série ser escoteiro É fogo de conselho.pdf

46
FOGO DE CONSELHO SÉRIE

Upload: lazaro-freire

Post on 16-Sep-2015

27 views

Category:

Documents


9 download

TRANSCRIPT

  • FOGO DE CONSELHO

    SRIE

  • 1Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    Esta mais uma publicaoTAFARA

    Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    FOGO DE CONSELHO

    1a. Edio: 2000 exemplaresEdio: Tania Ayres Farinon e Carlos Alberto F. de Moura

    Capa: Carlos Alberto F. de MouraCoordenao: Mario Henrique P. Farinon

    Digitao: Tania Ayres Farinon

    OBRA INDEPENDENTE, NO OFICIAL OU AUTORIZADA PELA UEB.

    Porto Alegre, RS, 2002

    EDIO IMPRESSA PELA DIRETORIA REGIONAL 2001/2003

    Diretoria Mario Henrique Peters FarinonDiretoria David CrusiusDiretoria Mrcio Sequeira da SilvaDiretoria Ronei Castilhos da SilvaDiretoria Osvaldo Osmar Schorn Correa

    EDIO DIGITAL DISPONIBILIZADA PELA DIRETORIA REGIONAL 2004/2006

    Diretoria Ronei de Castilhos da SilvaDiretoria Neivinha RiethDiretoria Waldir SthalscmidtDiretoria Paulo Roberto da Silva SantosDiretoria Leandro Balardin

    COMIT GESTORCarlos Alberto de MouraMarco Aurlio Romeu FernandesMario Henrique Peters FarinonMiguel CabistaniPaulo LamegoPaulo RamosPaulo Vincius de Castilhos PalmaSigrio Felipe PinheiroTania Ayres Farinon

  • 2 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    APRESENTAO

    Na Pscoa de 1998, de 10 a 12 de abril, um grupo de escotistas edirigentes reuniram-se, em um stio denominado TAFARA CAMP, tomando parasi a incumbncia de suprir a lacuna deixada pela falta de definio do tema dasEspecialidades, concebeu e criou o que hoje constitui-se no Guia deEspecialidades da UEB.

    O mesmo grupo, na seqncia, participou decisivamente na elaboraodos Guias Escoteiro, Senior e Pioneiro.

    Visto que este trabalho informal e espontneo estava tendo resultadospositivos, e, entendendo que a carncia de instrumentos, principalmenteliteratura, um grande obstculo ao crescimento do Escotismo, resolvemosassumir como misso disponibilizar instrumentos de apoio aos praticantes doEscotismo no Brasil.

    Este grupo, que tem sua composio aberta a todos quantos queiramcolaborar com esta iniciativa, tambm resolveu adotar o pseudnimo TAFARApara identificar-se e identificar a autoria e origem de todo o material que continuara produzir.

    Os instrumentos que TAFARA se prope a produzir, tanto serooriginais como os Mapas de Especialidades, de Etapas Escoteiro, de EtapasSenior e de Planejamento, j editados pela Loja Escoteira Nacional, comotambm, tradues, adaptaes, atualizaes, consolidaes, etc., dematrias j produzidas em algum momento, e que, embora sejam teis, nomais esto disponveis nos dias de hoje.

    O material produzido por TAFARA feito de forma independente. Notemos a pretenso de fazermos obras primas, mas instrumentos que possamauxiliar a todos quantos pratiquem Escotismo no Brasil.

    Este produto uma coletnea de outras obras, material de curso eexperincia de escotistas.

    A publicao desta obra foi possvel graas ao desprendimento,iniciativa e patrocnio dos grupos escoteiros, empresas e dirigente identificadosno final deste livro.

    Este mais um instrumento de apoio a suas atividades.

    Boa Atividade.

    Mario Henrique Peters Farinon Diretor Presidente UEB/RS

  • 3Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    Sumrio

    APRESENTAO ........................................................................................ 2INTRODUO .............................................................................................. 4

    1 - SIMBOLISMO DO FOGO DE CONSELHO ............................................. 52 - ORIGEM DO FOGO DE CONSELHO ................................................... 73 - OBJETIVOS E PROPSITOS DO FOGO DE CONSELHO ..................... 84 - TIPOS DE FOGOS DE CONSELHO ..................................................... 10

    5 - PLANEJAMENTO DO FOGO DE CONSELHO...................................... 125.1 Elementos Estruturais ....................................................................... 125.2 - Recomendaes ................................................................................ 135.3 - Ingredientes ....................................................................................... 145.4 - Fichas de planejamento ..................................................................... 14

    6 - ARRUMANDO A FOGUEIRA E ACENDENDO O FOGO DE CONSELHO16

    6.1 Material ............................................................................................. 166.2 O LOCAL DO FOGO DE CONSELHO ............................................... 196.3 A DISPOSIO EM TORNO DA FOGUEIRA .................................... 196.4 - TIPOS DE FOGUEIRAS..................................................................... 216.5 TIPOS DE ISCAS .............................................................................. 226.6 - EFEITOS ESPECIAIS ........................................................................ 24

    7 - CERIMONIAL DO FOGO DE CONSELHO ............................................ 257.1 - ABERTURA ...................................................................................... 257.2 - O LDER ............................................................................................ 267.3 - ANIMADOR DO FOGO DE CONSELHO ............................................ 277.4 - O GUARDIO DO FOGO ................................................................... 277.5 - AS APRESENTAES ..................................................................... 287.6 - A CAPA DE FOGO DE CONSELHO .................................................. 34

    8 - FOGO DE CONSELHO COM TEMA E CARACTERIZAES .............. 359 - REGRAS QUE DEVEM SER SEGUIDAS ............................................. 3710 - ACOMPANHAMENTO E EFEITOS ESPECIAIS .................................. 3911 - SOBRE CONVIDADOS ....................................................................... 4012 - A PATRULHA DE SERVIO................................................................ 4113 - AVALIAO DE FOGO DE CONSELHO ............................................ 42

  • 4 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    INTRODUO

    O Fogo de Conselho para os Escoteiros no deve ser umasimples reunio para contar e narrar aventuras. algo mais sublime,cheio de inspirao e de felicidade, onde as atividades se encontramvoltadas dentro do esprito do Escotismo.

    A Promessa e a Lei Escoteira, esto presentes desde a oraode abertura at o silncio final. A disciplina do Fogo de Conselho asua tnica mais caracterstica, dando a esta atividade algo de romnticoe atrativo para o jovem.

    O Fogo de Conselho uma cerimnia Escoteira, e como todacerimnia, deve ser simples, singela e sincera. Em termos gerais, oFogo de Conselho uma tradio dentro do movimento Escoteiro.Baden-Powell usou o Fogo de Conselho tanto para adestrar, quantopara entreternimento.

  • 5Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    1 - SIMBOLISMO DO FOGO DE CONSELHO

    O Fogo de Conselho uma cerimnia, durante a qual, diantede um fogo simblico, todos os membros de uma tropa ouvem, comreverncia e ateno, conselhos de chefes experimentados, narrativasamenas e alegres de outros escoteiros, se instruem e se divertem,expondo fatos e histrias aproveitveis, lembrando anedotasespirituosas e humorismos sadios, interpretando canes, recitandoe declamando poesias e prosas de fundo educativo, executando jogose iniciativas de real proveito para a vida prtica ...

    uma hora de expanso, de bom-humor, de alegria, dejoviabilidade, mas dentro da ordem e da disciplina, moralizadoras denosso sistema.

    Hora de entendimento coletivo, mas no de futilidades. Afrivolidade est sobrando no mundo contemporneo e se encastela depreferncia no corao inexperiente da jovem.

    O jovem tem necessidade de se expandir, de se divertir, masno pode e no deve sair da linha de conduta e das diretrizes doverdadeiro Escotismo. H de ser osis seguro da virtude e da boaordenao da vida em meio ao local .

