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Ofício Número de Referência: Ofício GS 1.250/2020 Interessado: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO E NÚCLEO ESPECIALIZADO DE CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS. Assunto: Ofício nº 081/2020 - DPESP - NCDH. Plano de atendimento aos usuários de drogas da ?Cracolândia? ? Pandemia COVID 19. Ofício GS nº 1.250/2020 Ilustríssimos Senhores Dr. RAFAEL LESSA VIEIRA DE SÁ MENEZES Dr. DAVI QUINTANILHA FAILDE DE AZEVEDO Dra. DANIELA BATALHA TRETTEL Defensoria Pública do Estado de São Paulo Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos Rua Teixeira da Silva nº 217, Fone: 11-3107-5080 CEP: 04002-905, Paraíso - SP E-mail: [email protected] REF: Ofício nº 081/2020 - DPESP - NCDH. Solicita informações - Plano de atendimento aos usuários de drogas da "Cracolândia" - Pandemia COVID 19. Interessado: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO E NÚCLEO ESPECIALIZADO DE CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS. SES-EXP-2020/15060A. Na oportunidade em que cumprimento Vossas Senhorias e, em face do teor do Ofício retro mencionado, por intermédio do presente retransmito os esclarecimentos prestados, pela Área Técnica desta Pasta, CRATOD - Centro de Referência em Ácool, Tabaco e Outras Drogas, da Coordenadoria de Serviços de Saúde - CSS, SES-DES-2020/67879A, em relação à assistência médica a ser prestada por esta Secretaria de Estado à população usuária de álcool e Governo do Estado de São Paulo Secretaria da Saúde GABINETE DO SECRETÁRIO - Chefia de Gabinete SECRETARIA DA SAÚDE Classif. documental 006.01.10.003 SESOFI202014264A Assinado com senha por EDUARDO BARBIN - 22/04/20 às 12:27:51. Documento Nº: 4400457-627 - consulta à autenticidade em https://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400457-627 G o v e r n o d o E s t a d o d e S ã o P a u l o 71

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Ofício

Número de Referência: Ofício GS 1.250/2020Interessado: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO E NÚCLEOESPECIALIZADO DE CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS.Assunto: Ofício nº 081/2020 - DPESP - NCDH. Plano de atendimento aos usuários dedrogas da ?Cracolândia? ? Pandemia COVID 19.

Ofício GS nº 1.250/2020

 

Ilustríssimos Senhores

Dr. RAFAEL LESSA VIEIRA DE SÁ MENEZES

Dr. DAVI QUINTANILHA FAILDE DE AZEVEDO

Dra. DANIELA BATALHA TRETTEL

Defensoria Pública do Estado de São Paulo

Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos

Rua Teixeira da Silva nº 217, Fone: 11-3107-5080

CEP: 04002-905, Paraíso - SP

E-mail: [email protected]

 

REF: Ofício nº 081/2020 - DPESP - NCDH. Solicita informações - Plano de atendimento aosusuários de drogas da "Cracolândia" - Pandemia COVID 19. Interessado: DEFENSORIAPÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO E NÚCLEO ESPECIALIZADO DE CIDADANIAE DIREITOS HUMANOS. SES-EXP-2020/15060A.

                         Na oportunidade em que cumprimento Vossas Senhorias e, em face do teor doOfício retro mencionado, por intermédio do presente retransmito os esclarecimentos prestados,pela Área Técnica desta Pasta, CRATOD - Centro de Referência em Ácool, Tabaco e OutrasDrogas, da Coordenadoria de Serviços de Saúde - CSS, SES-DES-2020/67879A, em relação àassistência médica a ser prestada por esta Secretaria de Estado à população usuária de álcool e

Governo do Estado de São PauloSecretaria da Saúde

GABINETE DO SECRETÁRIO - Chefia de GabineteSECRETARIA DA SAÚDE

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Assinado com senha por EDUARDO BARBIN - 22/04/20 às 12:27:51.Documento Nº: 4400457-627 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400457-627

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outras drogas. Na oportunidade em que se apresenta, reitero que esta Secretaria de Estado temdisponibilizado todo o material técnico necessário ao cumprimento de medidas de proteção aostrabalhadores e população em geral, inclusive em relação à conscientização de todos os órgãosenvolvidos e da Sociedade Civil.

                         Sendo o que me apresentava no momento, reiterando votos de estima,

 

São Paulo, 22 de abril de 2020.

 

Eduardo BarbinChefe de Gabinete

GABINETE DO SECRETÁRIO - Chefia de Gabinete

Governo do Estado de São PauloSecretaria da Saúde

GABINETE DO SECRETÁRIO - Chefia de GabineteSECRETARIA DA SAÚDE

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Assinado com senha por EDUARDO BARBIN - 22/04/20 às 12:27:51.Documento Nº: 4400457-627 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400457-627

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Despacho

Interessado: Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos - DPESPAssunto: DPESP - Ref.: ao PA 009/2020 - Ref.: situação da região conhecida comoCracolância (COVID19) e noticias do Atende 2.Número de referência: GS nº 2503/2020

Prezado Coordenador

O presente documento trata da manifestação do Centro de Referência em Álcool, Tabaco eoutras Drogas acerca da situação da região conhecida como Cracolândia - no que se refere aoestabelecimento de políticas públicas específicas de prevenção e cuidados à Covid-19 para apopulação que vive ou frequenta regularmente a referida cena aberta de uso de crack -, bemcomo para obter noticias do Atende 2, serviço da Prefeitura do Munício de São Paulo de apoioaos usuários. 

No que se refere ao primeiro tema, o CRATOD tomou as seguintes medidas de saúde paraampliar o apoio aos usuários de buscam tratamento nesse serviço:

O Comitê Multidisciplinar CRATOD Covid (CMCC) foi criado, dia 19 de março,com participação de todos os setores do serviço.

1.

O CMCC se reúne semanalmente e resolve qualquer intercorrência relacionada aCovid por comunicação eletrônica.

2.

No dia 30 de março, o Plano de Contingência Preliminar foi aprovado. No dia 13 deabril, a versão final foi aprovada pelo CMCC e enviado ao conhecimento da CSS-SES (Anexo1).

3.

As demandas por EPIs foram atendidas ou a sua compra pelo Departamento deFinanças foi autorizada pela CSS-SES.

4.

No dia 31 de março, começou a funcionar no CRATOD a "triagem para investigaçãode Covid", para detecção precoce e orientação / encaminhamento rápido dos casoscom suspeitos.  

5.

No dia 16 de abril, foi aprovado o Protocolo de uso Racional de EPIs para serviçosda rede de atenção primária, que trabalham com usuários de substâncias psicoativas.

6.

De acordo com o Plano de contingência do CRATOD para a Covid-19, a unidade de observaçãoe repouso, setor 24 horas do serviço que normalmente oferece 35 leitos de observação de casosem situação de risco psiquiátrico "urgência / emergência" e outros 2 leitos para isolamentorespiratória, passou por reforma e foi dividida em duas alas:  ala dos pacientes assintomáticospara Covid com risco psiquiátrico grave e ala dos pacientes suspeitos - com síndromes gripais"leves" / "moderadas" e risco psiquiátrico "grave". 

Além disso, as enfermarias para desintoxicação da Unidade Recomeço Helvetia serãoconvertidas em leitos de retaguarda para os pacientes com Covid-19 - casos "leves"/

Governo do Estado de São PauloSecretaria da Saúde

CRATOD / DIRETORIASECRETARIA DA SAÚDE

Classif. documental 001.01.04.002

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Assinado com senha por MARCELO RIBEIRO DE ARAÚJO - 17/04/20 às 15:22:38.Documento Nº: 4374942-1036 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4374942-1036

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"moderados", que necessitarem de apoio psiquiátrico mais prolongado (Anexo 1).

Desde o início do Programa Recomeço, o CRATOD paulatinamente vem se consolidando comouma referência para os casos graves e de maior complexidade - sendo acionado, inclusive, porusuários de toda a Região Metropolitana de São Paulo.  Isso inclui especialmente os pacientescom transtornos por uso de substâncias psicoativas que requerem abordagens terapêuticasespecíficas - como a substituição por metadona em usuários de heroína - ou aqueles cuja apresença de comorbidades clínicas ou psiquiátricas tornam o manejo do caso particularmentecomplicado e difícil - como a presença concomitante de transtornos psiquiátricos graves oudoenças clínicas como as ISTs, a tuberculose e as situações de emergências.    

Vale ressaltar o perfil da maior parte desses usuários está em situação de rua, com altos índicesde insegurança alimentar, baixo acesso à mobilidade e sem possibilidade de retorno à família demaneira estável e livre de conflitos.

Dessa forma, as adaptações do CRATOD para receber os pacientes com suspeita de Covid erisco psiquiátrico "urgência" / "emergência" certamente contribuirão para preencher umaimportante lacuna no que se refere ao cuidado e atenção psicossocial a esses indivíduos 

Apresento ao final, meus protestos de elevada estima e distintas considerações.

São Paulo, 17 de abril de 2020.

 

Marcelo Ribeiro de AraújoDIRETOR TÉCNICO DE SAÚDE II

CRATOD / DIRETORIA

Governo do Estado de São PauloSecretaria da Saúde

CRATOD / DIRETORIASECRETARIA DA SAÚDE

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Assinado com senha por MARCELO RIBEIRO DE ARAÚJO - 17/04/20 às 15:22:38.Documento Nº: 4374942-1036 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4374942-1036

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Despacho

Interessado: Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos - DPESPAssunto: DPESP - Ref.: ao PA 009/2020 - Ref.: situação da região conhecida comoCracolância (COVID19) e noticias do Atende 2.Número de referência: Ofício nº 081/2020

 

Trata o presente de Oficio da Defensoria Pública do Estado de São Paulo - NúcleoEspecializado de Cidadania e Direitos Humanos com questionamentos acerca da situação daregião conhecida como Cracolância (COVID19) e noticias do Atende 2.

 

Considerando manifestação do CRATOD SES-DES-2020/67879;

 

Restitua-se à Assessoria Técnica do Gabinete do Senhor Secretário conformesolicitado.

São Paulo, 17 de abril de 2020.

 

LUCIANA VIVOLOASSESSOR TÉCNICO DE SAÚDE PÚBLICA III

COORDENADORIA DE SERVIÇOS DE SAÚDE / ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Natasha Dejigov Monteiro da SilvaCOORDENADOR DE SAÚDE - SUBSTITUTO

COORDENADORIA DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Governo do Estado de São PauloSecretaria da Saúde

COORDENADORIA DE SERVIÇOS DE SAÚDE / ASSISTÊNCIA TÉCNICASECRETARIA DA SAÚDE

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Assinado com senha por LUCIANA VIVOLO - 17/04/20 às 16:25:02 e NATASHA DEJIGOV MONTEIRO DA SILVA - 17/04/20 às16:37:00.Documento Nº: 4378988-1036 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4378988-1036

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CRATODCentro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas

Coordenação de Serviços de Saúde | CSSSecretaria do Estado da Saúde | SES

Governo do Estado de São Paulo

Plano de contingência para o atendimento dos usuários de substâncias psicoativas com suspeita ou diagnóstico da doença Covid-19

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Autenticado com senha por JANETE APARECIDA DA SILVA OLIVO - 22/04/20 às 09:53:44.Documento Nº: 4400116-102 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400116-102

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Plano de contingência para o atendimento dos usuários de substâncias psicoativas com a doença Covid-19

Centro de Referência de Álcool Tabaco e outras Drogas | CRATODCoordenação de Serviços de Saúde | CSS

Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo | SES

São Paulo 16 de abril de 2020____________

Comitê Multidisciplinar CRATOD Covid | CMCC

Ana Lúcia Karasin | Diretora do CAPS-AD III CRATOD

Andrea Durval | Educação Continuada em Enfermagem | CRATOD

Carolina Freitas | Educação Continuada em Enfermagem | SPDM – CRATOD

Cássia Luz Callegon | Diretora de Enfermagem | CRATOD

Cláudio José Fávaro | Diretor Clínico | CRATOD

Henrique de Souza Santos | Técnico de Segurança do Trabalho | SPDM – CRATOD

Juliana Hossaki Ferreira | Gerente de Enfermagem | SPDM – CRATOD

Layana Guedes Carvalhal | Médica infectologista | CRATOD

Letícia de Oliveira F. Kataoka | Diretora do SAME | CRATOD

Luciana Jacira Santos | Enfermeira do Trabalho | SPDM – CRATOD

Marcelo Ribeiro de Araújo | Diretor Técnico II | CRATOD

Magda Vieira | Diretora do Departamento Financeiro | CRATOD

Maíra Rebouças Valença dos Santos | Diretora da Assistência Farmacêutica | CRATOD

Natali Maiumi Higashi Marconi | Coordenadora Médica | SPDM – CRATOD

Raquel Cleide Mota Carvalho | Diretora do Serviço Social | CRATOD

Rosana Chamlian Frajzinger | Diretora de Saúde & Ações de Rua | CRATOD

Rosania Paula do Nascimento | Diretora de Recursos Humanos | CRATOD

Sandra Silva Marques | Coordenadora do Programa de Combate ao Tabagismo | CRATOD

Suzi Abigail dos Santos Silva | Diretora de Patrimônio | CRATOD

Wiviane Falasca Pereira | Supervisora de Enfermagem | SPDM – CRATOD

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Autenticado com senha por JANETE APARECIDA DA SILVA OLIVO - 22/04/20 às 09:53:44.Documento Nº: 4400116-102 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400116-102

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SumárioIntrodução | 1

Encarte: Substance Abuse and Mental Health Services Administration (SAMHSA). Considerações sobre o cuidado e tratamento de transtornos mentais e por uso de substâncias psicoativas na epidemia Covid-19 | 3

Contexto sanitário vigente | 4

Sobre a necessidade de adequação | 5

Proposta geral de adequação | 6Encarte: Recomendações à rede de atenção psicossocial (RAPS) sobre estratégias de organização no contexto da infecção da Covid-19 causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Nota técnica Nº12/2020-CGMAD/ DAPES/ SAPS/ MS. Brasília, 16 de março de 2020 | 7

Plano de contingência Covid-19 CRATOD | 8Parte 1 | Objetivos essenciais e estratégicos | 8

Parte 2 | Das medidas adotadas | 10

Encarte: American Psychiatric Association (APA). Ambientes psiquiátricos de natureza hospitalar. | 11

Área 1 – Recepção, sala de espera, avaliação de risco e consulta médica | 12

Encarte: Pacientes com transtornos mentais, infectados pelo SARS-CoV-2 (Covid-19): a experiência chinesa | 15

Quadro 1: Triagem para investigar o Covid-19 nos pacientes de CAPS-AD | 16

Quadro 2: Triagem para investigar o Covid-19 nos pacientes que buscam pronto-atendimento | 17

Quadro 3: O Paciente com síndrome gripal grave em emergência psiquiátrica | 18

Quadro 4: Notificação e registro de casos suspeitos de Covid-19 | 19

Área 2 – Unidade de observação e repouso do CRATOD | 20

Quadro 5: Leitos de retaguarda na Unidade Recomeço Helvetia (URH) | 21

Área 3 – CAPS-AD III CRATOD | 22Encarte: A garantia de cuidados médicos e psicossociais mínimos pelo CAPS-AD em tempos de Covid-19: apoio ao projeto terapêutico singular (PTS) vigente, gerenciamento de crises e prevenção de recaídas. | 23

Área 4 – Odontologia | 28

Área 5 – Comunidades terapêuticas conveniadas com o Programa Recomeço | 28

Área 6 – Enfermarias para desintoxicação em hospitais-gerais ou psiquiátricos | 28

Área 7 – Farmácia | 29

Área 8 – Refeitório | 29

Área 9 – Medicina do trabalho | 30 SE

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Autenticado com senha por JANETE APARECIDA DA SILVA OLIVO - 22/04/20 às 09:53:44.Documento Nº: 4400116-102 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400116-102

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Área 10 – Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) | 30

Área 11 – Serviço de Remoção | 30

Área 12 – Limpeza & higienização | 30

Parte 3 | Orientações aos profissionais e prestadores de serviço | 31

Resumo | 32

Referências | 33

Anexos | 35

ANEXO 1: Principais sinais e sintomas do novo Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19) | 36

ANEXO 2: Covid-19: Modos prováveis de evolução da doença (prognóstico) | 37

ANEXO 3: Fluxo de atendimento atual da Unidade Recomeço Helvetia (URH) e do CRATOD | 38

ANEXO 4: Fluxo de atendimento e encaminhamento dos que procuram o CRATOD para tratamento dos

transtornos por uso de SPA, frente a possibilidade de infecção pelo SARS-CoV-2 (Covid-19) | 33

ANEXO 5: Fluxo de atendimento e encaminhamento dos casos que procuram atendimento no CRATOD

considerando essencialmente as condutas para o manejo dos sintomas respiratórios | 41

ANEXO 6: Determinantes gerais de risco psiquiátrico para os usuários de SPA que buscam pronto-

atendimento no CRATOD | 42

ANEXO 7: Fluxograma de Avaliação Mínima de Cuidados do CAPS-AD III CRATOD em função das

adequações logísticas e estruturais decorrentes da instituição de medidas preventivas e protetivas contra a

Covid-19 | 43

ANEXO 8: Isolamento domiciliar: instruções para pacientes com Covid-19 e familiares (FIOCRUZ) | 44

ANEXO 9: Adoção de medidas individuais de proteção nos ambientes institucionais (FIOCRUZ) | 46

ANEXO 10: Os 5 momentos de lavar as mãos (Ministério da Saúde) | 47

ANEXO 11: Orientações de segurança e o uso de EPI (Ministério da Saúde) | 48

ANEXO 12: Orientações e recomendações de reorganização de fluxos assistenciais e de processo de

trabalho, e medidas de proteção para os profissionais da APS e pacientes (Ministério da Saúde) | 49

ANEXO 13: Recomendação de medidas de prevenção e controle da disseminação do novo coronavírus

(SARS-CoV-2) durante o atendimento móvel de urgência. (ANVISA) | 51

ANEXO 14: Precauções de segurança – contato e gotículas – em ambientes potencialmente infectados

pelo Covid-19 (OMS) | 52-3 SE

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Autenticado com senha por JANETE APARECIDA DA SILVA OLIVO - 22/04/20 às 09:53:44.Documento Nº: 4400116-102 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400116-102

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IntroduçãoEm dezembro de 2019, um novo Coronavírus, denominado SARS-CoV-2, foi idenficado na metrópole de Wuhan, capital da província de Hubei, na China. O vírus pertence à família Coronaviridae e provoca

uma doença respiratória, chamada de Covid-19 (1,2). De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES), “os Coronavírus são vírus presentes em animais, incluindo camelos, gatos e morcegos e, alguns deles, em humanos, e podem causar desde resfriado comum até doenças mais graves tais como Middle East Respiratory Syndrome (MERSCoV) e Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS-CoV). O

Covid-19 é um novo Coronavírus que ainda não havia sido identificado em humanos”(3).

