Como fazer isso? É simples: cumpra o desafio que lhe será proposto para esta semana: Proponha-se a intensifi-car a oração em sua rotina diária. Para isso, separe, todos os dias, um tempo a mais para a oração. Faça uma lista das pessoas que precisam urgentemente de oração e interceda por elas. Lembre-se: Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo (Tg 5:16b).

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Hinos sugeridos – BJ 420 • BJ 27

1221 DE JUNHO DE 2014

Insista na caminhada

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OBJETIVO

Explicar a importância de caminhar na vida cristã com perseverança, sem distrações e com excelência, tendo Cristo como maior exemplo.

TEXTO BÁSICO

Portant o, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta. (Hb 12:1)

LEITURA DIÁRIA

D 15/06 Hb 12:1-3

S 16/06 Mt 10:22

T 17/06 Rm 2:5-9

Q 18/06 1 Co 9:24-25

Q 19/06 1 Co 9:26-27

S 20/06 Hb 10:36-39

S 21/06 2 Pd 3:18

INTRODUÇÃOVanderlei Cordeiro de Lima é um ex-marato-

nista brasileiro, ganhador de várias medalhas, inclusive olímpicas. Ficou bastante conhecido no ano de 2004, quando disputava uma me-dalha nas Olimpíadas de Atenas. Apesar de disputar com grandes nomes, Vanderlei abriu vantagem sobre seus oponentes. Infelizmente, quando a medalha de ouro parecia ganha, o maratonista foi atacado por um irlandês faná-tico, que o jogou para fora da pista.

Graças à ajuda de um espectador da corri-da, ele conseguiu se desvencilhar e prosseguir na liderança. Contudo, o espanto o levou a perder a concentração e a vantagem sobre os demais concorrentes. Ainda assim, não de-sistiu, foi até o fim e ganhou a medalha de bronze. Vanderlei poderia ter desistido, mas escolheu continuar e deixou-nos uma bela li-ção. Embora esse seja um grande exemplo de persistência, a Bíblia nos apresenta um exem-plo ainda maior: Jesus Cristo.

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72 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Em Hebreus 12:1-3, o cristão é con-vidado a olhar para Jesus e aprender uma bela lição de perseverança. Esse ensino é ilustrado pela disciplina e de-terminação dos atletas. O escritor de Hebreus tomou emprestados elemen-tos dos esportes para elucidar a cami-nhada cristã.1 Os destinatários da carta foram encorajados a permanecer fir-mes até o fim. Examinemos a instrução.

1. Caminhe com perseverança: O texto inicia assim: Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas (Hb 12:1b). O termo “portanto” faz uma ligação entre o assunto seguinte e o anterior. Compreendemos, então, que a nuvem de testemunhas a nos rodear são os heróis da fé, citados no capítulo 11. Claro que não nos cercam literal-mente, mas, com sua vida, são exem-plos de perseverança na caminhada.

O termo “testemunha” tem ori-gem na palavra mártir. Isso signi-fica que muitos cristãos tiveram de provar sua fé genuína em Deus até as últimas consequências, mas fo-ram sustentados por ele.2 Pelo seu testemunho, eles nos encorajam a prosseguir. A orientação do autor de Hebreus é que nos desembaracemos de todo peso e pecado que possam atrapalhar a corrida.

1. Kistemaker (2003:512).

2. Wiersbe (2006:417).

Devemos nos despir de todo tipo de pecado (Lc 21:34; Cl 3:5, 8-9; Tg 1:21; 1 Pd 2:1; 1 Jo 2:16) e de tudo que é empecilho para a caminha-da, como maus hábitos, prioridades equivocadas etc.3 Infelizmente, essas coisas nos assediam com tenacidade e nos distanciam do alvo. Tendo isso em vista, corramos com perseveran-ça a carreira que nos está proposta.

Os atletas devem correr rapida-mente e esforçar-se arduamente para concluir a corrida. O texto usa a palavra “perseverança”, que reme-te à estabilidade, constância e tole-rância. Isso indica que, mesmo que passemos por dificuldades, não de-vemos desanimar. Tal como os atle-tas têm uma pista certa, nós temos apenas um caminho, que é Cristo (Jo 14:6). Ele é nosso alvo e nosso maior exemplo (Jo 16:33).

2. Caminhe sem distração: Tal qual um maratonista, que não pode desviar seu foco, também temos um alvo. O texto de Hb 12:2 orienta-nos a olharmos firmemente para Jesus. Isso indica que não devemos olhar para trás, com saudades da vida anterior ao nosso encontro com Cristo, nem olhar ao redor, lamentando-nos pelas perse-guições ou provações sofridas.