    Limpo de corpo e alma, puro nos seus pensamentos, palavrase aes, conforme preceitua o dcimo artigo da Lei do Escoteiro, jamaisse afastar o bom escoteiro de suas Leis, mesmo nestes momentosde recreio.

    Eis, por que as nossas alegrias simples e inocentes diferemessencialmente das alegrias fteis e vazias do mundo moderno.

    o Fogo que acendemos em qualquer tempo, nas noites felizese saudosas dos nossos acampamentos, sob o cu estrelado e azul,depois de um dia cheio de tarefas bem cumpridas sob o olhar deDeus, que est em toda parte, e da nossa Ptria querida, representadaem nossa bandeira, hasteada em nosso acampamento.

    Assim diante do fogo simblico que arde no Fogo de

  • 6 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    Conselho, um mundo de emoes nobres, de sentimentos dignos,de desejos invulgares de aperfeioamento do carter, deve emergir denossas almas.

    Escotismo escola ideal de slida formao, de vigorosapreparao para os futuros cidados das duas ptrias: a terrena e acelestial, o Brasil e o cu.

  • 7Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    2 - ORIGEM DO FOGO DE CONSELHO

    Na realidade, para se compreender a mstica e o valor do nossoFogo de Conselho, temos que primeiro entender a importncia do fogo,como smbolo das energias da vida, na luta pela sobrevivncia, durantetodo o processo de evoluo do homem.

    Dentre os quatro elementos da natureza terra, ar, gua e fogo,sempre foi o ltimo que mais fascinou o homem temido e amado,salvando ou ameaando a vida. Desde a conquista do fogo, ponto departida da civilizao, compreendeu o homem o valor do fogo comofonte de energia e, embora dele fizesse uso, sempre respeitou as suaschamas brilhantes.

    Em tempos remotos o fogo ao ar livre foi utilizado para afastaranimais ferozes e como centro de reunies das comunidadesfamiliares, aquecendo, iluminando, alimentando pois era sobre eleque os alimentos se cozinhavam e era ainda em torno dele que eramconsumidos.

    Os nativos da sia, os selvagens Africanos, os peles-vermelhasda Amrica e como os colonizadores brancos, reuniam-se noite emtorno do fogo que, com sua luz e calor, espantava a treva, o frio e osanimais. Era o momento em que todos se encontravam para conservar,cantar, contar histrias ou para planejar caadas, ou a guerra e a paz.

    Muitas vezes essas reunies em torno do fogo revestiam-sede solenidade, quando se aproveitava a ocasio para levar a efeitocerimnias ou conselhos, onde eram discutidos os problemas dacomunidade ou reverenciados os deuses.

    A exemplo de outras atividades escoteiras, o Fogo de Conselho,que caracteriza a mstica e a ambientao do Programa Escoteiro,tem sua origem nas observaes do Fundador sobre os costumes,valores e tradies culturais dos muitos povos que conheceu durantesuas viagens.

  • 8 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    3 - OBJETIVOS E PROPSITOS DO FOGO DE CONSELHO

    Para o Escotismo, o Fogo de Conselho uma reunio em que noite, iluminados e aquecidos por um fogueira, todos se renempara se divertir, cantar, representar peas ligeiras, danas e tambmpara refletir ou aprender algo de novo pela palavra do Chefe .

    A sagrada Escritura diz que, Deus descansou depois da Criao.O que ele fez, ns o faremos tambm, por isso , depois de um dia detrabalho e de luta, vem o merecido descanso. Mas esse descansodeve ser proveitoso para o homem, principalmente, para o jovem, queser o homem de amanh. (Horas de Lazer JOC)

    Atravs do conjunto de Atividades realizadas e do ambientecriado, o Fogo de Conselho cria situaes propcias para desenvolvere incentivar no jovem:

    - A criatividade e a imaginao;- A facilidade de expresso;- A alegria;- A sociabilidade;- As habilidades artsticas;- A auto confiana;- Espiritualidade,- Treino de memria e recordaes.

    As situaes oferecidas pelo Fogo de Conselho, onde ascrianas e jovens devem buscar idias novas para as apresentaes,tomando exemplos das mais variadas formas, leva-os a exercitaremum senso criativo desenvolvendo a imaginao.

    As constantes apresentaes, curtas ou mais longas, individuaisou em conjunto, pela repetio, desenvolvem a facilidade de expressodos participantes.

    O clima jovial e alegre, movimentado, interessante e informal,proporciona excelente ocasio para o desenvolvimento da alegria. De

  • 9Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    fato, na prtica impossvel manter-se alheio ao clima do Fogo deConselho.

    O esprito de camaradagem, que com seus companheirosconstantes ou com pessoas novas, dentro desta informalidade do Fogode Conselho, resulta numa interao social profcua, fortalecendo aamizade e a fraternidade escoteira.

    Tambm as habilidades artsticas so desenvolvidas, atravsdas representaes em si e nas suas preparaes. No havendoconstrangimento imposto aos participantes do Fogo de Conselho,sentem-se todos vontade para representar, cantar, danar, etc.,extraindo de dentro os sentimentos mais puros.

    Sendo o Fogo de Conselho realizado num ambiente de semi-escurido, iluminado apenas por uma fogueira, todo participante sente-se a vontade, desde sua primeira participao, em tomar parte nasmais variadas formas de apresentaes; pois no havendo a pressode que os outros percebam que est encabulado (j que o ambienteno permite ver se algum est ou no vermelho), uma vez que oparticipante tambm no percebe se outra pessoa est inibida, dentrodo clima de informalidade e jovialidade, auto-confiana desenvolve-senaturalmente.

    Por fim, temos o desenvolvimento da espiritualidade, criadodentro do ambiente mstico, cerimonioso e elevado de certos momentosdo Fogo de Conselho. Todo participante atingido pela mensagemtransmitida ao final do Fogo de Conselho pelo seu Dirigente, e intactaser levado como companheira na hora do sono.

  • 10 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    4 - TIPOS DE FOGOS DE CONSELHO

    O TIPO E O TAMANHO DA FOGUEIRA DEPENDE DO Fogode Conselho que queremos fazer. Embora no incio do MovimentoEscoteiro, Baden Powell concebesse o Fogo de Conselho como umaatividade ntima apenas reunindo os membros de uma seo, com otempo, a realizao de grandes atividades da comunidade, o Fogo deConselho revestiu-se de caractersticas diversas que, embora todasincutidas ao mesmo esprito inicial, diferenciam-se no desenvolvimentoprtico e exigem tratamento diferenciado.

    Podemos considerar que existem seis tipos diferentes de Fogosde Conselhos:- Fogo de Conselho de Seo Informal;- Fogo de Conselho de Seo Formal;- Fogo de Conselho Inter-Sees (de Grupos);- Fogo de Conselho da Famlia do Grupo (com presena dos pais);- Fogo de Conselho de Grandes Atividades; e,- Fogo de Conselho de Relaes Pblicas.

    O Fogo de Conselho de Seo Informal rene apenas osmembros da prpria Seo, numa atividade ntima, sem umaprogramao rgida e formal. um encontro cordial ao redor do fogo,usado por Escoteiros e Seniores .

    O Fogo de Conselho de Seo Formal, baseado numaprogramao pr-estabelecida, rene apenas os membros da Seonum clima de cordialidade. usado por todos os ramos, admitindodesenrolar-se sob um tema especfico (principalmente no caso deLobinhos).

    O Fogo de Conselho Inter-Seo do Grupo, realizado emocasies especiais, rene Sees e Ramos diferentes, estreitanto oslaos fraternais do Grupo.

  • 11Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    O Fogo de Conselho da Famlia do Grupo, rene todos osmembros, juvenis e adultos, possibilitando aos pais conhecerem umpouco do que fazem seus filhos no Escotismo.

    O Fogo de Conselho de Grandes Atividades, reunindoparticipantes de Grupos e localidades diferentes, fortalece aFraternidade Escoteira pela atividade comum.