A doença se alastrou no trimestre seguinte, para atingir quase todos os países do globo, ultrapassando dois milhões de casos, com mais de cem mil mortes até meados de abril desse ano (4). No mundo

ocidental, a Itália e a Espanha se transformaram em epicentros da doença (5). A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Covid-19 uma pandemia em 11 de março de 2020 (1-3).

Em 22 de janeiro de 2020, foi criado o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE-Covid-19) (Ministério da Saúde – MS), com o objetivo de nortear as ações relacionadas à

pandemia no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (1,6). O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Resolução SS 13 de 29/01/2019, instituiu o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública Estadual (COE-SP) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (3).

O quadro clínico e a evolução da doença respiratória Covid-19 não estão bem estabelecidos, assim como o seu padrão de letalidade, mortalidade, infectividade e transmissibilidade entre as pessoas . Os sintomas podem aparecer de dois a 14 dias após a exposição – mais provável na primeira semana (7)

(Anexo 1). A suscetibilidade é geral. O espectro clínico da infecção por Coronavírus é muito amplo,

podendo variar de um simples resfriado até uma pneumonia grave. Os sinais e sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios, sendo o início quase sempre semelhante a um síndrome gripal (8) (Anexo 2). O paciente pode apresentar febre, tosse e dificuldade para respirar (1-3, 8-10).

Com relação aos serviços de saúde mental – e no caso específico desse plano de contingência, destinado ao atendimento de pessoas com problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas –, a chegada dessa pandemia trouxe alguns desafios que precisam ser abordados objetivamente:

1. Profissionais da área da saúde mental – sejam esses de ambiente ambulatorial ou hospitalar – têm menos familiaridade com os aspectos clínicos e de transmissibilidade de um agente infeccioso (11), além de estarem menos treinados e capacitados pelo o manuseio dos equipamentos e procedimentos de segurança preventiva contra infecções – de modo geral, aumentando a ansiedade e o estresse entre eles (12).

2. Usuários de substâncias psicoativas que utilizam a via pulmonar parecer ser mais vulneráveis à

contaminação e possuem pior prognóstico, se comparados aos não-usuários de drogas pela via

inalatória (13). Em relação aos usuários de crack (cocaína), ainda há pouca experiência ou evidência científica capaz de nortear formas de mitigar ou de minimizar os risco de evolução desfavorável ou maus prognósticos (14). – por outro lado, é notório que tais usuários possuem maiores taxas de comorbidade –psiquiátrica, cardiovascular e pulmonar –, baixa adesão aos tratamentos – procurando a rede preferencialmente em situações agudas – e um rebaixamento cognitivo que compromete sua capacidade de tomar decisões racionais, informadas e estáveis (15).

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Autenticado com senha por JANETE APARECIDA DA SILVA OLIVO - 22/04/20 às 09:53:44.Documento Nº: 4400116-102 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400116-102

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O Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD) é uma unidade criada pelo Decreto nº 46.860, de 25 de junho de 2002, para auxiliar a Secretaria do Estado da Saúde na

definição de políticas públicas para promoção de saúde, prevenção e tratamento dos transtornos decorrentes do uso indevido de álcool, tabaco e outras drogas, por meio do desenvolvimento de programas de capacitação e de conhecimento, seja pelo do desenvolvimento de modelos e programas de prevenção, atendimento e cuidados em saúde, sempre em harmonia com os preceitos do Sistema

Único de Saúde (SUS) e de acordo com o matriciamento proposto pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) (16).

Atualmente o CRATOD oferece à rede SUS um centro de triagem e uma unidade de observação e repouso, que funcionam ininterruptamente (Anexo 1). Esse conjunto conta com o apoio multidisciplinar de

psiquiatras, clínicos-gerais e um infectologista, de enfermeiros e técnicos de enfermagem, de assistentes sociais, psicólogos, farmacêuticos e nutricionistas. Esse setor atende, em média, 1.500 casos por mês, realizando – dentre outras coisas – avaliação de risco, encaminhamentos para a rede de CAPS-AD da

Grande São Paulo, encaminhamento para comunidades terapêuticas conveniadas com o Programa Recomeço, atendimento de urgência e manejo clínico de casos maior gravidade e complexidade – tais como intoxicação aguda e síndrome de abstinência graves, comorbidade psiquiátricas e clínicas – na unidade de observação e repouso (n=35 leitos + 2 leitos de isolamento), podendo ser transferidos para

leitos para desintoxicação ou para tratamento de complicações clínica na rede referenciada ou conveniada com o Programa Recomeço – ambos via central de regulação de vagas (CROSS). Além da porta aberta 24 horas por dia, o CRATOD também possui um CAPS-AD III Regional, que atende cerca

de 800 pacientes por semana, totalizando 5.000 atendimentos e 20.000 procedimentos – individuais e em grupo – mensais. Por fim, o CRATOD também é o responsável pelo Programa de Controle do Tabagismo, realizando capacitações, organizando a distribuição de medicamentos para a cessação do uso de tabaco e participando de diversas reuniões e consensos ligados a esse campo - o que lhe

proporciona alcance e capilaridade com boa parte dos municípios do Estado de São Paulo (16).

Desde 2013, o desenvolvimento das ações de cuidados e de assistência à saúde prestados de maneira multidisciplinar e individualizada aos usuários do SUS na região, especialmente o “crack” e o álcool, tem

sido realizado com o apoio da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), de acordo com plano de trabalho elaborado pelo CRATOD, com a adequada aprovação, apoio e supervisão da Coordenação de Serviços de Saúde (CSS|SES) (17).

Retomando o contexto sanitário relacionado à Covid-19, as incertezas relacionadas à disseminação e

evolução dessa doença entre os usuários de substâncias psicoativas – em especial entre os usuários de crack (cujo consumo se dá exclusivamente pela via pulmonar) (13,14) –, somadas à necessidade de readequar os serviços de saúde mental para a presença da pandemia pelo SARS-CoV-2 – tanto do ponto de vista logístico, quanto de treinamento profissional –, o CRATOD desenvolveu um plano de

contingência para aumentar a segurança tanto dos pacientes, quanto dos funcionários que frequentam o serviço. Tal plano foi elaborado a partir da criação de um Comitê Multidisciplinar CRATOD Covid | CMCC. O CMCC é responsável por revisar e atualizar periodicamente esse plano.

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Existem diversas opções de tratamento para os transtornos relacionados ao uso de substâncias cujas práticas são cientificamente embasadas e recomendadas. | No presente momento, devido ao risco substancial de disseminação de Coronavírus, especialmente entre pessoas reunidas em espaços limitados, como as unidades de internação, recomenda-se que as opções de tratamento ambulatorial sejam usadas na maior extensão e da maneira mais individualizada possível. | As instalações hospitalares devem ser reservadas àqueles cujas medidas ambulatoriais não são consideradas uma opção clínica adequada; ou seja: pacientes com transtornos mentais que ameaçam a vida – p.e. comportamento suicida, quadros psicóticos com risco de autoagressão, etc. | Para aqueles com transtornos por uso de substâncias, o tratamento hospitalar não é superior ao tratamento ambulatorial intensivo. | Portanto, nesses momentos extraordinários de risco de infecção viral, recomenda-se a utilização de serviços intensivos de tratamento ambulatorial sempre que possível, reservando-se a internação para os casos de manejo considerado grave ou complicado pela presença de outros transtornos mentais (comorbidades).

Extraído de SAMHSA – Substance Abuse and Mental Health Services Administration. Considerations for the Care and Treatment of Mental and Substance Use Disorders in the COVID-19 Epidemic. Rockville

(MD), March 20 2020 [com adaptação dos autores desse plano] (18).

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Contexto sanitário vigentePara a elaboração desse Plano de Contingenciamento, o CMCC partiu dos seguintes pressupostos:

(1) O CRATOD é o serviço com maior complexidade e capacidade logística e profissional para o

atendimento dos usuários de substâncias psicoativas (SPA), especialmente aqueles que vivem ou frequentam as cenas abertas de uso da Região da Luz – cuja maior é conhecida como “cracolândia”.

(2) Os usuários substâncias psicoativas têm por hábito buscar cuidados em saúde essencialmente em momentos de crise. Nessa fase, quase sempre encontram-se desorganizados e pautados pelo

imediatismo, sendo capazes de atitudes impulsivas, especialmente quando frustrados pela demora ou pelo estabelecimento de condutas fora de suas expectativas (15). Desse modo, a vigência de situações de crise – como uma pandemia – torna ainda mais necessária a criação de serviços

com protocolos claros e objetivos.

(3) Boa parte dos usuários de crack e álcool que procura o pronto-atendimento do CRATOD ou frequenta o seu CAPS-AD III considera o serviço não apenas sua referência para os assuntos relacionados ao consumo dessas substâncias, mas igualmente para todos as suas necessidades de

cuidados em saúde. Desse modo, é esperado que os usuários de SPA busquem o apoio da unidade, na vigência de sintomas gripais e respiratórios.

(4) Acredita-se que nas próximas semanas, tratar a Covid-19 passe a ser mais importante para os

usuários de substâncias psicoativas – especialmente os que vivem em situação de rua – do que a dependência química propriamente dita – isso poderá levar a uma mudança do perfil de atendimento nos serviços ambulatoriais e emergenciais relacionados aos usuários de SPA.

(5) O CRATOD é um serviço da SES destinado ao tratamento dos transtornos relacionados ao consumo

de SPA. Devido aos índices elevados de comorbidades de ordem médica-geral entre esses pacientes, ao lado da baixa adesão desses a outros tratamentos em saúde, o serviço se capacitou –ao longo dos últimos seis anos – para atender problemas clínicos de menor complexidade que acometem esses indivíduos. Para isso, conta atualmente com clínicos-gerais 24 horas por dia no setor

de pronto-atendimento – e em horários regulares no CAPS-AD III –, um arsenal de antibióticos e medicamentos para o tratamento de doenças crônicas e se tornou uma Unidade Dispensadora de Medicamentos Antirretrovirais (UDM) (Anexo 3). No entanto, a equipe do serviço tem pouca

experiência e necessita de treinamento e capacitação para lidar com pandemias como a Covid-19. Além disso, necessita ser adequadamente equipada para tal.

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Sobre a necessidade de adequaçãoA mudança das necessidades – e suas consequentes demandas – entre os usuários do CRATOD, somados à baixa experiência dos profissionais da saúde do serviço para o tratamento e o manejo da Covid-19,

certamente podem levar o modelo de atendimento regular vigente ao colapso, com risco de inclusive de interrupção de suas atividades, pelos seguintes motivos:

A. Conforme mencionado anteriormente, o CRATOD deve ser procurado por usuários de SPA que o têm com sua única referência para os cuidados em saúde, de modo geral.

B. Em alguns casos, por melhor que seja o processo de avaliação inicial para evitar a entrada de pacientes com suspeita de Covid-19, quadros de intoxicação ou síndrome de abstinência importantes, bem como a presença de comorbidades psiquiátricas graves – quadros psicóticos,

de mania ou comportamento suicida – tornariam inviáveis o mero encaminhamento desses indivíduos para unidades básicas de saúde (UBS) ou para prontos-socorros destinados à investigação e tratamento do Covid-19, sem antes realizar ao menos o manejo dos sintomas agudos relacionados ao consumo de SPA e suas complicações. Além disso, é esperado o

aparecimento de síndromes gripais entre pacientes incialmente assintomáticos, admitidos na unidade de observação e repouso, bem como frequentando o CAPS-AD III do CRATOD.

C. A busca dos pacientes com suspeita de Covid-19 por triagem, com subsequente contato direto

com outros usuários de SPA, seus familiares e acompanhantes na sala de espera tornaria o serviço um foco de contaminação e propagação da doença.

D. Conforme se afirmou anteriormente, o usuário de substâncias psicoativas – em especial o usuário de crack em situação de insegurança alimentar e de moradia – chegam pra

atendimento geralmente em situação de crise, pautados pelo imediatismo e pela impulsividade, com índices elevados de comorbidades psiquiátricas e cognitivamente desorganizados para compreenderem orientações, por mais objetivos que tais protocolos possam parecer – p.e. utilizar máscara enquanto se aguarda para ser atendido.

E. As cenas abertas de uso são ambientes de alta aglomeração, que favorecem a disseminação de doenças transmissíveis, com a Covid-19 (13,14). Tais usuários utilizam a via pulmonar para consumir o crack e são maciçamente tabagistas (14). Um porção considerável dos

frequentadores da cracolândia são maiores de 60 anos. Não há evidências científicas acerca do comportamento do vírus SARS-CoV-2 (Covid-19) sobre esses usuários (14). Isso gera uma situação de insegurança sanitária entre os funcionários do CRATOD, por não saberem com que frequência e intensidade se envolverão com pacientes suspeitos / contaminados, tampouco o

nível de gravidade com que esses chegarão para atendimento.

F. O item anterior aponta para o risco de infecção disseminada entre os funcionários do serviço, o que acarretaria – além dos riscos para a saúde desses e de seus familiares – numa redução da

capacidade de atendimento do serviço, mais uma vez ao ponto do colapso.

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Proposta geral de adequação

Por outro lado, considerando a robustez e a diversidade

profissional do serviço, somado a sua vocação para o

treinamento profissional, o CRATOD poderia se

estruturar rapidamente para receber usuários de

substâncias psicoativas com suspeita de Covid-19 – ou

mesmo quadros leves / moderados –, com o intuito

precípuo de oferecer e realizar os cuidados iniciais em

saúde mental, no prazo de 24 a 72 horas – de acordo

com o seu protocolo vigente de observação para o

manejo de complicações agudas relacionadas ao uso de

SPA – com encaminhamento posterior para a rede de

tratamento do Covid-19 estruturada pela SES e pelos

municípios da Região Metropolitana de São Paulo, com

baixo risco de infecção tanto para o seu ambiente,

quanto para sua equipe.

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Recomendações à rede de atenção psicossocial (RAPS) sobre estratégias de organização no contexto da infecção da Covid-19 causada pelo novo

Coronavírus (SARS-CoV-2). Nota técnica Nº12/2020-CGMAD/ DAPES/ SAPS/ MS

O Ministério da Saúde (MS) e seus órgãos congregados se manifestaram no ultimo dia 16 de março acerca do impacto da Covid-19 sobre a RAPS, ressaltando a necessidade de garantir a manutenção do cuidado em saúde mental para esses

pacientes, bem como de adotar medidas de contenção e readequação de fluxos, com o intuito de mitigar o Coronavírus nos serviços de saúde mental que compõem a RAPS. Os pontos mais importantes encontram-se relacionados a seguir:

(1) Recomenda-se que as atividades assistenciais regulares sejam mantidas, incluindo as ações relacionadas ao manejo das agudizações e crises psiquiátricas.

(2) No entanto, medidas que preventivas no sentido de coibir a disseminação do Coronavírus devem ser adotadas por

todos os equipamentos de saúde mental – tais como adiamento e redistribuição de consultas e ênfase no atendimento individual em detrimento do grupal, com o intuito de diminuir aglomerações. Tais medidas não podem, no entanto,

comprometer o projeto terapêutico singular (PTS) dos usuários dos serviços.

(3) O suporte domiciliar por equipes de saúde pode ser utilizado como alternativa para evitar aglomerações nas unidades de atendimento, podendo ser direcionada preferencialmente para os grupos de risco, como os idosos,

gestantes e portadores de doenças crônicas (cardiopatias, diabetes, DPOC).

(4) As ações devem ocorrer em local que permita a circulação do ar e o estabelecimento de distância segura, com a

participação do mínimo possível de pessoas – mais uma vez, evitando a aglomeração de pessoas.

(5) Todas as unidades devem implementar protocolos assistenciais (“planos de contingência”) para a detecção precoce de pacientes com síndrome gripal ou sintomatologia respiratória. Tais avaliações devem seguir o Protocolo Assistencial

da Atenção Primária à Saúde (19), orientadas ao seguimento terapêutico, conforme a gravidade dos sinais e sintomas apresentado – observação desse plano: o CRATOD possui uma unidade de pronto-atendimento, nos moldes de um

CAPS-IV; dessa forma seguirá também o Protocolo Assistencial de Unidades de Urgência não Hospitalar (20).

(6) O plano de contingência sugerido pelo MS, sugere que pacientes de menor gravidade ou estáveis que apresentem sintomas gripais “leves” ou “moderados” sejam orientados a ficar em isolamento domiciliar. O mais importante é que

“pessoas com síndrome gripal ou sintomatologia respiratória não deverão permanecer nos serviços de atenção psicossocial ambulatoriais (CAPS), em quaisquer de suas modalidades, verificando-se as medidas mais apropriadas

para o isolamento domiciliar nessas situações”.

(7) Familiares e acompanhantes devem ser orientados a não comparecer às unidades de atendimento, salvo nas situações previstas em lei (p.e. ECA, Estatuto do Idoso) ou de acordo com o PTS do paciente.

