vermelho série volátil, barras de ferro são apoiadas por pregos que sustentam sua estabilidade e...

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vermelho NOV/ JAN [NOV/JAN] 2016 A Galeria Vermelho apresenta Coletiva, aonde cada região da galeria busca criar diálogos entre obras produzidas em diversos períodos. A Sala Antonio estreia Diário, de Marilá Dardot, filme produzido durante sua residência na Casa Wabi, em Oaxaca, México. De 26 de novembro de 2016 a 21 de janeiro de 2017. No dia da abertura das exposições, será lançado o novo livro- obra de Jonathas de Andrade, Ressaca Tropical, editado pela Ubu Editora. Ainda em 26 de novembro, o Tijuana recebe o lançamento do livro de artista {[( )]}, de Thiago Honório, editado pela Ikrek. Em sua última exposição de 2016, a Vermelho organiza Coletiva com obras de 24 artistas, buscando relações e convergências entre obras que se baseiam em técnicas próprias do desenho. Têm obras na exposição Ana Maria Tavares, André Komatsu, Angela Detanico e Rafael Lain, Cadu, Carla Zaccagnini, Carmela Gross, Dias & Riedweg, Dora Longo Bahia, Edgard de Souza, Gabriela Albergaria, Gisela Motta e Leandro Lima, Guilherme Peters, Henrique Cesar, Lia Chaia, Marcelo Moscheta, Maurício Ianês, Nicolás Robbio, Nitsche, Odires Mlászho, Rodrigo Braga, Rosângela Rennó Ana Maria Tavares – Airshaft para Piranesi VI, 2013 Os trabalhos dessa série mostram ambientes 3D onde um espaço ficcional é construído para comentar a vida utópica e mecânica imaginada pelo modernismo, revelando um mundo perdido abissal. No caso de 'Airshaft', a

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vermelho NOV/ JAN [NOV/JAN] 2016 A Galeria Vermelho apresenta Coletiva, aonde cada região da galeria busca criar diálogos entre obras produzidas em diversos períodos. A Sala Antonio estreia Diário, de Marilá Dardot, filme produzido durante sua residência na Casa Wabi, em Oaxaca, México. De 26 de novembro de 2016 a 21 de janeiro de 2017. No dia da abertura das exposições, será lançado o novo livro-obra de Jonathas de Andrade, Ressaca Tropical, editado pela Ubu Editora. Ainda em 26 de novembro, o Tijuana recebe o lançamento do livro de artista {[( )]}, de Thiago Honório, editado pela Ikrek.

Em sua última exposição de 2016, a Vermelho organiza Coletiva com obras de 24 artistas, buscando relações e convergências entre obras que se baseiam em técnicas próprias do desenho. Têm obras na exposição Ana Maria Tavares, André Komatsu, Angela Detanico e Rafael Lain, Cadu, Carla Zaccagnini, Carmela Gross, Dias & Riedweg, Dora Longo Bahia, Edgard de Souza, Gabriela Albergaria, Gisela Motta e Leandro Lima, Guilherme Peters, Henrique Cesar, Lia Chaia, Marcelo Moscheta, Maurício Ianês, Nicolás Robbio, Nitsche, Odires Mlászho, Rodrigo Braga, Rosângela Rennó

Ana Maria Tavares – Airshaft para Piranesi VI, 2013

Os trabalhos dessa série mostram ambientes 3D onde um espaço ficcional é construído para comentar a vida utópica e mecânica imaginada pelo modernismo, revelando um mundo perdido abissal. No caso de 'Airshaft', a

ideia é reproduzir um mundo que respira inquieto e quebra-se constantemente em uma perspectiva espelhada e fragmentada.

Airshaft para Piranesi VI

Rosângela Rennó – Memory Link, 2009-2010

Onze bastiões e três portões, cada um com uma ponte levadiça, pontuam a imponente muralha de pedra, de planta circular, construída pelos venezianos, que governaram a ilha de Chipre entre 1489 e 1571, para abrigar a capital. Depois de onze anos de guerra civil (1963 - 1974), a ilha foi dividida em dois países, mantidos separados, até hoje, pelo que é chamado de ‘último muro da Europa’. Os sobreviventes da guerra não cruzam a fronteira; quem não se recorda desse período parece não se dar conta de que a forma circular da muralha só se completa do outro lado da fronteira. Rosângela Rennó encomendou onze desenhos ‘de memória’ para habitantes de Nicosia Norte e Sul,e os aplicou a transparências sobre a foto aérea da muralha, hoje engolida pela cidade que cresceu e ultrapassou o desenho original da fortaleza. O desenho ‘de memória’ do cidadão comum de Nicosia mostra aquilo a que ele atribui mais relevância ou aquilo que ele conhece e reconhece, dentro de sua vivência pessoal e de seu contato com a cidade. Se o indivíduo só vê 5 dos 11 bastiões da muralha, talvez ignore que existem

outros 6, do outro lado do muro. Ou talvez saiba de sua existência, mas não lhes dê nenhuma importância.