    O Fogo de Conselho de Relaes Pblicas, realizado emcircunstncia muito especial, apresenta para a comunidade um poucode Escotismo.

  • 12 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    5 - PLANEJAMENTO DO FOGO DE CONSELHO

    5.1 Elementos Estruturais

    Programao, planejamento e trabalho, so os elementosbsicos para que possamos dirigir qualquer Fogo de Conselho.

    O Fogo de Conselho, pode ter um nome de acordo com omotivo. Por exemplo : Fogo rabe, Fogo de Aniversrio, etc.

    Quando uma Patrulha tiver que se retirar antes do trmino, devefazer uma despedida (sem discurso) a carter, com prvioentendimento com o Mestre de Cerimnias.

    O encerramento deve ser feito com uma orao, pela maiorautoridade escoteira presente (no confundir com o Chefe do Fogo).

    A durao da reunio varivel. Uma hora e trinta minutos, um bom tempo. No devemos torn-la cansativa ou enfadonha.Fogo de Conselho bom para levantar o moral dos meninos.

    Por outro lado, para que o Fogo de Conselho alcance seusobjetivos, devemos observar os seguintes pontos:

    1) Previso: 1 horaa) Programa: Como conduzi-lo;b) Partes: Canes, histrias, Aplausos;c) Cenas: Esquetes, pardicas, pantominas, etc.;d) Discusso Dirigida (fogo ntimo);Durao: 30 minutos.

    2) OrganizaoQual seja o motivo do Fogo de Conselho, os cuidados so os

    mesmos para a confeco do programa:a) Livros de sugestes, cadernos de canes e assuntos;

  • 13Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    b) Pincis (atmico, P.C.), papel, cartolina, etc., para escrever canodemonstrativa no Fogo;c) Perguntar a si prprio:- Qual a inteno?- Qual o objetivo?

    Publicidade, diverso, reunio, congraamento e adestramento.

    3) Representaesa) Agregao de Patrulhas apresentaes s de patrulhas;b) Agregaes de Tropas apresentaes s de tropas;c) Moral da lei, etc. representaes.

    4) Lembrara) Que a abertura 75% do xito;b) Que o encerramento confirma o xito;c) Que o modo fcil;d) Que o animador parte do sucesso;e) Nunca iniciar com uma cano desconhecida;f) recomendvel iniciar com um quebra-gelo (canes alegres evibrantes como: Ypo, Cano do Periquito, etc);g) Que necessrio uma equipe para a direo, para dar continuidadeao fogo;h) Que, para encerrar, conveniente uma cano moderada, comopreparao para a orao (a cano KUMBAI tem carter espirituale pode substituir a orao final, dependendo naturalmente do Dirigentedo Fogo);i) Que, os aplausos devem ser selecionados, inventados e preparadoscom antecedncia. Entretanto, podero ser apresentados novosaplausos, caso seja oportuno.

    5.2 - Recomendaes

    - Usar monitores para programar.- Programas simples e variados.- Poucas regras, mas fazer observ-las.- Ter material disponvel.- Certificar-se de que todos sabem o que fazer.- Certificar-se de que a Patrulha de Servio fez tudo certo.

  • 14 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    5.3 - Ingredientes

    - Cerimnia de abertura;- Quebra-gelo (cano);- Jogos, brincadeiras;- Danas;- Histrias e estrias;- Canes;- Cerimnias;- Minuto do Chefe;- Cerimnia de encerramento (cano calma e orao).

    5.4 - Fichas de planejamento

    - Colher dados;- Pass-los para desenvolvimento do Programa dosando bem.- Lista de canes, aplausos, brincadeiras , para eventualidades.Obs.: Assegure-se que cada item do Fogo de Conselho est dentrodo esprito escoteiro.

    Preencha as fichas a seguir, na coletaOrganize o programa, levando em conta o tempo e a dosagem

    (variedade) para no se tornar enfadonho, passando os dados para aficha de Programao.

  • 15Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    APLAUSOS

    CANES

    APRESENTAES

    PROGRAMA

    Local: rea Arrumada por:Data: Fogueira construda por:Incio: Limpeza final por :

    SOSUALPA ROP MEDRON

    SENAC ROP MEDRON

    MEUQ ADOIRCSED OATNESERPAADEMON

    OATNESERPA MEDRON

    N ADOLUTT OATNESERPA ROP OPMET

    10 ARUTREBA OTNEMIDNECA ROINESAPORT nim01

    20 OADUAS ETNEGIRID nim3

    30 ONAC

  • 16 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    6 - ARRUMANDO A FOGUEIRA E ACENDENDO OFOGO DE CONSELHO

    6.1 MATERIAL

    Embora alguns considerem errado, devemos ter gasolina ouquerosene para acender o fogo mais rpido e na hora certa. No aque se demonstra habilidades de tcnicas escoteiras, com um ou doisfsforos. Principalmente quando se tratar de um fogo em carterespecial, evitando assim, a demora e a impacincia dos presentes.

    Um estoque de lenha essencial. O sucesso da boa atividadedepende em grande parte da quantidade e qualidade da lenha. Nodevemos esquecer da direo do vento e do tamanho da fogueira, emrelao ao nmero de pessoas presentes.

    Como sugesto, apresentamos as qualidades de combustveisde diversas madeiras:

    a) MADEIRAS EUROPIAS

    ABETO: pobre em chama e pequeno calor.AMEIXEIRA: boa madeira em calor e aroma.AMIEIRO: pobre em calor e pequena durao.AVELEIRA: boa como combustvel.AZEDINHO: boa quando guardada durante algum tempo (tambmCHAMADO CONGONHA).BORDO: boa como combustvel.CARPA: quase to boa quanto a faia.CARVALHO: o escritor que disse: o fogo em brasa dos troncos decarvalho, fantasista. O carvalho escasso em chamas e sua fumaa irritante. Mas o carvalho seco e velho excelente para dar calor,

  • 17Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    queimando devagar e uniformemente, at que todo o tronco se desfaacomo a cinza de um charuto.CASTANHEIRO: medocre, capaz de lanar brasas, chama e poderde aquecimento pequenos.CEDRO: bom quando seco. Cheio de estalos e estrondos. D umachama pequena mas de muito calor e de aroma agradvel.CEREJEIRA: Queima vagarosamente, com bom calor. Outra madeiracom vantagem de aroma.CHOUPO: Os velhos caules grossos, sendo muito resistentes,queimam muito bem.ESTRAMNIO: (figura do inferno em espinheiro). Quase uma dasmelhores madeiras. Queima devagar e com grande calor e poucafumaa.FAIA: Rival do freixo, ainda que no muito prximo, e s bom verde.Se isto um defeito, as vezes capaz de atirar longe de brasas .FREIXO: a melhor madeira para combustvel. Tem boa chama e bomcalor, e queima quando verde, ainda que, naturalmente, no to bemquanto seco.LAURCIO: barulhento, aromtico e muito bom para calor.LOUREIRO: aromtico, de chama muito brilhante.MACIEIRA: esplndida.. Queima devagar e uniformemente quandoseco, com pouca chama, mas bom calor. O aroma agradvel.NOGUEIRA: boa madeira para o fogo, aromtica.OLMO: habitualmente vendido com lenha. Para que queime precisosecar durante dois anos. Mesmo assim, far muita fumaa. Muitovarivel como combustvel.PEREIRA: bom calor e bom aroma.PINHEIRO: Queima com esplndida chama, mas capaz de cuspirfogo. O pinheiro resinoso tem agradvel aroma e uma alegre chamaazulada.PLTANO: Queima agradavelmente, mas capaz de atirar fagulhasse estiver muito seco.ROBNIA: (falsa Accia), queima rapidamente e atira muitas fagulhas.SABUGUEIRO: Medocre. Muita fumaa. Queima rpido com poucocalor.SALGUEIRO (choro)Pobre: Precisa estar bem seco para ter algumautilidade, e ento queima devagar com pouca chama. capaz de darfagulhas.