(8) Para os serviços com permanência noturna, a indicação de permanência deverá ser mantida, porém observando rigorosamente os critérios de acolhimento, de distanciamento das camas em pelo menos um metro, de prevenção de

aglomerações e de monitoramento de sinais e sintomas de síndrome gripal. As unidades hospitalares de saúde mental devem proceder às internações conforme protocolos e fluxos rotineiros, com o cuidado do monitoramento para sinais e sintomas de síndrome gripal.

(9) No caso de identificação de sinais e sintomas de síndrome gripal, proceder ao manejo conforme plano de contingência elaborado por cada local, de acordo com os protocolos assistenciais oferecidos pelo MS para pautar as referências

de seguimento clínico, conforme a gravidade de cada situação.

Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Nota Técnica Nº12/2020-CGMAD/ DAPES/ SAPS/ MS ASSUNTO: Recomendações à rede de atenção psicossocial sobre estratégias de organização no contexto da infecção da Covid-19 causada pelo

novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Brasília, 16 de março de 2020. Disponível em URL: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/notatecnica122020CGMADDAPESSAPSMS02abr2020COVID-19.pdf (21). S

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Parte 1 | Objetivos essenciais e estratégicos (22)

A constituição do Plano de Contingência Covid-19 CRATOD tem como objetivos essenciais:

(1) Reduzir morbidade e mortalidade

(2) Minimizar a transmissão da doença Covid-19

(3) Proteger os profissionais da saúde, parceiros, prestadores de serviço e fornecedores do serviço

(4) Colaborar para a preservação do funcionamento do SUS

O Plano de Contingência tem como objetivos estratégicos os seguintes pontos (2-6,17-20):

Geral

(1) Orientar a comunidade do CRATOD para manutenção de um ambiente institucional seguro e saudável no contexto da Covid-19, por meio da tomada de medidas que reduzam a circulação e a aglomeração de pessoas – usuários, seus acompanhantes e os funcionários – nas dependências do serviço.

(2) Aumentar a frequência e intensificar os processos de limpeza em todo o ambiente,

bem como nas ambulâncias e vans que transportam pacientes do serviço.

(3) Revisar constante e permanentemente as politicas de controle de infecção do serviço, por intermédio da criação do Comitê Multidisciplinar CRATOD COVID-19 (CMCC), sempre em consonâncias com as determinações da Secretaria do Estado da Saúde (SES) e supervisão do Coordenação de Serviços de Saúde (CSS-SES).

Aumentar a segurança sanitária dos funcionários e parceiros do CRATOD

(4) Capacitar os profissionais do CRATOD para o contato adequado com usuários de SPA com suspeita de Covid-19.

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

(5) Instrumentalizar o serviço com suprimentos de higiene – álcool gel, sabonete líquido nos banheiros e lavatórios, recipientes para material infectado – e o oferecer equipamento de proteção individual (EPI) adequado para todos os funcionários do

CRATOD envolvidos no cuidado desses usuários.

(6) Assegurar que a equipe do CRATOD esteja ciente das políticas de isolamento para funcionários acima de 60 anos e gestantes, bem como da necessidade de permanecer em casa caso haja manifestação de sintomas gripais – vide as recomendações sobre a comunicação na seção “Parte 3 – Orientações aos profissionais da saúde e prestadores de serviço que atuam no CRATOD relacionadas

ao Covid-19”.

Aumentar a segurança sanitária dos pacientes do CRATOD

(7) Adotando medidas preventivas para identificar casos suspeitos de Covid-19. Tais como a pronta identificação dos pacientes com síndrome gripal, antes do início do processo de triagem para o tratamento dos transtornos relacionados ao uso de SPA, para que esses possam ser receber material de proteção, o adequado isolamento dos demais pacientes e atendimento preferencial.

(8) Blindar o serviço, evitando a entrada de indivíduos suspeitos de Covid-19 sem indicação de “urgência” ou de “emergência” para o tratamento dos transtornos relacionados ao uso de SPA e suas complicações agudas, realizando o adequado encaminhamento desses para a rede de atenção ao Covid-19, de acordo com a gravidade dos sintomas.

(9) Criar um ambiente para receber os usuários de substâncias psicoativas (USPA) em situação de crise (“urgência” / “emergência”) dentro da unidade de observação e repouso do CRATOD, na qual os pacientes poderão receber o manejo inicial para os sintomas agudos da dependência e de suas comorbidades, antes de serem encaminhados para a rede de atenção ao Covid-19.

(10)Limitar a movimentação dos pacientes dentro do CRATOD, aumentar o distanciamento social entre eles, bem como restringir ao estritamente necessário as visitas e as

reuniões com familiares, especialmente quando os seus membros tiveram mais de 60 anos ou estiverem em período gestacional.

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Parte 2 | Das medidas adotadas

Área 1 – Recepção, sala de espera, avaliação de risco, consulta médica e acolhimento

RECEPÇÃO | O balcão da recepção é separado do público por placas de acrílico.

A entrada do CRATOD possui uma escadaria recoberta por uma estrutura vazada nas laterais (cerca de 2mx2m), que funciona como uma espécie de vestíbulo. Esse local é altamente ventilado e possui bancos que acomodam até seis pessoas. Antes da

escadaria há bancos e muretas ajardinadas ao ar livre.

Os frequentadores do CRATOD – pacientes do CAPS-AD III e aqueles em busca de pronto-atendimento (triagem) – serão recebidos no “vestíbulo semiaberto” por conselheiros em dependência química e os porteiros do CRATOD, todos devidamente paramentados com máscaras e luvas.

Esses profissionais orientarão a entrada de 05 pacientes por vez, para a abertura das

fichas de atendimento. Os pacientes do CAPS terão prioridade na triagem.

SALA DE TRIAGEM PARA A INVESTIGAÇÃO DO COVID-19 | Sala localizada no setor

de triagem do CRATOD (térreo), com janela e pia. O atendimento será realizado com a porta aberta para garantir boa ventilação natural.

Após a abertura da ficha, os pacientes retornarão ao “vestíbulo semiaberto” ao à área ao livre e aguardarão a chamada para a triagem específica para o Covid-19, a qual investigará a presença de sintomas gripais, tosse e desconforto respiratório.

O responsável por essa triagem será um técnico de enfermagem do CRATOD, que receberá equipamentos de proteção individual e a será capacitado acerca do adequado manejo desses. De maneira geral:

(1) Utilizará avental descartável, gorro, máscara cirúrgica, luvas e óculos;

(2) O mesmo trocará de luvas e higienizará as mãos entre cada paciente;

(3) a máscara deve ser trocada quando úmida, com sujidade visível ou no máximo com intervalo de duas horas.

(4) Mesa, cadeira (e quaisquer outros locais que o paciente tocar) serão limpos com álcool 70% após cada atendimento.

(5) Caixas para descarte de material infectado estarão disponíveis nessa sala.

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Ambientes psiquiátricos na natureza hospitalar

Em 18 de março, os Centers for Medicare &

Medicaid Services (CMS) (EUA) divulgaram

recomendações acerca da necessidade de se adiar

ao máximo os procedimentos médicos eletivos que

necessitem de internação curta, média ou

prolongada – cirurgias eletivas, procedimentos

médicos, cirúrgicos e odontológicos, incluindo as

internações para tratamento agudo dos transtornos

mentais e do uso de substâncias psicoativas,

relacionando-os como “não essenciais durante o

surto de COVID-19”.

Fonte: APA – American Psychiatric Association. Practice Guidance for COVID-19 [online]. 31 MAR 2020 [contém adaptações dos autores desse plano] (23).

American Psychiatric Association | APA

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

SALA DE ESPERA | Setor localizado entre a recepção e o acesso para a unidade de

observação e repouso - escadaria para o primeiro piso (CAPS-AD III CRATOD). Ventilação natural precária.

Na sala de espera permanecerão no máximo 05 pacientes já triados por vez.

Pacientes sintomáticos receberão uma máscara e serão orientados pela equipe de

conselheiros em dependência química do CRATOD a aguardarem em um ponto isolado da sala de espera.

Os pacientes sintomáticos serão avaliados prioritariamente, diretamente em consulta médica, para os demais encaminhamentos.

Após ser chamado, o conselheiro em dependência química vestirá uma luva e higienizará a cadeira onde esse paciente permaneceu com álcool em gel 70%.

Os pacientes sintomáticos serão orientados a colocar máscara e serão avaliados com prioridade, em consulta médica, para os demais encaminhamentos.

SALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO (ENFERMAGEM) E DE ATENDIMENDO MÉDICO | Ambas localizadas no setor de triagem do CRATOD (térreo), com janela e pia. O

atendimento será realizado preferencialmente com a porta aberta para garantir boa ventilação natural.

Todos os pacientes com suspeita de Covid-19 passarão pela avaliação de risco, com o

enfermeiro de plantão no setor de triagem do CRATOD.

A partir da avaliação inicial para o Covid-19 (técnico de enfermagem) e da avaliação de risco psiquiátrico (enfermagem), dois parâmetros serão definidos:

PARÂMETRO 1: NÍVEL DE GRAVIDADE DA SÍNDROME GRIPAL

(1) LEVE: coriza e febre >37,8ºC; (2) MODERADA: coriza, febre >37,8ºC e tosse e (3) GRAVE: coriza, febre >37,8ºC, tosse e falta de ar (Anexos 4 & 5) (19) .

PARÂMETRO 2: NÍVEL DE GRAVIDADE DO TRANSTORNO RELACIONADO AO USO DE SPA E SUAS COMPLICAÇÕES PSIQUIÁTRICAS

Serão classificadas em (1) EMERGÊNCIA, (2) URGÊNCIA e (3) NÃO-URGÊNCIA, de acordo com os parâmetro de acolhimento do SUS e do próprio CRATOD (24,25) (Anexo 6).

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Considerando a avaliação de risco para a admissão de casos relacionados ao

consumo de SPA e suas complicações, neste momento, somente serão admitidos para os leitos da unidade de observação e repouso, os pacientes com sintomas psiquiátricos graves (p.e. risco de suicídio, sintomas psicóticos com desorganização

do pensamento), em situações de risco consideradas como “EMERGÊNCIA” .

Casos emergenciais serão admitidos na unidade de observação e repouso

independentemente da presença de sintomas gripais. Para recebê-los, a referida observação será dividida em dois ambientes terapêuticos, como se verá adiante.

Casos considerados como “urgência psiquiátrica” – tais como síndromes de abstinência e intoxicações leves/moderadas, sintomas psiquiátricos moderados –, devem ser preferencialmente encaminhados para outros equipamentos da RAPS-SUS, de acordo com a avaliação psiquiátrica. Todos os casos considerados “não-urgentes” serão encaminhados para acompanhamento ambulatorial na rede de CAPS-AD disponível nos municípios da Região Metropolitana, de acordo com o território de moradia do paciente.

De maneira geral, o CRATOD poderá atender pacientes com transtornos relacionados ao uso de SPA graves, com suspeita de Covid-19, desde que a apresentação da síndrome gripal seja considerada de “leve” ou “moderada”.

Casos de “emergência psiquiátrica” serão sempre acolhidos, enquanto os casos de “urgência psiquiátrica” serão discutidos individualmente, sendo preferencialmente encaminhados para outros equipamentos de saúde mental da RAPS-SUS.

Isolamento social | UBS - AMA

PS Barra Funda, de preferência com relatório psiquiátrico

PS Barra Funda

CRATOD

Transtornos relacionados ao uso de SPA + comorbidades

Síndrome gripal

LEVE | MODERADA

NÃO-URGÊNCIA

URGÊNCIA | EMERGÊNCIA

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Sobre os pacientes que chegarem sintomas gripais no setor de triagem:

Pacientes com sintomas respiratórios leves / moderados serão avaliados em consulta com o psiquiatra, e encaminhados para residência ou para avaliação na UBS Bom Retiro ou AMA Prates.

Não deverão ser admitidos na observação, salvo em situações emergenciais.

Casos que apresentem desconforto respiratório – em situação de urgência e não-urgência para tratamento psiquiátrico – serão avaliados pelo clínico, no consultório – sala de triagem, e posteriormente encaminhados para Pronto Socorro Barra Funda.

Pacientes em situação de urgência psiquiátrica deverão ser avaliados igualmente pelo psiquiatra, para que as condutas de encaminhamento para a rede de atenção em saúde mental do território do usuário, bem como o manejo de sintomas agudos possam ser realizados adequadamente.

Pacientes que apresentem desconforto respiratório e nível de saturação de oxigênio abaixo de 95% deverão ser admitidos na unidade de observação e receber um cateter de oxigênio, enquanto aguardam remoção para o PS Barra Funda, em ambulância do CRATOD.

O CRATOD não dispõe de uma estrutura adequada de equipamentos para a manutenção da vida para receber mais de um caso de desconforto respiratório grave por vez, tampouco para viabilizar a permanência de casos de alta gravidade respiratória, ainda que por curto período.

Desse modo, todos os casos que chegarem ao serviço com síndromes de desconforto respiratório graves ou evoluírem até esse ponto, deverão ser prontamente removidos para o PS Barra Funda, de preferência antes que procedimentos dessa natureza se tornem necessários.

Preferencialmente, não deverão ser realizadas intubações orotraqueais (IOT), dada a dificuldade ulterior de remoção desses pacientes para o ambiente de cuidado adequado.

No entanto, caso o procedimento de IOT se faça necessário, tais pacientes serão encaminhados para o PS Central da Santa Casa.

Em todas essas avaliações, os profissionais da saúde envolvidos deverão utilizar os EPIs –avental descartável, máscara cirúrgica, protetor facial e luvas se tocarem o paciente –, com correta higienização das mãos antes e após colocar luvas. A máscara N95 será utilizada nos procedimentos geradores de aerossóis ou onde possa haver forte exposição a esses, como é caso das IOT e da contenção mecânica em caso de agitação psicomotora.

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Pacientes com transtornos mentais, infectados pelo SARS-CoV-2 (Covid-19): a experiência chinesa.(1) Pessoas com transtornos mentais têm mais risco de contrair pneumonia, devido

(A) aos déficits cognitivos presentes na maior parte dos transtornos graves –

incluindo o uso de SPA, (B) à consciência reduzida acerca dos riscos de contágio e de

transmissão, (C) à dificuldade pessoal do paciente em instituir e manter esforços de

proteção pessoal – p.e. o uso ininterrupto de máscaras ou a lavagem frequente das

mãos, (D) bem como a maior exposição a condições prolongadas de confinamento –

p.e. nas enfermarias psiquiátricas.

(2) Pacientes com transtornos mentais com síndromes respiratórias agudas graves pelo

coronavirus-2 (Covid-19) enfrentam mais barreiras para acessar serviços de saúde,

devido à discriminação de costumam sofrer dentro desses – prejudicando assim o

tempo adequado para a instituição dos cuidados curativos.

(3) A presença de casos graves e de comorbidades tornam o tratamento mais

desafiador e menos efetivo, uma vez que não é possível contar aprioristicamente com a colaboração e adesão do paciente aos procedimentos terapêuticos instituídos.

(4) A Covid-19 causa por si só um ambiente de medo, ansiedade e depressão, os quais

podem resultar em recaídas ou piora de condições mentais já comprometidas.

Pacientes com transtornos mentais e usuários de SPA são altamente vulneráveis ao

estresse ambiental.

(5) Os períodos de isolamento domiciliar podem diminuir o acesso desses paciente ao

seu seguimento multiprofissional regular, desabastecendo essas pessoas dos

medicamentos essenciais para a sua estabilidade cognitiva e emocional.

(6) Em tempos de pandemia, pacientes com transtornos mentais necessitam de serviços e

procedimentos adaptados as suas necessidade, tanto aqueles destinados aos

cuidados em saúde mental, quanto os estruturados para o tratamento do Covid-19.

Yao H, Chen JH, Xu YF. Patients with mental health disorders in the COVID-19 epidemic.

Lancet Psychiatry. 2020 Apr;7(4):e21 (26).

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QUADRO 1: PACIENTES DO CAPS-AD III CRATOD

1. Serão avaliados pelo “triagem para investigação do Covid-19” diariamente, antes de subirem para o CAPS-AD III.

2. Tanto os pacientes do CAPS-AD que apresentarem sintomas gripais leves (coriza e febre >37,8ºC), moderados (coriza, febre >37,8ºC e tosse) ou graves (coriza, febre >37,8ºC, tosse e falta de ar) serão encaminhados para avaliação do enfermeiro da triagem – para esse atendimento, o enfermeiro se paramentará com avental descartável, óculos ou protetor facial, máscara e luvas descartando as luvas em um recipiente para material infectado, ao final do atendimento.

3. Caso o enfermeiro observe se tratar de uma síndrome gripal leve ou moderada, o mesmo oferecerá uma máscara cirúrgica ao paciente e acionará a equipe do CAPS-AD CRATOD de plantão na triagem.

4. A equipe do CAPS-AD de plantão receberá o paciente na sala de acolhimento. Há duas situações possíveis : o paciente tinha consulta com o psiquiatra naquele dia ou buscava ajuda sem agendamento prévio. No primeiro caso, a equipe de plantão telefonará para o psiquiatra do paciente no CAPS (1º andar), no segundo caso, para o psiquiatra responsável pelos atendimentos do CAPS naquele dia.

5. Após avaliar as necessidades psiquiátricas do paciente, bem como checar no seu prontuário os medicamentos prescritos, o mesmo será orientado a permanecer em isolamento social por 14 dias (Anexo 8), devendo procurar para avaliação na UBS Bom Retiro ou AMA Prates. Caso utilize medicamentos psicotrópicos, retirará a quantidade necessária para o período de quarentena sugerido, na Farmácia do CRATOD.

6. Caso sinta necessidade, o psiquiatra poderá pedir a avaliação do clínico-geral de plantão no CRATOD naquele momento.

7. Caso o enfermeiro observe se tratar de uma síndrome gripal grave, o clínico-geral será chamado diretamente. O mesmo deverá avaliar o paciente e encaminhá-lo para o PS Barra Funda, cabendo a ele definir se o paciente tem condições de se dirigir ao PS por conta própria / com auxílio da família ou pelo serviço de remoção do CRATOD.

