sÃo paulo, 21 de marÇo de 2013 · 2014. 10. 29. · dias. um seleção dessas maravilhas...
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SÃO PAULO, 29 DE OUTUBRO DE 2014.
ONU insta Japão a reduzir emissão de gases e a desembolsar
mais de US$ 1 bilhão em ajuda
Christiana Figueres disse que “a contribuição financeira do Japão é absolutamente fundamental” (Foto: UNFCCC.org)
Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), pediu ao
Japão para definir uma meta ambiciosa de redução de emissões de gases,
responsáveis pela elevação da temperatura do planeta, a partir de 2020, bem
como contribuir com mais de US$ 1 bilhão para um novo fundo de combate ao
aquecimento global.
“Minha expectativa de contribuições japonesas é a mesma que a minha
expectativa de todos os outros países”, disse Figueres em uma coletiva de
imprensa no último sábado.
Partes da Convenção devem anunciar suas metas de redução até o final de
março. O governo do primeiro-ministro Shinzo Abe começou na sexta-feira as
discussões sobre o assunto.
Figueres também instou o Japão a desempenhar um papel ativo no Fundo
Verde para o Clima, que será um dos principais temas da 20ª sessão da
Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas (COP20),
que será realizada em dezembro no Peru. O fundo destina-se a facilitar a luta
contra o aquecimento global nos países em desenvolvimento.
“A contribuição financeira do Japão é absolutamente fundamental”, disse
Figueres, acrescentando que o mundo está “esperando ansiosamente pelo
penhor do Japão.”
Referindo-se aos US$ 1 bilhão prometido por cada um dos compromissados
com o novo fundo, como França e Alemanha, Figueres disse: “Nós certamente
esperamos que o valor da contribuição japonesa seja maior do que isso”.
“Quanto mais rápido o mundo se mover em direção a uma economia de baixo
carbono, mais rápido nos movemos em direção a uma economia de alta
eficiência”, o que levará a uma maior demanda por exportações japonesas,
disse ela.
Em 2013, o primeiro-ministro Shinzo Abe prometeu que o Japão desembolsaria
cerca de US$ 16 bilhões ao longo dos próximos três anos para ajudar os
países em desenvolvimento a encontrar formas de atenuar o impacto das
alterações climáticas.
Japão tem lutado para controlar suas próprias emissões de gases de efeito
estufa após o desligamento de todos os 48 reatores comerciais do país na
sequência da crise nuclear desencadeada pela usina nuclear Fukushima
Daiichi em março de 2011, quando um poderoso tsunami decorrente de um
terremoto de magnitude 9 graus atingiu os reatores da usina e devastou parte
do nordeste japonês.
O aumento da utilização de combustíveis fósseis para compensar o
fornecimento de energia elétrica acabou por retroceder o progresso que o país
tinha feito na redução de emissões de carbono.
Na COP19, realizada em Varsóvia em novembro passado, o Japão
estabeleceu a meta de reduzir as emissões em 3,8% até o ano fiscal de 2020
na comparação com 2005, atraindo críticas de vários países por recuar em sua
promessa anterior de cortar em 25% ante uma base estabelecida no fiscal de
1990.
Nesta terça-feira (28), cientistas do clima deram início a uma semana de
reuniões em Copenhague, na Dinamarca, para aprovar a síntese do Quinto
Relatório de Avaliação do Painel Internacional da ONU sobre Mudanças
Climáticas, o IPCC, composto por três grandes volumes divulgados nos últimos
13 meses.
O texto, denominado “Sumário para Desenvolvedores de Políticas” vai nortear
as discussões em torno de um novo plano global para cortar emissões de
gases.
O tratado climático, que vai substituir o Protocolo de Kyoto — que impõe
restrições a nações ricas, menos EUA — começará a ser delineado ainda este
ano, na conferência de Lima (COP 20), e terá de ser aprovado em 2015, em
Paris.
Presidente do IPCC pede esperança no
combate às mudanças climáticas
Cientistas estão reunidos para aprovar síntese do Quinto Relatório climático.
Novo texto vai nortear governos na criação de acordo global contra emissões.
Cientistas do clima deram início nesta segunda-feira (27) a uma semana de
reuniões em Copenhague, na Dinamarca, para aprovar a síntese do Quinto
Relatório de Avaliação do Painel Internacional da ONU sobre Mudanças
Climáticas, o IPCC, composto por três grandes volumes divulgados nos últimos
13 meses.
O texto, denominado "Sumário para Desenvolvedores de Políticas" vai nortear
as discussões em torno de um novo plano global para cortar emissões de
gases, responsáveis pela elevação da temperatura do planeta. O tratado
climático, que vai substituir o Protocolo de Kyoto -- que impõe restrições a
nações ricas, menos EUA -- começará a ser delineado ainda este ano, na
conferência de Lima (COP 20), e terá de ser aprovado em 2015, em Paris.