Memory link

Carla Zaccgnini – Petrificación, 2011

Este trabalho examina representações de explosões presentes no Memorial Soviético à Guerra localizado no Parque Treptower, em Berlim, onde altos-relevos de concreto narram a história da Segunda Guerra Mundial através de cenas alegóricas como ponto abstrato, descrito por Zaccagnini como "espaços para o vazio de sentido que caracteriza esta e outras Guerras ". Através do processo de frottage (decalque com lápis sobre papel a partir de uma matriz), Zaccagnini reproduz e solidifica essas imagens amorfas de modo icônico e sintético. O trabalho expressa a frustração inerente a qualquer tentativa de traduzir a experiência – uma tarefa que, como diz o influente teórico pós-colonial Gayatri Chakravorty Spivak, é "impossível, mas necessária".

Petrificación (detalhe)

André Komatsu – Volátil 11, 2016

Na série volátil, barras de ferro são apoiadas por pregos que sustentam sua estabilidade e desenhos são gravados na parede com incisões verticais e horizontais formando uma grade. As barras ficam na posição horizontal, diagonal ou em curva e o desenho se coloca no momento em que há uma distorção na barra. O vergalhão de ferro, material comumente utilizado para estruturar edificações, estabelece uma certa rigidez ao trabalho. O trabalho procura estabelecer uma tensão entre uma realidade invisível, o controle e suas possíveis distorções.

Volátil 11

André Komatsu – Estudo de campo, 2016

Na série Estudo de campo, Komatsu mistura impressões, recortes de revista e desenhos com nanquim para investigar a relação entre projeto, construção e política.

Estudo de campo

Gabriela Albergaria – Raizes de Saman, Hacienda La Trinidad, 2013 O trabalho de Gabriela Albergaria usa frequentemente imagens que têm a sua origem no espaço de jardins e parques. Os jardins representam a nossa ficção do mundo natural e são construções muito elaboradas, sistemas de representação e mecanismos descritivos, mas também ambientes votados ao estudo e ao lazer, isto é, a processos culturais e sociais de produção de noções históricas do que é o saber e o prazer.

Raizes de Saman, Hacienda La Trinidad

Edgard de Souza – Sem título, 2016

Em Sem Título, Edgard de Souza desenha com os dedos sobre uma “pele” de veludo. O desenho formado é referencial ao de outro artista, José Leonilson (1957-1993), com quem de Souza tem/ teve convergências poéticas e pessoais. Há um triplo contato na obra: o do dedo sobre o veludo, o do desenho recriado e o da memória.

Sem título

Edgard de Souza – Rabiscos, 2016

Os Rabiscos de Edgard de Souza registram seus movimentos. São desenhos feitos durante missões simples: dançar, falar ao telefone, usar as duas mão ao mesmo tempo, usar a caneta até o fim, ser simétrico, evitar a simetria. Cada uma dessas incumbências gera um desenho diferente, seja gráfica ou materialmente, que se impõe sobre o suporte de modo diferente. No entanto são embates e análises de seu corpo, que parece presente em cada um deles.

Rabisco

Henrique Cesar – Atlas, 2015 Atlas é na mitologia grega um titã que sustenta os céus ou a esfera celeste. Na obra de Henrique Cesar, a cúpula de acrílico é a estrutura que segura a estrela solitária, composta de pontas de para-raios, e carrega gravada em si representações de algumas das leis de funcionamento do universo.

Atlas

Henrique Cesar – Bioma, 2016

Na série de desenhos de Henrique Cesar, refinarias de petróleo ganham aspectos de microbiomas.

Bioma

Henrique Cesar – Tratado caligráfico, 2013

Em tratado caligráfico, Henrique Cesar traduz leituras mecânicas de eletrocardiogramas para um testemunho pessoal, feito de próprio punho, sobre as atividades de um coração.