8. Casos cuja saturação de oxigênio estiver menor do que 95% devem ser levados à unidade de observação para receber um cateter de oxigênio, enquanto aguardam a remoção.

9. Toda a equipe da remoção deve estar paramentada e o motorista deve utilizar ao menos, máscara e luvas, desde que não tenha contato físico ou ajude na remoção da maca; o veículo deve receber uma limpeza terminal ao retornar da remoção.

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QUADRO 2: PACIENTES QUE BUSCAM PRONTO-ATENDIMENTO NA TRIAGEM CRATOD

1. Recepção pelos conselheiros em dependência química / porteiros, permitindo a entrada de no máximo cinco paciente por vez para abertura da ficha de atendimento inicial.

2. Os pacientes que buscam tratamento para dependência química e apresentam sintomas gripais leves (coriza e febre >37,8ºC), moderados (coriza, febre >37,8ºC e tosse) ou graves (coriza, febre >37,8ºC, tosse e falta de ar) serão encaminhados para avaliação de risco, com o enfermeiro da triagem – para esse atendimento, o enfermeiro se paramentará com avental descartável, gorro, óculos ou protetor facial, máscara e luvas, descartando as luvas em um recipiente para material infectado, ao final do atendimento.

3. Após atendimento, todo material utilizado para exame físico do paciente – como oxímetrode pulso, esfigmomanômetro, estetoscópio e termômetro – devem ser limpos com álcool 70% bem como toda superfície que o paciente tocou.

4. Caso o enfermeiro observe se tratar de uma síndrome gripal leve ou moderada, o psiquiatra será chamado à sala de atendimento médico – vizinha à sala de avaliação de risco – para discutir o caso, com o mesmo tipo de paramentação e conduta de segurança. Caso sinta necessidade, o psiquiatra poderá pedir a avaliação do clínico-geral de plantão no CRATOD naquele momento.

5. Após avaliar as necessidades psiquiátricas do paciente: (1) casos não-urgentes serão orientados a permanecer em isolamento social (Anexo 8), procurar a UBS Bom Retiro ou AMA Prates, podendo ainda ser encaminhados para um outro CAPS-AD na região do centro ou no território do paciente; (2) casos urgentes – tais como intoxicações e síndromes de abstinência leves – serão preferencialmente encaminhados para o CAPS-AD ou pronto socorro do território do paciente; (3) casos de emergência psiquiátrica serão prontamente admitidos, para o adequado manejo dos sintomas agudos, no setor da unidade de observação destinada aos casos suspeitos de Covid-19.

6. Caso o enfermeiro observe se tratar de uma síndrome gripal grave, o clínico-geral será chamado diretamente e devidamente paramentado.

7. O mesmo deverá avaliar o paciente e encaminhá-lo para o PS Barra Funda, cabendo a ele definir se o paciente tem condições de se dirigir ao serviço por conta própria ou com auxilia da família, ou se necessitará de remoção por ambulância do CRATOD.

8. Casos cuja saturação de oxigênio estiver menor do que 95% deverão ser levados à unidade de observação e receber um cateter de oxigênio, enquanto aguarda os preparativos para remoção.

9. Toda a equipe da remoção deve estar paramentada e o motorista deve utilizar gorro, máscara e luvas; o veículo deve receber uma limpeza terminal ao término da remoção.

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QUADRO 3: O PACIENTE COM SÍNDROME GRIPAL GRAVE EM EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA

Aqueles com síndromes gripais graves (coriza, febre >37,8ºC, tosse e falta de ar) e risco psiquiátrico considerado emergencial – p.e. intoxicação aguda com risco de auto/heteroagressividade, síndrome de abstinência do álcool grave, sintomas maniformes ou psicóticos ou comportamento suicida constituem um perfil especial de pacientes, merecedores de uma avaliação médica de caráter multidisciplinar e de condutas terapêuticas imediatas.

Apesar da ausência de evidências científicas nesse sentido, supõe-se que em comorbidades dessa natureza, o acometimento pulmonar – por seu caráter prontamente ameaçador à vida –se transforme no centro das demandas e das preocupações do paciente, se sobrepondo desse modo aos sintomas psiquiátricos. O receio de “parar de respirar” poderia inclusive tornar o paciente mais permeável e obediente às orientações e condutas emergenciais definidas pela equipe da unidade de observação. Além disso, a drástica redução da saturação de oxigênio pode levar ao rebaixamento do nível de consciência e diminuição do estado mental, encobrindo qualquer tipo de sintoma de natureza psiquiátrica vigente, ao menos enquanto o quadro emergencial relacionado à insuficiência respiratória não for resolvido.

De modo que o paciente que procurar o CRATOD com sintomas respiratórios graves deverá ser prontamente encaminhado para atendimento de emergência no PS Barra Funda, independentemente do quadro psiquiátrico vigente. Pode ser necessário oferecer aporte de oxigênio ou mesmo realizar intubação oratraqueal (IOT), tamanho o potencial de risco respiratório do Covid-19. Assim, vale ressaltar, transferir o paciente com desconforto respiratório o mais rápido possível para um serviço adequadamente equipado para lhe oferecer o suporte respiratório necessário, pode ser diferencial para a manutenção de sua sobrevivência.

No entanto, dentro do possível, o serviço referenciado deve receber ao menos um relatório psiquiátrico, informando o estado mental do paciente e o seu diagnóstico sindrômico – p.e. um paciente com ideação, pode cometer suicídio dez dias depois, dentro do hospital geral em que se encontra internado, após a melhora do rebaixamento do nível de consciência e dos sintomas causados pelo coronavirus tratados de modo bem-sucedido. Além disso, caso haja tempo hábil, uma estratégia medicamentosa aguda / de longa duração pode ser instituída ou sugerida.

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QUADRO 4: NOTIFICAÇÃO E REGISTROA Doença Respiratória Aguda pelo 2019-nCoV é uma potencial Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), segundo anexo II do Regulamento Sanitário Internacional. Sendo, portanto, um evento de saúde pública de notificação imediata (24h).

A Vigilância Epidemiológica considera os critérios como sendo de notificação compulsória para os casos de Covid-19 | Critério 1: Síndrome gripal + síndrome respiratória aguda grave, compostos por febre – mesmo que referida –, sintomas respiratórios, dispneia ou saturação menor que 95%, com indicação de internação hospitalar. | Critério 2: Profissional de saúde com sintomas respiratórios (tosse ou dor de garganta) com ou sem febreOs casos suspeitos de infecção por 2019-nCoV devem ser notificados de forma imediata (até 24 horas) pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento, à Secretaria Municipal de Saúde e à Central/CIEVS/SES-SP pelo telefone (0800 555 466) ou e-mail ([email protected]).

As informações devem ser inseridas no formulário FormSUScap 2019-nCoV (http://bit.ly/2019-ncov), e no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) na ficha de notificação individual (http://bit.ly/sinannotificacaoindividual), utilizando CID10: B34.2 – Infecção por Coronavírus de localização não especificada.

Conforme orientação do novo Boletim da SVS/MS - Boletim Epidemiológico Nº02, Fevereiro 2020, ao preencher o formulário eletrônico de notificação, a unidade de atendimento pública ou privada deverá baixar o PDF da ficha de notificação e enviar eletronicamente para a autoridade local (vigilância epidemiológica municipal) que deverá imediatamente enviar para o GVE correspondente.

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FONTE: CDC | SES – Coordenadoria de Controle de Doenças | Secretaria do Estado da Saúde. Plano de Contingência do

Estado de São Paulo para Infecção Humana pelo novo Coronavírus - 2019-nCoV. São Paulo: Governo do Estado de São Paulo;

2020. p. 12. [Texto extraído na íntegra] (3) | MS | SVS – Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de

Vigilância Epidemiológica Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional pela Doença pelo Coronavírus 2019

Vigilância Integrada de Síndromes Respiratórias Agudas Doença pelo Coronavírus 2019, Influenza e outros vírus respiratórios

03/04/2020. Brasília: MS; 2020 (27).

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Área 2 – Unidade de observação e repouso do CRATOD

Espaço dotado de dois postos de enfermagem, 5 enfermarias que abrigam 35 leitos, e

2 quartos de isolamento respiratório.

A observação será dividida em 02 ambientes, com entradas independentes, proporcionando10 leitos (um quarto com 04 leitos femininos e um quarto com 06 leitos masculinos) de isolamento de pacientes com síndrome gripal. Os demais leitos da unidade de observação serão para pacientes sem sintomas respiratórios.

Em consonância ao estabelecido pelo Ministério da Saúde (2,6,19), haverá uma equipe médica/enfermagem fixa para atendimento da área com casos de Covid-19 e outra equipe para a área ”assintomática".

Casos com emergência psiquiátrica e com síndrome gripal deverão ser alocados nos leitos de isolamento, assim que disponíveis. A médica infectologista passará visitas diárias nos leitos de isolamento e discutirá junto à equipe de psiquiatras a indicação de alta ou de transferências.

Não serão permitidas visitas.

Ainda assim, sugere-se evitar a admissão de (1) maiores de 60 anos, (2) gestantes, (3) adolescentes e (4) usuários com sintomas respiratórios. Exceções serão discutidas caso a caso.

Caso um paciente da área não-infectada, inicialmente assintomático, passe a apresentar sintomas gripais, ele será transferido para a área de isolamento. Nesse caso, os demais pacientes em observação nessa área (a priori não-infectada) deverão ficar em quarentena, impossibilitando a admissão de novos casos por um período de 14 dias.

Caso haja possiblidade de testar o paciente com suspeita de Covid-19 após o terceiro dia do início dos sintomas (swab de naso/orofaringe) – ou repeti-lo caso o primeiro tenha sido colhido antes desse prazo – um resultado “negativo” após 72 horas tornaria a quarentena desnecessária.

Vale a pena ressaltar mais uma vez, que apenas pacientes com síndrome gripal leve que apresentem sintomas psiquiátricos graves permanecerão nos leitos de isolamento, pelo período tempo mais breve possível.

Pacientes com desconforto respiratório serão encaminhados ao PS Barra Funda e pacientes que necessitarem de intubação orotraqueal (IOT) serão encaminhados para o pronto socorro central da Santa Casa.

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QUADRO 5: LEITOS DE RETAGUARDA NA UNIDADE RECOMEÇO HELVÉTIA (URH) PARA PACIENTES COM TRANSTORNOS

RELACIONADOS AO USO DE SPA COM SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA LEVE E MODERADA

Há uma preocupação geral em evitar que o CRATOD se transforme em um foco

disseminador de Coronavírus. Para fazer frente a esse tipo de adversidade, foram

instituídas medidas para a detecção precoce de síndromes gripais.

No entanto, (1) há o risco permanente de portadores do SARS-CoV-2 (Covid-19) serem

admitidos na unidade de observação e encaminhados para desintoxicação em

enfermarias conveniadas com o Programa Recomeço ainda assintomáticos. Além disso, (2) casos leves e moderados, suspeitos ou confirmados de Covid-19 podem necessitar de

tratamento de psiquiátrico com maior tempo de duração, especialmente aqueles com

crítica prejudicada para a compreensão dos riscos relacionados à Covid-19 para a sua

saúde e de seus grupos de convívio. Tais casos, deverão permanecer mais tempo sob os

cuidados do CRATOD.

A URH possui dois andares de enfermarias, num total de 21 leitos para desintoxicação e

tratamento das comorbidades psiquiátricas relacionadas ao uso de SPA, todos

originalmente referenciados à unidade de observação e repouso do CRATOD (Anexo 3).

Desse modo, além da proximidade geográfica entre o CRATOD e a URH, já existe um

alto grau de afinidade entre as equipes de ambos os serviços.

Nesse novo contexto, as duas enfermarias do URH serão adaptadas – de acordo com as

recomendações do Ministério da Saúde (1,6, 18-21, 28) – para receber pacientes com risco psiquiátrico “grave”, com suspeita de Covid-19, com sintomatologia “leve” ou “moderada”.

Assim, não apenas se garante o (1) atendimento psiquiátrico de maior complexidade

para para pacientes com síndrome gripal, como também (2) a manutenção das rotinas de

admissão e permanência, bem como o fluxo de encaminhamentos da unidade de

observação e repouso do CRATOD (entre 24-72 horas), fora ou acima das quais ela

atingiria padrões de lotação incompatíveis com a admissão de novos pacientes graves

com suspeita de Covid-19.

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Área 3 – CAPS-AD III CRATOD

Compreende o primeiro piso do CRATOD, contando com (1) cinco consultórios para

atendimento individual – um deles não contém janela e será interditado –, (2) uma

sala de leitura, (3) um ateliê, (4) duas salas de grupo, (5) um posto de enfermagem, com anexo para coleta de exames e repouso de pacientes menos graves, (6) o serviço de odontologia – vide “Área 7”, pp.24 –, (7) o serviço de vigilância epidemiológica e

infectologia, (8) três salas de apoio para a equipe técnica.

Todos os pacientes do CAPS-AD III CRATOD serão triados diariamente para o COVID-19, conforme já se detalhou anteriormente, no Quadro 1. Casos suspeitos receberão o adequado encaminhamento para a rede de atenção ao Covid-19 (Quadro 1) e serão orientados a retomar suas atividades no CAPS-AD III CRATOD após duas semanas.

Os atendimentos em grupo estão cancelados, sendo priorizados a partir desse momento os atendimentos individuais.

Por questões logísticas, haverá um maior espaçamento entre as consultas, com prescrição

e fornecimento de medicamentos para dois meses.

Caso um dos pacientes do CAPS-AD III CRATOD apresentem sintomas gripais, a equipe técnica, assim como o médico da equipe do CAPS realizarão o atendimento no andar térreo, para verificar casos pontuais de intercorrências e auxiliar a tomada de decisão por parte do psiquiatra / clínico-geral de plantão.

Para tais atendimentos ambulatoriais, os profissionais da saúde envolvidos deverão utilizar EPIs: avental descartável, máscara cirúrgica, luvas, protetores faciais-óculos.

O CAPS-AD CRATOD organizou um avaliação mínima de cuidados para os paciente da unidade, com o intuito de apoiar o seu projeto terapêutico singular (PTS). As perdas decorrentes dos espaçamentos de consultas, bem como dos cancelamentos dos grupos terapêuticos necessitam de novas estruturas de apoio medico e psicossocial – ainda que provisórias – capazes de minimizar o estresse e a vulnerabilidade psicossocial que permeia o cotidiano desses usuários. Desse modo, como se poderá ver em detalhes no encarte a seguir e no Anexo 7, uma Sala de Acolhimento do CAPS-AD no setor de triagem contará com quatro técnicos do serviço para oferecer apoio em saúde mental de modo perene em tempos de Covid-19.

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A garantia de cuidados médicos e psicossociais mínimos pelo CAPS-AD em tempos de Covid-19: apoio ao projeto terapêutico singular (PTS) vigente e ao gerenciamento de crises e prevenção de recaídas.Os programas de cuidado e tratamento ambulatoriais são essenciais, tanto para os pacientes que

buscam a abstinência, quanto para os que a partir do contato com essas abordagens adotam padrões menos graves de consumo e melhoram sua inserção social. Há ainda, aqueles que utilizam o CAPS-AD como referencia de apoio, proteção psicossocial e ações de baixa exigência – redução de danos –, ou em situações de crise, sem necessariamente modificar o seu modo de consumo original.

Em decorrência disso, cada usuário que procura algum tipo de ajuda em um CAPS-AD possui um projeto terapêutico singular (PTS). Ele é uma resultante do encontro entre os referenciais socioculturais e as idiossincrasias do usuários, seus anseios em relação à melhor forma de lidar com o seu modo de consumo

e os referenciais teóricos e os enquadres terapêuticos do serviço. Dele surgirá uma proposta de intervenção compartilhada que envolverá a todos: paciente, família, profissionais da saúde. Ele será permanentemente aprimorado a partir do envolvimento do usuário com a linha de cuidado oferecida pelo serviço, mas especialmente pelo contato com o profissional de referência que o acompanhará ao

longo de sua trajetória de cuidados pelo serviço.

Um processo de mudança dessa complexidade e amplitude – que muitas vezes leva anos e várias tentativas frustradas para se estabelecer de maneira estável e perene – se assemelha um avião em

pleno voo: necessita de monitoramento constante, por mais que o plano de voo, as engrenagens, a harmonia entre os tripulantes e o clima estejam favoráveis naquele momento. A mesma metáfora se aplica ao processo de vinculação desses usuários tanto aos serviços de atenção psicossocial, quanto ao trabalho de campo dos conselheiros em dependência química, agentes de saúde, redutores de danos e

equipes de Consultórios na Rua de qualquer modalidade: difícil para se estabelecer, fácil de se perder, mesmo após anos de investimento terapêutico.

Na maior parte das vezes, os usuários de substâncias psicoativas (SPA) estruturam vínculos terapêuticos e

de cuidado extremamente instáveis, fragilizados por vulnerabilidades sociais e situações traumáticas de todo o tipo: insegurança habitacional e precariedade de moradia, insegurança alimentar, necessidades de locomoção e exposição à violência – dentro e fora dos seus grupos de convívio mais íntimos. Soma-se a isso a presença maciça de comorbidades clínicas e psiquiátricas entre eles, bem como a presença

constante da substância ou de seus desdobramentos, seja na forma de sintomas de abstinências e recaídas, seja pela manutenção do consumo, como é o caso daqueles que utilizam os serviços de saúde e vivem ou frequentam regularmente cenas abertas de uso de crack ou passam o dia consumindo álcool.