O texto também nos diz que Jesus é o Autor e Consumador da nossa fé.

3. McCall (2009:96).

I OBSERVANDO OS PASSOS DELE

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Autor significa que Jesus é o funda-dor ou o líder e a inspiração para os cristãos. Consumador, por sua vez, significa que ele é o aperfeiçoador, e, de fato, com sua vida de total fide-lidade ao Pai, garantiu que, por meio da fé, fôssemos salvos e prosseguís-semos na santificação.

Jesus, por amor a nós e em obe-diência ao Pai, suportou o sofrimen-to e a vergonha da morte de cruz (1 Pd 2:20-21); permitiu que sua carne fosse moída pelas nossas transgres-sões (Is 53:5). Na cruz, “Jesus tinha todos os pecados de seu povo sobre seu corpo inocente”.4 Em inúmeras situações, poderia ter desistido (Lc 22:39-46, 23:32-39), mas perseve-rou até o fim, triunfou e está assen-tado em lugar de honra.

Cristo suportou a cruz tendo em vista a alegria que lhe estava propos-ta. Ao final de tudo, veria que sata-nás seria destruído e nós seríamos salvos. Que, à semelhança de Jesus, não desviemos os olhos do alvo. A caminhada nem sempre será fácil, mas podemos ter a certeza de que ele nos auxiliará, pois, como ser hu-mano, suportou com perseverança as mesmas aflições que nós suporta-mos (Hb 2:17-18).5

3. Caminhe com excelência: Em Hebreus 12:3, somos chamados à reflexão. “Considerar, pois, atenta-mente” é uma expressão que traz a

4. Idem, p. 98.

5. Kistemaker (2003:517).

ideia de tirar a soma, ou seja, avaliar cuidadosamente.6 Somos orientados a conferir a perseverança de Cristo, a despeito do sofrimento a que foi submetido. Nosso desânimo se dá pelo vacilo na determinação de fixar o olhar em Cristo e tê-lo como exemplo.

Não é possível comparar a agonia de Jesus com nossas aflições. Certa-mente, nossas desventuras parecem pequenas. Ele suportou, manteve-se resoluto, visando à salvação da hu-manidade (Jo 10:11, 17-18). Volte-mos nossa atenção para ele, nosso exemplo de perseverança.

Cristo venceu a morte para nos dar vida; suportou a dor para nos li-vrar da prisão do pecado; enfrentou a vergonha, a fim de que fôssemos justificados; tolerou as chacotas e derrotou satanás, visando ao futu-ro, quando seremos glorificados e a maldade será destruída.

Que a exaustão da vida não nos leve à perda de esperança. Que nos-sa visão esteja no que está além des-ta vida transitória. Olhar para Jesus “renova a força cristã e aumenta sua coragem”.7 Tenhamos essa verdade em mente, para avançarmos e nun-ca abandonarmos este caminho, cujo fim é a vitória (cf. Fp 3:13-14; Rm 2:7).

A orientação desses três versícu-los é que voltemos nosso olhar para fora de nós mesmos. Se pensarmos apenas em nossas fraquezas e limi-

6. Guthrie (1984:235).

7. Kistemaker (2003:519).

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74 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

tações, certamente desistiremos da caminhada. Se olharmos para outros cristãos, ao nosso redor, provavel-mente nos decepcionemos. Os pra-

zeres e as tentações deste mundo também tendem a nos fazer desviar o foco. Portanto, caminhemos perse-verantes, com Jesus em vista.

II ANDANDO NOS PASSOS DELE

01. Leia o item 1; Hb 12:1, e responda: Na caminhada cristã, temos alguns exemplos para observar. Quais são? Explique a importância de abandonar o peso e o pecado.

02. Reflita a respeito da palavra “perseverança”. Baseie-se no comentário, em Hb 12:1 e Jo 16:33.

03. Após ler o item 2 e Hb 12:2, pense a respeito das coisas que podem servir de distração para o cristão. Será que Jesus também teve embaraços em seu caminho? Leia também Lc 22:39-46, 23:32-39.

04. Leia Hb 12:3; o item 3, e responda: Ao olharmos para o sofrimento que Jesus suportou, será que nossas angústias têm alguma relevância?

