sermões expositivos em todos os livros da bíblia – novo testamento

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Esboços completos que percorrem todo o Novo Testamento. Ricos em ilustrações. Para ser usado em diferentes formas de aplicação: orientação para a pregação durante os cultos e roteiro para palestras na escola bíblica. Autor: Antônio Renato Gusso. Formato: 14x21.Número de páginas: 120. ISBN: 85.7459-224-4

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INTRODUÇÃO

Muitos são os pregadores que têm compartilhado com seus cole-gas, leigos ou não, por meio de livros, sermões e estudos bíblicos, comple-tos ou em esboços, lições recebidas da Palavra de Deus em meio às lutasdo ministério. Mas, como a ceara continua sendo grande e os ceifeiroscontinuam sendo poucos, creio que ainda há lugar para este e outroslivros mais que ajudem os trabalhadores do Reino a desempenharemmelhor o seu papel de divulgadores das verdades bíblicas.

“Mensagens para Hoje”, ainda que semelhante a outros livros domesmo gênero, em alguns aspectos, contém algumas diferenças funda-mentais da maioria dos já publicados no Brasil. Mesmo deixando espaçopara a criatividade daqueles que o utilizarão em suas pregações, um dosdestaques é que é além dos pontos básicos, as divisões principais doestudo, os esboços apresentam também: introdução, conclusão,sub-pontos, ilustrações e orientações gerais para o bom desenvolvimentoda mensagem e para que o pregador possa acompanhar bem a maneira depensar do autor. As orientações podem aparecer no corpo dos esboços etambém nas notas, no final do livro, que para uma boa utilização dosesboços devem ser consultadas sempre.

Cada esboço está baseado em um texto bíblico em particular e,conforme os objetivos destacados no início de cada um deles, procuralevar os ouvintes não só a conhecerem mais um assunto bíblico, mas apraticarem as lições ensinadas. Daí o seu título “Mensagens para Hoje”,enfatizando a atualidade e a praticidade dos assuntos abordados.

Os esboços percorrem toda a Bíblia, nenhum dos livros considera-dos canônicos (inspirados) no meio evangélico é deixado de fora. Assim,o livro pode ajudar também àqueles que desejam pregar em todas as par-tes da Bíblia, mas que têm encontrado alguma dificuldade para fazer isto.Também é bom informar que estes esboços já foram testados em duasformas diferentes de aplicação: como orientação para a pregação feita do

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púlpito, durante os cultos, e como roteiro para palestras na EscolaBíblica. Eles não possuem, então, apenas uma função. Podem ser utiliza-dos tanto pelo pregador como pelo professor.

Minha esperança e oração é que sejam utilizados como base paraestudos e pregações que ajudem outras pessoas a conhecerem melhor avontade de Deus expressa na Bíblia; ou que sirvam como fonte de inspi-ração para mensagens ainda mais eficientes do que estas que tenho pre-gado. Acima de tudo, que Deus e sua Palavra sejam exaltados por aque-les que venham a utilizar este livro!

Pr. Antônio Renato Gusso

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1. O CONVITE DE JESUS

M A T E U S 1 1 : 2 8 - 3 0

Objetivo: Submeter-se, espontaneamente, às orientações de Jesus.

INTRODUÇÃO

� Durante a nossa vida toda nós recebemos convites, seja para festas,para fazermos parte de algum grupo, para assumir uma função, paraentrarmos em alguma sociedade, para fazermos algum curso...

� Alguns são bons e nos alegram (Citar alguns), outros nos entristecem(Exemplo: Os interesseiros...).

� Quanto mais importante for a pessoa que nos convida maior impor-tância damos ao convite (Exemplos).

� Hoje quero falar do convite feito pela pessoa mais importante que jáesteve na terra. O convite de Jesus.

� Preste atenção, pois a não aceitação deste convite, diferentemente demuitos outros que recebemos e desprezamos sem maiores consequên-cias, pode fazer diferença em toda a sua vida, agora e eternamente.