Em muitas situações – especialmente no início do processo –, a vinculação dos usuários com programas e

serviços é estabelecida, estruturada, mantida e fortalecida em grande pelo esforço dos profissionais da saúde mental envolvidos, que vão a campo ou atendem nas UBS, CAPS e CAPS-AD. Além de oferecerem suporte psicossocial, possuem uma melhor compreensão dos problemas relacionados ao uso

de SPA e podem lançar mão de ferramentas e estratégias de manejo protetivas – sejam essas na linha da redução de demanda ou de danos. S

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A Covid-19 parece ser uma ameaça a esse sistema, por dois grandes motivos:

(1) Perda de continência psicossocial. Os programas e serviços de atenção em saúde mental não só

contribuem para o aumento da sensação de segurança e da autoestima, como auxiliam ativamente o usuário a lidar de modo assertivo com o estresse ambiental. Desse modo, por melhor e mais estável que se esteja, o distanciamento dos programas e serviço, tanto para acolher e cuidar, quanto para auxiliar o processo de retomada de vida e enfrentamento dos desafios cotidianos certamente será

sentida de alguma forma, especialmente entre aqueles com estrutura psicossocial mais precária e com relacionamentos interpessoais mais comprometidos. Isso aponta para um risco potencial de aumento de crises e recidivas, relacionado ao distanciamento e à redução do cuidado / monitoramento do usuário por parte do serviço.

(2) Aumento do nível de estresse entre os usuários de SPA. A pandemia de Covid-19 representa uma ameaça concreta à vida de qualquer pessoa, gerando tensão, medo e aumento do nível de estresse de maneira indistinta. Os usuários de SPA com alta vulnerabilidade social têm menos condições

logísticas para se proteger do Coronavírus – pelo contrário muitos deles vivem em situação de rua, em centros de acolhida ou habitações precárias, quase sempre expostos à situações de aglomeração. A alta incidência de comorbidades clínicas e mentais torna-os menos hábeis para lidar com o estresse ambiental, recorrendo frequentemente ao uso de SPA nessas situações. O

confinamento decretado, além de separá-los dos fatores de proteção citados anteriormente, pode favorecer e amplificar o contato com fatores de estresse ambiental – p.e. maior tempo dentro de casa convivendo com familiares problemáticos ou vizinhos beligerantes, aumento do tempo de

contato com os ambientes de uso – “rodas de amigos”, “botecos”, “biqueiras”. Além disso, pode ocasionar o aparecimento de sintomas de abstinência, que deixam o usuário mais irritado e cognitivamente menos maleável para lidar com o estresse e suas repercussões nos relacionamentos.

Dessa forma, é possível vislumbrar que as mudanças nos programas e serviços de atenção psicossocial

em decorrência da chegada da Covid-19, apesar de imprescindíveis e desejáveis, trazem consigo o risco de diminuir em demasia os fatores de continência (proteção) ao mesmo tempo em que os estressores ambientais e fatores de vulnerabilidade (risco) se multiplicam e se intensificam.

Isso aumenta a importância da rede de atenção primária à saúde (APS) e sua responsabilidade para a preservação do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual – acredita-se fortemente – será duramente atingido pelo Covid-19 nas próximas semanas, com necessidade de tratar em ambiente hospitalar e de cuidados intensivos um contingente maior de doentes do que sua capacidade implantada (29). Tamanha

importância e responsabilidade estão refletidas na nota técnica com as recomendações do Ministério da Saúde (MS) à rede de atenção psicossocial (RAPS) sobre estratégias de organização no contexto da infecção da Covid-19: é preciso prevenir a disseminação do vírus, sem comprometer o PTS dos pacientes e usuários dos serviços de atenção psicossocial (21) – uma meta aparentemente de difícil formulação.

No entanto, apesar das conhecidas fragilidades e vulnerabilidades que acometem a APS – e o SUS como um todo – é preciso considerar, do ponto de vista pragmático e pandêmico – que quanto mais distante a atenção primária estiver dos seus usuários nesse instante – mais uma vez, independentemente

dos motivos que justificam e legitimam tal afastamento – mais vulneráveis e propensos a

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propensos à descompensação e à crise eles estarão. E certamente procurarão o SUS da mesma forma, dessa vez em locais mais dispendiosos e potencialmente infectados: os prontos-socorros dos hospitais

gerais, a partir de onde aumenta probabilidade de uma internação psiquiátrica para o manejo dos sintomas agudos – outra vez, mais dispendiosa e menos adequada na vigência de pandemias como essa.

Nesse sentido, é fundamental que os APS desenvolva duas linhas estratégicas primordiais: (1) uma para o Covid-19, por meio da criação de comitês de prevenção da doença, adoção de medidas anti-

aglomeração e de segurança dos funcionários e desenvolvimento de um fluxo rápido para o diagnóstico e encaminhamento para os casos suspeitos, conforme as recomendações do MS (20,25) (Anexo5); e (2) outra para garantir o PTS dos pacientes e deixar o CAPS-AD mais resolutivo para o manejo de crises –considerando que o Covid-19 deixou a porta do CAPS-AD “mais fechada” e sua equipe, mais distante –

é preciso então torna-lo mais resolutivo justamente nesse local, ou seja, no setor de triagem, por intermédio da criação de uma estratégia de atendimento mais robusta para acolher e orientar adequadamente os casos considerados estáveis e para o suporte adequado para os usuários em

situação de crise, especialmente quando essa vem associada com sintomas sugestivos de Covid-19.

Os comitês multidisciplinares de prevenção à Covid-19 e o plano de contingência (“fluxo rápido”). Pormenores e mais simples que possam ser as unidades, é indispensável que todos os serviços da rede de APS– no caso aqui, os CAPS-AD – desenvolvam planos de contingência, partindo da criação dos

referidos comitês. O plano de contingência, entre outras coisas, deve conter minimamente um processo de triagem e um “fluxo rápido de encaminhamento” para os casos suspeitos de Covid-19 (20,25), bem como estratégias para reduzir aglomerações e para aumentar a segurança de todos profissionais envolvidos

no funcionamento desses serviços. É essencial mensurar a quantidade de equipamentos de proteção individual (EPI) que cada profissional receberá e sua periodicidade. Da mesma maneira, é necessário criar uma central para racionalizar sua dispensação, nos mesmos moldes com que os medicamentos são dispensados aos pacientes – isso evita desperdícios e perdas, num momento em que a demanda por

alguns desses equipamentos decuplicou.

Os profissionais dos serviços da rede APS devem ser capacitados não apenas por intermédio de cursos, palestras e treinamento de protocolos – sempre evitando aglomerações entre eles –, mas igualmente

pela disseminação de informação clara e objetiva – desenvolvida por órgãos governamentais ou instituições referenciadas – capaz de prontamente informar, dirimir dúvidas e esclarecer notícias falsas (fake news). A presença dos diretores e coordenadores nas rotinas do serviço, orientando o uso dos equipamentos na prática diária e vivenciando as novas dificuldades e desafios com a equipe aumenta a

confiança individual dos profissionais, especialmente aqueles envolvidos com os casos suspeitos ou de maior gravidade. Paralelamente, o envolvimento e a atuação do corpo diretivo nos comitês de prevenção ao Covid-19 resultam no desenvolvimento de protocolos pragmáticos. Ambos fortalecem o trabalho em equipe e o espírito de grupo. Por fim – sempre observando a necessidade premente de

evitar aglomerações – a criação tanto de programas e espaços para descontração ou expressão das dificuldades cotidianas relacionadas à pandemia e suas consequências – p.e. “minha esposa é autônoma e nossa renda despencou”, “não tenho com quem deixar meus filhos atualmente” – quanto de locais de

apoio psicológico auxiliam no cuidado e na preservação da saúde mental dos membros da equipe.

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O Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD), do ponto de vista assistencial, possui dois setores: (1) o CAPS-AD III e a (2) unidade de observação e repouso; (3) o setor de triagem 24 horas é a porta de entrada e um dos pontos de inflexão entre os dois primeiros. Na triagem, a avaliação de risco psiquiátrico pela equipe de enfermagem, a avaliação psiquiátrica propriamente dita e o acolhimento por equipe multidisciplinar são as abordagens que normalmente definem a trajetória do usuário dentro do serviço ou o seu encaminhamento para serviços da APS do seu território de origem.

Com a finalidade de atender às demandas da Covid-19, o CAPS-AD III CRATOD e o Comitê Multidisciplinar CRATOD Covid (CMCC) desenvolveram um fluxograma de avaliação mínima de cuidados (Anexo 7), para proporcionar aos usuários que procuram o CAPS-AD uma exposição adequada aos cuidados em saúde mental, evitando a desassistência e prevenindo crises, de acordo com os novos preceitos sanitários decorrentes da pandemia de Covid-19. Leia o detalhamento a seguir.

Avaliação mínima de cuidados do CAPS-AD III CRATOD:

De maneira geral, medidas para reduzir o número de usuários dentro da ambiência e das salas de

atendimento coletivas do CAPS-AD foram tomadas, entre elas o cancelamento dos grupos terapêuticos e de orientação, bem como o espaçamento de consultas (pg. 21). O funcionamento do serviço, porém, não foi descontinuado: as consultas individuais foram ampliadas e os casos de maior gravidade psiquiátrica

não tiveram sua rotina de retornos alterada. Há ainda aqueles usuários que procuram o serviço irregularmente ou voltam a procura-lo após de um longos intervalos de distanciamento. Considerando que boa parte dos usuários de SPA busca ajuda profissional apenas durante as situações de crise, é fundamental que haja uma estrutura mais robusta para recebê-los.

(1) Triagem para pesquisa de Covid. Sempre que vierem ao CRATOD, os pacientes do CAPS-AD, após a abertura da ficha de atendimento na recepção, passarão pela triagem Covid-19, a fim de avaliar a presença de sintomas gripais, de acordo com o Quadro 1 e Anexos 4 & 5. Essa triagem, que acontece

em sala específica, sob a responsabilidade de profissionais devidamente paramentados (Quadro 1), passa a ser a nova “porta de entrada” do serviço e origina dois fluxos: o dos pacientes assintomáticos e o dos pacientes com sintomas sugestivos de síndrome gripal.

(2) Equipe de acolhimento do CAPS-AD CRATOD. Uma equipe de plantão de técnicos do CAPS-AD III

CRATOD foi organizada e colocada na sala de acolhimento do setor de triagem do CRATOD. Ela é composta por 4 técnicos do CAPS-AD, dois posicionados na sala de acolhimento do setor de triagem e outros dois permanecem no setor do CAPS-AD (1º andar), na retaguarda. Essa equipe se conecta às

equipes multidisciplinares e regulares de cuidado (n=4), sendo responsável pelas intercorrências e demandas não-urgentes e sem agendamento prévio. Em tempos de Covid-19, foi adaptada para auxiliar tanto encaminhar e orientar o cuidado daqueles com sintomas gripais, quanto para garantir o PTS e o manejo das situações de crise dos pacientes assintomáticos / sintomáticos.

Os desdobramentos de fluxos gerados pela “triagem Covid-19” (n=2) e pelo acolhimento do plantão da equipe técnica no setor de triagem, geraram sete linhas de fluxo:

(1) FLUXO 1: Pacientes assintomáticos com consulta agendada. Pacientes que chegam ao setor de triagem assintomáticos com agendamento para atividades no CAPS-AD passam pela sala de acolhimento para uma avaliação informal expressa; os plantonistas também telefonam para o profissional do CAPS-AD com quem o paciente agendou a consulta anunciando sua chegada, para saber se ele já está disponível para o atendimento, evitando-se assim aglomerações no primeiro andar. S

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(2) FLUXO 2: Pacientes assintomáticos sem consulta agendada e risco psiquiátrico “não-urgência”. Esse perfil é composto em geral por usuários de SPA menos aderidos ao serviço, ficando algumas vezes longos períodos ausentes e retornando em situações de crise. Há ainda os que o frequentam com regularidade, porém mais em função da ambiência e da estrutura de proteção e acolhimento do CRATOD, do que em função dos recursos terapêuticos do serviço – consultas, profissional de referência, etc. Esses usuários do CAPS-AD que estiverem assintomáticos e estáveis são acolhidos pela equipe de plantão, avaliados de maneira mais demorada – o prontuário deles é levantado pelo SAME –, recebem os medicamentos que estiverem utilizando – de acordo com o seu prontuário – e são orientados a permanecer em isolamento domiciliar, procurando uma UBS / AMA apenas em caso de necessidade. Orientações relacionadas ao uso de drogas e estratégia motivacionais podem ser feitas aqui.

(3) FLUXO 3: Pacientes assintomáticos sem consulta agendada e risco psiquiátrico “urgência” / “emergência”. Em situações de crise, o psiquiatra do CAPS-AD poderá ser acionado. É preferível que ele se dirija ao setor de triagem e não o contrário, a fim de evitar aglomerações e circulações desnecessárias pelo CRATOD. Caso o psiquiatra e a equipe de plantão julguem se tratar de uma situação de urgência / emergência ainda passível de manejo pela equipe técnica do CAPS-AD, o usuário pode ser levado para a sala de observação do CAPS-AD (“Sala 2”) (Anexo 7), medicado e observado. O usuário pode ser encaminhado a qualquer tempo para a unidade de observação e repouso (Anexo 4), especialmente nas situações de emergência de maior gravidade (Anexo 6).

(4) FLUXO 4: Pacientes com síndrome gripal “grave” (20, 25) (pg. 12). Um dos objetivos primordiais do “fluxo rápido de encaminhamento” para casos suspeitos de Covid-19 preconizado pelo MS é o diagnóstico precoce de casos passíveis de complicação ou que já chegam para atendimento apresentando sinais e sintomas de gravidade. Esses pacientes serão retirados imediatamente do fluxo de avaliação de cuidados mínimos do CAPS-AD III CRATOD (Anexo 7) e encaminhados para avaliação clínica-geral, que definirá para qual pronto-socorro o paciente será encaminhado e se haverá necessidade de procedimentos de estabilização clínica antes da transferência (Anexos 4 & 5).

(5) FLUXO 5: Pacientes com síndrome gripal “leve”/ “moderada” (20,25) (pg.12), com consulta agendada. Esses pacientes serão orientados pela equipe de acolhimento – devidamente paramentada (Quadro 1). O manejo preconizado para esses casos é a realização de uma discussão do caso entre a equipe do CAPS-AD de plantão e o profissional previamente agendado, por telefone. Em casos de consulta psiquiátrica, o psiquiatra do usuário deve ser comunicado e a medicação para 14 dias, providenciada na Farmácia do CRATOD. Orientações gerais e relacionadas ao PTS devem ser dadas e o paciente orientado a ficar em casa, ou procurar uma UBS / AMA em caso de exacerbação dos sintomas respiratórios, de acordo com a discussão prévia do caso e os protocolos do CRATOD (Anexos 4 & 5).

(6) FLUXO 6: Pacientes com síndrome gripal “leve”/ “moderada” (20,25) (pg.12), sem consulta agendada e risco psiquiátrico “não-urgência”. Um quadro gripal associado deve ser necessariamente discutido pela equipe do CAPS de plantão com o psiquiatra do mesmo setor. Caso haja surgimento ou intensificação de sintomas psiquiátricos ou de fatores ambientais de risco o paciente deve receber o orientações e conduta semelhante a do Fluxo 2.

(7) FLUXO 7: Pacientes com síndrome gripal “leve”/ “moderada” (20,25) (pg.12), , sem consulta agendada e risco psiquiátrico “urgência” / “emergência”. Pacientes com síndrome gripal, em situação de urgência psiquiátrica do CAPS-AD devem necessariamente receber avaliação e conduta do psiquiatra do mesmo setor. Nesses casos, os pacientes podem ser encaminhados para a sala de acolhimento no posto de enfermagem (“Sala 2”), sempre que houver a perspectiva eficaz de continência por parte da equipe. Ele deve receber uma máscara cirúrgica e ser orientado como utilizá-la. Cuidados de desinfecção completa da “Sala 2” devem ser tomados ao final do atendimento (“limpeza imediata”). Casos de maior gravidade podem ser encaminhados para área de isolamento respiratório da unidade de observação e repouso. (Anexo 4 & 5) (Quadro 1). As condutas preconizadas aqui são similares às do Fluxo 3.

(8) Em caso de sintomas gripais, os profissionais do CAPS-AD que estiverem de plantão ou que descerem ao setor de triagem para avaliar o paciente devem estar paramentados – gorro, máscara cirúrgica e óculos ou escudos protetores.

(9) Após atendimento, toda a superfície ou objetos tocados pelo paciente tocou devem ser limpos com álcool 70%. Casos confirmados requerem uma que “limpeza terminal” do ambiente, imediatamente ao término do atendimento.

Marcelo Ribeiro de Araújo, Diretor Técnico do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD) | Coordenação de Serviços de Saúde (CSS) | Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo (SES), Natali Maiumi Higashi Marconi, Coordenadora Médica |

Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) | CRATOD, Ana Lúcia Karasin, Diretora do CAPS-AD III CRATOD. SE

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Área 4 – Odontologia

Essa área conta com dois consultórios, um laboratório protético e uma central de esterilização de materiais odontológicos. O serviço seguirá o protocolo preconizado pelo Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (CROSP) (33):

(1) Isolamento respiratório com o uso de máscaras cirúrgicas N95 ou trocá-la a cada duas horas para evitar a perda da eficácia, no caso de máscaras habituais.

(2) Uso de avental descartável, luvas e óculos de proteção.

(3) Lavar frequentemente as mãos, principalmente antes e depois de tratar o paciente.

(4) Após cada atendimento, realizar a desinfecção de todos os ambientes de trabalho.

(5) Cuidados com o manuseio de modelos e moldes para efetiva desinfecção.

(6) Seguir rigorosamente todos os procedimentos do manuseio para limpeza e esterilização dos instrumentais para evitar que o vírus seja propagado.

O Ministério da Saúde também orientou a “a suspensão dos atendimentos odontológicos eletivos, mantendo-se o atendimento das urgências odontológicas”.

(1) O atendimento à urgência odontológica deverá ocorrer individualmente, com o intuito de vedar a transmissão por meio de equipamentos que produzam aerossóis.

(2) Aumentar os intervalos entre as consultas, com vistas a proporcionar maior tempo para realizar adequada descontaminação dos ambientes.

(3) Postergar as atividades coletivas – p.e. escovação dental supervisionada,

(4) O correto uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) deve ser obrigatório – vide protocolo do CROSP acima.

Área 5 – Comunidades terapêuticas conveniadas com o Programa Recomeço

Os encaminhamentos para comunidades terapêuticas estão suspensos por orientação da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS) e da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (FEBRACT) (30).

