setembro de 2015

PALAVRA DO PÁROCO

www.paroquiadapompeia.org.br/ [email protected]

TIRAGEM: 3000 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITAPeriodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Ano: XVIII - Edição de setembro de 2015

A Festa da Santa Cruz

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Programação da Festa de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia

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Os estigmas, a identi� cação com o amado

A Palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés. É luz que vem iluminar a nossa vida, na busca de atender o apelo cristão de viver a fraternidade no seio de nossas comunidades. Dedicamos o mês de setembro à Bíblia, que nos orienta e nos comunica a verdade de Deus. Que São Jerônimo, tradutor e exe-geta das Sagradas Escrituras, interceda por nós, na escuta e meditação da Palavra, na busca sempre de sermos instrumentos do amor do Pai, sinais de es-perança na vida do mundo. Rea� rmemos a nossa fé e compromisso cristãos, lembrando do símbolo do triunfo da vida sobre a morte e da nossa salvação, que é a Santa Cruz, exaltada no dia 14.

Que sigamos � rmes os passos daqueles que vi-venciaram o amor de Deus na sua forma mais con-creta: a caridade, o cuidado com os irmãos necessi-tados, a entrega. Assim fez Francisco, em quem foi possível perceber o transbordamento da experiên-cia de Deus. Tendo como resposta divina as suas

chagas, pelo amor que viveu seu apostolado e a fra-ternidade com todos os seres, que São Francisco nos inspire a viver essa mesma fraternidade e apostola-do, celebrando intensamente as festas de nossas co-munidades dedicadas à Nossa Mãe, a Virgem do Ro-sário e a Virgem de Aparecida. Lembremos também de São Cosme e São Damião, celebrados no dia 26, mártires perseguidos e decapitados, que passaram a vida cuidando dos enfermos e propagando sua fé em Jesus Cristo.

Contando com a solidariedade de toda a nos-sa comunidade paroquial, estamos em plena cam-panha de doações para a pintura da Igreja Matriz. Com fé, vamos restaurar juntos a casa da Nossa Mãe. E por meio da Campanha do Quilo, da Pastoral da Misericórdia, também contamos com a colabo-ração de todos para continuarmos distribuindo as cestas básicas mensalmente às famílias necessita-das da nossa comunidade.

Setembro traz ainda o início da primavera. Cores, � ores, sons, chuvas. E quan-do a paisagem se renova, também é hora de nos reno-varmos, de deixar pra trás o inverno em nossos corações, a aridez na nossa alma. É nes-se clima que faremos o nosso 16º Encontro de Casais com Cristo da Paróquia da Pom-peia. Rezemos a todos os casais empenhados na re-alização do nosso ECC e a todos que estão chegando para fazer parte desta grande família. Que seja uma verdadeira graça na vida de cada um, marido e es-posa, pois não há encontro melhor daqueles que se amam que o verdadeiro encontro com o Amado.

Frei Romero José da Silva, OFMCap

A Bíblia e a aliança de Deus com seu povo

Experiências de fé: tempo de busca, sinais de esperança

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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Agosto de 20152

FAÇA PARTE

Pároco: Frei Romero Silva, OFMCap

Pastoral da Comunicação – Pascom:Andréa MatosDavid TierroDébora DrumondFrei Márcio Silva, OFMCapFrei Romero Silva, OFMCapMadalena Loredo

Endereço: Rua Iara, 171 – Pompeia,

Belo Horizonte/MGTelefone: (31) 3889 4980

E-mail: [email protected]

Site: www.paroquiadapompeia.org.br

Arte e impressão: Fumarc Grá� ca

Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal.O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.