1. Na caminhada, seja persis-tente.

Em Hb 12:3, lemos: Pensem bem naquele que suportou a cruz e a opo-sição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês também não desani-

mem. Que bênção! De acordo com essas palavras, o Senhor Jesus torce por você, nessa corrida. Ele fez e con-tinua fazendo de tudo para que você não desanime, não desista, não pare no meio da corrida, nem se desvie.

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O mundo, a carne e o diabo farão de tudo para você se desvie. Se es-tiver difícil, não esmoreça! Não seja um desistente. Levante a sua cabeça, olhe para Jesus e continue a corrida. Vá até a linha de chegada. Lá, está o Senhor, de braços abertos, para recebê-lo e comemorar com você a vitória. Ele disse: Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2:10).

2. Na caminhada, esteja atento. Vimos, neste estudo, que são mui-

tas as distrações e os obstáculos que podem atrapalhar o atleta, durante uma corrida. Ele precisa ter foco. Um descuido pode tirá-lo da com-petição. Na verdade, antes mesmo da corrida, necessita estar atento a

algumas coisas. Todo atleta sério se sujeita a uma dura disciplina, que inclui o controle de alimentos, bebi-das, exercícios e sono, pois sabe que, se for distraído nessa preparação físi-ca, estará fadado ao fracasso.

De igual modo, devemos estar atentos diante da corrida que nos é proposta (Hb 12:1). Jesus disse: Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua co-roa (Ap 3:11). São muitos os empeci-lhos que podem distraí-lo. Então, não seja descuidado! Atente para a sua preparação, com a oração e a leitura da palavra. Faça como Paulo, que, na sua jornada, sempre se manteve alerta e bastante focado (cf. Fp 3:13-14).

05. Leia a primeira aplicação; Hb 12:3; Ap 2:10, e fale sobre os motivos que temos para sermos persistentes.

06. Leia a segunda aplicação; Fp 3:13-14, e responda: O que acontece, se o atleta for distraído, durante a corrida? E se ele se descuidar de sua preparação física? Que lições temos desse exemplo?

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76 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

DESAFIO DA SEMANA

Durante esta semana, aprendemos que temos exemplos de heróis bíblicos que nos encorajam a sermos perseverantes na ca-minhada cristã. Mas, acima de tudo, temos o exemplo de Jesus Cristo, que suportou aflições incrivelmente maiores que as nossas e não desistiu. Jesus ainda nos incentiva a perseverar, com seu auxílio sempre presente.

Provações e adversidades certamente virão. O mundo estará sempre oferecendo propostas aparentemente interessantes. Mas o que irá caracterizá-lo como um verdadeiro cristão é sua insistên-cia na caminhada. Tenha Jesus como alvo e permaneça firme até o fim, quando receberá a coroa que é sua (Ap 2:10). Aguarde a volta de Cristo ansiosamente, em perseverança.

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SÁBADOESPECIAL

Escola Bíblica e Programa de Culto

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78 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

Hinos sugeridos – BJ 104 • BJ 6

1328 DE JUNHO DE 2014

Evangelize sem preconceito

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e os Podcastsdeste capítulo em

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OBJETIVO

Mostrar ao estudante da palavra de Deus que devemos evangelizar todas as pessoas, sem preconceitos, a exemplo do que fez o Senhor Jesus Cristo.

TEXTO BÁSICO

Jesus respondeu: “Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. (Jo 4:13-14)

LEITURA DIÁRIA

D 22/06 Jo 4:13-14

S 23/06 Mt 24:14

T 24/06 Jo 4:1-19

Q 25/06 Jo 4:20-38

Q 26/06 Lc 18:35-43

S 27/06 At 26:22-23

S 28/06 Gl 3:8

INTRODUÇÃOChegamos ao último estudo desta série de

lições, que apresentou diversas atitudes de Je-sus. Nesse estudo, em particular, vamos nos debruçar sobre o encontro do Mestre com a mulher samaritana. Esse encontro foi muito importante para ela, que era alguém de má fama e sofria com o preconceito da sociedade.

Será que temos aproveitado as oportunida-des que Deus nos concede para falar às pesso-as sobre a salvação que está somente em Cris-to Jesus? Temos nos calado ou temos evange-lizado? Este estudo vai apontar a importância de nos aproximarmos de todas as pessoas, mesmo as marginalizadas, para, assim, evan-gelizá-las, sem nenhum receio ou preconceito.