Área 6 – Enfermarias para desintoxicação em hospitais-gerais ou hospitais psiquiátricos

O Programa Recomeço possui leitos para desintoxicação (internação breve), tanto pela administração direta, quanto por meio de convênios públicos. O CRATOD têm leitos referenciados em nove hospitais. Desde o início das ações da Secretaria da Saúde, as internações têm sido deixadas para os caso com risco psiquiátrico emergencial. Além disso, os hospitais têm se preocupado em ceder vagas “em bloco” para que os pacientes possam chegar e passar os primeiros 14 dias em setores de quarentena, para em seguida serem transferidos para as alas principais dessas instituições. Maiores detalhes com cada serviço.

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Área 7 – Farmácia

Setor responsável pela aquisição, armazenamento e fornecimento de medicamentos para os pacientes da unidade de observação e repouso e do CAPS-AD III CRATOD. A mesma realiza o aviamento de receitas dos médicos do CRATOD, oferecendo a quantidade prescrita de modo total ou fracionado. O setor está localizado no subsolo do CRATOD, em um local com ventilação precária.

Para os pacientes do CAPS AD receberão prescrições de medicamentos para um período mais extenso (60 dias), com o intuito de reduzir aglomerações e filas no balcão da farmácia.

No entanto, caso haja necessidade, as receitas poderão continuar a ser fracionadas; os médicos entrarão em contato com a farmácia semanalmente para monitorar as retiradas de medicação.

A fim de evitar aglomeração de pacientes na fila para a retirada de medicamentos, linhas de sinalização foram pintadas no chão, a partir do balcão da farmácia, com intervalos de 1 metro entre elas e os dizeres: “permaneça na sua demarcação”.

No que se refere ao fornecimento de medicamentos para a unidade de observação e repouso, houve a necessidade de ampliação das quantidades de medicamentos de urgência e emergência, assim como a disponibilização do medicamento Tamiflu® (oseltamivir). O medicamento reduz a multiplicação dos vírus da gripe, influenza A e B, inibe a liberação de vírus de células já infectadas e a entrada do vírus em células ainda não infectadas. Com isso, há redução da duração dos sinais e sintomas da gripe, da gravidade da doença e da incidência de complicações associadas (2,6,19). Além disso, já foi descrita a coinfecção de SARS-Cov-2 (Covid-19) e outros vírus respiratórios tais como o influenza vírus, o que poderia potencialmente agravar o quadro clínico do paciente. Assim sendo, é prudente tratar a síndrome gripal com oseltamivir quando não há a possibilidade de isolamento do agente causal através de exames laboratoriais (31,32).

Área 8 – Refeitório

Localizado no subsolo. Lotação aproximada de 50 pessoas. Ventilação natural inexistente. Local para os lanches matinais e vespertinos, bem como o almoço dos pacientes CAPS-AD, o almoço e o jantar dos funcionários do CRATOD, de acordo com sua carga horária.

O refeitório passou a receber 10 pacientes / funcionários do CRATOD por vez.

Os horários para a oferta das refeições relacionadas acima foram estendidos.

Os funcionários da empresa de nutrição passaram a utilizar máscaras cirúrgicas.

Área 9 – Medicina do trabalho

Realizou a campanha de vacinação contra a gripe (influenza) para todos os funcionários públicos e da SPDM, dias 24 e 25 de março do ano corrente.

Caberá ao setor realizar a avaliação dos profissionais sintomáticos, bem como fazer as orientações e os encaminhamentos necessários no sentido de salvaguardar a saúde desses, dos seus familiares.

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Plano de contingência Covid-19 | CRATODÁrea 10 – Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME)

Todos os prontuários utilizados pelas equipes de saúde de CRATOD – no setor de triagem ou na área de casos suspeitos ou diagnosticados de Covid-19 – deverão permanecer em “quarentena” no local onde foram manipulados, dentro de uma caixa separada, por 72 horas após a alta do paciente, antes de serem recolhidos e arquivados.

Área 11 – Serviço de Remoção

O CRATOD tem uma frota com seis ambulâncias e três vans para a remoção de pacientes da unidade de observação e repouso para as unidades de desintoxicação hospitalares e comunidades terapêuticas conveniadas com o Programa Recomeço.

Momentaneamente, não serão realizadas transferências para comunidades terapêuticas. Quando transferências para prontos-socorros e hospitais forem necessárias:

(1) Utilizar ao máximo a ventilação natural do veículo.

(2) Notificar o serviço de referência acerca do diagnóstico de suspeição (Covid-19)

(3) Desinfecção do veículo após a remoção com álcool a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante indicado para este fim e seguindo procedimento operacional padrão (“limpeza terminal”).

(4) Os equipamentos de proteção individual (EPI) para cada profissional podem ser encontrados no Anexo 9.

Área 12 – Limpeza & desinfecção (35)

A ANVISA recomenda que os serviços efetuem três tipos de limpeza: (1) a “concorrente” –realizada diariamente – (2) a “imediata” – realizada em qualquer momento, na vigência de sujidades ou contaminação do ambiente com matéria orgânica, mesmo após ter sido realizada a limpeza concorrente – e (3) a “terminal” – realizada após a alta, óbito ou transferência do paciente (34), assim como um método para realizar a higienização periódica de grandes áreas de um serviço, ou da unidade como um todo.

(1) A limpeza concorrente – inicialmente diária – foi intensificada, tendo como meta desejável a limpeza de banheiros, corrimãos, maçanetas, o elevador e as cadeiras do subsolo (refeitório) e do 1.º Andar (CAPS AD III) – além do setor de triagem como um todo – três vezes ao dia.

(2) A limpeza terminal é realizada semanalmente nos ambientes potencialmente infectados, diariamente nos banheiros, sempre que pacientes receberem alta do isolamento respiratório e quando as ambulâncias utilizadas para o transporte de pacientes com síndrome gripal retornam ao CRATOD.

(3) A limpeza imediata é acionada sempre que pacientes com síndrome gripal são diagnosticados na triagem, efetuando-se a limpeza de superfícies e objetos conforme o protocolo da ANVISA (34).

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Plano de contingência Covid-19 | CRATOD

Quando ao descarte do equipamento de proteção individual (EPI) – máscaras, gorros, luvas e aventais descartáveis – utilizado pela equipe da unidade da saúde em áreas com casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). De acordo com a Nota Técnica da ANVISA, de 31 de março de 2020 (34):

(1) Os resíduos devem ser acondicionados, em sacos vermelhos, substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 48 horas, qualquer que seja o volume e identificados pelo símbolo de substância infectante.

(2) Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados.

A fim de adequar o contrato de limpeza do CRATOD às novas necessidades de limpeza concorrente e terminal como ferramenta de prevenção à Covid-19, foi firmado um acordo com a empresa de limpeza, que intensificou a desinfecção nas áreas potencialmente expostas à Covid-19 e diminuiu pela metade a quantidade limpezas concorrentes e terminais nas área administrativa.

Parte 3 | Orientações aos profissionais da saúde e prestadores de serviço que atuam no

CRATOD relacionadas ao Covid-19

Medidas preventivas

(1) Adote as medidas individuais de proteção nos ambientes institucionais – Anexos 9 – 13.

(2) Trabalhadores e estudantes com idade acima de 60 anos e as gestantes deverão exercer suas atividades de trabalho no domicílio.

(3) Portadores de doenças crônicas abaixo dessa idade, caso sintam-se vulneráveis, deverão solicitar o trabalho domiciliar diretamente no setor de RH / Medicina do Trabalho de sua instituição (Estado, OS e prestadoras de serviço).

Manejo dos sintomas gripais – coriza, febre, tosse e/ou desconforto respiratório

(1) Não vá ao CRATOD por, pelo menos, 14 dias, independentemente do tipo de vínculo que você tenha, e avise a sua chefia imediata.

(2) Avise o Departamento de RH do CRATOD pelos telefones (11) 3329.4457 (horário comercial), ou pelo e-mail [email protected]. Se você é um trabalhador terceirizado, consulte os procedimentos determinados pela sua empresa.

(3) Em casos de sintomas respiratórios mais graves, procure uma unidade de saúde ou um pronto-socorro próxima a sua residência.

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Resumo

O CRATOD adotou inicialmente medidas de contenção para tentar reduzir o

impacto da Covid-19 sobre o seu ambiente terapêutico, quais sejam:

(1) Melhorou a circulação de pessoas dentro do serviço, evitando aglomerações em todos os ambientes: dentro do refeitório e na recepção, preferiu o

atendimento individual ao invés do grupal, diminuiu o número de pacientes dentro da sala de espera.

(2) Introduziu um protocolo de triagem específicos para o Covid-19 para

bloquear a entrada de pacientes com suspeita dessa doença e com baixo risco psiquiátrico, com o intuito tanto de evitar que o serviço se tornasse um foco de disseminação do Coronavírus, quanto para disponibilizar ao máximo

seus recursos terapêuticos para os casos suspeitos de Covid-19, com risco psiquiátrico de maior gravidade.

(3) Definiu a maneira como os seus setores de pronto-atendimento (triagem e

unidade de observação e repouso) e ambulatorial (CAPS-AD III) se comportariam no sentido de diagnosticar e encaminhar com agilidade casos suspeitos de Covid-19 que procuram ou frequentam o serviço.

(4) Colocou em trabalho domiciliar as gestantes e profissionais com mais de 60 anos – tanto os funcionários públicos, quanto prestadores de serviço.

O CRATOD também tomou medidas para mitigar a incidência de Covid-19 e reduzir sua disseminação entre outros pacientes e profissionais da saúde. Tais

medidas se aplicam tanto aos pacientes com risco psiquiátrico grave que procuram o pronto-atendimento, quanto aqueles que frequentam o CAPS-AD III CRATOD regularmente.

A condução, avaliação e adequações necessárias estão sendo realizadas de forma permanente – seja por intermédio de reuniões regulares, seja pela utilização de ferramentas de comunicação em tempo real – pelo Comitê

Multidisciplinar CRATOD COVID (CMCC).

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Referências(1) FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz. Plano de contingência da FIOCRUZ diante da pandemia da doença pelo SARS-

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(2) MS – Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo Clínico para o Novo Coronavírus (2019-nCoV). Brasília: Ministério da Saúde; 2020.

(3) CDC | SES – Coordenadoria de Controle de Doenças | Secretaria do Estado da Saúde. Plano de Contingência do Estado de São Paulo para Infecção Humana pelo novo Coronavírus - 2019-nCoV. São Paulo: Governo do Estado de São Paulo; 2020.

(4) WHO – World Health Organization. Coronavirus disease 2019 (COVID-19) Situation Report – 86. Geneve: 16 ABR 2020. Disponível em URL: https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200415-sitrep-86-covid-19.pdf?sfvrsn=c615ea20_6. Citado 16 ABR 2020.

(5) ECDC – European Centre for Disease Prevention and Control. Rapid risk assessment: Coronavirus disease 2019 (COVID-19) pandemic: increased transmission in the EU/EEA and the UK – seventh update. 25 March 2020. Stockholm: ECDC; 2020.

(6) MS – Ministério da Saúde. Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus COVID-19 Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública | COE-COVID-19. Brasília: MS; 2020.

(7) Liu Y, Yan LM, Wan L, Xiang TX, Le A, Liu JM, Peiris M, Poon LLM, Zhang W. Viral dynamics in mild and severe cases ofCOVID-19. Lancet Infect Dis. 2020 Mar 19. doi: 10.1016/S1473-3099(20)30232-2.

(8) Clerkin KJ, Fried JA, Raikhelkar J, Sayer G, Griffin JM, Masoumi A1, Jain SS1, Burkhoff D, Kumaraiah D, RabbaniL, Schwartz A, Uriel N. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) and Cardiovascular Disease. Circulation. 2020 Mar 21. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.120.046941

(9) ECDC – European Centre for Disease Prevention and Control. Outbreak of novel coronavirus disease 2019 (COVID-19): increased transmission globally – fifth update. 02 March 2020. Stockholm: ECDC; 2020.

(10) Guo YR, Cao QD, Hong ZS, Tan YY, Chen SD, Jin HJ, Tan KS, Wang DY, Yan Y. The origin, transmission and clinicaltherapies on coronavirus disease 2019 (COVID-19) outbreak - an update on the status. Mil Med Res. 2020 Mar 13;7(1):1-11,

(11) Yang Y, Li W, Zhang Q, Zhang L, Cheung T, Xiang YT. Mental health services for older adults in China during theCOVID-19 outbreak. Lancet Psychiatry. 2020 Apr;7(4):e19.

(12) ICN – International Council of Nurses. ICN COVID-19 Update: new guidance on mental health and psychosocial supportwill help to alleviate effects of stress on hard-pressed staff [Press Information]. Geneva, Switzerland, 27 February2020.

(13) Volkow N. COVID-19: Potential Implications for Individuals with Substance Use Disorders [online]. National Instute onDrug Abuse (NIDA), 24 MAR 2020. Disponível em URL: drugabuse.gov/about-nida/noras-blog/2020/03/covid-19-potential-implications-individuals-substance-use-disorders. Citado 02 ABR 2020.

(14) EMCDDA – European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction. The implications of COVID-19 for people whouse drugs (PWUD) and drug service providers. Lisbon, 25 MAR 2020.

(15) Ribeiro M, Laranjeira R. O tratamento do usuário de crack. Porto Alegre: Artmed; 2012.

(16) Ribeiro M, Alonso ALS, Carvalho RCM, Zoldan LGV, Marques S. História do CRATOD e suas intersecções com as políticas de saúde. In: Zoldan LGV, Ribeiro M. CRATOD 15 anos: uma proposta de cuidado ao dependente químico. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; 2017. pp. 27-31.

(17) Vieira MO, Silva SAS, Santos FAM. A Gestão de Finanças, Patrimônio e RH no CRATOD. In: Zoldan LGV, Ribeiro M. CRATOD 15 anos: uma proposta de cuidado ao dependente químico. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; 2017. pp. 345-52.

(18) SAMHSA – Substance Abuse and Mental Health Services Administration. Considerations for the Care and Treatment ofMental and Substance Use Disorders in the COVID-19 Epidemic. Rockville (MD), 20 MAR 2020.

(19) MS – Ministério da Saúde. Protocolo de manejo clínico para o novo Coronavírus (2019-nCoV) na atenção primária à saúde – versão 6. Brasília: Ministério da Saúde; 2020.

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(20) MS – Ministério da Saúde. Fluxogramas Covid-19 – fluxo rápido para atendimento de pacientes com sintomas respiratórios nas urgências. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. Disponível em URL: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/20/2-Etapa-Fluxogramas-COVID-19-SAES-Z.pdf . Citado 03 ABR 2020.

(21) MS-SAPS. Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Nota Técnica Nº12/2020-CGMAD/ DAPES/ SAPS/ MS ASSUNTO: Recomendações à rede de atenção psicossocial sobre estratégias de organização no contexto da infecção da Covid-19 causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Brasília, 16 MAR 2020. Disponível em URL: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/notatecnica122020CGMADDAPESSAPSMS02abr2020COVID-19.pdf . Citado 05 ABR 2020.

(22) SAMHSA – Substance Abuse and Mental Health Services Administration. Covid19: Interim Considerations for StatePsychiatric Hospitals. Rockville (MD), 18 MAR 2020.

(23) APA – American Psychiatric Association. Practice Guidance for COVID-19 [online]. 31 MAR 2020. Disponível em URL: https://www.psychiatry.org/psychiatrists/covid-19-coronavirus/practice-guidance-for-covid-19. Citado 01 ABR 2020.

(24) Fredi AL, Pereira WF, Ribeiro A, Moraes ACS, Speierl H, Lima SA. Fluxo de triagem da demanda espontânea no CRATOD. In: Zoldan LGV, Ribeiro M. CRATOD 15 anos: uma proposta de cuidado ao dependente químico. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; 2017. pp. 230-5.

(25) MS – Ministério da Saúde. Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência. Brasília: MS; 2009.

(26) Yao H, Chen JH, Xu YF. Patients with mental health disorders in the COVID-19 epidemic. Lancet Psychiatry. 2020; 7(4):e21.

(27) MS | SVS – Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional pela Doença pelo Coronavírus 2019 – vigilância Integrada de SRA, doença pelo Coronavírus 2019, influenza e outros vírus respiratórios 03/04/2020. Brasília: MS; 2020.

(28) MS – Ministério da Saúde. Procedimento operacional padronizado equipamento de proteção individual e segurança no trabalho para profissionais de saúde da APS no atendimento às pessoas com suspeita ou infecção pelo novo Coronavírus (Covid-19) – Versão 2. Brasília: Ministério da Saúde; 2020.

(29) Valente J. Sistema de saúde pode entrar em colapso em abril, diz ministro. Agência Brasil. Brasília, 20 MAR 2020. Disponível URL: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/sistema-de-saude-pode-entrar-em-colapso-em-abril-diz-ministro-da-saúde. Citado 12 ABR 2020.

(30) FEBRACT – Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas. Cuidados básicos com relação à pandemia de Coronavírus (Covid-19) – cartilha de orientação para comunidades terapêuticas. Campinas: FEBRACT; 2020.

(31) Wu X, Cai Y, Huang X, Yu X, Zhao L, Wang F, et al. Co-infection with SARS-CoV-2 and influenza A virus in patient withpneumonia, China. Emerg Infect Dis. 2020 11;26(6). doi: 10.3201/eid2606.200299.

(32) Conger K. Covid-19 patients often infected with other respiratory viroses – preliminary study reports. Stanford Medicine News Center, 29 MAR 2020. Available URL: http://med.stanford.edu/news/all-news/2020/03/covid-19-can-coexist-with-other-respiratory-viruses.html. Citado 06 ABR 2020.

(33) CROSP – Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. CROSP orienta profissionais a seguirem orientações do Ministério da Saúde [online]. São Paulo, 16 de março de 2020. Disponível em URL: http://www.crosp.org.br/noticia/ver/4006-1603-crosp-orienta-profissionais-a-seguirem-orientaes-do-ministrio-da-sade.html . Citado 03 ABR 2020.