EXPEDIENTE

Natureza morta com Bíblia (Still life with bible). Óleo sobre tela, 1885. Por

Vincent Van Gogh. Museu Van Gogh, Holanda. Imagem:

http://goo.gl/5T0DaZ

CANÇÃO DA PRIMAVERA (Para Érico Veríssimo) Primavera cruza o rioCruza o sonho que tu sonhas.Na cidade adormecidaPrimavera vem chegando. Catavento enloqueceu,Ficou girando, girando.Em torno do cataventoDancemos todos em bando. Dancemos todos, dancemos,Amadas, Mortos, Amigos,Dancemos todos até Não mais saber-se o motivo…Até que as paineiras tenhamPor sobre os muros � orido!

Mario Quintana; Canções, 1946. Acessado em 07/08/2015 -

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23 DE SETEMBRO: INÍCIO DA PRIMAVERA

FOTO DA CAPA

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS SEMANAIS

Matriz Nossa Senhora do Rosário de PompeiaHorário: segunda, às 7h; de terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19hEndereço: rua Iara, 171 – Pompeia

Capela São JudasHorário: domingo, às 19h30; dia 28 de cada mês, às 8h e 20hEndereço: rua Iara, 727 – Pompeia

Capela Nossa Senhora AparecidaHorário: sábado e domingo, às 18hEndereço: rua Violeta, 555 – Esplanada

Capela Nossa Senhora da AbadiaHorário: sábado, às 19h; domingo, às 9hEndereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada

Capela São RafaelHorário: domingo, às 10hEndereço: Rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 Santa E� gênia


DESTAQUE DO MÊS: SETEMBRO : MÊS DA BÍBLIA

A Bíblia e a aliança de Deus com seu povoConhecemos a Bíblia como um conjunto

de livros. E isso é certo do ponto de vista literário. Esse conjunto de livros unidos em um chamamos de Bíblia, em grego “Ta bibliá”. Ela conta a história da relação de Deus com o povo escolhido; esse povo chamado inicialmente de Israel, que assume um compromisso com Deus, uma aliança. Foram várias as alianças realizadas entre Deus e os filhos de Israel com o intuito de unificar um povo em torno d’Ele. Primeiro com Adão, depois Abraão, Moisés, Jacó, Isaac e outros. O tema da aliança é um dos principais dentro desse conjunto de livros que irá convergir para uma Nova e Eterna Aliança com Jesus de Nazaré. E, a partir dessa, é constituído o novo povo de Deus, no qual nós estamos inseridos. O novo povo de Deus apresentado no Novo Testamento e chamado de Cristão, com uma só língua, um só pensamento e um só sentimento, que caminha rumo à terra prometida, antes Canaã, agora o Reino dos Céus.

Para nós, a Bíblia é um livro de fé. Uma coletânea da vida experimentada e repassada de geração em geração recordando e dando continuidade a essa Nova e Eterna Aliança. Tudo que está escrito na Bíblia foi inspirado pelo Espírito Santo para contar e deixar recordada a nossa história. Mas como podemos hoje entender que esse é um livro de fé inspirado pelo Espírito Santo? O evangelho de João nos ajuda a responder a essa pergunta: “o Espírito

Santo, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que eu vos disse” (Jo. 14, 26). Isto quer

dizer que hoje somos chamados a continuar escrevendo a Bíblia e conservar a Aliança feita em Jesus Cristo, inspirados pelo Espírito.

Aliança é um pacto que fazemos com as outras pessoas. Dessa forma, podemos verificar que todo tempo estamos fazendo alianças em nossas vidas. Quando nos unimos em matrimônio, fazemos uma aliança conjugal; quando assinamos um contrato de trabalho, fazemos uma aliança profissional; quando passamos por processo de conversão, fazemos uma aliança espiritual. A questão fundamental de fazermos alianças está no cumprimento fiel do tratado. O princípio da fidelidade demarca o cumprimento da aliança. Deus é fiel a seu povo. Lemos isso várias vezes na Bíblia. E você tem sido fiel às suas alianças?

Este mês da Bíblia é um momento propício para avaliarmos a nossa fidelidade à Grande Aliança. Como a vivemos no dia a dia? Quais são as formas em que permitimos ao Espírito Santo recordar as coisas que Jesus disse em nosso coração? Reconhecemos a Aliança com Deus em nossa vida? Queremos ser fiéis a essa aliança?