1. É dirigido a todos os necessitados

1.1. Um convite, nem sempre, mas de preferência, é feito para alguémque está bem. Por exemplo: a) Se convidamos alguém para umafesta, salvo interesses à parte, é porque vemos na pessoa uma compa-nhia agradável; b) Se convidamos para trabalhar conosco é porquepercebemos que ela trabalha bem, etc.

1.2. Jesus, superior a tudo e a todos, tinha mesmo que ser diferente aofazer um convite. O convite dele não é endereçado a boas compa-nhias, ou para quem está bem, mas para todos os necessitados(v. 28a).

1.3. Isto está de acordo com o que Ele já havia dito antes, quando criti-cado pelos fariseus por comer com pecadores, disse: “Os sãos nãoprecisam de médico, e, sim, os doentes” (Mt 9:12).

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1.4. Da mesma forma o convite de Jesus não é para quem está bem, maspara todos os cansados e sobrecarregados, pessoas que estão comproblemas, que precisam de ajuda, pessoas normais como nós!

1.5. Se tudo está bem em sua vida, se não há nenhum problema, esteconvite não é para você. Mas se você está cansado e sobrecarregado,Jesus o está convidando. O melhor a fazer e aceitar este convite deJesus.

2. Convida a aprender de Jesus mesmo

2.1. O convite de Jesus, diferente de qualquer outro, ainda nos convidapara aprendermos de Jesus mesmo.

2.2. Ele não chama ninguém para que venha e aprenda uma lista deregras, mas que aprendam dele.

2.3. Ele não é um teórico que só fala, é um prático que ensina fazendo.Tanto é assim que a palavra que está traduzida por vinde (deute –

deute), poderia ser traduzida por aproximai-vos de mim, cheguemperto.

2.4. Aprender de Jesus é observar como é que Ele age para que tambémassim nos comportemos.

2.5. Pena não podermos observar Jesus andando com a multidão, tra-tando dos necessitados, ensinando, confortando os cansados, comoos primeiros discípulos puderam, mas ainda podemos aprender dele.

2.6. O convite está na Palavra de Deus e por ela Jesus continua ensi-nando. Olhe, nas páginas dos Evangelhos qual é o comportamentode Jesus, e aprenda dele, o maior de todos os mestres!

3. Exige submissão de quem o aceitar

3.1. O convite de Jesus também exige submissão de quem o aceitar. Ele épara todos, mas não para qualquer um. Há um preço a ser pago eparte deste preço é a submissão ao Mestre.

Ilustração: Nunca vou esquecer das instruções de um reconhecidoevangelista internacional ao treinar pessoas para a evangelização. Ele, noafã de conquistar pessoas para o Reino de Deus, bem intencionado, masdeixando de lado as orientações da Bíblia dizia: Lembrem-se, ao evange-

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lizarmos alguém devemos ser como bons vendedores mostrando só ascoisas agradáveis, as vantagens que a pessoa terá ao aceitar a Jesus.Seguindo este raciocínio, deixando o preço do discipulado de lado, certa-mente, teríamos que admitir, observando este texto, e outros também,que Jesus era um péssimo evangelista, pois Ele não deixava de apresentaro custo para aquele que desejava ser seu seguidor. Não caia no erro deutilizar a mentira para pregar a verdade! Jesus nunca escondeu isto deninguém, pois deseja discípulos que estejam dispostos a pagar o preço.

3.2. Duas vezes aparece a palavra jugo no texto que estamos vendo. Istoé um símbolo de submissão!

3.3. Como exemplo pode ser visto o texto em que Jeremias orienta Judá eseus aliados a colocarem, de livre e expontânea vontade, os seus pes-coços sob o jugo do rei da Babilônia (Jr 27:1-12).

3.4. Jesus convida: “tomai sobre vós o meu jugo”, exigindo submissão.Ele se apresenta neste texto como manso e humilde de coração econvida pessoas para que, humildemente, se coloquem sob a suaautoridade.

4. Promete alívio e descanso

4.1. Está claro que este convite de Jesus exige compromisso, mas tam-bém promete alívio e descanso.

4.2. No texto grego fica evidente a ênfase de Jesus no alívio que Ele pro-mete. Não é uma possibilidade apenas. Não é que talvez vocêencontre descanso. É promessa de Jesus: Você encontrará descanso!