(34) ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020 –Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo Novo Coronavírus (SARS-CoV-2) Brasília, 31/03/2020.

(35) ECDC – European Centre for Disease Prevention and Control. Disinfection of environments in healthcare andnonhealthcare settings potentially contaminated with SARS-CoV-2. Stockholm: ECDC; 2020.

(36) Zoldan LGV, Ribeiro M. CRATOD 15 anos: uma proposta de cuidado ao dependente químico. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; 2017.

(37) MS – Ministério da Saúde. Máscaras caseiras podem ajudar na prevenção contra o Coronavírus [online]. Brasília 02 ABR 2020. Disponível URL: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645-mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o-coronavirus . Citado 06 ABR 2020.

(38) WHO – World Health Organization. Infection prevention and control during health care when COVID-19 is suspected. Geneve, 19 MAR 2020

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AnexosANEXO 1: Principais sinais e sintomas do novo Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19)

ANEXO 2: Covid-19: Modos prováveis de evolução da doença (prognóstico)

ANEXO 3: Fluxo de atendimento atual da Unidade Recomeço Helvetia (URH) e do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD).

ANEXO 4: Fluxo de atendimento e encaminhamento dos que procuram o CRATOD para tratamento dos transtornos relacionados ao uso de SPA, frente a possibilidade de infecção pelo SARS-CoV-2 (Covid-19).

ANEXO 5: Fluxo de atendimento e encaminhamento dos casos que procuram atendimento no CRATOD considerando essencialmente as condutas para o manejo dos sintomas respiratórios.

ANEXO 6: Determinantes gerais de risco psiquiátrico do pronto-atendimento do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (CRATOD).

ANEXO 7: Fluxograma de Avaliação Mínima de Cuidados do CAPS-AD III CRATOD em função das adequações logísticas e estruturais decorrentes da instituição de medidas preventivas e protetivas contra a Covid-19.

ANEXO 8: Isolamento domiciliar: instruções para pacientes e familiares (FIOCRUZ).

ANEXO 9: Adoção de medidas individuais de prevenção e proteção nos ambientes institucionais (FIOCRUZ).

ANEXO 10: Os 5 momentos de lavar as mãos (Ministério da Saúde)

ANEXO 11: Orientações de segurança e o uso de EPI (Ministério da Saúde)

ANEXO 12: Orientações e recomendações de reorganização de fluxos assistenciais e de processo de trabalho, e medidas de proteção para os profissionais da APS e pacientes (Ministério da Saúde)

ANEXO 13: Recomendação de medidas a serem implementadas para prevenção e controle da disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) durante o atendimento móvel de urgência. (ANVISA)

ANEXO 14: Precauções de segurança – contato e gotículas – em ambientes potencialmente infectados pelo Covid-19 (OMS)

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Febre 88%

Fadiga 38% Congestão nasal 5%

Dor de cabeça 14%

Dor de garganta 14%

Tosse seca 68%

33% Tosse produtiva

Dispneia 19%

“falta de ar”, “sufocamento”

Náusea|vômito 5%

Diarreia 4-14%

33% Mialgias“dores musculares”

PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DO NOVO CORONAVÍRUS

Comitê Multidisciplinar CRATOD Covid | CMCCCONCEPÇÃO DA IMAGEM E DADOS EPIDEMIOLÓGICOS | Clerkin KJ, Fried JA, Raikhelkar J, Sayer G, Griffin JM, Masoumi A1, JainSS1, Burkhoff D, Kumaraiah D, Rabbani L, Schwartz A, Uriel N. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) and Cardiovascular Disease. Circulation. 2020 Mar 21. doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.120.046941 (8).

ANEXO 1 | CRATOD

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Covid-19: Modos prováveis de evolução da doença (prognóstico) (7)

ANEXO 2 | CRATOD

Com

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iscip

linar

CRA

TOD

Covi

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CMCC

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ANEXO 3 | CRATOD

Fluxo de atendimento atual da Unidade Recomeço Helvetia (URH) e do CRATOD. Assistencialmente, o CRATOD possui (1) um serviço

de pronto-atendimento ininterrupto (24 horas), composto uma triagem para avaliação de risco psiquiátrico e uma unidade de observação e repouso (35 leitos gerais e 2 leitos de isolamento respiratório) e (2) um CAPS AD III Regional. Já a URH conta com uma enfermaria de desintoxicação e tratamento de comorbidades psiquiátricas, com leitos de curta permanência (n=21) que recebe pacientes atendidos e triados pela unidade de observação de CRATOD, após o manejo e a resolução da situação inicial de crise (35).

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Unidade de observação e repouso

ANEXO 4 | CRATOD

Fluxo de atendimento e encaminhamento dos casos que procuram o CRATOD para tratamento dos transtornos relacionados ao uso de SPA e suas complicações, considerando a possibilidade de infecção pelo SARS-CoV-2

(Covid-19). O CRATOD se enquadra na rede de atendimento como um serviço psiquiátrico de urgência não-hospitalar (pronto-atendimento 24 horas) (20). Nesse sentido, (1) oferece triagem e acolhimento diferenciado para usuários de SPA com suspeita de Covid-19 (técnico de enfermagem), (2) sala de espera ampla e fornecimento de máscaras para os pacientes com suspeita de Covid-19, (3) avaliação de risco psiquiátrico (enfermeiro), (4) avaliação psiquiátrica e clínica-geral e (5) uma unidade de observação e repouso, com possibilidade de isolamento em setor exclusivo para a observação

de casos “leves / moderados” e protocolos de remoção para hospitais de referência para os casos “graves” ou que evoluírem para essa condição.

Paciente com queixas / sintomas de síndrome gripal – febre > 37,8ºC aferida ou referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta

Paciente tem algum desses sinais de gravidade?

Dispneia (“falta de ar”, respiração rápida e curta, com batimento de asa do nariz)

Desconforto respiratórioSaturação de O2 < 95%

Piora nas condições clínicas de doença pré-existente

não sim

Risco psiquiátrico

emergência

Rede de urgência do território do

paciente | PS ou CAPS-AD III

urgência

Setor não-infectado | “livre” de suspeitos de Covid-

19

Rede CAPS-AD

do território

Não-urgência

Nível de gravidade da síndrome gripal?

Leve / moderado grave

Risco psiquiátrico

Unidade de observação e repouso

Setor de isolamento | suspeitos de Covid-

19

emergência

Encaminhamento para UBS Bom Retiro, AMA Prates ou PS

Barra Funda, de acordo com a gravidade do

quadro psiquiátrico associado

Urgência | não-urgência

Encaminhamento imediato para o

PS, a fim de garantir suporte respiratório e

cuidados intensivos

indisponíveis no CRATOD

IOT no CRATOD

não sim

PS Barra Funda

PS Santa Casa

Casos urgentes poderão ser admitidos na

observação, caso o psiquiatra considere o

quadro de difícil manejo para ser

enviado para outro serviço.

Casos urgentes poderão ser admitidos na

observação, a critério do

psiquiatra e do clínico-geral

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____________________________________________________________________________________________

✪ Na vigência de casos de suspeita de Covid-19 “graves”, o técnico de enfermagem responsável pela triagem poderá chamar imediatamente o enfermeiro da avaliação de risco psiquiátrico ou mesmo o clínico-geral de plantão. Qualquer um dos profissionais acionais deverá entrar na sala de triagem devidamente paramentado para avaliar o paciente, de acordo com o protocolo de segurança para o Covid-19, do Ministério da Saúde (25).

ANEXO 5 | CRATOD

Fluxo de atendimento e encaminhamento dos casos que procuram atendimento no CRATOD considerando essencialmente as condutas para o manejo dos sintomas respiratórios. De acordo com o Ministério da Saúde, o CRATOD

se enquadra na rede de atendimento como “SITUAÇÃO A” – um serviço psiquiátrico de urgência não-hospitalar (20) cujo objetivo primordial em relação ao Covid-19 é oferecer – dentro de um ambiente protegido e seguro – um fluxo rápido e exclusivo para diagnóstico precoce de suspeição acerca da presença do vírus e encaminhamento dos casos mais graves

para a rede de hospitalar referenciada, com possibilidade de estabilização do quadro respiratório no local.

SITUAÇÃO A

Fluxo rápido para pacientes com sintomas respiratórios dentro de UNIDADES DE PRONTO-ATENDIMENTO NÃO HOSPITALAR

Assintomáticos com risco psiquiátrico de “emergência” –

casos de “urgência” serão avaliados individualmente, com tendência de encaminhamento

para outros serviços da RAPS-SUS

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Fluxo regular do CRATOD

Unidade de Observação | setor de manejo de casos

agudos, em pacientes assintomáticos

Pacientes com suspeita de Covid-19 – tanto os casos

considerados “leves”, “moderados” e “graves”, de acordo com o protocolo de risco do Ministério da Saúde (19)

Fluxo rápido do CRATOD

1. Fornecer máscara cirúrgica

2. Encaminhar para o fluxo diferenciado para pacientes com suspeita de Covid-19

Aguarda pela Avaliação de Risco Psiquiátrico (enfermeiro) na sala de espera, > 1m dos

demais pacientes, sob supervisão

Áreas exclusivas do CRATOD (unidade de urgência não hospitalar) para o manejo dos casos suspeitos de Covid-19

Covid-19 “leve” ou “moderado” +

Risco psiquiátrico “não-urgente” ou “urgente”

Avaliação psiquiátrica(sala de triagem Covid-19)

UBS | CAPS-AD (território)

Residência(isolamento social)

Covid-19“grave”

Risco psiquiátrico “não-urgente” ou “urgente”

PS Barra Funda, por meios próprios

ou com ambulância do

CRATOD

Avaliação clínica-geral

(sala de triagem Covid-19)

Unidade de Observação | setor de isolamento para pacientes com

suspeita de Covid-19 Setor de triagem e pronto-atendimento CRATOD

Risco psiquiátrico

“emergência”+

Avaliação clínica-geral

(sala de triagem Covid-19)

SAT 02 > 95%, sem indicação

para IOT

PS Barra Funda, com ambulância

do CRATOD

SAT 02 < 95%, com/sem indicação

para IOT

Estabilização clínica, considerando protocolos específicos

SEM IOT COM IOT

PS Barra Funda |

ambulância do CRATOD

PS Santa Casa | ambulância do CRATOD

Local e equipe diferenciados para a triagem de casos suspeitos de Covid-19, situado na entrada do serviço, junto à recepção (SAME)

+

Sala triagem para Covid-19

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ANEXO 6 | CRATOD

Determinantes gerais de risco psiquiátrico que classificam as prioridades de atendimento no pronto-atendimento do CRATOD: emergências psiquiátricas e clínicas são ilustradas com etiqueta vermelha, urgências são ilustradas com etiqueta amarela, não-urgências, com a etiqueta verde. Elaborado pela equipe do CRATOD, de acordo com os preceitos do manual “Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência” (Brasília: Ministério da Saúde; 2009) (24).

______________________________________

FONTE: Fredi AL, Pereira WF, Ribeiro A, Moraes ACS, Speierl H, Lima SA. Fluxo de triagem da demanda espontânea no CRATOD. In: Zoldan LGV,

Ribeiro M. CRATOD 15 anos: uma proposta de cuidado ao dependente químico. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; 2017 (25).

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Paciente do CAPS-AD III CRATOD chega à RECEPÇÃO

NÃOSIM

Síndrome gripal“grave”

SIM NÃOTem consulta agendada ?

NÃO(1)

SIM(2) Chamar o CLÍNICO de plantão

Tem consulta agendada ?SIM

NÃO(1) Avisar psiquiatra do CAPS; (2) providenciar medicação para14 dias (Farmácia); (3) orientações &

manejo em AD (**) para 14 dias (3) orientações – casa, UBS, AMA Urgência ou

Emergência Psiquiátrica?

NÃO

(1) Discutir com psiquiatra do CAPS,

sobre a síndrome gripal (2) Orientação – casa, UBS, AMA; (2)

sinalizar equipe de referência; (3)

orientações & manejo em AD(**) para 14

dias

SIM

(1) Fluxo “Consultório 2” (***); (2) Avaliação Enfermeiro e psiquiatria do CAPS; (3) Se

necessário → Anexo 4 | Unidade de observação

apresenta queixa ou

quadro agudo ?

SIM

Discutir com Psiquiatra do CAPS e PR(*)

NÃO

Ligar para o do CAPS para verificar a disponibilidade do profissional –

para evitar aglomerações | Orientar paciente a procurar o profissional que

irá atendê-lo no setor do CAPS, conforme o agendamento | Enfermeiro,

médico e/ou equipe técnica

✪ Acolhimento pelos técnicos do CAPS-AD (n=4) de plantão no setor

de TRIAGEM

Alterações nos sinais vitais

E/OU sintomas respiratórios?

Passa por TRIAGEM para Covid

____

____

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unid

ade

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bser

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o e

repo

uso

do C

RATO

D.

Acolhimento pelos técnicos do CAPS-AD (n=4) de plantão no setor de TRIAGEM

_____________Fluxograma de Avaliação Mínima de Cuidados do CAPS-AD III CRATOD em função das adequaçõeslogísticas e estruturais decorrentes da instituição de medidas preventivas e protetivas contra a Covid-19.

Atendimento, acolhimento e conduta pela própria equipe do

CAPS-AD na triagem: (1) isolamento domiciliar e

orientações sobre sinais de alerta; (2) orientações,

medicamentos e manejo em AD(**) para 14 dias

ANEXO 7 | CRATOD

(1) Em geral, esses pacientes transitam entre dois perfis: (A) aqueles com menor adesão e regularidade às atividades do serviço, procurando-o nas situações de crise e (B) aqueles que o utilizam com mais regularidade, porém mais em função de sua estrutura assistencial e de seu ambiente protegido do que em função de seus recursos terapêuticos diretos (p.e. consultas e PR). | (2) O paciente tem atendimentos individuais de rotina agendados de acordo e para a manutenção do seu PTS. Antes da subida do paciente, a equipe da triagem ligará para o setor do CAPS-AD para saber se o profissional está disponível, com a finalidade de evitar aglomerações no ambiente de consulta.

Urgência ou Emergência Psiquiátrica?

_________✪

Equipe de acolhimento do CAPS-AD CRATO

D | composta por 4

técnicos do CAPS, 2 no setor de triagem e 2, na retaguarda. | Ela se

conecta às equipes multidisciplinares e regulares de cuidado (n=

4), sendo responsável pelas intercorrências e dem

andas não-urgentes esem

agendamento prévio. | Em

tempos de Covid-19,

foi adaptada para auxiliar tanto o encaminham

ento daqueles com

sintomas gripais, quanto para garantir o

PTS e o manejo das situações de crise.

Anexo 5

42

(1) CORIZA, (2) FEBRE, (3) TOSSE & (4) DISPINEIA |LEVE = 1&2, MODERADA = 1-3, GRAVE = 1-4

SÍNDROME GRIPAL

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Isolamento domiciliar: instruções para pacientes com Covid-19 e familiaresO que é isolamento domiciliar?

É uma forma de permanecer em casa tomando alguns cuidados que diminuem o risco de transmitir infecções respiratórias, como a provocada pelo Coronavírus (Covid-19). Estes cuidados especiais impedem o contato das secreções respiratórias (gotículas expelidas ao espirrar ou tossir) de uma pessoa que pode estar com o Coronavírus (Covid-19) entrem em contato com outras pessoas.

Quem deve ficar em isolamento domiciliar?

Casos suspeitos devem permanecer em isolamento domiciliar (1) até resultado negativo dos exames –considerar resultado “negativo” do swab de naso/orofaringe como final e definitivo, caso esse tenha

sido realizado a partir do terceiro dia do início dos sintomas gripais; coletas com resultado “negativo” anteriores a esse prazo devem ser repetidas em 3 dias) ou (2) por 14 dias.

Onde deve ficar a pessoa que precisa de isolamento domiciliar?

O ideal é que a pessoa fique sozinha em um quarto, ou em um cômodo da casa adaptado como

quarto, se possível com um banheiro privativo. As portas do quarto devem ficar fechadas o tempo todo, mas as janelas devem ficar abertas para que o ambiente fique bem ventilado. O paciente só deve sair deste quarto em caso de necessidade (por exemplo, para ir ao banheiro se este for separado, ou para ir ao médico quando preciso). As refeições também devem ser servidas dentro

deste quarto.

E quem cuida do doente?

Qualquer familiar ou amigo pode cuidar do paciente, mas é preciso evitar que sejam gestantes,

idosos ou pessoas com outros problemas de saúde, como outras doenças respiratórias (bronquite, asma, enfisema, etc). Os cuidadores devem evitar contato com as secreções respiratórias do doente, seguindo as instruções para uso correto de máscaras cirúrgicas, limpeza da casa e dos utensílios usados, além da lavagem das roupas e das mãos.

E as visitas?

As visitas devem ser proibidas. Só as pessoas que precisam cuidar do paciente (dar comida, remédios e etc.) podem entrar no quarto.

ANEXO 8 | CRATOD

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O que é preciso ter em casa?

Os cuidados de isolamento domiciliar não exigem nenhum equipamento especial. Além dos produtos

de limpeza comuns é necessário ter máscaras cirúrgicas e álcool gel que podem ser adquiridos em farmácias.

Quem deve usar máscara? Em que momentos?

Os cuidadores do doente devem colocar a máscara antes de entrar no quarto do doente e ficar com

ela, tampando boca e nariz, durante todo o tempo em que ficarem lá. O doente não precisa ficar de máscara dentro do quarto, mas deve colocar a máscara, tampando boca e nariz sempre que for sair, por qualquer motivo, e permanecer com ela durante todo o tempo em que ficar fora do quarto. Mesmo dentro do quarto, o doente deve cobrir o nariz e a boca com lenços de papel ao tossir ou

espirrar.

Máscara precisa ser jogada fora a cada vez que for usada?

Sim. As máscaras usadas pelo doente e pelo cuidador devem ser descartadas no lixo após cada uso.