A Bíblia é o livro da história do povo de Deus. Nós somos este povo de Deus. Logo, é a nossa história que está sendo escrita e contada. Somos a próxima página da Bíblia.

Marcílio de Oliveira Castro, graduado em Filoso-fia e Teologia, especialista em Desenvolvimento

Humano e Espiritualidade

Idosa lendo a Bíblia (Old woman reading a Bible). Óleo sobre tela, 1630. Por Gerrit Dou. Rijksmuseum, Amsterdam. Imagem: https://goo.gl/Ffcc1I

30 DE SETEMBRO: DIA DE SÃO JERÔNIMO

Jerônimo foi um dos santos padres da igreja latina. É dele o mérito de produzir aquilo que hoje chamaríamos de “edição crítica” da Bíblia: uma tradução latina comparada e amplamente comentada dos textos gregos.

São Jerônimo escrevendo. Óleo em tela, 1606. Por Caravaggio. Galeria Borghese, Itália. Imagem: http://goo.gl/q5h9JI

A Comissão Episcopal Pasto-ral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Bra-sil (CNBB) propõe dois sub-sídios de apoio para auxiliar as comunidades, paróquias e dioceses, durante para o Mês da Bíblia. O texto-base

apresenta, de forma explicativa, o tema e o lema do Mês da Bíblia 2015, respectivamente, “Discípulos Mis-sionários a partir do Evangelho de João” e “Permanecei no meu amor para produzir muitos frutos” (Jo 15, 7-16).

14 DE SETEMBRO: EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

A Festa da Santa Cruz

Quando se fala em cruz, fala-se em sofrimento, em dor, em algo difícil de suportar e que, normalmente, se quer evitar. Há tantos remédios para aliviar a dor, a depressão, a ansiedade. E aqui não mencionamos outras drogas que possibilitam à pessoa “viajar” por horas e, com isso, fugir dos problemas, das responsabilidades. Cruz? Nem pensar!

Os cristãos, no entanto, têm uma devoção imensa pela cruz, instrumento pelo qual Nosso Senhor nos trouxe a salvação. Muitos, ao começarem o dia, traçam a cruz em si mesmos, dizendo: “Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus, Nosso Senhor, de nossos inimigos”.

Quem assim age está demonstrando a fé na Cruz Redentora e se reveste desse escudo para enfrentar as intempéries do dia a dia.

É gesto comum pelos interiores do Brasil, no dia 3 de maio de cada ano, a ornamentação das cruzes com flores e papéis multicoloridos; ao redor desse Madeiro as pessoas se reúnem para rezar, desde antiquíssimas eras. Provavelmente foi em 3 de maio de 1500 que os primeiros portugueses desembarcaram no Brasil, que se chamou primeiramente “Terra de Santa Cruz”. Segundo a tradição católica, Santa Helena, mãe do imperador Constantino Magno, encontrou, em 3 de maio de 326, três cruzes soterradas no lugar que se chamava Gólgota, e concluiu que eram as mesmas daquela Sexta-Feira Santa, de três séculos atrás. Uma delas seria a cruz de Cristo. Segundo a mesma tradição, um cadáver fora colocado sobre uma das cruzes, sem que nada de notável acontecesse; assim se fez com uma segunda cruz, e nada aconteceu; mas ao ser colocado sobre a terceira cruz, o cadáver ganhou vida, testemunhando assim que aquela teria sido a Cruz do Redentor.

A cruz redentora tem sua festa litúrgica no dia 14 de setembro, com o nome de “Exaltação da Santa Cruz”. Algumas comunidades anglicanas também celebram, nessa data, o “Santo Dia da Cruz”, nome também usado por luteranos.

Exaltação é o mesmo que “triunfo”, para nos dizer que a Cruz não é, para nós, símbolo de morte, mas de vida. A festa litúrgica da Exaltação nos diz que a Cruz de Cristo é a chave de vida nova, pois pela cruz chegaremos à luz. O sinal da cruz que os cristãos fazem sobre sua testa é uma prova dessa fé.