4.3. Ele convida a se colocar debaixo de seu jugo sim, mas explica queeste jugo é leve, diferente de qualquer outro que você possa estardebaixo (E é bom saber, quem não está sob o jugo de Jesus está deba-ixo de algum outro, como do pecado, da própria vontade, quandonão de Satanás).

4.4. Ele convida para tomar o seu fardo, mas garante que o fardo é leve.Em suma, Jesus mesmo garante: Deixe o jugo que você está carre-gando, troque-o pelo de Jesus, e você, finalmente, achará descanso!

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CONCLUSÃO

� Você está cansado, sobrecarregado, cheio de problemas? O convite épara você. Aproxime-se de Jesus!

� Jesus o está convidando para que aprenda dele, para que, humilde-mente, se coloque sob sua autoridade.

� Qualquer outro convite, por mais importante que seja, ao ser rejeitadoterá implicações apenas para esta vida. Este de Jesus tem tambémimplicações eternas. O que você fará com este convite?

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2. COM JESUS NO BARCO

M A R C O S 4 : 3 5 - 4 1

Objetivo: Compreender o verdadeiro papel de Jesus em suas vidas.

INTRODUÇÃO

� Não é novidade para ninguém: vivemos em um país cheio de proble-mas! (citar alguns).

� Milhões de pessoas procuram, desesperadamente, as soluções para assuas dificuldades e segurança.

� Diante disso estão surgindo cada vez mais igrejas, que estão interessa-das em números e não em pregar a verdade, utilizando estratégias demarketing explorando o tema solução de problemas.

� Vergonhosamente, uma igreja que se diz cristã tem utilizado placascom esta frase: Pare de Sofrer! (dando a falsa ideia de que uma pessoaem companhia de Cristo passa a ser isenta de sofrimentos).

� Alguns vendem o Evangelho como mercadoria e ainda utilizam pro-paganda enganosa para isto.

� Vejamos neste texto o resultado verdadeiro de contarmos com Jesusno barco (ou seja: junto de nós).

1. Não temos garantia de ausência de problemas

(v. 37)

1.1. Os discípulos estavam literalmente com Jesus no barco (estavamcruzando o Mar da Galileia).

1.2. A presença física de Jesus não lhes garantiu a ausência de problemas(quase foram a pique).

1.3. Não foi um probleminha que eles enfrentaram:

a) O texto original fala de um grande vento – um megalê anemou;

b) A palavra megalê ou mega passou para o português como um pre-fixo que confere a ideia de muito grande como: megaempresário;megamercado e outros; algo que vai além do super;

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c) Em outras palavras, os discípulos, mesmo com Jesus, enfrentaramum “megavento”, algo terrível que em Mt 8:24, no original, é cha-mado de maremoto (seismos – de abalo sísmico).

1.4. Eles não foram os únicos nem os últimos a contarem com a presençade Jesus e passarem por grandes dificuldades (dar exemplos:a) Da Igreja Primitiva. b) Da História do Cristianismo. c) Dos pri-meiros missionários no Brasil. d) Da atualidade – exemplos pessoaisou da Igreja Local).

1.5. Ninguém se iluda, a vida cristã não é um mar de rosas e muitas vezesé uma verdadeira guerra, a Bíblia e a prática nos mostram que nuncativemos a garantia de ausência de problemas!

2. Não ficamos dispensados de fazer a nossa parte

(vs. 38 e 40)

� Os discípulos apavorados diante do grande problema pensaram quenão havia mais saída.

� Logo estão acordando Jesus, que dormia no barco, e cobrando deleuma solução (Eles disseram no v.38b: Não te importa que pereça-mos?!) Como quem diz: Faça alguma coisa para nos salvar!

2.1. Os Discípulos não Estavam Dispensados de Fazer a Parte que lhes

Cabia

2.1.1. O que eles não tinham percebido é que não estavam dispensadosde fazer a parte deles;

2.1.2. Algumas versões mostram que Jesus os chamou de tímidos (v.40),não é o ideal. Outras de medrosos e, com base no original, é possí-vel dizer que Jesus os chamou de covardes (deiloi).