Esta lição faz parte da série especial “Apren-da a evangelizar com Jesus”. Temos muito a aprender com as ações evangelísticas de Jesus

I AÇÕES DE JESUS NO EVANGELISMO

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em relação à samaritana. Não esque-çamos que se trata de uma mulher cuja história de vida lhe rendeu algu-mas amarguras; uma mulher margi-nalizada, em razão de sua conduta degradante. Contudo, depois do en-contro com Cristo, sua vida foi com-pletamente transformada. Observe-mos o exemplo do Mestre, para que possamos aprender com ele e seguir os seus passos.

1. Aproveite bem as oportuni-dades: Na Bíblia, está registrado que Jesus saiu da Judeia e voltou mais uma vez para a Galileia. Mas, antes disso, precisava passar pela Samaria (Jo 4:3,4). Ele chegou à cidade de Si-car, onde se encontrava o poço de Jacó. Nesse poço, sentou-se e des-cansou (Jo 4:6). Foi justamente nesse lugar que aconteceu o encontro que transformou a vida da samaritana.

Por volta da hora sexta (meio-dia, conforme o horário judeu), uma mu-lher dirigiu-se sozinha ao poço onde estava Jesus. Uma informação inte-ressante a esse respeito é que, de forma geral, as mulheres iam tirar água em grupos, numa hora em que o clima estivesse mais fresco e mais ameno. A samaritana, porém, foi ao poço na hora sexta, justamente para não encontrar com outras mulheres, que poderiam muito bem desprezá--la e ridicularizá-la.

Mas, quando chegou ao poço, a samaritana descobriu que não estava sozinha: havia alguém muito espe-cial esperando por ela. Esse alguém

era judeu, mas, mesmo com todas as diferenças religiosas que havia entre judeus e samaritanos, ele fez questão de falar com ela. O primeiro ponto importante, no que se refere à estratégia evangelística de Jesus é que ele não deixou a oportunidade passar; pelo contrário, fez questão de iniciar um diálogo com a mulher.

Quantas vezes temos desperdi-çado as oportunidades que temos de falar do amor de Deus revelado em Jesus. Precisamos fazer o que o apóstolo Paulo nos orienta: Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo (2 Tm 4:2). No traba-lho, em casa, nos almoços de família, no hospital, na fila do ônibus, onde quer que estejamos, que possamos aproveitar as várias oportunidades para evangelizar.

2. Evangelize de modo impar-cial: O segundo ponto relacionado à estratégia utilizada por Jesus é que ele não se preocupou com o fato de a samaritana ser uma mulher de má--fama, desprezada pela sociedade. Em público, um judeu não deveria dirigir a palavra a uma mulher, mui-to menos a uma samaritana, mas o amor de Cristo pela vida daquela mulher era tão grande que ele não se preocupou com o preconceito, nem com as convenções sociais.

Cristo pediu: Dá-me de beber (Jo 4:7). A sua maior preocupação era com a salvação da samaritana; por isso ele começou a conversa pedindo água. A mulher surpreendeu-se pelo

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80 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

fato de um judeu falar com uma sa-maritana e perguntou: “Como um judeu poderia pedir água a uma sa-maritana?”. No entanto, o pedido de Jesus foi somente uma maneira de começar a conversa para poder lhe falar sobre a “água da vida” (Jo 4:10), que, inicialmente, foi entendi-da pela mulher no sentido literal. Je-sus continuou o diálogo e esclareceu que a sua água não saciava a sede física, mas, sim, a sede de Deus (Jo 4:13-14).

Jesus não fazia acepção de pes-soas. Em uma ocasião anterior, ha-via aconselhado um judeu moralista (João 3); agora, estava prestes a tes-temunhar a uma mulher samaritana imoral.1 Nicodemos era um líder ju-deu, um homem de moral; a samari-tana, por sua vez, fazia parte de um povo impuro (da perspectiva judaica), uma mulher imoral. Entretanto, am-bos sofriam do mesmo mal: foram concebidos em pecado (Sl 51:5), eram incapazes de compreender as coisas de cima, das quais Jesus falava.

Por essa razão, a água que Jesus tem para dar não tem um endere-ço específico. Não foi providenciada para uma nação específica, para uma família específica. Não existe uma tri-bo que tenha a prerrogativa de des-frutar exclusivamente desse refrigé-rio. Jesus é tal como os samaritanos declararam mais tarde: o Salvador do Mundo (Jo 4:42 – grifo nosso).