Ismar Dias de Matos, professor de Filoso� a e Cultura Religiosa na PUC Minas

Cristo na Cruz, a Virgem, São João e Maria Madalena (Le Christ en croix, la Vierge, saint Jean et sainte Madeleine). Óleo em tela, 1617-1619. Por Antoon van Dyck. Coleção de Luis XV. Versalhes, França. Imagem: http://goo.gl/vDmEgZ


PROGRAMAÇÃO

FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA E SÃO FRANCISCO DE ASSIS 2015

26/09 – SÁBADO Abertura da Festa de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia7h - Celebração Eucarística18h15 - Oração do Terço19h - Missa Conga, com a benção de to-das as comunidades, pastorais e movi-mentos; e levantamento do mastro de Nossa Senhora com a participação da Guarda de Congo Feminina de Nossa Senhora do Rosário. Oferta de � ores: Vi-centinos

27/09 – DOMINGOPrimeiro dia da novena - Maria: cora-ção dedicado ao amor!7h - Celebração Eucarística9h - Celebração Eucarística. Oferta de � o-res: Catequese10h - Apresentação da banda Sociedade Musical Santa Lúcia18h15 - Oração do Terço19h - Missa Inculturada Afro e novena com participação de todas as comunida-des. Oferta de � ores: Pastoral Litúrgica e grupos afros

28/09 – SEGUNDA-FEIRASegundo dia da novena - Maria: cora-ção transbordante de paz7h - Celebração Eucarística18h15 - Oração do Terço19h- Celebração Eucarística e novena. Responsáveis e oferta de � ores: Terço dos Homens

29/09 – TERÇA-FEIRATerceiro dia da novena - Maria: coração solidário e servidor7h - Celebração Eucarística18h15 - Oração do Terço19h - Celebração Eucarística e novena. Responsável e oferta de � ores: Comuni-dade Nossa Senhora Aparecida

30/09 – QUARTA-FEIRAQuarto dia da novena - Maria: coração consolador dos a� itos7h - Celebração Eucarística18h15 - Oração do Terço19h - Celebração Eucarística e novena. Responsável e oferta de � ores: Comu-nidade São Judas Tadeu

01/10 – QUINTA-FEIRA Quinto dia da novena - Maria: coração educador da fé7h - Celebração Eucarística18h15 - Oração do Terço19h - Celebração Eucarística e novena. Responsável e oferta de � ores: Comuni-dade Nossa Senhora da Abadia

02/10 – SEXTA-FEIRASexto dia da novena - Maria: coração acolhedor da palavra7h - Celebração Eucarística18h15 - Oração do Terço19h - Celebração Eucarística e novena. Responsáveis e oferta de � ores: Comu-nidade Nossa Senhora dos Anjos e Encontro de Casais com Cristo (ECC)

20h - abertura da Exposição de Rosários do acervo da Arquidiocese de Belo Horizonte

03/10 – SÁBADOTrânsito de São Francisco de AssisSétimo dia da novena - Maria: ajudai-nos a viver e proclamar a paz e o bem!7h - Celebração Eucarística15h - Oração do Terço com participação dos Terço dos Homens que compõe a Fo-rania Nossa Senhora do Rosário de Pom-peia18h15 - Oração do Terço19h - Celebração Eucarística e novena20h – Celebração do Trânsito de São Francisco de Assis

04/10 – DOMINGOFesta de São Francisco de Assis7h - Celebração Eucarística9h - Celebração Eucarística: “Com a Vir-gem do Rosário, celebramos 77 anos de história, fé, esperança e caridade”. 10h - Bênção das criaturas com partici-pação do grupo de escoteiros e seresta na praça com o Encontro de Casais com Cristo (ECC)18h15 - Oração do Terço19h – Celebração Solene de São Francisco. Responsáveis e oferta de � ores: Frades Ca-puchinhos e Ordem Franciscana Secular