  • 18 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    SICOMORO: Queima com boa chama e moderado calor. Intil quandoverde.TEIXO: Est entre os melhores. Queima vagarosamente, com violentocalor e aroma agradvel.TLIA: Pobre. Queima com uma chama frouxa.VIDOEIRO: O calor muito bom, mas queima rapidamente. O aroma agradvel.

    B) MADEIRAS BRASILEIRAS

    De muita utilidade o conhecimento das nossas madeiras maisusadas como lenha, no planejamento de um Fogo de Conselho.Publicamos abaixo uma lista das mesmas, com as suas principaiscaratersticas quanto qualidade de combusto.BARBATIMO: rvore mediana ou pequena, de casca rugosa.. Fornecemadeira de cerne vermelho, dura, bastante imprpria para fogo. Difcilde incendiar, d uma chama sem brilho e duradoura.BRANA : Madeira de lei, de tima qualidade, quando usada comolenha d um fogo avermelhado e com estalos.BICO-DE-PATO: Madeira especial para lenha, nem muito dura nemmuito rude, fornece fogo brilhante e duradouro, de pouca fumaa.CANELA POROROCA: (TAPIRIRA) Serve para grandes fogueiras,fornecendo calor quando em combusto. Usada como lenha paralocomotivas a vapor.CANDIBA: Fornece madeira clara, macia leve, tima para fogueirasno muito grandes, porm , sua lenha muito fumacenta.CANUDO-DE-PITO: Boa lenha para fogo, de fileira reta e sem ns. Duma chama clara, sem fumaa e duradoura. Exala agradvel odor aoser queimada.GARAPA: Madeira de cor amarelo claro (creme) que fornece fogorpido, porm, muito brilhante e aromtico. Muito empregada com lenha.IP DO BREJO: Bastante usada para lenha, empregada semprepara fogos permanentes, por ser de combusto mais ou menos lenta.JACAR (PIPTADENIA COMMUNIS): sem dvida a melhor madeirabrasileira para fogo: fornece combusto lenta, com chama muito clarae brilhante, fcil de rachar e produz excelente carvo.

  • 19Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    6.2 O LOCAL DO FOGO DE CONSELHO

    No deve ser muito afastado do acampamento, mas ser timoque no tenha sido usado para outras atividades. Deve permitir quetodos se sentem em torno do fogo a uma distncia que haja espaopara representaes. Antes de acender uma fogueira, lembre-se defazer o mesmo que todos os sertanejos fazem, isto , remover todo ocapim, folhas secas, samanbaias, mato, etc., que se encontre no localescolhido, afim de evitar que o fogo se propague no capinzal ou nasmoitas circundantes. Use uma parte da terra onde, preferencialmente,no seja necessrio remover a relva. Quando remover a grama, ospedaos devem ter pelo menos 12 cm de grossura, pois de outra formaa relva no viver. Mantenha os pedaos de relva molhados e, aoterminar o fogo, use gua (depois que todos se retirarem) para tercerteza que vai apagar. Somente depois que a temperatura do solovoltar ao normal e todos os resduos forem retirados que os pedaosde grama sero recolocados.

    O local de grande importncia psicolgica e cercado deverdadeira mstica , afim de impressionar e ficar gravado na memriados jovens como uma verdadeira aventura.

    A rea deve ser livre e oferecer conforto. Deve ser preparadacom antecedncia, e manter os rapazes afastados do local, evitando-se freqent-lo antes da hora, para no perder a beleza e a fantasia.

    importante dar a idia de um local sagrado, onde as patrulhasencontrar-se- o no devido tempo.

    6.3 A DISPOSIO EM TORNO DA FOGUEIRA

    Podemos fazer fogos de vrias formas, conforme a ocasio:para um Grupo, para uma tropa, tropas e at mesmo para uma patrulha.

    Para um grande Fogo de Conselho bom que se tenha espaoreservado aos convidados especiais ou autoridades, o que j passa aser um caso especial.

    Quando o crculo for muito grande, uma fogueira torna-sedeficiente, neste caso, podem se armar duas ou mais conforme anecessidade, oferecendo maior visibilidade para os assistentes e paraa apresentao.

    Ao contrrio do que muita gente pensa, a melhor disposio

  • 20 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    para um Fogo de Conselho no o crculo. O mais indicado o uso daferradura, com a fogueira na parte aberta da formao, observando-se que o vento leve a fumaa para o lado contrrio em que esto osparticipantes. Desta forma, as apresentaes sero vistas por todossem prejuzo. Pode-se fazer mais uma ferradura, porm filas fazemcom que se perca o ar de unidade que nos interessa. O crculo aoredor do fogo tambm pode ser usado com fogueiras pequenas enmero reduzido de participantes.

  • 21Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    6.4 - TIPOS DE FOGUEIRAS

    Trs tipos de fogueiras so comumente usados para Fogos deConselhos, com caractersticas para cada tipo de Fogo.

    TIPO ESTRELA Com torasgrandes de madeira colocadas no cho,com um centro nico, como os raios deuma roda. Um fogo deste tipo queimalentamente e no se apaga comfacilidade, pois a medida que as torasforem queimando voc as empurra parao centro. Este tipo de fogueira raramenteusado, s mesmo no caso do fogo deconselho com nmero muito reduzido de participantes.

    TIPO PRATELEIRA - Esta fogueiratambm chamada tipo americana, ou fogocruzado, , sem dvida a mais indicada paraqualquer tipo de fogo de conselho.Semelhante a um chamin, por onde sealimenta o fogo, mais usada por ser fcilde montar e dar uma quantidade muito boade luz e calor. Como feita em camadas, ofogo pode iniciar por cima, com vantagem deser duradouro e alimentar-seautomaticamente.

    TIPO PIRMIDE formada coma lenha sendo empilhada de p, com a baseaberta e um ponto superior central. De fcilmontagem, porm, no pode serconstruda em tamanho maior pelo perigoque representa quando cai emconseqncia da queima. Proporcionamuito calor, consome com facilidade enecessita de relativa quantia de lenha parareposio.

  • 22 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    A fogueira o ponto dedestaque para o Fogo de Conselho,porm, quando no for possvelrealizar a montagem de fogueira ouas condies climticas nopermitirem a realizao daatividade externamente, semprepoderemos, com criatividade, usaruma alternativa.

    Uma lmpada ou um lampio,circundados por pedaos de lenha e papelcelofane vermelho, ou uma lata com brasase pouco fogo (tipo pescador), com o mesmoritual, pode-se transformar no centro denosso Fogo de Conselho. Para issoprecisamos apenas que o Dirigente seja umlder e possua imaginao para criar o climaprprio.

    6.5 TIPOS DE ISCAS

    Devemos usar do meio mais rpido para acender o fogo,preparando a fogueira adequadamente. Isso quer dizer que Fogo deConselho no o local prprio para demonstraes de habilidadesmateiras, acendendo o fogo com apenas dois palitos de fsforos,provocando demora e impacincia dos presentes, com o srio riscodo fogo no pegar e frustar a todos.

    Para evitar um vexame na hora de acender o fogo, devemosrecorrer adequadamente a iscas previamente preparadas.

    Combustvel lquido, tipo querosene, pode eventualmente serusado, porm, alm de representar um pequeno risco, possuem cheirodesagradvel e denunciador. De qualquer forma, seja a que mtodovamos recorrer, tudo deve estar preparado, de maneira estratgica,antes que qualquer menino chegue ao local, e no podemos deixarpara preparar em cima da hora.

    As iscas so materiais previamente produzidos, normalmenteslidos, tais como:

  • 23Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    ACENDALHO Uma boa espcie deacendalho por ser feita facilmente fendendo umgraveto fino numa srie de talhadas, respas oubarbas, como na figura. Chama-se a isto deisca arrepiada. Colocada de p, com aspontas das lascas livres virada para o ch,pegar fogo facilmente logo formando chamas.