Tratado caligráfico

Gisela Motta e Leandro Lima – Circuito impresso, 2008-2016 / Circuito condutor, 2015-2016 Em Circuito Impresso e Circuito condutor, Motta e Lima transformaram, respectivamente, mapas aéreos de transito e de águas de grandes cidades do mundo em placas de circuito impresso de equipamentos eletronicos.

Circuito impresso – São Paulo

Angela Detanico e Rafael Lain – Where Now Goes To (Zulu

time), 2008

Zulu time usa um código de navegação estabelecido no século XIX para transformar o sistema de fusos horários em um alfabeto. Angela Detanico e Rafael Lain usam estes fusos horários como letras. O novo alfabeto é apresentado como uma cartografia e conecta experiências de tempo e espaço.

Zulu time

Guilherme Peters – Tentativa de aspirar ao grande

labirinto, 2013

Em Tentativa de aspirar ao grande labirinto, Peters escrutina um dos Metaesquemas de Helio Oiticica por meio de uma simulação criada com ferramentas de edição 3D. Na obra, Peters se apropria ainda do texto Brasil Diarréia, escrito por Oiticica em 1970, que aponta para a diluição dos elementos construtivos brasileiros.

Tentativa de aspirar ao grande labirinto (montagem de stills)

Marcelo Moscheta – Estudios de revoluciones, 2016 Durante sua residência em Honda, em 2016, Moscheta coletou pequenas pedras no vale do rio Magdalena. Tratado como um estudo geológico detalhado, e baseado na estética das placas de ilustração científica do séc. XVIII feitas por José Celestino Mutis no mesmo lugar, o título refere-se tanto ao movimento de rotação das pedras quanto à história da Colômbia - cenário de Muitas guerras e disputas desde sua colonização. As pedras são os testemunhos desta história moldada em si e na paisagem brutal que as rodeia desde tempos imemoriais.

Estudios de revoluciones

Marcelo Moscheta – Ambulare, 2016

Os trabalhos dessa série examinam diferentes intervenções feitas pelo homem na Terra e suas escalas. Esses trabalhos foram realizados a partir de uma imersão de Moscheta no deserto do Atacama, aonde o artista se deparou com trilhas feitas por povos ancestrais. São desenho que o artista enxerga nas construções dessas trilhas ou na manipulação de formas de pedras ou ainda na construção de Apachetas – pequenas pilhas de pedras organizadas de forma cônica como oferendas feitas pelos povos indígenas dos Andes da América do Sul à Pachamama ou a outras divindades, que são normalmente posicionadas em partes mais difíceis das trilhas do deserto.

Ambulare

Nicolás Robbio – Peles, 2016

Nicolás Robbio se inspirou na obra do arquiteto e artista austríaco Friedensreich Hundertwasse, e em seus manifestos, que visavam homem e natureza como um corpo só, para construir xxx. Hundertwasse desenvolveu uma teoria, conhecida como Cinco Peles. A primeira pele seria a epiderme; a segunda seria a vestimenta, como passaporte social e como primeiro nível de distinção de homem do mundo; a casa atua como terceira pele; o meio social e cultural atuam como quarta pele; e a quinta e última pele seria a

natureza, o planeta Terra. Na obra de Robbio, as peles são sete: corpo, roupa, casa, bairro, cidade, país e atmosfera.

Peles (detalhe)

Nicolás Robbio – Cubo – da série Sólidos platônicos,

2016

A obra de Nicolas Robbio busca, através de linhas, recortes e sobreposições, reformular a estrutura de objetos comuns. Tudo é construído sobre o campo bidimensional: diagramas, contornos e vazios formam um interminável repertório de "notas sobre objetos cotidianos". .

Cadu – Trópico de capricórnio, 2014

O políptico evidencia o registro da passagem e da mudança da posição do sol no Trópico de Capricórnio, gravando rastros do sol sobre uma caixa de areia negra, com o auxilio de uma lupa, trinta dias antes do início da primavera. As 18 imagens registram os dias ensolarados do período.

Trabalho desenvolvido durante a residência Plataforma Atacama, sob curadoria de Alexia Tala.