05/10 – SEGUNDA-FEIRAOitavo dia da novena - Maria: coração inspirador da missão7h - Celebração Eucarística18h15 - Oração do Terço19h - Celebração Eucarística e novena. Responsáveis e oferta de � ores: todos os setores da Paróquia

06/10 – TERÇA-FEIRANono dia da novena - Maria: coração gerador da vida!7h - Celebração Eucarística18h30 - Oração do Terço (Equipe do Terço)19h – Missa Sertaneja e novena. Responsáveis e oferta de � ores: Equipe Sertaneja

07/10 – QUARTA-FEIRA Festa da Padroeira6h - Alvorada festiva6h30 - Oração do Terço7h - Celebração Eucarística 8h, 9h, 10h e 11h - Oração do Terço12h - Súplica de Nossa Senhora do Rosário. Oferta de � ores: toda a comunida-de paroquial14h, 15h, 16h e 17h - Oração do Terço18h - Oração do Angelus e bênção dos pedidos19h30 - Celebração Eucarística solene, seguida de procissão com a participa-ção da Banda de Música da PMMG. Trajeto: rua Iara, rua Mário Martins, rua Casa Branca, rua Antônio Justino, rua Iara.

A paróquia pede aos � éis que tragam velas para a procissão e enfeitem a porta das casas para a passagem da imagem de Nossa Senhora do Ro-sário de Pompeia.

Maria: ajudai-nos a viver e proclamar a paz e o bem!

Não perca, na próxima edição de O Rosário, a continuação da série Catequese Permanente, com o texto Celebração. “Quando vamos a um ato litúrgico,

devemos sair de lá mais perto de Deus do que quando chegamos”.


DIA 27 DE SETEMBRO: DIA DE SÃO VICENTE DE PAULO

São Cosme e São Damião

Na década de 1930, o pai de Dona Maria José e Dona Didi trouxe o movimento Vicentino na comu-nidade da Pompeia que naquela época era ligada à comunidade de Santa E� gênia dos Militares. A Con-ferência Santo Alberto foi fundada em 1933 e com a formação de outras conferências, essas deram lugar ao Conselho Particular Nossa Senhora da Abadia. Seu primeiro presidente foi o confrade Antônio Marcos que se reunia com os demais na Capela ou em casa

de algum outro confrade. Naquele período, existia na nossa comunidade uma senhora chamada Maria Arantes, nossa catequista, que doou para o Conselho sua casa para que pudéssemos nos reunir e continu-ar nossos trabalhos. Quando ela morreu, o Conselho tomou posse da casa, que é hoje onde se reúnem os alcoólicos anônimos.

Quando o confrade Joaquim Marcelino assumiu a direção do Conselho, resolveu construir a sede. Fez um movimento muito grande na comunidade para conseguir apoio. Foi feita a planta da construção e a obra começou. Tivemos um pequeno problema de delimitação de espaço, entrando um pouco num lote que pertencia à Prefeitura e fomos obrigados a parar com a obra. Logo depois, Luiz de Souza Lima assumiu a administração da Prefeitura. Nós tínha-mos uma amizade muito próxima com sua � lha Mir-tes e ela, atendendo nossa solicitação, conseguiu que seu pai doasse tal pedaço do lote para o Con-selho. Nesse tempo, foi necessário fazer uma nova planta para reiniciar a construção, retomando toda a mobilização da comunidade para nos ajudar, a � m de conseguirmos os recursos necessários à obra.

O confrade Joaquim Marcelino rezava todas as tardes um terço e dizia que cada Ave Maria corres-pondia a um tijolo. Foi aí que tivemos a ideia de fa-zer um grupo de confrades para estudar como reali-zar a obra num todo. Quando esta já se encontrava bastante avançada, o engenheiro responsável, que já tinha se tornado nosso amigo e companheiro, as-sumiu de vez e fez o restante por sua conta. É claro que foi uma construção simples, como é próprio do movimento Vicentino.