2.1.3. Não era hora de ficarem desesperados como ficaram, mas sim deexercitarem a fé que diziam ter.

2.2. Nós Também não Estamos Dispensados de Fazer a Parte que nos

Cabe

2.2.1. Reclamar com Jesus em meio às dificuldades (dizer: o Senhor nãose importa com o que está me acontecendo?) é o mesmo que decla-rar a nossa total falta de fé.

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2.2.2. Na hora da dificuldade é que realmente temos a chance dedemonstrar a qualidade de nossa fé.

2.2.3. Não seja covarde, diante das dificuldades demonstre que confia emJesus. Faça a sua parte: creia!

3. Temos a garantia de um final feliz (v. 39)

3.1. Com Jesus no barco (junto conosco) não temos a garantia de ausên-cia de problemas, nem somos dispensados de fazer a nossa parte, crersempre, mas temos a garantia de um final feliz.

3.2. Aquele megaproblema que os discípulos enfrentavam, o maremoto,para Jesus não era nada.

3.3. Com seu poder e autoridade repreendeu o vento e o mar e logo tudoficou muito calmo (v. 39).

3.4. O texto mostra que o maremoto não se tornou apenas em bonançamas sim em grande bonança (aparece, mais uma vez, a palavramega), Jesus transformou um megaproblema em megasolução,tenho a impressão de que aquelas águas nunca estiveram tão calmasantes.

3.5. Por mais terrível que seja a tempestade que você enfrenta ela podeser transformada em calmaria (calmaria espantosa que só pode sercriada por um poder sobrenatural como o de Jesus).

3.6. Quem conta com Jesus no barco chegará a um porto seguro, sempreterá um final feliz!

CONCLUSÃO

� Talvez alguém possa pensar: Mas, pelo que ouvimos na mensagem,nem sempre o cristão termina bem. (puro engano – quem está comJesus, ainda que morra, termina bem, pois está com aquele que temautoridade sobre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos – Ele nosgarante a vitória e vida eterna!).

� Naquela ocasião, com a demonstração de poder, os discípulos ficaramcom mais medo do que já estavam. Aparece pela terceira vez no textoa palavra mega (ficaram com grande temor – v. 41a).

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� Eles ainda estavam em dúvida a respeito de quem era Jesus (v. 41b) eficaram assustados (megaamedrontados) com a presença Divina nobarco.

� Nós não precisamos temer, sabemos pela Bíblia quem é Jesus e temos acerteza que com Ele no barco, mesmo enfrentando terríveis tempesta-des, chegaremos ao céu onde está a verdadeira felicidade!

� Ele mesmo nos alertou dizendo: “No mundo vocês vão sofrer; mastenham coragem! Eu venci o mundo! (João 16:33b na BLH). Fique-mos firmes com o vencedor no barco, mesmo sofrendo, e alcançare-mos a vitória!

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3. A SALVAÇÃO TRAZ ALEGRIA

L U C A S 1 5

Objetivo: Alegrar-se com a salvação própria e também de outros.

INTRODUÇÃO

� Iniciar lendo apenas os versículo 11-32, mas explicar o conjunto docapítulo, destacando que, muitas vezes, Jesus ensinava por meio dehistórias.

� Devemos lembrar, pelo mesnos, de dois detalhes a respeito de históriascomo estas, chamadas parábolas: 1) Elas possuem uma verdade cen-tral. 2) Elas estão dentro de um contexto.

� Explicar o contexto mostrando que as três parábolas do capítulo estãoligadas. Todas estão sendo contadas para tratar do problema que surgenos versículos 1 e 2: Pessoas estavam se aproximando de Jesus paraouvir os seus ensinos e alguns religiosos murmuravam mostrando quenão gostavam disto.

� As três parábolas estão ligadas. Isto pode ser visto nas palavras queindicam continuação do assunto como aparecem nos versículos 3, 8 e11. (Na Revista e Atualizada: “Então”, “ou” e “continuou”).