Segundo o presidente do painel científico da ONU, Rajendra Pachauri, as
lideranças políticas não devem perder a esperança diante do enorme desafio
de enfrentar as mudanças climáticas. "Não é impossível", lançou Pachauri.
Para ele, os líderes políticos deveriam "evitar ser superados pela aparente
desesperança ao lidar com as mudanças climáticas", afirmou o chefe da
organização premiada com o Nobel da Paz.
Reunidos a portas fechadas, cientistas e representantes de governos devem
bater o martelo na sexta-feira (31), para que o documento principal seja
publicado no domingo (2).
Consequências drásticas
Integrantes do governo brasileiro participam de reunião climática do IPCC, em
Copenhague (Foto: Keld Navntoft/Scanpix Denmark/AFP)
O primeiro capítulo afirmava que há mais de 95% (extremamente provável) de
chance de que o homem tenha causado mais de metade da elevação média de
temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3
grau.
Sobre as previsões, a primeira parte trouxe também a informação de que há ao
menos 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2ºC até
2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900). Isso se a
queima de combustíveis fósseis continuar no ritmo atual e sem o cumprimento
de políticas climáticas já existentes.
Os 259 pesquisadores-autores de várias partes do mundo, incluindo o Brasil,
estimaram ainda que, no pior cenário possível de emissões, o nível do mar
pode aumentar 82 centímetros, prejudicando regiões costeiras do planeta, e
que o gelo do Ártico pode retroceder até 94% durante o verão no Hemisfério
Norte.
Impactos e adaptação
Já o segundo capítulo, lançado no fim de março, concluiu que são "altamente
confiáveis" as previsões de que danos residuais ligados a eventos naturais
extremos ocorram em diferentes partes do planeta na segunda metade deste
século. E isso deve acontecer mesmo se houver corte substancial de emissões
nos próximos anos.
O texto aponta que populações pobres de regiões costeiras podem sofrer com
o aumento do nível do mar, altas temperaturas acentuariam o risco de
insegurança alimentar e que áreas tropicais da África, América do Sul e da Ásia
devem sofrer com inundações causadas pelo excesso de tempestades.
O documento afirma também que há fortes evidências de uma redução da
oferta de água potável em territórios subtropicais secos, o que aumentaria
disputas pelo uso de bacias hidrográficas, além de uma possível perda de
espécies de plantas e animais pela pressão humana, como a poluição e o
desmatamento de florestas (leia mais aqui).
A terceira e última parte afirma que são necessárias mais ações para cortar as
emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento do planeta a
2ºC até 2100. Segundo os cientistas, é preciso abandonar os combustíveis
fósseis poluentes e utilizar fontes mais limpas para evitar o efeito estufa, que
poderá provocar um aumento da temperatura do planeta entre 3,7ºC e 4,8ºC
antes de 2100, o que seria um nível catastrófico.
A beleza e o drama das incríveis florestas invisíveis do Brasil
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (Foto: Sterling Zumbrunn/Divulgação CI)
Elas têm árvores frondosas, com amplas copas e densa cobertura de folhas.
Guardam uma das maiores diversidades de espécie do planeta. Têm espécies
preciosas. Várias endêmicas, que só ocorrem ali. Servem de abrigo para uma
teia de vida, com todo tipo de animal, inclusive vários ameaçados, como onças,
papagaios, tatus. Guardam mananciais valiosos. Algumas estão em cima de
solos pontilhados por cristais. Outras cobrem áreas de relevo magnífico, com
cachoeiras e escarpas inesquecíveis. Mesmo assim, essas florestas são
invisíveis. Permanecem ocultas apesar de sua presença em 13 estados
brasileiros. A maior parte das pessoas olha para as florestas invisíveis e só
enxerga uma vegetação rala de gramíneas. Como essas florestas conseguem
a proeza? É um mistério. A invisibilidade é também sua tragédia. São as
florestas do cerrado.
A foto acima é uma oportunidade de observar uma dessas florestas. É uma
cena do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. As florestas
do cerrado estão sendo devastadas em ritmo acelerado. Um levantamento
divulgado pelo Blog do Planeta recentemente mostrou que o desmatamento no
cerrado é maior do que na floresta amazônica. Enquanto a floresta amazônica
conta com grandes áreas de conservação, vigilância por satélite diária e
monitoramento nacional e internacional, as florestas do cerrado desaparecem
sem tanto alarde. Tentativas de criar unidades de conservação no cerrado
esbarram no argumento que essas áreas vão impedir a agricultura e barrar o
progresso.