Que não nos falte, vicentinos que somos, re-conhecer a doação e apoio dessas pessoas com o nosso movimento. E que possamos continuar nossa missão sendo gratos a todos pela colaboração!

Hélio Fontoura Dutra

Movimento Vicentino na Pompeia

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27 DE SETEMBRO : DIA DE SÃO COSME E DAMIÃO

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Escrevo no dia dos meninos. Se eu fosse escolher santos, escolheria sem dú-vida nenhuma São Cosme e São Damião, que morreram decapitados já homens feitos, mas sempre são representados como dois meninos, dois gêmeos de ar bobinho, na cerâmica ingênua dos san-teiros do povo.

São Cosme e São Damião passaram o dia de hoje visitando os meninos que estão com febre e dor de cabeça por causa da asiática, e deram muitos doces e balas aos meninos sãos. E diante deles sentimos vontade de ser bons meninos e também de ser meninos bons. E rezar uma oração.

“São Cosme e São Damião, prote-gei os meninos de Brasil, todos os me-ninos e meninas do Brasil. Protegei os meninos ricos, pois toda a riqueza não impede que eles possam � car doentes ou tristes, ou viver coisas tristes, ou ou-vir ou ver coisas ruins. Protegei os me-ninos dos casais que não se separam e se dizem coisas amargas e fazem coisas que os meninos veem, ouvem, sentem. Protegei os � lhos dos homens bêbados e estúpidos, e também os meninos das mães histéricas ou ruins. Protegei o me-nino mimado a quem os mimos podem

fazer mal e protegei os órfãos, os � lhos sem pai, e os enjeitados. Protegei o me-nino que estuda e o menino que traba-lha, e protegei o menino que é apenas moleque de rua e só sabe pedir esmola e furtar. Protegei, ó São Cosme e São Da-mião! - protegei os meninos protegidos pelos asilos e orfanatos, e que aprendem a rezar e obedecer e andar na � la e ser humildes, e os meninos protegidos pelo SAM, ah! São Cosme e São Damião, pro-tegei muitos os pobres meninos prote-gidos! E protegei sobretudo os meninos pobres dos morros e dos mocambos, os tristes meninos da cidade e os meninos amarelos, e barrigudinhos da roça, pro-tegei suas canelinhas � nas, suas cabeci-nhas sujas, seus pés que podem pisar em cobra e seus olhos que podem pegar tra-coma - e afastai de todo perigo e de toda maldade os meninos do Brasil, os louros e os escurinhos, todos os milhões de me-ninos deste grande e pobre e abandona-do meninão triste que é o nosso Brasil, ó Glorioso São Cosme, Glorioso São Da-mião!”.

Setembro, 1957. Rubem Braga, 200 crônicas

escolhidas, Record, 2002. p. 328-329

São Vicente de Paulo: exemplo de humildade, caridade e doação. Tela de Gagliardi. Imagem: http://goo.gl/r8kqZI


CAÇA PALAVRAS

DICA DE LEITURA

A obra reúne delicio-sas crônicas escolhi-das pela autora. Nes-tas páginas, ela vê o mundo como ele é, e corrige-o para como deveria ser. Seu ins-trumento de corre-ção, a poesia, oferece uma vista nostálgica da infância, a des-dobrar-se pela vida afora.

Escolha o seu sonho, de Cecília Meirelles

ACONTECEU NA PARÓQUIA

Festa de Nossa Senhora da Abadia

O Conselho Comunitário da Abadia agradece a todos que participaram da festa da padroeira. Que este momento tenha favorecido abundantemente o engajamento comunitário e fraterno além do crescimento espiritual dos presentes. Fotos: Conselho Comunitário da Abadia

A Pastoral do Dízimo se alegrou em oferecer um café da manhã na Paróquia em comemoração ao Dia dos Pais, celebrando o dom precioso de cada pai na comunidade. Foto: Pastoral do Dízimo