    MASSA DE ISOPOR Essa isca obtem-se misturando isoporcom gasolina. A mistura pode ser feita na prpria mo, lambuzandoum pedao de isopor com gasolina e amassando-o at que formeuma massa homognea. Outra forma colocando gasolina dentro de

    uma lata pequena e jogar pedaos de isopordentro. O isopor vai se desmanchando com areao e formando uma massa no fundo da lata.Preferencialmente esta isca deve ser guardadadentro de uma latinha ou embrulhada em plstico,mesmo que seja deixada em contato com o arpode ser usada, pois cria uma casca externaprotetora.

    ALGODO COM PARAFINA Derrete-se parafina (podem ser velas) numa lata, tendocuidado para que fique afastada das chamas.Depois de apagar o fogo coloca-se mechas dealgodo. Com uma vareta, para que o algodoabsorva a parafina. Depois de secar pode sercortada facilmente em pedaos. Permaneceinalterado ao longo do tempo e pode ser usadoem qualquer momento, sem que se tenha de guard-la de formaespecial.

    JORNAL COM PARAFINA Enrole as folhas de um jornal eamarre barbante a cada 5 cm. Corteem pedaos iguais e mergulhe-os emparafina derretida.

  • 24 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    6.6 - EFEITOS ESPECIAIS

    Um Fogo de Conselho no tem sua fogueira acesa de mododisplicente, pois exige uma cerimnia prpria que representar boaparcela do sucesso da atividade.

    Alguns efeitos especiais podem ser utilizados, tais como:TOCHAS Em tropas brasileiras muito comum o uso de

    tochas onde representantes de Patrulhas gritam o nome de suasrepresentaes ou dedicam o Fogo causas especiais ( paz, fraternidade, etc..). O melhor meio de fazer tochas com um pedaode bamb de 1 m de comprimento, com material adequado numa ponta,molhado de querosene, onde o fogo vai ser aceso. Muitos fazem usode cabo sisal para a ponta da tocha, porm, o melhor usar papelhiginico ou absorvente higinico, que ficaro bem embebidos domaterial combustvel. O uso de gasolina ou alcool perigoso. Almdisso o lcool no provoca chama colorida, como se pretende paraum belo efeito visual.

    BOLAS DE FOGO So esticados arames finos da fogueiraat pontos distantes mais altos, de onde partiro, no momento doacendimento, as bolas de fogo, deslizando em direo fogueira.Essas bolas so de pano (trapos) envoltos em um peso (uma pedra,por exemplo) embebidas em querosene, presas por uma volta dearame e que sero acesas no momento exato.

    COBRAS DE FOGO utilizado o mesmo princpio das bolasde fogo, porm, a diferena que o arame que parte da fogueira serenrolado por tiras de pano que sero embebidas de querosene e acesasna parte superior no momento certo.

    USO DE PRODUTOS QUMICOS - Nos Estados Unidos daAmrica muito comum o uso de efeitos proporcionados por fogos deartifcio. O uso de plvora pode ser aceito, quando preparado emquantidade mnima e por especialista.

    As maneiras sero tantas quanto forem as idias, tendo-se ocuidado de test-las com antecedncia no mnimo trs vezes everificando se no existe risco fsico para os participantes. Na dvida,no faa.

    No invente nada sem ter certeza dos resultados.

  • 25Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    7 - CERIMONIAL DO FOGO DE CONSELHO

    Um Fogo de Conselho deve obedecer certos critrios e seuclima deve refletir camaradagem, relaxamento, alegria, inspirao,entreterimento saudvel e criativo, e desinibio geral.

    A experincia no Escotismo e na psicologia dos rapazes,verificou que eles gostam mais de ritual. Devemos explorar isto noFogo de Conselho. Esse ritual e cerimonial, cria uma boa ordem e um adestramento do carter.

    bom que haja um planejamento, organizao e roupagemadequada, caracterstica para o Fogo. mesmo recomendvel que older tenha uma capa prpria; alis, muito importante para que eleno se apresente de uniforme.

    7.1 - ABERTURA

    Geralmente a abertura de um Fogo de Conselho tem carterformal. Pode ser feita por uma ou mais pessoas. Abaixo estorelacionados alguns dos itens que podem compor a abertura:- saudao aos participantes e mensagem de otimismo;- acendimento do Fogo com tochas ou engenhocas;- declarao de abertura do Fogo feitas pelo dirigente; e,- cano animada de abertura.

    Na Amrica, muito usada a pirotcnica como encenaopara acender o fogo, com aberturas simblicas (fantasias) e muitasvezes armam-se o fogo de maneira que o mesmo seja aceso de longe,tocando-se uma tocha na extremidade de um caminho de plvora queir dar na fogueira previamente armada. Nesta fogueira, h umaquantidade de fogos de artifcio, oferecendo quase sempre um belo eoriginal espetculo.

  • 26 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    Usa-se em grandes fogos ou mesmo de Tropas, umrepresentante de cada unidade presente, munido de uma tocha paraacender o fogo. Cada um desses elementos, ao colocar a tocha nafogueira, gritando nome de sua representao e assim por diante, elogo em seguida tantas quantas forem as idias. Em torno da fogueira,devemos ficar bem afastados, para evitar o calor demasiado, e, se ocho estiver mido, devemos usar lonas ou toras de madeiras.

    7.2 - O LDER

    O lder ou dirigente ou chefe do Fogo de Conselho quemdirige espiritualmente o Fogo de Conselho. aconselhvel que eletenha dois auxiliares (um Mestre de Cerimnias ou animador e umGuardio do Fogo), para evitar que ele saia da direo do fogo, percao entusiasmo ou a seqncia.

    O lder, ou o dirigente ou chefe do Fogo de Conselho oresponsvel pelas apresentaes, mas o encargo de observar que ofogo obtenha sucesso cabe a ele. Dentre suas funes podemosanotar:- Dividir as apresentaes entre as crianas e os chefes;- Verificar, com antecedncia, se as apresentaes se enquadram aoFogo de Conselho;- Elaborar a programao do Fogo de Conselho e dividir as atribuies;- Designar os responsveis pela montagem da fogueira e o mtodo deacendimento;- Dirigir a cerimnia de abertura do Fogo de Conselho;- Cuidar para que durante seu andamento sejam observados osprincpios do Movimento;- Cuidar para que os objetivos do Fogo sejam observados e atendidos;- Proferir uma pequena mensagem de fundo moral no Minuto doChefe;- Dirigir a cerimnia de encerramento do Fogo de Conselho;- Cuidar para que todos se dirijam para suas camas, ao final.

    O lder deve possuir caderno prprio, com anotaes eobservaes de outros fogos assistidos.

    No deve permitir que engraadinhos atrapalhem a reunio ouapresentem nmeros de moral duvidosa, ou mesmo que venha ferir adignidade ou o carter do menino (como roupas femininas, apelidos

  • 27Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    maldosos, gesto afeminados, alcoolismo etc...). Os princpios deautoridade religiosa ou militar qualquer, assim como tudo o mais queseja alicerce da nossa sociedade que merecem o devido respeito.

    Representaes com esses personagens figurados possveldesde que no tenham fundo jocoso.

    O chefes podem ser imitados, desde que haja dignidade nessaimitao ou brincadeira.

    H certos nmeros em que muitos gostam de fazer os outrosde bobo e ignorante. Devemos evit-los.

    Muitos assuntos srios e com finalidade boa, podem serusados.

    A boa tica deve ser mantida. O chefe do Fogo no deveperder a serenidade nos momentos crticos, deixar a direo dasbrincadeira por conta do Mestre de cerimnias ou animador do fogo,assim tambm conhecido.