O drama das florestas do cerrado lembra o das florestas com araucárias. É um
tipo de mata atlântica com pinheiros que outrora cobria boa parte do Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Era nosso equivalente às florestas
temperadas do Hemisfério Norte. Foram aceleradamente devoradas pelas
madeireiras. Hoje, há árvores de araucária do Rio Grande do Sul a São Paulo.
Mas as madeireiras acabaram com quase todas elas. Sobraram poucos
pedaços, como o do Parque Nacional de Aparados da Serra. A maior parte dos
brasileiros nem imagina que esse tipo de vegetação existe.
Precisamos reconhecer as florestas do cerrado. Entender que a rica vegetação
desse ecossistema vai além do capim (nada contra as gramíneas). É o primeiro
passo para salvar o que ainda resta delas.
As 20 casas na árvore mais legais dos últimos tempos
O sonho de infância de muitos se tornou realidade para outros tantos. Casas
na árvore parecem um meio muito lúdico e até surreal de se morar, mas graças
a excelentes engenheiros ou muito amor e dedicação, isso se tornou verdade
para alguns moradores ao redor do mundo.
Mas não pense que isso é uma tarefa fácil – das mais sofisticadas às mais
simples, essas engenhocas passam por diversos estudos antes de serem
feitas, desde a escolha da árvore – que chega a passar por uma
ultrassonografia para checar maiores detalhes – até o uso de tecnologias de
ponta para a construção.
Entretanto, ainda há um item que não foge à regra e tem uma tradição comum:
grande parte delas é feita em madeira. Em sua maioria, também há uma
preocupação maior em ser sustentável, utilizando-se muitas vezes de energia
solar, sistema elétrico, entre outros recursos que procuram poupar ao máximo
o meio ambiente.
Além da estrutura, o visual e o local do qual estão adaptadas torna tudo muito
rústico e não há nada melhor do que estar tão próximo à natureza todos os
dias. Um seleção dessas maravilhas arquitetônicas se reúne no livro Tree
Houses. Fairy Tale Castles in the Air, de Philip Jodidio, com 50 das casas nas
árvores mais incríveis do mundo.
Selecionamos aqui 20 casas na árvore incríveis para você se inspirar ou
conhecer:
1. Cocoon Tree por Berni Du Payrat, da França
2. Free Spirit Tree Spheres, próximo a Qualicum Bay, em Vancouver
3. Finca Bellavista, comunidade que vive na Costa Rica. Já falamos sobre ela e
outras aqui.
4. Casa na árvore por mmp Architects. Venceu o prêmio de “Casa do Ano” em
2012, concedido pelo Australian Institute of Architects (AIA)
5. A maior casa na árvore do mundo foi construída por Horace Burgess em
Crossville, Tennessee
6. Modelo UFO por Bertil Harström, em Harads, Suécia, inspirada no filme The
Tree Lover
7. HemLoft por Joel Allen, em Whistler, Colúmbia Britânica, Canadá
8. Tree Hotel, localizado na Suécia. Existem vários modelos diferentes de
hospedagem na árvore, desenvolvidos por eles
9. Restaurante Naha Diner Porto dentro de um tronco oco, em Okinawa, no sul
do Japão
10. Restaurante Yellow Treehouse, da Pacific Environments em Auckland, na
Nova Zelândia
11. O arquiteto Andreas Wenning é especialista em casas na árvore e possui
diversos modelos modernos espalhados pelo mundo. Em Curitiba, ele projetou
a Casa Girafa. A casa abaixo fica em Djuren, na Alemanha.
12. Lake Nest Tree House, por Roderick Wolgamott Romero, em Nova York
13. Redwood Treehouse Santa Cruz, em Watsonville, Califórnia
14. Acomodação Keycamp em Paris
15. Casa de Chá Tetsu, projetada por Terunobu Fujimori para o Museu
Shirakaba Kiyharu, no Japão
16. Tucker’s Treehouse em St. Louis Park, Mineápolis, Estados Unidos. A bela
casa, construída nos anos 1980, infelizmente se desmanchou em 1° de abril de
2014.
17. Casa na árvore em Irian Jaya, na Indonésia
18. “Lake House”, em Araras, São Paulo
19. Casa de Frans Krajcberg – artista plástico que desenha em raízes e troncos
tem sua própria casa na árvore em Nova Viçosa, litoral sul da Bahia, construída
sobre o tronco de uma árvore de 2,60 metros de diâmetro.
20. Soneva Kiri, na Tailândia, oferece jantar em casulo de vime sobre copa de
árvore. Falamos de outros restaurantes com vistas fantásticas aqui.
Para ver mais casas na árvore onde a hospedagem é possível, visite o site do
Airbnb. Algumas empresas ao redor do mundo já são especialistas na
construção dessas belezinhas, como o Living Tree Online.