Jovens da Paróquia da Pompeia participaram da XX Peregrinação da Juventude à Serra da Piedade, no dia 15 de agosto, num exemplo de fé e amor à Padroeira de Minas. Foto: Silvana Veloso

Peregrinação da Juventude Dia dos Pais

A Creche Grazia Barre-ca Castagna agradece ao Sesc, por meio do Programa Mesa Bra-sil, e ao colégio Santo Agostinho pelas va-lorosas doações, que tem feito grande dife-rença em quantidade e qualidade da ali-mentação das crian-ças. Fotos: Creche Gra-zia Barreca Castagña

Solidariedade

Em Belo Horizonte há uma praça que homenageia a INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: a Praça SETE de SETEMBRO, lem-brando a histórica dada de 1822. Há ain-da um estádio no bairro HORTO. Foi em Minas que se deu o primeiro movimento social em prol da independência política do Brasil: a INCONFIDÊNCIA Mineira, que terminou com a morte de TIRADENTES (1792). Também aconteceram outros movimentos pelo país, e as margens do rio IPIRANGA, em São Paulo, ouviram o brado retumbante de um povo HEROI-CO, conforme o quadro bastante conhe-cido de Pedro Américo. Cantamos esse acontecimento na primeira estrofe do Hino NACIONAL Brasileiro. Tivemos, sim, a independência POLÍTICA e, com ela, a SOBERANIA nacional. Mas nos faltam ain-da outras independências: econômica, CULTURAL, tecnológica, e por que não dizer que nos falta uma IDENTIDADE na-cional, pois estamos sempre à procura de PADRÕES estrangeiros para copiar! Ain-da não sabemos valorizar o que é nosso. NOSSO patriotismo é muito pequeno, o dia da PÁTRIA é pobremente celebrado. Nosso verde-amarelismo só se dá de qua-tro em quatro anos, por ocasião da Copa Mundial de Futebol. Mas, por enquanto, melhor esquecer a última!

7 de Setembro: Dia da Independência do Brasil

E T E S M R C B O C S E T E M B R O B L

N E R E M L A R U T L U C V A R U T I U

A G L S S B T A C M D L N F A S A S N T

C A O C I S A S E U R B P D D C A R L E

I U I A M D E L I A A N D H O R T O P D

O S A V A Õ R E H L D M O R B U R E T O

N X P Ç R N T R H G Y R D O E T A N N C

A A C D A C O R F U F U A O I A G R D A

L I A F O S P P A T R I A S F S Z T I I

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S Y E H W I E A C N C Q R R A Y N E E N

T I R A D E N T E S L O A F I L R S N E

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Batismo

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Júlio César Batista e Sandra Regina de Araújo Batista, Gustavo Henrique Marques Silva e Jennifer Priscila dos Santos, Evanderson Viana da Silva e Dayany Suelen de Almeida, José Augusto Alves Barbosa e Ana Carolina Silva Lúcio, e Vilmar Neves de Souza e Débora Janaína da Costa assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus as crianças que passaram pelo Batismo no dia 16 de agosto de 2015: Ana Luiza de Araújo Batista, Bernard Marques Santos, Daniel Almeida Viana, Gustavo Henrique Barbosa da Silva, Yasmin Alice Neves da Costa. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei Lázaro. Foto: Pastoral do Batismo

COZINHA FÁCIL

Ingredientes1 envelope de gelatina em pó sem sabor2 latas de leite condensado1 lata de creme de leite1/4 de litro de sorvete de creme340g de chocolate Diamante Negro picado

Modo de preparoPrepare a gelatina de acordo com as instruções da embalagem. Reserve. No liquidi� cador, bata o leite condensado, o creme de leite, o sorvete e a gelatina reservada. Em um refratário ou em taças individuais, alterne camadas de creme e camadas de chocolate picado. Leve à geladeira por três horas ou até � rmar bem.