    7.3 - ANIMADOR DO FOGO DE CONSELHO ( Mestre de cerimnias)

    O animador do Fogo ou mestre de cerimnias poder ser oprprio dirigente ou chefe do fogo, porm, muito comum que esteno se sinta a vontade para realizao do papel e tenhamos na Seoum chefe mais preparado.

    O animador ou mestre de cerimnias o responsvel pelodesenvolvimento da programao, mantendo os nimos no estado quese quer. Cabe a ele:- Conhecer todas as apresentaes e quem as far;- De posse da programao, indicar quem far a apresentao e, emcaso de nmeros quem far o aplauso (sempre coletivo);- Puxar canes ou, no caso de outro pux-la, reforar os grupos decrianas mais fracas;- Mostrar entusiasmo e entusiasmar os participantes;- Solicitar, quando necessrio, que mais lenha seja colocada no fogo,e em que momento (nunca durante uma apresentao).

  • 28 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    7.4 - O GUARDIO DO FOGO

    O prprio nome j sugere, aquele que alimenta e cuida dofogo enquanto as atividades se sucedem. Deve ser pessoa adulta ,responsvel e que tenha prtica pois estar lidando muito perto dofogo. Estar atento para fagulhas bem como ao tipo de material desuas roupas evitando tecidos de alta combusto.

    7.5 - AS APRESENTAES

    As apresentaes de Fogo de Conselho baseiam-se ematividades fsicas, mentais e sociais, e encontraremos :a) Representaes e aplausos;b) Jogos;c) Concursos e brincadeiras;d) Canes, danas e msicas;e) Palavras do chefe.

    a) APLAUSOSOs aplausos e os gritos do movimentao ao fogo. uma

    oportunidade para todos se manifestarem, participando do momento.H vrios tipos de aplausos:

    - Comum;- Conduzido (bravo);- Conduzido com exclamao (boa, muito boa!);- Gritos de tropas ou patrulhas;- Com as mos ou falados (3 ou 4 slabas).

    Os gritos de tropa ou patrulha, s devem ser dados quandoestudados e bem treinados.

    A vaia pode ser usada quando bem simptica.Um aplauso muito alegre e simptico Boa, muito boa... dado

    em forma vibrante e compassada.

    b) CANESAs canes alegres e entusiastas fazem parte do Escotismo,

    assim com as canes reverentes, solenes at modernas ou msicaspopulares. Pela participao das crianas numa cano pode-se avaliaro interesse que elas dispensam atividade.

  • 29Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    Um bom dirigente deve ter uma pequena lista de canesagrupadas por: movimentadas, alegres, calmas, tradicionais. Oambiente e animao dos participantes determinar a escolha ouintroduo de mais canes.

    Para criar um ambiente mais alegre podem ser utilizados toca-fitas ou instrumentos musicais, inclusive aqueles improvisados pelosprprios jovens, que criam efeitos especiais, tais como latas compedras, areia, assopros em garrafas com gua e outros.

    O sucesso de uma cano depende diretamente de quem aest ensinando e dirigindo. No utilize no Fogo de Conselho canescomplicadas que ningum conhece, nem tente ensinar canes difceisdurante seu desenrolar. De preferncia, todos os participantes devemconhecer as canes ou, no mnimo, as canes devem ser de fcilassimilao.

    As canes para o Fogo de Conselho podem ser :- folclricas;- tipo beira de praia;- espiritual;- acompanhada de gestos;- em roda;- cortadas (Meu chapu de Trs Bicos).

    Para se apresentar uma cano, regra principal que a saibamuito bem. Para facilitar, bom apresent-la em cartolina (quando apresentada pela primeira vez), com letras grandes e de forma quetodos a vejam, ou se possvel, distribuir uma cpia para cadaparticipante.

    c) BRINCADEIRAS, CONCURSOS, CHARADAS E JOGOSEstas atividades alegram o Fogo de Conselho. Os chefes

    devem cuidar para que elas no causem constrangimentos,humilhaes ou medo nos participantes. Elas devem ser agradveis atodos.

    d) HISTRIASContar historietas, no Escotismo, no somente uma forma

    de entreter os jovens, mas tambm uma forma de ensinar-lhes coisas;inclusive inculcar-lhes atravs de exemplos histricos, os bonscostumes e bons princpios.

  • 30 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    As histrias ou estrias contadas em Fogo de Conselho devemser curtas e despertarem o interesse dos meninos. Deve-se levar emconta que cada faixa etria (cada Ramo, no nosso caso) tem seusprprios interesses caractersticos.

    Segue abaixo, cinco passos para contar uma histria:1 - Devemos ler a histria de maneira natural para entendermos oseu contedo. Depois, um pouco mais devagar para gravar o nomedos personagens e a ordem dos acontecimentos.2 - Anotar os pontos principais, em ordem, o que facilita a memorizao.3 - Grifar as frases do texto que nos paream vitais para o bomandamento do relato.4 - Trace as caractersticas das diferentes personalidades, seustrejeitos, suas roupas, etc..5 - Ensaiar, preferencialmente em frente um espelho as diferentesexpresses faciais, os vrios tipos de gestos, as mais diversas inflexesde voz, indicando medo, dor, espanto, alegria, etc..

    Aps essa preparao inicial pense sobre a estria a sercontada, durante o dia a dia. Deixe que ela penetre no seu sangue, queela tome conta do seu corpo, deixe que ela se apodere de suaimaginao e ai, voc se apaixona pelo relato. Lembre-se: s depoisque voc estiver realmente entusiasmado que voc ter condiesde entusiasmar o pblico que o ouve.

    Uma vez que a estria j faz parte de voc ensaie mais umavez. Faa pausas de suspense. Treine gestos, expresses de voz efacial, tempere tudo isso com entusiasmo e voc j se transformouem um bom contador.

    e) DRAMATIZAESBaden Powell disse acerca de representar: Eu nem precisaria

    enumerar os vrios pontos de desenvolvimento que delineiam umarepresentao, tais como a auto-expresso, concentrao,desenvolvimento da voz, imaginao, o pattico, o humor, o equilbrio,a disciplina, a instruo histrica e moral, etc.. O jogos derepresentaes e improvisaes so justamente to bons em suaforma como os espetculos mais altamente elaborados e ensaiados.

    Representar um fator importante para o desenvolvimento e aformao, d oportunidade ss para expressar os sentimentos tais

  • 31Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    como a frustao e a alegria, tambm satisfaz necessidades as quaisso representadas, porm difceis de expressar na vida real. Atravsda representao os jovens adquirem mais segurana em si mesmoe dos sentimentos dos demais com quem vivem e jogam.

    O valor desta atividade no est limitada aos participantes, mastambm satisfaz uma audincia identificando-se com os personagens.Uma audincia entusiasta pode estimular os atores a que sua atuaochegue a um alto nvel.

    As comdias e outros temas podem ajudar o chefe a detectare descobrir o interesse especiais e as habilidades dos jovens e usareste conhecimento para encontrar as necessidades dos indivduoscom quem trata.

    As improvisaes e as patominas do oportunidade aos jovensde aumentar suas habilidades observando os indivduos e os gruposna interpretao espontnea de situaes da vida real.

    O propsito da representao no Fogo de Conselho estimulara imaginao, valorizar a observao e melhorar a memria..f) ESQUETES

    So representaes teatrais de curta durao feitas pelaspatrulhas ou por alguns jovens. Elas criam oportunidades para osjovens perderem a inibio, desenvolvendo a facilidade de expresso,a comunicao e a criatividade.

    Assim como as outras atividades no Movimento Escoteiro, asesquetes tambm evoluem de forma progressiva. Quando os jovenstm pouca experincia, as apresentaes e os papis que representamso simples. Com passar do tempo esperada (e incentivada) a buscade melhorias no contedo e na representao de esquetes.

    Alguns jovens trazem de fora do Movimento Escoteirohabilidades de representao que contribuem significativamente paraa qualidade das esquetes.