Trópico de capricornio

Maurício Ianês – Quatro palavras, 2013

Em Quatro palavras, as cinco letras da palavra GESTO são repetidas quatro vezes, com pinceladas feitas à mão por Ianês, e combinadas para formar quatro versões diferentes da mesma palavra. Neste trabalho, ação de escrever/ pintar demonstra a corporificação da linguagem pelo corpo do rtista, e traz à tona o aspecto performático tão presente no trabalho de Ianês.

Quatro palavras

Dias & Riedweg – Tapetão 1 Blocão, 2016

As obras da série Blocão foram inicialmente criadas em 2014 a partir de uma colaboração com a crítica de arte Glória Ferreira e a artista Juliana Franklin.

Blocão reúne uma seleção de frases polêmicas proferidas por políticos e personalidades da mídia.

Tapetão 1 Blocão

Odires Mlászho – Riverrun, 2013

Riverrun é composta por 14 partes que, em conjunto, forma uma longa frase, a partir dois alfabetos distintos. À tipologia reta e legível empregada em um deles, Mlászho sobrepõe um segundo alfabeto criado com tipos arcaicos e “torturantes”, de difícil compreensão e leitura.

Riverrun

Carmela Gross – Escada F, 2012

Autoportantes, fáceis de carregar e armar, escadas são máquinas simples. (De)compõem o esforço do corpo para atingir alturas, desejadas pelo olhar. No ritmo dos degraus, cada passo vira alavanca para mover o corpo inteiro, coordenando no plano inclinado a força combinada de braços e pernas.

Escada (conjunto)

Dora Longo Bahia – Água morta, 2016

Nesta série de pinturas sobre papelão, estão representados destroços de navios deixados no território antes ocupado pelo Mar de Aral, que tem encolhido gradualmente desde os anos 1960 após projetos de irrigação soviéticos terem desviado os rios que o alimentam. Acompanham os navios, imagens de peixes extintos ou em processo de extinção.

Água morta (detalhe)

Marilá Dardot Diário

Entre 8 e 30 de janeiro de 2015, Marilá Dardot realizou um vídeo por dia, a partir de impactantes manchetes de jornais Mexicanos. No vídeo de enquadramento estático, a artista aparece escrevendo com água as manchetes sobre um grande muro de concreto que, aquecido pelo sol, fazia sumir instantaneamente as mensagens ao evaporar a água usada como tinta. Dardot parece tecer um comentário sobre a efemeridade do impacto causado pelas notícias. Quando visto com os 7 canais simultâneos, “Diário” evidencia a tentativa hercúlea de tentar dar atenção a gravidade das informações compartilhadas no muro. Obra criada durante residência na Casa Wabi, em Oaxaca, México. Entre 8 e 30 de janeiro de 2015, Marilá Dardot realizou um vídeo por dia, a partir de impactantes manchetes de jornais Mexicanos. No vídeo de enquadramento estático, a artista aparece escrevendo com água as manchetes sobre um grande muro de concreto que, aquecido pelo sol, fazia sumir instantaneamente as mensagens ao evaporar a água usada como tinta. Dardot parece tecer um comentário sobre a efemeridade do impacto causado pelas notícias. Quando visto com os 7 canais simultâneos, “Diário” evidencia a tentativa hercúlea de tentar dar atenção a gravidade das informações compartilhadas no muro. Obra criada durante residência na Casa Wabi, em Oaxaca, México.

Diário (still)

Um filme de Marilá Dardot Câmera e captação de som: Marilá Dardot Montagem, tratamento de imagem e tratamento de som: Pedro Veneroso EXPOSIÇÃO: Coletiva: (salas 1, 2 e 3) Marilá Dardot – Diário (sala antonio) FILME: Diário ANO: 2015 DURAÇÃO: 118’ CLASSIFICAÇÃO: Livre CAPACIDADE: 30 Lugares LANÇAMENTO 26.11: Jonathas de Andrade - Ressaca tropical (Ubu Editora) LANÇAMENTO 26.11: Thiago Honório – {[( )]} (Ikrek Editora)

mais infos sobre {[( )]}: Luiz Vieira Luiz Vieira [email protected] +55 11 960 852 180

ABERTURA: 26 de novembro das 13 às 17h PERÍODO: 26 de novembro de 2016 a 21 de janeiro 2017

LOCAL: Vermelho Rua Minas Gerais, 350 — 01244010 — São Paulo, SP tel.: +55 11 3138 1520 www.galeriavermelho.com.br MAIS INFORMAÇÕES: [email protected] GRATUITO