Foto e receita: http://goo.gl/Q2SMYv

Pavê deLiquidificador


PÁGINA FRANCISCANA

ACONTECEU NA PARÓQUIA

Os estigmas, a identi� cação com o amado

Tela do estigma (Lienzo de la Estigmatización), Obra de Vicente Carducho (ca. 1576-1638). Hospital de São Francisco de Asís, Madrid,

Espanha. Imagem: http://goo.gl/6vEp7B

Fotos: Paróquia da Pompeia

Oração ao São Pio de Pietrelcina

(Do Papa João Paulo II)

23 DE SETEMBRO: DIA DE SÃO PIO DE PIETRELCINA

Em seus últimos anos de vida, são Francisco de Assis se encontrava com um coração inquie-to, angustiado. A comunidade dos Irmãos Me-nores crescera rapidamente por diversas partes do velho mundo. Passadas quase duas décadas desde a aprovação papal que autorizava os fra-des a viverem “segundo o Evangelho”, a adesão de pessoas “letradas” na Ordem gerou para o pai fundador, frei Francisco, di� culdades para culti-var nos irmãos a inspiração originária da primei-ra experiência.

Um grupo dos frades sentia o desejo de se formar intelectualmente. Muitos padres ingres-savam na Ordem. Outros acreditavam ser a for-ma de vida escrita por Francisco demasiado dura para os tempos vindouros. Havia, ainda, quem desejasse moradas � xas em conventos. O temor de haver conduzido os irmãos por caminhos desgarrados feria seus elevados sentimentos e o angustiava. Assim se encontrava o santo pobre de Assis naquele inverno de 1224.

Foi preciso afastar-se. Recolher-se na solidão do inverno rigoroso do Monte Alverne. Frei To-más de Celano, seu primeiro biógrafo, narra o episódio da estigmatização: “Dois anos antes de entregar sua alma ao Céu, estando no eremitério que, por sua localização, tem o nome de Alverne,

Deus lhe deu a visão de um homem com a for-ma de um Sera� m de seis asas, que pairou acima dele com os braços abertos e os pés juntos, pre-gado numa cruz. [...] Estava nessa situação, com a

inteligência, sem entender coisa alguma, e o coração avassalado pela visão extraordinária, quando começaram a aparecer-lhe nas mãos e nos pés as marcas dos quatro cravos, do jei-to que as vira pouco antes no Cruci� cado”.

Quanta angústia se pode evocar desse pitoresco episódio! Mas, a respeito, pouco se conhece desses encontros interiores que precederam a estigmatização. A mística de Francisco de Assis, este cuidou de não trans-parecer aos irmãos. O que se percebia era o transbordamento de uma profunda experi-ência de Deus. Uma relação trinitária de amor aos irmãos necessitados, de paixão por Deus, o Sumo Bem e confrontos pessoais, gerador do conhecimento de si próprio.

A identi� cação com o amado ilumina-ra todas as questões que o a� igia. Cita são Boaventura: “o amor de Cristo transformou o amante em sua própria imagem”. O temor de haver-se enganado em suas inspirações dá lugar a uma leveza de espírito que levará consigo até o último suspiro de amor. Essa identi� cação é a imanente plenitude de uma

vida sem reservas, livre e apaixonante.

Frei Warley Alves, OFMCap

17 DE SETEMBRO: IMPRESSÃO DAS CHAGAS DE SÃO FRANCISCO

Ensine também, nós te rogamos, a humildade do coração para que possamos fazer parte dos pequeninos do Evangelho aos quais o Padre pro-meteu revelar os mistérios do seu Reino. Ajude-nos a obter um olhar de fé capaz de reconhecer imediatamente o vulto de Jesus nos pobres e nos que sofrem. Ajude-nos nos momentos de luta e de provação e, se cairmos, faça com que experi-mentemos a alegria do sacramento do perdão. Transmita-nos a devoção a Maria, mãe de Jesus e também nossa. Acompanhe-nos na peregrina-ção terrena em direção à pátria abençoada, onde esperamos chegar um dia para contemplar eter-namente a Glória do Pai, do Filho e do espírito Santo. Amém.

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setembro de 2015

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