A máscara cirúrgica pode ser utilizada por 2 horas ou até estar úmida ou com sujidade visível. Segundo a determinação do Ministério da Saúde de 02/04/20 podem ser utilizadas máscaras de pano para prevenção da transmissão de Coronavírus (36).

Os cuidadores devem tomar algum cuidado especial?

É importante lavar as mãos com água e sabão após cada contato com o doente ou com as roupas, toalhas e lençóis que ele tenha usado (após a lavagem das roupas e a troca de roupas, por exemplo), após a lavagem de pratos, copos e talheres do doente, após a limpeza do quarto, do

banheiro e dos objetos, e após cada vez que a máscara for retirada. Pode ser usado álcool gel 70% substituindo a lavagem se as mãos não estiverem sujas.

Como limpar o quarto e o banheiro?

O quarto e o banheiro devem ser limpos normalmente todos os dias. As superfícies do banheiro e do

quarto devem ser desinfetadas com álcool 70%. O piso do banheiro e o vaso sanitário devem ser desinfetados com hipoclorito (água sanitária), após a limpeza. A tampa do vaso sanitário deve ser mantida fechada durante o acionamento da descarga. Os panos de limpeza devem ser lavados

após cada uso e desinfetados com hipoclorito (água sanitária). Antes de usar o álcool ou o hipoclorito certifique-se que essas substâncias não danificarão os objetos. O lixo do quarto e do banheiro do doente deve ser descartado em sacos fechados, normalmente, junto com o lixo da casa.

Como lavar roupas, toalhas e lençóis usados pelo doente?

Não é necessário lavar as roupas do paciente em separado, mas outras pessoas só podem usar qualquer peça que teve contato com o doente depois da lavagem. Na hora de recolher e de lavar as roupas elas não devem ser sacudidas. A roupa do paciente, assim como sua roupa de cama/banho, devem ser mantidas em saco plástico fechado até o momento da lavagem.

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Que fazer com pratos, copos, talheres e outros objetos usados pelo doente?

A louça utilizada pelo paciente não precisa ser lavada em separado, mas assim como as roupas os

copos, pratos e talheres só podem ser usados por outras pessoas depois de lavados. Qualquer outro objeto que o doente usar, como por exemplo aparelho de telefone, livros, computador, jornais e revistas, deve ser limpo e desinfetado com álcool a 70% antes de ser usado por outra pessoa. Antes de usar o álcool certifique-se que essa substância não danificará os objetos.

Quais cuidados o doente precisa receber?

O doente deve ficar em repouso, tomar bastante líquido e receber alimentação leve e balanceada. Podem ser usados analgésicos a anti-térmicos comuns para os sintomas.

Quando levar o doente para o hospital?

O doente deve ser levado para atendimento médico se apresentar piora. Em caso de dor no peito, falta de ar, extremidades azuladas (unhas e pontas dos dedos), desidratação, vômitos incontroláveis, diminuição da quantidade de urina, vertigens e confusão mental o paciente deve ser conduzido a um

hospital imediatamente. Febre por mais 72h também é um sinal para procurar serviço de saúde.

O que fazer se alguém da mesma casa tiver algum sintoma de Coronavírus?

Deve procurar atendimento médico em unidade de saúde. Na consulta deve informar que teve contato com caso suspeito e fazer a coleta para exame para diagnóstico.

45

FONTE: FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz. Plano de contingência da FIOCRUZ diante da pandemia da doença pelo SARS-CoV-2 (Covid-19). Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 2020. [Texto extraído na íntegra, com adaptações] (1).

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Adoção de medidas individuais de prevenção e proteção nos ambientes institucionais 1. Trabalhe, sempre que possível, com as janelas abertas.

2. Ao espirrar ou tossir, cubra a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço de papel. Jogue fora o lenço imediatamente e lave as mãos.

3. Lave suas mãos com água e sabão ou higienize com álcool 70%. Esse procedimento deve durar pelo menos 20 segundos e ser realizado frequentemente.

4. Evite contato próximo com pessoas que estejam com sintomas de gripe (febre e tosse).

5. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como copos e talheres.

6. Evite cumprimentar com aperto de mãos ou beijos.

7. Siga sempre também as orientações sobre contenção e prevenção da Covid-19 do Ministério da Saúde.

ANEXO 9 | CRATOD

46

FONTE: FIOCRUZ. Plano de contingência da FIOCRUZ diante da pandemia da doença pelo SARS-CoV-2 (Covid-19). Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 2020 [Texto extraído na íntegra, com adaptações dos autores desse plano] (1).

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Os 5 momentos para lavar e higienizar as mãosToda a hora é um bom momento para lavar as mãos com água e sabonete líquido ou álcool em gel 70%. No entanto há 5 momentos nos quais esse procedimento é mandatório:

1. Antes do contato com o paciente.

2. Antes da realização de procedimento.

3. Após risco de exposição a fluidos biológicos – próprios ou de terceiros |

p.e. após espirrar ou levar a mão inadvertidamente ao nariz, boca e olhos.

4. Após contato com o paciente .

5. Após contato com objetos tocados pelo paciente.

ANEXO 10 | CRATOD

47

FONTE: MS – Ministério da Saúde. Procedimento operacional padronizado equipamento de proteção individual e segurança no trabalho para profissionais de saúde da APS no atendimento às pessoas com suspeita ou infecção pelo

novo Coronavírus (Covid-19) – Versão 2. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. [Texto extraído na íntegra, com adaptações pelos autores desse plano] (25).

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Orientações gerais de segurança e o Uso de EPI (1) Utilizar calçado fechado durante o expediente de

trabalho.

(2) Retirar os adornos (anéis, alianças, pulseiras, relógios, colares, brincos, etc.).

(3) Uso de luvas, óculos ou protetor facial e aventais descartáveis durante atendimento individual do paciente em isolamento

(4) Realizar descarte da máscara cirúrgica sempre que tiver suja ou úmida.

(5) Não reutilizar máscara cirúrgica.

(6) Orientar que a roupa utilizada pelo profissional de saúde seja lavada separadamente das demais roupas da casa.

(7) Realizar o controle ambiental: realizar desinfecção de superfície com álcool líquido 70% nas superfícies em que o usuário teve contato direto ou indiretamente;

(8) Realizar assepsia com álcool 70% nos instrumentais utilizados para o exame físico – estetoscópio, termômetro, entre outros.

ANEXO 11 | CRATOD

FONTE: MS – Ministério da Saúde. Procedimento operacional padronizado equipamento de proteção individual e segurança no trabalho para profissionais de saúde da APS no atendimento às pessoas com suspeita ou infecção pelo

novo Coronavírus (Covid-19) – Versão 2. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. [Texto extraído na íntegra] (25).

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Orientações e recomendações de reorganização de fluxos assistenciais e de processo de trabalho, e medidas de proteção para os profissionais da APS e pacientes I. Garantir disponibilidade, fácil acesso e uso correto de máscaras cirúrgicas para usuários com sintomas respiratórios e de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para profissionais de saúde:

Pacientes

(1) Oferecer máscaras cirúrgicas para todas as pessoas com sintomas respiratórios ao entrarem na no serviço para atendimento.

(2) Orientar uso correto da máscara cirúrgica (cobrir boca e nariz).

(3) Para casos suspeitos ou confirmados de infecção respiratória por COVID-19 em isolamento domiciliar, vide Anexo 5.

Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem

(1) Atender em salas arejadas com janela aberta e porta fechada e com ar-condicionado ou ventilador desligado

(2) Seguir as instruções de biossegurança: limpeza e desinfecção da sala antes e após o atendimento e dos instrumentais utilizados com álcool 70% ou hipoclorito de sódio 5%; uso de máscara, avental, óculos, luvas; a retirada dos EPI deve ser dentro da técnica asséptica desprezar os materiais descartáveis no lixo infectante – TÉCNICA ASSÉPTICA: retirar a máscara puxando pelo elástico ou tiras, cuidando para que não haja o contato com a superfície externa, da mesma forma com as luvas, aventais.

(3) Usar máscara cirúrgica para o atendimento ao usuário com sintoma respiratório. A máscara N95/PFF2 somente está indicada nos procedimentos que podem gerar aerossóis (como coleta de swab nasal, nebulização, broncoscopia, aspiração de paciente intubado, atendimento odontológico, entre outros).

(4) Evitar tocar olhos, nariz e boca.

(5) Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou álcool em gel 70%, seguindo os 5 momentos: (a) antes do contato com o paciente, (b) antes da realização de procedimento; (c) após risco de exposição a fluidos biológicos; (d) após contato com o paciente e (e) após contato com objetos tocados pelo paciente.

(6) Realize limpeza e desinfecção com álcool 70% de equipamentos utilizados para avaliação do paciente (estetoscópio, termômetro, etc.) e superfícies (mesa do consultório, maçaneta, etc.).

(7) Solicitar ao profissional de higienização a troca do lixo contaminado quando atingir dois terços da capacidade de armazenamento do saco de lixo infectante ou ao final do período de trabalho.

ANEXO 12 | CRATOD

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Administrativo / Recepção

(1) Manter distanciamento social de 1 metro dos usuários – ou fazer uso de sistemas de proteção, como instalação de barreiras de vidro e acrílico nos balcões de recepção. Não havendo possibilidade de distanciamento ou de instalação de sistema de barreira, admite-se o uso de máscara cirúrgica por esses profissionais.

(2) Higienizar, frequentemente, as mãos com água e sabonete líquido, seguindo os 5 momentos.

(3) Realizar limpeza frequente do balcão.

Conselheiros em Dependência Química – CDQ / Agentes Comunitários de Saúde – ACS

(1) Utilizar máscara cirúrgica e manter distanciamento social de 1 metro, durante a recepção dos usuários na unidade.

(2) Higienizar frequentemente as mãos com água e sabonete líquido ou álcool em gel 70%, seguindo os 5 momentos.

(3) Ao realizar as visitas domiciliares, recomenda-se que a visita ocorra em região peridomiciliar(ambientes externos a casa).

(4) Suspender as atividades em grupo, a fim de evitar a transmissibilidade local.

Dentistas / Auxiliares de Saúde Bucal / Técnicos de Higiene Bucal

(1) Manter as rotinas de biossegurança padrão com a particularidade de uso das máscaras N95/PFF2, preferencialmente para o atendimento dos pacientes com sintomas respiratórios –vide a Seção “Parte 2 | Das medidas adotadas – Área 7: Odontologia”.

(2) Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou álcool em gel 70%, seguindo os 5 momentos.

Farmacêutico e equipe da farmácia

(1) Manter distanciamento de 1 metro dos usuários que solicitam medicamentos no balcão da farmácia, não havendo possibilidade de distanciamento, admite-se o uso de máscara cirúrgica por esses profissionais.

(2) Higienizar frequentemente as mãos com água e sabonete líquido, seguindo os 5 momentos e realizar a limpeza frequente do balcão.

II. Afixar nos serviços de saúde cartazes com a indicação de uso de máscara por toda pessoa com sintoma respiratório – como tosse, falta de ar ou desconforto respiratório, dor de garganta, com ou sem febre | Vide: https://aps.saude.gov.br/ape/corona.

50

FONTE: MS – Ministério da Saúde. Procedimento operacional padronizado equipamento de proteção individual e segurança no trabalho para profissionais de saúde da APS no atendimento às pessoas com suspeita ou infecção pelo

novo Coronavírus (Covid-19) – Versão 2. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. [Texto extraído na íntegra] (25).

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Recomendação de medidas a serem implementadas para prevenção e controle da disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) durante o atendimento móvel de urgência. CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS E ACOMPANHANTES

(1) Usar máscara cirúrgica

(2) Usar lenços de papel (tosse, espirros, secreção nasal)

(3) Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%

PROFISSIONAIS DE SAÚDE

(1) Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;

(2) Óculos de proteção ou protetor facial (face shield);

(3) Máscara cirúrgica

(4) Avental descartável

(5) Luvas de procedimento

(6) Gorro (para procedimentos que geram aerossóis)

Observação: os profissionais de saúde deverão trocar a máscara cirúrgica por uma máscara N95/PFF2 ou equivalente, ao realizar procedimentos geradores de aerossóis como por exemplo, intubação ou aspiração traqueal, ventilação mecânica não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, coletas de amostras nasotraqueais, broncoscopias – comentário desse plano de contingência: no caso dos profissionais da saúde mental, no caso de contenção mecânica.

PROFISSIONAIS DE APOIO, CASO PARTICIPEM DA ASSISTÊNCIA DIRETA AO CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO

(1) Higiene das mãos com água e sabonete líquido OU preparação alcoólica a 70%;

(2) Luvas de procedimento

(3) Máscara cirúrgica

(4) Avental descartável

(5) Óculos de proteção ou protetor facial (face shield);

Comentário desse plano de contingência: caso não seja necessário assistir o paciente diretamente – no caso dos motoristas – , basta o cuidado com as mãos e o uso da máscara cirúrgica.

ANEXO 13 | CRATOD

51

FONTE: ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020 –Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência

aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo Novo Coronavírus (SARS-CoV-2) Brasília, 31/03/2020 [Texto extraído na íntegra] (34).

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Autenticado com senha por JANETE APARECIDA DA SILVA OLIVO - 22/04/20 às 09:53:44.Documento Nº: 4400116-102 - consulta à autenticidade emhttps://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=4400116-102

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Precauções de segurança – contato entre indivíduos e gotículas – em ambientes potencialmente infectadosAlém de adotar as precauções padronizadas de ordem geral – tais como tossir ou espirrar por sobre o cotovelo flexionado e lavar as mãos com regularidade e após o contato com fluídos (Anexos 6 & 7) –, todos os indivíduos, incluindo familiares, visitantes e os profissionais de saúde

devem tomar precauções específicas relacionadas ao contato com outras pessoas e gotículas, antes de entrar em uma ambiente com suspeita ou casos confirmados de COVID-19.

(1) Os pacientes devem ser colocados em locais adequadamente ventilados, preferencialmente em quartos individuais.

(2) Quando quartos individuais não estiverem disponíveis, os pacientes suspeita de COVID-19 devem ser agrupados na mesma enfermaria.

(3) Nas enfermaria, todas as camas dos pacientes devem ser colocadas a pelo menos 1 metro de de

distância, independentemente da suspeita de COVID-19.

(4) A ventilação considerada adequada e segura para esses ambientes é de 60 L / s por paciente.

(5) Sempre que possível, uma equipe de profissionais de saúde fixa deve ser designado para cuidar exclusivamente dos casos suspeitos ou confirmados para reduzir o risco de transmissão.

(6) Os profissionais de saúde devem usar uma máscara médica (26).

(7) Os profissionais de saúde devem usar proteção ocular (óculos de proteção) ou proteção facial (escudo facial) para evitar contaminação de mucosas.

(8) Os profissionais de saúde devem usar roupas limpas, não estéreis e de mangas compridas;

(9) Os profissionais de saúde também devem usar luvas;

(10) Não é necessário o uso de botas, macacão e avental durante cuidados de rotina;

(11) Após o atendimento ao paciente, descarte todos os EPIs em recipientes apropriados e lave as

mãos de acordo com os protocolos de higienização (1-3, 26) (Anexos 6 & 7).

(12) Um novo conjunto de EPI é necessário quando é prestado cuidado a cada paciente suspeito ou com Covid-19.

(13) O equipamento é uso único e descartável.

(14) Equipamentos permanentes, como estetoscópios, manguitos de pressão arterial e termômetros, caso sejam compartilhados entre os pacientes – ou utilizado por mais de um profissionail da saúde –, devem ser limpos e desinfetados entre uso para cada paciente com álcool etílico 70%.

ANEXO 14 | CRATOD

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(15) Máscaras médicas são máscaras cirúrgicas ou de procedimento, podendo ser planas ou plissadas (alguns são como copos); eles são afixados na cabeça ou atrás das orelhas com tiras ou

elásticos.

(16) Os profissionais de saúde não devem tocar nos olhos, nariz ou boca com luvas ou luvas potencialmente contaminadas.

(17) Evite mover e transportar pacientes para fora de sua sala ou área, a menos que seja necessário

(18) Use preferencialmente equipamento portátil de Raios X ou outro equipamento de diagnóstico designado.

(19) Se o transporte for necessário, use rotas de transporte predeterminadas para minimizar a exposição para funcionários, outros pacientes e visitantes e faça com que o paciente use uma

máscara médica.

(20) Garanta que os profissionais de saúde que estão transportando pacientes higienizem das mãos e utilizem EPI adequado, de acordo com o protocolo de segurança do Ministério da Saúde (25).

(21) Limpar e desinfetar rotineiramente as superfícies com as quais paciente está em contato.

(22) Limitar o número de profissionais de saúde, familiares e visitantes que estão em contato com pacientes com suspeita ou diagnóstico conformados de COVID-19.

(23) Manter um registro de todas as pessoas que entram no quarto / enfermaria do paciente,

incluindo funcionários e visitantes.

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FONTE: WHO – World Health Organization. Infection prevention and control during health care when COVID-19 issuspected. Geneve, 19 MAR 2020 [Texto extraído na íntegra, com adaptações pelos autores desse plano] (37).

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CRATODCentro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas

Rua Prates, 165 - Bom Retiro | 01121-000, São Paulo – SPTelefone: +55 (11) 3329-4455

[email protected]/cratod-centro-de-referencia-de-alcool-tabaco-e-outras-drogas/

“A epidemia de Covid-19 pode nos ensinar muito

sobre nós mesmos e nossa civilização. | Ela nos faz

lembrar, antes de mais nada, da profunda

vulnerabilidade humana, em um ambiente de vida que

faz de tudo para negar sua presença. | Nosso estilo de

vida e todo o nosso sistema econômico são baseados

no excesso e na onipotência, com consequente

esquecimento de nossa “corporeidade”. | Ela não se

refere apenas pelo fato de o corpo humano ser mortal,

mas leva igualmente em conta a materialidade de

nossa existência e de sua dependência em relação às

condições biológicas, ambientais e sociais : a saúde é a

condição de nossa liberdade. ”

Corine Pelluchon | Le Monde, 23 MAR 2020

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