    A escolha dos temas pode ser feita pela Tropa, pela Corte deHonra, pela Chefia ou pela livre escolha da patrulha.

    A falta de treinamento, criatividade, motivao ou tempo para apesquisa do tema e elaborao do roteiro da esquete e ensaios, fazcom que os jovens improvisem as esquetes, repetindo muitas vezesos programas de TV. Esse procedimento diminui a possibilidade dojovem se desenvolver.

  • 32 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    h) SUGESTO DE PROGRAMAO

    Existem vrios critrios de avaliao das esquetes que podemser empregados pela Corte de Honra ou chefia:- o tema apropriado para o momento e tipo de Fogo de Conselho?- o tema trar interesse e novidade aos participantes?

    Uma hora antes das atividades, o dirigente ter montado oprograma. Como parte importante do programa esto a abertura e oencerramento, ambos tem que ser momentos marcantes. Noprecisam ser graves, mas devem ser inspiracionais.

    g) TIPOS DE REPRESENTAESComo tudo no Escotismo, as nicas limitaes so as impostas

    pelo bom senso e pelos Princpios do movimento. Assim, por exemplo,situaes que exponham um jovem ao rdiculo devem ser evitadas.

    As representaes podem girar em torno de:- humor; histria brasileira e mundial; estrias de heris; mitologia;fico; temas especficos conforme o Fogo, (da amizade, do encontro).

    EDADIVITA LEVSNOPSER

    arutrebA etnegiriD

    adaminAonaC rodaminA

    eteuqsE "A"ahlurtaP

    osualpA "B"ahlurtaP

    ariedacnirB rodaminA

    eteuqsE "A"ahlurtaP

    osualpA "B"ahlurtaP

    onaC "C"ahlurtaP

    airtsiH etnegiriD

    anaD "B"ahlurtaP

    efehCodotuniM etnegiriD

    edadinretarFadaiedaC etnegiriD

    arapoaroeamlaconaCotnemarrecne etnegiriD

    otnemarrecnE etnegiriD

  • 33Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    i) O MINUTO DO CHEFEO minuto do chefe o momento em que o Dirigente do Fogo

    deixa uma mensagem final, inspiracional a todos os participantes. uma pequena histria ou estria, ou anlise inspiracional (no

    mais de dois minutos, por favor), com uma mensagem bem clara,sobre o qual possam refletir.

    No deve ser lida, deve-se sab-la de cor. Valem as tcnicasde contas histrias (falar alto, ser natural, viver a histria, etc...).

    a ltima atividade do Fogo de conselho, realizadaimediatamente antes da Cadeia da fraternidade e alguns pontoschaves! devem ser observados para preparar o esprito dosparticipantes e fazer com que a mensagem seja realmente ouvida eabsorvida:- cantar uma cano calma e inspiracional (Cano da Promessa,Esprito de BP, Kumbaya, etc...);- de preferncia estarem todos sentados e confortveis;- ideal que a fogueira esteja se apagando, para que no hajademasiada luz para que a atmosfera fique mais ntima, o que leva aum maior sentimento de unio e solidariedade.

    Um cuidado extremamente importante: no devem ser histriasmoralistas e muito menos criticar ou apresentar aspectos negativos.

    Deve sempre ser uma mensagem positiva, que faa as pessoasrefletirem e no se considerarem culpadas.

    Outra coisa: nunca chegar ao final e dizer: moral da histria...se preciso explicar a moral, possvel que a histria no tenha muitamoral em si...

    A mensagem deve estar explcita, sim, mas inserida na histria.Da mesma forma, no se diz ttulo da histria, comea-se a cont-la,simplesmente.

    Ao terminar o Minuto do Chefe no so feitos aplausos. Sealguma palma espocar de um ou de outro lado, o melhor ignor-las.

    Encerrada a histria, o dirigente do fogo solicita que todos fiquemde p e formem a cadeia da fraternidade.

  • 34 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    7.6 - A CAPA DE FOGO DE CONSELHO

    O Fogo de Conselho uma atividade mstica e solene, que saida rotina de um acampamento ou acantonamento. A no ser em rarasocasies, dispensa-se o uso do uniforme pelas seguintes razes:- Sendo uma atividade noturna, devero as crianas e adultos estarembem agasalhadas, com cobertura bem aquecida (touca, bon decaador, etc.) com cala comprida e agasalho de mangas compridas.- Pretendendo-se usar uniforme, evidente que s poder ser usadoem partes, o que, a no ser que exista uma boa justificativa, norecomendado.- Quando o Fogo de Conselho possui um tema, o vesturio gira emtorno deste, impossibilitando o uso do uniforme.- Algumas caracterizaes para apresentaes podem exigirvestimentos especficos e, evidente, no vai ficar, por exemplo, apenasuma patrulha de uniforme.- O fogo de conselho exige um clima especial, que poder ser maisfacilmente atingido sem o uso do uniforme.- Assim sendo, nos casos de fogo de conselho com tema osparticipantes, inclusive chefia, se vestiro dentro do tema. Sendo umfogo sem tema, como normalmente so de Escoteiros e seniores, aconselhvel que todo participante, jovem e chefe, use um manto deFogo de Conselho.- Este manto de uso exclusivo em Fogos de Conselho, e se constituinuma pea, ponche, capa, bluso ou similar, adequado para se pregardistintivos e lembranas escoteiras, que contm a vida do seupossuidor.

  • 35Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    8 - FOGO DE CONSELHO COM TEMA ECARACTERIZAES

    O Fogo de Conselho por si, atravs de seu contedo,desenvolve a criatividade e imaginao dos jovens, porm, caso sequeira forar um pouco este desenvolvimento, e em ocasies especiais,o Fogo de Conselho pode receber um tema.

    Nestes casos, todo o Fogo de Conselho e tudo relacionado aele faro referncia ao Tema. Os participantes iro caracterizadosdentro do tema, as apresentaes seguiro o mesmo caminho, assimcomo as canes, os aplausos, etc...

    Baden Powel era um exmio ator, conhecedor das tcnicas decaracterizaes a ponto de conseguir se fazer passar por diversospersonagens.

    No Fogo de Conselho normal, encontramos caraterizaes quefazem parte de uma apresentao, bem como as caracterizaesusadas por todos num fogo de conselho com tema.

    Das caracterizaes fazem parte:- Vesturios adequado;- Maquilagem;- Postura.

    O vesturio implica em usarmos roupas e peas prprios dopersonagem. Esta roupa, alm das peas normais, pode ser reforadapor ornamentao com papel crepon, laminado ou celofane, dandodestaque para os pontos chaves do personagem. Por exemplo umpolicial fica melhor configurado se estiver de posse de um cassetete.

    Um mgico deve possuir um chapu prprio e uma varinha decondo, e assim por diante.

    A maquilagem deve ser cuidadosamente preparada. Existemprodutos especiais que podem ser comprados em farmcias.Sombrancelhas cerradas, bigode e barba podem ser confeccionados

  • 36 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    com fios finos de uma vassoura de pelo preso em fita crepe. Mas dorosto, queixo pontudo e rugas podem ser confeccionados com massade jornal (mistura de jornal picado, trigo e gua) e pintados. Caso sejapreciso usar cores sobre o corpo e verificando-se porm que quemvai us-la no seja alrgico. No caso de uso da tinta, porm, como hum ressecamento da pele, indispensvel que se tenha um cremesuavisante para aplicar aps lavar o rosto.

    Tudo isso, entretanto, s obter sucesso se a postura for prpriado personagem. O uso da voz, o maneirismo, o jeito de andar, etc.,so indispensveis para bem identificar o personagem.