1. Wiersbe (2006:385)

3. Não tenha medo de falar so-bre o pecado: A certa altura da con-versa, Jesus disse à mulher: Vai, cha-ma teu marido e vem cá (Jo 4:16). Jesus tocou na ferida desta mulher. Aqui, o Senhor quis despertar sua consciência do pecado. Para beber da água de Jesus, era necessário re-conhecer e confessar sua culpa. A menção de seu marido era a melhor maneira de lembrar-lhe sua vida imo-ral. O Senhor estava, agora, falando à consciência dela.2 Isso nos ensina que não é possível haver conversão, sem a consciência do pecado.

Esse é outro ponto importante na abordagem de Cristo. A Bíblia é categórica, ao afirmar que não é possível haver conversão, enquanto a pessoa não estiver convencida dos seus pecados (Rm 10:10). Somente depois dessa convicção é que a fé em Cristo poderá agir e transformar a vida do ser humano.

Dessa forma, temos condições de perceber a importância de evangeli-zar sem preconceito. Mesmo saben-do que a samaritana vivia uma vida de pecado, Cristo se propôs a lhe falar das boas novas de salvação. Ela atendeu o convite de Jesus, de ma-neira que o encontro com o Mestre influenciou e transformou toda a sua existência, motivando-a a evangeli-zar toda a sua vila (Jo 4: 27-29).

Podemos e devemos aproximar--nos das pessoas marginalizadas

2. Hendriksen (2004:221).

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pela sociedade, como, por exemplo: as prostitutas, os viciados, os mora-dores de rua, os alcoolistas, os presi-diários etc. Por meio desse episódio, aprendemos que, ao evangelizar sem preconceito, podemos motivar as pessoas a reconhecer os seus pe-cados e a mudar de vida, para que sejam alcançadas pela graça de Cris-to Jesus.

No final da conversa, a samaritana reconheceu que Jesus é o Cristo. Isso causo uma profunda mudança em sua vida e em suas atitudes. O nos-so principal objetivo, ao evangelizar as pessoas marginalizadas ou as que não são, é que esses homens, mu-lheres, jovens e crianças tenham a oportunidade de conhecer a verdade e ser libertos por ela (Jo 8: 32).

01. Leia Jo 4:7,17-18 e fale sobre quem era a mulher samaritana. Ela tinha uma boa reputação? Fale sobre os seus motivos para buscar água sozinha.

02. Com base em Jo 4:3-7, podemos ver que Jesus, logo que viu a mulher samaritana, iniciou uma conversa com ela. O que isso tem a nos ensinar sobre a sua estratégia evangelística?

03. Leia Jo 4:9,27 e fale sobre a surpresa da mulher e dos discípulos pelo fato de Cristo ter iniciado aquela conversa. Qual a razão da surpresa? O que isso nos ensina sobre como Jesus evangelizava?

04. Após ler Jo 4:15-16, comente sobre a razão de Cristo ter pedido para a mulher chamar o seu marido. O que podemos aprender dessa atitude de Jesus?

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82 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

1. Evangelize sem preconcei-tos, pois Jesus não morreu só por alguns.

O encontro e a conversa de Je-sus com a mulher samaritana são um grande e maravilhoso exemplo de como cada um de nós deve pro-ceder, se quiser evangelizar sem preconceito. Em nenhum momen-to ele desprezou ou ridicularizou a mulher, mas, durante todo o epi-sódio, deixou transparecer amor, misericórdia e preocupação com a salvação dela.

O nosso dever, como servos do Senhor, é evangelizar sem julgar as pessoas. Para isso, devemos nos aproximar delas como Jesus: sem preconceitos, até porque ele morreu por todos: os marginalizados e os considerados “bons” pela nossa so-ciedade. Sendo assim, ao se deparar com pessoas desprezadas pela so-ciedade, lembre que Cristo também deu a vida por elas.

2. Evangelize sem preconcei-tos, pois Jesus não transforma só alguns.

Ao evangelizar a mulher samari-tana, Jesus não estava preocupado com o que a sociedade iria achar. Seu propósito era que aquela mulher tivesse a oportunidade de encontrar quem iria salvar e transformar a sua vida. E foi isso que aconteceu: a sa-maritana teve a vida modificada pelo poder do evangelho, pelas boas no-vas de salvação em Cristo Jesus.

Aquela mulher triste, solitária, abandonada e desprezada teve sua vida transformada, depois do encon-tro com Cristo. Ela não teve vergonha de ir até a cidade e contar a todos o que havia acontecido. Suas atitudes mudaram. Encontrar-se com Jesus foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida. Jesus pode transformar e dar novo rumo à vida de todas as pessoas. Você se dispõe a deixar que ele o use para levar o evangelho àqueles consi-derados perdidos pela sociedade?

