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DPF/FIG/PR Fl: SERVIÇO PUBLICO FEDERAL MJ - DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL DELEGACIA DE POLICIA FEDERAL EM FOZ DO IGUAÇU/PR Avenida Paraná, 3471 - PóloCentro- Fone:45 3576-5500 - CEP 85.863-720 - Foz do Iguaçu/PR TERMO DE DECLARAÇÕES DE MÁRCIO QUEIROZ VITOR IPL n. 708/2016-4-DPF/FIG/PR OPERAÇÃO NIPOTI Ao(s)07 dia(s) do mês de fevereiro de 2017, nesta DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM FOZ DO IGUAÇU, em Foz do Iguaçu/PR, onde se encontrava SÉRGIO MARCIEL UEDA, Delegado de Polícia Federal, compareceu MÁRCIO QUEIROZ VITOR, sexo masculino, nacionalidade brasileiro, divorciado(a), filho(a) de Francisco das Chagas Vitor e Vera Lúcia Queiroz Vitor, nascido(a) aos 30/07/1980, natural de Foz do Iguaçu/PR, instrução ensino superior - especialização, profissão Jornalista, documento de identidade n° 71916596/SESP/PR, CPF 031.697.519-21, residente na(o) Rua Montevidel 126, casa 3, bairro Jardim Alice II, CEP 85858-210, Foz do Iguaçu/PR, fone (45)30270850, celular (45)991058445. Inquirido^a respeito dos fatos, RESPONDEU: QUE apesar de não constar como indiciado neste IPL, foi cientificado do direito ao silêncio; QUE atualmente é filiado ao PSC. Antes, foi do PSB; QUE é formado em comunicação social com especialização em jornalismo; QUE está desempregado desde o início de 2017, quando foi exonerado da Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu/PR; QUE entre março e julho de 2013, salvo engano, exerceu cargo em comissão na Secretaria de Indústria e Comércio, atual Secretaria de Desenvolvimento Sócioeconômico; QUE entre março e dezembro de 2015, salvo engano, exerceu cargo de assessor na Assessoria Especial de Comunicação; QUE entre abril de 2016 e primeiros dias de 2017 exerceu o cargo de diretor cultural da Fundação Cultural; QUE no período em que atuou na AEC, era sobordinado de RÚBIA DE OLIVEIRA, diretora de imprensa, e do assessor especial de comunicação MARIO CÉSAR DE ALMEIDA; QUE como assessor da AEC, recebia remuneração de cerca de R$ 1.000,00 (mil reais); QUE foi apresentado a RENI CLÓVIS DE SOUZA PEREIRA, então deputado estadual, em 2010, por uma colega de faculdade; QUE nessa conversa, comprometeu-se a colaborar na campanha de RENI nas eleições municipais de 2012, razão pela qual se filiou ao PSB; QUE efetivamente auxiliou na campanha de RENI em 2012; QUE conheceu ADAILTON AVELINO, o CANTOR, na época em que foi gerente da ONO, conhecida casa noturna de Foz do Iguaçu/PR, que era bastante freqüentada por ele; QUE ADAILTON foi um dos coordenadores da campanha de RENI; QUE RENI e ADAILTON não são pessoas de seu convívio; QUE nunca teve negócios em comum com RENI e ADAILTON; QUE por um período, antes de ADAILTON ser nomeado diretor-presidente da Fundação Cultural, era ele quem efetivamente chefiava a ACS/ cujo cargo de assessor especial estava vago; QUE sua indicação para o cargo na SIC se deu em razão do apoio político na campanha/eleitoral; QUE a indicação na ACS sjé deu em razão de uma promessa de ADAILTON; QUE a indicação para a diretora FC se deu em razão de articulação junto aos/partidos da base governista e junto/ chefia da própria fundação, sendo seu nome, ao final, aprovado por RENI; QUE como W' IPL 0708/2016 fls. 1/3

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DPF/FIG/PR

Fl:

SERVIÇO PUBLICO FEDERALMJ - DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL

DELEGACIA DE POLICIA FEDERAL EM FOZ DO IGUAÇU/PRAvenida Paraná, 3471 - PóloCentro- Fone:45 3576-5500 - CEP 85.863-720 - Foz do Iguaçu/PR