� São três parábolas com o mesmo objetivo central, mostrar a alegriaque a salvação traz, tratando do mesmo problema, a incoerênciadaqueles que murmuravam ao ver pessoas sendo salvas.

� Elas mostram claramente que a salvação traz alegria.

1. A salvação traz alegria a Deus

1.1. Podemos ver claramente nestas parábolas que a salvação traz alegriaa Deus. (As três mostram isto).

1.2. Não devemos nos apegar muito aos detalhes do texto, pois o queinteressa são os ensinos centrais, mas nota-se nas três que Deus éaquele que acha. São referências a Ele as seguintes frases:

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a) “Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida”(v.6).

b) “Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha per-dido” (v.9).

c) “Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava mortoe reviveu, estava perdido e foi achado” (vs. 23 e 24).

d) “Era preciso que nos regozijássemos...” (v.32).

1.3. Deus se alegra por seu povo andar correto, mas se alegra ainda maisao ver o pecador voltando atras:

a) Tem 99 e se alegra por uma (v.7).

b) Tem 9 e se alegra por uma (v.8).

c) Tem um que está sempre com ele e se alegra pelo que volta (vs. 31e 32).

1.4. Deus quer que todos se salvem e se alegra quando um se salva!

Pergunta retórica: Você quer alegrar a Deus? Resposta: Ande nos seuscaminhos!

Pergunta retórica: Você deseja que Deus se alegre ao extremo, façafesta? Resposta: Reconheça que é pecador, perdido, e volte para Deuspedindo-lhe a salvação que há em Jesus! Se você já é um alvo, ajudeoutras pessoas a serem “achadas”, a voltarem do caminho da perdição, areconhecerem que são pecadoras, a serem salvas!

2. A salvação traz alegria aos anjos de Deus

2.1. A salvação não traz alegria só a Deus, mas também, aos seus anjos.

2.2. Aquilo que dá alegria a Deus também dá alegria àqueles que o ser-vem de bom coração.

2.3. Àqueles que querem agradar ao seu Senhor. Àqueles que sabem quenada mais podem fazer a Ele, pois Ele não tem necessidadenenhuma. Pergunta retórica: Afinal, o que poderia alegrar a Deus,presentes, sacrifícios? Resposta: Deus tem tudo e pode tudo! Pareceque Ele só não quer obrigar ninguém a ser seu servo contra a von-tade. Por isso aguarda e deseja a conversão das pessoas.

2.4. Quando a conversão acontece até os anjos se alegram e não compouca alegria. A alegria deles na parábola é comparada a alegria de

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uma mulher que achando a moeda perdida, não se contendo, cha-mou as vizinhas para que se alegrassem com ela (vs. 8-10).

2.5. Quer mover o sobrenatural? Converta-se, se ainda for necessário eajude outros a serem salvos!

3. A salvação deve trazer alegria ao povo de Deus

3.1. A salvação também deve trazer alegria ao povo de Deus. Se não trazé porque está acontecendo algo de errado (Ou não é verdadeira-mente povo de Deus, ou está em grave pecado, sendo egoísta, que-rendo tudo para si mesmo!).

Ilustração: Não dá mesmo para entender as atitudes de alguns pretensoscristãos. Um pastor bastante consagrado, preocupado com a expansão doReino de Deus, foi trabalhar em uma igreja muito tradicional. Nestaigreja nada mudava.

E com isto, entrava ano, saia ano e ela continuava pequena, sem influên-cia na comunidade local. O novo pastor chegou com todo o gás e come-çou a trabalhar, principalmente, com os jovens. Depois de algum tempo,percebendo que não havia nenhum programa de lazer para eles, com-prou um simples jogo de tênis de mesa, e colocou-o em uma das salas daigreja para que os jovens se divertissem. Aquilo foi um escândalo, paraalguns, e motivo de reunião da diretoria. Durante a reunião, convocadapara se ouvir as “explicações” do pastor, um dos líderes tomou a palavra,com ar de quem sabe das coisas, e disse: Mas pastor, o senhor não podefazer isto. Se continuar assim, daqui a pouco, os jovens todos da cidadetambém vão estar aqui na igreja juntos com os nossos. O pastor replicouprontamente e surpreso: Mas não é isto que nós queremos? Diante daclara evidência de que o discurso era um, mas a prática outra, aquele pas-tor deixou o ministério.