  • 37Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    9 - REGRAS QUE DEVEM SER SEGUIDAS

    - Antes de iniciar uma cano certifique-se que todos conheam aletra, seja transparente, assumindo a cano totalmente. Noenvergonhe-se de estar cantando e deixe a cano fluir naturalmente. - D o tom para que a cano no se torne um festival de desafinados.- Assuma o comando nas interrupes, para que todos comecemjuntos.- Inicie contando 1,2,3, (respirar) e saiba puxar a cano.- Utilize as pessoas que conheam bem a cano e tenham uma boavoz para puxar junto com voc.- Integre os mais inibidos com os mais extrovertidos.- Cante duas vezes as canes curtas.- No permita os gritos ou risos prejudiciais. Deixe claro que voc noest gostando.- Acompanhe e faa acompanhar com gestos (principalmente osespecficos).- No pergunte o que vamos cantar. Diga vamos cantar a msica tal.- A primeira cano do Fogo de Conselho deve ser animada em seuritmo e bem tpica. A ltima deve ser calma, reverente, solene.- Conserve o senso de humor. Transmita-o aos demais.- Quando houver algum improviso picante, deve ser cortado de umavez, com energia ou, se possvel, no deixar de fazer crtica contrriaa seguir. Entretanto, deve-se ter o cuidado necessrio para no criarproblemas, piorando a situao. Naturalmente isto depende dahabilidade do Lder.- No permitir que grupos saiam antes do trmino, caso isto aconteapor um motivo justo, devem se retirar em ordem e ao mesmo tempo,dando seriedade essa retirada.- Os convidados podem participar do fogo, porm, sem deturpar o seudesenrolar.

  • 38 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    - Deve haver um local prprio para passagem, evitando-se o trnsitopelo centro do crculo.- Os elementos que vo representar, devero se deslocar por hora docrculo, tomando posio antecipada para que no haja atraso e quandoterminarem o seu nmero, faro a retirada pela passagem reservada,sem atropelos e sem pertubarem a apresentao dos demais. Paraisto, dever haver uma certa rigidez.

  • 39Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    10 - ACOMPANHAMENTO E EFEITOS ESPECIAIS

    Para as apresentaes do fogo de conselho treine e faa treinarefeitos especiais antecipadamente, tais como:- Dizer a letra com ritmo, usando ps, etc.- Utilizar acompanhamento de:a) casca de coco, instrumentos musicais, paus, assobios, murmuros,folhas secas etc..;b) latas com pedras, bolas de gude, areia, cereais, etc..;c) assopros em garrafas;d) Batidas em garrafas com gua;e) Explorar sons da boca;f) Imitar sons da natureza.

    Alm disso podemos utilizar:- cnones;- dar ritmo ou melodia e mandar inventar a letra;- cantar ditados populares;- pardias;- pout pouris.

  • 40 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    11 - SOBRE CONVIDADOS

    O fato do Fogo de Conselho ser escoteiro, no exclu apossibilidade de convidarmos pais e/ou um ou dois convidados. Porexemplo quando acampamos no terreno de algum devemos convidaros proprietrios, caso residam prximo ao acampamento. Entretanto,isto deve ser feito para o ltimo fogo, sem deixar, entretanto, que areunio se transforme em exibicionismo.

    Em acampamentos longos, podem ser realizados dois ou trsfogos no mximo. No devemos deixar de agradecer na oportunidadeaos proprietrios do terreno. Convidar o proco da localidade, e sempre bom explicar aos presentes o que est se passando. Dizeralgumas palavras aos convidados, mas com cuidado, e evitardiscursos, pois a ocasio imprpria. Se possvel, oferecer aosconvidados um cafezinho, mas s a eles. Procurar coloc-los a vontade.

  • 41Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    12 - A PATRULHA DE SERVIO

    Quando iniciarmos o planejamento do fogo de conselho, nodevemos esquecer de incluir a patrulha de servio, que ficar a cargode acender, manter e apagar o fogo.

    Para preparar a fogueira, preciso ter algum comconhecimentos tcnicos encarregado dessa misso. A finalidade disso, dar responsabilidade e manter o local em boas condies. O fogosomente ser apagado quanto todos j tiverem se retirado. No diaseguinte esse local dever ser verificado, se tudo foi bem.

    O fogo no dever ser alimentado quando estiveremrepresentando.

    A fim de evitar que uma patrulha fique sacrificada, recomendvel formar a patrulha de servio com um elemento de cadapatrulha presente, que ficar subordinada aos dirigentes do fogo.

    So atribuies da patrulha de servio: a coleta do materialnecessrio, apagar e retirar os vestgios da fogueira, bem como ter omximo de cuidado para que tudo esteja pronto antes da hora marcadapara o incio do Fogo de Conselho.

  • 42 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    13 - AVALIAO DE FOGO DE CONSELHO

    GRUPO:_________________________SEO:_________________LOCAL:______________________________DATA:____/____/______

    Escore: Lance nos parentses que antecedem cada ao o escoreda avaliao correspondente.

    5 excelente, pode ser repetido outra vez;4 - bom, melhorar antes de reaplicar;3 - regular, procurar outra alternativa;2 - fraco, evitar usar (mesmo parcial);1 - ruim, abandonar a idia.

    ABERTURA( ) - Saudao e mensagens de otimismo;( ) - Acendimento criativo;( ) - Palavras do dirigente na abertura.

    CANES( ) - Cano de abertura bem animada;( ) - Temas variados;( ) - Temas relacionados com o tema;( ) - Eram conhecidas por todos;( ) - Havia cpias das msicas novas;( ) - Utilizou-se um instrumento musical;( ) - Utilizou-se um toca fitas.

    BRINCADEIRAS( ) - Criativas;( ) - Agradveis para todos;

  • 43Srie Ser Escoteiro ...Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    ( ) - Houve algum constrangimento.

    HISTRIAS( ) - A histria foi interessante;( ) - A histria era relacionada com o tema;( ) - Houve participao de todos.

    ESQUETES( ) - Estavam relacionadas com o tema;( ) - Estava de acordo com a lei Escoteira;( ) - Contribuiu para o desenvolvimento;( ) - Trouxe novidades;( ) - Foram utilizados recursos especiais.

    MINUTO DO CHEFE( ) - A mensagem contribuiu para uma reflexo;( ) - O tempo foi adequado;( ) - A apresentao foi empolgante.

    ENCERRAMENTO( ) - Foi formal;( ) - Foi feita a Cadeia da Fraternidade;( ) - Teve uma cano cantada por todos.

    LOCAL( ) - Foi apropriado, privado e previamente preparado;( ) - Todos estavam bem acomodados.

    PLANEJAMENTO( ) - Havia uma programao;( ) - Havia responsveis pelas tarefas.

    FOGUEIRA( ) - Foi observada a direo do vento;( ) - A grama foi protegida;( ) - O fogo foi extinto aps o encerramento.

  • 44 Srie Ser Escoteiro ... Volume 2

    Produzido pela UEB/RS - Edio Impressa: Gesto 2001/2003 - Edio Digital: Gesto 2004/2006

    21/RS G. E. CRUZEIRO DO SUL30/RS G. E. HUMAIT-SUL

    36/RS G. E. IGUASS37/RS G. E. SILVA PAES

    47/RS G. E. TUPANCIGUARA61/RS G. E. TABAJARA65/RS G. E. CIRETAMA

    96/RS G. E. ANHANGUERA100/RS G. E. MEDIANEIRA173/RS G. E. HARMONIA

    175/RS G. E. MATE AMARGO209/RS G. E. 20 DE SETEMBRO

    262/RS G. E. DO AR URUGUAIANANEIDA TEREZINHA LIMA DE OLIVEIRA

    BRESSIANI TECNOLOGIA LTDAPISONI AR CONDICIONADO LTDA

    Esta publicao foi possvel graas ao apoio de:

    PISONI AR CONDICIONADO LTDASERVIOS DE INSTALAES, CONSERTOS

    MANUTENO E DUTOSELTRICA EM GERAL

    Alberto Pisoni Celular: 9985.2272

  • Capa Fogo de Conselho - Volume 2.pdfPgina 1

    Contra-Capa Fogo de Conselho.pdfPgina 1