TERMO DE DECLARAÇÕES DE

MÁRCIO QUEIROZ VITOR

IPL n. 708/2016-4-DPF/FIG/PR

OPERAÇÃO NIPOTI

Ao(s)07 dia(s) do mês de fevereiro de 2017, nesta DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERALEM FOZ DO IGUAÇU, em Foz do Iguaçu/PR, onde se encontrava SÉRGIO MARCIELUEDA, Delegado de Polícia Federal, compareceu MÁRCIO QUEIROZ VITOR, sexomasculino, nacionalidade brasileiro, divorciado(a), filho(a) de Francisco das ChagasVitor e Vera Lúcia Queiroz Vitor, nascido(a) aos 30/07/1980, natural de Foz doIguaçu/PR, instrução ensino superior - especialização, profissão Jornalista, documentode identidade n° 71916596/SESP/PR, CPF 031.697.519-21, residente na(o) RuaMontevidel 126, casa 3, bairro Jardim Alice II, CEP 85858-210, Foz do Iguaçu/PR, fone(45)30270850, celular (45)991058445. Inquirido^a respeito dos fatos, RESPONDEU:QUE apesar de não constar como indiciado neste IPL, foi cientificado do direito aosilêncio; QUE atualmente é filiado ao PSC. Antes, foi do PSB; QUE é formado emcomunicação social com especialização em jornalismo; QUE está desempregadodesde o início de 2017, quando foi exonerado da Prefeitura Municipal de Foz doIguaçu/PR; QUE entre março e julho de 2013, salvo engano, exerceu cargo emcomissão na Secretaria de Indústria e Comércio, atual Secretaria de DesenvolvimentoSócioeconômico; QUE entre março e dezembro de 2015, salvo engano, exerceu cargode assessor na Assessoria Especial de Comunicação; QUE entre abril de 2016 eprimeiros dias de 2017 exerceu o cargo de diretor cultural da Fundação Cultural; QUEno período em que atuou na AEC, era sobordinado de RÚBIA DE OLIVEIRA, diretorade imprensa, e do assessor especial de comunicação MARIO CÉSAR DE ALMEIDA;QUE como assessor da AEC, recebia remuneração de cerca de R$ 1.000,00 (milreais); QUE foi apresentado a RENI CLÓVIS DE SOUZA PEREIRA, então deputadoestadual, em 2010, por uma colega de faculdade; QUE nessa conversa,comprometeu-se a colaborar na campanha de RENI nas eleições municipais de 2012,razão pela qual se filiou ao PSB; QUE efetivamente auxiliou na campanha de RENI em2012; QUE conheceu ADAILTON AVELINO, o CANTOR, na época em que foi gerenteda ONO, conhecida casa noturna de Foz do Iguaçu/PR, que era bastante freqüentadapor ele; QUE ADAILTON foi um dos coordenadores da campanha de RENI; QUE RENIe ADAILTON não são pessoas de seu convívio; QUE nunca teve negócios em comumcom RENI e ADAILTON; QUE por um período, antes de ADAILTON ser nomeadodiretor-presidente da Fundação Cultural, era ele quem efetivamente chefiava a ACS/cujo cargo de assessor especial estava vago; QUE sua indicação para o cargo na SICse deu em razão do apoio político na campanha/eleitoral; QUE a indicação na ACS sjédeu em razão de uma promessa de ADAILTON; QUE a indicação para a diretoraFC se deu em razão de articulação junto aos/partidos da base governista e junto/chefia da própria fundação, sendo seu nome, ao final, aprovado por RENI; QUE como

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DPF/FIG/PR

Fl:

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALMJ - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM FOZ DO IGUAÇU/PRAvenida Paraná, 3471 - Pólo Centro - Fone: 45 3576-5500 - CEP 85.863-720 - Foz do Iguaçu/PR