3.2. Os líderes daquela igreja eram semelhantes aos escribas e fariseusque aparecem neste texto. Eles se achavam aos próprios olhos, e aosolhos de muitos do povo, como os perfeitos seguidores de Deus.Contudo, e talvez por isso, murmuravam ao ver pessoas se arrepen-dendo e sendo salvas (v.2).

3.3. Talvez pensassem: Se Jesus é de Deus deveria estar preocupadoconosco, que somos leais seguidores. devia estar nos bajulando.

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Como é que ele perde tempo com estes pulicanos e pecadores?(Explicar quem eram os publicanos e pecadores).

3.4. Ah! Como a atenção que Jesus dava aos publicanos e pecadores cau-sava tristeza a escribas e fariseus!

3.5. Jesus contou as três parábolas para combater este problema. Certa-mente ele pode se repetir.

3.6. Existe o perigo de também agirmos assim, de desejarmos continuarsendo um pequeno grupo de privilegiados, desejosos de receber todaa atenção do mundo. De não querer dividir nada com ninguém!

3.7. Não podemos esquecer que aquilo que agrada a Deus também devealegrar aos seus servos. E salvação agrada ao Senhor. Por isso, ale-gremo-nos com cada pessoa salva. Não fiquemos de fora desta festa!

4. A salvação traz alegria àquele que é salvo

4.1. A salvação traz alegria, acima de tudo, para aquele que é salvo, operdido que foi achado. Ele é o grande beneficiado pelo ato salvadorde Jesus.

4.2. As parábolas aqui tratadas não falam que ele se alegra, mas nem pre-cisa falar.

4.3. A parábola do filho perdido em suas entrelinhas (Na mensagemgeral), mesmo não dizendo diretamente que ele se alegra, afirmabem claro isto. Veja:

a) Nos vs. 11-16 está descrita a situação do perdido (Que lástima!).

b) No v. 17 ele cai em si (Percebe sua situação terrível de perdido –Este é o primeiro passo para que o perdido venha a ser salvo).

c) Percebendo sua situação já se contentaria em ser tratado comoum servo do pai (vs. 18,19);

d) Nos vs. 20-23 nota-se que ele foi recebido de braços abertos e comfesta. (Só quem já passou por esta situação pode saber com cer-teza qual é o grau de alegria experimentado pelo perdido queencontra a salvação).

Ilustração: Conta-se que em certa ocasião houve um incêndio terrívelem um prédio de apartamentos. Praticamente todos os moradoresdaquele prédio morreram de forma horrível queimados pelo fogo ou into-

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xicados pela fumaça. Um homem, porém, muito ferido, todo queimado,conseguiu chegar até o terraço do edifício e lá, sentindo o calor do fogoprestes a consumi-lo, esperava o fim trágico, quando foi alcançado porum heroico bombeiro que, arriscando a própria vida, conseguiu salvá-lo.Depois de tudo ter passado, entre muita tristeza alguns estavam alegres.O bombeiro se alegrou muito pelo sucesso de sua missão. Os companhei-ros do bombeiro também se alegraram com a salvação e a vitória docolega. Os familiares e amigos do resgatado festejaram a salvaçãodaquele homem, mas ninguém se alegrou tanto quanto ele mesmo. Poissó ele e Deus sabiam exatamente do que ele havia sido salvo. Assim é aalegria daquele que estava perdido e foi achado por Deus.

CONCLUSÃO

� A salvação traz alegria. Se você é salvo pregue-a a todos, a todo ins-tante, em todo lugar. Vamos, assim, trazer alegria a este mundo sofridoe perdido!

� Se você ainda não é salvo, não espere mais, arrependa-se de seus peca-dos e volte-se para Deus. Ele está te esperando de braços abertos,pronto para se alegrar, juntamente com seus anjos, seu povo fiel e,principalmente, com você mesmo.

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