II LIÇÕES DE JESUS NO EVANGELISMO

05. Segundo a primeira aplicação, por que precisamos lembrar que Cristo não morreu só por alguns, na hora de evangelizar os perdidos?

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SEU DESAFIO

Que, por meio deste estudo, você se sinta desafiado a seguir ainda mais o exemplo de Jesus, cuja preocupação maior é a salva-ção das pessoas, mesmo das que são desprezadas e marginaliza-das pela sociedade. Ao se deparar com os desprezados, que você se compadeça.

Deus nos chamou para sermos sal e luz, para fazermos diferen-ça na vida das pessoas em meio a esta geração. Uma das principais maneiras disso acontecer é evangelizarmos todas as pessoas, sem fazer qualquer distinção ou acepção. Que o Senhor permita que mais pessoas sejam alcançadas pelo evangelho, por meio de nos-sas vidas!

06. O que acontece com uma pessoa que tem um encontro com Jesus? Você acredita que ele tem poder para transformar todas as pessoas? Dispõe-se a pregar àqueles considerados perdidos pela sociedade?

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84 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

SÁBADO ESPECIALSugestão para programa de culto

SÁBADO ESPECIALSÁBADO ESPECIALSÁBADO ESPECIALSÁBADO ESPECIALSÁBADO ESPECIALSÁBADO ESPECIALSÁBADO ESPECIALSÁBADO ESPECIALSÁBADO ESPECIAL

Avisos

Abertura

Hino: “Vem agora” – 08 BJ

Leitura bíblica: Isaías 52:7-9 – NTLH

Como é bonito ver um mensagei-ro correndo pelas montanhas, tra-zendo notícias de paz, boas notícias de salvação! Ele diz a Sião: “O seu Deus é Rei!”. Escutem os gritos dos vigias! Eles gritam de alegria, todos juntos, pois vêem com os seus pró-prios olhos a volta do Senhor para Sião. Jerusalém arrasada, cante de alegria, pois o Senhor tem pena do seu povo e vai salvar Jerusalém.

Oração

Palavra pastoral

Louvores

“Não há outro igual”Diante do Trono

Não há outro igual ao Senhor.Não há outro igual;Ele é poderoso.

Não há outro igual;Ele é digo.Vamos louvar ao Senhor!

Glória a Deus!Só ele é digno de glória.Desde o amanhecer,Até o sol se pôrSeu nome é digno de louvor.

Todo louvor e toda a glória. (8x)Digno é o Deus de Israel.

Dedicação dos dízimos e ofer-tas: Música instrumental ou cântico

“Jesus, Filho de Deus”Fernandinho

Deixou os céus para me encontrar.Aqui não é o seu lugar Um amor assim, o mundo não conheceu.Naquela cruz se entregou.O seu perdão me alcançou. Um amor assim, o mundo não conheceu.

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No altar de adoração,Seja sempre exaltado,Jesus, Filho de Deus!Deixou a sua glória,Morreu em meu lugar,Jesus, Filho de Deus!Tu és Jesus, Filho de Deus!

Levou sobre si pecado e dor.Venceu a morte e ressuscitou. Um amor assim, o mundo não conheceu.

Seja exaltado, engrandecido!Seu nome é santo! Poderoso é! E não há nada que apague o seu amor.A cruz me libertou! (4x)

“Ofereço minha vida”Igreja Bíblica da paz

Tudo o que sou, tudo o que tenho,Está diante de ti, Senhor.Minhas tristezas e alegriasA ti entrego agora, Senhor.

Ofereço minha vida a ti.Usa o meu viver para tua glória. Os meus dias são teus, Senhor.Que seja o meu louvorSacrifício agradável.Minha vida eu te dou

O meu passado, o meu futuro,Sonhos que um dia se realizarão,Minha esperança e os meus planos,Todo o meu ser pertence ao Senhor.

Dou-te porque me deste primeiro. Tudo o que tenho já pertence ao Senhor.A minha vida é tua somente.Me rendo a ti, meu Senhor.

Mensagem bíblica: “Traga pes-soas aos pés do Salvador”

Apelo e oração

Hino: “Trabalhai e orai” – 165 BJ

Bênção Apostólica

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86 Lições BíblicasLições Bíblicas – 2º Trimestre de 2014

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Os ceifeir� , � frut� e � camp�

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Sumaré, 28 a 29 de novembro de 2014

50ªAssembleiaGeral