fez curso profissionalizante em design gráfico, também cria web banners promocionais;QUE entre o início de 2014 e início de 2016, prestou serviços para a DATA CASE, uma'das subcontratadas da TRADE, que mantinha contrato com a PMFI na parte decomunicação; QUE recebia diretamente da DATA CASE, por campanha contratada;QUE cada campanha era contratada pelo valor de cerca de R$ 5.000,00 (cinco milreais); QUE realizou cerca de 10 (dez) campanhas para a DATA CASE nesse períodode 2 (dois) anos; QUE todas as campanhas foram de publicidade de interesse daPMFI; QUE o próprio ADAILTON o procurou para oferecer os serviços de produção deweb banners para a PMFI. Assim, procurou a DATA CASE, para a qual já prestavaserviços para clientes particulares, de forma a viabilizar a contratação pela TRADE;QUE ADAILTON não solicitou nenhuma vantagem por ofertar esse serviço aodeclarante; QUE dos cerca de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) de cada campanha, odeclarante ficava com metade, sendo que a outra metade cabia à DATA CASE; QUEde início o próprio ADAILTON procurava o declarante para oferecer as campanhas;QUE ao elaborar os respectivos orçamentos, apresentava-os primeiro paraADAILTON, e posteriormente os enviava, por e-mail, para a TRADE, e aguardava aemissão das ordens de serviço; QUE passado um tempo, passou a tratar desseassunto com MARIO CÉSAR DE ALMEIDA, assim que ele foi nomeado assessorespecial de comunicação. Desse modo, passou a apresentar os orçamentosdiretamente para MARIO CÉSAR; QUE por um período em 2015, conciliou o trabalhode confecção de web banners com o exercício do cargo em comissão na ACS; QUEnão houve prejuízo para o serviço na PMFI, vez que realizava a atividade paralela, nocaso a produção de web banners, no período noturno; QUE mesmo depois de terentrado em exercício como assessor da ACS, continuou a ser procurado para realizaros serviços de web banners por fora; QUE inclusive foi ajustado, com MARIO CÉSAR,que o declarante receberia um baixo salário, que seria complementado pelos serviçosde web design; QUE no período em que trabalhou na ACS a dinâmica de realizaçãodas campanhas de web banners continuou a mesma; QUE RÚBIA DE OLIVEIRA tinhaconhecimento de que o declarante realizava esses serviços para a PMFI por fora, vezque algumas vezes ela mesma o informou sobre novas campanhas; QUE cerca de90% dos orçamentos que forneceu redundaram em subcontratação da DATA CASE;QUE tem conhecimento de que pelo menos TONI RICARDO DE SOUZA FERREIRA eNELSON BISPO DA SILVA, o FUMAÇA, também prestavam serviços paralelos paraempresas subcontratadas pela TRADE; QUE somente se dispôs a aceitar o cargo naACS, com salário de R$ 1.000,00 (mil reais), em razão da promessa de que poderiacomplementar essa renda com os trabalhos de web design; QUE indagado se noperíodo em que exerceu o cargo em comissão na ACS recebeu complementação desalário ou mesmo pagamentos depois da exoneração, respondeu que não; QUE nunca /emprestou dinheiro a ADAILTON; QUE apresentados os documentos que caracterizamos itens 4, 5, 6 e 7 do Auto de Apreensão decorrente da busca realizada na residênciade ADAILTON, e indagado se seu CPF e dados bancários estão corretos, respondeuque sim; QUE confirma ter lançado de próprio punho as anotações constantes^documento do item 5com seu nome, CPF e dados bancários; QUE a anotação "6000"/rasurada, também se assemelha com a própria letra; QUE indagado a respeito desse

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DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM FOZ DO IGUAÇU/PRAvenida Paraná, 3471 - Pólo Centro - Fone: 453576-5500 - CEP 85.863-720 - Foz do Iguaçu/PR

supostos pagamentos (documentos dos itens itens 4, 5 e 6), de R$ 6.000,00 (seis milreais) e R$ 3.000,00 (três mil reais), e indagado se efetivamente recebeu, deADAILTON ou terceiro, esses valores, respondeu que antes de ser nomeado para ocargo na ACS, foi chamado por ADAILTON para ali trabalhar, com a promessa de quelogo seria nomeado; QUE, pelo que se recorda, trabalhou informalmente na ACS porum período de 1 (um) a 3 (três) meses; QUE não sabe precisar o período em razão dolapso temporal decorrido desde então; QUE acredita ter recebido, por intermédio deoperação bancária, valores por esse período trabalhado informalmente ACS. Noentanto, não sabe dizer o montante que teria recebido; QUE depois de visualizar osdocumentos dos itens 4, 5, 6 e 7 do Auto de Apreensão em comento, alega queNELSON BISPO DA SILVA, RUBIA DE OLIVEIRA, ISMAEL FILADELFI ADORNOCRISTINA GOULART, TONI RICARDO DE SOUZA FERREIRA e RENATO, cujonome completo não sabe, também trabalharam na ACS antes mesmo de seremnomeados, ou recebiam complemento de salário; QUE sabe disso porque eles,juntamente com o declarante, cobravam valores de ADAILTON; QUE isso justificaria!em tese, as anotações encontradas com ADAILTON; QUE não conhece nem nuncaouviu falar em MARTA RUBIO e JESSICA MITSUI; QUE conhece PEDRORODRIGUES, o PEDRINHO, mas não sabe se ele já trabalhou na PMFI; QUE ANDRÉGUEDES ALCOFORADO foi diretor de cerimonial da ACS. No entanto, não sabe dizerse ele trabalhou informalmente na PMFI ou teria recebido salário por fora; QUE sabeque SIDNEI BUZZANELO é um jornalista, mas não sabe se ele já trabalhou na PMFI;QUE pelos nomes, não sabe do que se trata o documento apreendido do item 1; QUEdada a palavra ao declarante, este alegou ter aceitado a proposta de trabalhar demanejfa informal por estar desempregado, e que também aceitou a produção de webdesigner porque a remuneração do cargo era muito baixa; QUE nunca foi preso nemprocessado criminalmente. Nada mais disse e nem lhe foi perguntado. Foi entãoadvertido(a) da obrigatoriedade de comunicação de eventuais mudanças de endereçoem face. das prescrições do Art. 224 do CPP. Determinou a autoridade o encerramentodo presíinte que, lido e achado conforme, vai assinado pelO(a)declarante e por mim. Eu,

N BRUNO JOSÉ GRAPEGGIA, Escrivão de Polícia Federal, matrícula 18.185,que o^tâvrei.

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